2. O que foi?
A expansão marítima foi um grande empreendimento e que
usou vários elementos:
•O econômico (envolveu grande volume de dinheiro);
•Político;
•Social;
•Militar.
Sua realização somente foi possível graças à criação do
Estado nacional e à aliança entre o Rei e a burguesia.
3. A centralização política promovida pelo Estado
nacional permitiu que o Rei utilizar-se de toda
máquina estatal na criação de condições para o
desenvolvimento tecnológico e para a separação de
técnicos e navegadores aptos a concretizar a tarefa.
O custo do projeto foi financiado pela burguesia,
ou através dos impostos que os comerciantes pagavam
ao Estado, derivados da atividade mercantil.
4. Mas não foram apenas os Reis e os burgueses que tornaram
possível a expansão pelos mares: uma grande parcela da sociedade foi
convocada a contribuir com a empreitada.
As viagens eram muito arriscadas, os naufrágios eram comuns, de
tal forma que não havia certeza do retorno dos navegantes.
A população pobre, da qual saíam os marinheiros que
trabalhavam nas funções menos qualificadas, além de contribuir com
os impostos derivados de seu trabalho, viveu o drama da perda das
pessoas queridas sem participar dos benefícios econômicos e sociais
oriundos das conquistas.
5. E as lendas...
Além de superar os perigos reais (as tempestades, danos nas
embarcações, às doenças, a fome e principalmente a sede), os
navegadores, pela mentalidade medieval, ainda tinham que superar
os medos imaginários (os monstros marinhos, a zona tórrida, a
dimensão plana do planeta, quanto mais navegavam mais próximos
estariam do abismo). Pela documentação, a presença dos medos
imaginários existiu, mas as novidades tecnológicas e as técnicas
desenvolvidas pela Escola de Sagres, criou-se uma outra “visão” para
as navegações, permitindo assim a Expansão Marítima Europeia.
10. O Desenvolvimento Técnico
Uma das mais importantes formas de apoio oferecida pelo Estado à
expansão marítima foi o incentivo ao desenvolvimento das técnicas
navais.
Uma técnica que ganhou um grande impulso no séc. XV foi a
cartografia, que é a arte de desenhar mapas.
O cartógrafo, um misto de técnico e artista, traçava os mapas a partir
dos relatos que os navegantes faziam a respeito do que tinham visto.
Quanto mais viagens fossem feitas, mais aperfeiçoados ficavam os
mapas. Também eram incentivados os estudos astronômicos para tornar
mais fácil a orientação dos navegadores.
11. A tecnologia na construção de embarcações, o
melhoramento dos instrumentos de navegação,
como a bússola e o astrolábio, que foram
adaptados para as grandes viagens pelo mar.
13. A Escola de Sagres
O infante português D. Henrique
iniciou em Sagres (ao sul de Portugal) um
local de estudos que reuniu navegadores,
cartógrafos, cosmógrafos e outras
pessoas curiosas pelas viagens marítimas.
14. A mudança do Eixo
Econômico
Em 1498, após quase um século de preparação, uma
frota portuguesa, sob o comando de Vasco da Gama,
chegou à Índia. As viagens ao Oriente proporcionavam
lucros que chegavam a 6000 %, o que fez o comércio se
intensificar sensivelmente.
Esses acontecimentos provocaram uma mudança no
eixo do comércio europeu.
15. Antes de Bartolomeu Dias ultrapassar o Cabo
das Tormentas (depois conhecido como Cabo
Boa Esperança), em 1487, a posição geográfica de
Veneza e das cidades do sul da Alemanha
proporcionava a essas cidades grandes vantagens
no domínio das rotas de comércio na Europa.
A partir da descoberta do novo caminho para a
Índia, foram os países que têm costa voltada para o
Atlântico que ficaram em vantagem.
16. Europa muda de eixo...
O Atlântico tornou-se a mais importante
área de comércio do mundo.
Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e
França tornaram-se nações privilegiadas
porque têm acesso aquele oceano, que se
transformou na rota mais lucrativa do
começo do séc.XVI.
O comércio, que antes apenas crescia, sofreu
um grande salto.
17. E o que isso faz...
Tinha início o processo de formação de uma
nova estrutura econômica, baseada no lucro,
que é o capitalismo.
Com o desenvolvimento do comércio, o
principal fator de riqueza passou a ser a
moeda.