Este documento apresenta o plano de ensino da disciplina "Abordagem Social das Deficiências" ministrada na UFSCar em 2011. O plano descreve os objetivos gerais e específicos da disciplina, a ementa, carga horária, estratégias de ensino, atividades dos alunos e procedimentos de avaliação. A bibliografia inclui autores como Goffman, Foucault e Elias, que contribuíram para o modelo social da deficiência.
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ABORDAGEM SOCIAL DAS DEFICIÊNCIAS
1. 12/03/13 Nexos - Sistema de desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem da UFSCar
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Menu de acesso rápido BARBARA MARTINS DE LIMA DELPRETTO (Professores 3º
Grau)
2013/1
Plano de Ensino Consolidado
Seção 1. Caracterização complementar da turma/disciplina
Turma/Disciplina: 201715 - A - ABORDAGEM SOCIAL DAS
DEFICIÊNCIAS
2011/2
Professor Responsável: BARBARA MARTINS DE LIMA DELPRETTO
Objetivos Gerais da Disciplina
Analisar os novos enfoques e conceitos das deficiências à luz dos referenciais sócio-
históricos.
Ementa da Disciplina
Análise das condições sócio-históricas no estudo das deficiências; novos olhares
sobre os conceitos das deficiências .
Número de Créditos
Teóricos Práticos Estágio Total
4 0 0 4
Requisitos da Disciplina
Co-Requisitos da Disciplina
Caráter de Oferecimento
Seção 2. Desenvolvimento da Turma/Disciplina
Marcar se a turma/disciplina estiver cadastrada no PESCD (Programa
de Estágio Supervisionado de Capacitação de Docente)
Marcar se nesta turma, neste Ano/Semestre, estiver acontecendo um
estágio do PESCD (Programa de Estágio Supervisionado de
Capacitação de Docente)
Requisito Recomendado (aos alunos da graduação)
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Tópicos/Duração
1. Breve histórico das abordagens teóricas no estudo da deficiência (14 horas)
1.a. Teorias do senso comum x teorias científicas
1.b. Modelo médico
1.c. Modelo psicopedagógicos
1.d . Modelo social
2. Contribuições das abordagens sociológicas e antropológicas ao estudo da
deficiência (34 horas)
2.1. Erving Goffman: teoria do estigma e o interacionismo simbólico;
2.2. Howard Becker: a teoria da rotulação
2.3. Norbert Elias: sociologia das relações de poder.
2.4. A escola inglesa dos ?disabilites studies?
2.5. Teoria Crítica da Deficiência
2.6. Multiculturalimo
2.7 Michel Foucault
2.8. Robert Castel
3. Implicações da abordagem social nas formulações teóricas e políticas atuais
relacionadas à questão da eficiência (12 horas)
3.a. O Modelo Social na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade
e Saúde (CIF, 2003);
3.b. Definição de deficiência na política brasileira
3.c. Conclusão
Objetivos Específicos
1. Conhecer o histórico da evolução teórica sobre o estudo da deficiência e saber
contextualizar a emergência do modelo social;
2. Identificar e caracterizar o modelo social em suas diferentes vertentes e com seus
representantes;
3. Dominar as ferramentas conceituais básicas do modelo social aplicado ao estudo
da deficiência;
4. Identificar os limites e possibilidades da abordagem social frente ao corpo atual de
conhecimento da Educação Especial.
5. Promover tomadas de posições teóricas conscientes substituindo concepções de
senso comum por outras embasadas no conhecimento científico;
6. Promover habilidades de reflexão sobre a ação, e a adoção de práticas
intencionalmente planejadas que sejam consistentes com as posições teóricas
adotadas.
7. Compreender a relatividade das abordagens teorias ao longo da história e a
necessidade de ser flexível e aberto as novas interpretações que virão com as futuras
descobertas científicas.
Estratégias de Ensino
1. Dinâmicas
2. Trabalho de grupos
3. Leituras e fichamentos de textos
4. Seminários
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5. aulas expositivas
6. Filmes e resenhas
7. Redação de trabalho escrito
Atividades dos Alunos
1. Leitura
2. Fichamento dos textos lidos
3. Trabalho em grupo para responder questões, preparar seminários e fazer
exercícios
4. Redação de trabalhos individual (ensaios reflexivos) e em grupo (compilação da
literatura)
5. Apresentação de seminário
6. Elaborar resenha sobre filme visto relacionando-o ao conteúdo da disciplina
7. Busca na literatura
Recursos a serem utilizados
Equipamento audiovisual (laptop, datashow). Filmes, documentários. Textos básicos
e complementares.
Procedimentos de Avaliação do aprendizado dos alunos
provas, trabalhos individuais ou em grupo, participação, trabalhos extra-classe, seminários, relatórios, exercícios, etc..)
O aluno será avaliado durante o semestre letivo, a partir dos seguintes
procedimentos:
a) Leituras, participação/ contribuições nas aulas e entrega de atividades em sala de
aula (em grupo ou individual). (Peso 1)
b) Atividade prática, análise e relatório. (Peso 3)
c) Seminário e entrega de texto, em grupo (Peso 3)
d) Atividade de avaliação individual, sobre os assuntos abordados nas aulas (Peso
3).
Recuperação: : Em atendimento ao artigo 14 da Portaria 522
(http://www.prograd.ufscar.br/normas/portaria522.pdf), para os alunos não aprovados,
mas com nota >=5 e um mínimo de 75% freqüência ou participação nas atividades,
haverá recuperação complementar, com resultado aprovado ou reprovado. Serão
aprovados os alunos cuja nota na prova for maior ou igual a 6.
Bibliografia
Publicação (Procure usar normas ABNT. a menos da formatação)
Bibliografia
ELIAS, Norbert e SCOTSON, John L.: Os estabelecidos e os Outsiders. Sociologia das
relações de poder a partir de uma pequena comunidade, Rio de Janeiro, Zahar 2000.
FOUCAULT, Michel. Os anormais: curso no College de France (1974-1975). Eduardo Brandao
(Trad.). São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulacao da identidade deteriorada. 3 ed. Rio
de Janeiro: Zahar, 1980.
Bibliografia complementar
4. 12/03/13 Nexos - Sistema de desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem da UFSCar
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BARROS, Alessandra. Alunos com deficiência nas escolas regulares: limites de um discurso.
Revista Saúde e Sociedade. Vol. 14, número 3, setembro/dezembro. São Paulo, 2005.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902005000300008.
BECKER, Howard Saul, 1928-. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. [Outsiders: studies
in the sociology of deviance]. Maria Luiza X. de A. Borges (Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2009.
BEYER, Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidades educacionais
especiais. Porto Alegre: Mediação, 2010. [Obra disponibilizada na disciplina].
CASARIN, Melânia de Melo. A lenda da erva-mate. 1ª edição. Santa Maria: Projeto Mão Livre,
2006.
DA SILVA, Tomaz Tadeu. A produção social da identidade e da diferença. Disponível
em:http://ead.ucs.br/orientador/turmaA/Acervo/web_F/web_H/file.2007-09-0.5492799236.pdf
GRUPO BRASIL DE APOIO AO SURDOCEGO E AO MÚLTIPLO DEFICIENTE SENSORIAL.
Famílias... Falando de nossas experiências e sentimentos. Vol. 1. São Paulo: ABRAPASCEM,
2005. Disponível em: abrapascem.org.br/links/cartilha.swf.
HANDICAP INTERNACIONAL. Making PRPS inclusive. Capítulo 6 Deficiência. Pp: 55-66.
Disponível em http://www.making-prsp-
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THOMA, Adriana da Silva. Entre normais e anormais: invenções que tecem inclusões e
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SCHLÜNZEN, K. (Orgs.). INCLUSÃO DIGITAL: tecendo redes afetivas/cogntivas. Rio de
Janeiro: DP&A, 2005. (ISBN: 85-7490-301-9).
MACIEL, Carolina Toschi. A construção social da deficiência. Anais do II Seminário Nacional
Movimentos Sociais, Participação e Democracia. Florianópolis: UFSC, 2007. Disponível em:
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O Direito de Aprender: Potencializar avanços e reduzir desigualdades/[coordenação geral
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CLÍMACO, Júlia Campos. Discursos jurídicos e pedagógicas sobre a diferença na educação
especial. Dissertação (Mestrado) Faculdad Latinoamericana de Ciencias Sociales. Buenos
Aires: FLACSO, 2010. Disponível em:
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Organização Mundial da Saúde. Classificação Internacional de Funcionalidade,Incapacidade e
Saúde, 2003.
SILVEIRA, Carolina Hessel. Rapunzel surda. Carolina Hessel Silveira, Lodenir Karnopp e
Fabiano Rosa. Canoas: Editora ULBRA, 2003.
SQUINCA, Flávia. Deficiência em questão. Cadernos em Direito. Instituto de Educação
Superior de Brasília. Brasília: IESB, 2009. Disponível em:
http://www.iesb.br/novosite/home/graduacao/Direito/arquivos/cadernos/DeficienciaQuestao.pdf.
Observações
(por exemplo: outras turmas em oferecimento simultâneo, distribuição de programas entre professores, disponibilidade de
bibliografia, vagas de extensão, alunos especiais, etc.)
Seção 3. Apreciação do Plano de Ensino
JOAO DOS SANTOS CARMO
Presidente do CoD - DPsi 12/09/2011 13:09:00
JULIANE APARECIDA DE PAULA PEREZ CAMPOS