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Filosofia 11ºano
Argumentação, verdade e ser
A realidade diz-se de diferentes maneiras e apresenta-se em contextos diferentes, com significados
diferentes. Com isto, encontramos diferentes discursos sobre a realidade (artístico, filosófico, político, religioso,
científico, etc.). A cada um deles corresponde uma interpretação do ser ou da realidade que pretende ser
verdadeira. Mas os discursos são sempre contextualizados e os contextos não só são diversos como se alteram ao
longo dos tempos.
As teorias e leis científicas são consideradas como bons modelos explicativos (mas provisórios) do real. A
verdade adquire, nos nossos dias, um estatuto diferentes; como diz Edgar Morin, ela é biodegradável.
As teorias filosóficas estiveram, dependentes das suas perguntas e respostas tradicionais. A verdade-
única, absoluta e universal, capaz de dizer uma realidade absoluta, perfeita e imutável.
Foi assim que nasceram as oposições filosofia/retórica, verdade/opinião.
A lógica formal junta-se uma lógica do preferível, uma lógica que fundamenta as nossas escolhas. A razão
não é mais entendida como a faculdade humana detentora (a priori) de conhecimento verdadeiros e unívocos, mas
como faculdade humana portadora (a posteriori) de conhecimentos plurívocos e mais próxima da possível verdade.
Assim, uma nova conceção da racionalidade- uma racionalidade argumentativa.
Apesar de existirem diferenças entre os seres humanos, a afirmação de um auditório universal, surge
como garantia da possibilidade de estabelecer consensos.
O discurso é sempre plural. A razão, comum a todos os homens, não pode ser descontextualizada. Esta
nova razão argumentativa, universalidade do discurso com vista ao entendimento.
Afirmação de uma (ou várias) verdade (s) possível (eis) a uma atitude critica, de abertura e
questionamento face ao real. Para a filosofia contemporânea, a busca da verdade não é mais incompatível com a
retórica; pelo contrário, há quem afirme poder encontrar nesta o método da filosofia.
O racionalismo Cartesiano
1.Caracterizar o projeto Cartesiano:
A razão é origem do conhecimento então as proposições da matemática assumem um carácter evidente.
A sua origem é totalmente racional. Ao seguir um método inspirado na matemática para a conquista da
verdade.
As 4 regras do método são por as regras da evidência, da análise, da síntese e da enumeração, permitirão
guiar a razão, orientando devidamente:
- Intuição: é um ato de apreensão direta e imediata de noções simples, evidentes e indubitáveis;
- Dedução: refere-se ao encadeamento das intuições envolvendo um movimento do pensamento, desde
os princípios evidentes até às consequências necessárias;
2.Analisar as críticas de Descartes ao sabor da sua época:
Descartes foi um filósofo racionalista, uma vez que considera a razão a fonte principal do conhecimento,
caracterizado por ser logicamente necessário e universalmente válido. Assim, atribuindo um grande valor
à razão. Ele procurou os fundamentos metafísicos do conhecimento.
3. Analisar o papel da dúvida:
Instrumento da luz natural ou razão, a dúvida é posta ao serviço da verdade. É necessário colocar tudo em
causa, no processo de busca dos princípios fundamentais e indubitáveis.
Trata-se de uma dúvida:
- Metódica e provisória: é um meio para atingir a certeza, não constituindo um fim em si mesma.
- Hiperbólica: rejeitará como se fosse falso tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.
- Universal e radical: índice não é só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus
fundamentos, as suas raízes.
A dúvida é um exercício voluntário, permitindo que nos libertemos de preconceitos e opiniões erróneas, a fim de
ser possível reconstruir, com fundamentos sólidos, o edifício do saber.
4. Caracterizar o Cogito:
A dúvida acabará por nos conduzir a uma verdade incontestável: a afirmação da minha existência,
enquanto sou um ser que pensa e que duvida.
Penso, logo existo, trata-se de uma afirmação evidente e indubitável, obtida por intuição, e que servirá de
paradigma para as afirmações verdadeiras.
O cogito apresenta, a condição da duvida hiperbólica, uma vez que existir é a condição para se poder
duvidar, e ao mesmo tempo, determina uma exceção à universalidade da dúvida, há pelo menos uma realidade da
qual não posso duvidar: minha própria existência.
5. Analisar as provas de existência de Deus:
A ideia que possuímos encontra-se a noção de um ser perfeito. A ideia de ser perfeito servirá de ponto de
partida para a investigação relativa à existência do ser divino. Descartes demostra a existência de Deus mediante as
três provas.
Primeira prova parte da constatação de que na ideia de ser perfeito estão compreendidas todas as
perfeições. A existência é uma dessas perfeições, por isso Deus existe. O facto de existir é inerente à essência de
Deus, de tal modo que este ser não pode ser pensado como não-existente. Esta prova é representada por o
argumento ontológico, sem recurso à causalidade e à experiência. “Que se pode demostrar que existe um Deus,
pela única razão de que a necessidade de ser ou de existir está comprometida na noção que temos dele.”
Segunda prova toma igualmente como ponto de partida a ideia de ser perfeito. Podemos procurar a causa
que faz com que essa ideia se encontre em nós. Tal causa não pode ser o sujeito pensante. O nada também não
pode ser a causa, nem qualquer ser imperfeito. A uma realidade que possui todas as perfeições representadas na
ideia de ser perfeito. Concluindo, é ele o próprio ser perfeito e a causa originária da ideia de perfeição.
Terceira prova baseia-se também no princípio da causalidade.O que agora se procura saber é qual a causa
da existência do ser pensante, que é um ser finito, imperfeito e contingente. Essa causa não é o sujeito pensante. Se
fosse, com certeza que ele daria a si próprio as perfeições das quais possui uma ideia.
6. As três substâncias:
- Substância pensante, cujo atributo essencial é o pensamento;
- Substância extensa, cujo atributo essencial é a extensão;
- Substância divina, cujo atributo essencial é perfeição, a qual se identifica, em virtude da simplicidade
divina, com vários atributos de Deus.
O empirismo de D.Hume:
1.Definir o empirismo:
O empirismo de Hume, para quem todo o conhecimento deriva da experiência, tendo todas as crenças e
ideias uma base empírica, até as mais complexas. O objeto impõe-se ao sujeito.
As perceções que apresentam maior grau de força e vivacidade designam-se por impressões. Nelas se
incluem não só as sensações, como também as emoções, como o odio, o desejo, o amor, etc., enquanto vivenciadas
e presentes ao espirito. Ora, a perceção de algo presente aos sentidos é sempre mais viva do que a sua imaginação
ou representação.
As ideias ou pensamentos são, justamente as representações das impressões, ou seja, são as imagens
enfraquecidas das impressões, nunca alcançando vivacidade e força iguais às destas últimas. Pode, inclusive,
afirmar-se que «o mais vivo pensamento é ainda inferior à mais embaciada sensação».
As ideias derivam das impressões. Não só cada ideia deriva de determinada impressão, como não podem
existir ideias das quais não tenha havido uma impressão prévia.
As ideias e as impressões são elementos do conhecimento. Por isso todo o conhecimento deriva da
experiencia.
Toda realidade se pode reduzir à abundância das impressões e das ideias, bem como das relações entre
elas. O critério usado para distinguir uma ideia verdadeira de uma ficção passa a ser a existência ou não de uma
impressão que lhes corresponda (embora as ficções tenham por base, em ultima instância, as impressões, uma vez
que são ideias construídas a partir delas).
O que de facto existe ideias particulares, com quais evocamos outras ideias semelhantes. A possibilidade
desta evocação radica num princípio psicológico: o hábito.
2.Analisar os tipos de conhecimento:
Relação entre ideias Relação de facto
Ex: o triângulo três ângulos Ex: Amanhã vai chover/ a neve resulta da descida de
temperatura.
- São conhecimentos a priori: são proposições cuja
verdade pede ser conhecida pelo simples inspeção lógico
do seu conteúdo;
-não depende do confronto e/os factos ou com a
experiencia;
- Combinamideias, não nos dão qualquer conhecimento
sobre o que se passa no mundo; unicamente formamos
relações corretas entre as ideias; nada nos diz sobre o que
existe ou acontece no mundo;
- São verdadeiros necessários não admitem a sua
contradição (logicamente impossível a sua negação).
. Matemática, lógica
-São conhecimentos a posteriori;
-Implicam o confronto das proposições e/a experiencia; o
seu valor de verdade tem de ser testado na experiencia;
-Visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos
conhecimento sobre o que existe e acontece;
A verdade destas proposições é contingente; não é
logicamente impossível a contradição apesar de ser pouco
provável;
3. Compreender a relação de causa e efeito:
Os princípios de ideias são: semelhança, contiguidade no tempo e no espaço e causalidade (causa e
efeito).
É justamente na relação de causa e efeito que se baseiam os nossos raciocínios acerca dos factos. O nosso
conhecimento dos factos restringe-se às impressões atuais e às recordações de impressões passadas. Uma vez que
Conteúdo mental:Perceções
Sentimentos
internos (emoções e
desejos).
Sensações externas
(auditivas, visuais,
tácteis, olfativas e
gustativas).
Complexas
(imaginação: ideia
de cavalo alado,
etc.)
Simples (memória:
ideia de cavalo, de
coisa com asas,
etc.)
Ideias: São cópias das impressões,
Com menos força e vivacidade.
Impressões: Caracterizam-se pela
sua força e vivacidade.
não dispomos de impressões relativas ao que acontecerá no futuro, também não possuímos o conhecimento dos
factos futuros. Estas certezas do que acontecerá têm por base uma inferência causal. Mas a relação de causa e de
efeito é geralmente entendida como sendo uma conexão necessária. Ou seja, é como se determinado efeito se
produzisse necessariamente a partir do momento em que existe determinada causa. Não dispomos de qualquer
impressão relativa à ideia de conexão necessária entre os fenómenos. E a partir da experiencia, verificamos entre a
relação causa e efeito, é uma sucessão constante (um deles ocorre sempre a seguir ao outro).
4.Justificar as consequências da noção de causa e efeito:
Ao observarmos repetidamente uma conjunção constante entre certos acontecimentos ou objetos, gera-
se em nós a expectativa de que o mesmo ocorra inevitavelmente no futuro. Isso leva-nos a pensar que há uma
conexão necessária (causalidade). Assim, a nossa crença de que há uma conexão necessária decorre simplesmente
dohábito, que é uma espécie de sentimento ou disposição interna. É o hábito que leva a nossa mente a projetar no
mundo a conexão necessária entre causa e efeito. Esta é uma conexão que não existe na realidade, mas apenas na
nossa mente (como tendência psicológica). «Expectativa», «hábito» e «projetar» são todos termos psicológicos.
Portanto, a causalidade (causa e efeito), que supostamente nos permite compreender muito do que acontece no
mundo não passa de uma ilusão ou ficção.A ideia de causalidade não é senão uma ficção, uma ilusão, uma criação
subjetiva ou psicológica da mente humana.

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Filosofia 11ºano

  • 1. Filosofia 11ºano Argumentação, verdade e ser A realidade diz-se de diferentes maneiras e apresenta-se em contextos diferentes, com significados diferentes. Com isto, encontramos diferentes discursos sobre a realidade (artístico, filosófico, político, religioso, científico, etc.). A cada um deles corresponde uma interpretação do ser ou da realidade que pretende ser verdadeira. Mas os discursos são sempre contextualizados e os contextos não só são diversos como se alteram ao longo dos tempos. As teorias e leis científicas são consideradas como bons modelos explicativos (mas provisórios) do real. A verdade adquire, nos nossos dias, um estatuto diferentes; como diz Edgar Morin, ela é biodegradável. As teorias filosóficas estiveram, dependentes das suas perguntas e respostas tradicionais. A verdade- única, absoluta e universal, capaz de dizer uma realidade absoluta, perfeita e imutável. Foi assim que nasceram as oposições filosofia/retórica, verdade/opinião. A lógica formal junta-se uma lógica do preferível, uma lógica que fundamenta as nossas escolhas. A razão não é mais entendida como a faculdade humana detentora (a priori) de conhecimento verdadeiros e unívocos, mas como faculdade humana portadora (a posteriori) de conhecimentos plurívocos e mais próxima da possível verdade. Assim, uma nova conceção da racionalidade- uma racionalidade argumentativa. Apesar de existirem diferenças entre os seres humanos, a afirmação de um auditório universal, surge como garantia da possibilidade de estabelecer consensos. O discurso é sempre plural. A razão, comum a todos os homens, não pode ser descontextualizada. Esta nova razão argumentativa, universalidade do discurso com vista ao entendimento. Afirmação de uma (ou várias) verdade (s) possível (eis) a uma atitude critica, de abertura e questionamento face ao real. Para a filosofia contemporânea, a busca da verdade não é mais incompatível com a retórica; pelo contrário, há quem afirme poder encontrar nesta o método da filosofia. O racionalismo Cartesiano 1.Caracterizar o projeto Cartesiano: A razão é origem do conhecimento então as proposições da matemática assumem um carácter evidente. A sua origem é totalmente racional. Ao seguir um método inspirado na matemática para a conquista da verdade. As 4 regras do método são por as regras da evidência, da análise, da síntese e da enumeração, permitirão guiar a razão, orientando devidamente: - Intuição: é um ato de apreensão direta e imediata de noções simples, evidentes e indubitáveis; - Dedução: refere-se ao encadeamento das intuições envolvendo um movimento do pensamento, desde os princípios evidentes até às consequências necessárias; 2.Analisar as críticas de Descartes ao sabor da sua época: Descartes foi um filósofo racionalista, uma vez que considera a razão a fonte principal do conhecimento, caracterizado por ser logicamente necessário e universalmente válido. Assim, atribuindo um grande valor à razão. Ele procurou os fundamentos metafísicos do conhecimento. 3. Analisar o papel da dúvida: Instrumento da luz natural ou razão, a dúvida é posta ao serviço da verdade. É necessário colocar tudo em causa, no processo de busca dos princípios fundamentais e indubitáveis. Trata-se de uma dúvida: - Metódica e provisória: é um meio para atingir a certeza, não constituindo um fim em si mesma. - Hiperbólica: rejeitará como se fosse falso tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.
  • 2. - Universal e radical: índice não é só sobre o conhecimento em geral, como também sobre os seus fundamentos, as suas raízes. A dúvida é um exercício voluntário, permitindo que nos libertemos de preconceitos e opiniões erróneas, a fim de ser possível reconstruir, com fundamentos sólidos, o edifício do saber. 4. Caracterizar o Cogito: A dúvida acabará por nos conduzir a uma verdade incontestável: a afirmação da minha existência, enquanto sou um ser que pensa e que duvida. Penso, logo existo, trata-se de uma afirmação evidente e indubitável, obtida por intuição, e que servirá de paradigma para as afirmações verdadeiras. O cogito apresenta, a condição da duvida hiperbólica, uma vez que existir é a condição para se poder duvidar, e ao mesmo tempo, determina uma exceção à universalidade da dúvida, há pelo menos uma realidade da qual não posso duvidar: minha própria existência. 5. Analisar as provas de existência de Deus: A ideia que possuímos encontra-se a noção de um ser perfeito. A ideia de ser perfeito servirá de ponto de partida para a investigação relativa à existência do ser divino. Descartes demostra a existência de Deus mediante as três provas. Primeira prova parte da constatação de que na ideia de ser perfeito estão compreendidas todas as perfeições. A existência é uma dessas perfeições, por isso Deus existe. O facto de existir é inerente à essência de Deus, de tal modo que este ser não pode ser pensado como não-existente. Esta prova é representada por o argumento ontológico, sem recurso à causalidade e à experiência. “Que se pode demostrar que existe um Deus, pela única razão de que a necessidade de ser ou de existir está comprometida na noção que temos dele.” Segunda prova toma igualmente como ponto de partida a ideia de ser perfeito. Podemos procurar a causa que faz com que essa ideia se encontre em nós. Tal causa não pode ser o sujeito pensante. O nada também não pode ser a causa, nem qualquer ser imperfeito. A uma realidade que possui todas as perfeições representadas na ideia de ser perfeito. Concluindo, é ele o próprio ser perfeito e a causa originária da ideia de perfeição. Terceira prova baseia-se também no princípio da causalidade.O que agora se procura saber é qual a causa da existência do ser pensante, que é um ser finito, imperfeito e contingente. Essa causa não é o sujeito pensante. Se fosse, com certeza que ele daria a si próprio as perfeições das quais possui uma ideia. 6. As três substâncias: - Substância pensante, cujo atributo essencial é o pensamento; - Substância extensa, cujo atributo essencial é a extensão; - Substância divina, cujo atributo essencial é perfeição, a qual se identifica, em virtude da simplicidade divina, com vários atributos de Deus. O empirismo de D.Hume: 1.Definir o empirismo: O empirismo de Hume, para quem todo o conhecimento deriva da experiência, tendo todas as crenças e ideias uma base empírica, até as mais complexas. O objeto impõe-se ao sujeito. As perceções que apresentam maior grau de força e vivacidade designam-se por impressões. Nelas se incluem não só as sensações, como também as emoções, como o odio, o desejo, o amor, etc., enquanto vivenciadas e presentes ao espirito. Ora, a perceção de algo presente aos sentidos é sempre mais viva do que a sua imaginação ou representação. As ideias ou pensamentos são, justamente as representações das impressões, ou seja, são as imagens enfraquecidas das impressões, nunca alcançando vivacidade e força iguais às destas últimas. Pode, inclusive, afirmar-se que «o mais vivo pensamento é ainda inferior à mais embaciada sensação».
  • 3. As ideias derivam das impressões. Não só cada ideia deriva de determinada impressão, como não podem existir ideias das quais não tenha havido uma impressão prévia. As ideias e as impressões são elementos do conhecimento. Por isso todo o conhecimento deriva da experiencia. Toda realidade se pode reduzir à abundância das impressões e das ideias, bem como das relações entre elas. O critério usado para distinguir uma ideia verdadeira de uma ficção passa a ser a existência ou não de uma impressão que lhes corresponda (embora as ficções tenham por base, em ultima instância, as impressões, uma vez que são ideias construídas a partir delas). O que de facto existe ideias particulares, com quais evocamos outras ideias semelhantes. A possibilidade desta evocação radica num princípio psicológico: o hábito. 2.Analisar os tipos de conhecimento: Relação entre ideias Relação de facto Ex: o triângulo três ângulos Ex: Amanhã vai chover/ a neve resulta da descida de temperatura. - São conhecimentos a priori: são proposições cuja verdade pede ser conhecida pelo simples inspeção lógico do seu conteúdo; -não depende do confronto e/os factos ou com a experiencia; - Combinamideias, não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo; unicamente formamos relações corretas entre as ideias; nada nos diz sobre o que existe ou acontece no mundo; - São verdadeiros necessários não admitem a sua contradição (logicamente impossível a sua negação). . Matemática, lógica -São conhecimentos a posteriori; -Implicam o confronto das proposições e/a experiencia; o seu valor de verdade tem de ser testado na experiencia; -Visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimento sobre o que existe e acontece; A verdade destas proposições é contingente; não é logicamente impossível a contradição apesar de ser pouco provável; 3. Compreender a relação de causa e efeito: Os princípios de ideias são: semelhança, contiguidade no tempo e no espaço e causalidade (causa e efeito). É justamente na relação de causa e efeito que se baseiam os nossos raciocínios acerca dos factos. O nosso conhecimento dos factos restringe-se às impressões atuais e às recordações de impressões passadas. Uma vez que Conteúdo mental:Perceções Sentimentos internos (emoções e desejos). Sensações externas (auditivas, visuais, tácteis, olfativas e gustativas). Complexas (imaginação: ideia de cavalo alado, etc.) Simples (memória: ideia de cavalo, de coisa com asas, etc.) Ideias: São cópias das impressões, Com menos força e vivacidade. Impressões: Caracterizam-se pela sua força e vivacidade.
  • 4. não dispomos de impressões relativas ao que acontecerá no futuro, também não possuímos o conhecimento dos factos futuros. Estas certezas do que acontecerá têm por base uma inferência causal. Mas a relação de causa e de efeito é geralmente entendida como sendo uma conexão necessária. Ou seja, é como se determinado efeito se produzisse necessariamente a partir do momento em que existe determinada causa. Não dispomos de qualquer impressão relativa à ideia de conexão necessária entre os fenómenos. E a partir da experiencia, verificamos entre a relação causa e efeito, é uma sucessão constante (um deles ocorre sempre a seguir ao outro). 4.Justificar as consequências da noção de causa e efeito: Ao observarmos repetidamente uma conjunção constante entre certos acontecimentos ou objetos, gera- se em nós a expectativa de que o mesmo ocorra inevitavelmente no futuro. Isso leva-nos a pensar que há uma conexão necessária (causalidade). Assim, a nossa crença de que há uma conexão necessária decorre simplesmente dohábito, que é uma espécie de sentimento ou disposição interna. É o hábito que leva a nossa mente a projetar no mundo a conexão necessária entre causa e efeito. Esta é uma conexão que não existe na realidade, mas apenas na nossa mente (como tendência psicológica). «Expectativa», «hábito» e «projetar» são todos termos psicológicos. Portanto, a causalidade (causa e efeito), que supostamente nos permite compreender muito do que acontece no mundo não passa de uma ilusão ou ficção.A ideia de causalidade não é senão uma ficção, uma ilusão, uma criação subjetiva ou psicológica da mente humana.