SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
A espada do rei Afonso
O excerto que vais ler pertence a uma peça de teatro que apresenta, entre outras
personagens, o nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques. Como sabes, ele teve de se
revoltar contra a mãe, Dona Teresa, para poder fundar o reino que hoje é Portugal. O
Papa não gostou, e mandou um bispo ameaçar o rei com a excomunhão, um castigo
religioso muito grave…
Bispo de Coimbra: De certo que ouviu enredos, nosso Papa em hora má… Tranquilizai
nossos medos: vossa mãe, onde é que está?
Rei: Está boazinha, obrigada. Um bocado constipada, mas nada que dê cuidado:
passará com uma chazada.
Bispo de Coimbra: Não foi de sua saúde a pergunta por mim feita!
Rei: Não foi? Mas devia ser! Olhai que é grande desfeita!
Bispo de Coimbra: Sabeis bem do que se trata: perguntei onde está ela!
Rei: Sei lá! Talvez em seu quarto, ou a rezar na capela!
Bispo de Coimbra: Não estou para grandes rodeios…
Rei: Para mim é coisa arrumada!
Bispo de Coimbra: É voz corrente que a tendes a ferros aprisionada.
Rei: Se a prendi, é cá comigo, a mãe é minha e não vossa. E não vejo que isso ao
Papa possa causar grande mossa. Acaso eu alguma vez perguntei pela mãe dele?
Pelo pai ou pelos primos? Ou por este, ou por aquele? Quero que ele me deixe em
paz, que eu em paz o deixarei.
Bispo de Coimbra: É isso que cá me traz.
Rei: O quê?
Bispo de Coimbra: Fazer respeitar a lei. Ou a tirais da prisão, ou vos excomungarei.
(Bispo sai).
Rei: Essa agora tinha graça! Um bispo a meter-me medo! O elefante que eu sou, a
recear o pulguedo! Mas onde é que já se viu! A excomunhão lha darei: vou ter as
missas que eu quero, pelos bispos que escolherei! E a mãezinha Teresa fica
exatamente onde está: para quem quer trair seu rei, as masmorras de um castelo são
o melhor lugar que há.
Alice Vieira, A espada do rei Afonso
1. Indica uma didascália presente no texto.
1.1 Explica a sua função.
2. Escolhe a opção correta. O rei responde à pergunta do Bispo de Coimbra do modo
como o faz, porque:
a. tem medo do Bispo.
b. não percebe a pergunta dele.
c. percebe a pergunta, mas faz de conta que não percebeu.
d. percebe a pergunta, mas não sabe bem o que responder.
3. Escolhe a opção correta. A frase dita pelo Bispo «É voz corrente que a tendes
aprisionada.», significa que o povo:
a. suspeitava que o rei tinha a mãe pressa numa cadeia.
b. pensava que o rei tinha a mãe presa numa cadeia.
c. calculava que o rei tinha a mãe presa numa cadeia.
d. sabia que o rei tinha a mãe presa numa cadeia.
4. Indica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F) relativas à última fala do rei.
Corrige as falsas.
4.1 O rei utiliza uma metáfora para se referir ao seu poder.
4.2 O rei encontra rapidamente uma solução para o castigo anunciado pelo bispo.
4.3 O rei mostra, com as suas palavras, ser um homem decidido.
4.4 O rei mostra, com as suas palavras, que o amor filial é mais importante que as
razões políticas.
5. Observa no texto as seguintes palavras destacadas – por esta ordem: ela, a, ele, o.
A quem se refere cada uma delas?
a. ela refere-se a _______________________ .
b. a refere-se a _________________________ .
c. ele refere-se a _______________________ .
d. o refere-se a _________________________ .
II
1. Indica as funções sintáticas das frases:
a) D. Teresa foi presa nas masmorras do castelo por D.Afonso.
b) Tranquilizai vossos medos.
c) A excomunhão lha darei.
d) Ele teve de se revoltar contra a mãe.
e) O Papa mandou um bispo ameaçar o rei com a excomunhão.
2. Divide e classifica as orações das frases:
a) Ele teve de se revoltar contra a mãe, Dona Teresa, para poder fundar o
reino.
b) Talvez emseu quarto, ou a rezar na capela.
c) D. Afonso disse ao bispo que não tinha medo dele.
d) Quero que ele me deixe em paz.
3. Indica a classe e subclasse das palavras sublinhadas:
a) Acaso eu alguma vez perguntei pela mãe dele?
b) Muitas pessoas do povo sabiam do sucedido.
4. Substitui as expressões sublinhadas por pronomes pessoais:
a) Vou ter as missas que eu quero.
b) Fazer respeitar a lei.
c) O bispo dará a excomunhão ao rei.
d) As ondas embalavam os barquinhos
e)
5. Indica o processo de formação das palavras:
a) Anoitecer
b) Amavelmente
c) Prof
d) ONU
e) Metro
f) TAP
g) Injustamente
h) Excomunhão
i) Aprisionar
Texto B
Não era por mal …
A onda que vinha
não vinha por mal.
Mas veio, mas veio…
E logo a barquinha
partiu pelo meio.
Nem homem, nem velas.
Quando a bordo ia,
com fé abalara,
morreu já sem ela.
Mas, se a onda veio,
não veio por mal:
era irmã daquela
que chegou à praia,
que embala barquinhos
de meninos pobres.
Os meninos brincam.
Navegam em barcos
Feitos de cortiça,
Feitos de jornal.
Quase à mesma hora,
longe, os pais naufragam
sem nenhuma ajuda.
Mas não é por mal…
In ‘Cabo da Boa Esperança’
1. Indica o número de estrofes que constituemo poema.
2. Como classificas cada uma delas.
3. Faz o esquema rimático e classifica os tipos de rima presentes no poema.
4. Divide emsílabas métrica os dois últimos versos.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

D.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de CastroD.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de CastroUmberto Pacheco
 
InêS De Castro Power Point Gaby Mary 2
InêS De Castro   Power Point   Gaby Mary   2InêS De Castro   Power Point   Gaby Mary   2
InêS De Castro Power Point Gaby Mary 2dmcb
 
D.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de CastroD.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de CastroChuck Gary
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história pptAna Paiva
 
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os LusíadasA Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadassin3stesia
 
Cantigas profanas medievais
Cantigas profanas medievaisCantigas profanas medievais
Cantigas profanas medievaisRosário Pinto
 
Insdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoInsdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoarmindaalmeida
 
Documento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTO
Documento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTODocumento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTO
Documento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTORui Oliveira
 
Capítulo iii memorial do convento
Capítulo iii   memorial do conventoCapítulo iii   memorial do convento
Capítulo iii memorial do convento12anogolega
 
Memorial convento- José Saramago
Memorial convento- José SaramagoMemorial convento- José Saramago
Memorial convento- José Saramagobecresforte
 
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroFicha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroSusana Sobrenome
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosRui Matos
 
Inês de Portugal
Inês de PortugalInês de Portugal
Inês de Portugal12anogolega
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história pptAna Paiva
 
Memorial do Convento - Cap. I
Memorial do Convento - Cap. IMemorial do Convento - Cap. I
Memorial do Convento - Cap. I12º A Golegã
 

La actualidad más candente (20)

D.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de CastroD.Pedro e Inês de Castro
D.Pedro e Inês de Castro
 
InêS De Castro Power Point Gaby Mary 2
InêS De Castro   Power Point   Gaby Mary   2InêS De Castro   Power Point   Gaby Mary   2
InêS De Castro Power Point Gaby Mary 2
 
D.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de CastroD.Pedro & Inês de Castro
D.Pedro & Inês de Castro
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
 
Amor De Pedro E Ines
Amor De Pedro E InesAmor De Pedro E Ines
Amor De Pedro E Ines
 
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os LusíadasA Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
A Morte de Inês de Castro - Os Lusíadas
 
Memorial convento
Memorial conventoMemorial convento
Memorial convento
 
Cantigas profanas medievais
Cantigas profanas medievaisCantigas profanas medievais
Cantigas profanas medievais
 
Portugues mc
Portugues mcPortugues mc
Portugues mc
 
Insdecastro apresentao
Insdecastro apresentaoInsdecastro apresentao
Insdecastro apresentao
 
Documento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTO
Documento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTODocumento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTO
Documento CAPITULO SETE - tópicos MEMORIAL DO CONVENTO
 
Capítulo iii memorial do convento
Capítulo iii   memorial do conventoCapítulo iii   memorial do convento
Capítulo iii memorial do convento
 
Memorial convento- José Saramago
Memorial convento- José SaramagoMemorial convento- José Saramago
Memorial convento- José Saramago
 
Inês de castro
Inês de castroInês de castro
Inês de castro
 
Pedro E InêS
Pedro E InêSPedro E InêS
Pedro E InêS
 
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroFicha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
 
Memorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por CapítulosMemorial- Análise por Capítulos
Memorial- Análise por Capítulos
 
Inês de Portugal
Inês de PortugalInês de Portugal
Inês de Portugal
 
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história pptD. pedro i e d. inês de castro   trabalho de grupo de história ppt
D. pedro i e d. inês de castro trabalho de grupo de história ppt
 
Memorial do Convento - Cap. I
Memorial do Convento - Cap. IMemorial do Convento - Cap. I
Memorial do Convento - Cap. I
 

Similar a A excomunhão do rei Afonso

Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012
Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012
Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012Josias Melquides
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80luisprista
 
Bisponegro
BisponegroBisponegro
BisponegroEdsonnPP
 
Alexandre herculano o bispo negro
Alexandre herculano   o bispo negroAlexandre herculano   o bispo negro
Alexandre herculano o bispo negroTulipa Zoá
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108luisprista
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33luisprista
 
Atividades quincas borba
Atividades quincas borbaAtividades quincas borba
Atividades quincas borbacatlp
 
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e CursoTrabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Cursojasonrplima
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106luisprista
 
Conto machado de assis
Conto machado de assisConto machado de assis
Conto machado de assisAnatliaMiranda
 
Leandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHO
Leandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHOLeandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHO
Leandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHOPedro Abreu
 
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencarGuerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencarVivieni Lara Machado
 
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencarGuerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencarVivieni Lara Machado
 
Trovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptx
Trovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptxTrovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptx
Trovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptxPedroIvson1
 
Leandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e bookLeandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e bookFernanda Sousa
 
Leandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e bookLeandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e bookBibliotecaPaulo
 

Similar a A excomunhão do rei Afonso (20)

Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012
Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012
Avaliação 1 ano 2 bimestre 2012
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 79-80
 
Bisponegro
BisponegroBisponegro
Bisponegro
 
Alexandre herculano o bispo negro
Alexandre herculano   o bispo negroAlexandre herculano   o bispo negro
Alexandre herculano o bispo negro
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
Apresentação para décimo primeiro ano de 2015 6, aula 107-108
 
Projetovestibular
ProjetovestibularProjetovestibular
Projetovestibular
 
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
ApresentaçãO Para DéCimo Segundo Ano, Aula 33
 
Atividades quincas borba
Atividades quincas borbaAtividades quincas borba
Atividades quincas borba
 
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e CursoTrabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
Trabalho AV1 - Livro Parte I 3º ano - Gênesis Colégio e Curso
 
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106
Apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 105-106
 
Conto machado de assis
Conto machado de assisConto machado de assis
Conto machado de assis
 
Conto o espelho
Conto o espelhoConto o espelho
Conto o espelho
 
Leandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHO
Leandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHOLeandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHO
Leandro, o Rei da Helíria - Alice Vieira - CAMINHO
 
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencarGuerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencar
 
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencarGuerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais   josé de alencar
Guerra dos mascates, crônica dos tempos coloniais josé de alencar
 
Trovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptx
Trovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptxTrovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptx
Trovadorismo, humanismo e quinhentismo.pptx
 
Ii atividade nono ano
Ii atividade nono anoIi atividade nono ano
Ii atividade nono ano
 
Leandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e bookLeandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e book
 
Leandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e bookLeandro rei-da-heliria-e book
Leandro rei-da-heliria-e book
 
Leandro rei-da-heliria
Leandro rei-da-heliriaLeandro rei-da-heliria
Leandro rei-da-heliria
 

Último

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxIsabellaGomes58
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfEyshilaKelly1
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 

Último (20)

Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptxQUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
QUARTA - 1EM SOCIOLOGIA - Aprender a pesquisar.pptx
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdfGuia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
Guia completo da Previdênci a - Reforma .pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 

A excomunhão do rei Afonso

  • 1. A espada do rei Afonso O excerto que vais ler pertence a uma peça de teatro que apresenta, entre outras personagens, o nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques. Como sabes, ele teve de se revoltar contra a mãe, Dona Teresa, para poder fundar o reino que hoje é Portugal. O Papa não gostou, e mandou um bispo ameaçar o rei com a excomunhão, um castigo religioso muito grave… Bispo de Coimbra: De certo que ouviu enredos, nosso Papa em hora má… Tranquilizai nossos medos: vossa mãe, onde é que está? Rei: Está boazinha, obrigada. Um bocado constipada, mas nada que dê cuidado: passará com uma chazada. Bispo de Coimbra: Não foi de sua saúde a pergunta por mim feita! Rei: Não foi? Mas devia ser! Olhai que é grande desfeita! Bispo de Coimbra: Sabeis bem do que se trata: perguntei onde está ela! Rei: Sei lá! Talvez em seu quarto, ou a rezar na capela! Bispo de Coimbra: Não estou para grandes rodeios… Rei: Para mim é coisa arrumada! Bispo de Coimbra: É voz corrente que a tendes a ferros aprisionada. Rei: Se a prendi, é cá comigo, a mãe é minha e não vossa. E não vejo que isso ao Papa possa causar grande mossa. Acaso eu alguma vez perguntei pela mãe dele? Pelo pai ou pelos primos? Ou por este, ou por aquele? Quero que ele me deixe em paz, que eu em paz o deixarei. Bispo de Coimbra: É isso que cá me traz. Rei: O quê? Bispo de Coimbra: Fazer respeitar a lei. Ou a tirais da prisão, ou vos excomungarei. (Bispo sai). Rei: Essa agora tinha graça! Um bispo a meter-me medo! O elefante que eu sou, a recear o pulguedo! Mas onde é que já se viu! A excomunhão lha darei: vou ter as missas que eu quero, pelos bispos que escolherei! E a mãezinha Teresa fica exatamente onde está: para quem quer trair seu rei, as masmorras de um castelo são o melhor lugar que há. Alice Vieira, A espada do rei Afonso 1. Indica uma didascália presente no texto. 1.1 Explica a sua função. 2. Escolhe a opção correta. O rei responde à pergunta do Bispo de Coimbra do modo como o faz, porque: a. tem medo do Bispo. b. não percebe a pergunta dele. c. percebe a pergunta, mas faz de conta que não percebeu. d. percebe a pergunta, mas não sabe bem o que responder.
  • 2. 3. Escolhe a opção correta. A frase dita pelo Bispo «É voz corrente que a tendes aprisionada.», significa que o povo: a. suspeitava que o rei tinha a mãe pressa numa cadeia. b. pensava que o rei tinha a mãe presa numa cadeia. c. calculava que o rei tinha a mãe presa numa cadeia. d. sabia que o rei tinha a mãe presa numa cadeia. 4. Indica as afirmações verdadeiras (V) e as falsas (F) relativas à última fala do rei. Corrige as falsas. 4.1 O rei utiliza uma metáfora para se referir ao seu poder. 4.2 O rei encontra rapidamente uma solução para o castigo anunciado pelo bispo. 4.3 O rei mostra, com as suas palavras, ser um homem decidido. 4.4 O rei mostra, com as suas palavras, que o amor filial é mais importante que as razões políticas. 5. Observa no texto as seguintes palavras destacadas – por esta ordem: ela, a, ele, o. A quem se refere cada uma delas? a. ela refere-se a _______________________ . b. a refere-se a _________________________ . c. ele refere-se a _______________________ . d. o refere-se a _________________________ . II 1. Indica as funções sintáticas das frases: a) D. Teresa foi presa nas masmorras do castelo por D.Afonso. b) Tranquilizai vossos medos. c) A excomunhão lha darei. d) Ele teve de se revoltar contra a mãe. e) O Papa mandou um bispo ameaçar o rei com a excomunhão. 2. Divide e classifica as orações das frases: a) Ele teve de se revoltar contra a mãe, Dona Teresa, para poder fundar o reino. b) Talvez emseu quarto, ou a rezar na capela. c) D. Afonso disse ao bispo que não tinha medo dele. d) Quero que ele me deixe em paz.
  • 3. 3. Indica a classe e subclasse das palavras sublinhadas: a) Acaso eu alguma vez perguntei pela mãe dele? b) Muitas pessoas do povo sabiam do sucedido. 4. Substitui as expressões sublinhadas por pronomes pessoais: a) Vou ter as missas que eu quero. b) Fazer respeitar a lei. c) O bispo dará a excomunhão ao rei. d) As ondas embalavam os barquinhos e) 5. Indica o processo de formação das palavras: a) Anoitecer b) Amavelmente c) Prof d) ONU e) Metro f) TAP g) Injustamente h) Excomunhão i) Aprisionar
  • 4. Texto B Não era por mal … A onda que vinha não vinha por mal. Mas veio, mas veio… E logo a barquinha partiu pelo meio. Nem homem, nem velas. Quando a bordo ia, com fé abalara, morreu já sem ela. Mas, se a onda veio, não veio por mal: era irmã daquela que chegou à praia, que embala barquinhos de meninos pobres. Os meninos brincam. Navegam em barcos Feitos de cortiça, Feitos de jornal. Quase à mesma hora, longe, os pais naufragam sem nenhuma ajuda. Mas não é por mal… In ‘Cabo da Boa Esperança’ 1. Indica o número de estrofes que constituemo poema. 2. Como classificas cada uma delas. 3. Faz o esquema rimático e classifica os tipos de rima presentes no poema. 4. Divide emsílabas métrica os dois últimos versos.