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Apesar de ser contemporâneo ao Realismo e ao Naturalismo, a estética
parnasiana diferencia-se ideologicamente por não se preocupar com a
temática social ou mesmo com a reflexão sobre o homem e sua condição.
O racionalismo traduz-se em objetivismo, em rejeição aos excessos
românticos e em crítica ao sentimentalismo. A arte não era um simples
entretenimento, mas a busca da beleza, a arte pela arte.
O poeta, alienado socialmente, inspira-se na Antiguidade Clássica, na
mitologia greco-latina como uma forma de negar os princípios do
Romantismo e garantir prestígio entre as camadas mais letradas do Brasil.
O artificialismo é uma de suas principais características, valorizando
excessivamente a forma (os sonetos, as rimas ricas, a métrica perfeita),
ostentando um nível vocabular refinado e grande rigor gramatical.
O nome Parnasianismo tem origem na Grécia antiga: segundo a lenda,
Parnaso é o nome de um monte da Fócida, consagrado a Apolo e às
musas. É o monte onde nasceu Castália, a musa inspiradora dos poetas.
É uma arte excessivamente descritiva, cheia de adjetivos e imagens
poéticas elaboradas. O objetivo maior é o culto à forma na busca de
atingir a perfeição.
A mulher no Parnasianismo é vista com objetividade, contrapondo-se às
idealizações românticas. Desta forma, a sensualidade e o amor carnal
eram cultivados pelos parnasianos.
O Parnasianismo fez bastante sucesso em sua época, estendendo-se da
década de 80 do século XIX até a Semana de Arte Moderna em 1922. Foi a
poesia “oficial” do Brasil durante longas décadas.
Leiamos os poemas “Profissão de fé” (p. 251), “Tercetos” (p. 331) e “A um
poeta” (p. 334)
São temas frequentes:
Amor  sensual: vazado num erotismo que oscila entre o explícito e
o requintando; mas essa sensualidade não vulgariza o amor, que
sempre aparece como sentimento nobre e transcendente;


A  metalinguagem: eleição da própria poesia como tema poético,
está entre as preferências de Bilac.


Um   certo decadentismo da vida e das coisas é também uma das
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Parnasianismo

  • 1.
  • 2. Apesar de ser contemporâneo ao Realismo e ao Naturalismo, a estética parnasiana diferencia-se ideologicamente por não se preocupar com a temática social ou mesmo com a reflexão sobre o homem e sua condição.
  • 3. O racionalismo traduz-se em objetivismo, em rejeição aos excessos românticos e em crítica ao sentimentalismo. A arte não era um simples entretenimento, mas a busca da beleza, a arte pela arte.
  • 4. O poeta, alienado socialmente, inspira-se na Antiguidade Clássica, na mitologia greco-latina como uma forma de negar os princípios do Romantismo e garantir prestígio entre as camadas mais letradas do Brasil.
  • 5. O artificialismo é uma de suas principais características, valorizando excessivamente a forma (os sonetos, as rimas ricas, a métrica perfeita), ostentando um nível vocabular refinado e grande rigor gramatical.
  • 6. O nome Parnasianismo tem origem na Grécia antiga: segundo a lenda, Parnaso é o nome de um monte da Fócida, consagrado a Apolo e às musas. É o monte onde nasceu Castália, a musa inspiradora dos poetas.
  • 7. É uma arte excessivamente descritiva, cheia de adjetivos e imagens poéticas elaboradas. O objetivo maior é o culto à forma na busca de atingir a perfeição.
  • 8. A mulher no Parnasianismo é vista com objetividade, contrapondo-se às idealizações românticas. Desta forma, a sensualidade e o amor carnal eram cultivados pelos parnasianos.
  • 9. O Parnasianismo fez bastante sucesso em sua época, estendendo-se da década de 80 do século XIX até a Semana de Arte Moderna em 1922. Foi a poesia “oficial” do Brasil durante longas décadas.
  • 10.
  • 11. Leiamos os poemas “Profissão de fé” (p. 251), “Tercetos” (p. 331) e “A um poeta” (p. 334)
  • 12. São temas frequentes: Amor sensual: vazado num erotismo que oscila entre o explícito e o requintando; mas essa sensualidade não vulgariza o amor, que sempre aparece como sentimento nobre e transcendente; A metalinguagem: eleição da própria poesia como tema poético, está entre as preferências de Bilac. Um certo decadentismo da vida e das coisas é também uma das tônicas de sua poesia.