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INDICE
1- Introdução.......................................................................................................................2
1.1- Tipos de Saliva
1.2- Saliva serosa
1.3- Saliva Mucosa
1.4- Saliva Mista
2- Desenvolvimento............................................................................................................3
2.1- Componentes da Saliva
2.2- Fluxo Salivar
2.3- PH e Capacidade Tampão Salivar...................................................................4
2.4- Função Salivar..........................................................................................................5
2.5- Formação da Película Adquirida......................................................................6
2.6- Função da Película Adquirida
2.7- Microbiologia da Saliva........................................................................................7
2.8- Cuidados com a Saliva..........................................................................................8
3- Conclusão.............................................................................................................................9
4- Bibliografia.........................................................................................................................10
2
INTRODUÇÃO
A saliva presente na cavidade oral, chamada de saliva total, é constituída por várias
secreções e outros componentes. Refere-se que esta mistura inclui: as secreções de
todas as glândulas salivares (maiores e menores) ; os produtos do metabolismo da
flora bucal ; as células bacterianas ; as células epiteliais escamadas , e as secreções
creviculares gengivais (da gengiva narginal dos dentes).
1.1 Tipos de Saliva
1.2 Serosa
É a saliva rica em albuminóides, sendo por isso também chamada de
salivaalbuminosa. Atua preponderantemente na mastigação doa alimen. É secretada
pelas glândulas de secreção serosa : glândulas parótidas e glândulas de Ebner .
1.3 Mucosa
É a saliva rica em glicoproteínas tais como mucina. Atua preponderantemente
na gustação e deglutição . É secretada pelas glândulas de secreção mucosa :
acessórias palatinas , glossopalatinas , do coxim retromolar, da raiz da língua e as do
palato mole e úvula .
1.4 Mista
É a saliva que ou tem mais albumina do que mucina (seromucosa) ou mais
mucina do que albuminóides (mucosserosa) . Tem ação importante tanto na
mastigação dos alimentos como na gustação e deglutição . É secretada pelas
glândulas de secreção mista: submandibular , sublinguais maiores , glândulas de
Rivinus , glândulas de Blandin e Nuhn , acessórias labiais e acessórias conjugais .
3
DESENVOLVIMENTO
Definição:A saliva é um fluido aquoso, transparente, que é secretado pelas glândulas
salivares diretamente na cavidade bucal. É constituída principalmente de enzimas,
minerais e amioácidos.
2.1 Componentes da Saliva
A saliva secretada pelas glândulas salivares contém água e glicoproteínas, entre elas
a mucina ela dá viscosidade á saliva (deixa-a espessa, e também lubrificam os
alimentos e a boca, mantendo-a úmida. Outra substância presente na saliva é a
ptialina, uma enzima protéica que digere amidos. Calcula-se que setenta por cento
do amido ingerido sejam hidrolisados pela ptialina.
2.2 Fluxo Salivar
A saliva é secretada de forma contínua e em pequenas quantidades , mas com a
presença ou lembrança de certos alimentos , ela pode se formar em grandes
quantidades , de modo no homem adulto , por dia , ela pode chegar a um volume
de 1 a 2 litros.
Volume – 1 a 2 litros por dia no homem adulto
Densidade – 1,005
PH- 6,2 a 7,2
Relação sódio / potássio – 1,3
Viscosidade – 1,03 a 3,74
Obs: Quanto mais viscosa a saliva , maior chance de formação de cárie , pois a
mucina facilita a formação de placa bacteriana
4
2.3 PH e Capacidade Tampão salivar
A capacidade-tampão da saliva (CTS) é a propriedade de a saliva manter o seu pH
constante a 6,9-7,0, graças aos seus tampões, mucinato/mucina, HCO3 / H2CO3 e
HPO4 / H2PO4, que bloqueiam o excesso de ácidos e de bases. Os tampões
mucinato/mucina e monofosfato/bifosfato agem da mesma forma, e assim, o
elevado poder tamponante da saliva mantém a higidez da mucosa bucal e dos
dentes.
A saliva protege a cavidade oral de duas maneiras: primeiro, evitando a colonização
da boca por microrganismos potencialmente patogênicas, por negar-lhes as
condições ambientais ideais, pois muitas bactérias necessitam de um pH específico
para seu crescimento máximo; em segundo lugar, os microrganismos da placa
podem produzir ácido a partir de açucares, os quais, não sendo rapidamente
tamponados e limpos pela saliva, podem desmineralizar o esmalte.
A determinação da CTS se faz por titulometria, medindo-se o volume de ácido láctico
0,1 normal necessário para baixar o pH salivar de 6,9 para 3,7 (ponto de viragem do
alaranjado de metila). E assim, podemos classificar os pacientes em três grupos:
Pacientes medianamente susceptíveis à cárie dental: CTS = 40.
Pacientes resistentes à cárie dental: CTS => 40.
Pacientes muito susceptíveis à cárie dental: CTS <= 40.
Dentro de certos limites, a CTS funciona como um índice relativo de atividade de
cárie dental.
5
2.4 Função da saliva
A secreção salivar não está entre as funções primordiais de manutenção à
vida. Entretanto, a partir do estudo de suas funções para a cavidade oral, pode-se
perceber o papel fundamental desse fluído para a saúde da boca e,
conseqüentemente, para a qualidade de vida de um indivíduo.
A principal função da saliva é a umidificação e a lubrificação da mucosa orofaríngea (
impedindo o seu ressecamento ) e dos alimentos, o que facilita a mastigação e a
transformação do bolo alimentar a ser deglutido.
Na digestão bucal participa em todos os momentos. Na mastigação, a saliva
serosa tem maior influência, na gustação e deglutição a saliva mucosa tem maior
influência.
A insalivação se dá por uma ação química da enzima ptialina ( diástase ou
amilase salivar ) –componente da saliva e que é um fermento de teor alcalino –
sobre os alimentos, transformando a fécula(amido) em glicose , formando-se assim,
o chamado “bolo alimentar. A insalivação só termina quando o bolo alimentar chega
no estômago.
A capacidade tampão é a capacidade que a saliva tem de neutralização da
acidez bucal. Os ácidos bucais, que são formados a partir do processo de
fermentação dos restos alimentares ( carboidratos ) pelas bactérias cariogênicas do
meio bucal, são os responsáveis pela desmineralização do esmalte dentário, dando
início à doença infecto-contagiosa, chamada cárie dentária (segundo a Teoria
Acidogênica de Miller ).
A saliva, por sua vez, com o seu teor alcalino, atua quimicamente
neutralizando esses ácidos bucais, exercendo, portanto, uma função de proteção dos
dentes contra a cárie dentária .
O conhecimento desse “efeito tampão” da saliva levou a comunidade
científica de Odontologia a desenvolver os chamados “testes salivares”, para
identificação das pessoas que têm alto risco de cárie, sendo hoje um dos métodos
preventivos mundialmente usados no campo da saúde bucal .
É evidente que o fluxo salivar também é importante na proteção dos dentes
contra a cárie dentária, pois quanto maior for a quantidade de saliva secretada,
maior será a proteção do indivíduo contra a acidez bucal.
6
A saliva humana contém a imunoglobulina secretória A(IgA), cuja a função é de
proteger o organismo contra os vírus que invadem os tratos respiratório e digestivo.
Sabe-se também em que certos indivíduos essa imunoglobulina recobre certas
bactérias da placa, tornando-as passíveis de fagocitose por neutrófilos bucais e,
assim, deixando esses indivíduos com baixo risco de cárie ou mesmo cárie-imunes.
A saliva apresenta um efeito bactericida ou bacteriostático , ou seja , possui
uma enzima que controla o crescimento microbiano, a lactoperoxidase (lisozima),
sem a presença da saliva o dente pode cariar. A saliva também apresenta um efeito
gênese ectodérmica, ou seja, possui dois polipeptídeos, considerados fatores de
crescimento. Um é o fator de crescimento epidermal (EGF) que promove o
crescimento dos epitélios e acelera a erupção dos dentes. Este fator também
apresenta um efeito cicatrizante sobre os ferimentos, segundo alguns estudos, a
cicatrização é mais rápida em 50%. O outro fator é o de crescimento do nervo
glossofaríngeo (NGF), o qual acelera o crescimento deste nervo. A saliva apresenta
também um efeito articulador, o qual, promove a articulação da palavra; e através
da saliva são eliminados brometos, iodetos, etc.
2.5 Formação da Película adquirida
Se a superfície do esmalte limpa for exposta à saliva, em questão de segundos,
torna-se-á recoberta por um filme orgânico. Tanto estudos in vivo quanto in vitro
têm demostrado que proteínas salivares constituem a maior parte deste filme
orgânico ou película1 2 3 . e a adsorção seletiva de porteínas salivares é o provável
mecanismo pelo qual a película é formada.
Bernardi & kawasaki4 , apresentaram um conceito sobre o mecanismo de interação
de proteínas com hidroxiapatita. A superfície de hidroxiapatita é anfótera, o que
significa que se liga igualmente bem a proteínas ácidas ou básicas. Proteínas ácidas
podem ser desadsorvidas pelos fosfatos e outros ânions e proteínas básicas podem
ser desadsorvidas pelo cálcio
2.6 Função da Película Adquirida
A Película adquirida é uma fina camada acelular que forma a base para adesão dos
microrganismos que posteriormente desenvolvem a placa bacteriana. Tem papel
importante na formação de manchas brancas extrínsecas na superfície dentária, e
supõe-se que dê uma permeabilidade seletiva e participe no reparo e proteção da
superfície do esmalte.
Quando um corte de placa bacteriana é visto através de uma micrografia eletrônica
de transmissão, uma fina camada acelular e levemente agranular é vista entre a
bactéria e a superfície do esmalte. Esta fina camada, a película adquirida, tem uma
importante e algumas essencial participação nos eventos que ocorrem na superfície
dentária, e que algumas vezes resultam na formação da lesão cariosa.
7
2.7 Microbiologia da Saliva
Possui bactérias cocos gram positivas (Staphilococos, Streptococos) e cocos
gram negativos (Neisseria, Veilonella), bacilos gram negativos (bacterióides,
fusobacterium ), espiroqueta. As mais importantes são: S. mutans, S. salivariuse, S
sagüis .
As funções dos microbiotas são favorecer o densenvolvimento da cárie em
regiòes de sulcos, fossulas e fissuras; promover aderência entre as glicoproteínas
salivares; na sacarose – polímeros adesivos (enzima glicuroniltransferase: sacarose:
glucano e frutano).
2.8 Cuidados com a Saliva
Os principais problemas da saliva são :
1) Contaminação do preparo cavitário : no ato da restauração dentária deve-se
ter muito cuidado com o isolamento do dente a ser restaurado , para evitar que a
saliva contamine o preparo cavitário ou, ainda , que ela conduza microorganismos
patogênicos de meio bucal para o interior dos tecidos , por via intrapulpar .
2) Alteração química dos materiais restauradores : a saliva , também , ao se
misturar com os materiais restauradores , pode-lhes causar alterações de cor , dar-
lhes um tempo de vida menor , tornando-os menos consistentes , mais suscetíveis ,
portanto , a fraturas e ao processo de corrosão , etc .
3) Alteração na composição da saliva : isto pode levar à alteração do odor da
saliva , resultando em halitose ou , ainda , causar deficiência na gustação ,
resultando em hipogeusia . A saliva pode ter sua composição química alterada nos
seguintes casos, principalmente : nos fumantes ; nos pacientes em regime de
emagrecimento; nos pacientes que fazem uso de certos medicamentos ,como os
anorexígenos , por exemplo ;nos casos em que há bloqueio dos órgãos emunctórios
(glândulas de secreção) , e em enfermidades diversas , tais como na insuficiência
supra-renal e outras .
4) Alteração da viscosidade da saliva : as alterações na viscosidade salivar
também podem resultar em doenças obstrutivas das glândulas salivares , conhecidas
por sialolitíases .
5) Alteração no fluxo salivar : as alterações no fluxo salivar também podem causar
halitose . O fluxo salivar pode vir diminuído (xerostomia) ou aumentado (sialorréia)
em relação ao fluxo normal .
6) Xerostomia : ocorre quando o fluxo salivar é reduzido ao ponto de causar
8
secura da boca . É causada por : medicamentos xerostômicos , como a atropina ;
medicamentos anorexígenos ; radioterapia da cabeça e pescoço ; deficiência de
vitaminas do complexo B ; nos pacientes diabéticos ; na menopausa ; na ansiedade ;
o álcool e a cafeína podem reduzir o fluxo salivar ; e nos idosos a saliva é mais
viscosa e em menor quantidade , causando-lhes uma halitose característica .
7) Sialorréia (sialismo / ptialismo) : ocorre quando a saliva é produzida em grande
abundância . Isto ocorre : por medicamentos sialogogos ,como a pilocarpina ; na
intoxicação mercurial ; nos distúrbios gástricos (azia) ; na erupção dentária ; no
estresse psicogênico , e nos pacientes com deglutição atípica .
8) Halitose : alterações tanto na composição química da saliva como na sua
viscosidade ou, ainda , no fluxo salivar podem produzir mudanças no seu odor ,
resultando em halitose .
9) Fonte de transmissão de doenças :além de todos os problemas citados
anteriormente , devemos ter muito cuidado com a saliva , principalmente pela
possibilidade de ela ser uma fonte de transmissão de doenças infecto-contagiosas as
mais diversas , desde um simples resfriamento , passando por doenças
estigmatizantes como a tuberculose até outras doenças mais complicadas e
perigosas , como a hepatite B e a Aids .
Com relação à Aids , sabe-se que o HIV já foi isolado da saliva , mas ainda não se tem
comprovação científica de que ela , pura e simplesmente , transmita esse vírus ;
porém , se a mesma contiver resquícios de sangue ,por exemplo , poderá se
transformar numa fonte perigosa de transmissão dessa doença.
A mesma coisa vale para a hepatite B , haja vista que na cavidade bucal o VHB fica
mais concentrado nos sulcos gengivais , estando o cirurgião – dentista
freqüentemente exposto à infecção por esse vírus ao executar rotineiramente
raspagens subgengivais e curetagens gengivais muitas vezes em pacientes AgHBs
positivos , situações em que sem duvida a saliva desses pacientes se misturará ao
sangue extravasdo dos tecidos periodontais .
Outras doenças que podem ser transmitidas via saliva são : gripe , herpes , caxumba,
sarampo , escarlatina , herpangina e outras .
9
CONCLUSÃO
Concluí que a necessidade de o profissionais de Odontologia se
resguardarem contra doenças desagradáveis , passando adquirir o hábito rotineiro
do uso de todos os meios de proteção disponíveis, tais como luvas, máscaras, gorros,
óculos, aventais, etc. não apenas quando forem manipular diretamente com sangue
, mas sim durante todo o seu trabalho diário com pacientes, situação em que estão
expostos à saliva dos mesmos .
10
BIBLIOGRAFIA

1) PALAMIM , Maria Regina de Lima . Funções da saliva para a cavidade oral:
aspectos relacionados à mastigação , à deglutição e à fala. Fonoatual . São Paulo , v.
3 , n. 8 , p. 19 – 26 , 1999 .
2) SILVA , Rogério Cavalcanti . Saliva : muitos cirurgiões-dentistas não lhe dão a
devida atenção . Odontólogo Moderno. São Paulo , vol 23 , n. 1,p. 10 –
13,jan./fev.,mar.,1996 .
3) KUCHINSKI , Fábio Benedito . Histologia Dental e Periodontal. 8 ed ., São Paulo ,
Graftipo editora.
4) MORRAY, Robert K. Haper : Bioquímica . 8 ed . São Paulo , Atheneu editora , 1998.
5) WIKIPÉDIA A INCICLOPÉDIA LIVRE.

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  • 1. 1 INDICE 1- Introdução.......................................................................................................................2 1.1- Tipos de Saliva 1.2- Saliva serosa 1.3- Saliva Mucosa 1.4- Saliva Mista 2- Desenvolvimento............................................................................................................3 2.1- Componentes da Saliva 2.2- Fluxo Salivar 2.3- PH e Capacidade Tampão Salivar...................................................................4 2.4- Função Salivar..........................................................................................................5 2.5- Formação da Película Adquirida......................................................................6 2.6- Função da Película Adquirida 2.7- Microbiologia da Saliva........................................................................................7 2.8- Cuidados com a Saliva..........................................................................................8 3- Conclusão.............................................................................................................................9 4- Bibliografia.........................................................................................................................10
  • 2. 2 INTRODUÇÃO A saliva presente na cavidade oral, chamada de saliva total, é constituída por várias secreções e outros componentes. Refere-se que esta mistura inclui: as secreções de todas as glândulas salivares (maiores e menores) ; os produtos do metabolismo da flora bucal ; as células bacterianas ; as células epiteliais escamadas , e as secreções creviculares gengivais (da gengiva narginal dos dentes). 1.1 Tipos de Saliva 1.2 Serosa É a saliva rica em albuminóides, sendo por isso também chamada de salivaalbuminosa. Atua preponderantemente na mastigação doa alimen. É secretada pelas glândulas de secreção serosa : glândulas parótidas e glândulas de Ebner . 1.3 Mucosa É a saliva rica em glicoproteínas tais como mucina. Atua preponderantemente na gustação e deglutição . É secretada pelas glândulas de secreção mucosa : acessórias palatinas , glossopalatinas , do coxim retromolar, da raiz da língua e as do palato mole e úvula . 1.4 Mista É a saliva que ou tem mais albumina do que mucina (seromucosa) ou mais mucina do que albuminóides (mucosserosa) . Tem ação importante tanto na mastigação dos alimentos como na gustação e deglutição . É secretada pelas glândulas de secreção mista: submandibular , sublinguais maiores , glândulas de Rivinus , glândulas de Blandin e Nuhn , acessórias labiais e acessórias conjugais .
  • 3. 3 DESENVOLVIMENTO Definição:A saliva é um fluido aquoso, transparente, que é secretado pelas glândulas salivares diretamente na cavidade bucal. É constituída principalmente de enzimas, minerais e amioácidos. 2.1 Componentes da Saliva A saliva secretada pelas glândulas salivares contém água e glicoproteínas, entre elas a mucina ela dá viscosidade á saliva (deixa-a espessa, e também lubrificam os alimentos e a boca, mantendo-a úmida. Outra substância presente na saliva é a ptialina, uma enzima protéica que digere amidos. Calcula-se que setenta por cento do amido ingerido sejam hidrolisados pela ptialina. 2.2 Fluxo Salivar A saliva é secretada de forma contínua e em pequenas quantidades , mas com a presença ou lembrança de certos alimentos , ela pode se formar em grandes quantidades , de modo no homem adulto , por dia , ela pode chegar a um volume de 1 a 2 litros. Volume – 1 a 2 litros por dia no homem adulto Densidade – 1,005 PH- 6,2 a 7,2 Relação sódio / potássio – 1,3 Viscosidade – 1,03 a 3,74 Obs: Quanto mais viscosa a saliva , maior chance de formação de cárie , pois a mucina facilita a formação de placa bacteriana
  • 4. 4 2.3 PH e Capacidade Tampão salivar A capacidade-tampão da saliva (CTS) é a propriedade de a saliva manter o seu pH constante a 6,9-7,0, graças aos seus tampões, mucinato/mucina, HCO3 / H2CO3 e HPO4 / H2PO4, que bloqueiam o excesso de ácidos e de bases. Os tampões mucinato/mucina e monofosfato/bifosfato agem da mesma forma, e assim, o elevado poder tamponante da saliva mantém a higidez da mucosa bucal e dos dentes. A saliva protege a cavidade oral de duas maneiras: primeiro, evitando a colonização da boca por microrganismos potencialmente patogênicas, por negar-lhes as condições ambientais ideais, pois muitas bactérias necessitam de um pH específico para seu crescimento máximo; em segundo lugar, os microrganismos da placa podem produzir ácido a partir de açucares, os quais, não sendo rapidamente tamponados e limpos pela saliva, podem desmineralizar o esmalte. A determinação da CTS se faz por titulometria, medindo-se o volume de ácido láctico 0,1 normal necessário para baixar o pH salivar de 6,9 para 3,7 (ponto de viragem do alaranjado de metila). E assim, podemos classificar os pacientes em três grupos: Pacientes medianamente susceptíveis à cárie dental: CTS = 40. Pacientes resistentes à cárie dental: CTS => 40. Pacientes muito susceptíveis à cárie dental: CTS <= 40. Dentro de certos limites, a CTS funciona como um índice relativo de atividade de cárie dental.
  • 5. 5 2.4 Função da saliva A secreção salivar não está entre as funções primordiais de manutenção à vida. Entretanto, a partir do estudo de suas funções para a cavidade oral, pode-se perceber o papel fundamental desse fluído para a saúde da boca e, conseqüentemente, para a qualidade de vida de um indivíduo. A principal função da saliva é a umidificação e a lubrificação da mucosa orofaríngea ( impedindo o seu ressecamento ) e dos alimentos, o que facilita a mastigação e a transformação do bolo alimentar a ser deglutido. Na digestão bucal participa em todos os momentos. Na mastigação, a saliva serosa tem maior influência, na gustação e deglutição a saliva mucosa tem maior influência. A insalivação se dá por uma ação química da enzima ptialina ( diástase ou amilase salivar ) –componente da saliva e que é um fermento de teor alcalino – sobre os alimentos, transformando a fécula(amido) em glicose , formando-se assim, o chamado “bolo alimentar. A insalivação só termina quando o bolo alimentar chega no estômago. A capacidade tampão é a capacidade que a saliva tem de neutralização da acidez bucal. Os ácidos bucais, que são formados a partir do processo de fermentação dos restos alimentares ( carboidratos ) pelas bactérias cariogênicas do meio bucal, são os responsáveis pela desmineralização do esmalte dentário, dando início à doença infecto-contagiosa, chamada cárie dentária (segundo a Teoria Acidogênica de Miller ). A saliva, por sua vez, com o seu teor alcalino, atua quimicamente neutralizando esses ácidos bucais, exercendo, portanto, uma função de proteção dos dentes contra a cárie dentária . O conhecimento desse “efeito tampão” da saliva levou a comunidade científica de Odontologia a desenvolver os chamados “testes salivares”, para identificação das pessoas que têm alto risco de cárie, sendo hoje um dos métodos preventivos mundialmente usados no campo da saúde bucal . É evidente que o fluxo salivar também é importante na proteção dos dentes contra a cárie dentária, pois quanto maior for a quantidade de saliva secretada, maior será a proteção do indivíduo contra a acidez bucal.
  • 6. 6 A saliva humana contém a imunoglobulina secretória A(IgA), cuja a função é de proteger o organismo contra os vírus que invadem os tratos respiratório e digestivo. Sabe-se também em que certos indivíduos essa imunoglobulina recobre certas bactérias da placa, tornando-as passíveis de fagocitose por neutrófilos bucais e, assim, deixando esses indivíduos com baixo risco de cárie ou mesmo cárie-imunes. A saliva apresenta um efeito bactericida ou bacteriostático , ou seja , possui uma enzima que controla o crescimento microbiano, a lactoperoxidase (lisozima), sem a presença da saliva o dente pode cariar. A saliva também apresenta um efeito gênese ectodérmica, ou seja, possui dois polipeptídeos, considerados fatores de crescimento. Um é o fator de crescimento epidermal (EGF) que promove o crescimento dos epitélios e acelera a erupção dos dentes. Este fator também apresenta um efeito cicatrizante sobre os ferimentos, segundo alguns estudos, a cicatrização é mais rápida em 50%. O outro fator é o de crescimento do nervo glossofaríngeo (NGF), o qual acelera o crescimento deste nervo. A saliva apresenta também um efeito articulador, o qual, promove a articulação da palavra; e através da saliva são eliminados brometos, iodetos, etc. 2.5 Formação da Película adquirida Se a superfície do esmalte limpa for exposta à saliva, em questão de segundos, torna-se-á recoberta por um filme orgânico. Tanto estudos in vivo quanto in vitro têm demostrado que proteínas salivares constituem a maior parte deste filme orgânico ou película1 2 3 . e a adsorção seletiva de porteínas salivares é o provável mecanismo pelo qual a película é formada. Bernardi & kawasaki4 , apresentaram um conceito sobre o mecanismo de interação de proteínas com hidroxiapatita. A superfície de hidroxiapatita é anfótera, o que significa que se liga igualmente bem a proteínas ácidas ou básicas. Proteínas ácidas podem ser desadsorvidas pelos fosfatos e outros ânions e proteínas básicas podem ser desadsorvidas pelo cálcio 2.6 Função da Película Adquirida A Película adquirida é uma fina camada acelular que forma a base para adesão dos microrganismos que posteriormente desenvolvem a placa bacteriana. Tem papel importante na formação de manchas brancas extrínsecas na superfície dentária, e supõe-se que dê uma permeabilidade seletiva e participe no reparo e proteção da superfície do esmalte. Quando um corte de placa bacteriana é visto através de uma micrografia eletrônica de transmissão, uma fina camada acelular e levemente agranular é vista entre a bactéria e a superfície do esmalte. Esta fina camada, a película adquirida, tem uma importante e algumas essencial participação nos eventos que ocorrem na superfície dentária, e que algumas vezes resultam na formação da lesão cariosa.
  • 7. 7 2.7 Microbiologia da Saliva Possui bactérias cocos gram positivas (Staphilococos, Streptococos) e cocos gram negativos (Neisseria, Veilonella), bacilos gram negativos (bacterióides, fusobacterium ), espiroqueta. As mais importantes são: S. mutans, S. salivariuse, S sagüis . As funções dos microbiotas são favorecer o densenvolvimento da cárie em regiòes de sulcos, fossulas e fissuras; promover aderência entre as glicoproteínas salivares; na sacarose – polímeros adesivos (enzima glicuroniltransferase: sacarose: glucano e frutano). 2.8 Cuidados com a Saliva Os principais problemas da saliva são : 1) Contaminação do preparo cavitário : no ato da restauração dentária deve-se ter muito cuidado com o isolamento do dente a ser restaurado , para evitar que a saliva contamine o preparo cavitário ou, ainda , que ela conduza microorganismos patogênicos de meio bucal para o interior dos tecidos , por via intrapulpar . 2) Alteração química dos materiais restauradores : a saliva , também , ao se misturar com os materiais restauradores , pode-lhes causar alterações de cor , dar- lhes um tempo de vida menor , tornando-os menos consistentes , mais suscetíveis , portanto , a fraturas e ao processo de corrosão , etc . 3) Alteração na composição da saliva : isto pode levar à alteração do odor da saliva , resultando em halitose ou , ainda , causar deficiência na gustação , resultando em hipogeusia . A saliva pode ter sua composição química alterada nos seguintes casos, principalmente : nos fumantes ; nos pacientes em regime de emagrecimento; nos pacientes que fazem uso de certos medicamentos ,como os anorexígenos , por exemplo ;nos casos em que há bloqueio dos órgãos emunctórios (glândulas de secreção) , e em enfermidades diversas , tais como na insuficiência supra-renal e outras . 4) Alteração da viscosidade da saliva : as alterações na viscosidade salivar também podem resultar em doenças obstrutivas das glândulas salivares , conhecidas por sialolitíases . 5) Alteração no fluxo salivar : as alterações no fluxo salivar também podem causar halitose . O fluxo salivar pode vir diminuído (xerostomia) ou aumentado (sialorréia) em relação ao fluxo normal . 6) Xerostomia : ocorre quando o fluxo salivar é reduzido ao ponto de causar
  • 8. 8 secura da boca . É causada por : medicamentos xerostômicos , como a atropina ; medicamentos anorexígenos ; radioterapia da cabeça e pescoço ; deficiência de vitaminas do complexo B ; nos pacientes diabéticos ; na menopausa ; na ansiedade ; o álcool e a cafeína podem reduzir o fluxo salivar ; e nos idosos a saliva é mais viscosa e em menor quantidade , causando-lhes uma halitose característica . 7) Sialorréia (sialismo / ptialismo) : ocorre quando a saliva é produzida em grande abundância . Isto ocorre : por medicamentos sialogogos ,como a pilocarpina ; na intoxicação mercurial ; nos distúrbios gástricos (azia) ; na erupção dentária ; no estresse psicogênico , e nos pacientes com deglutição atípica . 8) Halitose : alterações tanto na composição química da saliva como na sua viscosidade ou, ainda , no fluxo salivar podem produzir mudanças no seu odor , resultando em halitose . 9) Fonte de transmissão de doenças :além de todos os problemas citados anteriormente , devemos ter muito cuidado com a saliva , principalmente pela possibilidade de ela ser uma fonte de transmissão de doenças infecto-contagiosas as mais diversas , desde um simples resfriamento , passando por doenças estigmatizantes como a tuberculose até outras doenças mais complicadas e perigosas , como a hepatite B e a Aids . Com relação à Aids , sabe-se que o HIV já foi isolado da saliva , mas ainda não se tem comprovação científica de que ela , pura e simplesmente , transmita esse vírus ; porém , se a mesma contiver resquícios de sangue ,por exemplo , poderá se transformar numa fonte perigosa de transmissão dessa doença. A mesma coisa vale para a hepatite B , haja vista que na cavidade bucal o VHB fica mais concentrado nos sulcos gengivais , estando o cirurgião – dentista freqüentemente exposto à infecção por esse vírus ao executar rotineiramente raspagens subgengivais e curetagens gengivais muitas vezes em pacientes AgHBs positivos , situações em que sem duvida a saliva desses pacientes se misturará ao sangue extravasdo dos tecidos periodontais . Outras doenças que podem ser transmitidas via saliva são : gripe , herpes , caxumba, sarampo , escarlatina , herpangina e outras .
  • 9. 9 CONCLUSÃO Concluí que a necessidade de o profissionais de Odontologia se resguardarem contra doenças desagradáveis , passando adquirir o hábito rotineiro do uso de todos os meios de proteção disponíveis, tais como luvas, máscaras, gorros, óculos, aventais, etc. não apenas quando forem manipular diretamente com sangue , mas sim durante todo o seu trabalho diário com pacientes, situação em que estão expostos à saliva dos mesmos .
  • 10. 10 BIBLIOGRAFIA 
1) PALAMIM , Maria Regina de Lima . Funções da saliva para a cavidade oral: aspectos relacionados à mastigação , à deglutição e à fala. Fonoatual . São Paulo , v. 3 , n. 8 , p. 19 – 26 , 1999 . 2) SILVA , Rogério Cavalcanti . Saliva : muitos cirurgiões-dentistas não lhe dão a devida atenção . Odontólogo Moderno. São Paulo , vol 23 , n. 1,p. 10 – 13,jan./fev.,mar.,1996 . 3) KUCHINSKI , Fábio Benedito . Histologia Dental e Periodontal. 8 ed ., São Paulo , Graftipo editora. 4) MORRAY, Robert K. Haper : Bioquímica . 8 ed . São Paulo , Atheneu editora , 1998. 5) WIKIPÉDIA A INCICLOPÉDIA LIVRE.