2. Pontes entre culturas
R o m
é n i aC u b
a
V
e
n ez
ue l a
B
r
a s i l
A n g ol a
U c
r â
n i
a
P
o r
t
u
g
al
R úss i a
BIBLIOTECA ESAF | 13.Jun.08 - 21h
3. Заплющ очі, та іди на голос
Забудъ про біль та знайди сили
Щоб відчути дощ який забрав всі твоі слыози
Poesia, música e sabores do Mundo na BESAF
Заплющ очі, та іди на голосЗабудъ про біль та знайди сили
Fecha os olhos e guia-te pela minha voz
Esquece a dor e encontra dentro de ti forças…
Están cayendo las estrellas . . .
-¿Qué estás diciendo, hermano?
Pus o meu sonho num
navio
e o navio em
cima do mar;
Y
así para
siem
pre
en
torno
a
estos
escritos
en
la
piedra,
Tudo é fugazentre o desenho do teu pé na areia
e a onda que desfaz
a marca
Cu voi vin florile-n cîmpie
Şi nopţile cu poezie
Şi vânturile, calde ploi
Şi veselie.
И вот вошла. Откинув покрывало,
Внимательно взглянула на меня.
5. Poesi
a
U crani an a
Ти відкриваэш двері‚ кімната пустуэ…
Шепчи кричи… ніхто тебе не чуэ‼
І навіть ехо твої слова не розуміэ
Від твого погляду стіна біліэ‼
Ти тут не сама, тобі лиш так здалося
Боятися нормально, адже всі ми боїмося!
Заплющ очі, та іди на голос
Забудъ про біль та знайди сили
Щоб відчути дощ який забрав всі твоі слыози
Знайди той сон що в тобі загубили!
І силою вітрів що мрії розносили,
Подумай про зірок що так тебе любили!
Пройдись поміж думок, почуй чо каже небо!
Забудь про всіх, заговори сама до себе
Почуй себе, це все що тобі треба
Щоб розгадати хто ця тінь
Щоб перегорнути заплакану сторінку
Та ненавмисно наповнити душу щастям!
Maryna Yakubets
6. Poesi
a
U crani an a
Tu abres a porta, o quarto está vazio.
Sussurra, grita… Ninguém vai ouvir-te!
Nem o eco consegue compreender o que tu dizes…
Por causa do teu olhar, as paredes estão cada vez mais brancas.
E apesar de parecer, tu aqui não estás sozinha.
Ter medo é normal, até porque todos nós o sentimos.
Fecha os olhos e guia-te pela minha voz
Esquece a dor e encontra dentro de ti forças…
Para sentir as chuvas que levaram o teu choro
Encontra o teu sonho que alguém escondeu dentro de ti!
E através dos ventos que com força o desperdiçavam…
Pensa nas estrelas que tanto te amavam!!!
Tenta passar por dentro dos teus pensamentos, escuta o céu…
Esquece-os a todos, e tenta falar para ti própria!
Escutar-te a ti, é tudo de que precisas.
Para adivinhar quem é esta sombra.
Para mudar de página, esta já está tão chorada.
E, sem querer, encher a tua alma de felicidade.
7. Poesi
a
V enezESCRITOS EN LA PIEDRA
En el valle que rodean montañas de la
infancia
encontramos escritos en la piedra,
serpientes cinceladas, astros,
en un verano de negras termiteras.
En el silencio del tiempo vuelan los
gavilanes,
cantan cigarras de tristeza
como en una apartada tarde de domingo.
Con el verano se desnudan los árboles,
se seca la tierra con sus calabazas.
Pero volverán las lluvias
y de nuevo nacerán las hojas
y los pequeños grillos de las praderas
bajo el soplo de una misteriosa nostalgia
del mundo.
Y así para siempre
en torno a estos escritos en la piedra,
que recuerdan una raza antigua
y tal vez hablan de Dios.
uelan a
ESCRITOS NA PEDRA
No vale que rodeiam as montanhas da
infância
serpentes cinzeladas, astros,
num verão de negras termiteiras.
No silêncio do tempo voam os gaviões,
cantam cigarras de tristeza
como numa longínqua tarde de domingo.
Com o Verão despem-se as árvores
resseca a terra com as suas cabaças.
Mas retornarão as chuvas
e de novo nascerão as folhas
e os pequenos grilos nas campinas
sob o sopro de uma misteriosa nostalgia
do mundo.
E assim para sempre
em redor destes escritos na pedra,
que relembram uma raça antiga
e que talvez falem de Deus.
Vicente Gerbasi
8. Poesi
a
C ubana
Diálogo
Están cayendo las estrellas . . .
-¿Qué estás diciendo, hermano?
Son estrellas fugaces.
-¡Están cayendo las estrellas!
-Que pensamiento extraño . . .
-¡Como del cielo claro
se desprenden estrellas! . . .
Pon tus manos abiertas
para que en ellas caigan . . .
-¿Qué estás diciendo, hermano?
Son estrellas fugaces,
ni caen ni se recogen.
-No importa. Pon las manos . . .
Dulce Maria Loynaz
Yo soy un hombre sincero
De onde crese la palma
Y cuando morir yo quiero
Hechar mis besos del alma.
Yo vengo de todas partes
Y hacia todas as partes voy:
Arte soy entre las artes,
En los montes, monte soy.
José Martí
9. Poesi
a
C ubana
Diálogo
Estão caindo, as estrelas. . .
-Que estás a dizer, irmão?
São estrelas cadentes.
- Estão caindo, as estrelas!
- Que estranho pensamento. . .
-Como, do céu claro,
se desprendem as estrelas! . . .
Abre as tuas mãos
Para que sobre elas tombem. . .
- Que estás a dizer irmão?
São estrelas cadentes,
Nem caem nem se recolhem.
- Não importa. Abre as tuas mãos. . .
Dulce Maria Loynaz
Eu sou um homem sincero
De onde cresce a palmeira
E quando morrer eu quero
Deitar os meus beijos da alma.
Eu venho de todas as partes
E a todas as partes vou:
Arte sou entre as artes,
Nos montes, eu monte sou.
José Martí
12. Romé niaOs Anunciadores da primavera
De outros países, de muito sol,
Por onde foram estranhos
Voltai, queridos pássaros, atrás
Voltai!
De folhas e cantos vazios
Sem vós choram os matos bravios.
Nessa vista azul eternamente
Não tivestes saudades do que
deixaram?
Não tivestes saudades do vosso
país?
Não chorastes, ao ver passar aladas
para o Norte, as nuvens?
Vós cantastes com vozes ardentes
À natureza sagrados hinos quentes
Ou canções queridas, quando de nós
vos lembrastes!
Aos estranhos não lhes dissestes
Que canções como as nossas não
há?
E agora voltais com prazer ao país!
Novamente vereis as planícies,
E os vossos ninhos nas árvores!
É Verão, Verão!
Queria ao coração vos apertar
De felicidade rir, chorar!
Convosco chegam as flores,
E as noites de poesia
e os ventos suaves, chuvas quentes,
amores!
Tudo levais convosco
E trazeis novamente!
George Coşbuc, in Lumea Ilustrata
13. Poesi
a
B r asi
Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colora as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.
Cecília Meireles
le ira
14. Poesi
a
R ussa
Муза
Когда я ночью жду ее прихода,
Жизнь, кажется, висит на волоске.
Что' почести, что' юность, что' свобода
Пред милой гостьей с дудочкой в руке.
И вот вошла. Откинув покрывало,
Внимательно взглянула на меня.
Ей говорю: "Ты ль Данту диктовала
Страницы Ада?" Отвечает: "Я".
Ana Akhmátova
À MUSA
Quando, à noite, espero a tua chegada,
a vida me parece suspensa por um fio.
Que importam juventude, glória, liberdade,
quando enfim aparece a hóspede querida
trazendo nas mãos a sua rústica flauta?
Ei-la que vem. Soergue o seu véu,
olha para mim atentamente.
E lhe pergunto: "Foste tu quem a Dante
ditou as páginas do Inferno?". E ela: "Sim, fui eu".
15. Poesi
a
A ngol
Não Vale a pena pisar
O capim não foi plantado
nem tratado,
e cresceu. É força
tudo força
que vem da força da terra.
Mas o capim está a arder
e a força que vem da terra
com a pujança da queimada
parece desaparecer.
Mas não! Basta a primeira chuvada
para o capim reviver.
Manuel Rui
Tudo é fugaz
entre o desenho do teu pé na areia
e a onda que desfaz
a marca
Entre a guerra e a paz
retorno fisicamente o poema a onda
constante meditação primeira.
Nós e as coisas.
Nada permanece que não seja
para a necessária mudança.
Que o diga o mar.
ana