O documento discute a importância do ensino de leitura e produção textual no 2o ano do ensino fundamental, abordando:
1) Diferentes aspectos como gêneros textuais, objetivos do trabalho com textos e concepções de alfabetização;
2) A noção de que a língua é social e histórica e de que os textos assumem formas conforme o contexto;
3) A relevância de se trabalhar diversos gêneros textuais em sala de aula para que os alunos tenham contato com a variedade linguíst
2. Aspectos destacados…
、A importância da
leitura e da produção de
textos no 2º ano do
ensino fundamental;
、Situações em que as
crianças tenham que ler e
produzir textos para
atender a diferentes
propósitos, além de refletir
sobre as finalidades;
、Trabalho com textos
de diferentes gêneros;
、Ensino de leitura e
produção de textos de
variados gêneros nas salas
de aula.
3. Objetivos do Caderno
Entender a concepção de alfabetização na perspectiva
do letramento, com aprofundamento de estudos
utilizando, sobretudo, as obras e textos
disponibilizados pelo MEC;
Conhecer os recursos didáticos distribuídos pelo
Ministério da Educação e planejar situações
didáticas em que eles sejam usados.
Analisar e planejar projetos didáticos com foco nas
turmas de alfabetização e em turmas
multisseriadas, integrando diferentes componentes
curriculares e atividades voltadas ao desenvolvimento
da oralidade, leitura e escrita;
4. A língua se configura como uma forma de ação
social, situada num contexto
Mendonça Santos e Cavalcante (2006):
histórico, representando algo do mundo real.
Por que ensinar
gêneros textuais na
escola?
“Em uma perspectiva sociointeracionista, o eixo do ensino da
língua materna é a compreensão e produção de textos.
O texto não é uma construção fixa e abstrata, mas
Nessas atividades, convergem de forma indissociável fatores
palco de negociações/produçõesinterlocutores são
linguísticos, sociais e culturais. Os de seus múltiplos
participantes de um processo de interação. Para
sentidos.
isso, precisam ter domínio da mesma língua e
compartilharem as situações e formas como os discursos se
organizam, considerando seus propósitos de usos e os
Os textos são produzidos em situações marcadas
diversos contextos sociais e culturais em que estão inseridos”.
pela cultura, assumem formas e estilos
próprios, historicamente marcados.
5. Noções
fundamentais para
trabalhar leitura e
produção textual
na sala de aula:
Para Bakhtin a
linguagem é concebida
de um ponto de vista
histórico, cultural e
social que inclui, para
efeito de compreensão
e análise, a
comunicação efetiva e
os sujeitos e discursos
nela envolvidos.
6. Para Marcuschi (2005); Mendonça (2005); Santos, Mendonça e
Cavalcante (2006):
• Tipos Textuais
Textos
Semcategorias definidas pela natureza
funções sociais definidas;
– São sequênciasteóricas determinadas por
linguística da sua composição: de
relações lógicas e organizações
narração, exposição, argumentação, descrição, in
elementos:
junção;
• Elementos lexicais e sintáticos;
• Relações lógicas:
Presentes nos conteúdos a serem lidos ou escritos
Distingue capacidades de linguagem requeridas
para a produção de diferentes gêneros textuais.
7. É um direito dos alunos produzir e compreender
gêneros textuais diversos de acordo com a exigência
da situação comunicativa.
Para que esse direito seja atingido é necessário que
as crianças possam ter contato com a diversidade de
gêneros de tipologias distintas ao longo da sua
escolaridade.
8. Para Schneuwly e Dolz (2004):
• Gêneros Textuais
– São instrumentos culturais disponíveis
nas interações sociais.
– Historicamente mutáveis
e, consequentemente, relativamente
estáveis.
– Emergem em diferentes domínios
discursivos e se concretizam em
textos, que são singulares.
9. Cada sociedade traz consigo um legado de
gêneros, por meio dos quais são
partilhados conhecimentos comuns. Em
consequência das mudanças sociais, os
gêneros se alteram, desaparecem, se
transformam em outros gêneros. Desse
modo, novos gêneros textuais vão se
constituindo, em um processo
permanente, em função de novas
atividades sociais.
10. • Trabalho em sala com gêneros textuais
Aspectos
Socioeconômicos
Relacionados a sua
condição de
funcionamento na
sociedade
Aspectos
Linguísticos
Se voltam para a
compreensão do
que o texto informa
ou comunica.
11. Para Schneuwly e Dolz (2004):
O ensino da leitura e
da escrita na escola
pode ser sistematizado
de forma que o aluno
possa
refletir, apropriar-se e
usar diversos gêneros
textuais.
12. É importante os professores
perceberem que a leitura
deve estar inserida num
contexto, pois só assim os
alunos conseguirão dar
sentido aquilo que leem.
Outro ponto interessante é que as
crianças irão atribuir, ao texto que
estão lendo, o sentido que é
acessível a elas nessa etapa da
vida.
13. Os alunos muitas vezes
constroem seu próprio
significado para alguma
expressão.
Cabe a qualquer professor
(não só aos de língua portuguesa)
fazer uma ligação entre esse
e o significado habitual da
expressão.
14. Ampliação do
Gênero
Transmutação
de diários
Blog
Transmutação
de cartas
E-mail
Explorando de forma
aprofundada o que é peculiar a
um gênero textual
específico, tendo em vista
situações de uso também
diversas.
Desafio:
Trabalhar com
essa diversidade
textual na sala
de aula
15. Direito:
• Como atingir esses direitos?
É necessário que as crianças
Produzir e compreender
possam ter contato com a
gêneros textuais diversos de
diversidade exigência
acordo com ade gêneros de da
tipologias distintas ao longo da sua
situação comunicativa
escolaridade .
16. • O ensino da leitura e da escrita na escola pode ser
sistematizado;
Como pode ser
o ensino e Leal (2005):
• Conforme sinstetizam Mendonça na
escola?
• Assim o aluno pode refletir, apropriar-se e usar
diversos gêneros textuais;
Um mesmo gênero pode ser trabalhado em
anos escolares ou até na mesma série, com
variações e aprofundamentos diversos.
17. Assim, para um trabalho com o mesmo tema no
primeiro ou terceiro ano do Ensino
Fundamental, poderíamos ter a leitura e
produção dos mesmos gêneros textuais;
Mas a atuação do
educador deve levar em
conta os níveis de
aprofundamento
requeridos em cada ano
do ciclo da alfabetização.
18. Podemos exemplificar umas dessas situações através de uma
atividade presente nos livros didáticos:
Conhecendo trava-línguas:
Cuidadosconsiderandoao
1、Escolher os textos a serem lidos,
3、Escolher osos os gêneros a que
5 、 Abordar gêneros a serem trabalhos com base em
se não apenas gêneros considerando não apenas
2、Propor situações de leitura e produção de
critérios claros, sobretudo, o seu conteúdo (o que os
pertencem, mas, considerando-se, sobretudo,
aspectos organizar o textos e
composicionais
com finalidades claras etemas trabalhados. ensinados;
é dito), em relação aos diversificadas, enfocando os
conhecimentos sobretudo, os aspectos sociodiscursivos
estilísticos, mas, e habilidades a serem O
processos de interaçãogêneros escolhidos e
objetivo é que as os e não apenas asler e
relações trabalho finalidades, tipos os
entre crianças aprendam a reflexões de
(processos de interação, como as com
sobre aspectos formais.aprendam por meio da
escrever, mas também
temas/conteúdos a serem tratados.
destinatários, suportes textuais, espaços de circulação...)
leitura e da escrita.
textos!
o pato pia a pia pinga quanto mais a pia pinga mais o pato pia.
Com o objetivo de conversar sobre o texto algumas questões
podem ser formuladas:
1) O nome desse tipo de texto é trava-línguas. Você sabe por
quê?
2) Quem conhece outros trava-línguas? Fale os que você
conhece para os colegas.
3) Agora vamos treinar bastante os trava-línguas
apresentados pelos colegas e vamos ver quem consegue dizer
mais rápido e sem errar as palavras.
19. Dessa maneira, Brandão (2006, p. 60 – 61)
atribui ao docente “a tarefa de propor a
leitura de textos interessantes, que
tenham significado para seu grupo de
alunos, assim como proporcionar um bom
trabalho de exploração e compreensão
desses textos”.
20. A
Leitura
na
Escola
Ao mesmo tempo em que
ela é objeto de
ensino, também se
transforma em objeto de
aprendizagem
O aluno o conhece e
valoriza
21. Na escola os alunos aprenderão o português
que não falam e o farão através da exposição
aos diversos tipos de texto e a língua escrita.
22. A escrita serve para
produzir, ao invés de
reproduzir; afinal o que
nos faz sair do lugar, e ir
em direção do novo, são
os nossos erros.