O documento discute dois problemas principais: (1) a importância de projetar interfaces que permitam ao usuário explorar livremente sem interrupções; e (2) a necessidade de entender profundamente o problema do cliente e seu negócio para direcionar corretamente o projeto.
5. Às vezes acho que a gente projeta
pro outro aquilo que irrita a nós mesmos,
como se o outro fosse um alienígena.
6. DICA UM: Não perturbe
O usuário deve poder explorar o programa sem
interrupções.
EXEMPLO
Lightboxes perguntando toda hora se deseja realizar aquela ação.
Se for uma ação rotineira é ainda mais insuportável.
11. Me perturbando com pop-up?|
OBS no catraca atualizaram e melhoraram
essa lightbox: antes ela aparecia logo ao
abrir o site, hoje só depois de um tempo.
Muito melhor desse jeito.
É comum logo ao abrir um site
vir uma mega pop-up pedindo
pra segui-lo. Saco! Deixe-me
ver o conteúdo primeiro!
Outro problema é que poucas
vezes é responsivo. Impossível
fechar a lightbox no celular!
12. Me perturbando com o tour?|
Você acha mesmo que eu vou
lembrar de tudo isso?
É muita informação em um
curto período. Eu quero
experimentar primeiro, ter
minhas dúvidas! O pior é que
quando as dúvidas surgirem,
não tem nada para me ajudar.
O que poderia me ajudar são
help-text contextuais, Q&A,
por exemplo.
13. Vou logo ao exemplo.
Ao arquivar uma mensagem, o
gmail utiliza uma mensagem de
feedback em amarelo discreta:
"The conversation has been
archived. Learn more Undo".
Não te interrompe com um
diálogo pra confirmar. O
melhor é que também é
possível "desfazer" a ação por
ali.
Sem traumas.
E a tal da confirmação?|
14. Não é o caso de pop-ups, tours, janelas de
confirmação serem agentes do mal que nunca devam
ser usados.
Porém, usa-se de maneira rotineira e
indiscriminada, interrompendo de modo bem
desagradável o uso.
Existem outros modos de fazer. Por que não
quebrar um pouco a cabeça?
15. DICA DOIS: Não puna o usuário
O usuário não pode ter medo. As pessoas erram.
Clicam em "não" quando na verdade queriam dizer
"sim, quero salvar o arquivo".
EXEMPLO
Se ao clicar em "deletar", ele não puder desfazer a ação, o usuário
ficará com medo de deletar outro arquivo na próxima. Ele pode
parar de usar o programa.
16. Waze e minha experiência traumática
No meu primeiro uso do Waze
eu reportei polícia. Mas não
tinha policiais ali. Eu apenas saí
clicando em tudo até fazer
alguma coisa no aplicativo. O
problema é que lá não tem
como retirar um alerta que
você fez. Fiquei com vergonha.
OBS Depois que descobri que meu alerta
não aparece no mapa dos outros, só quando
mais pessoas reportam que aparece.
17. Não conheço o Waze a fundo. Pode ser que o fato do usuário
não poder retirar um report que fez pode ter um objetivo
obscuro por trás. Ou eles acharam que com tantas
confirmações antes, ninguém erraria. Não sei. Não fui atrás.
Só vou falar dos "sentimentos": na hora não ficou claro pra
mim que só apareceria quando outros usuários reportassem.
E por isso, fiquei com medo. Fiquei um tempo sem usar.
É claro também que sendo uma função de uso não tão
constante, eu voltei a usar. Se fosse uma ação mais rotineira,
teria sido pior.
18. O ato de desfazer/refazer é uma das
coisas mais maravilhosas da tecnologia.
Sério.
19. REVISÃO
É bacana, legal e tudo de
bom o usuário poder explorar.
DICA UM: Não interrompa o usuário
DICA DOIS: Não deixe o usuário com medo
Deixa ele explorar, ser feliz.
22. Para o cliente final ou interno? Front ou backoffice?
Hotsite ou landing page? Sistema? Aplicativo ou web
app? CRM, ERP, especialista ou apoio a decisão?
Desktop, web, tablet, mobile, watch, toten?
Projetar...
23. DÚVIDA
No mercado vejo muitos designers atuando no front de
hotsites e landing pages. Poucos em todas as outras
situações. O que acham disso: uma oportunidade
perdida ou um mercado difícil de penetrar?
24. E afinal, qual o problema
e como vou direcionar esse projeto?
25. É um processo de melhoria?
> Pesquisa de mercado
> Teste de usabilidade
> Análise heurística
26. > Pesquisa etnográfica
> Análise de requisitos
NOTA
Alguns acreditam que é só a partir da pesquisa
etnográfica que a ‘inovação’ pode acontecer.
Ou de descobrimento?
28. Ninguém entende seu negócio
melhor que o próprio dono.
Se o cliente busca o seu conhecimento, ele sabe que existe
um problema, só não sabe como atacá-lo.
É necessário um processo de descobrimento seu: entender
qual o negócio do cliente e seu problema.
Cliente, o grande vilão