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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
       DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII
        CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA




          PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA


Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de
     Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim




                 SENHOR DO BONFIM - BA

                           2012
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
       DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII
        CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA




          PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA




Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de
     matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim




                 SENHOR DO BONFIM - BA

                           2012
PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA




Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de
     matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim




                      Monografia apresentada ao Departamento de
                      Educação da Universidade do Estado da
                      Bahia–UNEB/CAMPUS VII, como parte dos
                      requisitos para conclusão do Curso de
                      Licenciatura em Matemática.




                                  Prof. Alayde Ferreira dos Santos

                                                      Orientadora




                   Senhor do Bonfim-BA

                           2012
FOLHA DE APROVAÇÃO




    UMA ANÁLISE ACERCA DO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO
    ENSINO DE MATEMÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL SENHOR DO
                          BONFIM




                 PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA




                        BANCA EXAMINADORA




Prof. ______________________________________

Alayde Ferreira dos Santos (Orientadora)
Universidade do Estado da Bahia - UNEB



Prof._______________________________________

Wagner Ferreira Santana
Universidade do Estado da Bahia - UNEB



Prof. ______________________________________

Antonio Messias Dias Conceição
Faculdade Cenecista Senhor do Bonfim - FACESB




                        Senhor do Bonfim, março 2012
Dedico este trabalho a meus pais, meu irmão e a minha
namorada, quatro pessoas a quem declaro meu amor
eterno.
"Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A
maravilhosa disposição e harmonia do universo só
pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que
tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e
mais elevada descoberta."

                                      (Isaac Newton)
AGRADECIMENTOS



Em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida.


Em segundo aos meus pais, Antonio Carlos e Renilde Alencar, e a meu
irmão, Felipe Mateus, por sempre acreditarem no meu potencial e me dar
força nos momentos mais difíceis.


A minha namorada Jasiane pelo apoio e compreensão nos momentos em
que o desespero e a falta de confiança surgiam.


Aos alunos, professores e demais funcionários do Colégio Estadual
Senhor do Bonfim.


Aos colegas da turma de matemática do período 2005.2, Hildemá Tadeu,
João Grassi, Adriano, Jucineide e Jucicleide e aos professores, Elizete,
Wagner, Mirian, Ivan Costa e Antonio Messias que não mediram esforços
para transmitir os conhecimentos tão necessários à formação do futuro
educador.


Em especial a professora Alayde Ferreira dos Santos, pelo grande apoio
ao longo do curso e na batalha frente à árdua tarefa de elaboração do
trabalho de conclusão de curso.
RESUMO

O objetivo deste estudo foi realizar “Uma análise acerca do uso das novas
tecnologias no ensino da Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim”
tendo   como    referencial   teórico   Pretto(2008),   Moran(2009),   Gil(2004),
Santaella(2002), entre outros. Através da pesquisa qualitativa para a realização
de questionários e entrevistas procuramos saber os efeitos das tecnologias no
campo educacional na perspectiva dos sujeitos principais do nosso estudo, os
alunos. Assim, buscamos obter uma compreensão de como a tecnologia
estava sendo usada por professores e alunos para o aprendizado de
Matemática. Os resultados deste trabalho demonstram a necessidade da
utilização e imersão dos recursos para que assim possamos educar e obtermos
resultados satisfatórios que possam ser refletidos em sala através de alunos
motivados a aprender.




Palavras-chave:     Ensino    de    matemática;     tecnologias;   aprendizagem
matemática.
SUMÁRIO




INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09

CAPÍTULO I - PROBLEMATIZAÇÃO............................................................... 11

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................. 14

   2.1 Tecnologia.............................................................................................. 14

   2.1.1 Tecnologia nas escolas....................................................................... 16

   2.2 Relação ensino-aprendizagem e tecnologia .......................................... 18

   2.3 Professor e tecnologia .......................................................................... 19

   2.4 Inclusão digital ....................................................................................... 21

   2.5 Metodologia Educacional ....................................................................... 24

   2.6 Ferramentas tecnológicas ...................................................................... 26

CAPÍTULO III – METODOLOGIA .................................................................... 28

   3.1 Tipo de pesquisa.................................................................................... 28

   3.2 Espaço da pesquisa............................................................................... 29

   3.3 Sujeitos da pesquisa .............................................................................. 30

   3.4 Instrumentos da pesquisa ...................................................................... 30

   3.4.1 Observação......................................................................................... 31

   3.4.2 Questionário........................................................................................ 31

CAPÍTULO IV – ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................. 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 43

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APÊNDICES
9



INTRODUÇÃO


        No   sistema    educacional    brasileiro,   pesa    sobre   professores   a
responsabilidade de conter a evasão escolar que afeta nossas escolas. Cabe aos
professores resgatarem a motivação dos alunos para a aprendizagem, valorizando
mais do que nunca uma forma prazerosa e produtiva de ensino.

        Dentro desse trabalho, buscamos analisar a importância do uso das
tecnologias como uma ferramenta motivadora e essencial para a construção do
saber, mediante o auxilio de professores em especial da disciplina matemática.

        Não acreditamos que essa seja a solução imediata a todos os problemas
enfrentados por educandos em salas de aulas, mas sim, uma transformação crucial
para que a matemática passe a ser vista não mais como um bicho de sete cabeças
e sim como uma disciplina essencial para vivermos socialmente e usá-la no nosso
cotidiano.

        No primeiro capítulo do trabalho tratamos sobre o tema proposto justificando
sobre a escolha do mesmo. Traçamos metas para que possam ser alcançadas no
capítulo IV comprovando tudo que relatamos no corpo da monografia.

        No capítulo II constam estudos e pesquisas bibliográficas embasadas em
opiniões de autores relevantes como Pretto(2008), Moran (2009), Gil(2004),
Santaella(2002) para o ensino no cenário brasileiro. Iniciamos definindo a palavra
tecnologia com um breve histórico no Brasil e no mundo.

        Em uma segunda etapa deste capitulo abordamos sobre as tecnologias e
seu papel no âmbito educacional destacando a importância na relação ensino e
aprendizagem. A necessidade do domínio de professores com a tecnologia, inclusão
digital, metodologias de uso, ferramentas tecnológicas e motivação são itens
abordados neste capítulo que visam demonstrar e situar o leitor o momento atual
brasileiro no que remete ao campo tecnológico educacional.

        No capítulo seguinte apresentamos a metodologia utilizada, guiados através
de citações de Andrade (1995), Rudio (1996), Galiano(1979), Prestes (2005) dentre
outros, onde buscamos descrever todos os métodos utilizados nos itens: Tipos de
10



pesquisa, o lócus, os sujeitos, instrumentos, observação e questionário buscando
alcançar todos os objetivos traçados inicialmente.

        Em seguida apresentamos as análises dos dados realizados durante a
observação e os questionários obtidos mediante após visitarmos o Colégio Estadual
Senhor do Bonfim. Nesta etapa tomamos como embasamento citações de grandes
escritores e educadores como D’Ambrosio (2005), Tahan (1961), Moran (2009),
Freire (1993) e Stelmak e Teruya (2009). O questionário foi aplicado para alunos
onde registramos importantes relatos acerca do uso social e educacional de
recursos tecnológicos. Ilustramos através de gráficos todos os resultados
alcançados.

        Por fim temos as Considerações Finais no qual relatamos a conclusão do
trabalho e expomos todos os questionários aplicados para a obtenção das respostas
sobre as perguntas que nortearam este trabalho.

        Sendo de profunda importância para a formação do futuro professor, tendo
em vista que o mesmo a todo instante deve estar fazendo o processo de auto
avaliação acerca do seu trabalho frente ao processo de ensino aprendizagem,
processo esse que exige do educador paciência e entrega, pois vivemos em um
mundo de constantes transformações e aqueles que não dominam as novas TICs,
tendem a ficar refém dessa sociedade capitalista que muitas vezes priorizam o ter
em oposição ao ser.
11



                                       CAPÍTULO I


1. PROBLEMATIZAÇÃO


         Em tempos modernos a nova geração caminha em busca do comodismo,
das melhoras e das facilidades para a realização das atividades, com isso o
aumento dos recursos tecnológicos vê m invadindo nossas vidas em um tempo
assustadoramente curto. Tudo muda rapidamente e temos que buscar nos
adaptarmos ligeiramente a essas mudanças. Com isso a nova geração cresce
incrivelmente “antenada” a esses recursos.

         Vários setores “sofrem” com essa mudança repentina, principalmente as
indústrias que são as que mais imergem nesse mundo tecnológico. Antes da
Revolução Industrial acontecida na Inglaterra o processo industrial era todo
realizado artesanalmente. Com a imersão de máquinas houve uma mudança
significativa na Inglaterra, principalmente na produção e na evolução de um
capitalismo comercial para industrial.

         Hoje o mundo ainda acompanha essa mudança industrial que vários setores
vivenciam. Vemos cotidianamente exemplos e uma busca para diminuir as
distâncias geográficas. Quem nunca ouviu falar, nas áreas de saúde, em cirurgias
realizadas a distância com a ajuda de robôs? Ou até mesmo nas fotos tiradas de
outros planetas através de robôs programados? Essa tecnologia que invade nossas
vidas deverá também invadir nossas salas de aulas daqui a alguns anos, Tecnologia
de Informação e Comunicação (TIC), Educação à Distância (EAD), lousa digital,
tablets1, computadores, notebook e muitos outros já estão presentes no nosso dia a
dia facilitando nossa vida.

         Logo, por que não aproveitá-los em salas de aula tirando proveito dos
recursos que nos oferecem? Será que esses aparelhos só são úteis fora de sala de
aula na hora da preparação de trabalhos, de atividades e do planejamento escolar?




1
  É um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet,
organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para
entretenimento com jogos.
12



         A busca de melhorar a relação professor e aluno apresenta uma série de
pesquisas no âmbito educacional e projetos como o Programa Nacional de
Tecnologia Educacional (Proinfo) e a Rede de Informação Tecnológica Latino-
Americana (RITLA), todos eles aplicados principalmente na área de Matemática.
Uma das pesquisas aplicadas pela rede de lojas criadoras de hardwares para
computadores, Dell, refere-se que a mudança não deve ser somente estrutural, mas
uma mudança na postura do professor em sala de aula.

         Vale salientar que quando tratamos de tecnologia a maioria das pessoas só
conseguem enxergar como ferramentas tecnológicas, nas áreas educacionais, as
que podem ser tangíveis, tocadas, como computador, televisão, etc. Buscamos
demonstrar o outro lado da tecnologia e a necessidade de qualificação de quem com
ela trabalha:

                     A presença de tecnologias mais simples, como os livros impressos, ou de
                     outras mais avançadas, como os computadores em rede, produzindo novas
                     realidades, exige o estabelecimento de novas conexões que as situem
                     diante dos complexos problemas enfrentados pela educação, sob o risco de
                     que os investimentos não se traduzam em alterações significativas das
                     questões estruturais da educação (PRETTO; 2008, p. 81).

         Vale salientar que a educação dar-se através de comunicação, transmissão
do educador para o aluno, sendo que atualmente com a ajuda da tecnologia, podem
ser feitas de várias formas e com várias ferramentas, das quais encontram-se
espalhados pela internet que são dentre elas sites de chat, vídeos, redes sociais,
fóruns e muitos outros que podem servir de auxílio e de apoio para professores. É
assim que funciona essa cibercultura:

                     as universidades e, cada vez mais, as escolas primárias e secundárias
                     estão oferecendo aos estudantes a possibilidade de navegar no oceano de
                     informação e de conhecimento acessível pela Internet. Há programas
                     educativos que podem ser seguidos à distância no world wid web. Os
                     correios e conferências eletrônicas servem para o tutoring inteligente1 e são
                     colocados a serviço de dispositivos de aprendizagem cooperativa. (LÉVY;
                     1999, p. 170).

         Dessa maneira já que a imersão tecnológica em nossas vidas é tão intensa,
essas ferramentas deveriam ser utilizadas por professores em salas de aula para o
melhor    aproveitamento    da    relação     ensino     e   aprendizagem,        um     melhor
desenvolvimento educacional. Então, existe uma necessidade natural de utilizá-los,
já que nossa sociedade passa por transformações e inclusões principalmente de
recursos tecnológicos. Nossos estudantes convivem com contato direto à
13



computadores e celulares conectados a internet. Nascemos totalmente dependentes
dessas ferramentas. Porém, a tecnologia deve ser inserida como auxílio para que
com a mediação de professores sejam aplicados a diversificados métodos de
ensino.

          Um desses métodos é a modelagem matemática que é definida como “a
aplicação de matemática em outras áreas do conhecimento” (BARBOSA; 2004,
p.73). Portanto devemos trazer o universo do aluno para sala de aula, que ele sinta-
se em “casa” enquanto estiver a estudar, sinta-se atraído, envolvido com a
matemática.

          Ao utilizar estes métodos tornamos a abstração quase que inexistente diante
das possibilidades que os computadores oferecem. Geometria, funções gráficas,
conjuntos, trigonometria e muitos outros conteúdos, não só matemáticos, podem ser
relacionados e trabalhados através de recursos visuais o que torna o computador
uma ferramenta única na mão do professor, levando ao aluno o futebol, o basquete,
a agricultura e todo o mundo que lhe atrai para sala de aula.

          Dessa forma a presente monografia parte do interesse em entender e
conscientizar como professores da disciplina matemática, mesmo com o advento da
tecnologia em todos os setores profissionais, não buscam inserir ferramentas
tecnológicas no meio escolar?

          Diante do que foi exposto, temos como objetivos:

              Mostrar a professores a necessidade do uso de novas tecnologias que
                são muito atrativas e usadas no mundo moderno.
              Compreender como o uso das tecnologias aplicadas à prática
                pedagógica podem agir como um fator motivacional para uma
                participação mais ativa de alunos no processo de aprendizagem.

          Motivação, metodologia e relação professor/aluno dentro e fora de sala de
aula são fatores essenciais em qualquer processo ensino/aprendizagem. Diante
disso analisaremos todas as situações encontradas no Colégio Estadual de Senhor
do Bonfim desde metodologias aplicadas pelos professores a toda a estrutura física
e de recursos tecnológicos que é disponibilizado para o mesmo.
14




                                 CAPÍTULO II


2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


       Neste capítulo tentaremos descrever um pouco da história da tecnologia no
Brasil e o andamento da inclusão digital na sociedade. Como está sendo realizada
essa mudança tecnológica, por quem está sendo realizada e como os governos
federais, estaduais e municipais se envolvem e ajudam nessa aproximação do
estudante com a tecnologia, trazendo uma série de novas consequências à
educação.



2.1 Tecnologia


       O Dicionário da Língua Portuguesa, define a palavra tecnologia como “um
conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a
um determinado ramo de atividade” (HOLANDA; 1986). Assim, podemos definir a
tecnologia como sendo uma facilitação de mecanismos em benefícios próprios,
sejam mecanismos de comunicação, locomoção ou até mesmo para tornar a vida
mais agradável. Para Kenski (2008, p.15), “as tecnologias são tão antigas quanto à
espécie humana. Na verdade, foi à engenhosidade humana, em todos os tempos,
que deu origem às mais diferenciadas tecnologias”.

       De uma lança utilizada pelos primatas, no período pré-histórico, como
ferramenta de caça, até o mais moderno dos computadores servindo para infinitas
funções cotidianas como calcular, comunicar-se, digitar, estudar, educar, etc.
observou-se o quão útil é a tecnologia e como invadiu a vida social modificando o
homem no decorrer da história, na sua forma de pensar, agir e cada vez mais na
forma de educar.

       Atualmente a tecnologia encontra-se em diversos ramos de atividades, seja
em um escritório, em uma indústria e cada vez mais nos setores educacionais.
Impossível não nos atermos a meios tecnológicos, principalmente quando falamos
15



em comunicação. Telefone, internet, celulares, televisores, etc, todos eles
revolucionaram suas épocas diante da evolução de um mundo globalizado.

          Foi durante a década de 1970 que o mundo encontrou-se em uma das
maiores revoluções da humanidade: a produção do primeiro computador nos
modelos que conhecemos hoje. Tornou-se indiscutível as utilidades das máquinas
computacionais em nossas vidas, quase para todas as atividades diárias.
Rapidamente mudou-se todas as relações humanas, deixamos de lado as distâncias
geográficas e imergimos em um mundo totalmente novo. Transformou a forma de
agirmos, de atuarmos, de comunicarmos com o mundo como cita no seguinte
trecho:

                      Propiciada, entre outros fatores, pelas mídias digitais, a revolução
                      tecnológica que estamos atravessando é psíquica, cultural e socialmente
                      muito mais importante do que foi a invenção do alfabeto, do que foi também
                      a revolução provocada pela invenção de Gutemberg. É ainda mais profunda
                      do que foi a explosão da cultura de massas, com os seus meios técnicos
                      mecânico-eletrônicos de produção e transmissão de mensagens. Muitos
                      especialistas em cibercultura não têm cessado de alertar para o fato de que
                      a revolução teleinformática, também chamada de revolução digital é tão
                      vasta a ponto de atingir proporções antropológicas importantes, chegando a
                      compará-la com a revolução neolítica. (SANTAELLA 2002, p. 389).

          Vemos assim como a tecnologia invadiu e tornou-se centro de muitas ações
que transformam o mundo. Nessa amplitude em que encontra-se e todo o seu
contexto globalizado surge assim a cultura digital definida por durante seu período
diante do Ministério da Educação em visita a Universidade do Estado de São Paulo,
registrado no site Cultura Digital como sendo:

                      (...) um conceito novo. Parte da idéia de que a revolução das tecnologias
                      digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é que o uso de
                      tecnologia digital muda os comportamentos. O uso pleno da Internet e do
                      software livre cria fantásticas possibilidades de democratizar os acessos à
                      informação e ao conhecimento, maximizar os potenciais dos bens e
                      serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório
                      comum e, portanto, a nossa cultura, e potencializar também a produção
                      cultural, criando inclusive novas formas de arte. GIL (2004)


          É desta forma que conseguimos interações, quebramos e vivemos
quebrando paradigmas impostos pela sociedade. Vemos então na interligação de
computadores, quando conectado a redes, toda essa mistura de culturas e
conhecimentos que podem nos oferecer. Assim o cenário escolar torna-se mais
heterogêneo, cheio de culturas que invadem nossas escolas, mesmo que de certa
forma sem essas tecnologias estarem presente nela.
16




2.1.1 Tecnologia nas escolas



        Quando    falamos    em    tecnologia   pensamos     nos   mais   modernos
computadores, redes sociais na internet, celulares com conexão 3G dentre outros
aparelhos presentes no cotidiano. Porém não podemos restringir somente a área da
informática, temos como tecnologia a televisão, aparelhos de som, rádio e até
mesmo o cinema pode ser utilizado como um meio de propagação da educação.
Para esses instrumentos damos o nome de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TICs), ferramentas tecnológicas utilizadas como facilitador de
interação e comunicação entre pessoas.

        A tecnologia educacional utiliza-se de aparelhos, informatizados ou não,
para facilitar o ensino e aprendizagem, como exemplo temos o quadro-negro, o giz
que até hoje estão presentes em sala de aula e o livro didático que mesmo com a
era da internet perpetua com absolutismo. Dessa forma a tecnologia será adaptada
para um apoio educacional acadêmico, será útil no ensino de várias áreas de estudo
como matemática, português, geografia, história, química, física, etc., mas para isso
precisamos de planejamento educacional, um conhecimento adequado para
professores e alunos adequarem-se às novas técnicas de ensino.

        Essa adaptação das escolas ao ramo tecnológico dar-se-á por meio de
projetos governamentais, federais ou estaduais, que implantam aparelhos como TV
pen drive, leitores de DVD, aparelhos de som, computadores, notebook, data show,
etc. Um desses programas do governo federal é o ProInfo que leva as escolas esses
recursos e com auxílio dos estados, distritos e municípios oferece estrutura e
capacitação profissional.

        Para BRASIL (2007) o Proinfo foi inicialmente um projeto do governo criado
em 1997 denominado Programa Nacional de Informática na Educação com a
finalidade da promoção do uso da Telemática como ferramenta educacional no
ensino público fundamental e médio. O Proinfo também conta com Núcleos de
Tecnologia Educacional (NTE), que são laboratórios dotados de infra-estrutura
repleta de computadores. Em 2007 o Proinfo passou a se chamar Programa
17



Nacional de Tecnologia Educacional visando distribuir em todas as escolas do setor
público equipamentos tecnológicos e recursos multimídias para professores de todo
o país segundo dados do site da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do
Rio Grande do Norte2.

         Porém essa imersão das escolas no âmbito tecnológico é projetada por
técnicos nas áreas de informática.

                        Os projetos para o uso da tecnologia na educação envolvem técnicos e
                        especialista de áreas relacionados com a tecnologia, mas não envolvem os
                        profissionais diretamente envolvidos com a educação – os professores de
                        sala de aula. (PRETTO 2000, p.5)

         Percebemos que esse possa ser o grande problema que acarretou o não
uso desses meios tecnológicos. A falta da experiência sentida na sala de aula pelo
professor em atividade tenha gerado esse transtorno educacional. Pulamos uma
etapa essencial, saber do que realmente o professor precisa, partindo de
experiências vividas, experiências essas que poderiam servir de auxílio na escolha
das ferramentas.

         Segundo Moran, Masetto e Behrens (2009, p. 8) “Como em outras épocas,
há uma expectativa de que as novas tecnologias nos trarão soluções rápidas para
mudar a educação.”. Sem dúvida a tecnologia veio para uma mudança educacional,
ligada diretamente entre uma relação mais intensa entre professor e aluno. O
cenário escolar transformou-se diante dessa mudança, ela não é somente mais um
centro de conhecimentos científicos, passou a ser um transmissor de valores sociais,
comportamentais. A escola tem hoje uma função de formar cidadãos pensantes e
críticos preparando seus estudantes para situações que encontrarão diante da
sociedade vigente.

         Segundo dados do site Educar para Crescer3, da editora Abril, o projeto foi
desenvolvido por especialistas da USP que deram treinamento adequado para que
os professores se familiarizassem com as novas ferramentas tecnológicas. Portanto
essa busca por aprimorar professores, no que se torna relevante ao manuseio das
tecnologias acessíveis hoje para os alunos, é a busca mais sensata para darmos
início a essa revolução tecnológica em sala de aula e o melhoramento do nosso

2
 http://www.educacao.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/seec/programas/gerados/historico_proinfo
3
 http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-educacao/2011/07/08/tecnologia-usar-ou-nao-
usar-2/
18



ensino. O rendimento dos alunos em matemática que participaram do projeto
melhorou em 20% de acordo com a UNESCO, uma melhora significativa diante da
situação em que nossas escolas encontram-se.

2.2 Relação ensino-aprendizagem e tecnologia



        No sistema de ensino brasileiro, em especial até a década de 70, a relação
entre professor e aluno dava-se com bases em conhecimentos entendidos como
técnicos: havia uma série de conteúdos, os quais o professor, com o seu
conhecimento e formação técnica, esforçava-se a fazer com que seus alunos, de
forma, passiva, assimilassem tais conteúdos. Não se prestigiava nem tão pouco se
estimulava a reflexão crítica.
        Com a expansão das ideias de Piaget, Inhelder (1968) e Vigotski (1987),
precursores do construtivismo – corrente de pensamento que acredita na interação
entre o homem e o meio, de forma contínua, na qual a cognição encontra-se em
processo inacabado, sempre a se construir – a ideia de passividade dá lugar ao
pensamento crítico. Para tanto, nasce à necessidade de entender a relação
professor/aluno por outro ângulo: o professor passa a desempenhar um papel de
facilitador, mediador, incentivador da aprendizagem, fazendo com que os alunos ao
se defrontarem com seus desafios e objetivos, adquira e desenvolva a consciência
de que é um agente transformador do seu tempo.

        Não se trata mais de um conhecimento pré-fabricado e pronto para uso.
Trata-se agora de um processo de construção do conhecimento, que permite o
surgimento e aprimoramento de competências para que os alunos enfrentem os
problemas do seu dia-a-dia.

        Ausubel (1980) traz relevante contribuição no tocante à aprendizagem, ao
distinguir dois tipos de fenômenos cognitivos: a aprendizagem mecânica e a
aprendizagem significativa. Aquela se dá “a partir da absorção literal e não
substantiva do novo material” (TAVARES, 2004, p.56). Esta se dá a partir da
aprendizagem de significados, em que o aprendiz recepciona o novo conhecimento
aos seus já existentes, para, a partir disso, agir, conscientemente, com a
combinação do conhecimento prévio com o novo conteúdo significativo.
19



         Dessa maneira com o advento da tecnologia, as práticas pedagógicas
precisam adequar-se a esta nova realidade. Se antes, a relação aluno/professor
dava-se apenas e unicamente de forma presencial, com a cultura digital, cria-se
outra forma de mediação: a partir do uso da tecnologia informatizada o professor
trabalha na perspectiva de ofertar grande número de material que faça com que o
aluno, à sua maneira, apreenda e reflita sobre o conhecimento oferecido,
relacionando-o com sua realidade social. Assim, a tecnologia pode estar a serviço
da mediação pedagógica.

         As imagens, os textos, os sons, bem como os softwares, são ferramentas
excelentes para estimular a aprendizagem. Mas não são por si só capazes disso. O
essencial é ter o professor para transformar o tecnológico em conhecimento
educativo. Por isso, é indispensável investir na formação do professor, para que as
novas tecnologias da informação e comunicação sejam mais desenvolvidas, a partir
de uma mediação pedagógica consciente, responsável, e comprometida com a
sociedade.



2.3 Professor e tecnologia




         O avanço tecnológico foi intenso e cresceu como uma bola de neve no início
do século XX com invenções de aparelhos dos quais até hoje fazem parte do nosso
cotidiano como televisão, telefone, aparelhos de som, etc. O professor por sua vez
parou diante desse avanço e não acompanhou o crescimento tecnológico. Segundo
Moran:

                     Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que em muitas
                     aulas convencionais perdemos muito tempo. Podemos modificar a forma de
                     ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado,
                     coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos,
                     individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito,
                     principalmente as telemáticas. (MORAN; 2009, p.11).

         Essa falta de interação entre professor e aluno demonstra o quanto nossa
formação docente torna-se ultrapassada, onde o professor comunica-se em uma
língua que o aluno não assemelha.
20



       A inadequação do professor com as novas tecnologias tornou o ambiente
escolar exaustivo e pouco atrativo para os estudantes. Trazer novamente essa
atração pela escola não é uma tarefa fácil, imergir no mundo tecnológico precisa de
um conhecimento prévio que facilite a criatividade e manuseio dessas tecnologias. A
tecnologia deve ser uma ferramenta de auxílio, um “tradutor” da língua falada pelo
professor e a escutada pelo aluno.

       Não abdiquemos totalmente dos velhos métodos de ensino como escrever,
ler livros, realizar exercícios, etc. A educação deve estar voltada diretamente na
aprendizagem do aluno e essa aprendizagem esta ligada à metodologia que mais se
adapta a realidade do mesmo:

                    Só pessoas livres - ou em processo de libertação - podem educar para a
                    liberdade, podem educar livremente. Só pessoas livres merecem o diploma
                    de educadoras. Necessitamos de muitas pessoas livres na educação que
                    modifiquem as estruturas arcaicas, autoritárias do ensino. (MORAN; 2009,
                    p.63)

        Uma adaptação é essencial para que continuemos a educar, o professor
deve se socializar com os alunos, comunicar e entender para que as aulas tornem-
se mais produtivas, estarem sempre abertos as mudanças buscando através de
pesquisa e estudos adquirir novos conhecimentos para assim inovar suas práticas.

       A utilização das TIC por professores é extremamente necessária para
proporcionar o desenvolvimento de habilidades que possibilitará uma melhoria da
qualidade do ensino. É bom salientar que as questões tecnológicas devem estar a
serviço do pedagogo, e não o contrário, pois o professor é agente necessário à
aprendizagem. É o que nos alerta Demo, ao dizer que:

                    software educativo não existe - o “educativo” do software não está no
                    aparato tecnológico, mas na habilidade humana ambiental. Enquanto o
                    aparato tecnológico pode favorecer, empurrar, instigar, provocar, não
                    consegue “educar” propriamente, porque esta habilidade exige a conexão
                    semântica, muito além da sintática, ou dos códigos binários. (...) A peça
                    mais essencial da aprendizagem ainda é o professor - sem ele temos
                    tecnologia, mas não educação (DEMO; 2005 p.1).

       Há uma grande necessidade de intervenção no que se refere à formação de
professores quanto à utilização das TIC’s como materiais didático-pedagógicos para
que não ocorra uma reprodução dos modelos tradicionais de ensino ao proporem
atividades com o uso desses materiais em sala de aula. Diante dessa observação, a
prática pedagógica deve contemplar um conjunto de experiências a partir de um
21



processo dinâmico de interações e trocas entre meios e sujeitos para proporcionar
uma aprendizagem colaborativa.

        Para Valente (2005), a formação do professor deve possibilitar a construção
de conhecimento sobre aspectos computacionais, a compreensão de perspectivas
educacionais subjacentes às diferentes aplicações do computador e o entendimento
para integrá-lo na sua prática pedagógica.

        O professor desempenha papel importante na observação de necessidades
e particularidades dos alunos, o que inclui sua cultura e realidade para poder intervir.
Diante disso é que a tecnologia digital é acolhida na prática pedagógica para apoiar
e enriquecer o processo educativo, desde que usem de forma adequada, ou seja,
contextualizar o uso das tecnologias digitais para incorrer sobre a aprendizagem dos
alunos, atuando diretamente no processo de inclusão digital.



2.4 Inclusão digital



        Muito se fala sobre a inclusão digital para que todos tenham acesso a
desenvolvimento tecnológico, porem muitos professores das escolas públicas não
querem se inserir nesse contexto social, justificando muitas vezes na falta de tempo,
nas péssimas condições de trabalho em que encontram-se na falta de recursos e até
mesmo na baixa renda em que os alunos encontram-se, não possuindo assim,
acesso a esses recursos tecnológicos. Sendo assim praticam a exclusão digital sem
perceber, alegando que muitos desses alunos não têm acesso a tecnologia
computacional.
        Entramos assim em um âmbito de grandes conflitos entre educação e
tecnologia: Exclusão de uns e resistência de outros. Não seria esse um dos entraves
para que educação e tecnologia tragam resultados vantajosos para os tempos
atuais? A educação na visão tecnológica carece de um novo professor que saiba
manusear, usar as novas ferramentas, isso por que a nova geração de estudantes
cresceu lidando com a tecnologia, uma nova geração que veio para transformar a
educação.

        A inclusão de novas tecnologias em salas de aulas tem que ser de uma
forma que os alunos entendam que não é somente copiar e colar e sim fazer uma
22



leitura do texto do qual irá ser trabalhado. O professor como formador de opiniões
deve romper essa barreira de ignorância digital para que assim o interesse pelas
aulas traga mais alunos e que esses permaneçam nas salas de aulas diminuindo a
grande evasão escolar que tem acontecido em nosso país.

           Assim como as grandes revoluções (a exemplo, a Revolução Industrial), esta
revolução tecnológica, como não poderia deixar de ser, por ser historicamente
delimitada, está condicionada a processos socioeconômicos já constituídos ou vias
de constituição. Fato que se torna bem nítido se observarmos o grau de
acessibilidade à cultura digital: os mais afortunados terão maior acesso, ao passo
que os menos favorecidos, ou terão em nível bem menor, ou, pior ainda, não terão
acesso algum.

           Ter acesso à cultura digital é estar incluído digitalmente, fenômeno também
chamado de “infolinclusão, infouso, acesso universal, inclusão, alfabetização digital”
(WAISELFISZ, 2007, p.7). Ainda, de acordo com o programa RITLA, as diferenças
que norteiam o acesso à cultura digital evidenciam fenômenos sociais de inclusão e
exclusão de indivíduos ou grupos de indivíduos, uma vez que as diferenças
individuais podem transformar-se em desigualdades sociais, bastando para tal que
sejam:

                             “associadas a mecanismos e privilégios no acesso aos recursos,
                             serviços, benefícios ou honrarias que a sociedade oferece a seus
                             membros. Noutras palavras, quando alguns papéis ou posições
                             sociais possibilitaram a quem as exerce se apropriar de uma parcela
                             maior de recursos ou benefícios sociais em relação aos demais
                             indivíduos” (WAISELFISZ; 2007, p.9).

           No Brasil, segundo dados do site do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística4 (IBGE), dos 58,6 milhões de domicílios investigados em 2009, mais de
30% tinha microcomputador sendo 16,0 milhões destes com acesso a internet. A
região Nordeste por sua vez apresentou uma porcentagem de 14,4%, uma das mais
baixas das regiões investigadas. Este é um número favorável e que cada vez mais
tende a crescer. Os jovens estão a cada dia mais conectados com a internet e
buscando cada vez mais esse tipo de entretenimento. Ainda segundo o IBGE, o
número de pessoas acima de 10 anos de idades que declararam ter utilizado a
internet no ano de 2009 cresceu 21,5% em relação ao ano de 2008. Observamos

4
    www.ibge.gov.br/
23



como a nova geração cresce utilizando novos meios de comunicação, totalmente
“antenado” nessa nova tecnologia que se torna cada vez mais acessível a todas as
classes sociais e culturais.

        As regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, em regra, apresentam
melhores índices, e, em sentido contrário, ficam as regiões Norte e Nordeste. Isso
torna claro o fato de que fatores sócio-econômicos, se não decidem, ao menos
interferem diretamente na questão do acesso ao mundo digital.

        O Governo Federal, bem como os governos locais, estão implantando
formas e mecanismos que permitam a inclusão digital e, como os estudantes são,
em geral, o público-alvo por excelência, pois estão em contínuo processo de
formação, vale à pena repensar ações que também preocupem-se com os
professores. Pois, não é construtivo intensificar ações de inclusão digital para os
estudantes, se os facilitadores, que são os professores e pedagogos, encontram-se
também em processo de exclusão.

        Portanto os cursos de formação de professores não devem se resumir
apenas à instrumentalização, mas sim, e, fundamentalmente, na formação de um
pensamento humanista comprometido com o espírito investigativo, rompendo com
modelos educacionais já ultrapassados, e construindo um modelo pautado na
aprendizagem       significativa,   trabalhando   com     interdisciplinaridade   e
transdisciplinaridade, em que os assuntos ganham significados para permitir que o
aluno transforme sua realidade, ou seja, adquira a consciência de que é um agente
histórico.

        É necessário investir na formação do professor, possibilitando desenvolver
sua capacidade crítica, reflexiva e criativa. Para que isso ocorra, é fundamental
vivenciar e compreender as implicações educacionais incluídas nas diversas formas
de utilizar o computador, onde propicie um ambiente de aprendizagem criativo e
reflexivo para o aluno.

        Para Delizoicov (2002), um dos grandes desafios para o ensino de ciências,
o que inclui a matemática, acena para a necessidade de mudanças, às vezes
bruscas, na atuação do professor dessa área, nos diversos níveis de ensino. Diante
24



disso, percebe-se que é extremamente necessária a importância da tecnologia, pois
é fundamental ter como pressuposto a meta de uma matemática para todos.

       Para contribuir com esta ideia, e potencializar as competências, as TIC
trazem um novo direcionamento: os alunos e os professores tornam-se capazes de
recorrer a inúmeras fontes de pesquisa, além de compartilhar deste material e de
outros que por ventura façam-se necessários, com a utilização de uma rede de
computador.

       Os aparatos tecnológicos vieram para modificar os métodos do professor em
sala de aula, uma melhora na metodologia e na interação delas com o aluno. Atrair a
atenção deles tornou-se essencial, nossa educação necessita dessa modificação
metodológica. Aprendemos na formação docente muito sobre metodologias e
modelagens matemáticas, hoje com os avanços tecnológicos temos as ferramentas
em mãos que podem unir essas duas formas de ensino aliando-as com a tecnologia.

       Com a utilização de software podemos criar ambientes virtualizados e
imergir os alunos nesses ambientes com interação máxima e a utilização da
matemática diária, a matemática vivenciada por eles toda na tela de um computador.
Não adiantaria somente enchermos as escolas de aparatos tecnológicos como
computadores, tablets, internet sem fios e continuarmos com a metodologia de
quando não tínhamos essas ferramentas.



2.5 Metodologia Educacional


       O uso da tecnologia sem que haja uma inovação na metodologia das
práticas pedagógica dificilmente oferecerá avanços na educação. Porém o que falta
para sabermos usar de forma adequada a tecnologia na prática pedagógica?

       Mediante a todos os dramas vivenciados pelos professores, como baixo
salário, péssima condição de trabalho, relação com aluno e baixa capacitação, entre
outros, surge mais um: o de ensinar mediante a um mundo globalizado e com o
avanço tecnológico assombroso. Dentro deste assombroso avanço, entra o papel do
professor, como intermediador entre o conhecimento e a sociedade.
25



        Ou professor se adéqua a novos momentos ou estará defasado para o novo
mercado de trabalho. Tecnologia na educação não é mais uma novidade. Está se
tornou a realidade das escolas brasileiras e principalmente do dia-a-dia dos jovens
estudantes. Mas de nada adiantará se o educador não é preparado para utilizá-las
de forma conveniente, é preciso que se invista na formação e capacitação desses
profissionais. Sem isso, introduzir novas tecnologias é inútil.

        Os desafios da sociedade no mundo contemporâneo em que a cultura do
“ciberespaço” está cada vez mais sendo difundida, onde a internet está presente no
dia-a-dia de um número cada vez maior de pessoas, nesse contexto a mediação
pedagógica prejudica-se se os professores não pertencerem à cultura digital. Diante
dessa situação acontecem eventos e congressos para que sejam suscitadas
questões pertinentes às competências dos profissionais, em especial, as
dificuldades de se levar à sala de aula ferramentas tecnológica.

        O uso das TICs e seus impactos na educação vêm crescendo
demasiadamente e a busca de novos modelos pedagógicos acompanham essa
evolução tecnológica. Os ambientes e objetos de aprendizagem surgem como
instrumentos para essa nova modalidade de ensino-aprendizagem, pois facilita a
disponibilidade e acessibilidade da informação no “ciberespaço”, possibilitando ao
aprendiz não somente dominá-los, mas, sobretudo, desenvolver uma postura crítica
em relação a eles.
        Os objetos virtuais de aprendizagem surgem também para desenvolver essa
modalidade educacional, tendo como uma das principais características a
reusabilidade. Esses objetos e ambientes de aprendizagem surgem com o papel de
facilitar e promover uma troca eficaz de conhecimentos, como também de serem
instrumentos para uma nova forma de ensinar, trazendo consigo uma promessa de
melhoria para situações de aprendizagem.
        Por esta razão, é fundamental uma reflexão sobre o papel do professor no
processo de aprendizagem ante a cultura digital. Para tanto, necessita-se que este
profissional esteja inserido no mundo da cultura digital, para ser um mediador entre
os alunos e o conhecimento digital como um todo.
26



2.6 Ferramentas tecnológicas



       Um dos grandes impasses que impedem o professor de dar o ponta pé
inicial para inserir as tecnologias em seus métodos de trabalhos é a “reformulação”
do planejamento escolar. Essa adaptação requer um estudo mais aprofundado e
que força ao professor sair de um comodismo de anos, muitos professores
acomodaram-se e ficaram com sua formação docente, metodológica, defasada.
Muitos se sentem acanhados diante da situação, como começar? Quais ferramentas
tecnológicas usar? Não bastamos usar as ferramentas para produzir trabalhos,
exercícios e materiais, mas sim para uma mediação educacional, uma ligação entre
aluno e professor.

       Para o ensino da matemática os computadores nos proporcionaram mundos
totalmente novos, levantando novas idéias. Tornou os conteúdos mais acessíveis
dando a possibilidade de escolhas pedagógicas que nunca tivemos antes. A
tecnologia pode nos oferecer uma interação virtual inacréditável, porém esse valor
só depende de como ele é usado. Objetos manipuláveis ou não, computadores,
softwares, televisores, tablet, dentre outros, aumentam a variedade de problemas
para alunos pensarem e resolverem.

       Mas quais ferramentas tecnologicas podemos usar para melhorar a relação
pedagógica entre aluno e professor? Observamos em muitos lugares e que em
grandes partes delas o grande empecilio não é o uso da tecnologia, mas sim como
usa-la. Devemos abdicar mais de hardwares, gadgets e buscar mais as tecnologias
que nos oferece uma comunicação mais efetiva e uma interação maior.

       As tecnologias estão cada vez mais acessíveis, dificilmente andamos pelas
ruas e não nos deparamos com uma lan house ou um jovem conectado em seu
celular via internet, cabe a nós, educadores, demonstramos e reeducarmos essa
atual geração para um uso de forma responsável e inteligente dessa tecnologia que
se desenvolve em nossas mãos.

       Fóruns de debates via internet, tornam-se cada vez mais frequentes,
possibilitando uma troca de informações e compartilhamento de forma interativa,
prazeroza e revolucionária. Estes fóruns nos proporcionam uma comunicação com o
27



aluno sem que o mesmo esteja em sala de aula. É uma forma de comunicação que
não é somente para relações professor/aluno mas tambem entre os alunos. Grupos
de estudos via internet crescem e invadem diariamente as redes. Podemos
encontrar hoje, cursos de línguas, manutenções de computadores e até resoluções
matemáticas para concurso.

        Uma das grandes ferramentas presentes na internet, mas com pouco uso
por professores é o YouTube, site de vídeos onde há uma enorme gama de
conteúdos por ser um site público no qual qualquer um pode postar vídeos. Oferece
aos professores uma biblioteca de vídeos que podem ser usados para um reforço da
aula, uma revisão ou até mesmo para ensino de resoluções de questões. O site
possui ainda diversos canais específicos na área de matemática com diversas
palestras, dicas que são úteis para todos os níveis de educação o que nos mostra
que os vídeos são uma forte ferramenta de apoio para o professor.

        Calculadoras, software de computador e outras tecnologias podem ajudar a
recolher registos, organizar e analisar dados, fornecer desenhos, precisos e com
dinâmica, criar gráficos entre outros recursos computacionais. Com tais dispositivos,
os alunos podem ampliar o alcance e a qualidade de suas investigações
matemáticas encontrando idéias matemáticas em ambientes mais realistas.

        No contexto educacional, um programa de uso pedagógico para o ensino da
matemática, bem articulada, aumenta tanto no âmbito do conteúdo, parte teórica,
quanto matematicamente a gama de situações-problema que os estudantes podem
alcançar, parte exercitada. Ferramentas poderosas para a construção de
representações visuais oferecem acesso aos alunos conteúdos e contextos
matemáticos que poderiam ser muito complexo para eles explorarem.

        Usando as ferramentas da tecnologia para trabalhar em sala de aula
expomos problemas interessantes que podem facilitar a relação dos alunos sobre
uma variedade de habilidades de aprendizagem, tais como reflexão, raciocínio,
problematização, resolução de problemas e tomada de decisão. Diante dessa
situação os professores devem estar preparados para servirem como mediadores de
informações determinando como e quando os alunos devem utilizar a tecnologia de
forma eficaz, prazerosa e produtiva.
28



                                   CAPÍTULO III

3. METODOLOGIA


        A Pesquisa é um elemento indispensável no processo de ensino
aprendizagem no meio acadêmico, dessa maneira Andrade (1995; p103) define
metodologia como sendo “o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos
na busca do conhecimento”, assim tentamos transcrever tudo que foi realizado na
busca incessante para comprovar todos os objetivos que foram redigidos e
fundamentados no trabalho de conclusão. Entretanto buscamos também frisar quais
os tipos de pesquisas utilizados durante a realização do trabalho.

        Nos mais diferenciados conceitos de metodologia a definição de Prestes
(2005, p.29) descreve da seguinte forma “é um conjunto de etapas, ordenadamente
dispostos, a serem vencidas na investigação para alcançar determinado fim”, vemos
a sistematização transcrita em suas palavras.

        A ordenação das etapas é essencial para a obtenção do sucesso, porém
Rudio (1986, p.14) busca a criatividade. Ele afirma que a metodologia requer
adaptações e questionamentos durante o desenvolvimento que nem sempre
estavam planejados “O trabalho de pesquisa não é de natureza mecânica, mas
requer imaginação criadora e iniciativa individual”, dessa forma é necessário
ressaltar que os resultados não se tornam importantes mediante esta etapa, aqui o
importante será como foi realizado o trabalho e todo o seu desenvolvimento.


3.1 Tipo de pesquisa


        Torna-se irrelevante tratar sobre a pesquisa bibliográfica já que todo trabalho
de conclusão nos remete a esse tipo de pesquisa. Historicamente quando tratamos
de pesquisa sempre, em todos os conceitos, buscamos a racionalidade e deixamos
o ceticismo de lado. Gil (1987 p.19) define a pesquisa como sendo um
“procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas
aos problemas que são propostos.” a predominação do racional é realizado através
de elementos científicos e sistematizado.
29



        Ao longo do trabalho de conclusão optamos pela pesquisa qualitativa que
nos deu a opção de uma menor quantidade de amostras, produzindo informações
apenas sobre o caso particular estudado e a possibilidade de coletar dados através
de entrevistas e discussões em grupo. Beuren (2009, p.92) diz que pesquisa
qualitativa “... é adequada para conhecer um fenômeno social.”

        É realmente esse é nosso intuito, conhecer como está o andamento da
escola com o desenvolvimento tecnológico e qual o contato de nossos alunos com
essas ferramentas. A pesquisa qualitativa faz análise de informações através de
questionários e entrevistas, procuramos descobrir os significados da tecnologia para
os sujeitos da pesquisa (alunos), como eles interpretam as situações e quais as
suas perspectivas sobre as questões.



3.2 Espaço da pesquisa


        A pesquisa de campo foi realizada no Colégio Estadual Senhor do Bonfim
(CESB) situado na Praça Nova do Congresso. Fundado em 30 de abril de 1970, o
CESB é uma das escolas com maior destaque em educação na região, tendo
formação no ensino fundamental, médio e nível técnico. Possui 25 salas de aulas e
1 sala de informática.

        Em cada sala de aula possui 40 alunos matriculados, sendo que ao chegar a
meados do mês de agosto esse número cai em 50% a 60%. Todas as salas têm TV
Pendrive e a lousa, que é um instrumento básico para o professor. Porém esses
recursos podem ser ampliados, pois a escola disponibiliza ainda outros recursos que
não são deixados em salas de aula como o Data show, retroprojetor, micro system e
aparelho de DVD.

        Na sala de informática os recursos disponíveis são maior quantidade. A sala
é equipada com 20 computadores, 10 deles adquiridos recentemente, TV, TV
Pendrive, aparelho de DVD, aparelho de som e pode-se também utilizar o Data
show, caso o professor necessite.
30



3.3 Sujeitos da pesquisa


         A escolha dos sujeitos da pesquisa é um trabalho que exige calma e
atenção, sendo que o capitulo das analises e discussão dos dados necessitam de
informações e respostas convincentes afim de que o trabalho alcance um resultado
satisfatório.

         Para a escolha do número de alunos nos baseamos na definição da
pesquisa qualitativa colhendo somente alguns alunos para a realização das
amostras e que segundo Gil (1994, p. 53) ‘... como o pesquisador apresenta maior
nível de participação, torna-se maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem
respostas mais confiáveis.”

         Decidimos então escolher alunos os quais pudessem ajudar no trabalho com
respostas mais claras e precisas e com maior participação na entrevista contribuindo
assim diretamente com a pesquisa. Essa escolha foi feita com a ajuda da professora
que ajudou a selecionar os alunos mais participativos e com maior dedicação em
sala de aula.

         Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 2º ano do Ensino Médio do turno
matutino, do Colégio Estadual Senhor do Bonfim localizado na Praça Nova do
Congresso da cidade de Senhor do Bonfim. A turma continha 22 alunos com uma
faixa etária entre 16 e 20 anos. Grande parte deles são moradores da sede e da
zona rural de Senhor do Bonfim.



3.4 Instrumentos da pesquisa


         Definido por Rudio (1986) como sendo “o que é utilizado para coleta de
dados” faremos a descrição de quais instrumentos de pesquisa utilizamos em nossa
metodologia. Pela definição percebemos que esses instrumentos são os recursos
utilizados para a obtenção das informações, para a realização do trabalho científico.
Assim sendo, toda a análise foi coletada através de observação e questionários por
serem segundo Gil (2008, p.42) “técnicas padronizadas de coleta de dados”, ou seja,
técnicas   comumente aplicadas      sendo facilitadora   para obtenção de uma
amostragem superficial da pesquisa.
31



3.4.1 Observação



       A princípio realizamos uma pesquisa exploratória no campus do Colégio
Estadual do Senhor do Bonfim, onde buscamos identificar como se encontra a
escola mediante a evolução tecnológica escolar do nosso país. A pesquisa
exploratória é assim definida por Gil(2008, p.41) “Estas pesquisas têm como objetivo
proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais
explícito ou a constituir hipóteses”, assim, buscamos investigar todo o campus de
trabalho onde o aluno encontra-se, suas ferramentas disponíveis e de que forma
serão oferecidos esses recursos.

       Entende-se que o ambiente no qual se realizará o estudo permite uma
observação direta dos fenômenos, em que se dará a investigação e entrevistas
sobre como é visto todo o processo de inclusão digital na escola do ensino médio na
cidade de Senhor do Bonfim. Consultamos toda a sala de informática e salas de aula
investigando todas as ferramentas que são disponibilizadas para uso educacional.

       Vale salientar que a observação foi de suma importância para a realização
do trabalho de pesquisa, pois ela contribui para que sejam eliminados alguns
“achismos”, elemento comum no meio empírico, onde a maioria de estudantes
utiliza, sem se preocupar com o lado teórico que toda pesquisa deve abordar,
sustentado quase sempre por teóricos que embasam a temática.



3.4.2 Questionário


       A pesquisa descritiva segundo Gil:

                     “...têm como objetivo primordial a descrição das características de
                     determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de
                     relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser
                     classificados sob este título e uma de suas características mais
                     significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de
                     dados, tais como o questionário e a observação sistemática.”(Gil; 2008,
                     p.42)

       Então após a investigação, realizamos as aplicações dos questionários para
a coleta de dados percentuais que nos ajudarão a registrar e resolver todos os
32



problemas aqui apresentados. Serão questões sobre o grau de acessibilidade dos
alunos da rede pública às tecnologias educacionais. Acreditamos que seja uma
etapa de grande importância na pesquisa, pois comprovaremos fatos os quais fazem
parte do corpo do trabalho, como inclusão digital, relação professor e tecnologia e
metodologia de ensino.

       Com a aplicação de uma pesquisa de campo, na qual são auferidos certos
conhecimentos e desafios provocados pelas novas tecnologias, teremos elucidado
as dificuldades por que passaram os professores e alunos. Trata-se a referente
pesquisa de uma abordagem qualitativa do problema, ora apresentada, onde
buscamos realizar questionários o qual consideramos de suma importância
descobrindo o que realmente é importante para alunos e professores.
33



                                 CAPÍTULO IV


4. ANÁLISE DOS RESULTADOS



       A análise e interpretação de todas as ideias e problemas apresentados
durante o trabalho se dão na forma de buscarmos expor, através de questionários,
tudo que de relevante foi evidenciado para a construção do mesmo. Este
questionário traz consigo questões consideradas essenciais para toda a formação
do trabalho, no qual todas as perguntas estão ligadas diretamente a todo o
desenvolvimento e fundamentação apresentados.
       A pesquisa traz consigo grande relevância para o estudo da tecnologia no
âmbito educacional e contributiva na melhora da Educação Matemática, trazendo
resultados satisfatórios para a análise precisa do mesmo.

       Com a questão abaixo citada buscamos identificar qual a visão dos
estudantes acerca da definição da palavra tecnologia.

       A 1° pergunta do questionário destinado aos alunos e também para o
professor, foi destacado no início do trabalho como uma pergunta muito importante
para o desenvolvimento da pesquisa. Tratamos da definição da palavra tecnologia e
perguntamos da seguinte forma:
34



       De todos os alunos investigados 60% disseram não saber o significado de
tecnologia, e 40% dão respostas confusas em relação a sua definição. Vale salientar
que a palavra tecnologia confunde-se muito com ferramentas informatizadas ou
tecnologia eletrônica. Os alunos questionados acreditam que apenas computadores,
internet ou que aparelhos ligados à energia elétrica fazem parte de aparatos
tecnológicos desconsiderando que o giz, o lápis, o livro e muitos objetos didáticos
foram e até hoje são ferramentas contributivas para facilitar nossas atividades,
sendo por definição tecnologia.




       Nos ultimos anos o campo da matemática tem se beneficiado da tecnologia
ao longo de sua história. Vale salientarmos que as ferramentas matemáticas têm
avançado desde o ábaco para as calculadoras e os computadores de hoje. Estas
ferramentas podem ser usadas em sala de aula para promover o pensamento e
destacar as ligações entre conceitos ensinados e suas aplicações no mundo real.
Todavia, ela deve ser usada de forma correta, não tornando o aluno um ser refem.

        A gama de tecnologia de instrução aplicáveis à matemática é vasto e, às
vezes, avançam em um período de tempo avassalador. Uma multidão de hardware,
software, e sites podem ser implementados de maneira convencional para
complementar os conteúdos.

       Luckesi (1986, p.56) define Tecnologia Educacional como sendo “... a forma
sistemática de planejar, implementar e avaliar o processo total da aprendizagem ...
de maneira a tornar a instrução mais efetiva”. Mesmo assim ainda existe certo receio
por parte de professores e alunos quando tratamos e mencionamos o uso
tecnológico em salas de aula. Muitos acreditam que para se integrar nesse
ambiente, carece de tempo, estudo, análise e experimentos para que possam ser
aplicados em sala de aula.

        Todo esse receio faz com que o professor torne-se inevitavelmente como
um inibidor da inclusão digital. Nosso país ainda passa por um processo de inclusão
35



tecnológica o que torna o colégio um ambiente totalmente heterogêneo, com
diversas culturas e muitas delas sem acesso as novas tecnologias.

          O professor deve ser um mediador dessas ferramentas, instigar o aluno para
o domínio e o acesso a elas, alcançando possibilidades inimagináveis de métodos
de ensino e até mesmo para uma melhor integração social como cidadão.
          Após o questionamento sobre a definição do que é tecnologia, procuramos
saber sobre as utilidades e necessidade que a tecnologia impõe sobre nossa vida
social.




          Dos alunos entrevistados 100% vêem a tecnologia como uma ferramenta
importante para a “comunicação” e porque “somos dependente de tudo que envolve
a tecnologia”. Vemos então que a tecnologia é uma ferramenta indispensável para a
utilização da etnomatemática já que segundo D'Ambrósio (2005, p.112) "tem seu
comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de
saber(es) que lhes permitam sobreviver e transcender”.




          O questionamento facilita a compreensão das ideias argumentadas nesse
trabalho de imersão tecnológica nas escolas e principalmente na área de
matemática já que a abstração torna-se um dos motivos nos quais a tecnologia
serve de facilitadora, ajudando a associação ao dia a dia do aluno para uma melhor
relação entre os conteúdos abstratos do livro matemático que são trabalhados no
cotidiano dos estudantes.

          D'Ambrósio (2005), afirma que a melhor definição para etnomatemática seria
“A arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender-nos diversos contextos
36



culturais” assim sendo, atualmente nosso contexto cultural nos revela que somos
inteiramente dependentes das tecnologias, seja para comunicação, locomoção, vida
social, etc. Tornamo-nos ligeiramente ligados e conectados a rede tecnológica.

         Essa transformação incita que tomemos posições pedagógicas novas,
embasadas na simples imersão do mundo matemático ao mundo social dos
estudantes. Já que essas ferramentas são tão úteis em nossa vida, no nosso
cotidiano, por que abdicarmos de seu uso quando falamos em educação?

        Essa ligação entre meio social e escolar é mais um fator facilitador que nos
convida a usar criativamente todas as ferramentas disponibilizadas. Os Blogs na
internet proporcionam nos conectarmos com outras pessoas. Reunir pessoas para
partilhar experiências e perspectivas é uma poderosa forma de desenvolvimento
profissional.

         Ao contrário de conferências ou cursos caros, o blog pode ser feito
gratuitamente. Essas são as possibilidades que as novas tecnolgoias nos trazem.
São possibilidades de interações, compartilhamentos de conhecimentos, tudo mais
facilitado, tudo ao nosso alcançe.

         Ainda em busca de questionamentos sobre a tecnologia educacional foi
perguntando aos alunos se nas aulas de matemática, a professora costuma utilizar
os recursos tecnológicos e quais são esses recursos? Surpreendentemente segundo
70% dos alunos, o professor utiliza somente a calculadora como aparato tecnológico
para a resolução direta e mais eficaz dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
37



         Calculadora é uma ferramenta muito utilizada no nosso cotidiano social,
profissional e educacional. Além de ser uma ferramenta tecnológica a calculadora no
âmbito educacional proporciona aos alunos uma facilitação no desenvolvimento do
raciocínio buscando diversas formas de resolução de questões tornando-o mais
autônomo e mais confiante para o desenvolvimento na resolução de exercícios.
Porém esse comodismo e a facilitação imediata podem ser desfavoráveis para a
educação e o melhor aprendizado da matemática que segundo o carioca Tahan5:

                                 "A generalização das calculadoras tornou inteiramente obsoletas
                                 as provas das operações. Não se pode falar em prova dos noves
                                 numa época em que as máquinas é que operam. Retirado esse
                                 entulho algebrístico, poderíamos ocupar o tempo do educando
                                 fazendo-o aprender outros pontos da Matemática que são de
                                 indiscutível interesse".

         A calculadora pode sim ser uma ótima ferramenta se bem usada para
desenvolvimento pedagógico e raciocínio do aluno, mas para que isso aconteça
deve-se ter um acompanhamento adequado do professor para o seu uso eficaz e
proveitoso.

         Ressaltamos       que    a    tecnologia,    frequentemente,       fornece     maiores
oportunidades de aprendizagem para os alunos. Computadores destinados a
aplicações multimídia mostrando imagens, sons e vídeos são favoráveis para os
diferetnes tipos de aprendizagem diante da heterogeneidade dos alunos que
encontramos em salas de aula.

         Além disso, os programas de software nos oferece uma vasta biblioteca de
exercícios que visam diferenciar esses alunos em vários níveis académicos através
da atribuição de uma pré-avaliação e depois para o desenvolvimento de atividades
sob medida para melhorar as áreas de fraqueza de cada aluno.

         Apesar dos muitos benefícios da tecnologia no ensino de matemática,
problemas e entraves podem existir e devem ser abordadas e trabalhadas a fim de
soluciona-las. Os maiores obstáculos para a tecnologia em qualquer campo da
educação são de financiamento e de acesso.



5
       A     calculadora      libera    a      turma      para      pensar.    Disponível     em:
<http://novaescola.abril.com.br/ed/168_dez03/html/calculadora.html> Acessado em 07/11/2011.
38



         Professores e alunos precisam ter acesso ao hardware e software antes de
qualquer   aplicação     útil   da   tecnologia   e   os   professores   necessitam   de
desenvolvimento profissional e tempo de construção para utilizar a tecnologia de
forma eficaz.

        Muitos educadores temem que as calculadoras e outras tecnologias irão
eliminar as habilidades de seus estudantes de pensamento e raciocínio lógico.
Professores e alunos devem usar calculadoras como uma ferramenta e não para
resoluções diretas, como um meio de propagar na matemática novas formas de
aprendizado, exercitando as habilidades de pensar e trabalhar com mais eficiência e
precisão, sem sacrificar uma compreensão básica dos conceitos.

        Foi questionado a opinião dos alunos se eles acham importante a utilização
de instrumentos tecnológicos nas aulas de matemática:




        A respeito da importância da utilização dos recursos tecnológicos em sala de
aula 80% dos alunos aprovaram esse uso alegando que “facilita o raciocínio” e
“melhora a aprendizagem”. Nesse meio, o professor deve tomar consciência que ele
atua com um papel exemplificador para o aluno, sendo assim seus atos serão
refletidos pelo aluno.




         Quando os alunos estão usando a tecnologia como uma ferramenta ou um
suporte para a comunicação com os outros, eles estão em um papel ativo em vez do
papel passivo de receptor das informações transmitidas por um professor, livro, etc.
39



O aluno está ativamente fazendo escolhas sobre como gerar, obter, manipular ou
resolver questões.

       Usar a tecnologia permite que muitos alunos pensem ativamente sobre os
conteúdos, fazendo escolhas e executandos suas habilidades o que não é típico dos
professores exercitarem em nossa cultura. Além disso, quando a tecnologia é usada
como uma ferramenta para apoiar os alunos na realização de tarefas autênticas, os
estudantes estão na posição de definir seus objetivos, tomar decisões, e avaliar seu
progresso.

       Portanto, Moran (1995, p.51) evidencia que “É importante educar para a
autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem” assim
o aluno torna-se autodidata, utilizando mais seu raciocínio lógico uma vez que
estimulam mais o trabalho mental, mas sempre necessistando crucialmente do seu
mentor, o professor. É um processo muito criativo, especialmente com ferramentas
multimídias. Usando a tecnologia podemos reduzir problemas de disciplina tornando
os alunos mais interessados nas aulas.

       Quando os alunos têm a possibilidade de encontrar suas próprias respostas,
o processo de aprendizagem se torna muito mais interessante, a tecnologia permite
uma maior interatividade o que é impossível aos métodos tradicionais de ensino. É a
construção do saber.

       O papel do professor muda também. O professor não é mais o centro das
atenções, não mais leva o conheçimento ao aluno, mas desempenha o papel de
facilitador, estabelecendo metas e fornecendo orientações e recursos, passando de
aluno para aluno, oferecendo sugestões e apoio para as suas atividades. Essas
ferramentas tambem podem ajudar a reduzir a carga sobre o professor para tarefas
mundanas.

       Por fim e não menos importante que todas as outras perguntas aqui
exibidas, colocamos em prática a pergunta que rege esse trabalho:
40




        90% dos alunos justificam que sim, as ferramentas ajudariam no
desenvolvimento de suas atividades, os deixam mais “interessados” por ser uma
ferramenta “muito atrativa” e por tornar a aula “mais divertida”. O fator principal
dessa melhora em sala de aula é a motivação, como foi relatado por muitos desses
alunos nos trechos a seguir:




        Segundo Paulo Freire (1993) em entrevista concedida à repórter Amália
Rocha da TV Cultura "O Educador precisa estar à altura de seu tempo.", é como
estarmos em uma época totalmente diferente da que o aluno se encontra. A falta de
motivação é que faz com que o aumento da evasão escolar seja tão surpreendente
para professores durante o ano letivo.

        Tecnologia é um desafio para esses alunos. É algo que eles querem
dominar. Aprender a usá-lo aumenta sua autoestima e os torna mais animados para
frequentarem a escola. O computador tem sido uma ferramenta de capacitação para
os alunos e a motivação para usar as novas tecnologias é muito grande.
41



         Muitos dos alunos veem a tecnologia como uma ferramenta motivadora na
educação, melhora as aulas oferecendo a possibilidade de aprender com mais
diversão, de forma mais lúdica. As aulas ministradas são mais rápidas e dinâmicas
assim obtemos um maior conteúdo de informações em um curto período de tempo.

         Aprender novos métodos de ensino, novas formas de resoluções, novas
culturas, tudo isso é motivador para o aluno, saber que a matemática tem quase
sempre mais de um método de resolução o deixa sempre mais confiável quanto a
seus estudos. Mas qual realmente será o melhor método de aprendizado? Essa
questão com certeza é muito subjetiva, nos trazendo inúmeras respostas e ilimitadas
perspectivas de respondê-las. Mas, todavia, algumas delas seriam de unanimes
aceitação para muitos professores.

         Há uns 5 anos, muitas pessoas já tinham ouvido falar sobre internet, mas
não tinham a menor idéia do que era. Hoje, a maioria dos alunos não só foram
expostos a internet, mas também têm acesso em casa ou na escola. Na verdade,
em um grande número de escolas estão sendo adaptados para colocar a internet em
cada sala de aula.

         Poder pesquisar sobre diversificados contextos sociais, culturais e diversos
assuntos é a razão número um para se usar a internet na educação. Os alunos têm
uma riqueza de informações ilimitadas para eles. Muitas vezes, quando eles estão
pesquisando temas onde nas bibliotecas escolares ou munícipais não têm os livros e
revistas necessários, a internet ajuda a resolver esse problema. Assim, Stelmaki e
Teruya (2009, pg. 08) cita que “atualmente, quem não está familiarizado com as
tecnologias de informação e comunicação é considerado um                  ‘analfabeto
tecnológico’”.

         Diante disso, observamos que boa parte dos alunos já estão inseridos e
adequados as tecnologias, o que vem a comprovar tudo que foi considerado no
trabalho. Adequar-se as novas tecnologias deve ser uma questão de tempo, já que
não podemos fugir de uma realidade que esta tão presente e efetiva em nossas
vidas.

         Tudo nos remete a essa direção, para que o ensino e a aprendizagem
possam finalmente voltar a entender-se em uma nova linguagem de comunicação,
42



para que nos professores possamos cada vez mais nos apaixonarmos pela nossa
profissão cativando e atraindo mais alunos para as salas de aulas, pois como diria
Albert Einstein "A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e
de conhecer.".
43



5. CONSIDERAÇÕES FINAIS



        A pesquisa desenvolvida nesse trabalho foi propiciada através da
oportunidade de conhecer sobre a influência tecnológica na vida das pessoas,
ressaltando sempre no ambiente escolar, fazendo enxergar que essas ferramentas,
ao contrário do que era imaginado, não serviam apenas como forma de lazer, muitas
vezes vista como perda de tempo, mas sim como ferramentas úteis e contributivas
para facilitar nossas vidas.

        Apontamos uma nova postura profissional, uma mudança em métodos de
ensino que assim, nos servirão para melhorarmos nossa educação em matemática,
atuando num sob um aspecto motivador todas as tecnologias possa modificar o
ambiente escolar e a relação ensino/aprendizagem tão defasada nos últimos anos.

        Baseando-se em grandes autores, como Freire e Pretto, vemos o quanto as
nossas ideias já foram questionadas e nunca aplicadas em sala de aula. Com base
nos dados da pesquisa e nas observações realizadas com os sujeitos, tudo nos
remete a necessidade de uma modificação, de uma quebra de paradoxo onde
vivemos no século XXI, onde o desenvolvimento tecnológico a cada dia se torna
ultrapassado, alguns professores lecionam sob o comando do giz e da lousa.

        Claro que há a necessidade de ressaltar que a combinação de giz e lousa
ainda é, e sempre será por um longo tempo, o instrumento tecnológico mais usado e
de maior necessidade em sala de aula. Porém, nossa pesquisa deixa claro que, em
tempos modernos há a necessidade do advento de outros recursos para que nossas
aulas tornem-se mais motivadoras.

        Durante toda a pesquisa do tema apresentado, observamos muito que
diversos trabalhos sobre o assunto abordam como sujeito principal os mentores
responsáveis pelo ensino: professor e direção pedagógica. Diante disso tratamos de
abrir caminho para que outra opinião, não menos importante e talvez até mais
necessária que as outras duas citadas, fossem também modificadora do ambiente
escolar e que são responsáveis pela aprendizagem: o aluno. Ele é o agente principal
e modificador do meio em que vivemos, é a construção do futuro do nosso país.
44



        Acreditamos que com essa pesquisa possamos alertar professores,
causando reflexões para que nos remeta a novas discussões e tenhamos certeza
que o trabalho será num todo, ampliado em novas pesquisas de graduação e
especializações que estarão por vir, sempre revisada, pois esse assunto sempre
será renovador mediante as avassaladoras transformações que a tecnologia nos
proporciona.

        O educador inglês Lawrence Stenhouse nos proporcionou em uma de suas
mais conhecidas frases o quão importante torna-se a pesquisa por parte de
professores onde dizia o seguinte: “O pesquisador da educação e o docente devem
compartilhar a mesma linguagem.", acreditamos que essa seja a principal função de
todos os nossos trabalhos, a busca incessante do compartilhamento de opiniões e
da aprendizagem. Tudo nos guia a evolução.

        Após a observação pode se perceber que as relações entre professores e
alunos dentro do campo de pesquisa nas aulas de matemática são de extrema
produtividade, tendo em vista que os professores ao longo das aulas utilizam uma
série de instrumentos a fim de dinamizar o processo de ensino aprendizagem.

        Contudo vale ressaltar que a maioria dos alunos apesar de utilizar as novas
TICs em quase todo momento de suas vidas não consegue responder a pergunta
simples, sobre ”o que é tecnologia?”.

        Além disso, no questionário encontrou-se a resposta de que 100% dos
estudantes afirmam que a tecnologia é de extrema importância para a comunicação
e também para melhorar a transmissão dos conteúdos. No entanto o que
observamos é que a maioria dos professores ainda não sabe lidar com as novas
tecnologias, sendo desse modo importante que os governantes antes de enviar uma
gama de equipamentos tecnológicos para as unidades escolares capacitem toda aa
comunidade escolar.

        É preciso que todos que participem de forma direta ou indireta do processo
de ensino aprendizagem tenham conhecimento sobre a utilização dos meios
tecnológicos, pois vivemos na era da globalização e o conhecimento sobre a
tecnologia é tido como uma das formas de ascensão social.
45



       Dessa maneira o professor precisa está em constante busca pelo
conhecimento, sendo que os alunos de hoje são eternos investigadores e o
professor pode ficar com o conhecimento defasado se não acompanhar as
constantes transformações do mundo contemporâneo.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico.
2.ed. São Paulo: Atlas, 1995, p. 103.

AUSUBEL, D.P.; NOVAK, J.D. e HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de
Janeiro, Interamericana. Tradução para português, de Eva Nick et al., da segunda
edição de Educationalpsychology: a cognitiveview, 1980.

AZAREDO, Marina. Tecnologia: usar ou não usar?.Disponível                       em
<http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-
educacao/2011/07/08/tecnologia-usar-ou-nao-usar-2/>. Acesso em 22/12/2011.
BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática: O que é? Por que? Como?Veritati, n.
4, p. 73- 80, 2004.

BEUREN. Ilse Maria et al. Como elaborar trabalhos monográficos em
contabilidade: teoria e prática 3. ed. 4. Reimp. São Paulo: Altas, 2009.

BONILLA, Maria Helena Silveira. PRETTO, Nelson De Luca. Políticas brasileiras
de         educação          e            informática.       Disponível       em:
<http://www.faced.ufba.br/~bonilla/politicas.htm#_ftn1> Acesso em: 01/01/2012

D'AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática: Arte ou técnica de explicar e
conhecer. Sao Paulo: Ática, 1990.

DELIZOICOV, D. e outros. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. São
Paulo: Cortez, 2002, p. 365.

DEMO, P. Inclusão digital – cada vez mais no centro da inclusão social.
Inclusão Social. Brasília: IBICT, 2005, p. 1.

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em: <http://novaescola.abril.com.br/ed/168_dez03/html/calculadora.html> Acessado
em 07/11/2011.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora
Atlas, 1987, p. 19.

GIL, Antônio Carlos. Administracção de recursos humanos: um enfoque
profissional. São Paulo: Atlas, 1994, p. 53

GIL,        Gilberto.      Programa           Cultura      Viva.      (2004)    Em:
<http://blogs.cultura.gov.br/culturadigital/sobre-2/>. Acesso em: 18/10/2011.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo,SP:
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Papirus Editora, 3ª edição, 2008, p.15.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1999.
LUCKESI, C. Carlos. Independência e inovação em tecnologia educacional:
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MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas
tecnologias e mediação pedagógica, Papirus Editora – 13ª Edição, 2009, p.11 –
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Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro,RJ. vol. 23, n.126, setembro-outubro 1995,
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SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e Pensamento – Sonora Visual
Verbal. São Paulo: Iluminuras, 2002, p.389
STELMAKI, Marilucie TERUYA, Teresa. Informática Na Educação: Um Desafio
Para        A       Ação          Docente,         2009,       disponível em
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TAVARES, Romero.Aprendizagem Significativa.Revista Conceitos, 2004, p.56.

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Fontes, 1987.

VALENTE, José Armando. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o
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WAISELFISZ, JulioJacobo. Mapa das desigualdades digitais no Brasil. 1ª Edição,
RITLA – 2007, p. 07-09.
Questionário ao aluno



1. Em sua opinião, o que é tecnologia?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

2. A tecnologia é importante na sua vida? Por quê?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

3. Nas aulas de matemática, a professora costuma utilizar os recursos
tecnológicos? Quais?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

4. Você acha importante a utilização de instrumentos tecnológicos nas aulas de
matemática?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

5. Em sua opinião as ferramentas tecnológicas ajudam na melhoria do
processo de ensino/aprendizagem?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
              DEPTO. EDUCAÇÃO: CAMPUS VII - SENHOR DO BONFIM/BA
                    CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
                     TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO III


                TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO



Você está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa. Ao aceitar, estará
permitindo a utilização dos dados aqui fornecidos para fins de análise. Você tem
liberdade de se recusar a participar e ainda de se recusar a continuar participando em
qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal. Todas as informações
coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, você não precisará se
identificar. Somente o (a) pesquisador (a) e seu respectivo (a) orientador (a) terão
acesso as suas informações e após o registro destas o documento será arquivado.
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de modo livre e esclarecido (a),
manifesto meu consentimento em participar da pesquisa, deixando aqui minha
assinatura.


                          Senhor do Bonfim, Bahia, ______de ____________ de 2011



                                         ____________________________________
                                                   Assinatura do Professor (a)



INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA:

Título Provisório do Projeto:
Pesquisador (a) Responsável:
Pesquisador (a) Orientador (a):
Telefones para Contato:
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
   DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO-CAMPUS VII - SENHOR DO BONFIM/BA
                   CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA




              TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Este aluno (a) está convidado (a) a participar desta pesquisa. Ao aceitar, estará
permitindo a utilização dos dados aqui fornecidos para fins de análise. Você tem
liberdade de impedir o (a) aluno (a) sob sua responsabilidade de participar, e ainda, de
se recusar a continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer
prejuízo pessoal.
Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, você ou
o (a) aluno (a) não precisará se identificar e somente os (as) pesquisadores (as) e sua
equipe terão acesso as suas informações.


INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA

Título Provisório do Projeto:
Pesquisador (a) Responsável:
Orientador (a):

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, autorizo
a participação do (a) aluno (a) sob minha responsabilidade a participar desta pesquisa.


                   Assinatura do Responsável pelo (a) Aluno (a)

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Uso de tecnologia no ensino de matemática

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim SENHOR DO BONFIM - BA 2012
  • 2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS VII CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim SENHOR DO BONFIM - BA 2012
  • 3. PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino de matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim Monografia apresentada ao Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia–UNEB/CAMPUS VII, como parte dos requisitos para conclusão do Curso de Licenciatura em Matemática. Prof. Alayde Ferreira dos Santos Orientadora Senhor do Bonfim-BA 2012
  • 4. FOLHA DE APROVAÇÃO UMA ANÁLISE ACERCA DO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL SENHOR DO BONFIM PAULO VITOR DE ALENCAR SALDANHA BANCA EXAMINADORA Prof. ______________________________________ Alayde Ferreira dos Santos (Orientadora) Universidade do Estado da Bahia - UNEB Prof._______________________________________ Wagner Ferreira Santana Universidade do Estado da Bahia - UNEB Prof. ______________________________________ Antonio Messias Dias Conceição Faculdade Cenecista Senhor do Bonfim - FACESB Senhor do Bonfim, março 2012
  • 5. Dedico este trabalho a meus pais, meu irmão e a minha namorada, quatro pessoas a quem declaro meu amor eterno.
  • 6. "Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta." (Isaac Newton)
  • 7. AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus pelo dom da vida. Em segundo aos meus pais, Antonio Carlos e Renilde Alencar, e a meu irmão, Felipe Mateus, por sempre acreditarem no meu potencial e me dar força nos momentos mais difíceis. A minha namorada Jasiane pelo apoio e compreensão nos momentos em que o desespero e a falta de confiança surgiam. Aos alunos, professores e demais funcionários do Colégio Estadual Senhor do Bonfim. Aos colegas da turma de matemática do período 2005.2, Hildemá Tadeu, João Grassi, Adriano, Jucineide e Jucicleide e aos professores, Elizete, Wagner, Mirian, Ivan Costa e Antonio Messias que não mediram esforços para transmitir os conhecimentos tão necessários à formação do futuro educador. Em especial a professora Alayde Ferreira dos Santos, pelo grande apoio ao longo do curso e na batalha frente à árdua tarefa de elaboração do trabalho de conclusão de curso.
  • 8. RESUMO O objetivo deste estudo foi realizar “Uma análise acerca do uso das novas tecnologias no ensino da Matemática no Colégio Estadual Senhor do Bonfim” tendo como referencial teórico Pretto(2008), Moran(2009), Gil(2004), Santaella(2002), entre outros. Através da pesquisa qualitativa para a realização de questionários e entrevistas procuramos saber os efeitos das tecnologias no campo educacional na perspectiva dos sujeitos principais do nosso estudo, os alunos. Assim, buscamos obter uma compreensão de como a tecnologia estava sendo usada por professores e alunos para o aprendizado de Matemática. Os resultados deste trabalho demonstram a necessidade da utilização e imersão dos recursos para que assim possamos educar e obtermos resultados satisfatórios que possam ser refletidos em sala através de alunos motivados a aprender. Palavras-chave: Ensino de matemática; tecnologias; aprendizagem matemática.
  • 9. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 09 CAPÍTULO I - PROBLEMATIZAÇÃO............................................................... 11 CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................. 14 2.1 Tecnologia.............................................................................................. 14 2.1.1 Tecnologia nas escolas....................................................................... 16 2.2 Relação ensino-aprendizagem e tecnologia .......................................... 18 2.3 Professor e tecnologia .......................................................................... 19 2.4 Inclusão digital ....................................................................................... 21 2.5 Metodologia Educacional ....................................................................... 24 2.6 Ferramentas tecnológicas ...................................................................... 26 CAPÍTULO III – METODOLOGIA .................................................................... 28 3.1 Tipo de pesquisa.................................................................................... 28 3.2 Espaço da pesquisa............................................................................... 29 3.3 Sujeitos da pesquisa .............................................................................. 30 3.4 Instrumentos da pesquisa ...................................................................... 30 3.4.1 Observação......................................................................................... 31 3.4.2 Questionário........................................................................................ 31 CAPÍTULO IV – ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................. 33 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 43 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICES
  • 10. 9 INTRODUÇÃO No sistema educacional brasileiro, pesa sobre professores a responsabilidade de conter a evasão escolar que afeta nossas escolas. Cabe aos professores resgatarem a motivação dos alunos para a aprendizagem, valorizando mais do que nunca uma forma prazerosa e produtiva de ensino. Dentro desse trabalho, buscamos analisar a importância do uso das tecnologias como uma ferramenta motivadora e essencial para a construção do saber, mediante o auxilio de professores em especial da disciplina matemática. Não acreditamos que essa seja a solução imediata a todos os problemas enfrentados por educandos em salas de aulas, mas sim, uma transformação crucial para que a matemática passe a ser vista não mais como um bicho de sete cabeças e sim como uma disciplina essencial para vivermos socialmente e usá-la no nosso cotidiano. No primeiro capítulo do trabalho tratamos sobre o tema proposto justificando sobre a escolha do mesmo. Traçamos metas para que possam ser alcançadas no capítulo IV comprovando tudo que relatamos no corpo da monografia. No capítulo II constam estudos e pesquisas bibliográficas embasadas em opiniões de autores relevantes como Pretto(2008), Moran (2009), Gil(2004), Santaella(2002) para o ensino no cenário brasileiro. Iniciamos definindo a palavra tecnologia com um breve histórico no Brasil e no mundo. Em uma segunda etapa deste capitulo abordamos sobre as tecnologias e seu papel no âmbito educacional destacando a importância na relação ensino e aprendizagem. A necessidade do domínio de professores com a tecnologia, inclusão digital, metodologias de uso, ferramentas tecnológicas e motivação são itens abordados neste capítulo que visam demonstrar e situar o leitor o momento atual brasileiro no que remete ao campo tecnológico educacional. No capítulo seguinte apresentamos a metodologia utilizada, guiados através de citações de Andrade (1995), Rudio (1996), Galiano(1979), Prestes (2005) dentre outros, onde buscamos descrever todos os métodos utilizados nos itens: Tipos de
  • 11. 10 pesquisa, o lócus, os sujeitos, instrumentos, observação e questionário buscando alcançar todos os objetivos traçados inicialmente. Em seguida apresentamos as análises dos dados realizados durante a observação e os questionários obtidos mediante após visitarmos o Colégio Estadual Senhor do Bonfim. Nesta etapa tomamos como embasamento citações de grandes escritores e educadores como D’Ambrosio (2005), Tahan (1961), Moran (2009), Freire (1993) e Stelmak e Teruya (2009). O questionário foi aplicado para alunos onde registramos importantes relatos acerca do uso social e educacional de recursos tecnológicos. Ilustramos através de gráficos todos os resultados alcançados. Por fim temos as Considerações Finais no qual relatamos a conclusão do trabalho e expomos todos os questionários aplicados para a obtenção das respostas sobre as perguntas que nortearam este trabalho. Sendo de profunda importância para a formação do futuro professor, tendo em vista que o mesmo a todo instante deve estar fazendo o processo de auto avaliação acerca do seu trabalho frente ao processo de ensino aprendizagem, processo esse que exige do educador paciência e entrega, pois vivemos em um mundo de constantes transformações e aqueles que não dominam as novas TICs, tendem a ficar refém dessa sociedade capitalista que muitas vezes priorizam o ter em oposição ao ser.
  • 12. 11 CAPÍTULO I 1. PROBLEMATIZAÇÃO Em tempos modernos a nova geração caminha em busca do comodismo, das melhoras e das facilidades para a realização das atividades, com isso o aumento dos recursos tecnológicos vê m invadindo nossas vidas em um tempo assustadoramente curto. Tudo muda rapidamente e temos que buscar nos adaptarmos ligeiramente a essas mudanças. Com isso a nova geração cresce incrivelmente “antenada” a esses recursos. Vários setores “sofrem” com essa mudança repentina, principalmente as indústrias que são as que mais imergem nesse mundo tecnológico. Antes da Revolução Industrial acontecida na Inglaterra o processo industrial era todo realizado artesanalmente. Com a imersão de máquinas houve uma mudança significativa na Inglaterra, principalmente na produção e na evolução de um capitalismo comercial para industrial. Hoje o mundo ainda acompanha essa mudança industrial que vários setores vivenciam. Vemos cotidianamente exemplos e uma busca para diminuir as distâncias geográficas. Quem nunca ouviu falar, nas áreas de saúde, em cirurgias realizadas a distância com a ajuda de robôs? Ou até mesmo nas fotos tiradas de outros planetas através de robôs programados? Essa tecnologia que invade nossas vidas deverá também invadir nossas salas de aulas daqui a alguns anos, Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), Educação à Distância (EAD), lousa digital, tablets1, computadores, notebook e muitos outros já estão presentes no nosso dia a dia facilitando nossa vida. Logo, por que não aproveitá-los em salas de aula tirando proveito dos recursos que nos oferecem? Será que esses aparelhos só são úteis fora de sala de aula na hora da preparação de trabalhos, de atividades e do planejamento escolar? 1 É um dispositivo pessoal em formato de prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal, visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos.
  • 13. 12 A busca de melhorar a relação professor e aluno apresenta uma série de pesquisas no âmbito educacional e projetos como o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) e a Rede de Informação Tecnológica Latino- Americana (RITLA), todos eles aplicados principalmente na área de Matemática. Uma das pesquisas aplicadas pela rede de lojas criadoras de hardwares para computadores, Dell, refere-se que a mudança não deve ser somente estrutural, mas uma mudança na postura do professor em sala de aula. Vale salientar que quando tratamos de tecnologia a maioria das pessoas só conseguem enxergar como ferramentas tecnológicas, nas áreas educacionais, as que podem ser tangíveis, tocadas, como computador, televisão, etc. Buscamos demonstrar o outro lado da tecnologia e a necessidade de qualificação de quem com ela trabalha: A presença de tecnologias mais simples, como os livros impressos, ou de outras mais avançadas, como os computadores em rede, produzindo novas realidades, exige o estabelecimento de novas conexões que as situem diante dos complexos problemas enfrentados pela educação, sob o risco de que os investimentos não se traduzam em alterações significativas das questões estruturais da educação (PRETTO; 2008, p. 81). Vale salientar que a educação dar-se através de comunicação, transmissão do educador para o aluno, sendo que atualmente com a ajuda da tecnologia, podem ser feitas de várias formas e com várias ferramentas, das quais encontram-se espalhados pela internet que são dentre elas sites de chat, vídeos, redes sociais, fóruns e muitos outros que podem servir de auxílio e de apoio para professores. É assim que funciona essa cibercultura: as universidades e, cada vez mais, as escolas primárias e secundárias estão oferecendo aos estudantes a possibilidade de navegar no oceano de informação e de conhecimento acessível pela Internet. Há programas educativos que podem ser seguidos à distância no world wid web. Os correios e conferências eletrônicas servem para o tutoring inteligente1 e são colocados a serviço de dispositivos de aprendizagem cooperativa. (LÉVY; 1999, p. 170). Dessa maneira já que a imersão tecnológica em nossas vidas é tão intensa, essas ferramentas deveriam ser utilizadas por professores em salas de aula para o melhor aproveitamento da relação ensino e aprendizagem, um melhor desenvolvimento educacional. Então, existe uma necessidade natural de utilizá-los, já que nossa sociedade passa por transformações e inclusões principalmente de recursos tecnológicos. Nossos estudantes convivem com contato direto à
  • 14. 13 computadores e celulares conectados a internet. Nascemos totalmente dependentes dessas ferramentas. Porém, a tecnologia deve ser inserida como auxílio para que com a mediação de professores sejam aplicados a diversificados métodos de ensino. Um desses métodos é a modelagem matemática que é definida como “a aplicação de matemática em outras áreas do conhecimento” (BARBOSA; 2004, p.73). Portanto devemos trazer o universo do aluno para sala de aula, que ele sinta- se em “casa” enquanto estiver a estudar, sinta-se atraído, envolvido com a matemática. Ao utilizar estes métodos tornamos a abstração quase que inexistente diante das possibilidades que os computadores oferecem. Geometria, funções gráficas, conjuntos, trigonometria e muitos outros conteúdos, não só matemáticos, podem ser relacionados e trabalhados através de recursos visuais o que torna o computador uma ferramenta única na mão do professor, levando ao aluno o futebol, o basquete, a agricultura e todo o mundo que lhe atrai para sala de aula. Dessa forma a presente monografia parte do interesse em entender e conscientizar como professores da disciplina matemática, mesmo com o advento da tecnologia em todos os setores profissionais, não buscam inserir ferramentas tecnológicas no meio escolar? Diante do que foi exposto, temos como objetivos:  Mostrar a professores a necessidade do uso de novas tecnologias que são muito atrativas e usadas no mundo moderno.  Compreender como o uso das tecnologias aplicadas à prática pedagógica podem agir como um fator motivacional para uma participação mais ativa de alunos no processo de aprendizagem. Motivação, metodologia e relação professor/aluno dentro e fora de sala de aula são fatores essenciais em qualquer processo ensino/aprendizagem. Diante disso analisaremos todas as situações encontradas no Colégio Estadual de Senhor do Bonfim desde metodologias aplicadas pelos professores a toda a estrutura física e de recursos tecnológicos que é disponibilizado para o mesmo.
  • 15. 14 CAPÍTULO II 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo tentaremos descrever um pouco da história da tecnologia no Brasil e o andamento da inclusão digital na sociedade. Como está sendo realizada essa mudança tecnológica, por quem está sendo realizada e como os governos federais, estaduais e municipais se envolvem e ajudam nessa aproximação do estudante com a tecnologia, trazendo uma série de novas consequências à educação. 2.1 Tecnologia O Dicionário da Língua Portuguesa, define a palavra tecnologia como “um conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade” (HOLANDA; 1986). Assim, podemos definir a tecnologia como sendo uma facilitação de mecanismos em benefícios próprios, sejam mecanismos de comunicação, locomoção ou até mesmo para tornar a vida mais agradável. Para Kenski (2008, p.15), “as tecnologias são tão antigas quanto à espécie humana. Na verdade, foi à engenhosidade humana, em todos os tempos, que deu origem às mais diferenciadas tecnologias”. De uma lança utilizada pelos primatas, no período pré-histórico, como ferramenta de caça, até o mais moderno dos computadores servindo para infinitas funções cotidianas como calcular, comunicar-se, digitar, estudar, educar, etc. observou-se o quão útil é a tecnologia e como invadiu a vida social modificando o homem no decorrer da história, na sua forma de pensar, agir e cada vez mais na forma de educar. Atualmente a tecnologia encontra-se em diversos ramos de atividades, seja em um escritório, em uma indústria e cada vez mais nos setores educacionais. Impossível não nos atermos a meios tecnológicos, principalmente quando falamos
  • 16. 15 em comunicação. Telefone, internet, celulares, televisores, etc, todos eles revolucionaram suas épocas diante da evolução de um mundo globalizado. Foi durante a década de 1970 que o mundo encontrou-se em uma das maiores revoluções da humanidade: a produção do primeiro computador nos modelos que conhecemos hoje. Tornou-se indiscutível as utilidades das máquinas computacionais em nossas vidas, quase para todas as atividades diárias. Rapidamente mudou-se todas as relações humanas, deixamos de lado as distâncias geográficas e imergimos em um mundo totalmente novo. Transformou a forma de agirmos, de atuarmos, de comunicarmos com o mundo como cita no seguinte trecho: Propiciada, entre outros fatores, pelas mídias digitais, a revolução tecnológica que estamos atravessando é psíquica, cultural e socialmente muito mais importante do que foi a invenção do alfabeto, do que foi também a revolução provocada pela invenção de Gutemberg. É ainda mais profunda do que foi a explosão da cultura de massas, com os seus meios técnicos mecânico-eletrônicos de produção e transmissão de mensagens. Muitos especialistas em cibercultura não têm cessado de alertar para o fato de que a revolução teleinformática, também chamada de revolução digital é tão vasta a ponto de atingir proporções antropológicas importantes, chegando a compará-la com a revolução neolítica. (SANTAELLA 2002, p. 389). Vemos assim como a tecnologia invadiu e tornou-se centro de muitas ações que transformam o mundo. Nessa amplitude em que encontra-se e todo o seu contexto globalizado surge assim a cultura digital definida por durante seu período diante do Ministério da Educação em visita a Universidade do Estado de São Paulo, registrado no site Cultura Digital como sendo: (...) um conceito novo. Parte da idéia de que a revolução das tecnologias digitais é, em essência, cultural. O que está implicado aqui é que o uso de tecnologia digital muda os comportamentos. O uso pleno da Internet e do software livre cria fantásticas possibilidades de democratizar os acessos à informação e ao conhecimento, maximizar os potenciais dos bens e serviços culturais, amplificar os valores que formam o nosso repertório comum e, portanto, a nossa cultura, e potencializar também a produção cultural, criando inclusive novas formas de arte. GIL (2004) É desta forma que conseguimos interações, quebramos e vivemos quebrando paradigmas impostos pela sociedade. Vemos então na interligação de computadores, quando conectado a redes, toda essa mistura de culturas e conhecimentos que podem nos oferecer. Assim o cenário escolar torna-se mais heterogêneo, cheio de culturas que invadem nossas escolas, mesmo que de certa forma sem essas tecnologias estarem presente nela.
  • 17. 16 2.1.1 Tecnologia nas escolas Quando falamos em tecnologia pensamos nos mais modernos computadores, redes sociais na internet, celulares com conexão 3G dentre outros aparelhos presentes no cotidiano. Porém não podemos restringir somente a área da informática, temos como tecnologia a televisão, aparelhos de som, rádio e até mesmo o cinema pode ser utilizado como um meio de propagação da educação. Para esses instrumentos damos o nome de Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), ferramentas tecnológicas utilizadas como facilitador de interação e comunicação entre pessoas. A tecnologia educacional utiliza-se de aparelhos, informatizados ou não, para facilitar o ensino e aprendizagem, como exemplo temos o quadro-negro, o giz que até hoje estão presentes em sala de aula e o livro didático que mesmo com a era da internet perpetua com absolutismo. Dessa forma a tecnologia será adaptada para um apoio educacional acadêmico, será útil no ensino de várias áreas de estudo como matemática, português, geografia, história, química, física, etc., mas para isso precisamos de planejamento educacional, um conhecimento adequado para professores e alunos adequarem-se às novas técnicas de ensino. Essa adaptação das escolas ao ramo tecnológico dar-se-á por meio de projetos governamentais, federais ou estaduais, que implantam aparelhos como TV pen drive, leitores de DVD, aparelhos de som, computadores, notebook, data show, etc. Um desses programas do governo federal é o ProInfo que leva as escolas esses recursos e com auxílio dos estados, distritos e municípios oferece estrutura e capacitação profissional. Para BRASIL (2007) o Proinfo foi inicialmente um projeto do governo criado em 1997 denominado Programa Nacional de Informática na Educação com a finalidade da promoção do uso da Telemática como ferramenta educacional no ensino público fundamental e médio. O Proinfo também conta com Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), que são laboratórios dotados de infra-estrutura repleta de computadores. Em 2007 o Proinfo passou a se chamar Programa
  • 18. 17 Nacional de Tecnologia Educacional visando distribuir em todas as escolas do setor público equipamentos tecnológicos e recursos multimídias para professores de todo o país segundo dados do site da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte2. Porém essa imersão das escolas no âmbito tecnológico é projetada por técnicos nas áreas de informática. Os projetos para o uso da tecnologia na educação envolvem técnicos e especialista de áreas relacionados com a tecnologia, mas não envolvem os profissionais diretamente envolvidos com a educação – os professores de sala de aula. (PRETTO 2000, p.5) Percebemos que esse possa ser o grande problema que acarretou o não uso desses meios tecnológicos. A falta da experiência sentida na sala de aula pelo professor em atividade tenha gerado esse transtorno educacional. Pulamos uma etapa essencial, saber do que realmente o professor precisa, partindo de experiências vividas, experiências essas que poderiam servir de auxílio na escolha das ferramentas. Segundo Moran, Masetto e Behrens (2009, p. 8) “Como em outras épocas, há uma expectativa de que as novas tecnologias nos trarão soluções rápidas para mudar a educação.”. Sem dúvida a tecnologia veio para uma mudança educacional, ligada diretamente entre uma relação mais intensa entre professor e aluno. O cenário escolar transformou-se diante dessa mudança, ela não é somente mais um centro de conhecimentos científicos, passou a ser um transmissor de valores sociais, comportamentais. A escola tem hoje uma função de formar cidadãos pensantes e críticos preparando seus estudantes para situações que encontrarão diante da sociedade vigente. Segundo dados do site Educar para Crescer3, da editora Abril, o projeto foi desenvolvido por especialistas da USP que deram treinamento adequado para que os professores se familiarizassem com as novas ferramentas tecnológicas. Portanto essa busca por aprimorar professores, no que se torna relevante ao manuseio das tecnologias acessíveis hoje para os alunos, é a busca mais sensata para darmos início a essa revolução tecnológica em sala de aula e o melhoramento do nosso 2 http://www.educacao.rn.gov.br/contentproducao/aplicacao/seec/programas/gerados/historico_proinfo 3 http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim-educacao/2011/07/08/tecnologia-usar-ou-nao- usar-2/
  • 19. 18 ensino. O rendimento dos alunos em matemática que participaram do projeto melhorou em 20% de acordo com a UNESCO, uma melhora significativa diante da situação em que nossas escolas encontram-se. 2.2 Relação ensino-aprendizagem e tecnologia No sistema de ensino brasileiro, em especial até a década de 70, a relação entre professor e aluno dava-se com bases em conhecimentos entendidos como técnicos: havia uma série de conteúdos, os quais o professor, com o seu conhecimento e formação técnica, esforçava-se a fazer com que seus alunos, de forma, passiva, assimilassem tais conteúdos. Não se prestigiava nem tão pouco se estimulava a reflexão crítica. Com a expansão das ideias de Piaget, Inhelder (1968) e Vigotski (1987), precursores do construtivismo – corrente de pensamento que acredita na interação entre o homem e o meio, de forma contínua, na qual a cognição encontra-se em processo inacabado, sempre a se construir – a ideia de passividade dá lugar ao pensamento crítico. Para tanto, nasce à necessidade de entender a relação professor/aluno por outro ângulo: o professor passa a desempenhar um papel de facilitador, mediador, incentivador da aprendizagem, fazendo com que os alunos ao se defrontarem com seus desafios e objetivos, adquira e desenvolva a consciência de que é um agente transformador do seu tempo. Não se trata mais de um conhecimento pré-fabricado e pronto para uso. Trata-se agora de um processo de construção do conhecimento, que permite o surgimento e aprimoramento de competências para que os alunos enfrentem os problemas do seu dia-a-dia. Ausubel (1980) traz relevante contribuição no tocante à aprendizagem, ao distinguir dois tipos de fenômenos cognitivos: a aprendizagem mecânica e a aprendizagem significativa. Aquela se dá “a partir da absorção literal e não substantiva do novo material” (TAVARES, 2004, p.56). Esta se dá a partir da aprendizagem de significados, em que o aprendiz recepciona o novo conhecimento aos seus já existentes, para, a partir disso, agir, conscientemente, com a combinação do conhecimento prévio com o novo conteúdo significativo.
  • 20. 19 Dessa maneira com o advento da tecnologia, as práticas pedagógicas precisam adequar-se a esta nova realidade. Se antes, a relação aluno/professor dava-se apenas e unicamente de forma presencial, com a cultura digital, cria-se outra forma de mediação: a partir do uso da tecnologia informatizada o professor trabalha na perspectiva de ofertar grande número de material que faça com que o aluno, à sua maneira, apreenda e reflita sobre o conhecimento oferecido, relacionando-o com sua realidade social. Assim, a tecnologia pode estar a serviço da mediação pedagógica. As imagens, os textos, os sons, bem como os softwares, são ferramentas excelentes para estimular a aprendizagem. Mas não são por si só capazes disso. O essencial é ter o professor para transformar o tecnológico em conhecimento educativo. Por isso, é indispensável investir na formação do professor, para que as novas tecnologias da informação e comunicação sejam mais desenvolvidas, a partir de uma mediação pedagógica consciente, responsável, e comprometida com a sociedade. 2.3 Professor e tecnologia O avanço tecnológico foi intenso e cresceu como uma bola de neve no início do século XX com invenções de aparelhos dos quais até hoje fazem parte do nosso cotidiano como televisão, telefone, aparelhos de som, etc. O professor por sua vez parou diante desse avanço e não acompanhou o crescimento tecnológico. Segundo Moran: Tanto professores como alunos temos a clara sensação de que em muitas aulas convencionais perdemos muito tempo. Podemos modificar a forma de ensinar e de aprender. Um ensinar mais compartilhado. Orientado, coordenado pelo professor, mas com profunda participação dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias nos ajudarão muito, principalmente as telemáticas. (MORAN; 2009, p.11). Essa falta de interação entre professor e aluno demonstra o quanto nossa formação docente torna-se ultrapassada, onde o professor comunica-se em uma língua que o aluno não assemelha.
  • 21. 20 A inadequação do professor com as novas tecnologias tornou o ambiente escolar exaustivo e pouco atrativo para os estudantes. Trazer novamente essa atração pela escola não é uma tarefa fácil, imergir no mundo tecnológico precisa de um conhecimento prévio que facilite a criatividade e manuseio dessas tecnologias. A tecnologia deve ser uma ferramenta de auxílio, um “tradutor” da língua falada pelo professor e a escutada pelo aluno. Não abdiquemos totalmente dos velhos métodos de ensino como escrever, ler livros, realizar exercícios, etc. A educação deve estar voltada diretamente na aprendizagem do aluno e essa aprendizagem esta ligada à metodologia que mais se adapta a realidade do mesmo: Só pessoas livres - ou em processo de libertação - podem educar para a liberdade, podem educar livremente. Só pessoas livres merecem o diploma de educadoras. Necessitamos de muitas pessoas livres na educação que modifiquem as estruturas arcaicas, autoritárias do ensino. (MORAN; 2009, p.63) Uma adaptação é essencial para que continuemos a educar, o professor deve se socializar com os alunos, comunicar e entender para que as aulas tornem- se mais produtivas, estarem sempre abertos as mudanças buscando através de pesquisa e estudos adquirir novos conhecimentos para assim inovar suas práticas. A utilização das TIC por professores é extremamente necessária para proporcionar o desenvolvimento de habilidades que possibilitará uma melhoria da qualidade do ensino. É bom salientar que as questões tecnológicas devem estar a serviço do pedagogo, e não o contrário, pois o professor é agente necessário à aprendizagem. É o que nos alerta Demo, ao dizer que: software educativo não existe - o “educativo” do software não está no aparato tecnológico, mas na habilidade humana ambiental. Enquanto o aparato tecnológico pode favorecer, empurrar, instigar, provocar, não consegue “educar” propriamente, porque esta habilidade exige a conexão semântica, muito além da sintática, ou dos códigos binários. (...) A peça mais essencial da aprendizagem ainda é o professor - sem ele temos tecnologia, mas não educação (DEMO; 2005 p.1). Há uma grande necessidade de intervenção no que se refere à formação de professores quanto à utilização das TIC’s como materiais didático-pedagógicos para que não ocorra uma reprodução dos modelos tradicionais de ensino ao proporem atividades com o uso desses materiais em sala de aula. Diante dessa observação, a prática pedagógica deve contemplar um conjunto de experiências a partir de um
  • 22. 21 processo dinâmico de interações e trocas entre meios e sujeitos para proporcionar uma aprendizagem colaborativa. Para Valente (2005), a formação do professor deve possibilitar a construção de conhecimento sobre aspectos computacionais, a compreensão de perspectivas educacionais subjacentes às diferentes aplicações do computador e o entendimento para integrá-lo na sua prática pedagógica. O professor desempenha papel importante na observação de necessidades e particularidades dos alunos, o que inclui sua cultura e realidade para poder intervir. Diante disso é que a tecnologia digital é acolhida na prática pedagógica para apoiar e enriquecer o processo educativo, desde que usem de forma adequada, ou seja, contextualizar o uso das tecnologias digitais para incorrer sobre a aprendizagem dos alunos, atuando diretamente no processo de inclusão digital. 2.4 Inclusão digital Muito se fala sobre a inclusão digital para que todos tenham acesso a desenvolvimento tecnológico, porem muitos professores das escolas públicas não querem se inserir nesse contexto social, justificando muitas vezes na falta de tempo, nas péssimas condições de trabalho em que encontram-se na falta de recursos e até mesmo na baixa renda em que os alunos encontram-se, não possuindo assim, acesso a esses recursos tecnológicos. Sendo assim praticam a exclusão digital sem perceber, alegando que muitos desses alunos não têm acesso a tecnologia computacional. Entramos assim em um âmbito de grandes conflitos entre educação e tecnologia: Exclusão de uns e resistência de outros. Não seria esse um dos entraves para que educação e tecnologia tragam resultados vantajosos para os tempos atuais? A educação na visão tecnológica carece de um novo professor que saiba manusear, usar as novas ferramentas, isso por que a nova geração de estudantes cresceu lidando com a tecnologia, uma nova geração que veio para transformar a educação. A inclusão de novas tecnologias em salas de aulas tem que ser de uma forma que os alunos entendam que não é somente copiar e colar e sim fazer uma
  • 23. 22 leitura do texto do qual irá ser trabalhado. O professor como formador de opiniões deve romper essa barreira de ignorância digital para que assim o interesse pelas aulas traga mais alunos e que esses permaneçam nas salas de aulas diminuindo a grande evasão escolar que tem acontecido em nosso país. Assim como as grandes revoluções (a exemplo, a Revolução Industrial), esta revolução tecnológica, como não poderia deixar de ser, por ser historicamente delimitada, está condicionada a processos socioeconômicos já constituídos ou vias de constituição. Fato que se torna bem nítido se observarmos o grau de acessibilidade à cultura digital: os mais afortunados terão maior acesso, ao passo que os menos favorecidos, ou terão em nível bem menor, ou, pior ainda, não terão acesso algum. Ter acesso à cultura digital é estar incluído digitalmente, fenômeno também chamado de “infolinclusão, infouso, acesso universal, inclusão, alfabetização digital” (WAISELFISZ, 2007, p.7). Ainda, de acordo com o programa RITLA, as diferenças que norteiam o acesso à cultura digital evidenciam fenômenos sociais de inclusão e exclusão de indivíduos ou grupos de indivíduos, uma vez que as diferenças individuais podem transformar-se em desigualdades sociais, bastando para tal que sejam: “associadas a mecanismos e privilégios no acesso aos recursos, serviços, benefícios ou honrarias que a sociedade oferece a seus membros. Noutras palavras, quando alguns papéis ou posições sociais possibilitaram a quem as exerce se apropriar de uma parcela maior de recursos ou benefícios sociais em relação aos demais indivíduos” (WAISELFISZ; 2007, p.9). No Brasil, segundo dados do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística4 (IBGE), dos 58,6 milhões de domicílios investigados em 2009, mais de 30% tinha microcomputador sendo 16,0 milhões destes com acesso a internet. A região Nordeste por sua vez apresentou uma porcentagem de 14,4%, uma das mais baixas das regiões investigadas. Este é um número favorável e que cada vez mais tende a crescer. Os jovens estão a cada dia mais conectados com a internet e buscando cada vez mais esse tipo de entretenimento. Ainda segundo o IBGE, o número de pessoas acima de 10 anos de idades que declararam ter utilizado a internet no ano de 2009 cresceu 21,5% em relação ao ano de 2008. Observamos 4 www.ibge.gov.br/
  • 24. 23 como a nova geração cresce utilizando novos meios de comunicação, totalmente “antenado” nessa nova tecnologia que se torna cada vez mais acessível a todas as classes sociais e culturais. As regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, em regra, apresentam melhores índices, e, em sentido contrário, ficam as regiões Norte e Nordeste. Isso torna claro o fato de que fatores sócio-econômicos, se não decidem, ao menos interferem diretamente na questão do acesso ao mundo digital. O Governo Federal, bem como os governos locais, estão implantando formas e mecanismos que permitam a inclusão digital e, como os estudantes são, em geral, o público-alvo por excelência, pois estão em contínuo processo de formação, vale à pena repensar ações que também preocupem-se com os professores. Pois, não é construtivo intensificar ações de inclusão digital para os estudantes, se os facilitadores, que são os professores e pedagogos, encontram-se também em processo de exclusão. Portanto os cursos de formação de professores não devem se resumir apenas à instrumentalização, mas sim, e, fundamentalmente, na formação de um pensamento humanista comprometido com o espírito investigativo, rompendo com modelos educacionais já ultrapassados, e construindo um modelo pautado na aprendizagem significativa, trabalhando com interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, em que os assuntos ganham significados para permitir que o aluno transforme sua realidade, ou seja, adquira a consciência de que é um agente histórico. É necessário investir na formação do professor, possibilitando desenvolver sua capacidade crítica, reflexiva e criativa. Para que isso ocorra, é fundamental vivenciar e compreender as implicações educacionais incluídas nas diversas formas de utilizar o computador, onde propicie um ambiente de aprendizagem criativo e reflexivo para o aluno. Para Delizoicov (2002), um dos grandes desafios para o ensino de ciências, o que inclui a matemática, acena para a necessidade de mudanças, às vezes bruscas, na atuação do professor dessa área, nos diversos níveis de ensino. Diante
  • 25. 24 disso, percebe-se que é extremamente necessária a importância da tecnologia, pois é fundamental ter como pressuposto a meta de uma matemática para todos. Para contribuir com esta ideia, e potencializar as competências, as TIC trazem um novo direcionamento: os alunos e os professores tornam-se capazes de recorrer a inúmeras fontes de pesquisa, além de compartilhar deste material e de outros que por ventura façam-se necessários, com a utilização de uma rede de computador. Os aparatos tecnológicos vieram para modificar os métodos do professor em sala de aula, uma melhora na metodologia e na interação delas com o aluno. Atrair a atenção deles tornou-se essencial, nossa educação necessita dessa modificação metodológica. Aprendemos na formação docente muito sobre metodologias e modelagens matemáticas, hoje com os avanços tecnológicos temos as ferramentas em mãos que podem unir essas duas formas de ensino aliando-as com a tecnologia. Com a utilização de software podemos criar ambientes virtualizados e imergir os alunos nesses ambientes com interação máxima e a utilização da matemática diária, a matemática vivenciada por eles toda na tela de um computador. Não adiantaria somente enchermos as escolas de aparatos tecnológicos como computadores, tablets, internet sem fios e continuarmos com a metodologia de quando não tínhamos essas ferramentas. 2.5 Metodologia Educacional O uso da tecnologia sem que haja uma inovação na metodologia das práticas pedagógica dificilmente oferecerá avanços na educação. Porém o que falta para sabermos usar de forma adequada a tecnologia na prática pedagógica? Mediante a todos os dramas vivenciados pelos professores, como baixo salário, péssima condição de trabalho, relação com aluno e baixa capacitação, entre outros, surge mais um: o de ensinar mediante a um mundo globalizado e com o avanço tecnológico assombroso. Dentro deste assombroso avanço, entra o papel do professor, como intermediador entre o conhecimento e a sociedade.
  • 26. 25 Ou professor se adéqua a novos momentos ou estará defasado para o novo mercado de trabalho. Tecnologia na educação não é mais uma novidade. Está se tornou a realidade das escolas brasileiras e principalmente do dia-a-dia dos jovens estudantes. Mas de nada adiantará se o educador não é preparado para utilizá-las de forma conveniente, é preciso que se invista na formação e capacitação desses profissionais. Sem isso, introduzir novas tecnologias é inútil. Os desafios da sociedade no mundo contemporâneo em que a cultura do “ciberespaço” está cada vez mais sendo difundida, onde a internet está presente no dia-a-dia de um número cada vez maior de pessoas, nesse contexto a mediação pedagógica prejudica-se se os professores não pertencerem à cultura digital. Diante dessa situação acontecem eventos e congressos para que sejam suscitadas questões pertinentes às competências dos profissionais, em especial, as dificuldades de se levar à sala de aula ferramentas tecnológica. O uso das TICs e seus impactos na educação vêm crescendo demasiadamente e a busca de novos modelos pedagógicos acompanham essa evolução tecnológica. Os ambientes e objetos de aprendizagem surgem como instrumentos para essa nova modalidade de ensino-aprendizagem, pois facilita a disponibilidade e acessibilidade da informação no “ciberespaço”, possibilitando ao aprendiz não somente dominá-los, mas, sobretudo, desenvolver uma postura crítica em relação a eles. Os objetos virtuais de aprendizagem surgem também para desenvolver essa modalidade educacional, tendo como uma das principais características a reusabilidade. Esses objetos e ambientes de aprendizagem surgem com o papel de facilitar e promover uma troca eficaz de conhecimentos, como também de serem instrumentos para uma nova forma de ensinar, trazendo consigo uma promessa de melhoria para situações de aprendizagem. Por esta razão, é fundamental uma reflexão sobre o papel do professor no processo de aprendizagem ante a cultura digital. Para tanto, necessita-se que este profissional esteja inserido no mundo da cultura digital, para ser um mediador entre os alunos e o conhecimento digital como um todo.
  • 27. 26 2.6 Ferramentas tecnológicas Um dos grandes impasses que impedem o professor de dar o ponta pé inicial para inserir as tecnologias em seus métodos de trabalhos é a “reformulação” do planejamento escolar. Essa adaptação requer um estudo mais aprofundado e que força ao professor sair de um comodismo de anos, muitos professores acomodaram-se e ficaram com sua formação docente, metodológica, defasada. Muitos se sentem acanhados diante da situação, como começar? Quais ferramentas tecnológicas usar? Não bastamos usar as ferramentas para produzir trabalhos, exercícios e materiais, mas sim para uma mediação educacional, uma ligação entre aluno e professor. Para o ensino da matemática os computadores nos proporcionaram mundos totalmente novos, levantando novas idéias. Tornou os conteúdos mais acessíveis dando a possibilidade de escolhas pedagógicas que nunca tivemos antes. A tecnologia pode nos oferecer uma interação virtual inacréditável, porém esse valor só depende de como ele é usado. Objetos manipuláveis ou não, computadores, softwares, televisores, tablet, dentre outros, aumentam a variedade de problemas para alunos pensarem e resolverem. Mas quais ferramentas tecnologicas podemos usar para melhorar a relação pedagógica entre aluno e professor? Observamos em muitos lugares e que em grandes partes delas o grande empecilio não é o uso da tecnologia, mas sim como usa-la. Devemos abdicar mais de hardwares, gadgets e buscar mais as tecnologias que nos oferece uma comunicação mais efetiva e uma interação maior. As tecnologias estão cada vez mais acessíveis, dificilmente andamos pelas ruas e não nos deparamos com uma lan house ou um jovem conectado em seu celular via internet, cabe a nós, educadores, demonstramos e reeducarmos essa atual geração para um uso de forma responsável e inteligente dessa tecnologia que se desenvolve em nossas mãos. Fóruns de debates via internet, tornam-se cada vez mais frequentes, possibilitando uma troca de informações e compartilhamento de forma interativa, prazeroza e revolucionária. Estes fóruns nos proporcionam uma comunicação com o
  • 28. 27 aluno sem que o mesmo esteja em sala de aula. É uma forma de comunicação que não é somente para relações professor/aluno mas tambem entre os alunos. Grupos de estudos via internet crescem e invadem diariamente as redes. Podemos encontrar hoje, cursos de línguas, manutenções de computadores e até resoluções matemáticas para concurso. Uma das grandes ferramentas presentes na internet, mas com pouco uso por professores é o YouTube, site de vídeos onde há uma enorme gama de conteúdos por ser um site público no qual qualquer um pode postar vídeos. Oferece aos professores uma biblioteca de vídeos que podem ser usados para um reforço da aula, uma revisão ou até mesmo para ensino de resoluções de questões. O site possui ainda diversos canais específicos na área de matemática com diversas palestras, dicas que são úteis para todos os níveis de educação o que nos mostra que os vídeos são uma forte ferramenta de apoio para o professor. Calculadoras, software de computador e outras tecnologias podem ajudar a recolher registos, organizar e analisar dados, fornecer desenhos, precisos e com dinâmica, criar gráficos entre outros recursos computacionais. Com tais dispositivos, os alunos podem ampliar o alcance e a qualidade de suas investigações matemáticas encontrando idéias matemáticas em ambientes mais realistas. No contexto educacional, um programa de uso pedagógico para o ensino da matemática, bem articulada, aumenta tanto no âmbito do conteúdo, parte teórica, quanto matematicamente a gama de situações-problema que os estudantes podem alcançar, parte exercitada. Ferramentas poderosas para a construção de representações visuais oferecem acesso aos alunos conteúdos e contextos matemáticos que poderiam ser muito complexo para eles explorarem. Usando as ferramentas da tecnologia para trabalhar em sala de aula expomos problemas interessantes que podem facilitar a relação dos alunos sobre uma variedade de habilidades de aprendizagem, tais como reflexão, raciocínio, problematização, resolução de problemas e tomada de decisão. Diante dessa situação os professores devem estar preparados para servirem como mediadores de informações determinando como e quando os alunos devem utilizar a tecnologia de forma eficaz, prazerosa e produtiva.
  • 29. 28 CAPÍTULO III 3. METODOLOGIA A Pesquisa é um elemento indispensável no processo de ensino aprendizagem no meio acadêmico, dessa maneira Andrade (1995; p103) define metodologia como sendo “o conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos na busca do conhecimento”, assim tentamos transcrever tudo que foi realizado na busca incessante para comprovar todos os objetivos que foram redigidos e fundamentados no trabalho de conclusão. Entretanto buscamos também frisar quais os tipos de pesquisas utilizados durante a realização do trabalho. Nos mais diferenciados conceitos de metodologia a definição de Prestes (2005, p.29) descreve da seguinte forma “é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostos, a serem vencidas na investigação para alcançar determinado fim”, vemos a sistematização transcrita em suas palavras. A ordenação das etapas é essencial para a obtenção do sucesso, porém Rudio (1986, p.14) busca a criatividade. Ele afirma que a metodologia requer adaptações e questionamentos durante o desenvolvimento que nem sempre estavam planejados “O trabalho de pesquisa não é de natureza mecânica, mas requer imaginação criadora e iniciativa individual”, dessa forma é necessário ressaltar que os resultados não se tornam importantes mediante esta etapa, aqui o importante será como foi realizado o trabalho e todo o seu desenvolvimento. 3.1 Tipo de pesquisa Torna-se irrelevante tratar sobre a pesquisa bibliográfica já que todo trabalho de conclusão nos remete a esse tipo de pesquisa. Historicamente quando tratamos de pesquisa sempre, em todos os conceitos, buscamos a racionalidade e deixamos o ceticismo de lado. Gil (1987 p.19) define a pesquisa como sendo um “procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.” a predominação do racional é realizado através de elementos científicos e sistematizado.
  • 30. 29 Ao longo do trabalho de conclusão optamos pela pesquisa qualitativa que nos deu a opção de uma menor quantidade de amostras, produzindo informações apenas sobre o caso particular estudado e a possibilidade de coletar dados através de entrevistas e discussões em grupo. Beuren (2009, p.92) diz que pesquisa qualitativa “... é adequada para conhecer um fenômeno social.” É realmente esse é nosso intuito, conhecer como está o andamento da escola com o desenvolvimento tecnológico e qual o contato de nossos alunos com essas ferramentas. A pesquisa qualitativa faz análise de informações através de questionários e entrevistas, procuramos descobrir os significados da tecnologia para os sujeitos da pesquisa (alunos), como eles interpretam as situações e quais as suas perspectivas sobre as questões. 3.2 Espaço da pesquisa A pesquisa de campo foi realizada no Colégio Estadual Senhor do Bonfim (CESB) situado na Praça Nova do Congresso. Fundado em 30 de abril de 1970, o CESB é uma das escolas com maior destaque em educação na região, tendo formação no ensino fundamental, médio e nível técnico. Possui 25 salas de aulas e 1 sala de informática. Em cada sala de aula possui 40 alunos matriculados, sendo que ao chegar a meados do mês de agosto esse número cai em 50% a 60%. Todas as salas têm TV Pendrive e a lousa, que é um instrumento básico para o professor. Porém esses recursos podem ser ampliados, pois a escola disponibiliza ainda outros recursos que não são deixados em salas de aula como o Data show, retroprojetor, micro system e aparelho de DVD. Na sala de informática os recursos disponíveis são maior quantidade. A sala é equipada com 20 computadores, 10 deles adquiridos recentemente, TV, TV Pendrive, aparelho de DVD, aparelho de som e pode-se também utilizar o Data show, caso o professor necessite.
  • 31. 30 3.3 Sujeitos da pesquisa A escolha dos sujeitos da pesquisa é um trabalho que exige calma e atenção, sendo que o capitulo das analises e discussão dos dados necessitam de informações e respostas convincentes afim de que o trabalho alcance um resultado satisfatório. Para a escolha do número de alunos nos baseamos na definição da pesquisa qualitativa colhendo somente alguns alunos para a realização das amostras e que segundo Gil (1994, p. 53) ‘... como o pesquisador apresenta maior nível de participação, torna-se maior a probabilidade de os sujeitos oferecerem respostas mais confiáveis.” Decidimos então escolher alunos os quais pudessem ajudar no trabalho com respostas mais claras e precisas e com maior participação na entrevista contribuindo assim diretamente com a pesquisa. Essa escolha foi feita com a ajuda da professora que ajudou a selecionar os alunos mais participativos e com maior dedicação em sala de aula. Os sujeitos da pesquisa foram alunos do 2º ano do Ensino Médio do turno matutino, do Colégio Estadual Senhor do Bonfim localizado na Praça Nova do Congresso da cidade de Senhor do Bonfim. A turma continha 22 alunos com uma faixa etária entre 16 e 20 anos. Grande parte deles são moradores da sede e da zona rural de Senhor do Bonfim. 3.4 Instrumentos da pesquisa Definido por Rudio (1986) como sendo “o que é utilizado para coleta de dados” faremos a descrição de quais instrumentos de pesquisa utilizamos em nossa metodologia. Pela definição percebemos que esses instrumentos são os recursos utilizados para a obtenção das informações, para a realização do trabalho científico. Assim sendo, toda a análise foi coletada através de observação e questionários por serem segundo Gil (2008, p.42) “técnicas padronizadas de coleta de dados”, ou seja, técnicas comumente aplicadas sendo facilitadora para obtenção de uma amostragem superficial da pesquisa.
  • 32. 31 3.4.1 Observação A princípio realizamos uma pesquisa exploratória no campus do Colégio Estadual do Senhor do Bonfim, onde buscamos identificar como se encontra a escola mediante a evolução tecnológica escolar do nosso país. A pesquisa exploratória é assim definida por Gil(2008, p.41) “Estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses”, assim, buscamos investigar todo o campus de trabalho onde o aluno encontra-se, suas ferramentas disponíveis e de que forma serão oferecidos esses recursos. Entende-se que o ambiente no qual se realizará o estudo permite uma observação direta dos fenômenos, em que se dará a investigação e entrevistas sobre como é visto todo o processo de inclusão digital na escola do ensino médio na cidade de Senhor do Bonfim. Consultamos toda a sala de informática e salas de aula investigando todas as ferramentas que são disponibilizadas para uso educacional. Vale salientar que a observação foi de suma importância para a realização do trabalho de pesquisa, pois ela contribui para que sejam eliminados alguns “achismos”, elemento comum no meio empírico, onde a maioria de estudantes utiliza, sem se preocupar com o lado teórico que toda pesquisa deve abordar, sustentado quase sempre por teóricos que embasam a temática. 3.4.2 Questionário A pesquisa descritiva segundo Gil: “...têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis. São inúmeros os estudos que podem ser classificados sob este título e uma de suas características mais significativas está na utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a observação sistemática.”(Gil; 2008, p.42) Então após a investigação, realizamos as aplicações dos questionários para a coleta de dados percentuais que nos ajudarão a registrar e resolver todos os
  • 33. 32 problemas aqui apresentados. Serão questões sobre o grau de acessibilidade dos alunos da rede pública às tecnologias educacionais. Acreditamos que seja uma etapa de grande importância na pesquisa, pois comprovaremos fatos os quais fazem parte do corpo do trabalho, como inclusão digital, relação professor e tecnologia e metodologia de ensino. Com a aplicação de uma pesquisa de campo, na qual são auferidos certos conhecimentos e desafios provocados pelas novas tecnologias, teremos elucidado as dificuldades por que passaram os professores e alunos. Trata-se a referente pesquisa de uma abordagem qualitativa do problema, ora apresentada, onde buscamos realizar questionários o qual consideramos de suma importância descobrindo o que realmente é importante para alunos e professores.
  • 34. 33 CAPÍTULO IV 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS A análise e interpretação de todas as ideias e problemas apresentados durante o trabalho se dão na forma de buscarmos expor, através de questionários, tudo que de relevante foi evidenciado para a construção do mesmo. Este questionário traz consigo questões consideradas essenciais para toda a formação do trabalho, no qual todas as perguntas estão ligadas diretamente a todo o desenvolvimento e fundamentação apresentados. A pesquisa traz consigo grande relevância para o estudo da tecnologia no âmbito educacional e contributiva na melhora da Educação Matemática, trazendo resultados satisfatórios para a análise precisa do mesmo. Com a questão abaixo citada buscamos identificar qual a visão dos estudantes acerca da definição da palavra tecnologia. A 1° pergunta do questionário destinado aos alunos e também para o professor, foi destacado no início do trabalho como uma pergunta muito importante para o desenvolvimento da pesquisa. Tratamos da definição da palavra tecnologia e perguntamos da seguinte forma:
  • 35. 34 De todos os alunos investigados 60% disseram não saber o significado de tecnologia, e 40% dão respostas confusas em relação a sua definição. Vale salientar que a palavra tecnologia confunde-se muito com ferramentas informatizadas ou tecnologia eletrônica. Os alunos questionados acreditam que apenas computadores, internet ou que aparelhos ligados à energia elétrica fazem parte de aparatos tecnológicos desconsiderando que o giz, o lápis, o livro e muitos objetos didáticos foram e até hoje são ferramentas contributivas para facilitar nossas atividades, sendo por definição tecnologia. Nos ultimos anos o campo da matemática tem se beneficiado da tecnologia ao longo de sua história. Vale salientarmos que as ferramentas matemáticas têm avançado desde o ábaco para as calculadoras e os computadores de hoje. Estas ferramentas podem ser usadas em sala de aula para promover o pensamento e destacar as ligações entre conceitos ensinados e suas aplicações no mundo real. Todavia, ela deve ser usada de forma correta, não tornando o aluno um ser refem. A gama de tecnologia de instrução aplicáveis à matemática é vasto e, às vezes, avançam em um período de tempo avassalador. Uma multidão de hardware, software, e sites podem ser implementados de maneira convencional para complementar os conteúdos. Luckesi (1986, p.56) define Tecnologia Educacional como sendo “... a forma sistemática de planejar, implementar e avaliar o processo total da aprendizagem ... de maneira a tornar a instrução mais efetiva”. Mesmo assim ainda existe certo receio por parte de professores e alunos quando tratamos e mencionamos o uso tecnológico em salas de aula. Muitos acreditam que para se integrar nesse ambiente, carece de tempo, estudo, análise e experimentos para que possam ser aplicados em sala de aula. Todo esse receio faz com que o professor torne-se inevitavelmente como um inibidor da inclusão digital. Nosso país ainda passa por um processo de inclusão
  • 36. 35 tecnológica o que torna o colégio um ambiente totalmente heterogêneo, com diversas culturas e muitas delas sem acesso as novas tecnologias. O professor deve ser um mediador dessas ferramentas, instigar o aluno para o domínio e o acesso a elas, alcançando possibilidades inimagináveis de métodos de ensino e até mesmo para uma melhor integração social como cidadão. Após o questionamento sobre a definição do que é tecnologia, procuramos saber sobre as utilidades e necessidade que a tecnologia impõe sobre nossa vida social. Dos alunos entrevistados 100% vêem a tecnologia como uma ferramenta importante para a “comunicação” e porque “somos dependente de tudo que envolve a tecnologia”. Vemos então que a tecnologia é uma ferramenta indispensável para a utilização da etnomatemática já que segundo D'Ambrósio (2005, p.112) "tem seu comportamento alimentado pela aquisição de conhecimento, de fazer(es) e de saber(es) que lhes permitam sobreviver e transcender”. O questionamento facilita a compreensão das ideias argumentadas nesse trabalho de imersão tecnológica nas escolas e principalmente na área de matemática já que a abstração torna-se um dos motivos nos quais a tecnologia serve de facilitadora, ajudando a associação ao dia a dia do aluno para uma melhor relação entre os conteúdos abstratos do livro matemático que são trabalhados no cotidiano dos estudantes. D'Ambrósio (2005), afirma que a melhor definição para etnomatemática seria “A arte ou técnica de explicar, de conhecer, de entender-nos diversos contextos
  • 37. 36 culturais” assim sendo, atualmente nosso contexto cultural nos revela que somos inteiramente dependentes das tecnologias, seja para comunicação, locomoção, vida social, etc. Tornamo-nos ligeiramente ligados e conectados a rede tecnológica. Essa transformação incita que tomemos posições pedagógicas novas, embasadas na simples imersão do mundo matemático ao mundo social dos estudantes. Já que essas ferramentas são tão úteis em nossa vida, no nosso cotidiano, por que abdicarmos de seu uso quando falamos em educação? Essa ligação entre meio social e escolar é mais um fator facilitador que nos convida a usar criativamente todas as ferramentas disponibilizadas. Os Blogs na internet proporcionam nos conectarmos com outras pessoas. Reunir pessoas para partilhar experiências e perspectivas é uma poderosa forma de desenvolvimento profissional. Ao contrário de conferências ou cursos caros, o blog pode ser feito gratuitamente. Essas são as possibilidades que as novas tecnolgoias nos trazem. São possibilidades de interações, compartilhamentos de conhecimentos, tudo mais facilitado, tudo ao nosso alcançe. Ainda em busca de questionamentos sobre a tecnologia educacional foi perguntando aos alunos se nas aulas de matemática, a professora costuma utilizar os recursos tecnológicos e quais são esses recursos? Surpreendentemente segundo 70% dos alunos, o professor utiliza somente a calculadora como aparato tecnológico para a resolução direta e mais eficaz dos conteúdos trabalhados em sala de aula.
  • 38. 37 Calculadora é uma ferramenta muito utilizada no nosso cotidiano social, profissional e educacional. Além de ser uma ferramenta tecnológica a calculadora no âmbito educacional proporciona aos alunos uma facilitação no desenvolvimento do raciocínio buscando diversas formas de resolução de questões tornando-o mais autônomo e mais confiante para o desenvolvimento na resolução de exercícios. Porém esse comodismo e a facilitação imediata podem ser desfavoráveis para a educação e o melhor aprendizado da matemática que segundo o carioca Tahan5: "A generalização das calculadoras tornou inteiramente obsoletas as provas das operações. Não se pode falar em prova dos noves numa época em que as máquinas é que operam. Retirado esse entulho algebrístico, poderíamos ocupar o tempo do educando fazendo-o aprender outros pontos da Matemática que são de indiscutível interesse". A calculadora pode sim ser uma ótima ferramenta se bem usada para desenvolvimento pedagógico e raciocínio do aluno, mas para que isso aconteça deve-se ter um acompanhamento adequado do professor para o seu uso eficaz e proveitoso. Ressaltamos que a tecnologia, frequentemente, fornece maiores oportunidades de aprendizagem para os alunos. Computadores destinados a aplicações multimídia mostrando imagens, sons e vídeos são favoráveis para os diferetnes tipos de aprendizagem diante da heterogeneidade dos alunos que encontramos em salas de aula. Além disso, os programas de software nos oferece uma vasta biblioteca de exercícios que visam diferenciar esses alunos em vários níveis académicos através da atribuição de uma pré-avaliação e depois para o desenvolvimento de atividades sob medida para melhorar as áreas de fraqueza de cada aluno. Apesar dos muitos benefícios da tecnologia no ensino de matemática, problemas e entraves podem existir e devem ser abordadas e trabalhadas a fim de soluciona-las. Os maiores obstáculos para a tecnologia em qualquer campo da educação são de financiamento e de acesso. 5 A calculadora libera a turma para pensar. Disponível em: <http://novaescola.abril.com.br/ed/168_dez03/html/calculadora.html> Acessado em 07/11/2011.
  • 39. 38 Professores e alunos precisam ter acesso ao hardware e software antes de qualquer aplicação útil da tecnologia e os professores necessitam de desenvolvimento profissional e tempo de construção para utilizar a tecnologia de forma eficaz. Muitos educadores temem que as calculadoras e outras tecnologias irão eliminar as habilidades de seus estudantes de pensamento e raciocínio lógico. Professores e alunos devem usar calculadoras como uma ferramenta e não para resoluções diretas, como um meio de propagar na matemática novas formas de aprendizado, exercitando as habilidades de pensar e trabalhar com mais eficiência e precisão, sem sacrificar uma compreensão básica dos conceitos. Foi questionado a opinião dos alunos se eles acham importante a utilização de instrumentos tecnológicos nas aulas de matemática: A respeito da importância da utilização dos recursos tecnológicos em sala de aula 80% dos alunos aprovaram esse uso alegando que “facilita o raciocínio” e “melhora a aprendizagem”. Nesse meio, o professor deve tomar consciência que ele atua com um papel exemplificador para o aluno, sendo assim seus atos serão refletidos pelo aluno. Quando os alunos estão usando a tecnologia como uma ferramenta ou um suporte para a comunicação com os outros, eles estão em um papel ativo em vez do papel passivo de receptor das informações transmitidas por um professor, livro, etc.
  • 40. 39 O aluno está ativamente fazendo escolhas sobre como gerar, obter, manipular ou resolver questões. Usar a tecnologia permite que muitos alunos pensem ativamente sobre os conteúdos, fazendo escolhas e executandos suas habilidades o que não é típico dos professores exercitarem em nossa cultura. Além disso, quando a tecnologia é usada como uma ferramenta para apoiar os alunos na realização de tarefas autênticas, os estudantes estão na posição de definir seus objetivos, tomar decisões, e avaliar seu progresso. Portanto, Moran (1995, p.51) evidencia que “É importante educar para a autonomia, para que cada um encontre o seu próprio ritmo de aprendizagem” assim o aluno torna-se autodidata, utilizando mais seu raciocínio lógico uma vez que estimulam mais o trabalho mental, mas sempre necessistando crucialmente do seu mentor, o professor. É um processo muito criativo, especialmente com ferramentas multimídias. Usando a tecnologia podemos reduzir problemas de disciplina tornando os alunos mais interessados nas aulas. Quando os alunos têm a possibilidade de encontrar suas próprias respostas, o processo de aprendizagem se torna muito mais interessante, a tecnologia permite uma maior interatividade o que é impossível aos métodos tradicionais de ensino. É a construção do saber. O papel do professor muda também. O professor não é mais o centro das atenções, não mais leva o conheçimento ao aluno, mas desempenha o papel de facilitador, estabelecendo metas e fornecendo orientações e recursos, passando de aluno para aluno, oferecendo sugestões e apoio para as suas atividades. Essas ferramentas tambem podem ajudar a reduzir a carga sobre o professor para tarefas mundanas. Por fim e não menos importante que todas as outras perguntas aqui exibidas, colocamos em prática a pergunta que rege esse trabalho:
  • 41. 40 90% dos alunos justificam que sim, as ferramentas ajudariam no desenvolvimento de suas atividades, os deixam mais “interessados” por ser uma ferramenta “muito atrativa” e por tornar a aula “mais divertida”. O fator principal dessa melhora em sala de aula é a motivação, como foi relatado por muitos desses alunos nos trechos a seguir: Segundo Paulo Freire (1993) em entrevista concedida à repórter Amália Rocha da TV Cultura "O Educador precisa estar à altura de seu tempo.", é como estarmos em uma época totalmente diferente da que o aluno se encontra. A falta de motivação é que faz com que o aumento da evasão escolar seja tão surpreendente para professores durante o ano letivo. Tecnologia é um desafio para esses alunos. É algo que eles querem dominar. Aprender a usá-lo aumenta sua autoestima e os torna mais animados para frequentarem a escola. O computador tem sido uma ferramenta de capacitação para os alunos e a motivação para usar as novas tecnologias é muito grande.
  • 42. 41 Muitos dos alunos veem a tecnologia como uma ferramenta motivadora na educação, melhora as aulas oferecendo a possibilidade de aprender com mais diversão, de forma mais lúdica. As aulas ministradas são mais rápidas e dinâmicas assim obtemos um maior conteúdo de informações em um curto período de tempo. Aprender novos métodos de ensino, novas formas de resoluções, novas culturas, tudo isso é motivador para o aluno, saber que a matemática tem quase sempre mais de um método de resolução o deixa sempre mais confiável quanto a seus estudos. Mas qual realmente será o melhor método de aprendizado? Essa questão com certeza é muito subjetiva, nos trazendo inúmeras respostas e ilimitadas perspectivas de respondê-las. Mas, todavia, algumas delas seriam de unanimes aceitação para muitos professores. Há uns 5 anos, muitas pessoas já tinham ouvido falar sobre internet, mas não tinham a menor idéia do que era. Hoje, a maioria dos alunos não só foram expostos a internet, mas também têm acesso em casa ou na escola. Na verdade, em um grande número de escolas estão sendo adaptados para colocar a internet em cada sala de aula. Poder pesquisar sobre diversificados contextos sociais, culturais e diversos assuntos é a razão número um para se usar a internet na educação. Os alunos têm uma riqueza de informações ilimitadas para eles. Muitas vezes, quando eles estão pesquisando temas onde nas bibliotecas escolares ou munícipais não têm os livros e revistas necessários, a internet ajuda a resolver esse problema. Assim, Stelmaki e Teruya (2009, pg. 08) cita que “atualmente, quem não está familiarizado com as tecnologias de informação e comunicação é considerado um ‘analfabeto tecnológico’”. Diante disso, observamos que boa parte dos alunos já estão inseridos e adequados as tecnologias, o que vem a comprovar tudo que foi considerado no trabalho. Adequar-se as novas tecnologias deve ser uma questão de tempo, já que não podemos fugir de uma realidade que esta tão presente e efetiva em nossas vidas. Tudo nos remete a essa direção, para que o ensino e a aprendizagem possam finalmente voltar a entender-se em uma nova linguagem de comunicação,
  • 43. 42 para que nos professores possamos cada vez mais nos apaixonarmos pela nossa profissão cativando e atraindo mais alunos para as salas de aulas, pois como diria Albert Einstein "A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de conhecer.".
  • 44. 43 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A pesquisa desenvolvida nesse trabalho foi propiciada através da oportunidade de conhecer sobre a influência tecnológica na vida das pessoas, ressaltando sempre no ambiente escolar, fazendo enxergar que essas ferramentas, ao contrário do que era imaginado, não serviam apenas como forma de lazer, muitas vezes vista como perda de tempo, mas sim como ferramentas úteis e contributivas para facilitar nossas vidas. Apontamos uma nova postura profissional, uma mudança em métodos de ensino que assim, nos servirão para melhorarmos nossa educação em matemática, atuando num sob um aspecto motivador todas as tecnologias possa modificar o ambiente escolar e a relação ensino/aprendizagem tão defasada nos últimos anos. Baseando-se em grandes autores, como Freire e Pretto, vemos o quanto as nossas ideias já foram questionadas e nunca aplicadas em sala de aula. Com base nos dados da pesquisa e nas observações realizadas com os sujeitos, tudo nos remete a necessidade de uma modificação, de uma quebra de paradoxo onde vivemos no século XXI, onde o desenvolvimento tecnológico a cada dia se torna ultrapassado, alguns professores lecionam sob o comando do giz e da lousa. Claro que há a necessidade de ressaltar que a combinação de giz e lousa ainda é, e sempre será por um longo tempo, o instrumento tecnológico mais usado e de maior necessidade em sala de aula. Porém, nossa pesquisa deixa claro que, em tempos modernos há a necessidade do advento de outros recursos para que nossas aulas tornem-se mais motivadoras. Durante toda a pesquisa do tema apresentado, observamos muito que diversos trabalhos sobre o assunto abordam como sujeito principal os mentores responsáveis pelo ensino: professor e direção pedagógica. Diante disso tratamos de abrir caminho para que outra opinião, não menos importante e talvez até mais necessária que as outras duas citadas, fossem também modificadora do ambiente escolar e que são responsáveis pela aprendizagem: o aluno. Ele é o agente principal e modificador do meio em que vivemos, é a construção do futuro do nosso país.
  • 45. 44 Acreditamos que com essa pesquisa possamos alertar professores, causando reflexões para que nos remeta a novas discussões e tenhamos certeza que o trabalho será num todo, ampliado em novas pesquisas de graduação e especializações que estarão por vir, sempre revisada, pois esse assunto sempre será renovador mediante as avassaladoras transformações que a tecnologia nos proporciona. O educador inglês Lawrence Stenhouse nos proporcionou em uma de suas mais conhecidas frases o quão importante torna-se a pesquisa por parte de professores onde dizia o seguinte: “O pesquisador da educação e o docente devem compartilhar a mesma linguagem.", acreditamos que essa seja a principal função de todos os nossos trabalhos, a busca incessante do compartilhamento de opiniões e da aprendizagem. Tudo nos guia a evolução. Após a observação pode se perceber que as relações entre professores e alunos dentro do campo de pesquisa nas aulas de matemática são de extrema produtividade, tendo em vista que os professores ao longo das aulas utilizam uma série de instrumentos a fim de dinamizar o processo de ensino aprendizagem. Contudo vale ressaltar que a maioria dos alunos apesar de utilizar as novas TICs em quase todo momento de suas vidas não consegue responder a pergunta simples, sobre ”o que é tecnologia?”. Além disso, no questionário encontrou-se a resposta de que 100% dos estudantes afirmam que a tecnologia é de extrema importância para a comunicação e também para melhorar a transmissão dos conteúdos. No entanto o que observamos é que a maioria dos professores ainda não sabe lidar com as novas tecnologias, sendo desse modo importante que os governantes antes de enviar uma gama de equipamentos tecnológicos para as unidades escolares capacitem toda aa comunidade escolar. É preciso que todos que participem de forma direta ou indireta do processo de ensino aprendizagem tenham conhecimento sobre a utilização dos meios tecnológicos, pois vivemos na era da globalização e o conhecimento sobre a tecnologia é tido como uma das formas de ascensão social.
  • 46. 45 Dessa maneira o professor precisa está em constante busca pelo conhecimento, sendo que os alunos de hoje são eternos investigadores e o professor pode ficar com o conhecimento defasado se não acompanhar as constantes transformações do mundo contemporâneo.
  • 47. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1995, p. 103. AUSUBEL, D.P.; NOVAK, J.D. e HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro, Interamericana. Tradução para português, de Eva Nick et al., da segunda edição de Educationalpsychology: a cognitiveview, 1980. AZAREDO, Marina. Tecnologia: usar ou não usar?.Disponível em <http://educarparacrescer.abril.com.br/blog/boletim- educacao/2011/07/08/tecnologia-usar-ou-nao-usar-2/>. Acesso em 22/12/2011. BARBOSA, J. C. Modelagem Matemática: O que é? Por que? Como?Veritati, n. 4, p. 73- 80, 2004. BEUREN. Ilse Maria et al. Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática 3. ed. 4. Reimp. São Paulo: Altas, 2009. BONILLA, Maria Helena Silveira. PRETTO, Nelson De Luca. Políticas brasileiras de educação e informática. Disponível em: <http://www.faced.ufba.br/~bonilla/politicas.htm#_ftn1> Acesso em: 01/01/2012 D'AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática: Arte ou técnica de explicar e conhecer. Sao Paulo: Ática, 1990. DELIZOICOV, D. e outros. Ensino de Ciências: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002, p. 365. DEMO, P. Inclusão digital – cada vez mais no centro da inclusão social. Inclusão Social. Brasília: IBICT, 2005, p. 1. FALZETTA, Ricardo. A calculadora libera a turma para pensar. 2003. Disponível em: <http://novaescola.abril.com.br/ed/168_dez03/html/calculadora.html> Acessado em 07/11/2011. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora Atlas, 1987, p. 19. GIL, Antônio Carlos. Administracção de recursos humanos: um enfoque profissional. São Paulo: Atlas, 1994, p. 53 GIL, Gilberto. Programa Cultura Viva. (2004) Em: <http://blogs.cultura.gov.br/culturadigital/sobre-2/>. Acesso em: 18/10/2011. GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo,SP: Atlas, 2008
  • 48. HOLANDA. Aurélio Ferreira Buarque. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1986. KENSKI, Vani Moreira. Educação e Tecnologias: O novo ritmo da informação, Papirus Editora, 3ª edição, 2008, p.15. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo, Editora 34, 1999. LUCKESI, C. Carlos. Independência e inovação em tecnologia educacional: ação-reflexão. Tecnologia Educacional . Rio de Janeiro, v. 15,nº 71/72, p. 55-64, 1986. MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica, Papirus Editora – 13ª Edição, 2009, p.11 – 63. MORAN, José Manuel. Novas Tecnologias e o Reencantamento do Mundo. In Tecnologia Educacional. Rio de Janeiro,RJ. vol. 23, n.126, setembro-outubro 1995, p. 51 PIAGET, J. e INHELDER, B. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Difel, 1968. PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construção do conhecimento científico do planejamento aos textos da escola à academia. 3ed. Revista Atual e ampl– São Paulo: Rêspel, 2005, p. 260. PRETTO, Nelson De Luca; SILVEIRA, Sérgio A. da.Além das redes decolaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do poder. Salvador: EDUFBA,2008. PRETTO, Nelson de Luca. Uma escola sem/com futuro - educação e multimídia. Campinas/sp: Papirus, 1996. p. 247. RUDIO, Franz Vitor. Introdução ao projeto de pesquisa cientifica. Petrópolos, Vozes, 1986, p. 14. SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e Pensamento – Sonora Visual Verbal. São Paulo: Iluminuras, 2002, p.389 STELMAKI, Marilucie TERUYA, Teresa. Informática Na Educação: Um Desafio Para A Ação Docente, 2009, disponível em http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br >. Acesso em 15/11/2011. TAVARES, Romero.Aprendizagem Significativa.Revista Conceitos, 2004, p.56. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. 1° ed. brasileira. São Paulo, Martins Fontes, 1987. VALENTE, José Armando. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador. Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005.
  • 49. WAISELFISZ, JulioJacobo. Mapa das desigualdades digitais no Brasil. 1ª Edição, RITLA – 2007, p. 07-09.
  • 50. Questionário ao aluno 1. Em sua opinião, o que é tecnologia? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2. A tecnologia é importante na sua vida? Por quê? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 3. Nas aulas de matemática, a professora costuma utilizar os recursos tecnológicos? Quais? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 4. Você acha importante a utilização de instrumentos tecnológicos nas aulas de matemática? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 5. Em sua opinião as ferramentas tecnológicas ajudam na melhoria do processo de ensino/aprendizagem? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________
  • 51. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPTO. EDUCAÇÃO: CAMPUS VII - SENHOR DO BONFIM/BA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO III TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado (a) a participar desta pesquisa. Ao aceitar, estará permitindo a utilização dos dados aqui fornecidos para fins de análise. Você tem liberdade de se recusar a participar e ainda de se recusar a continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal. Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, você não precisará se identificar. Somente o (a) pesquisador (a) e seu respectivo (a) orientador (a) terão acesso as suas informações e após o registro destas o documento será arquivado. Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de modo livre e esclarecido (a), manifesto meu consentimento em participar da pesquisa, deixando aqui minha assinatura. Senhor do Bonfim, Bahia, ______de ____________ de 2011 ____________________________________ Assinatura do Professor (a) INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA: Título Provisório do Projeto: Pesquisador (a) Responsável: Pesquisador (a) Orientador (a): Telefones para Contato:
  • 52. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO-CAMPUS VII - SENHOR DO BONFIM/BA CURSO DE LICENCIATURA EM MATEMÁTICA TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Este aluno (a) está convidado (a) a participar desta pesquisa. Ao aceitar, estará permitindo a utilização dos dados aqui fornecidos para fins de análise. Você tem liberdade de impedir o (a) aluno (a) sob sua responsabilidade de participar, e ainda, de se recusar a continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo pessoal. Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais, você ou o (a) aluno (a) não precisará se identificar e somente os (as) pesquisadores (as) e sua equipe terão acesso as suas informações. INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA Título Provisório do Projeto: Pesquisador (a) Responsável: Orientador (a): Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida, autorizo a participação do (a) aluno (a) sob minha responsabilidade a participar desta pesquisa. Assinatura do Responsável pelo (a) Aluno (a)