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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Departamento de Pediatria
Internato em pediatria I - PED I

Sessão Clínica
PEDIATRIA – Casos Ambulatoriais Interessantes – C.A.I

Doutoranda: Flávia Fernandes
Coordenador: Dr. Leonardo Moura
Prof Convidado: Dr Pedro Trindade
Caso Clínico
 ID:

Paciente NCSS, sexo feminino, 1 ano e 3
meses, procedente de Natal

 QP: Nódulos na pele há aproximadamente 8 meses.
 HDA: Genitora afirma que há 8 meses surgiram lesões

na pele, inicialmente planas, de coloração amarelada
que evoluíram para lesões nodulares que se estenderam
por todo o corpo (membros, tronco e dorso). Não houve
comprometimento do estado geral ou outros sintomas
associados como febre ou prurido, dor e ardência no
local. Procurou assistência médica no Posto de Saúde
que a encaminhou para o HOSPED alegando aos
familiares se tratar de uma doença grave e sem cura.
Caso Clínico
 Vacinação: atualizada
 Alimentação: em aleitamento materno e






alimentação complementar adequada
Sono e FE preservadas
Condições de higiene: adequadas
Condições de nascimento: RN termo, AIG, sem
intercorrências
Antecedentes: nega patologias e internações
anteriores.
Caso Clínico
 Índices antropométricos:
- Peso: 10,200 Kg (z score próximo do 0)
- Est: 77cm (z score próximo do 0)
 Ao exame: BEG, ativa, reativa, corada, eupnéica
 Ausculta cardiopulmonar: sem alterações.

 Abdome: semigloboso, flácido, sem megalias.
 Genitália: sem alterações
 Pele: presença de múltiplas lesões nodulares, de

coloração amarelada, bordos regulares, algo
firmes, localizadas em tronco, membros e dorso.
Conduta inicial
 Encaminhado a dermatologia
 Observação da lesão

 Solicitado biópsia das lesões
Diagnóstico
Biópsia
 Processo inflamatório crônico com reação

gigantocelular.

Xantogranuloma juvenil
Diagnóstico
Proliferação constituída principalmente

Biópsia

por macrófagos exibindo citoplasma
amplo ora vacuolado ora eosinofílico
Observa-se

ainda

duas

células

gigantes ( Células de Touton)

Xantogranuloma juvenil
Seguimento
Com o resultado da biópsia
Foi explicado a mãe da paciente o caráter benigno
das lesões e que a conduta deve ser apenas
observar e aguardar regressão provável.
Xantogranuloma Juvenil
CONCEITO
Xantogranuloma juvenil (XGJ) é uma desordem benigna
de cura espontânea, caracterizada por nódulos
cutâneos vermelhos-amarelados (solitários ou múltiplos) e
que, ocasionalmente, acomete outros órgãos. É
predominantemente uma doença da infância, embora os
adultos também possam ser afetados.

J. bras. med;79(4):70-4, out. 2000. ilus.
Histiocitose
 Histiócitos – macrófagos inativos

 Histiocitose de células Langerhans
 Histiocitose de células não-Langerhans

O xantogranuloma juvenil é a forma mais
comum de histiocitose de células nãoLangerhans
HISTOLOGIA
 Proliferação e acúmulo de histiócitos
 Células não-Langerhans de citoplasma espumoso

(carregadas de lipídeos)
 Células gigantes de Touton
 O acúmulo dessas células nos tecidos formam os
nódulos.
 Os pacientes parecem ter um metabolismo lipídico

normal

Histiocitose normolipêmica de
células não Langerhans
Xantogranuloma juvenil
 Rudolf Virchow – 1871
 HG Adamson – 1905
 1954 – nomeada Xantogranuloma juvenil
 Mais comum no sexo masculino / não tem predileção


-

por sexo
Mais comum em crianças - idade média 2 anos
- 15% em adultos
Surgimento das lesões
Tipicamente surgem antes de 1 ano de idade
Podem estar presentes ao nascimento – 10%
Pode ocorrer em adultos
Quadro clínico
 Estado geral preservado
 Comprometimento sistêmico é incomum (38%)

Fígado, pulmão, adrenal, apêndice, ossos, SNC, ri
ns, intestinos, baço
- Sítio mais comum de comprometimento
extracutâneo:
ocular
O QC clássico é constituído por lesões cutâneas
Quadro clínico
 Lesões cutâneas - Localização
- Mais comum: cabeça, pescoço e tronco
- Membros superiores e inferiores, nádegas, pálpebras
 Lesões cutâneas - Características
- Papulonódulos lisos
- Forma de cúpula
- Firmes
- Coloração vermelho-amarelada
- Solitários ou múltiplos
The American Journal of Surgical Pathology 27(5): 579–
593, 2003
Diagnóstico
 Pode ser feito clinicamente em casos

típicos, mas pode ser mais difícil em variantes
incomuns

BIÓPSIA
Tratamento
 Muitas vezes não é necessário pela regressão

espontânea
 Excisão de tumor simples é a terapia para a

escolha
Prognóstico
 Normalmente regride espontaneamente
 Na ausência de condições associadas, o

prognóstico é excelente.
 Avaliação periódica
Arq Bras Oftalmol 2004;67:549-52
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Xantogranuloma Juvenil

  • 1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte Departamento de Pediatria Internato em pediatria I - PED I Sessão Clínica PEDIATRIA – Casos Ambulatoriais Interessantes – C.A.I Doutoranda: Flávia Fernandes Coordenador: Dr. Leonardo Moura Prof Convidado: Dr Pedro Trindade
  • 2. Caso Clínico  ID: Paciente NCSS, sexo feminino, 1 ano e 3 meses, procedente de Natal  QP: Nódulos na pele há aproximadamente 8 meses.  HDA: Genitora afirma que há 8 meses surgiram lesões na pele, inicialmente planas, de coloração amarelada que evoluíram para lesões nodulares que se estenderam por todo o corpo (membros, tronco e dorso). Não houve comprometimento do estado geral ou outros sintomas associados como febre ou prurido, dor e ardência no local. Procurou assistência médica no Posto de Saúde que a encaminhou para o HOSPED alegando aos familiares se tratar de uma doença grave e sem cura.
  • 3. Caso Clínico  Vacinação: atualizada  Alimentação: em aleitamento materno e     alimentação complementar adequada Sono e FE preservadas Condições de higiene: adequadas Condições de nascimento: RN termo, AIG, sem intercorrências Antecedentes: nega patologias e internações anteriores.
  • 4. Caso Clínico  Índices antropométricos: - Peso: 10,200 Kg (z score próximo do 0) - Est: 77cm (z score próximo do 0)  Ao exame: BEG, ativa, reativa, corada, eupnéica  Ausculta cardiopulmonar: sem alterações.  Abdome: semigloboso, flácido, sem megalias.  Genitália: sem alterações  Pele: presença de múltiplas lesões nodulares, de coloração amarelada, bordos regulares, algo firmes, localizadas em tronco, membros e dorso.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11. Conduta inicial  Encaminhado a dermatologia  Observação da lesão  Solicitado biópsia das lesões
  • 12. Diagnóstico Biópsia  Processo inflamatório crônico com reação gigantocelular. Xantogranuloma juvenil
  • 13. Diagnóstico Proliferação constituída principalmente Biópsia por macrófagos exibindo citoplasma amplo ora vacuolado ora eosinofílico Observa-se ainda duas células gigantes ( Células de Touton) Xantogranuloma juvenil
  • 14. Seguimento Com o resultado da biópsia Foi explicado a mãe da paciente o caráter benigno das lesões e que a conduta deve ser apenas observar e aguardar regressão provável.
  • 16. CONCEITO Xantogranuloma juvenil (XGJ) é uma desordem benigna de cura espontânea, caracterizada por nódulos cutâneos vermelhos-amarelados (solitários ou múltiplos) e que, ocasionalmente, acomete outros órgãos. É predominantemente uma doença da infância, embora os adultos também possam ser afetados. J. bras. med;79(4):70-4, out. 2000. ilus.
  • 17. Histiocitose  Histiócitos – macrófagos inativos  Histiocitose de células Langerhans  Histiocitose de células não-Langerhans O xantogranuloma juvenil é a forma mais comum de histiocitose de células nãoLangerhans
  • 18. HISTOLOGIA  Proliferação e acúmulo de histiócitos  Células não-Langerhans de citoplasma espumoso (carregadas de lipídeos)  Células gigantes de Touton  O acúmulo dessas células nos tecidos formam os nódulos.  Os pacientes parecem ter um metabolismo lipídico normal Histiocitose normolipêmica de células não Langerhans
  • 19.
  • 20. Xantogranuloma juvenil  Rudolf Virchow – 1871  HG Adamson – 1905  1954 – nomeada Xantogranuloma juvenil  Mais comum no sexo masculino / não tem predileção   - por sexo Mais comum em crianças - idade média 2 anos - 15% em adultos Surgimento das lesões Tipicamente surgem antes de 1 ano de idade Podem estar presentes ao nascimento – 10% Pode ocorrer em adultos
  • 21. Quadro clínico  Estado geral preservado  Comprometimento sistêmico é incomum (38%) Fígado, pulmão, adrenal, apêndice, ossos, SNC, ri ns, intestinos, baço - Sítio mais comum de comprometimento extracutâneo: ocular O QC clássico é constituído por lesões cutâneas
  • 22. Quadro clínico  Lesões cutâneas - Localização - Mais comum: cabeça, pescoço e tronco - Membros superiores e inferiores, nádegas, pálpebras  Lesões cutâneas - Características - Papulonódulos lisos - Forma de cúpula - Firmes - Coloração vermelho-amarelada - Solitários ou múltiplos
  • 23. The American Journal of Surgical Pathology 27(5): 579– 593, 2003
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. Diagnóstico  Pode ser feito clinicamente em casos típicos, mas pode ser mais difícil em variantes incomuns BIÓPSIA
  • 31. Tratamento  Muitas vezes não é necessário pela regressão espontânea  Excisão de tumor simples é a terapia para a escolha
  • 32. Prognóstico  Normalmente regride espontaneamente  Na ausência de condições associadas, o prognóstico é excelente.  Avaliação periódica Arq Bras Oftalmol 2004;67:549-52