2. Case Watercolour RESUMO Em agosto de 2006, fomos procurados pelo proprietário da Watercolour – loja especializada em moda feminina, localizada na cidade de Petrópolis, região serrana do Estado do Rio – para realizar um trabalho pontual (1 mês) de assessoria de imprensa, com o objetivo de conseguir espaços nos meios de comunicação, para divulgar que a Watercolour passara a utilizar sacolas com plástico oxi-biodegradável (material que se degrada a partir de 60 dias) em substituição ao plástico convencional que pode demorar mais de 100 anos para se decompor.
4. Case Watercolour INTRODUÇÃO Este lojista tinha dois objetivos bem definidos para o meu trabalho: 1 – Como esta sacola custa em média 20% a mais que as confeccionadas com o plástico convencional, o empresário queria sensibilizar outros lojistas para a importância desta iniciativa, porque desta forma, o fornecedor das sacolas oxi-biodegradáveis poderia baixar o preço do produto; 2 – Agregar valor a marca Watercolour, divulgando a preocupação desta empresa com a preservação do meio-ambiente. Ainda na fase inicial, sugeri o prolongamento do contrato por mais um mês, com a finalidade de redigir um projeto sobre a substituição do plástico convencional pelo oxi-biodegradável para inscrevê-lo no prêmio Valor Social (promovido pelo Jornal Valor Econômico, veículo formador de opinião do empresariado nacional). A sugestão foi aceita e tive que trabalhar nas duas frentes ao mesmo tempo (releases e projeto).
5. Case Watercolour RELEASES Quando surgiu o interesse de embalar o produto para o cliente, utilizando um material ecologicamente correto, o proprietário da Watercolour começou a pesquisar possíveis soluções. Foi então que ele descobriu a empresa britânica, Symphony Plastic Technologies plc, que havia desenvolvido uma solução inovadora: o plástico oxi-biodegradável – que pode se degradar a partir de 60 dias quando exposto a luz, calor e umidade, em contraste com o convencional, que pode levar mais de 100 anos. Estas embalagens já eram fabricadas no Brasil, há cerca de três anos, porém, para comprar com um dos fabricantes licenciados ele deveria fazer um pedido mínimo de R$ 40 mil (que significa uma tonelada de plástico) por modelo de sacola, como ele trabalha com cinco modelos, isso significaria investir R$ 200 mil e armazenar cinco toneladas de sacolas plásticas, inviável para uma empresa pequena. O empresário não se deu por vencido e conseguiu motivar uma fábrica, também de Petrópolis, que tivesse um posicionamento pró-ativo em relação à Natureza. A Arco-Íris foi a primeira empresa no Estado do Rio a ser homologada pela RES Brasil, que é quem licencia empresas brasileiras e sul americanas interessadas em produzir as embalagens plásticas com características de oxi-biodegradabilidade, tornando-se uma das poucas firmas autorizadas no país a produzir plásticos oxi-biodegradáveis. Agora temos uma empresa de pequeno porte na nossa própria cidade que produz o produto que nós procurávamos, na quantidade ideal para a nossa empresa (10 vezes menos que as outras fabricantes).
6. Case Watercolour PROJETO Antes de começar a redação do projeto, li o edital diversas vezes e pesquisei caso a caso todos os vencedores das últimas duas edições do prêmio, em cada categoria. A primeira decisão era exatamente escolher uma categoria para inscrever o projeto, as opções eram as seguintes: Relações com a Comunidade; Respeito ao Meio Ambiente; Respeito ao Consumidor; Qualidade do Ambiente de Trabalho; Micro e Pequenas Empresas; Gestão Sustentável. Com base nos objetivos traçados (dar visibilidade ao fato), optei por inscrever o projeto na Categoria Respeito ao Meio Ambiente. Eu sabia que vencer em uma das categorias mais concorridas seria praticamente impossível, por isso, nosso objetivo era ser um dos três finalistas na categoria.
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8. Case Watercolour RESULTADOS Fomos finalistas na categoria Respeito ao Meio Ambiente, do Prêmio Valor Social de 2006. Até hoje, quando conto esta história, algumas pessoas dizem que eu deveria ter inscrito a Watercolour na categoria Micro e Pequenas Empresas, mas acredito que sendo vencedor de uma categoria menos expressiva, até chamaríamos atenção, mas uma semana ou duas depois ninguém lembraria o nome da WaterColour e muito menos seu projeto.
9. Case Watercolour RESULTADOS Não tenho dúvidas de que no dia 23 de novembro de 2006, quando nosso projeto de R$ 14 mil foi divulgado como finalista do Prêmio Valor Social 2006, com o mesmo destaque dos outros dois finalista: ABN Amro Real e Unibanco (vencedor), sendo o último orçado em R$ 45 milhões, fizemos com que grandes empresários parassem para pensar sobre o impacto de suas ações. Mais que isso, provamos para os pequenos empresários que não é necessário um grande investimento para ter retornos positivos de imagem com a tão falada Responsabilidade Social Empresarial.
10. Case Watercolour RESULTADOS No término dos dois meses de contrato estava completamente satisfeito com o trabalho realizado, assim como meu cliente. Hoje em dia, além das sacolas oxi-biodegradáveis, ele utiliza papel reciclado nas lojas e na confecção. Sua última iniciativa foi a criação de um site que estimula o plantio de árvores para reduzir o aquecimento global. Além da experiência e de uma história interessante para contar, conquistei um amigo. Sempre que me deparo com um cliente que sinaliza o desejo de trabalhar a responsabilidade social da empresa, procuro aproxima-lo do homem que convenceu outro empresário a produzir algo que só ele estava interessado em comprar e mesmo assim, em pouca quantidade.
11. Case Watercolour Tag fixado nos produtos da Watercolour. Layout da sacola oxi-biodegradável. 5 - ANEXOS