O documento descreve os principais conceitos e características do Renascimento, incluindo a ênfase no humanismo, no individualismo e no espírito crítico em relação à Igreja e à sociedade da época. Também menciona os principais pensadores e suas obras, assim como o impacto da invenção da imprensa na difusão das ideias renascentistas.
2. Teocentrismo
Visão do mundo centrada em Deus
Antropocentrismo
Visão do mundo centrada
no Homem
Descobrimentos
Crença na
capacidade do
homem
3. Localização privilegiada com muito tráfego
comercial
Divisão política com uma acentuada
concorrência entre as diferentes cidades
Cidades mostravam o seu poder e riqueza
através das obras de arte construídas
4. Mecenato
Os príncipes, Papas e grandes senhores encomendavam
obras aos artistas financiando-as, para mostrar o seu poder
Galeazzo Maria Sforza
Papa Júlio IILourenço de Médicis
6. Classicismo
Recuperação do
conhecimento, cultura e
modelos da antiguidade
clássica
“Entendo e quero que aprendas as línguas perfeitamente. Em
primeiro lugar, a grega, como quer Quintiliano; em segundo, a
latina; e depois, a hebraica, para as letras sagradas, e a caldaica
e arábiga igualmente, e que formes o teu estilo, quanto à grega,
à imitação de Platão, e quanto à latina, de Cícero.”
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
7. Antropocentrismo
Valorização do ser humano
«Deus escolheu o Homem e,
colocando-o no centro do Mundo
disse-lhe: És tu que segundo os
teus desejos e o teu discernimento,
podes escolher.»
Pico della Mirandola, Sobre a dignidade
do Homem , 1486
8. Espírito Crítico
O conhecimento não é apenas
imitado e aceite, é sujeito a um
olhar crítico que se estende à
sociedade em que o Homem se
insere, à ciência e à Igreja.
«Se alguém julgar que falo com mais atrevimento do que verdade,
venha inspecionar comigo as vidas humanas. Este mete no ventre
tudo quanto ganha, poucos dias depois, passa fome. Aquele não vê
a felicidade senão no sono e no ócio. Os negociantes mentem,
roubam, defraudam, enganam e consideram-se pessoas muito
importantes, porque andam com os dedos cheios de anéis de ouro.»
Erasmo de Roterdão, Elogio da Loucura, 1511
9. Individualismo
Confiança nas capacidades do
indivíduo que devem ser
valorizadas com uma formação
completa
«Coloquei-te no centro do Mundo para que, daí,
pudesses facilmente observar as coisas. És tu que,
pela tua livre vontade, podes escolher o teu
próprio modelo e a forma de te realizares. Pela tua
vontade, poderás descer às formas degradadas da
vida, que são animais. Pela tua vontade,
conseguirás alcançar as formas mais elevadas que
são divinas.»
Pico della Mirandola, Sobre a dignidade do Homem , 1486
10. Humanismo
Valorização da formação cultural e do
estudo dos clássicos, com um
apurado sentido crítico face à
sociedade e ao Homem.
«No nosso tempo, todas as matérias nos
interessam. Aprendemos grego (sem o qual
ninguém se pode considerar sábio), hebraico e
latim. Considero indispensável que aprendas estas
línguas.»
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
11. Erasmo de Roterdão,
O Elogio da Loucura
(1509)
Thomas More,
Utopia (1516)
Nicolau Maquiavel,
O Príncipe (1513)
12. Shakespeare,
Rei Lear, Romeu e Julieta
Luís de Camões,
Os Lusíadas
Miguel Cervantes,
D. Quixote de La Mancha
Fernão Mendes Pinto,
A Peregrinação
13. Gutenberg inventou a primeira
prensa de tipos móveis em 1439.
A invenção da imprensa facilitou a
difusão das ideias porque:
Há mais livros
São mais baratos
É mais rápido fazer cópias
14. Naturalismo
Interesse pelo estudo do homem e da natureza em
todas as suas vertentes.
«Quanto à Natureza, quero que a estudes cuidadosamente: deves conhecer
os peixes que enchem os mares e as aves que voam nos céus; as árvores
de todas as florestas e as ervas de todos os campos; os metais ocultos no
ventre da Terra e as pedras preciosas de todos os continentes. Depois,
mais cuidadosamente ainda, estuda os livros dos médicos gregos, árabes e
latinos e através da prática da anatomia, procura conhecer esse outro
mundo que é o homem.»
Rabelais, Cartas de Gargântua a Pantagruel, 1534
15. Experiencialismo
Necessidade de comprovar pela observação e pela experiência
qualquer facto antes de o aceitar como válido; valorização do
conhecimento.
«Nunca os nossos antepassados
imaginaram que viria o tempo em
que o Ocidente conheceria o Oriente
como agora conhece. Os escritores
antigos escreveram sobre isso
tantas fábulas que se pensava ser
impossível navegar até ao Oriente.
Como a experiência é a mãe de
todas as coisas, por ela soubemos
radicalmente a verdade.»
Duarte Pacheco Pereira, Esmeraldo de
Situ Orbis, 1505