SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
A Norma NB-88, da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT), define resumo como “apresentação concisa dos principais pontos de
um texto”. Significa fazer uma apresentação sucinta, compacta, sintética, dos
pontos relevantes do texto lido.
FICHA RESUMO DO TEXTO
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – UFPel
Área: Subprojeto das Ciências Sociais
Nome do Bolsista: FRANCINE BORGES BORDIN
Referência Bibliográfica: POMBO, Olga. Práticas Interdisciplinares.
Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n.15, p.208-249, jan/jun 2006.
Titulo do texto: Práticas Interdisciplinares.
Corpo da ficha (texto):
O crescimento da ciência teria então como seu corolário um
mecanismo de subdivisão infinita dos campos de
investigação. (p.208).
Talvez o facto mais interessante que caracteriza a
interdisciplinaridade enquanto fenómeno, não da sociologia,
mas, digamos assim, da ontologia da ciência, é que ela só se
deixa pensar no cruzamento da perspectiva veritativa e da
perspectiva sociológica da ciência. Não se trata agora, nem só
da subdivisão contínua dos domínios disciplinares num
movimento iniludivelmente orientado em direcção à verdade,
nem da expansão quantitativa da comunidade dos
investigadores. O crescimento do conhecimento científico
resulta, pelo contrário, de um processo de reordenamento
interno das comunidades levado a cabo por um reordenamento
das disciplinas. A interdisciplinaridade traduz-se na constante
emergência de novas disciplinas que não são mais do que a
estabilização institucional e epistemológica de rotinas de
cruzamento de disciplinas. Este fenómeno, não apenas torna
mais articulado o conjunto dos diversos “ramos“ do saber (depois
de os ramos principais se terem constituído, as novas ciências,
resultantes da sua subdivisão sucessiva, vêm ocupar espaços
vazios), como o fazem dilatar, constituindo mesmo novos
espaços de investigação, surpreendentes campos de
visibilidade. (p.210).
- Ciências de fronteira, interdisciplinas e interciências
As primeiras - ciências de fronteira - são novas disciplinas
constituídas nas interfaces de duas disciplinas tradicionais.
Também designadas por “disciplinas híbridas“ (Boulding (1956) e
Dogan (1991)), elas são o resultado, como diz Boulding, do
cruzamento de “dois respeitáveis e honestos pais académicos”
(ibid.) recrutados, seja no âmbito interno das ciências da
natureza (a Bioquímica, a Biofísica, a Geofísica, a Geobotânica
ou Biomatemática) ou das ciências sociais e humanas (a
Psicolinguística, a Psicosociologia, a História Económica), seja
no cruzamento das ciências da natureza e das ciências sociais e
humanas (Biologia Social, Etologia, Geografia Económica) ou
das ciências naturais e disciplinas técnicas (Engenharia
Genética, Biónica). (p.211).
Por interdisciplinas entendem-se as novas disciplinas que
aparecem com autonomia académica a partir de 1940/50 e que
surgem do cruzamento de várias disciplinas científicas com o
campo industrial e organizacional, tais como as Relações
Industriais e Organizacionais (disciplina que estuda o
comportamento dos homens nas organizações em que eles
trabalham), Psicologia Industrial (aptidões dos indivíduos,
problemas ligados ao manuseamento de máquinas e relações
interpessoais), Selecção e Formação Profissional (adaptação
dos traços de personalidade às carreiras profissionais),
Sociologia dos Pequenos Grupos (normas dos grupos de
trabalho e questões de liderança), Sociologia das Organizações
(inovação, mudanças e solução de conflitos nas organizações),
etc. (p.211).
Finalmente por interciências, que Boulding (1956: 12) denomina
por “interdisciplinas multi-sexuais“, designamos as novas
disciplinas constituídas na confluência de várias disciplinas de
diferentes áreas de conhecimento. É o caso da Ecologia, das
Ciências Cognitivas ou das Ciências da Complexidade. (p.212).
- O exemplo das ciências cognitivas:
A “galáxia das ciências cognitivas”, como lhes chama Andler
(1990: 81),8 é constituída por um conjunto de investigações que
têm origem em cinco disciplinas dominantes: a psicologia, a
linguística (fonética, gramática, acústica, pragmática), a filosofia
(lógica, filosofia da linguagem, epistemologia, filosofia do
espírito, filosofia moral), a inteligência artificial e as neurociências
(neurofisiologia, neuroanatomia, neuroquímica, biologia
molecular, citologia). Porém, para lá destas disciplinas que,
como diria Lakatos, delimitam o “núcleo duro“ das ciências
cognitivas, nelas se inclui ainda um conjunto muito mais amplo
que, conforme os casos e as exigências dos problemas em
estudo, pode incluir disciplinas, sub-disciplinas, especialidades,
sub-especialidades e programas de investigação provenientes,
quer das ciências da natureza (física, eletromagnetismo,
cronometria, mecânica, química), quer da lógica e das ciências
matemáticas (geometria, probabilidades, estatística), quer da
área das engenharias (informática, cibernética, robótica), quer
das ciências humanas (antropologia, sociologia, economia), quer
ainda uma pluralidade de especialidades de fronteira como a
psicolinguística, a psicofísica, a neurolinguística, a
neuropsicologia e a psicologia social. (p.214).
- Novas estruturas institucionais da investigação interdisciplinar
Digamos que a interdisciplinaridade existe sobretudo como
prática. Ela traduz-se na realização de diferentes tipos de
experiências interdisciplinares de investigação (pura e aplicada)
em universidades, laboratórios, departamentos técnicos; na
experimentação e institucionalização de novos sistemas de
organização, programas interdepartamentais, redes e grupos
interuniversitários adequados às previsíveis tarefas e
potencialidades da interdisciplinaridade; na criação de diversos
tipos de institutos e centros de investigação interdisciplinar que,
em alguns casos, se constituem mesmo como o pólo
organizador de novas ciências, a sua única ou predominante
base institucional. (p.225).
- Para uma tipologia das práticas de investigação interdisciplinar:
Na ausência de um programa teórico unificado do que poderia
ser a interdisciplinaridade, de uma determinação rigorosa do que
ela seja enquanto modo de investigação, a realidade da
interdisciplinaridade oscila entre dois extremos: uma versão
instrumental instaurada pela complexidade do “objecto“ (de que
as ciências cognitivas são exemplo pregnante) e uma versão
processual, versão na qual a colaboração entre investigadores
de diferentes disciplinas é, por assim dizer, prévia à emergência
dos próprios objectos complexos e requerida pela vontade
interdisciplinar que anima as “instituições“ que lhe dão
enquadramento (como vimos, o Santa Fe Institute leva até às
suas últimas consequências este modelo). (p.230).
MODALIDADES:
Práticas de Importação:
Referimo-nos, antes de mais, àquelas práticas decorrentes de
limites sentidos no interior das disciplinas especializadas. O
aprofundamento da investigação numa disciplina leva ao
reconhecimento da necessidade de transcender as fronteiras
disciplinares. [...] Ela consiste então na cooptação, a favor da
disciplina “importadora“, de conceitos, métodos e instrumentos já
provados noutras disciplinas.26 Porque o objectivo é resolver um
problema da disciplina que toma a iniciativa do processo, a
incorporação é feita segundo os interesses da disciplina
importadora, disciplina esta que submete os dispositivos
importados à sua própria lógica, os manipula, os transfigura, os
inscreve na tradição teórica que é a sua. Pode também
acontecer que este tipo de articulação disciplinar assimétrica dê
origem a um regime de troca, digamos assim, de vai e vem Por
fim, pode mesmo ocorrer uma aproximação mútua e sistemática
de duas disciplinas, tanto a nível de integração teórica como
metodológica, na base da qual podem surgir então novas
disciplinas de fronteira. (p.230-231).
Práticas de Cruzamento:
Estamos agora perante práticas relativas a problemas que, tendo
a sua origem numa determinada disciplina, irradiam para outras,
invadem outros domínios, circulam, revelam-se enquanto
“problemas indisciplinados”. A ideia subjacente é a de que o
problema é um espaço objectivo de determinações irredutível à
lógica (subjectiva, institucional) das disciplinas do saber. [...] Na
medida em que cada disciplina é incapaz de esgotar o problema
em análise, a interdisciplinaridade traduz-se na abertura
intrínseca de cada disciplina a todas as outras, na
disponibilidade de cada uma das disciplinas envolvidas se deixar
cruzar e contaminar por todas as outras. (p.231-232).
Práticas de Convergência:
Referimo-nos agora a práticas de convergência na análise de um
terreno comum. Como é que diferentes disciplinas, distintas,
vizinhas, apreendem um mesmo objecto, que tipo de relações e
de respostas estabelecem? Conhecido também pelo nome de
“estudos por áreas“, quando posto em prática pelas ciências
sociais, este tipo de interdisciplinaridade toma frequentemente
por objecto regiões geograficamente circunscritas dotadas de
unidade cultural, histórica ou linguística. [...] Quer isto dizer que,
neste tipo de práticas, a interdisciplinaridade passa, não tanto
pela concertação prévia de uma metodologia, mas pelo convite à
convergência de perspectivas em torno de um determinado
objecto de análise. (p.233).
Práticas de Descentração:
Práticas que têm na sua origem a irrupção de problemas
impossíveis de reduzir às disciplinas tradicionais. Estes
problemas podem ser problemas novos, como o ambiente,em
grande parte resultantes dos próprios desenvolvimentos
científicos e da capacidade tecnológica que o homem adquiriu
para perturbar a ordem natural. A interdisciplinaridade é então
“estrutural”, como diz Boisot (1972: 95), dando origem a “um
corpo de leis novas que compõem a ossatura de uma disciplina
original (é o caso da ecologia), não redutível à reunião formal
das que a engendraram”. [...] A interdisciplinaridade pode então
ser dita descentrada, ou circular, querendo-se com isto significar
que não há propriamente uma disciplina que constitua o ponto de
partida ou irradiação do problema, ou que seja o ponto de
chegada do trabalho interdisciplinar. Há um policentrismo de
disciplinas ao serviço do crescimento do conhecimento.
Interdisciplinaridade que pode dar origem, não tanto a novas
disciplinas, como a constelações de disciplinas, novos arranjos
disciplinares, algo de que, como vimos, as ciências cognitivas
são exemplo eloquente. (p.234).
Práticas de Comprometimento:
A interdisciplinaridade (próxima daquilo a que Heckhausen
(1972: 89) chama “interdisciplinaridade compósita”) é aqui
circular, envolvente. Ela tem a forma de um esforço conjugado
que visa, não apenas trocar informações ou confrontar métodos,
mas fazer circular um saber, explorar activamente todas as suas
possíveis complementaridades, explorar possibilidades de
“polinização cruzada”35 e cujo objectivo é encontrar “soluções
técnicas para a resolução de problemas que resistem às
contingências históricas em constante evolução” (Heckhausen,
1972: 89). (p.235).
Análise crítica do texto:
É um texto claro que considera todos os níveis de interdisciplinaridade -
diferenciando-os, porém, demonstrando seus benefícios. Independente da
modalidade ou prática de investigação interdisciplinar, estas vêm a demonstrar
que, mais importante do que alcançar uma interdisciplinaridade utópica, o que
importa é o movimento de diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento,
formando a totalidade e complexidade da ciência.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Fichamento Carlos Willian
Fichamento Carlos WillianFichamento Carlos Willian
Fichamento Carlos Willianpibidsociais
 
Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e InterdisciplinaridadeFichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e InterdisciplinaridadeJessica Cunha
 
Fichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - AlineFichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - Alinepibidsociais
 
Fichamento do texto - cildete
Fichamento do texto  - cildete Fichamento do texto  - cildete
Fichamento do texto - cildete pibidsociais
 
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...Augusto Santana
 
Resenha Critica Joaquim Severino
Resenha Critica Joaquim SeverinoResenha Critica Joaquim Severino
Resenha Critica Joaquim Severinoyurineres7
 
Ciência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacionalCiência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacionalThiago De Melo Martins
 
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...Paulo Lima
 
Teoria e Prática Científica - Antônio Severino
Teoria e Prática Científica - Antônio SeverinoTeoria e Prática Científica - Antônio Severino
Teoria e Prática Científica - Antônio SeverinoKlicia Mendonca
 
O ensino das ciencias de base cognitiva cp9
O ensino das ciencias de base cognitiva cp9O ensino das ciencias de base cognitiva cp9
O ensino das ciencias de base cognitiva cp9Carlos Alberto Monteiro
 
1377 002
1377 0021377 002
1377 002maurila
 
TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA
TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICATEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA
TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICAjlpaesjr
 
Myriam sepúlveda interdisc
Myriam sepúlveda   interdiscMyriam sepúlveda   interdisc
Myriam sepúlveda interdiscelena_va
 
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardianoO ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardianoZara Hoffmann
 
Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)
Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)
Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)Anna Keyla Polle
 

La actualidad más candente (20)

Fichamento Carlos Willian
Fichamento Carlos WillianFichamento Carlos Willian
Fichamento Carlos Willian
 
Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e InterdisciplinaridadeFichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
Fichamento Currículo, Disciplina e Interdisciplinaridade
 
Fichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - AlineFichamento do texto - Aline
Fichamento do texto - Aline
 
Fichamento do texto - cildete
Fichamento do texto  - cildete Fichamento do texto  - cildete
Fichamento do texto - cildete
 
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
A contribuicao epistemologica de ludwik fleck na producao academica em educac...
 
Texto 2
Texto 2Texto 2
Texto 2
 
Paradigma emergente
Paradigma emergenteParadigma emergente
Paradigma emergente
 
Resenha Critica Joaquim Severino
Resenha Critica Joaquim SeverinoResenha Critica Joaquim Severino
Resenha Critica Joaquim Severino
 
Ciência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacionalCiência,epistemologia e pesquisa educacional
Ciência,epistemologia e pesquisa educacional
 
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional  - Revi...
Ciencia e epistemologia: reflexões necessárias à Pesquisa Educacional - Revi...
 
Teoria e Prática Científica - Antônio Severino
Teoria e Prática Científica - Antônio SeverinoTeoria e Prática Científica - Antônio Severino
Teoria e Prática Científica - Antônio Severino
 
O ensino das ciencias de base cognitiva cp9
O ensino das ciencias de base cognitiva cp9O ensino das ciencias de base cognitiva cp9
O ensino das ciencias de base cognitiva cp9
 
1377 002
1377 0021377 002
1377 002
 
Sociologia funcionalista de Durkheim
Sociologia funcionalista de DurkheimSociologia funcionalista de Durkheim
Sociologia funcionalista de Durkheim
 
TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA
TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICATEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA
TEORIA E PRÁTICA CIENTÍFICA
 
Apresentação Metodologia do Trabalho Científico
Apresentação Metodologia do Trabalho CientíficoApresentação Metodologia do Trabalho Científico
Apresentação Metodologia do Trabalho Científico
 
Myriam sepúlveda interdisc
Myriam sepúlveda   interdiscMyriam sepúlveda   interdisc
Myriam sepúlveda interdisc
 
teoria e pratica cientifica
teoria e pratica cientificateoria e pratica cientifica
teoria e pratica cientifica
 
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardianoO ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
O ensino de química e a formação do professor sob olhar bachelardiano
 
Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)
Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)
Teoria e Prática Científica SEVERINO (2007)
 

Similar a Fichamento 2 - Francine

Fichamento do texto aline
Fichamento do texto alineFichamento do texto aline
Fichamento do texto alinepibidsociais
 
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGTransdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGZara Hoffmann
 
O estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagemO estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagemQuitriaSilva2
 
Curriculares Nacionais - Área de Ciências
Curriculares Nacionais - Área de CiênciasCurriculares Nacionais - Área de Ciências
Curriculares Nacionais - Área de Ciênciasfimepecim
 
Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...
Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...
Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...fimepecim
 
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...Marco Bonito
 
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasInterdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasSued Oliveira
 
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasInterdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasSued Oliveira
 
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasInterdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasSued Oliveira
 
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseResenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseJuliana Gulka
 
Paty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-ciencPaty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-ciencFranco Bressan
 
Resumo dimas floriani
Resumo dimas florianiResumo dimas floriani
Resumo dimas florianiMarta Sousa
 
ApresentaçãO Faculdades
ApresentaçãO FaculdadesApresentaçãO Faculdades
ApresentaçãO FaculdadesLilian Larroca
 
O que é cts, afinal? Ensaio
O que é cts, afinal? EnsaioO que é cts, afinal? Ensaio
O que é cts, afinal? EnsaioJailson Alves
 
O que é cts, afinal ensaio
O que é cts, afinal   ensaioO que é cts, afinal   ensaio
O que é cts, afinal ensaioJailson Alves
 
Apresentação metodologia do trabalho científico
Apresentação metodologia do trabalho científicoApresentação metodologia do trabalho científico
Apresentação metodologia do trabalho científicoLarissa Almada
 

Similar a Fichamento 2 - Francine (20)

Fichamento do texto aline
Fichamento do texto alineFichamento do texto aline
Fichamento do texto aline
 
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFGTransdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
Transdisciplinaridade no Curso Intercultural da UFG
 
O estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagemO estudo cientifico da aprendizagem
O estudo cientifico da aprendizagem
 
Curriculares Nacionais - Área de Ciências
Curriculares Nacionais - Área de CiênciasCurriculares Nacionais - Área de Ciências
Curriculares Nacionais - Área de Ciências
 
Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...
Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...
Algumas Observações sobre os Parâmetros r Curriculares Nacionais - Área de Ci...
 
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
Aula 09 - Articulações e possibilidades no contexto brasileiro - Lopes, Braga...
 
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasInterdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
 
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasInterdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
 
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de cienciasInterdisciplinaridade no ensino de ciencias
Interdisciplinaridade no ensino de ciencias
 
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma teseResenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
Resenha: Um discurso sobre as ciências / Como se faz uma tese
 
Paty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-ciencPaty,m 1997d unverslde-cienc
Paty,m 1997d unverslde-cienc
 
Visao cienc
Visao ciencVisao cienc
Visao cienc
 
Fichamento
FichamentoFichamento
Fichamento
 
Resumo dimas floriani
Resumo dimas florianiResumo dimas floriani
Resumo dimas floriani
 
ApresentaçãO Faculdades
ApresentaçãO FaculdadesApresentaçãO Faculdades
ApresentaçãO Faculdades
 
Met. Cientifica
Met. CientificaMet. Cientifica
Met. Cientifica
 
253 804-1-pb
253 804-1-pb253 804-1-pb
253 804-1-pb
 
O que é cts, afinal? Ensaio
O que é cts, afinal? EnsaioO que é cts, afinal? Ensaio
O que é cts, afinal? Ensaio
 
O que é cts, afinal ensaio
O que é cts, afinal   ensaioO que é cts, afinal   ensaio
O que é cts, afinal ensaio
 
Apresentação metodologia do trabalho científico
Apresentação metodologia do trabalho científicoApresentação metodologia do trabalho científico
Apresentação metodologia do trabalho científico
 

Último

Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfJuliana Barbosa
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa paraAndreaPassosMascaren
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeLEONIDES PEREIRA DE SOUZA
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...azulassessoria9
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)Centro Jacques Delors
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxMarcosLemes28
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.denisecompasso2
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfFbioFerreira207918
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 

Último (20)

Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)Quiz | Dia da Europa 2024  (comemoração)
Quiz | Dia da Europa 2024 (comemoração)
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 

Fichamento 2 - Francine

  • 1. A Norma NB-88, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), define resumo como “apresentação concisa dos principais pontos de um texto”. Significa fazer uma apresentação sucinta, compacta, sintética, dos pontos relevantes do texto lido. FICHA RESUMO DO TEXTO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – UFPel Área: Subprojeto das Ciências Sociais Nome do Bolsista: FRANCINE BORGES BORDIN Referência Bibliográfica: POMBO, Olga. Práticas Interdisciplinares. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, n.15, p.208-249, jan/jun 2006. Titulo do texto: Práticas Interdisciplinares. Corpo da ficha (texto): O crescimento da ciência teria então como seu corolário um mecanismo de subdivisão infinita dos campos de investigação. (p.208). Talvez o facto mais interessante que caracteriza a interdisciplinaridade enquanto fenómeno, não da sociologia, mas, digamos assim, da ontologia da ciência, é que ela só se deixa pensar no cruzamento da perspectiva veritativa e da perspectiva sociológica da ciência. Não se trata agora, nem só da subdivisão contínua dos domínios disciplinares num movimento iniludivelmente orientado em direcção à verdade, nem da expansão quantitativa da comunidade dos investigadores. O crescimento do conhecimento científico resulta, pelo contrário, de um processo de reordenamento interno das comunidades levado a cabo por um reordenamento das disciplinas. A interdisciplinaridade traduz-se na constante emergência de novas disciplinas que não são mais do que a estabilização institucional e epistemológica de rotinas de cruzamento de disciplinas. Este fenómeno, não apenas torna mais articulado o conjunto dos diversos “ramos“ do saber (depois de os ramos principais se terem constituído, as novas ciências, resultantes da sua subdivisão sucessiva, vêm ocupar espaços vazios), como o fazem dilatar, constituindo mesmo novos espaços de investigação, surpreendentes campos de visibilidade. (p.210). - Ciências de fronteira, interdisciplinas e interciências As primeiras - ciências de fronteira - são novas disciplinas constituídas nas interfaces de duas disciplinas tradicionais. Também designadas por “disciplinas híbridas“ (Boulding (1956) e Dogan (1991)), elas são o resultado, como diz Boulding, do cruzamento de “dois respeitáveis e honestos pais académicos” (ibid.) recrutados, seja no âmbito interno das ciências da natureza (a Bioquímica, a Biofísica, a Geofísica, a Geobotânica ou Biomatemática) ou das ciências sociais e humanas (a Psicolinguística, a Psicosociologia, a História Económica), seja no cruzamento das ciências da natureza e das ciências sociais e
  • 2. humanas (Biologia Social, Etologia, Geografia Económica) ou das ciências naturais e disciplinas técnicas (Engenharia Genética, Biónica). (p.211). Por interdisciplinas entendem-se as novas disciplinas que aparecem com autonomia académica a partir de 1940/50 e que surgem do cruzamento de várias disciplinas científicas com o campo industrial e organizacional, tais como as Relações Industriais e Organizacionais (disciplina que estuda o comportamento dos homens nas organizações em que eles trabalham), Psicologia Industrial (aptidões dos indivíduos, problemas ligados ao manuseamento de máquinas e relações interpessoais), Selecção e Formação Profissional (adaptação dos traços de personalidade às carreiras profissionais), Sociologia dos Pequenos Grupos (normas dos grupos de trabalho e questões de liderança), Sociologia das Organizações (inovação, mudanças e solução de conflitos nas organizações), etc. (p.211). Finalmente por interciências, que Boulding (1956: 12) denomina por “interdisciplinas multi-sexuais“, designamos as novas disciplinas constituídas na confluência de várias disciplinas de diferentes áreas de conhecimento. É o caso da Ecologia, das Ciências Cognitivas ou das Ciências da Complexidade. (p.212). - O exemplo das ciências cognitivas: A “galáxia das ciências cognitivas”, como lhes chama Andler (1990: 81),8 é constituída por um conjunto de investigações que têm origem em cinco disciplinas dominantes: a psicologia, a linguística (fonética, gramática, acústica, pragmática), a filosofia (lógica, filosofia da linguagem, epistemologia, filosofia do espírito, filosofia moral), a inteligência artificial e as neurociências (neurofisiologia, neuroanatomia, neuroquímica, biologia molecular, citologia). Porém, para lá destas disciplinas que, como diria Lakatos, delimitam o “núcleo duro“ das ciências cognitivas, nelas se inclui ainda um conjunto muito mais amplo que, conforme os casos e as exigências dos problemas em estudo, pode incluir disciplinas, sub-disciplinas, especialidades, sub-especialidades e programas de investigação provenientes, quer das ciências da natureza (física, eletromagnetismo, cronometria, mecânica, química), quer da lógica e das ciências matemáticas (geometria, probabilidades, estatística), quer da área das engenharias (informática, cibernética, robótica), quer das ciências humanas (antropologia, sociologia, economia), quer ainda uma pluralidade de especialidades de fronteira como a psicolinguística, a psicofísica, a neurolinguística, a neuropsicologia e a psicologia social. (p.214). - Novas estruturas institucionais da investigação interdisciplinar Digamos que a interdisciplinaridade existe sobretudo como prática. Ela traduz-se na realização de diferentes tipos de experiências interdisciplinares de investigação (pura e aplicada) em universidades, laboratórios, departamentos técnicos; na experimentação e institucionalização de novos sistemas de organização, programas interdepartamentais, redes e grupos interuniversitários adequados às previsíveis tarefas e potencialidades da interdisciplinaridade; na criação de diversos tipos de institutos e centros de investigação interdisciplinar que, em alguns casos, se constituem mesmo como o pólo organizador de novas ciências, a sua única ou predominante
  • 3. base institucional. (p.225). - Para uma tipologia das práticas de investigação interdisciplinar: Na ausência de um programa teórico unificado do que poderia ser a interdisciplinaridade, de uma determinação rigorosa do que ela seja enquanto modo de investigação, a realidade da interdisciplinaridade oscila entre dois extremos: uma versão instrumental instaurada pela complexidade do “objecto“ (de que as ciências cognitivas são exemplo pregnante) e uma versão processual, versão na qual a colaboração entre investigadores de diferentes disciplinas é, por assim dizer, prévia à emergência dos próprios objectos complexos e requerida pela vontade interdisciplinar que anima as “instituições“ que lhe dão enquadramento (como vimos, o Santa Fe Institute leva até às suas últimas consequências este modelo). (p.230). MODALIDADES: Práticas de Importação: Referimo-nos, antes de mais, àquelas práticas decorrentes de limites sentidos no interior das disciplinas especializadas. O aprofundamento da investigação numa disciplina leva ao reconhecimento da necessidade de transcender as fronteiras disciplinares. [...] Ela consiste então na cooptação, a favor da disciplina “importadora“, de conceitos, métodos e instrumentos já provados noutras disciplinas.26 Porque o objectivo é resolver um problema da disciplina que toma a iniciativa do processo, a incorporação é feita segundo os interesses da disciplina importadora, disciplina esta que submete os dispositivos importados à sua própria lógica, os manipula, os transfigura, os inscreve na tradição teórica que é a sua. Pode também acontecer que este tipo de articulação disciplinar assimétrica dê origem a um regime de troca, digamos assim, de vai e vem Por fim, pode mesmo ocorrer uma aproximação mútua e sistemática de duas disciplinas, tanto a nível de integração teórica como metodológica, na base da qual podem surgir então novas disciplinas de fronteira. (p.230-231). Práticas de Cruzamento: Estamos agora perante práticas relativas a problemas que, tendo a sua origem numa determinada disciplina, irradiam para outras, invadem outros domínios, circulam, revelam-se enquanto “problemas indisciplinados”. A ideia subjacente é a de que o problema é um espaço objectivo de determinações irredutível à lógica (subjectiva, institucional) das disciplinas do saber. [...] Na medida em que cada disciplina é incapaz de esgotar o problema em análise, a interdisciplinaridade traduz-se na abertura intrínseca de cada disciplina a todas as outras, na disponibilidade de cada uma das disciplinas envolvidas se deixar cruzar e contaminar por todas as outras. (p.231-232). Práticas de Convergência: Referimo-nos agora a práticas de convergência na análise de um terreno comum. Como é que diferentes disciplinas, distintas, vizinhas, apreendem um mesmo objecto, que tipo de relações e de respostas estabelecem? Conhecido também pelo nome de “estudos por áreas“, quando posto em prática pelas ciências sociais, este tipo de interdisciplinaridade toma frequentemente por objecto regiões geograficamente circunscritas dotadas de
  • 4. unidade cultural, histórica ou linguística. [...] Quer isto dizer que, neste tipo de práticas, a interdisciplinaridade passa, não tanto pela concertação prévia de uma metodologia, mas pelo convite à convergência de perspectivas em torno de um determinado objecto de análise. (p.233). Práticas de Descentração: Práticas que têm na sua origem a irrupção de problemas impossíveis de reduzir às disciplinas tradicionais. Estes problemas podem ser problemas novos, como o ambiente,em grande parte resultantes dos próprios desenvolvimentos científicos e da capacidade tecnológica que o homem adquiriu para perturbar a ordem natural. A interdisciplinaridade é então “estrutural”, como diz Boisot (1972: 95), dando origem a “um corpo de leis novas que compõem a ossatura de uma disciplina original (é o caso da ecologia), não redutível à reunião formal das que a engendraram”. [...] A interdisciplinaridade pode então ser dita descentrada, ou circular, querendo-se com isto significar que não há propriamente uma disciplina que constitua o ponto de partida ou irradiação do problema, ou que seja o ponto de chegada do trabalho interdisciplinar. Há um policentrismo de disciplinas ao serviço do crescimento do conhecimento. Interdisciplinaridade que pode dar origem, não tanto a novas disciplinas, como a constelações de disciplinas, novos arranjos disciplinares, algo de que, como vimos, as ciências cognitivas são exemplo eloquente. (p.234). Práticas de Comprometimento: A interdisciplinaridade (próxima daquilo a que Heckhausen (1972: 89) chama “interdisciplinaridade compósita”) é aqui circular, envolvente. Ela tem a forma de um esforço conjugado que visa, não apenas trocar informações ou confrontar métodos, mas fazer circular um saber, explorar activamente todas as suas possíveis complementaridades, explorar possibilidades de “polinização cruzada”35 e cujo objectivo é encontrar “soluções técnicas para a resolução de problemas que resistem às contingências históricas em constante evolução” (Heckhausen, 1972: 89). (p.235). Análise crítica do texto: É um texto claro que considera todos os níveis de interdisciplinaridade - diferenciando-os, porém, demonstrando seus benefícios. Independente da modalidade ou prática de investigação interdisciplinar, estas vêm a demonstrar que, mais importante do que alcançar uma interdisciplinaridade utópica, o que importa é o movimento de diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento, formando a totalidade e complexidade da ciência.