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Cafeicultura de Arábica do oeste baiano é a única a apresentar margem líquida positiva em mai/13
Com as baixas cotações do café Arábica em 2013, a Margem Líquida (ML = Preço de Venda – COT)
não está favorável aos cafeicultores. Entre ago/12 e mai/13 houve uma redução de 18,98% nos preços
médios de venda nas regiões analisadas, contra um aumento de 4,72% nos custos de produção.
Em mai/13 apenas o município de Luís Eduardo Magalhães/BA apresentou ML positiva. Os preços
ficaram em R$301,00, gerando uma ML positiva de R$79,91/saca. Nas demais regiões a ML foi negativa,
sendo que a menor (-R$178,08/saca) foi verificada em Guaxupé/MG. Apesar de ter apresentado ML
negativa, no município de Abatiá/PR foi observado o maior preço de venda (R$313,68/saca), mas o COT
ficou em R$398,53/saca.
Mesmo considerando o novo Preço Mínimo de venda, R$307,00, aprovado pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) em mai/13, os custos de produção elevados não permitiriam uma ML positiva. Esta
condição pode ser observada no gráfico, que relaciona o preço médio de venda em cada município (eixo x) e
sua respectiva ML (eixo y). O novo preço mínimo passa a valer para safra 2012/2013.
-200,00
-150,00
-100,00
-50,00
0,00
50,00
100,00
275,00 280,00 285,00 290,00 295,00 300,00 305,00 310,00 315,00 320,00
MargemLíquida(R$)
Preço do café (R$)
Guaxupé MG Santa Rita do Sapucaí MG Brejetuba ES
Manhumirim MG Monte Carmelo MG Capelinha MG
Luís Eduardo Magalhães BA Franca SP Abatiá PR
Relação entre Preço de Venda Local, Preço Mínimo e Margem Líquida
(Mai/13)
*Os marcadores em forma de círculo (mesmas cores da legenda) representam a relação entre Preço Mínimo e Margem Líquida
Elaboração: CIM/UFLA
Panorama atual da cafeicultura favorece o café Conilon
Ao longo da história do cultivo comercial de café, a espécie Coffea arabica (Arábica) foi a mais
utilizada. Porém, ao longo das últimas décadas os grãos de Coffea canephora (Conilon) ganharam mercado,
principalmente devido aos seus menores preços.
Com as altas cotações do Arábica, alcançadas em 2011, a indústria mudou a composição dos seus
blends e passou a utilizar mais Conilon. De acordo com o Bureau de Inteligência Competitiva do Café,
vinculado ao Centro de Inteligência em Mercados (CIM), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), isso
ocasionou uma forte redução nas cotações internacionais do primeiro, levando os preços abaixo do custo de
produção em várias regiões do Brasil. No entanto, o panorama atual é favorável para a cafeicultura de
Conilon, cujos preços de venda mantiveram maior estabilidade em relação aos preços do Arábica.
104,67
99,70
92,91
91,34
88,53
81,84
79,73
82,24
81,02
105,97
107,19
100,44
95,01
97,60 97,82
91,85
91,04
92,11
75,00
80,00
85,00
90,00
95,00
100,00
105,00
110,00
ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13
Variação acumulada dos preços de venda médios nas regiões
que compõem o Campo Futuro (Base 100)
Coffea arabica Coffea canephora
Elaboração: CIM/UFLA
Neste cenário é observada uma tendência de crescimento no cultivo de Conilon no Brasil. De acordo
com dados da Conab, a produção nacional saltou de 7,5 milhões de sacas em 2007 para 12,5 milhões em
2012, uma alta de 66%. Os custos de produção menores em relação ao Arábica, e os preços favoráveis dos
últimos anos, contribuíram diretamente para esta condição.
Caso as perspectivas de aumento de área cultivada com esta espécie se consolidem, e a produtividade
atual se mantenha, em breve os impactos de sua oferta no mercado interno se evidenciarão.
Segundo o Bureau, a indústria nacional de café já utiliza, em média, blends com 50% de Conilon,
havendo pouco espaço para ampliar esse percentual. Isso pode limitar o crescimento da demanda interna
pelo grão, levando a um período de declínio nas cotações.
Algumas condições específicas, porém, podem manter o crescimento da demanda por Conilon acima
da média. Um deles é o aumento do consumo na Ásia, que tem como base o café solúvel feito a partir destes
grãos. Outro ponto relevante são os novos processos para tratamento químico dos grãos, capazes de reduzir
características indesejáveis na bebida, típicas da espécie. A consequência direta dessas tecnologias é a
elevação do percentual de Conilon nos blends.
COE da cafeicultura aumenta 3,24% em fev/13 influenciado por reajuste salarial
O Custo Operacional Efetivo (COE) da cafeicultura (Arábica e Conilon) aumentou 3,24% entre
jan/13 e fev/13.
O COE de produção do café Arábica aumentou 3,41%. O reajuste salarial elevou os custos em
3,43%, entretanto, a queda de outros componentes do COE minimizou seus impactos. Os custos com energia
elétrica reduziram o COE em 0,46%.
A maior variação foi verificada em Abatiá/PR, onde o COE subiu 5,69% influenciado pelo aumento
de 5,25% nos custos com pessoas. Já a menor variação foi evidenciada em Luís Eduardo Magalhães/BA,
0,78%, em decorrência da intensa utilização de maquinários no processo produtivo.
Para o café Conilon, a maior variação ocorreu em Itabela/BA. O COE subiu 4,96%, dos quais 3,97%
correspondem à variação nos custos com pessoas. Em Cacoal/RO, o aumento salarial causou uma elevação
de 4,19% no COE, e em Jaguaré/ES 4,46%. Porém, a variação de outros componentes de custos nestas
regiões também minimizou os impactos no COE, que em média teve um aumento de 2,66% em fev/13. Em
média, os custos com energia elétrica reduziram o COE do Conilon em 0,60%, frente a um aumento médio
de 4,40% causado pelo reajuste salarial.
De ago/12 a mai/13, o aumento acumulado no COE do Conilon chegou a 6,57%, e 5,70% no COE do
Arábica. Nas regiões de Arábica onde o manejo é mecanizado, o COE subiu 6,87%. Já onde a produção é
manual, o aumento foi de 3,94%. Apesar do aumento de 4,77% no COE da produção manual em fev/13,
provocado pelos salários, os custos menores com insumos contribuíram para uma variação menor em
relação às regiões mecanizadas. O reajuste salarial gerou um aumento de 2,69% no COE nas últimas
regiões.
mai/13
Variação do COE (%)
Variação causada apenas
pelos salários (%)
Variação causada apenas
pela energia elétrica (%)
COE
(R$/saca)
Abatiá - PR 5,69 5,25 -0,14 340,10
Brejetuba - ES 3,43 4,31 -0,44 358,49
Capelinha - MG 3,24 3,18 -0,25 285,62
Franca - SP 2,86 2,54 -0,16 274,49
Guaxupé - MG 3,54 4,41 -0,48 386,77
Luís Eduardo Magalhães - BA 0,78 1,30 -1,04 178,81
Manhumirim - MG 4,63 5,23 -0,33 414,09
Monte Carmelo - MG 2,90 2,46 -0,69 261,81
Santa Rita do Sapucaí - MG 5,07 4,94 -0,26 381,85
VARIAÇÃO PONDERADA ARÁBICA 3,41 3,43 -0,46 -
Cacoal - RO 3,82 4,19 -0,56 187,70
Itabela - BA 4,96 3,97 -0,59 156,15
Jaguaré - ES 2,29 4,46 -0,61 171,65
VARIAÇÃO PONDERADA CONILON 2,66 4,40 -0,60 -
MUNICÍPIO
jan/13 a fev/13
Elaboração: CIM/UFLA
Regiões com manejo mecanizado e semimecanizado apresentaram maior variação no COE em 2013
Atualmente, os custos operacionais unitários de produção de café se reduzem drasticamente à medida
que o processo produtivo se torna mais mecanizado. Tipos de manejo considerados MECANIZADOS são
aqueles que fazem uso da mecanização (máquinas automotoras, por exemplo, trator e colhedoras) nas
atividades de condução da lavoura e nas de colheita. Nos SEMIMECANIZADOS a mecanização é utilizada
na condução da lavoura, mas não na colheita. No MANUAL, não existem atividades realizadas por
máquinas automotoras. É importante lembrar que as máquinas acopladas ao corpo humano (“costais”), neste
caso, não caracterizam um processo produtivo como mecanizado.
Em média, a diferença no COE entre o manejo manual e o mecanizado é de 33%. Os custos com mão
de obra na condução da lavoura são em média 67% menores nas regiões mecanizadas. Considerando o
manejo semimecanizado, a diferença no COE em relação ao manejo manual é de 13%.
As depreciações, principalmente de máquinas e implementos, em média são superiores em
propriedades com algum tipo de mecanização, quando comparadas às situações manuais. Isto faz com que o
COE se reduza em maior proporção que o COT.
MANUAL SEMIMECANIZADO MECANIZADO
432,26
380,98
310,82
447,09
398,53
321,37
Tipo de manejo x COT Médio
Ago/12 a Jan/13 Fev/13 a Mai/13
BASE
-11%
-28%
MANUAL SEMIMECANIZADO MECANIZADO
375,09
322,54
250,13
389,91
340,09
260,68
Tipo de manejo x COE Médio
Ago/12 a Jan/13 Fev/13 a Mai/13
BASE
-13%
-33%
Elaboração: CIM/UFLA
Apesar dos custos de produção das regiões com manejo manual ter sofrido maior influência do
reajuste salarial a partir de fev/13, as regiões que possuem mecanização apresentaram maior aumento no
COE. Em média, entre fev/13 e mai/13 estes custos foram 4,22% superiores ao período de ago/12 à jan/13
em regiões mecanizadas. Nas regiões manuais a diferença foi de 3,95%. Os preços maiores dos insumos
agrícolas nas regiões mecanizadas são o principal motivo desta diferença, visto que os custos com pessoas
reduzem expressivamente com a utilização de maquinários.
A maior variação neste período foi observada para o processo produtivo semimecanizado. O COE
para este tipo de manejo subiu 5,44%. Além da influência dos custos com pessoas, os custos com corretivos
e defensivos foram decisivos.
A maior demanda por insumos em outras atividades agrícolas, principalmente, pode justificar o
aumento geral em seus preços nas regiões mecanizáveis, onde a cafeicultura divide espaço.

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Margem Líquida positiva apenas em Luís Eduardo Magalhães/BA em maio/2013 devido aos baixos preços do café arábica

  • 1. Cafeicultura de Arábica do oeste baiano é a única a apresentar margem líquida positiva em mai/13 Com as baixas cotações do café Arábica em 2013, a Margem Líquida (ML = Preço de Venda – COT) não está favorável aos cafeicultores. Entre ago/12 e mai/13 houve uma redução de 18,98% nos preços médios de venda nas regiões analisadas, contra um aumento de 4,72% nos custos de produção. Em mai/13 apenas o município de Luís Eduardo Magalhães/BA apresentou ML positiva. Os preços ficaram em R$301,00, gerando uma ML positiva de R$79,91/saca. Nas demais regiões a ML foi negativa, sendo que a menor (-R$178,08/saca) foi verificada em Guaxupé/MG. Apesar de ter apresentado ML negativa, no município de Abatiá/PR foi observado o maior preço de venda (R$313,68/saca), mas o COT ficou em R$398,53/saca. Mesmo considerando o novo Preço Mínimo de venda, R$307,00, aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em mai/13, os custos de produção elevados não permitiriam uma ML positiva. Esta condição pode ser observada no gráfico, que relaciona o preço médio de venda em cada município (eixo x) e sua respectiva ML (eixo y). O novo preço mínimo passa a valer para safra 2012/2013.
  • 2. -200,00 -150,00 -100,00 -50,00 0,00 50,00 100,00 275,00 280,00 285,00 290,00 295,00 300,00 305,00 310,00 315,00 320,00 MargemLíquida(R$) Preço do café (R$) Guaxupé MG Santa Rita do Sapucaí MG Brejetuba ES Manhumirim MG Monte Carmelo MG Capelinha MG Luís Eduardo Magalhães BA Franca SP Abatiá PR Relação entre Preço de Venda Local, Preço Mínimo e Margem Líquida (Mai/13) *Os marcadores em forma de círculo (mesmas cores da legenda) representam a relação entre Preço Mínimo e Margem Líquida Elaboração: CIM/UFLA Panorama atual da cafeicultura favorece o café Conilon Ao longo da história do cultivo comercial de café, a espécie Coffea arabica (Arábica) foi a mais utilizada. Porém, ao longo das últimas décadas os grãos de Coffea canephora (Conilon) ganharam mercado, principalmente devido aos seus menores preços. Com as altas cotações do Arábica, alcançadas em 2011, a indústria mudou a composição dos seus blends e passou a utilizar mais Conilon. De acordo com o Bureau de Inteligência Competitiva do Café, vinculado ao Centro de Inteligência em Mercados (CIM), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), isso ocasionou uma forte redução nas cotações internacionais do primeiro, levando os preços abaixo do custo de produção em várias regiões do Brasil. No entanto, o panorama atual é favorável para a cafeicultura de Conilon, cujos preços de venda mantiveram maior estabilidade em relação aos preços do Arábica.
  • 3. 104,67 99,70 92,91 91,34 88,53 81,84 79,73 82,24 81,02 105,97 107,19 100,44 95,01 97,60 97,82 91,85 91,04 92,11 75,00 80,00 85,00 90,00 95,00 100,00 105,00 110,00 ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 Variação acumulada dos preços de venda médios nas regiões que compõem o Campo Futuro (Base 100) Coffea arabica Coffea canephora Elaboração: CIM/UFLA Neste cenário é observada uma tendência de crescimento no cultivo de Conilon no Brasil. De acordo com dados da Conab, a produção nacional saltou de 7,5 milhões de sacas em 2007 para 12,5 milhões em 2012, uma alta de 66%. Os custos de produção menores em relação ao Arábica, e os preços favoráveis dos últimos anos, contribuíram diretamente para esta condição. Caso as perspectivas de aumento de área cultivada com esta espécie se consolidem, e a produtividade atual se mantenha, em breve os impactos de sua oferta no mercado interno se evidenciarão. Segundo o Bureau, a indústria nacional de café já utiliza, em média, blends com 50% de Conilon, havendo pouco espaço para ampliar esse percentual. Isso pode limitar o crescimento da demanda interna pelo grão, levando a um período de declínio nas cotações. Algumas condições específicas, porém, podem manter o crescimento da demanda por Conilon acima da média. Um deles é o aumento do consumo na Ásia, que tem como base o café solúvel feito a partir destes grãos. Outro ponto relevante são os novos processos para tratamento químico dos grãos, capazes de reduzir características indesejáveis na bebida, típicas da espécie. A consequência direta dessas tecnologias é a elevação do percentual de Conilon nos blends. COE da cafeicultura aumenta 3,24% em fev/13 influenciado por reajuste salarial O Custo Operacional Efetivo (COE) da cafeicultura (Arábica e Conilon) aumentou 3,24% entre jan/13 e fev/13. O COE de produção do café Arábica aumentou 3,41%. O reajuste salarial elevou os custos em 3,43%, entretanto, a queda de outros componentes do COE minimizou seus impactos. Os custos com energia elétrica reduziram o COE em 0,46%.
  • 4. A maior variação foi verificada em Abatiá/PR, onde o COE subiu 5,69% influenciado pelo aumento de 5,25% nos custos com pessoas. Já a menor variação foi evidenciada em Luís Eduardo Magalhães/BA, 0,78%, em decorrência da intensa utilização de maquinários no processo produtivo. Para o café Conilon, a maior variação ocorreu em Itabela/BA. O COE subiu 4,96%, dos quais 3,97% correspondem à variação nos custos com pessoas. Em Cacoal/RO, o aumento salarial causou uma elevação de 4,19% no COE, e em Jaguaré/ES 4,46%. Porém, a variação de outros componentes de custos nestas regiões também minimizou os impactos no COE, que em média teve um aumento de 2,66% em fev/13. Em média, os custos com energia elétrica reduziram o COE do Conilon em 0,60%, frente a um aumento médio de 4,40% causado pelo reajuste salarial. De ago/12 a mai/13, o aumento acumulado no COE do Conilon chegou a 6,57%, e 5,70% no COE do Arábica. Nas regiões de Arábica onde o manejo é mecanizado, o COE subiu 6,87%. Já onde a produção é manual, o aumento foi de 3,94%. Apesar do aumento de 4,77% no COE da produção manual em fev/13, provocado pelos salários, os custos menores com insumos contribuíram para uma variação menor em relação às regiões mecanizadas. O reajuste salarial gerou um aumento de 2,69% no COE nas últimas regiões. mai/13 Variação do COE (%) Variação causada apenas pelos salários (%) Variação causada apenas pela energia elétrica (%) COE (R$/saca) Abatiá - PR 5,69 5,25 -0,14 340,10 Brejetuba - ES 3,43 4,31 -0,44 358,49 Capelinha - MG 3,24 3,18 -0,25 285,62 Franca - SP 2,86 2,54 -0,16 274,49 Guaxupé - MG 3,54 4,41 -0,48 386,77 Luís Eduardo Magalhães - BA 0,78 1,30 -1,04 178,81 Manhumirim - MG 4,63 5,23 -0,33 414,09 Monte Carmelo - MG 2,90 2,46 -0,69 261,81 Santa Rita do Sapucaí - MG 5,07 4,94 -0,26 381,85 VARIAÇÃO PONDERADA ARÁBICA 3,41 3,43 -0,46 - Cacoal - RO 3,82 4,19 -0,56 187,70 Itabela - BA 4,96 3,97 -0,59 156,15 Jaguaré - ES 2,29 4,46 -0,61 171,65 VARIAÇÃO PONDERADA CONILON 2,66 4,40 -0,60 - MUNICÍPIO jan/13 a fev/13 Elaboração: CIM/UFLA Regiões com manejo mecanizado e semimecanizado apresentaram maior variação no COE em 2013 Atualmente, os custos operacionais unitários de produção de café se reduzem drasticamente à medida que o processo produtivo se torna mais mecanizado. Tipos de manejo considerados MECANIZADOS são aqueles que fazem uso da mecanização (máquinas automotoras, por exemplo, trator e colhedoras) nas atividades de condução da lavoura e nas de colheita. Nos SEMIMECANIZADOS a mecanização é utilizada na condução da lavoura, mas não na colheita. No MANUAL, não existem atividades realizadas por máquinas automotoras. É importante lembrar que as máquinas acopladas ao corpo humano (“costais”), neste caso, não caracterizam um processo produtivo como mecanizado. Em média, a diferença no COE entre o manejo manual e o mecanizado é de 33%. Os custos com mão de obra na condução da lavoura são em média 67% menores nas regiões mecanizadas. Considerando o manejo semimecanizado, a diferença no COE em relação ao manejo manual é de 13%.
  • 5. As depreciações, principalmente de máquinas e implementos, em média são superiores em propriedades com algum tipo de mecanização, quando comparadas às situações manuais. Isto faz com que o COE se reduza em maior proporção que o COT. MANUAL SEMIMECANIZADO MECANIZADO 432,26 380,98 310,82 447,09 398,53 321,37 Tipo de manejo x COT Médio Ago/12 a Jan/13 Fev/13 a Mai/13 BASE -11% -28% MANUAL SEMIMECANIZADO MECANIZADO 375,09 322,54 250,13 389,91 340,09 260,68 Tipo de manejo x COE Médio Ago/12 a Jan/13 Fev/13 a Mai/13 BASE -13% -33% Elaboração: CIM/UFLA Apesar dos custos de produção das regiões com manejo manual ter sofrido maior influência do reajuste salarial a partir de fev/13, as regiões que possuem mecanização apresentaram maior aumento no COE. Em média, entre fev/13 e mai/13 estes custos foram 4,22% superiores ao período de ago/12 à jan/13 em regiões mecanizadas. Nas regiões manuais a diferença foi de 3,95%. Os preços maiores dos insumos agrícolas nas regiões mecanizadas são o principal motivo desta diferença, visto que os custos com pessoas reduzem expressivamente com a utilização de maquinários. A maior variação neste período foi observada para o processo produtivo semimecanizado. O COE para este tipo de manejo subiu 5,44%. Além da influência dos custos com pessoas, os custos com corretivos e defensivos foram decisivos. A maior demanda por insumos em outras atividades agrícolas, principalmente, pode justificar o aumento geral em seus preços nas regiões mecanizáveis, onde a cafeicultura divide espaço.