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Conhecimento escolar e diversidade cultural
A escola como espaço sócio-educativo

Professor é uma profissão que se começa cedo, pois ao chegarmos à universidade,
já temos modelos, exemplos e referências anteriores destes profissionais. Por quê? Porque o
professor tem importante papel na escola na consolidação desta como espaço sócio –
educativo. Apesar da afirmação de alguns autores - Bourdieu, Rodrigues Brandão, por
exemplo – de que a escola reforça e legitima a desigualdade, ao mesmo tempo, esta ainda
pode ser considerada como uma das instituições mais fortes para a socialização do indivíduo.
Afinal, para muitos alunos, geralmente, é por meio da escola que estes têm acesso a diferentes
tipos de realidades que ás vezes não o têm no eixo familiar. Neste espaço, os estudantes
podem ter contato com pessoas de outras etnias, famílias diferentes do tradicional pai-mãefilho/a, colegas portadores de necessidades especiais e padrões culturais diferenciados. O que
faz necessário que o professor esteja atento ás mudanças e peculiaridades escolares, pois da
Educação Infantil à Academia, muitas mudanças, de costumes e legislação, podem ocorrer.
Da Lei de Diretrizes e Bases da Educação até a Lei 11274/06, tem-se notado um
grande esforço – mesmo que lento – para aumentar a inclusão das crianças de setores
populares no sistema educacional brasileiro, haja vista que as crianças de classes sociais mais
favorecidas, já se encontram incorporadas ao sistema de ensino desde a tenra idade; a escola
depara-se com este desafio: articular os conhecimentos escolares com as diversidades
culturais e sociais tão características do Brasil.
Este texto tratará desta articulação dos conhecimentos escolares aliados à
diversidade cultural presente na escola, centrando no Ensino Fundamental e, tomando por
base, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, as diferentes
abordagens das áreas de conhecimento e a produção de saberes a partir de saberes que os
alunos já trazem à escola. Assim como objetiva mostrar como é possível vincular as DCNEF
com o currículo, aproveitando a carga de saberes do aluno com uma das fontes que o
professor dispõe para o aprendizado: o conhecimento escolar.
Nosso país contem uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e
miscigenada e, portanto, apresenta uma vasta diversidade - tanto étnica, quanto cultural - do
povo. Este tema deve ser abordado em sala de aula para que os alunos tenham conhecimento
da pluralidade de saberes, que, muitas vezes, originam-se nas vivências.
A Resolução 7, de dezembro de 2010, que fixa as DCNEF, em seu 9º artigo, faz
essa consideração ao sugerir a inserção das experiências escolares e relações sociais dos
estudantes no currículo escolar:
“Art. 9º O currículo do Ensino Fundamental é entendido, nesta Resolução,
como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do
conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular
vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para construir a identidade dos estudantes” (p. 3)

Podemos entender então, tais experiências como parte do currículo. Porém,
estas,ao se aliarem ao conhecimento, precisariam de:
1. Ações educativas;
2. Vivências proporcionadas na escola;
3. Relacionar a vivência ao conhecimento escolar a fim de serem repassados para
a formação do aluno.
Um exemplo de como a experiência proporcionada na escola aliou-se ao
conhecimento escolar está no fragmento: “Metamorfose: o segredo da vida”, de Patrícia
Corsino, onde as crianças, por meio de algumas lagartas trazidas à sala por um dos alunos,
não só acompanham o processo, como constroem o conceito de metamorfose. Poderíamos
definir: conhecimento escolar através de vivência escolar.
As DCNEF, em seu 15º artigo, organizam os componentes curriculares em áreas
de conhecimento, pois estas permitem um trânsito maior entre disciplinas. E, ao abordar as
diferentes áreas de conhecimento, esta organização “é uma maneira (entre outras) de tentar
organizar os saberes em conhecimento escolar” (CORSINO, 2009, p. 43). Cada área de
conhecimento tem seus objetivos específicos, pois o conhecimento escolar tem a ver com a
discussão da didática e o professor deve entender seu nível de intervenção ao organizar os
conteúdos para tentar alcançar esses objetivos da melhor forma possível.
A escola tem tudo a ver com essa perspectiva no alcance dos objetivos das áreas
do conhecimento a serem trabalhadas encadeadas às diversidades culturais, pois, segundo
Angêla Méyer Borba:
“A escola tem a função social de proporcionar situações para que as
crianças possam ampliar e aprofundar conhecimentos que lhes permitam
compreender a realidade de várias formas, ampliando o sentido de ser e estar
no mundo, de pertencer a determinados grupos sociais, de viver em dado
tempo e lugar, de partilhar práticas e conhecimentos” (BORBA, 2006, p.22).

Sustentando o que diz Angêla Méyer, a escola pode cumprir sua função como
espaço sócio-cultural favorecendo a expressão e a comunicação dos saberes e produções das
crianças e uma das formas é a escrita, considerada pela autora como “ferramenta fundamental
para o acesso das várias áreas do saber” (Id. p. 23).
A gama de variedade e possibilidade de trabalhar com os alunos o conhecimento
escolar coordenado ao pluralismo cultural é ampla. O pedagogo atuante no Ensino
Fundamental precisa ter o domínio de atividades, sequências didáticas e projetos, favorecendo
desta forma a interelação entre os conhecimentos considerados necessários aos alunos e
outros saberes. Dependerá muito de o corpo profissional escolar estar disposto, preparado e
bem formado para desenvolver a aprendizagem a partir desta perspectiva – abordar as áreas
de conhecimento correlacionando à diversidade cultural - haja vista que está intrínseco nesta
visão, que se requer além de planejamento teórico, um trabalho real, pois, desta maneira,
pode-se construir o processo ensino-aprendizagem.
Deve-se tratar de não eliminar a carga de conhecimento que o aluno traz, validar,
considerar e aproveitar seus saberes no conhecimento sistematizado, porque assim, o aluno
aprende sobre ele mesmo e sobre o mundo ao seu redor. A escola contribuiria para formar e
reforçar a identidade do alunado.
Pensar estratégias que possam inovar, permitindo maior interação dos alunos.
Seria importante que a escola mantivesse um registro sobre os processos de aprendizagem
para melhorá-lo a cada oportunidade, culminando não apenas na aprendizagem por parte do
aluno, mas mostrando ser possível atingir o artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
onde “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” (LBD, 1996, p.1).
Referências:
MEC.CNE.CEB. Resolução 7, de dezembro de2010: Diretrizes Curriculares Nacionais
para
o
Ensino
Fundamental.
Brasília,
2010.
Disponível
em:
portal.mec.gov.br%2Findex.php%3Foption%3Dcom_docman%26task%3Ddoc_download%2
6gid%3D7246%26Itemid&ei=MsxtUpuEMPc4APooIDQAg&usg=AFQjCNEEWCoeaIu13B
IMCQCb0RVcg94rBw&sig2=ioMyxFDFHIRojqJsAr5k_g&bvm=bv.55123115,d.dmg. 15 p.
Acesso em: 15 de outubro de 2013.
CORSINO, Patrícia. A abordagem das diferentes áreas do conhecimento. IN: Anos Iniciais
do Ensino Fundamental. TV Escola. Ano XIX, Nº 12, Set, 2009. p. 36-48. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012182.pdf. Acesso em: 15 de
outubro de 2013
BORBA, Ângela Meyer.; ALMEIDA, Célia Mª de Castro. Saberes que produzem saberes. IN:
Letra Viva: práticas de leitura e escrita. TV Escola. Boletim 09, Jun, 2006. p. 20-29.
Disponível em: http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/165418Letraviva.pdf. Acesso em:
15 de outubro de 2013.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Art. 1º. p. 1.
Acervo pessoal.

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Conhecimento escolar e diversidade cultural

  • 1. Conhecimento escolar e diversidade cultural A escola como espaço sócio-educativo Professor é uma profissão que se começa cedo, pois ao chegarmos à universidade, já temos modelos, exemplos e referências anteriores destes profissionais. Por quê? Porque o professor tem importante papel na escola na consolidação desta como espaço sócio – educativo. Apesar da afirmação de alguns autores - Bourdieu, Rodrigues Brandão, por exemplo – de que a escola reforça e legitima a desigualdade, ao mesmo tempo, esta ainda pode ser considerada como uma das instituições mais fortes para a socialização do indivíduo. Afinal, para muitos alunos, geralmente, é por meio da escola que estes têm acesso a diferentes tipos de realidades que ás vezes não o têm no eixo familiar. Neste espaço, os estudantes podem ter contato com pessoas de outras etnias, famílias diferentes do tradicional pai-mãefilho/a, colegas portadores de necessidades especiais e padrões culturais diferenciados. O que faz necessário que o professor esteja atento ás mudanças e peculiaridades escolares, pois da Educação Infantil à Academia, muitas mudanças, de costumes e legislação, podem ocorrer. Da Lei de Diretrizes e Bases da Educação até a Lei 11274/06, tem-se notado um grande esforço – mesmo que lento – para aumentar a inclusão das crianças de setores populares no sistema educacional brasileiro, haja vista que as crianças de classes sociais mais favorecidas, já se encontram incorporadas ao sistema de ensino desde a tenra idade; a escola depara-se com este desafio: articular os conhecimentos escolares com as diversidades culturais e sociais tão características do Brasil. Este texto tratará desta articulação dos conhecimentos escolares aliados à diversidade cultural presente na escola, centrando no Ensino Fundamental e, tomando por base, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, as diferentes abordagens das áreas de conhecimento e a produção de saberes a partir de saberes que os alunos já trazem à escola. Assim como objetiva mostrar como é possível vincular as DCNEF com o currículo, aproveitando a carga de saberes do aluno com uma das fontes que o professor dispõe para o aprendizado: o conhecimento escolar. Nosso país contem uma grande dimensão territorial e uma população numerosa e miscigenada e, portanto, apresenta uma vasta diversidade - tanto étnica, quanto cultural - do
  • 2. povo. Este tema deve ser abordado em sala de aula para que os alunos tenham conhecimento da pluralidade de saberes, que, muitas vezes, originam-se nas vivências. A Resolução 7, de dezembro de 2010, que fixa as DCNEF, em seu 9º artigo, faz essa consideração ao sugerir a inserção das experiências escolares e relações sociais dos estudantes no currículo escolar: “Art. 9º O currículo do Ensino Fundamental é entendido, nesta Resolução, como constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir a identidade dos estudantes” (p. 3) Podemos entender então, tais experiências como parte do currículo. Porém, estas,ao se aliarem ao conhecimento, precisariam de: 1. Ações educativas; 2. Vivências proporcionadas na escola; 3. Relacionar a vivência ao conhecimento escolar a fim de serem repassados para a formação do aluno. Um exemplo de como a experiência proporcionada na escola aliou-se ao conhecimento escolar está no fragmento: “Metamorfose: o segredo da vida”, de Patrícia Corsino, onde as crianças, por meio de algumas lagartas trazidas à sala por um dos alunos, não só acompanham o processo, como constroem o conceito de metamorfose. Poderíamos definir: conhecimento escolar através de vivência escolar. As DCNEF, em seu 15º artigo, organizam os componentes curriculares em áreas de conhecimento, pois estas permitem um trânsito maior entre disciplinas. E, ao abordar as diferentes áreas de conhecimento, esta organização “é uma maneira (entre outras) de tentar organizar os saberes em conhecimento escolar” (CORSINO, 2009, p. 43). Cada área de conhecimento tem seus objetivos específicos, pois o conhecimento escolar tem a ver com a discussão da didática e o professor deve entender seu nível de intervenção ao organizar os conteúdos para tentar alcançar esses objetivos da melhor forma possível.
  • 3. A escola tem tudo a ver com essa perspectiva no alcance dos objetivos das áreas do conhecimento a serem trabalhadas encadeadas às diversidades culturais, pois, segundo Angêla Méyer Borba: “A escola tem a função social de proporcionar situações para que as crianças possam ampliar e aprofundar conhecimentos que lhes permitam compreender a realidade de várias formas, ampliando o sentido de ser e estar no mundo, de pertencer a determinados grupos sociais, de viver em dado tempo e lugar, de partilhar práticas e conhecimentos” (BORBA, 2006, p.22). Sustentando o que diz Angêla Méyer, a escola pode cumprir sua função como espaço sócio-cultural favorecendo a expressão e a comunicação dos saberes e produções das crianças e uma das formas é a escrita, considerada pela autora como “ferramenta fundamental para o acesso das várias áreas do saber” (Id. p. 23). A gama de variedade e possibilidade de trabalhar com os alunos o conhecimento escolar coordenado ao pluralismo cultural é ampla. O pedagogo atuante no Ensino Fundamental precisa ter o domínio de atividades, sequências didáticas e projetos, favorecendo desta forma a interelação entre os conhecimentos considerados necessários aos alunos e outros saberes. Dependerá muito de o corpo profissional escolar estar disposto, preparado e bem formado para desenvolver a aprendizagem a partir desta perspectiva – abordar as áreas de conhecimento correlacionando à diversidade cultural - haja vista que está intrínseco nesta visão, que se requer além de planejamento teórico, um trabalho real, pois, desta maneira, pode-se construir o processo ensino-aprendizagem. Deve-se tratar de não eliminar a carga de conhecimento que o aluno traz, validar, considerar e aproveitar seus saberes no conhecimento sistematizado, porque assim, o aluno aprende sobre ele mesmo e sobre o mundo ao seu redor. A escola contribuiria para formar e reforçar a identidade do alunado. Pensar estratégias que possam inovar, permitindo maior interação dos alunos. Seria importante que a escola mantivesse um registro sobre os processos de aprendizagem para melhorá-lo a cada oportunidade, culminando não apenas na aprendizagem por parte do aluno, mas mostrando ser possível atingir o artigo 1º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação onde “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais” (LBD, 1996, p.1).
  • 4. Referências: MEC.CNE.CEB. Resolução 7, de dezembro de2010: Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, 2010. Disponível em: portal.mec.gov.br%2Findex.php%3Foption%3Dcom_docman%26task%3Ddoc_download%2 6gid%3D7246%26Itemid&ei=MsxtUpuEMPc4APooIDQAg&usg=AFQjCNEEWCoeaIu13B IMCQCb0RVcg94rBw&sig2=ioMyxFDFHIRojqJsAr5k_g&bvm=bv.55123115,d.dmg. 15 p. Acesso em: 15 de outubro de 2013. CORSINO, Patrícia. A abordagem das diferentes áreas do conhecimento. IN: Anos Iniciais do Ensino Fundamental. TV Escola. Ano XIX, Nº 12, Set, 2009. p. 36-48. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012182.pdf. Acesso em: 15 de outubro de 2013 BORBA, Ângela Meyer.; ALMEIDA, Célia Mª de Castro. Saberes que produzem saberes. IN: Letra Viva: práticas de leitura e escrita. TV Escola. Boletim 09, Jun, 2006. p. 20-29. Disponível em: http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/165418Letraviva.pdf. Acesso em: 15 de outubro de 2013. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Art. 1º. p. 1. Acervo pessoal.