4. • Durante o movimento emancipacionista
do século XIX, ocorrido nas Américas, o
México tornou-se independente, em 1821,
em relação à Espanha
5. • Após a independência política, o
México, assim como todos os
países
latino-americanos,
manteve intocada a estrutura
econômica, social e política que
herdara de seu passado colonial:
uma
elite
latifundiária,
concentradora de riquezas, e
uma
imensa
massa
de
despossuídos.
6. • Em 1845, o Texas declarou-se
independente do México e incorporou-se
aos EUA; em 1846, o país entrou em
guerra contra os EUA até 1848, e perdeu
grande parte de seu território. Em 1853,
vendeu uma faixa de terra ao sul do
Arizona e Novo México, diminuindo mais
um pouco sua extensão territorial.
7. • Em 1876, ascendeu ao poder Porfírio
Dias, que ali permaneceu até 1911,
através de fraudes eleitorais e corrupção
política. A elite fundiária manteve o
controle da terra e, em contrapartida, os
demais setores da economia aos poucos
foram monopolizados por empresas
estrangeiras.
9. •
A resistência frente a esse estado de exploração foi
liderada por Pancho Villa e Emiliano Zapata,
defendendo os camponeses contra as oligarquias e
contra a Igreja, exigindo reforma agrária e reformas
sociais urgentes.
•
O movimento popular recebeu a adesão de parte das
oligarquias descontentes com o governo. Em 1911, com
a queda do ditador Porfírio Dias, subiu ao poder
Francisco Madero, representante da burguesia liberal.
10. • Entretanto, o governo Madero encontrou uma
grande resistência por todos os lados: as
camadas dominantes receavam o apoio
popular ao seu governo; as classes
populares viam suas tão sonhadas reformas
não serem implementadas e o capital norteamericano temia perder seus investimentos
no país.
Francisco Madero
11. • Dois anos após, Madero foi assassinado e
o país passou para um governo submisso
à política norte-americana interessada na
exploração dos recursos minerais do rico
subsolo mexicano.
12. •
•
Pancho Villa, pelo norte, e Zapata, pelo sul, retomaram os
movimentos de rebelião, organizando a resistência no campo e
nas cidades, contra a tendência oficial pró-Washington. Os
revolucionários confiscaram as grandes propriedades e as
distribuíram para a massa camponesa.
A repressão culminou no assassinato de Zapata (1919) e de
Pancho Villa (1923), mas o movimento continuou atraindo a
atenção dos EUA, que ameaçavam invadir o México em nome da
tranquilidade democrática.
13. • Em 1934, Lázaro Cárdenas foi eleito presidente e iniciou
um programa de reformas inspirado no programa
zapatista: realizou a reforma agrária para o
descontentamento geral dos latifundiários, nacionalizou
as empresas estrangeiras, atraindo a fúria externa, e
enfatizou a educação e a valorização da cultura nacional
mexicana.
14. •
Nas duas últimas décadas do século XX,
o México iniciou um programa de
privatização das empresas estatais e
permitiu a venda das terras pertencentes
às comunidades rurais, ocorrendo um
novo ciclo de grande concentração de
renda e a subordinação do país ao capital
internacional através da dívida externa e
da apropriação dos setores produtivos.
•
A população, após tantas idas e vindas,
recebeu como prêmio desemprego,
baixos salários e inflação
.
15. • Em 1992, o México ingressou no Nafta –
Acordo de Livre Comércio da América
do Norte – ao lado dos EUA e do
Canadá. O acordo entrou em vigor em
10/1/1994.
16.
17. • Imediatamente, eclodiu uma violenta
revolta camponesa liderada pelo EZLN –
Exército Zapatista de Libertação Nacional
–, tendo à frente o “subcomandante
Marcos”. Tomando de assalto a região de
Chiapas, eles exigiam “pão, saúde,
educação, autonomia e paz”.
18. • Apesar das pressões camponesas, a
política de privatização prosseguiu e o
México estreitou sua dependência em
relação aos EUA, atualizando o lamento
mexicano:
• “Pobre México, tão longe de Deus e tão
perto dos EUA.”