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BIOÉTICA EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Prof Eva Neri Rubim Pedro
DILEMAS  CONCEITOS CONFLITOS PRINCÍPIOS CARACTERÍSTICAS MODELOS EXPERIÊNCIAS
ÉTICA  - grego =  ethos ,[object Object],Costumes  hábitos Ética  é a ciência da moral, sua origem e desenvolvimento e das normas de conduta dos homens.
BIOÉTICA (1970-EUA) ,[object Object],[object Object]
BIOÉTICA ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
BIOÉTICA ,[object Object],[object Object]
ALGUMAS QUESTÕES..... ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Questionamentos... -  O que fazer? - Como pensar?  O que pensar? - O que é certo?  O que é errado? - Até onde o ser humano pode ou deve interferir na natureza? - Quais os direitos dos pacientes? - Qual  conceito de cidadania em saúde? -  O que se entende por morrer com dignidade? E...e......
Modelos éticos  nas relações  Toda a relação humana tem, entre suas conseqüências, o crescimento humano-racional (...) que sofre influência de fatores ancorados em modelos culturais, visão de mundo, convicções decorrentes de crenças, reflexões, ideais,(...) que condicionam as questões éticas da medicina moderna . ( Selli,2003)
Modelos ético paternalista contratual ético das virtudes personalista (Selli,2003)
Paternalista  -apresenta três pontos fundamentais:  - elenco de regras a serem seguidas - servir para reforçar a autoridade  do profissional médico. - os pacientes e demais profissionais devem permanecer “passivos” Contratual-  fazer emergir  a livre participação do sujeito( autonomia) Ético das virtudes -  apresenta o princípio da integridade da existência humana. A relação médico-paciente deve conduzir a objetivos, fins e benefícios comuns. Personalista-  paciente e médico buscam, por meio do diálogo, a conduta a ser assumida, aliados em torno do bem comum
Código de Ética  Art.16  - “assegurar ao paciente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência” Art. 26  “o dever de prestar adequadas informações  ao paciente e á família a respeito da assistência de enfermagem, possíveis benefícios, riscos e conseqüências eu posam ocorrer”. Art. 27  - “respeitar e reconhecer o direito do paciente de decidir sobre a sua pessoa, seu tratamento e bem estar”
Para refletir..... ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],?????????
Continuando a reflexão.... ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Emergência  é uma propriedade que uma dada situação assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica. Tomados de forma isolada, seus elementos não justificariam uma medida imediata, mas o conjunto e a interação entre seus constituintes sim . (Goldim,2003)
. A  emergência  é caracterizada com sendo a situação onde não pode haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. Nas  urgências  o atendimento deve ser prestado em um período de tempo que, em geral, é considerado como  não superior a duas horas .  (Gpldim, 2003)
PRINCÍPIOS: -  Beneficência ,  -   Respeito às Pessoas ,  -  Justiça ,  Estes princípios estão sempre presentes no dia-a-dia dos profissionais que atendem este tipo de intercorrências.   QUESTÕES EM EMERGÊNCIAS E URGÊNCIAS
É o que estabelece que devemos fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não. É importante distinguir estes três conceitos . Beneficência  é fazer o bem,  Benevolência  é desejar o bem e Benemerência é merecer o bem.   PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
PRINCIPIO DO RESPEITO À PESSOA É  o princípio  central na Bioética. Características que o compõe: a  privacidade , a veracidade e a autonomia. Este princípio recebeu diferentes denominações, tais como  Princípio do Respeito às Pessoas ,  Princípio do Consentimento  ou  Princípio da Autonomia , de acordo com diferentes autores em diferentes épocas.
-  É UM PRINCÍPIO MORAL ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],JUSTIÇA
A assistência aos pacientes em emergência ou urgência pode gerar reflexões que envolvem temas como  critérios de acesso aos cuidados  ( triagem ); limites de tratamento, medidas extraordinárias,  medidas fúteis ; preservação da  privacidade  e  confidencialidade .
Termo  utilizado para descrever a situação onde os profissionais de saúde tem que escolher qual o paciente que irá  ser atendido em primeiro lugar, especialmente em  serviços de emergência  nos hospitais . Nestas situações utiliza-se o critério de gravidade. ou seja, o paciente que tiver o quadro clínico mais grave, que não pode ter seu atendimento protelado, deve ter prioridade  e ser  atendido em primeiro lugar .  TRIAGEM
Critério também  utilizado na situação de transplantes de órgãos. Pois os pacientes em situações agudas de falência do órgão transplantável, tem prioridade devido a gravidade, em relação aos demais pacientes que aguardam na fila e que podem ter a sua situação ainda contornada por outros meios terapêuticos.   TRIAGEM
[object Object],[object Object],MEDIDAS FÚTEIS
[object Object],[object Object],PRIVACIDADE
[object Object],[object Object],CONFIDENCIABILIDADE Goldim,2003)
QUEBRA DE CONFIDENCIALIDADE ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],QUEBRA DE CONFIDENCIALIDADE
Os serviços de emergência contemporâneos contêm uma especificidade que os distingue de quaisquer outros serviços de saúde. Trata-se de uma assistência que deve ser realizada de forma imediata, eficiente e integrada. Exige: -  amplo conhecimento técnico,  -  habilidade profissional ; -  emprego de recursos tecnológicos. Alguns autores chegam a comparar tais serviços a um subsistema de saúde, pois requerem um conjunto de serviços associados (atendimento pré-hospitalar de resgate, centros cirúrgicos, unidades de tratamento intensivo) que precisa atuar organicamente (Gemma et al, 1973).
A partir dos anos 50, ganham uma relevância inédita, especialmente nos EUA principalmente por dois fatores: -  o primeiro foi o considerável aumento das vítimas de “causas externas”, sobretudo devido aos acidentes de trânsito (Powers, 1973; Aquino, 1987).  -  segundo motivo deveu-se ao desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e de atendimento aos grandes traumas, com a experiência acumulada nas guerras da Coréia e do Vietnã.  -  na década de 60, (ressuscitação cárdio-respiratória) com as  seqüências funcionais, formas de intervir e manejo quanto aos primeiros socorros, delineia “encadeamento para sobrevivência”, i é, uma padronização de rotinas para intervenção imediata em situações de risco de vida (Bossaert, 1993 ).  Serviços de emergência - um resgate histórico
[object Object],EMERGÊNCIA E IDENTIDADE PROFISSIONAL
[object Object]
A discussão sobre a tomada de decisões em situação de escassez é um tema ético por definição. Aliás, toda a discussão da bioética se faz a partir da premissa de que os recursos são escassos (a chamada “cultura dos limites”). . Vários têm sido os critérios de priorização propostos:  “idade do paciente, os anos de vida ajustados à qualidade, ganhos ou perdidos, a ‘utilidade social’ do paciente, o prognóstico e urgências médicas, o sorteio, o critério de ‘quem chega primeiro é atendido primeiro’, o critério do ‘maior benefício para o maior número de pessoas’, dentre outros” .  Seja qual for o critério adotado, é preciso discutir de forma ampla e transparente a tomada de decisões, envolvendo todos os setores da sociedade a partir de um referencial de princípios que não implique discriminações a grupos sociais específicos.  Ribeiro (1998:45 Tomada de decisões (ou de indecisões?)
Numa espécie de código oculto, os profissionais admitem que haverá alguma discriminação no atendimento quando, numa situação de competição de recursos, aquele sujeito visto como bandido concorre com uma pessoa de bem. Tais recursos podem ser, por exemplo, a atenção da equipe, a utilização do centro cirúrgico, o consumo de sangue. Alguns entrevistados admitem que nessas situações aquele indivíduo não será a prioridade.  Alguns exemplos......
Observemos o seguinte!!! “ Eu acho que em termos de prioridade, vamos dizer assim, se tem duas pessoas  iguaizinhas, uma é bandido e a outra não é, eu priorizaria a ‘não bandido’... a princípio (...) Isso é uma coisa meio dura de falar.” ( MC1-MÉDICO)   Tem paciente e paciente. Isso no começo me chocou, me assustou, depois acostumei. Com certeza você atende diferente um bandido que tomou um tiro, assaltou, e uma menina que bateu o carro (...) o atendimento é diferente, as precauções, tudo diferente (...) tem aquele negócio que todo mundo é igual, mas, na realidade, você... você é uma pessoa comum, uma pessoa que é assaltada, que é seqüestrada... Eu não tenho visto da parte de ninguém... essa capacidade de tratar todo mundo igual.” ( MC13-ACADÊMICO DE MEDICINA)
[object Object],Mais exemplos.....

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BIOÉTICA EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS

  • 1. BIOÉTICA EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Prof Eva Neri Rubim Pedro
  • 2. DILEMAS CONCEITOS CONFLITOS PRINCÍPIOS CARACTERÍSTICAS MODELOS EXPERIÊNCIAS
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. Questionamentos... - O que fazer? - Como pensar? O que pensar? - O que é certo? O que é errado? - Até onde o ser humano pode ou deve interferir na natureza? - Quais os direitos dos pacientes? - Qual conceito de cidadania em saúde? - O que se entende por morrer com dignidade? E...e......
  • 9. Modelos éticos nas relações Toda a relação humana tem, entre suas conseqüências, o crescimento humano-racional (...) que sofre influência de fatores ancorados em modelos culturais, visão de mundo, convicções decorrentes de crenças, reflexões, ideais,(...) que condicionam as questões éticas da medicina moderna . ( Selli,2003)
  • 10. Modelos ético paternalista contratual ético das virtudes personalista (Selli,2003)
  • 11. Paternalista -apresenta três pontos fundamentais: - elenco de regras a serem seguidas - servir para reforçar a autoridade do profissional médico. - os pacientes e demais profissionais devem permanecer “passivos” Contratual- fazer emergir a livre participação do sujeito( autonomia) Ético das virtudes - apresenta o princípio da integridade da existência humana. A relação médico-paciente deve conduzir a objetivos, fins e benefícios comuns. Personalista- paciente e médico buscam, por meio do diálogo, a conduta a ser assumida, aliados em torno do bem comum
  • 12. Código de Ética Art.16 - “assegurar ao paciente uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência” Art. 26 “o dever de prestar adequadas informações ao paciente e á família a respeito da assistência de enfermagem, possíveis benefícios, riscos e conseqüências eu posam ocorrer”. Art. 27 - “respeitar e reconhecer o direito do paciente de decidir sobre a sua pessoa, seu tratamento e bem estar”
  • 13.
  • 14.
  • 15. Emergência é uma propriedade que uma dada situação assume quando um conjunto de circunstâncias a modifica. Tomados de forma isolada, seus elementos não justificariam uma medida imediata, mas o conjunto e a interação entre seus constituintes sim . (Goldim,2003)
  • 16. . A emergência é caracterizada com sendo a situação onde não pode haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato. Nas urgências o atendimento deve ser prestado em um período de tempo que, em geral, é considerado como não superior a duas horas . (Gpldim, 2003)
  • 17. PRINCÍPIOS: - Beneficência , - Respeito às Pessoas , - Justiça , Estes princípios estão sempre presentes no dia-a-dia dos profissionais que atendem este tipo de intercorrências. QUESTÕES EM EMERGÊNCIAS E URGÊNCIAS
  • 18. É o que estabelece que devemos fazer o bem aos outros, independentemente de desejá-lo ou não. É importante distinguir estes três conceitos . Beneficência é fazer o bem, Benevolência é desejar o bem e Benemerência é merecer o bem. PRINCÍPIO DA BENEFICÊNCIA
  • 19. PRINCIPIO DO RESPEITO À PESSOA É o princípio central na Bioética. Características que o compõe: a privacidade , a veracidade e a autonomia. Este princípio recebeu diferentes denominações, tais como Princípio do Respeito às Pessoas , Princípio do Consentimento ou Princípio da Autonomia , de acordo com diferentes autores em diferentes épocas.
  • 20.
  • 21. A assistência aos pacientes em emergência ou urgência pode gerar reflexões que envolvem temas como critérios de acesso aos cuidados ( triagem ); limites de tratamento, medidas extraordinárias, medidas fúteis ; preservação da privacidade e confidencialidade .
  • 22. Termo utilizado para descrever a situação onde os profissionais de saúde tem que escolher qual o paciente que irá ser atendido em primeiro lugar, especialmente em serviços de emergência nos hospitais . Nestas situações utiliza-se o critério de gravidade. ou seja, o paciente que tiver o quadro clínico mais grave, que não pode ter seu atendimento protelado, deve ter prioridade e ser atendido em primeiro lugar . TRIAGEM
  • 23. Critério também utilizado na situação de transplantes de órgãos. Pois os pacientes em situações agudas de falência do órgão transplantável, tem prioridade devido a gravidade, em relação aos demais pacientes que aguardam na fila e que podem ter a sua situação ainda contornada por outros meios terapêuticos. TRIAGEM
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29. Os serviços de emergência contemporâneos contêm uma especificidade que os distingue de quaisquer outros serviços de saúde. Trata-se de uma assistência que deve ser realizada de forma imediata, eficiente e integrada. Exige: - amplo conhecimento técnico, - habilidade profissional ; - emprego de recursos tecnológicos. Alguns autores chegam a comparar tais serviços a um subsistema de saúde, pois requerem um conjunto de serviços associados (atendimento pré-hospitalar de resgate, centros cirúrgicos, unidades de tratamento intensivo) que precisa atuar organicamente (Gemma et al, 1973).
  • 30. A partir dos anos 50, ganham uma relevância inédita, especialmente nos EUA principalmente por dois fatores: - o primeiro foi o considerável aumento das vítimas de “causas externas”, sobretudo devido aos acidentes de trânsito (Powers, 1973; Aquino, 1987). - segundo motivo deveu-se ao desenvolvimento de técnicas cirúrgicas e de atendimento aos grandes traumas, com a experiência acumulada nas guerras da Coréia e do Vietnã. - na década de 60, (ressuscitação cárdio-respiratória) com as seqüências funcionais, formas de intervir e manejo quanto aos primeiros socorros, delineia “encadeamento para sobrevivência”, i é, uma padronização de rotinas para intervenção imediata em situações de risco de vida (Bossaert, 1993 ). Serviços de emergência - um resgate histórico
  • 31.
  • 32.
  • 33. A discussão sobre a tomada de decisões em situação de escassez é um tema ético por definição. Aliás, toda a discussão da bioética se faz a partir da premissa de que os recursos são escassos (a chamada “cultura dos limites”). . Vários têm sido os critérios de priorização propostos: “idade do paciente, os anos de vida ajustados à qualidade, ganhos ou perdidos, a ‘utilidade social’ do paciente, o prognóstico e urgências médicas, o sorteio, o critério de ‘quem chega primeiro é atendido primeiro’, o critério do ‘maior benefício para o maior número de pessoas’, dentre outros” . Seja qual for o critério adotado, é preciso discutir de forma ampla e transparente a tomada de decisões, envolvendo todos os setores da sociedade a partir de um referencial de princípios que não implique discriminações a grupos sociais específicos. Ribeiro (1998:45 Tomada de decisões (ou de indecisões?)
  • 34. Numa espécie de código oculto, os profissionais admitem que haverá alguma discriminação no atendimento quando, numa situação de competição de recursos, aquele sujeito visto como bandido concorre com uma pessoa de bem. Tais recursos podem ser, por exemplo, a atenção da equipe, a utilização do centro cirúrgico, o consumo de sangue. Alguns entrevistados admitem que nessas situações aquele indivíduo não será a prioridade. Alguns exemplos......
  • 35. Observemos o seguinte!!! “ Eu acho que em termos de prioridade, vamos dizer assim, se tem duas pessoas iguaizinhas, uma é bandido e a outra não é, eu priorizaria a ‘não bandido’... a princípio (...) Isso é uma coisa meio dura de falar.” ( MC1-MÉDICO) Tem paciente e paciente. Isso no começo me chocou, me assustou, depois acostumei. Com certeza você atende diferente um bandido que tomou um tiro, assaltou, e uma menina que bateu o carro (...) o atendimento é diferente, as precauções, tudo diferente (...) tem aquele negócio que todo mundo é igual, mas, na realidade, você... você é uma pessoa comum, uma pessoa que é assaltada, que é seqüestrada... Eu não tenho visto da parte de ninguém... essa capacidade de tratar todo mundo igual.” ( MC13-ACADÊMICO DE MEDICINA)
  • 36.