Trabalho realizado pelos alunos Andreia Costa, Cláudio Maravilha e Inês Santos do 9º 5ª da Escola Básica 2,3 Roque Gameiro, Amadora, no ano lectivo de 2011/12.
2. Neste trabalho vamos falar sobre a mocidade portuguesa que
se insere no estudo sobre o Estado Novo. Esta organização
não era exclusiva do Estado Novo português. Encontravam-se
organizações do mesmo tipo quer na Itália de Mussolini, quer
na Alemanha de Hitler. Mas apesar de algumas semelhanças
esta organização criada sob a orientação de Salazar não era
uma cópia fiel dessas organizações.
3. A mocidade portuguesa foi criada a 19 de maio de 1936.
Pretendia abranger toda a juventude escolar ou não escolar e
tinha como finalidade:
-estimular o desenvolvimento absoluto dos jovens na sua
capacidade física, na formação do carácter e na dedicação à
pátria;
-promover a valorização da ordem, da disciplina e dos deveres
morais e militares.
4. Todos os jovens dos sete aos catorze anos
deveriam obrigatoriamente pertencer à
mocidade portuguesa. Os membros
encontravam-se divididos em 4 escalões: os
lusitos (dos 7 aos 10 anos), os infantes (dos 10
aos 14 anos), os vanguardistas (dos 14 aos 17
anos) e os cadetes (dos 17 aos 25 anos).
O uniforme da Mocidade Portuguesa era composto por uma
camisa verde (com distintivo sobre o lado esquerdo), calção ou
calça comprida bege e, para completar uns botins pretos.
5. A 8 de Dezembro de 1937 formou-se a
Mocidade Portuguesa Feminina. Tinha como
objetivo: formar uma nova mulher, católica e
portuguesa, futura mãe e esposa obediente.
Enquanto a Mocidade Portuguesa era dirigida
quase exclusivamente por militares, a direção
do ramo feminino estava nas mãos de docentes
do ensino secundário ou reitoras do liceu
apoiantes do regime.
6. Todos os sábados, aqueles pertencentes à Mocidade
Portuguesa, tinham que cumprir certas "obrigações" ou
"rituais", tais como: içar a bandeira, cantar o hino da
organização, marchas militares, exercícios físicos e palestras
patriótica.
Quando existiam paradas da mocidade na presença dos
membros do governo os jovens desfilavam vestidos com as suas
fardas, cantavam o hino e tinham de fazer a saudação ao chefe.
7. Lá vamos, cantando e rindo Cale-se a voz que, turvada,
Levados, levados, sim Já de si mesma se espanta
Pela voz de som tremendo Cesse dos ventos a insânia,
das tubas, clamor sem fim. Ante a clara madrugada.
Lá vamos, (que o sonho é lindo!) Em nossas almas nascida
Torres e torres erguendo, E, por nós, oh Lusitânia,
Rasgões, clareiras, abrindo! Corpo de Amor, terra santa
Pátria! serás celebrada
Alva da Luz imortal, E por nós serás erguida
Roxas névoas despedaça Erguida ao alto da Vida.
Doira o céu de Portugal!
Querer! Querer! E lá vamos!
Tronco em flor, estende os
…
ramos
À Mocidade que passa.
8. • O primeiro comissário nacional a dirigir a
mocidade portuguesa foi Francisco José Nobre
Guedes (1936-40);
• O segundo comissário foi Marcelo Caetano;
• Mais tarde, Marcelo Caetano, foi substituído por
Soares Franco até à nomeação de Luís Pinto
Coelho, que ocupou o cargo de 1946 até 1951;
• Seguiram-se António Gonçalves Rodrigues e
Baltasar Rebelo de Sousa;
• Desde 1960, foram comissários nacionais o
general Pereira de Castro; Leopoldino de Almeida, o
tenente-coronel Gomes Bessa, o arquiteto Melo
Raposo, o tenente-coronel Fonseca Dores e, por
último, Lourenço Antunes, até 1974.
9. Com este trabalho concluímos que durante o Estado Novo existia pouca
liberdade e que, através da Mocidade Portuguesa, o Estado tentava
controlar os ideais dos jovens portugueses.