1. Concepções e princípios slides
PresentationTranscript
1. Pacto Nacional pelaAlfabetização na Idade CertaCURRÍCULO NA ALFABETIZAÇÃO
CONCEPÇÕES E PRINCÍPIOS Formadora: Tatiane Marina dos Anjos Pereira
2. Currículo no ciclo de alfabetização: princípios gerais. Moreira e Silva (1994), não como um
veículo que transporta algo a ser transmitido e absorvido, mas como um lugar em que se
produz e se reproduz a cultura. Nessa perspectiva currículo refere-se, a criação, recriação,
contestação e transgressão.
3. Para Moreira e Candau (2007) a discussão de currículo envolve diferentes aspectos:.os
conhecimentos escolares;.os procedimentos e as relações sociais queconformam o cenário em
que os conhecimentos seensinam e se aprendem;.as transformações que se deseja efetuar nos
alunos;.os valores que se deseja inculcar e as identidadesque se pretende construir;
4. DÉCADA DE 70 Atividades repetitivas; Estatísticas crescentes de repetência e evasão
escolar; Exclusão do aluno dos direitos de aprendizagem da leitura e
escrita; Crianças com
necessidades especiais eram segregadas em salas específicas e os que fracassavam em salas de
aula regulares eram avaliados como deficientes.
5. DÉCADA DE 80 Métodos: sintéticos;- Analíticos;- Analíticos – sintéticos (letras, fonemas,
sílabas, palavras, textos).- Concepção de leitura: decodificação e codificação (unidades mais
fáceis para as mais difíceis).- 1ª etapa da escolarização repleto de atividades de coordenação
motora e discriminação auditiva e visual;
6. MÉTODO SINTÉTICOEstabelece uma correspondência entre o som e a grafia, entreo oral e o
escrito, através do aprendizado por letra por letra,ou sílaba por sílaba e palavra por
palavra.Alfabético o estudante aprende inicialmente as letras,depois forma as sílabas
–
juntando as consoantes com asvogais, para, depois, formar as palavras que constroem
otexto.Fônico ou fonético o aluno parte do som das letras,unindo o som da consoante com
o som da vogal,pronunciando a sílaba formada.Silábico o estudante aprende primeiro as
sílabas paraformar as palavras.Por este método, a aprendizagem é feita através de
umaleitura mecânica do texto e da decifração das palavras.
7. MÉTODO ANALÍTICO - “olhar-e-dizer” (decoreba)A leitura é um ato global e audiovisual.
Trabalha-se a partir deunidades completas de linguagem para depois dividi-las empartes. Ex.: a
criança parte da frase para extrair as palavras e,depois, dividi-las em unidades + simples, as
sílabas.Palavração - primeiro, existe o contato com os vocábulos emuma sequência que
engloba todos os sons da língua e, depoisda aquisição de um certo número de palavras, iniciase aformação das frases.Setenciação - a unidade inicial do aprendizado é a frase, queé depois
dividida em palavras, de onde são extraídos oselementos mais simples: as sílabas.Global
(conto e estória) - o método é composto por váriasunidades de leitura que têm começo, meio
e fim, sendoligadas por frases que formem um enredo interessante para acriança.
8. JOGO DO TAPA A TAPA
2. 9. Desenvolvimento:Os alunos devem estar sentados em círculos.Cada aluno receberá um
"montinho" de cartas viradas para baixo.E devem ir largando-as uma de cada vez viradas para
cima, virando as letras simultaneamente. Ex. A, B, C, D, E. Quando der o acaso de virar a letra
que falou, o aluno leva todo o bolo de cartas da mesa.Segue a ordem dos jogadores, sempre
no sentido horário. Ganha quem estiver com mais cartas ao final do jogo.
10. JOGO DA MEMÓRIA
11. Material: Este jogo foi confeccionado com Cartolina, com desenhos retirados da Internet e
letras, impressos por computador.Desenvolvimento: Os alunos devem encontrar os desenhos
e juntá-los as letras iniciais de cada figura.
12. DÉCADA DE 80 Papel do professor: ensinar os alunos as letras, sílabas e palavras.
Aprendizagem por memorização. Uso das cartilhas
com textos que possuiam palavras com
unidades trabalhadas (textos artificiais).
13. Erro devia ser evitado (significava o não aprendizado do que fora ensinado). Práticas
continuavam voltada para aprendizagem do código, desvinculado dos usos sociais da leitura e
escrita desconsiderando os conhecimentos que as crianças possuíam sobre escrita.
14. TEMÁTICA DA INCLUSÃO Ganhou força a partir da década de 80 com a C.F de 1988 art.
–
205 e 206. “a educação como um direito de todos” e, no seu artigo 206, inciso I, estabelece “a
igualdade de condições de acesso e permanência na escola”. Década de 90 elaboração de
leis e ações relacionadas às políticas públicas de educação inclusiva.
15. Declaração de Salamanca (1994); LDBEN/96art. 59 - preconiza que os sistemas de
–
ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos
para atender às suas necessidades. reformulação do currículo que rege as escolas para
realização das práticas inclusivas.
16. EDUCAR NA DIVERSIDADE Para
incluir e atender à diversidade é necessário acreditarmos
que é possível, precisamos nos engajar no sentido de repensar o fazer pedagógico na
alfabetização, visando atendimento de todos e a garantia dos direitos de aprendizagem.
17. Para compreendermos e
enfrentarmos esse processo, ressaltamos, os princípios da
educação inclusiva: acessibilidade e remoção das barreiras à aprendizagem, avaliação da
aprendizagem numa perspectiva formativa, gestão participativa, participação da família e da
comunidade, serviço de apoio especializado, currículo multicultural, professor com formação
crítico - reflexiva (NAKAYAMA, 2007).
18. EDUCAR NA DIVERSIDADE Repensar práticas de ensino da leitura e escrita, conhecimentos
relacionados às outras áreas de ensino, requer que pensemos na relação entre currículo e
cultura. Os professores e gestores devem ter uma nova postura, no esforço de construir
currículos culturalmente orientados, transforme a escola e o currículo em espaços de crítica
cultural, de diálogo e de desenvolvimento de pesquisas. superação do “daltonismo cultural”.
19. CURRÍCULO MULTICULTURAL Currículo multicultural implica em propostas curriculares
inclusivas que compreendem as diferenças e valorizam os alunos em suas especificidades, seja
3. cultural, linguística, étnica ou de gênero, o que amplia o acesso à alfabetização a um maior
número de crianças além de respeitar os seus direitos de aprendizagem.
20. CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINARNO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO Década
de 80: surgimento das teorias construtivistas e interacionistas. Principais representantes:
Emilia Ferreiro e Ana Teberosky. Década de 90: Novo conceito de alfabetização: o
letramento; Termos: alfabetização e letramento (p. 19); Avaliações em larga escala (PISA,
SAEB, Prova Brasil) atestam o baixo desempenho em leitura; Período destinado à
alfabetização: três primeiros anos do Ensino Fundamental; Crítica à abordagem construtivista
pelo baixo índice de leitura dos alunos;
21. CONCEPÇÕES DE ALFABETIZAÇÃO: O QUE ENSINARNO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO
Nascimento de um forte discurso contrário ao uso dos tradicionais métodos de alfabetização e
defesa de uma prática que tomasse por base a teoria psicogenética de aprendizagem da
escrita.
22. Pregavase a necessidade de possibilitar que as crianças se apropriassem do Sistema de
Escrita Alfabética a partir da interação com diferentes textos escritos em atividades
significativas de leitura e produção de textos, desde a Educação Infantil.(p.17).
23. Psicogênese da escrita Emília Ferreiro, Argenina radicada no México, estudou na Suíça,
t
doutorando-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo
trabalho de epistemologia genética (grau de certeza do conhecimento científico) foi
desenvolvido numa teoria centrada no desenvolvimento natural da criança, sua aprendizagem
e a construção do conhecimento.
24. Psicogênese da escrita Defendeu a importância do aprendiz ser exposto ao mundo da
escrita, a partir da participação em práticas sociais de leitura e escrita, uma vez que a
alfabetização é de natureza conceitual e não perceptual como se pensava.
25. Nesta visão, foi possível ampliar o meio onde se dá a aprendizagem retirando da escola a
responsabilidade pela alfabetização dos alunos, ou seja, o ensino das letras, sílabas e palavras,
deixou de ser tarefa exclusiva do educador.
26. Psicogênese da escrita Emília Ferreiro chamou a atenção para a importância do ambiente
– que deve ser alfabetizador – devido a oferta de oportunidades e de acesso à escrita,
diferenciando as crianças entre si.
27. Crianças com mais estímulo e motivação tem maiores chances de construir melhor seu
processo de escrita, sem que se constitua um problema para as crianças com menos
possibilidades. Ocorre que em decorrência do que foi dito acima, não há déficits, apenas
oportunidade!
28. Ana Teberosky Trabalha há mais de uma década em Barcelona, tendo desenvolvido
pesquisas na área de linguagem junto ao Instituto Municipal de Investigações Psicológicas
Aplicadas à Educação (IMIPAE) e ao Instituto Municipal de Educação (IME). Doutora em
psicologia pela Universidade de Barcelona, atualmente ocupa o cargo de professora do
4. Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação dessa instituição. Ao lado de Emilia
Ferreiro, deu a compreensão do processo de aquisição da escrita.
29. Níveis estruturais da linguagem escrita: Nível PréSilábico - não se busca correspondência
com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de
grafismo. A criança tenta nesse nível: · Diferenciar entre desenho e escrita. · Utilizar no
mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras. · Reproduzir os traços da escrita, de
acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é
mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita. · Percebe que é
preciso variar os
caracteres para obter palavras diferentes.
30. Níveis estruturais da linguagem escrita: Nível Silábico pode ser dividido entre Silábico e
Silábico Alfabético: Silábico a criança compreende que as diferenças na representação
escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar
uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando
apenas consoantes ou vogais ou letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de
sílabas das palavras. SilábicoAlfabético - convivem as formas de fazer corresponder os sons
às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou
fonética.
31. Níveis estruturais da linguagem escrita:
Nível Alfabético - a criança agora entende que: ·
A sílaba não pode ser considerada uma unidade e pode ser separada em unidades menores. ·
A identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas
dificuldades ortográficas.
32. LETRAMENTO Soares (1998), o termo letramento é a versão para o Português da palavra
de língua inglesa literacy, que significa o estado ou condição que assume aquele que aprende a
ler e escrever. No Brasil, o termo letramento não substituiu a palavra alfabetização, mas
apareceassociada a ela (p. 17).
33. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não
inseparáveis, ao contrário: o idealseria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler eescrever no
contexto das práticas sociais daleitura e da escrita, de modo que o indivíduo setornasse, ao
mesmo tempo, alfabetizado eletrado (SOARES, 1998, p. 47).
34. Reflexão sobre o sistema de escrita alfabética Para compreender as propriedades do
sistema alfabético, é necessário que o indivíduo se aproprie de uma série de conhecimentos,
tais como: Ler pág. 21 (quadro)
35. Avaliação no ciclo de alfabetização Avaliação na década de 80: medir e classificar a
aprendizagem. Memorização do código alfabético Leitura e escrita das letras, sílabas, palavras,
frase e textos. Avaliação excludente, alunos aptos ou não aptos a prosseguir os estudos.
Fracasso escolar como problema de deficiência ou carência cognitiva e cultural
36. Avaliação no ciclo de alfabetização Nas perspectivas consrutivistas, interacionistas e
t
inclusivistas: - Avaliam-se as conquistas e as possibilidades dos estudantes aolongo do ano
escolar, e não apenas os impedimentos e ascondutas finais e acabadas.- O erro, que antes
precisava a todo custo ser evitado, já que era o principal sintoma de exclusão escolar, passa a
5. ser considerado como indicador da forma como os alunos pensam sobre determinado
conhecimento.- Os objetivos das avaliações não se relacionam mais à simples medição de
conhecimentos para determinar se estão aptos a progredir nos estudos, mas à identificação
dos conhecimentos que os estudantes já desenvolveram, com o objetivo de fazê- los avançar
em suas aprendizagens (p. 26).
37. Registro de avaliações Cadernos de registros; Portfólios; Registros realiza pelas
dos
crianças; Ficha de acompanhamento individual e coletiva; Avaliação diagnóstica
(sondagem); Regime ciclado; Mudança da perspectiva conteudista para multicultural;
38. Avaliação no ciclo de alfabetizaçãoEm todos os anos de escolarização, as crianças
devemser convidadas a ler, produzir e refletir sobre textos quecirculam em diferentes esferas
sociais de interlocução,mas alguns podem ser considerados prioritários, como osgêneros da
esfera literária; esfera acadêmica/escolar eesfera midiática, destinada a discutir temas
sociaisrelevantes.
39. AVALIAÇÃO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO Na avaliação, portanto, o professor deverá
tomar em consideração o processo de apropriação do aluno, considerando a sua compreensão
da escrita nos primeiros dias de aula e as aquisições que conseguiu empreender. Outro
aspecto fundamental que deverá nortear a avaliação é o próprio conteúdo que se trabalha
com ele. Nesse sentido, o professor deverá fazer uma avaliação cumulativa, desde a
compreensão da escrita em sua função social, o domínio progressivo do sistema gráfico e a
estrutura do texto.
40. DIREITOS GERAIS DE APRENDIZAGEM: LÍNGUAPORTUGUESA