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IGAC ID 469847 - 2016IGAC ID 469847 - 2016
ana'Carvalhosaana'Carvalhosa
© direitos reservados 2014© direitos reservados 2014
Matilde Rosa_VamosMatilde Rosa_Vamos
temas_nem eu seitemas_nem eu sei
Ecos silenciadosEcos silenciados
Seda & VeludoSeda & Veludo
SentirSentir
INSTANTESINSTANTES
foi em janeiro...foi em janeiro...
apontamentos da almaapontamentos da alma
pelo espaço_sem demorapelo espaço_sem demora
In_ContratoIn_Contrato
In_maioEuIn_maioEu
pre m_aturopre m_aturo
mailmail
autor.anacarvalhosa@gmail.comautor.anacarvalhosa@gmail.com
pre m_aturopre m_aturo
Out_pre m_aturoOut_pre m_aturo
_do nada ao meio do todo__do nada ao meio do todo_
out_fragânciasout_fragâncias
in_fragânciasin_fragâncias
_no name__no name_
,,,com sabor,,,com sabor
diário de um livrodiário de um livro
Ócio (conto)Ócio (conto)
Só um instanteSó um instante
Contos par(ti)lhados (conto)Contos par(ti)lhados (conto)
Após FevereirosApós Fevereiros
Após Fevereiros IIApós Fevereiros II
2. .
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 01.01.1701.01.17
Art byArt by © Adriana Wieringa Photographs© Adriana Wieringa Photographs
tenho o meu nariz em ti plantado,tenho o meu nariz em ti plantado,
a fragrância que de ti exalasa fragrância que de ti exalas
e em mim debutase em mim debutas
as cores de um verão inacabadoas cores de um verão inacabado
(...)(...)
3. .
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 03.01.1703.01.17
Art byArt by © Stephanie Noblet© Stephanie Noblet
na concha da tua mão poisei,na concha da tua mão poisei,
no recanto da minha intençãono recanto da minha intenção
foi no cálice trocado e bebido,foi no cálice trocado e bebido,
nos teus lábios que não beijeinos teus lábios que não beijei
um olhar tímido e de esguelhaum olhar tímido e de esguelha
que pela tua mão querida passeique pela tua mão querida passei
(...)(...)
4. .
redesenhar-teredesenhar-te
é a única formaé a única forma
de te repensarde te repensar
a cada pinceladaa cada pincelada
nova na velha letranova na velha letra
do teu olhardo teu olhar
(...)(...)
Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 04.01.1704.01.17
5. . Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 04.01.1704.01.17
alimentas-me..alimentas-me..
o meu alimento mais foraz..o meu alimento mais foraz..
delicias-me a alma antes do corpo..delicias-me a alma antes do corpo..
despertas-me a fome..despertas-me a fome..
de querer mais..de querer mais..
alimentas-mealimentas-me
(...(...
8. ..
Só um brilho sem vernizSó um brilho sem verniz
No silêncio do olharNo silêncio do olhar
Art byArt by © Alcina Moreira Photography© Alcina Moreira Photography
©ana'Carvalhosa,©ana'Carvalhosa, 06.01.1706.01.17, BN1, BN1
9. . .
Art byArt by © Alcina Moreira Photography© Alcina Moreira Photography
©ana'Carvalhosa,©ana'Carvalhosa, 06.01.1706.01.17, BN1, BN1
vaziosvazios
que a ti me levas,que a ti me levas,
percorrerpercorrer
passadeiraspassadeiras
no momentono momento
que nãoque não
vou esquecervou esquecer
10. . Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
se...se...
encontrei o sémen da papoilaencontrei o sémen da papoila
nas suas folhas frágeisnas suas folhas frágeis
na sua cor de vergonha robustana sua cor de vergonha robusta
/.../...
©ana'Carvalhosa©ana'Carvalhosa
07.01.1707.01.17, BN1, BN1
11. . Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
©ana'©ana'
Chegaste e partis
Escrito na almofada
O odor das alegr
Por todos os tempos
Nas horas entregue
Pelas letras que despertaste
Redesenharei os minutos para
Nas memõrias que ainda
O meu coração ainda s
Vibrilha ao tentar que o v
Pelas manhãs quent
O meu corpo
Nesse te
Onde poi
12. .
Fé!
a fé é tão cega quanto o amor,
a fé é o amor incondicional
chega a ser dor
como amor perdido
se descobrirmos em nós a sua perda
pode ser dolorosa
porque descobrimos
que também somos humanos
e como humanos erramos
penso que o único sentimento
que a fé não costuma ter é...
o ciúme, ninguém à fé tem ciúme
Ah! falta-me a tão almigerada inveja
também não me parece que tenham
e, era bom que tivessem...
ora reforço a fé com as primeiras palavras
... que em tempos aqui escrevi:
"invejem o amor"
podia agora acrescentar:
13. .
no silêncio calcinado das ideiasno silêncio calcinado das ideias
corrompes meu corpocorrompes meu corpo
estimas-me à vista do tempoestimas-me à vista do tempo
e eu corro contra o ventoe eu corro contra o vento
porque quero elucidar-te maniaporque quero elucidar-te mania
deixar a chuva passar e o sol secardeixar a chuva passar e o sol secar
todas as lágrimas que no silênciotodas as lágrimas que no silêncio
evoquei porque em ti quero amarevoquei porque em ti quero amar
Art byArt by © Alex Rocio© Alex Rocio
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 04.01.1704.01.17
14. .
Mas porque não canto!Mas porque não canto!
Art byArt by © Alex Rocio© Alex Rocio
©©Cláudio Manuel e a'CCláudio Manuel e a'C
15. .
Com quantos dedos te posso apontarCom quantos dedos te posso apontar
Se só com um conheço o silêncio de te amarSe só com um conheço o silêncio de te amar
no segredo mais maravilhoso que o uni_verso possuino segredo mais maravilhoso que o uni_verso possui
construi a minha teia e em ti posso voltar a sorrirconstrui a minha teia e em ti posso voltar a sorrir
tens o tom de oiro e azul que flui o que há-de virtens o tom de oiro e azul que flui o que há-de vir
a esperança de voltar a ser o tempo de te possuira esperança de voltar a ser o tempo de te possuir
na calçada infante de um único olhar triunfantena calçada infante de um único olhar triunfante
caminho ao teu lado sem dianteira ou avantecaminho ao teu lado sem dianteira ou avante
prosseguimos nas ondas de um oceano por descobrirprosseguimos nas ondas de um oceano por descobrir
é nosso este tempo de voltar a erguer mangas e construé nosso este tempo de voltar a erguer mangas e constru
com um só dedo vou silenciar os teus lábios e beijarcom um só dedo vou silenciar os teus lábios e beijar
as palavras que desconheço mas voltarei a abraçaras palavras que desconheço mas voltarei a abraçar
Art byArt by © Alcina oreira© Alcina oreira
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 11.01.1711.01.17
16. .
para ser livrepara ser livre
tenho de me aprisionartenho de me aprisionar
nas folhas coloridas...nas folhas coloridas...
de te amarde te amar
cores garridas dos meus olhoscores garridas dos meus olhos
verdes e azuisverdes e azuis
nas cores cegasnas cores cegas
de sem te ver calarde sem te ver calar
a dor que me abrigaa dor que me abriga
por te desejarpor te desejar
laranja escolhalaranja escolha
de vitamina tomar-tede vitamina tomar-te
sobre um arco-íris sem dorsobre um arco-íris sem dor
onde te veja desabrocharonde te veja desabrochar
tantas cores que crescemtantas cores que crescem
e me falam do teu amore me falam do teu amor
Art byArt by © Alcina oreira© Alcina oreira
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 11.01.1711.01.17
17. . Art byArt by © Alcina oreira© Alcina oreira
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 11.01.1711.01.17
deixo-te a flor...
de mim petrificada
na glória do silêncio
que calado agradece
o que foi outrora da gente
um conto sem história
e agora nada nos diz
só que é pedra
um fututo pó
que nos fará sorrir
...
18. .
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 11.01.1711.01.17
deixo-te a flor...
de mim petrificada
na glória do silêncio
que calado agradece
o que foi outrora da gente
um conto sem história
e agora nada nos diz
só que é pedra
um fututo pó
que nos fará sorrir
...
Art byArt by © Alcina oreira© Alcina oreira
19. .
Art byArt by © Alcina oreira© Alcina oreira
São castelos de areia e uma vida deserta
ameias que o homem desconhece e tenta quebrar
na rebentação das emoções quando o vento dá soprar
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 15.01.1715.01.17
20. .
declaração de egoismodeclaração de egoismo
depois de vósdepois de vós
estou em mimestou em mim
nos vossos lábiosnos vossos lábios
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 15.01.1715.01.17
21. .
o tempo lasca aso tempo lasca as
minhas orlas e fazminhas orlas e faz
rugosos os meusrugosos os meus
passatempos, naspassatempos, nas
lágrimas com que melágrimas com que me
lavas saudades,lavas saudades,
memórias que residemmemórias que residem
no postigo da vida,no postigo da vida,
breve e fugaz coo obreve e fugaz coo o
vento, salgado e docevento, salgado e doce
como o mar, talvezcomo o mar, talvez
azul fosse num diaazul fosse num dia
cinzento, mas quandocinzento, mas quando
sorri é, verde coloridosorri é, verde colorido
no odor da noite,no odor da noite,
quando encontro naquando encontro na
manhã doiradomanhã doirado
momento que nãomomento que não
passou ao lado dopassou ao lado do
olhar, em três verticaisolhar, em três verticais
ocasiões, nascem asocasiões, nascem as
vontades crescem evontades crescem e
perecem e em registoperecem e em registo
ficam as telhas de umaficam as telhas de uma
edificação que semedificação que sem
falar escuta e nada diz,falar escuta e nada diz,
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 15.01.1715.01.17
Art byArt by © João Azevedo© João Azevedo
22. Art byArt by © Alcina Moreira Photography© Alcina Moreira Photography
.
.
tinge-me na cor garrida de sentirtinge-me na cor garrida de sentir
a velha paixão para onde quero partir...a velha paixão para onde quero partir...
nas asas de um ventonas asas de um vento
que quente faz-me sorrirque quente faz-me sorrir
abrir os lábios e dizerabrir os lábios e dizer
estou viva e vou viverestou viva e vou viver
na cor do mar azul profundona cor do mar azul profundo
na cor do espaço universo imensona cor do espaço universo imenso
onde quero cair e por fim adormeçoonde quero cair e por fim adormeço
nos teus braços redondos e fechadosnos teus braços redondos e fechados
desembarcar como barco no caisdesembarcar como barco no cais
meu porto e libertação do meu silênciomeu porto e libertação do meu silêncio
no eco do tempono eco do tempo
minha velha paixãominha velha paixão
©ana'Carvalhosa,©ana'Carvalhosa,
17.01.1717.01.17, BN1, BN1
tinge-me na cor garrida de sentirtinge-me na cor garrida de sentir
na cor do mar azul profundona cor do mar azul profundo
minha velha paixãominha velha paixão
23. Art byArt by © Alcina Moreira Photography© Alcina Moreira Photography
.
©ana'Carvalhosa,©ana'Carvalhosa,
17.01.1717.01.17, BN1, BN1
tinge-me na cor garrida de sentirtinge-me na cor garrida de sentir
na cor do mar azul profundona cor do mar azul profundo
minha velha paixãominha velha paixão
24. .
.
brinca com os meus cabelosbrinca com os meus cabelos
joga-me na sorte do teu olharjoga-me na sorte do teu olhar
lança-me os dados das tuas letraslança-me os dados das tuas letras
mas não me permitas calarmas não me permitas calar
instala a mesa do xadrezinstala a mesa do xadrez
que estrategas palavras serãoque estrategas palavras serão
um jogo de frases com coraçãoum jogo de frases com coração
para passar o tempo depressapara passar o tempo depressa
e amainar a voz da razãoe amainar a voz da razão
©ana'Carvalhosa,©ana'Carvalhosa,
17.01.1717.01.17, BN1, BN1
Art byArt by © Alexandre Alonso© Alexandre Alonso
25. . Art byArt by © Alex Rocio© Alex Rocio
©ana'Carvalhosa©ana'Carvalhosa
17.01.1717.01.17, BN1, BN1
silenciosamente chega a chuvasilenciosamente chega a chuva
goteja e goteja até preenchergoteja e goteja até preencher
o som que se ouve e beijao som que se ouve e beija
umas mãos que se cruzam e repousamumas mãos que se cruzam e repousam
na mesma mesa se aquietamna mesma mesa se aquietam
a paz das horas que regressama paz das horas que regressam
quando se fustigam os lençóisquando se fustigam os lençóis
na cama que o universo compôsna cama que o universo compôs
um anfiteatro livre e pacificoum anfiteatro livre e pacifico
preenchido pela paz que instaloupreenchido pela paz que instalou
26. . Art byArt by © Alex Rocio© Alex Rocio
desperto inteiradesperto inteira
no topo do mundono topo do mundo
tive-te no vastotive-te no vasto
tempotempo
ecos sortudosecos sortudos
conjugado em mimconjugado em mim
no verbo do ventono verbo do vento
sabor a terra secasabor a terra seca
e mar salgadoe mar salgado
um pó infinitoum pó infinito
no espaço nadano espaço nada
numa caixa abertanuma caixa aberta
e pequeninae pequenina
onde entramonde entram
ventanias de calorventanias de calor
abraçar-teabraçar-te
e perdurar-te em mime perdurar-te em mim
meu despertarmeu despertar
e meu único amore meu único amor
©ana'Carvalhosa©ana'Carvalhosa
17.01.1717.01.17, BN1, BN1
27. .
Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 17.01.1717.01.17, BN1, BN1
minhas mãos têm o calo dos teus dedminhas mãos têm o calo dos teus ded
meu corpo os sinais das tuas linhasmeu corpo os sinais das tuas linhas
horizontes que espreito e miro alémhorizontes que espreito e miro além
nas criptografias de outro momentonas criptografias de outro momento
onde letras recortaste nos meus olhoonde letras recortaste nos meus olho
bebendo em mim tuas palavrasbebendo em mim tuas palavras
junções das nossas letrasjunções das nossas letras
sinas dos nossos passadossinas dos nossos passados
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 17.01.1717.01.17, BN1, BN1
28. . Art byArt by © Alex Rocio© Alex Rocio
©ana'Carvalhosa©ana'Carvalhosa
17.01.1717.01.17 BN1BN1
se...se...
lado a ladolado a lado
respondemosrespondemos
ao ventoao vento
com o tomcom o tom
das nossas sementesdas nossas sementes
difundimos crentes que é a vidadifundimos crentes que é a vida
na nossa haste e nação a bandeirana nossa haste e nação a bandeira
da alegre esperança e uniãoda alegre esperança e união
/.../...
29. .
Art byArt by © Adriana Wieringa Photographs© Adriana Wieringa Photographs
.
meu corpo é teumeu corpo é teu
minha sombra entrego-teminha sombra entrego-te
que mais eu tenha e possuaque mais eu tenha e possua
nesta liberdade que me duranesta liberdade que me dura
minha almaminha alma
como o vento sopra na areiacomo o vento sopra na areia
molha-se nas águas salgadasmolha-se nas águas salgadas
difunde-se em aromas pelo ardifunde-se em aromas pelo ar
transforma-se em vagatransforma-se em vaga
deixa-se amardeixa-se amar
©ana'Carvalhosa-©ana'Carvalhosa- 17.01.1717.01.17, BN1, BN1
30. .
a minha procura não tem formaa minha procura não tem forma
tem teu cheiro e cortem teu cheiro e cor
tua dor e lamentotua dor e lamento
teu frio e até teu quenteteu frio e até teu quente
tem o gosto do teu suortem o gosto do teu suor
o sal que te escorre nas veiaso sal que te escorre nas veias
quente e ferventequente e fervente
tem o espaço vazio e ocotem o espaço vazio e oco
dos coros silenciadosdos coros silenciados
pelas nossas mãos vaziaspelas nossas mãos vazias
mas tocadas carinhosasmas tocadas carinhosas
procuram-te no tactoprocuram-te no tacto
na cegueira e surdezna cegueira e surdez
procuram-te por instinto,procuram-te por instinto,
... talvez... talvez
©ana'Carvalhosa-©ana'Carvalhosa-
15.09.16,15.09.16,
Art byArt by ©©
MOHSEN SEPEHRIMOHSEN SEPEHRI
31. .
©ana'Carvalhosa©ana'Carvalhosa
19.01.1719.01.17, BN1,, BN1,
Art byArt by ©©
MOHSEN SEPEHRIMOHSEN SEPEHRI
inventaste-me o sorrisinventaste-me o sorris
na borda da minha saia ainda refrescana borda da minha saia ainda refresca
as cores azuis de águas eternaas cores azuis de águas eterna
rebentações no meu cais de amrebentações no meu cais de ama
a meus pés que invadea meus pés que invade
as raízes que em mim não se desfazeas raízes que em mim não se desfaze
alimentam-se do teu mineral como lemalimentam-se do teu mineral como lem
e dão-te a pele que transpira por teme dão-te a pele que transpira por tem
na orla da tua costa imensna orla da tua costa imens
onde refresco meu cálice de vidonde refresco meu cálice de vid
és eterno em meu olhés eterno em meu olha
como eterna sou em tua marescomo eterna sou em tua mares
32. .
.
meu corpo é teumeu corpo é teu
minha sombra entrego-teminha sombra entrego-te
que mais eu tenha e possuaque mais eu tenha e possua
nesta liberdade que me duranesta liberdade que me dura
minha almaminha alma
como o vento sopra na areiacomo o vento sopra na areia
molha-se nas águas salgadasmolha-se nas águas salgadas
difunde-se em aromas pelo ardifunde-se em aromas pelo ar
transforma-se em vagatransforma-se em vaga
deixa-se amardeixa-se amar
©ana'Carvalhosa-©ana'Carvalhosa- 17.01.1717.01.17, BN1, BN1
Art byArt by © Marize Rodrigues© Marize Rodrigues
33. . Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 19.01.1719.01.17, BN1, BN1
não invejei o teu olharnão invejei o teu olhar
muito menos tive ciúme do tua vozmuito menos tive ciúme do tua voz
só quis ter teu espaço abertosó quis ter teu espaço aberto
na cumplicidade do que era de nósna cumplicidade do que era de nós
/.../...
34. .
sou a metade inteirasou a metade inteira
da parte que me sobrada parte que me sobra
de mim inteira restade mim inteira resta
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 20.01.1720.01.17, BN1, BN1
35. .
quando ramos nascemquando ramos nascem
frutos que a razão vêfrutos que a razão vê
no intímo adormecidono intímo adormecido
/.../...
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 21.01.1721.01.17, BN1, BN1
Art byArt by © Alfio Petralia© Alfio Petralia
36. ©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 21.01.1721.01.17, BN1, BN1
Art byArt by © Sami Gharbi - Calligrapherpainter© Sami Gharbi - Calligrapherpainter
antas letras se cruzamantas letras se cruzam
res não pintadasres não pintadas
silêncio da noitesilêncio da noite
ando se sentem acordadasando se sentem acordadas
m sonhos que se tecemm sonhos que se tecem
matriz dos sonhosmatriz dos sonhos
ntir-te é partentir-te é parte
padrão que mudapadrão que muda
s palavras silenciadass palavras silenciadas
37. .
Art byArt by © Dorina Costras Art© Dorina Costras Art
©ana'Carvalhosa©ana'Carvalhosa
~~ 21.01.1721.01.17 -BN1-BN1
a este universo para me dissolvera este universo para me dissolver
no composto mais orgânicono composto mais orgânico
onde revelo o meu seronde revelo o meu ser
38. .
Art byArt by © AFSHIN SEPEHRI© AFSHIN SEPEHRI
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 21.01.1721.01.17 -BN1-BN1
em azuis me pintasem azuis me pintas
fêmea de corfêmea de cor
só para exporsó para expor
o sabor do meu silêncioo sabor do meu silêncio
no odor do teu sentirno odor do teu sentir
o olhar profundoo olhar profundo
de em mim te possuirde em mim te possuir
carta branca e sem paragrafoscarta branca e sem paragrafos
nas letras que fazem presençanas letras que fazem presença
de uma vírgula e uma palavrade uma vírgula e uma palavra
um travessão para o monólogoum travessão para o monólogo
de contigo conversarde contigo conversar
na cor negra de um riscona cor negra de um risco
que teimo em te traçarque teimo em te traçar
é um beijo e um abraçoé um beijo e um abraço
que aqui venho deixarque aqui venho deixar
/.../...
39. .
Art byArt by © AFSHIN SEPEHRI© AFSHIN SEPEHRI
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 21.01.1721.01.17 -BN1-BN1
em azuis me pintasem azuis me pintas
fêmea de corfêmea de cor
só para exporsó para expor
o sabor do meu silêncioo sabor do meu silêncio
no odor do tu sentirno odor do tu sentir
o olhar profundoo olhar profundo
de em mim te possuirde em mim te possuir
carta branca e sem paragrafoscarta branca e sem paragrafos
nas letras que fazem presençanas letras que fazem presença
de uma vírgula e uma palavrade uma vírgula e uma palavra
um travessão para o monólogoum travessão para o monólogo
de contigo conversarde contigo conversar
na cor negra de um riscona cor negra de um risco
que teimo em te traçarque teimo em te traçar
é um beijo e um abraçoé um beijo e um abraço
que aqui venho deixarque aqui venho deixar
/.../...
40. .
não precisas de saber os meus segredosnão precisas de saber os meus segredos
nem de procurar o que pensas que escondonem de procurar o que pensas que escondo
não há magias nem mistériosnão há magias nem mistérios
há de tudo um pouco por esse mundo aíhá de tudo um pouco por esse mundo aí
só precisas de respirar e viversó precisas de respirar e viver
nas tardes longas de um outro acontecernas tardes longas de um outro acontecer
um segredo presente para te oferecerum segredo presente para te oferecer
é só ir aproveitando e leré só ir aproveitando e ler
não com os olhosnão com os olhos
que cegos nada vêmque cegos nada vêm
mas talvez com as mãosmas talvez com as mãos
que se deixam encontrar assimque se deixam encontrar assim
num pormenor úniconum pormenor único
que se transforma na magiaque se transforma na magia
de um tempo eterno apenasde um tempo eterno apenas
um mistério que descobres dentro de tium mistério que descobres dentro de ti
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 22.01.1722.01.17 -BN1-BN1
Art byArt by © AFSHIN SEPEHRI© AFSHIN SEPEHRI
41. ..
sorveste meu corposorveste meu corpo
num afago de simples amigonum afago de simples amigo
numa brisa suave e levenuma brisa suave e leve
e a humidade que nos cercae a humidade que nos cerca
carimbaste meu ser com o teu beijocarimbaste meu ser com o teu beijo
aquele que eterno fica registadoaquele que eterno fica registado
no centro da minha vontadeno centro da minha vontade
somente te querersomente te querer
seguir-te no ventoseguir-te no vento
nas asas de uma folhanas asas de uma folha
ver-te vir e partirver-te vir e partir
e esperar-te a sorrire esperar-te a sorrir
fresca letra me segurefresca letra me segure
no silêncio de um desejono silêncio de um desejo
ter-te, possuir-te, meu ensejoter-te, possuir-te, meu ensejo
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 22.01.1722.01.17 -BN1-BN1
Art byArt by © AFSHIN SEPEHRI© AFSHIN SEPEHRI
42. .
.
.
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 22.01.1722.01.17 -BN1-BN1
Art byArt by © AFSHIN SEPEHRI© AFSHIN SEPEHRI
cabes no meu mundo...cabes no meu mundo...
como numa carta não escritacomo numa carta não escrita
numa folha não realizadanuma folha não realizada
numa letra dos confins do mundonuma letra dos confins do mundo
numa palavra silenciadanuma palavra silenciada
43. .
©ana'Carvalhosa ~©ana'Carvalhosa ~ 25.01.1725.01.17, BN1, BN1
Art byArt by © Adriana Wieringa Photographs© Adriana Wieringa Photographs
puro como a águapuro como a água
livre no seu cursolivre no seu curso
gota cristalinagota cristalina
como em papel escritocomo em papel escrito
teias de letrasteias de letras
palavras em cadeiapalavras em cadeia
arco-iris de frasesarco-iris de frases
passeia na ruapasseia na rua
ao vento até balançaao vento até balança
o sentir que compôso sentir que compôs
como uma trançacomo uma trança
/.../...
Notas del editor procuro a solidão
só ela não me fere
não machuca o meu coração
só ela me respeita
e é em mim fiel irmão
estendendo-me a paz que preciso
num verso que nem procuro
vem entrando devagarinho
e atinge meu ser no mais profundo
onde o isolamento é amante
e eu dele muito carente
antevendo o que meu ego tem
que nem eu mesma sei
mas de mim nada quis
e ainda aqui ando
numa luta dentro de mim
para quê dar-te a mão
se vais insultar-me no corrimão
para quê dar-te do meu ser
se vais rir e escarnecer
gozar em frente ao mundo
distorcendo a minha tez
passo à frente e prossigo
ai! como gostava que fosse de vez
mas até por isso sofro
minha solidão é a tua talvez
uma amiga que nos machuca
uma amiga que nos abriga
nos incentiva e obriga-nos a viver
mas é a ti solidão
que eu quero me recolher
©ana'Carvalhosa ~ 26-01-2017 ~Brighton
Art by © Adriana Wieringa Photographs
és a minha cor lilás
o meu trevo regalado
o meu sentir em paz
a minha dor de cuidado
o meu prazer de bom rapaz
és a minha flor de sorte
o trevo da minha vida
com quatro cantos
na folha pré-escrita
mesmo sem odor
és a folha querida
onde esfrego meus dedos
acaricio a tua tez alva
que amadurece no tempo
depois de arrancada
às raízes da terra
ao solo que a viu nascer
um jardim que renasce
a cada novo amanhece
©ana'Carvalhosa ~ 27-01-2017 ~Brighton
Art by © Adriana Wieringa Photographsr
fiquei sentada em ti, aguardando....
o calor que se imprimia
numa letra sem cor e livre
voando no som silêncio
de uma única e verdadeira paixão
sentir-te no vento fresquinho
de uma madrugada por descobrir
nos meus lábios e sorrir
tuas palavras caladas
que me dão em consumir
sempre que o vento suspira
e às vestes seus véus tira
num predicado com perdão
seu adjectivo emoção
e, agora voa, ruma ao seu coração
no silêncio das linhas
notas verdes de multiplicação
onde caiem meus dedos
por pura inspiração
de saber te amar
sou a teia de mil lágrimas
nas salgadas emoções de dar
quantas das minhas águas são
o dom de não me negar e amar
no teu suor escorrido e encrustado
quando te digo meu único ser amado
livre no vento preso solto na fragilidade
de uma voz que cala a pura amizade
entre o ser e a natureza de viver
peso na teia da vida
sou a memória da tua voz
a que em mim não esqueço
encontrada por um triz
numa folha bordada nas mãos
um quadro negro escrito a giz
sou a memória da tua caligrafia
a que a mim impunhas e era magia
receber de ti a palavra que me sucedia
memória de um passado que é futuro
amar-te na raiz do meu ser mais puro
sou a memória do que já nada se diz
na tua voz que agora se silencia
mais uma vez no meu intimo risca
a recordação daquele outro ontem
ensina-me de novo o amor de um dia.
*mestre
acredito na força do meu destino
erguer-me inteira no teu tino
saber que sabes mais que preciso
na noite escura onde resido
à sombra da tua vela incandescente
meu guia e estrela cadente
no meu corpo suportado
pelo peso de emoções do passado
que passadas são nas águas de querer
erguer-me inteira e voltar a nascer
nas tuas mãos delicadas poisar
nos teus braços por fim me encontrar
numa sede que afoga as lágrimas
que caídas regaram minha razão
estava a crescer e a passar a evolução
mas contigo dentro de meu coração
corpo e almas unidas na motivação
somente de te amar