2. • Expressão usada, a partir dos finais do século XVIII, para nomear o regime que existia
antes das Revoluções Liberais.
• Atribuída ao regime político/económico/social que caracterizou os Estados Europeus
entre os séculos XV a XVII e os finais do século XVIII.
• Politicamente, caracteriza-se pela monarquia absoluta.
• Economicamente, é a época do Capitalismo comercial, com um sistema baseado numa
agricultura arcaica.
• Socialmente, é o período da sociedade estratificada em três Ordens ou Estados.
O ANTIGO REGIME
3. Desde a Idade Média que os reis pretendiam uma diminuição do poder dos nobres,
tentando concentrar nas suas mãos o maior número de funções e atividades por forma a
fortalecer o seu próprio poder e a enfraquecer o poder dos seus adversários. Defende-se a
origem divina da autoridade do rei (vem de Deus). O rei absoluto:
O ABSOLUTISMO
4. O ABSOLUTISMO
.
Enaltecimento
do rei através
da arte e da
propaganda
Dirigismo
económico:
mercantilismo
Sacralização
do rei – o
seu poder
provém de
Deus
Recurso ao
Direito
romano
Apoio da
burguesia
Submissão
da nobreza
e do clero
Rei-Sol
O Estado sou eu
5. O ABSOLUTISMO
Instrumentos
do poder absoluto:
- Corte;
- Luxo;
- Ostentação;
- Exército;
- Espetáculo.
Objetivos:
• Demonstrar a sua riqueza e
poder;
• Controlar a nobreza para
evitar a oposição dos
grandes senhores à sua
política absoluta.
8. ATIVIDADES ECONÓMICAS
Agricultura
Maioria das terras concentrada nas
mãos de uma minoria da população.
Permanência da relação de
dependência entre os donos das terras
e os camponeses.
Ausência de inovação: instrumentos e
técnicas pouco evoluídos.
Mantinham-se as culturas tradicionais:
cereais e vinha.
Agricultura com características
semelhantes às da Idade Média.
9. ATIVIDADES ECONÓMICAS
Obtenção de grandes lucros.
Comércio internacional,
nomeadamente, colonial: especiarias,
açúcar, chá, tabaco.
Produtos europeus: cereais, vinho, sal,
tecidos, vidro.
Principais portos europeus:
Amesterdão, Londres, Antuérpia.
Dinamismo da atividade comercial.
Comércio
10. O MERCANTILISMO
“A riqueza de um país é proporcional ao montante de metais preciosos entesourados
que este possui”.
Defende:
- O intervencionismo e dirigismo do estado;
- O protecionismo da economia;
- A obtenção de uma balança comercial favorável.
11.
12. Países Mercantilistas
• Proibição à entrada de produtos manufaturados.
• Procura-se obter uma balança comercial favorável.
• lançamento de impostos aduaneiros muito elevados, sobre a importação de produtos
manufaturados,
• instituição de prémios ao comerciante com mais exportações,
• ajuda ao desenvolvimento industrial (subsídios, privilégios e desenvolvimento das
manufaturas, para que se melhore a produção nacional e assim se aumente o número
de produtos a exportar).
Como:
14. ARTE BARROCA
Nascida em Roma, nos finais do séc. XVI, rapidamente se espalhou pelo resto do
mundo.
A partir do Concílio de Trento, a Igreja apercebeu-se de que era necessário
cativar os fiéis. Assim, nasceu a necessidade de decorar as igrejas com imagens
dramáticas e muito expressivas que despertassem a piedade e a admiração dos
crentes. Este estilo alargou-se para lá da escultura ou da arquitetura, passando a ser
usado também na música (nasce a Ópera de Bach ou as obras musicais do português
Carlos Seixas).
15. ARQUITETURA BARROCA
• A arquitetura barroca combinou de forma nova elementos clássicos e
renascentistas, tais como colunas, arcos e capitéis.
• Elementos curvos, impetuosos, tomavam o lugar de elementos retangulares e
harmónicos.
• A escultura e a pintura passaram a desempenhar
um papel importante nos projetos das construções,
contribuindo para criar a ilusão de amplidão e espaço
(trompe l’oeil).
16. ARQUITETURA BARROCA
• Conceção do edifício como um todo (são típicas a Igreja e o Palácio);
• Interiores em plantas ovais e em elipses;
• Muito decorados, com linhas, formas onduladas e curvas;
• Exteriores: nichos com conchas e grinaldas e com formas onduladas;
• Uso de baixos relevos, talha dourada e azulejos na
decoração do edifício.
Principais artistas:
Borromini
Bernini
Nicolau Nasoni
Ludovice (Mafra)
André Soares
17. ARQUITETURA BARROCA
Igreja de S. Carlo das Quatro Fontes,
de Borromini, 1638-41
As colunas são usadas como elementos
decorativos e não para suportar o edifício
Fachadas onduladas
que sugerem
movimento e contraste
Predomínio da
linha curva
Fachadas
com
esculturas e
medalhões
18. Casa de Mateus (perto de Vila Real), de Nicolau Nasoni, primeira metade do século XVIII.
Contraste claro/escuro
Predomínio da linha
curva (frontões
curvos, pináculos)
Fachadas onduladas sugerem
movimento e contraste
Escadaria convergente e
divergente
19. jardins de Versailles
Jardins muito decorativos e arranjados
onde predomina a linha curva Os arbustos assumem
várias formas geométricas
20. PINTURA BARROCA
Contraste claro/escuro
Predomínio das linhas diagonais, que
sugerem movimento
Dramatismo da cena que se espelha
nos rostos e nos gestos expressivos
Corpos robustos e roliços
O Rapto de Perséfone, de Rubens, um dos grandes pintores flamengos do Barroco.
21. PINTURA BARROCA
• Uso de cores quentes,
• Jogos de luz e sombra,
• Movimento e sentimentos fortes.
• Novas técnicas como o desenho de figuras
desproporcionais e intencionalmente assimétricas.
Principais artistas:
Bernini
Rubens
Velasquez
El Greco
Vieira Lusitano
22. A tridimensionalidade, através da ilusão de ótica (trompe l’oeil), foi desenvolvida pelos
pintores italianos e muito utilizada na pintura dos tetos.
23. ESCULTURA BARROCA
• Grande atividade e movimento;
• Recurso a novos materiais como por ex. mármores, estuque e
gesso;
• Uso de cores quentes nas coloração das obras;
• Permanece como tema principal a figura humana.
Principais artistas:
Bernini
Machado de Castro
24. Apolo e Dafne, do famoso escultor e arquiteto Bernini, 1625.
Movimento sugerido
pela fuga da ninfa
Dafne e a sua
transformação em
loureiro quando é
tocada por Apolo
Expressão e
gestos teatrais
espelham as
emoções das
figuras e o
dramatismo da
cena
Vestes esvoaçantes sugerem
movimento e dinamismo
25. Expressão teatral das figuras
Exuberância dos panejamentos
sugere movimento e contraste
claro/escuro
Expressão de emoções fortes
prazer
Êxtase de Santa Teresa de Ávila, de Bernini, 1647-52.
26. azulejo e talha dourada no barroco português
Púlpito da igreja da Nossa Senhora do
Terço (Barcelos). Contraste da talha
dourada com a azulejaria.
Músicos, Cena Campestre, pormenor de
painel de azulejos, século XVIII, mosteiro de
São Vicente de Fora, Lisboa.
28. MÚSICA BARROCA
• Tendência para a imponência e para o decorativo;
• Surge o estilo concertante: diálogo entre o vocal e o instrumental.
• Já no séc. XVIII estabelece-se um estilo clássico;
• Típica desta corrente é a Ópera.
Principais artistas:
Bach
Handel
Monteverdi
Carlos Seixas
Haendel Bach
30. D. JOÃO V – REI ABSOLUTO
Centraliza
os poderes
políticos
Fundamenta
o poder no
direito
divino
Não
convoca
Cortes
Submete as
ordens
privilegiadas
Edifica obras
grandiosas –
imagem de
grandeza
31. O reinado de D. João V beneficiou da descoberta de ouro e diamantes no Brasil.
O rei financiou grandes obras, projetando uma imagem de esplendor.
32. CONSTRUÇÃO DE GRANDES OBRAS
• A construção do convento-
palácio de Mafra foi iniciada
em 1715.
• O rei pagava assim a
promessa pelo nascimento
de um filho herdeiro do
trono.
33. CONSTRUÇÃO DE GRANDES OBRAS
• A Biblioteca Joanina
da Universidade de
Coimbra é uma das
mais fabulosas da
época.
• Foi construída entre
1717 e 1728.
• Ao fundo, o retrato
do rei.
34. CONSTRUÇÃO DE GRANDES OBRAS
O Aqueduto das Águas Livres, iniciado em 1731, abastecia Lisboa, levando água de
Belas.
36. ECONOMIA PORTUGUESA
Economia rural de
subsistência mas
com culturas de
vocação
comercial
O comércio,
sobretudo o
colonial, era a
atividade mais
lucrativa
Indústria
artesanal
pouco
produtiva
Dependência do
estrangeiro,
sobretudo de
Inglaterra
Comércio externo
controlado por
transportadores
estrangeiros
38. O PERÍODO MERCANTILISTA
Defensores:
• Manuel Severim de Faria, simpatizante das práticas mercantilistas inglesas;
• Duarte Ribeiro de Macedo (Discurso sobre a Introdução das Artes em Portugal),
defende a criação da manufactura de tecidos, espelhos e artigos de luxo com vista a
evitar exportações.
39. • A ideia proposta por estes dois homens foi posta em prática por D. Luís de Menezes,
3º Conde de Ericeira, no reinado de D. Pedro:
• Contrata artífices ingleses para virem ensinar em Portugal,
• Procura desenvolver as indústrias de lã na Covilhã e Portalegre. Melhora também o
fabrico de colchas de Castelo Branco e da seda em Vila Real.
• Cria ainda medidas protecionistas, aumentando as tarifas aduaneiras aos produtos
estrangeiros.
• Lança pragmáticas (leis que proibiam a compra no estrangeiro de produtos de
luxo).
O PERÍODO MERCANTILISTA
40. • Os grandes proprietários do vinho do Porto, entre estes, o Marquês do Alegrete e o
Duque do Cadaval, tinham enorme poder económico e político. Deste modo,
conseguiram que o Conselho da Fazenda se opusesse à política manufatureira.
• Também a descoberta do ouro do Brasil acende a cobiça dos ingleses, pois viam uma
nova fonte de receitas em metal sonante.
• A outra grande razão foi a assinatura do Tratado de Methuen.
O FALHANÇO MERCANTILISTA
41. O FALHANÇO MERCANTILISTA
Portugal ficou dependente das importações inglesas.
O ouro e o comércio externo.Exportação de vinhos para Inglaterra.
42. • Celebrado em 1703 entre D. Pedro II e a Inglaterra, estabelecia a obrigatoriedade da
Inglaterra comprar o vinho do Porto, pagando este apenas 2/3 dos direitos pagos pela
França. Portugal não poria obstáculos à entrada dos lanifícios ingleses.
Este tratado vai ser bastante prejudicial para Portugal:
• Destruição das manufaturas que começam a nascer,
• Impedimento do desenvolvimento industrial,
• Alargamento do plantio da vinha a zonas destinadas aos cereais,
• Aumento das importações aos ingleses,
• Saída de grandes quantidades de ouro brasileiro para pagar as importações.
(Falência das primeiras tentativas mercantilistas portuguesas)
O TRATADO DE METHUEN