O documento discute o papel do arquiteto da informação, definido como alguém que estrutura conteúdo digital para atender às necessidades de públicos específicos. O arquiteto da informação requer habilidades de comunicação, entendimento das necessidades dos clientes e usuários, e planejamento da organização, navegação e crescimento futuro do site. O documento também diferencia entre "pequeno arquiteto da informação", focado em organização de conteúdo, e "grande arquiteto da informação", com papel mais estratégico e ab
3. Uma definição simples e direta do que se
espera do trabalho realizado por um arquiteto
da informação pode ser a seguinte: “pegar” um
determinado conteúdo e estruturá-lo de modo
a atender as necessidades de um determinado
público que busca informação em uma mídia
digital (CD-ROM, DVD-ROM, site, intranet, extranet,
celular, smartphone, tablet, smart TV etc).
4. Mas adicione algumas variáveis importantes:
• a quantidade, a qualidade e o desafio de manutenção deste
conteúdo;
• os diversos perfis de público (dificilmente um site é voltado
para um só tipo de audiência);
• as necessidades de design para atender estes requisitos;
• as necessidades tecnológicas e de programação para o
• desenvolvimento dos sistemas previstos;
• e, finalmente, o cronograma e os prazos de entrega
previstos pelo “dono” do projeto.
6. O arquiteto da informação estaria em algum lugar
entre a equipe de desenvolvimento (tanto de
interface como de programação) e o(s) cliente(s)
do site que está sendo planejado (os usuários os
editores de conteúdo, os gerentes de projeto, etc).
Habilidades de comunicação, diplomacia, técnicas
de negociação, levantamento de custos.
7. Também é igualmente importante que ele tenha
conhecimentos básicos das tarefas e expertises de
ambas as equipes com as quais ele precisa lidar. O
arquiteto da informação deve ser capaz de pensar
estrategicamente o site e também saber quais as
melhores práticas de design e programação, para
que seja factível a realização do projeto no tempo
desejado.
Versatilidade, visão macro e micro, visão holística,
capacidade de trabalho multidisciplinar e
interdisciplinar.
8. É dever do arquiteto da informação ser a ponte
entre o que está sendo estrategicamente desejado
pela empresa (ou pessoa, ou grupo de pessoas,
etc) e o que será desenvolvido pela equipe alocada
para tal projeto. Sendo assim, é do arquiteto da
informação a primeira pergunta em qualquer
projeto de website: “Para que você quer um
website?”.
Entender e avaliar as necessidade dos
clientes: donos do site, usuários e equipe de
desenvolvimento. Pesquisa, entrevistas, briefing.
9. E será ele (ou deveria ser, pelo menos) o primeiro
a ler as pesquisas, relatórios de log e testes de
navegação feitos após o lançamento do site.
Afinal, o resultado não é algo estático e definitivo.
Ler pesquisas e estatísticas, elaborar e conduzir
testes (antes, durante e depois), trabalho
iterativo.
10. É obrigação do arquiteto da informação garantir
que o conteúdo relevante para determinado público
esteja muito bem organizado e apresentado por
meio de uma interface simples e adequada para
aquela situação de uso
Projetar navegação, rotulação, busca e
organização. Simplificar a vida dos usuários,
entender necessidades dos usuários, manutenção
do site.
11. Éo que o arquiteto da informação oferece ao projeto
é a garantia de que o site que está sendo construído
seja facilmente mantido e que possa crescer de
forma organizada.
Planejar o futuro, o crescimento e a adequação a
novas tecnologias.
12. É o que o arquiteto da informação oferece ao projeto
é a garantia de que o site que está sendo construído
seja facilmente mantido e que possa crescer de
forma organizada.
Planejar o futuro, o crescimento e a adequação a
novas tecnologias.
13. Ser arquiteto da informação requer um grande
esforço empreendedor por parte dos candidatos.
Muito estudo e trabalho, aprendendo à medida que
se trabalha.
Desenvolver metodologias, buscar padrões,
divulgar a atividade, defender/argumentar em
favor das boas práticas de AI e atualizar-se
sempre. Ética. Humildade.
15. “Contudo, interpretações de quais seriam as atribuições do arquiteto de
informação variam dependendo das organizações, dos projetos e das
pessoas envolvidas.
De um lado temos o pequeno arquiteto de informação, que deve se focar
unicamente em tarefas centrais como as definições de arquivos e o controle
de vocabulário.
De outro lado, temos o grande arquiteto de informação que deve
desempenhar o papel do “maestro de orquestra ou diretor de filme,
concebendo o conceito e os movimentos que a equipe deve seguir”, como
descreve Gayle Curtis, Diretor de Criatividade.”
No primeiro caso temos uma visão bem focada em uma tarefa específica,
no segundo uma visão muito mais complexa e com uma atuação mais
estratégica no processo.
- MORVILLE
16. “… Essa formulação leva ao chamado “grande arquiteto” – uma definição
que abrange uma ampla faixa de responsabilidades, incluindo estratégia
de negócios, design de informação, pesquisa com usuários, design de
interação, levantamento de requisitos... a lista parece não ter fim.
…
O resultado disso é o “pequeno arquiteto”, focado estritamente na
organização de conteúdo e na estrutura de espaços de informação. …”
- GARRET
Desta forma é razoável afirmar que para ambos os autores a pequena AI
significa a atividade mais específica de organização de conteúdo, enquanto
que a grande AI é um sinônimo de experiência do usuário.
- GIL BARROS
17. REFERÊNCIAS
BARROS, G. Com quantos chapéus se faz um arquiteto? 3. Encontro Brasileiro
de Arquitetura de Informação (EBAI), São Paulo, 2009. Disponível em:
<http://www.congressoebai.org/index.php/2009/com-quantos-chapeus-se-
faz-um-arquiteto/10>. Acesso em: 7 dez. 2010.
MORVILLE, P. Grande arquiteto, pequeno arquiteto. Tradução de Juliana
Dorneles. Disponível em: <http://iainstitute.org/pt/translations/000265.
html>. Acesso em: 30 dez. 2009.
REIS, G. A. Centrando a Arquitetura de Informação no usuário. São Paulo:
Universidade de São Paulo – USP. Escola de Comunicação e Artes. SP, 2007.
Disseração (Mestrado em Ciência da Informação). 250p.