O documento discute os problemas sociais e econômicos crescentes no mundo e em Portugal, como a desigualdade, degradação ambiental e ataque aos direitos dos trabalhadores. Defende que o Presidente da República deve defender a Constituição portuguesa e valores de justiça social, soberania e independência nacional. A eleição presidencial de 2016 é uma oportunidade para escolher um candidato comprometido com esses ideais.
1. Vivemos num Mundo onde cresce a desigual-
dade económica entre os indivíduos e entre os
países. A degradação social multiplica-se, as
feridas ambientais aumentam, agravam-se os
problemas dos trabalhadores, alastra a pobre-
za. Ao mesmo tempo aumenta o domínio
absoluto dos grandes grupos económicos. A
ordem internacional está cada vez mais injusta,
dependente absoluta do poder dos
“mercados”, por cima dos Povos e dos Esta-
O AlterenseCDU Alter do Chão | Outubro a Dezembro de 2015 | Dezembro de 2015 | N.º 9 | Ano III
CDU
Eleições Presidenciais 2016
dos. Proliferam os focos de tensão e de guerra, espalhando os flagelos das migra-
ções forçadas e dos refugiados, o desemprego, a fome e a miséria que abrange
uma crescente parte da Humanidade, impondo carências e sofrimentos intolerá-
veis.
Portugal não está imune a estes flagelos, bem pelo contrário. Décadas de governa-
ção ao arrepio dos valores de Abril aprofundaram as injustiças sociais e a explora-
ção, alimentaram a corrupção e a concentração da riqueza. O regime democrático
nascido da Revolução dos Cravos e da Constituição de 2 de Abril de 1976 tem
vivido um rumo inaceitável de descaracterização, de ataque à soberania e indepen-
dência nacional.
2. Pá g in a 2O A lt eren se Dez emb ro d e 2 01 5 | N. º 9
(continuação)
Nenhum cidadão português pode ficar indiferente a este
processo de regressão social, de injusta acumulação de riqueza.
Não podemos ser insensíveis à alienação do património
público e à destruição da capacidade produtiva nacional. Não
podemos ignorar o flagelo do desemprego, as gritantes
desigualdades sociais, a negação de condições dignas de vida,
especialmente aos jovens. É impossível ficar indiferente ao
ataque às funções sociais do Estado: ao Serviço Nacional de
Saúde, de Segurança Social, à Escola Pública. É inaceitável a
ofensiva contra os direitos dos trabalhadores (os que estão no
activo e aqueles que já passaram à situação de reforma), a brutal
carga fiscal que se abate sobre quem vive dos rendimentos do
trabalho; enquanto aumenta vertiginosamente a protecção e o
apoio ao grande capital, cujos lucros colossais não param de
aumentar. Este caminho inaceitável não é aquele que a
Constituição de Abril consagra e configura para Portugal.
É neste contexto que se desenrola o actual processo para eleger
o Presidente da República. Portugal vai a votos no próximo dia
24 de Janeiro.
Em Portugal, o Presidente da República não governa, mas não
pode ser insensível aos problemas da grande maioria dos
portugueses, os trabalhadores (no activo ou reformados); não
pode ignorar a exploração que a pobreza comporta, não pode
fechar os olhos aos dramas de milhões de pobres. Não pode
ignorar a destruição dos instrumentos fundamentais para a
autonomia económica nacional. Não pode apoiar ou consentir
a hipoteca da soberania nacional.
O Presidente da República simboliza a unidade do Estado e a
independência nacional e tem responsabilidade na defesa de
uma estratégia capaz de garantir a unidade e a independência
nacional. Neste Mundo de interdependências cada vez maiores,
onde os grandes poderes e interesses tendem a hegemonizar os
limites à soberania dos Estados e à liberdade dos Povos, ao
Presidente da República cabem ainda maiores
responsabilidades de defesa intransigente dos valores de justiça
social, das liberdades, da soberania e independência nacional,
tal como consagra a Constituição da República Portuguesa
promulgada em 2 de Abril de 1976.
É possível colocar Portugal nesse caminho. Está nas nossas
mão alcançar esse caminho. Por isso a próxima eleição do
Presidente da República se reveste de grande importância. É
necessário escolher bem, escolhendo o candidato que dê
melhor garantia de defender, cumprir e fazer cumprir a
Constituição da República Portuguesa. Edgar Silva tem provas
dadas em toda a sua vida de luta incansável e intransigente em
defesa desse Portugal de progresso e de bem estar capaz de
assegurar condições de vida digna a todos que vivem do seu
trabalho.
Fernanda Bacalhau (Mandatária distrital)
Actividades Autárquicas
Realizou-se no passado dia 28 de Outubro uma reunião extra-
ordinária do executivo camarário para discussão e eventual
aprovação das Grandes Opções do Plano (GOP’s) e Orçamen-
to para 2016.
O Orçamento proposto é de 6 866 526 euros sendo, do lado
das despesas, de 5 313 150 euros de despesas correntes e 1 553
376 euros de despesas de capital. No que se refere às receitas
elas serão de 5 367 535 euros de receitas correntes e de 1 498
991 euros de receitas de capital.
De salientar que cerca de 38% do orçamento vai para despesas
com pessoal e 31% para aquisição de bens e serviços, ou seja,
cerca de 69% do orçamento são gastos nestas duas rubricas.
Estes instrumentos da governação autárquica foram analisados
e discutidos pelo executivo camarário, tendo os vereadores da
oposição criticado algumas das opções apresentadas. Desta vez
a oposição não apresentou quaisquer propostas, uma vez que
as contribuições dos anos anteriores ficaram, praticamente
todas, na gaveta.
Estas GOP’s e este Orçamento não trazem novidades, não são
inovadores e configuram uma evolução na continuidade.
Toda a oposição se absteve (2 PS + 1 CDU) e, assim o orça-
mento foi aprovado com os 2 votos favoráveis dos vereadores
do PSD.
O vereador eleito pela CDU apresentou a seguinte declaração
de voto:
DECLARAÇÃO DE VOTO
A CDU concorreu às eleições autárquicas de 2013 com o firme propósito de
contribuir, com o seu trabalho, com as suas ideias e sugestões, para a melhoria
das condições sociais, económicas e culturais dos habitantes do concelho de
Alter do Chão.
Nesse sentido, apesar de não ter pelouro atribuído, a CDU não deixou de
apresentar várias propostas para as Grandes Opções do Plano e Orçamento,
quer para 2014 quer para 2015, e de participar em várias iniciativas levadas
a cabo pela Câmara Municipal. Nem sempre estivemos de acordo, divergimos
algumas vezes, mas sempre nos batemos pela melhoria das condições de vida da
nossa população.
Nestes 2 anos de mandato, a CDU apresentou 33 propostas para as GOP’s,
e Orçamento, seguramente de importância e valores diferentes, mas que iam
todas ao encontro dos desejos e anseios da população do nosso concelho e, a
maior parte delas, eram de execução relativamente fácil e barata.
Obviamente que pintar um depósito de água e/ou executar a cobertura da
Casa da Medusa não é a mesma coisa e não são trabalhos/projectos minima-
mente comparáveis. No entanto, têm a sua importância, ainda que relativa,
para as populações.
Obviamente que nem todas as propostas apresentadas pela CDU poderiam ser
realizadas apenas pela Câmara Municipal de Alter do Chão, pois pressupõem
a participação activa de outros concelhos e outras instituições.
Assim, e apesar de na proposta de GOP’s e Orçamento para 2016 voltarem
a aparecer algumas ideias já apresentadas pela CDU e tendo, sobretudo, em
atenção que a esmagadora maioria das propostas apresentadas em 2014 e
2015, embora contempladas em Orçamento e GOP’s, não terem sido executa-
das, a CDU abstém-se na votação para as GOP’s e Orçamento para o ano
de 2016.
Não acreditamos que, como por milagre, haja uma mudança de atitude e de
prática.
Alter do Chão, 28 de Outubro de 2015
O vereador eleito pela CDU, Romão Trindade
EDGAR SILVA
3. Pá g in a 3O A lt eren se Dez emb ro d e 2 01 5 | N. º 9
Eleições Legislativas 2015
À semelhança do que aconteceu
no resto do país, também no
concelho de Alter do Chão se
registou uma elevada abstenção,
cerca de 40%, ainda assim
ligeiramente inferior à média
nacional, que foi de 43%.
Também os eleitores do concelho
de Alter do Chão, tal como
aconteceu a nível nacional,
disseram claramente não estar de
acordo e não aceitar a política
seguida nos últimos 4 anos pelo
governo da maioria de direita do
PPD/PSD e CDS/PP. A
coligação Portugal à Frente (PaF)
foi fortemente penalizada mas os
partidos que a compõem, apesar
de terem perdido a maioria
absoluta, formaram e foram
empossados como XX governo
constitucional.
O seu programa de governo,
apresentado a 9 de Novembro,
foi derrotado na Assembleia da
República. A moção de rejeição
foi aprovada por 123 votos a
favor (PCP, PEV, BE, PAN e PS)
e 107 votos contra (PSD e CDS).
Este governo durou apenas 12
(ou 27) dias, o de mais curta
duração da nossa democracia.
Depois do comportamento
lamentável que o PR, o PSD e o
CDS tiveram, espera-se agora que
o novo governo, o XXI
constitucional, com este apoio
parlamentar faça mais e melhor
para que os portugueses voltem a
ter esperança, acreditem que
Portugal tem futuro e seja um
país mais próspero.
Há muito trabalho a fazer.
A Comissão Concelhia da CDU
Laureano Martins, pediu a sua substituição como eleito. O seu
lugar foi ocupado por António Apolinário Antunes da Cruz
que tomou posse nesta sessão da Assembleia Municipal.
O João Martins alegou razões profissionais, a necessidade de
alguma renovação e a oportunidade para outros elementos das
listas da CDU de serem chamados a dar a sua contribuição
nestas, sempre difíceis, actividades autárquicas. Ao Apolinário
Cruz, O Alterense deseja as maiores felicidades nesta sua nova
missão ao serviço da população do concelho de Alter do Chão.
Realizaram-se no dia 4 de Outubro as eleições para a Assembleia da República.
Nas cinco (5) mesas existentes no nosso concelho apuraram-se os seguintes resultados:
Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal reunida em 18 de Dezembro, na fre-
guesia da Cunheira, discutiu o Orçamento e as GOP’s e para
2016. Estes, foram aprovados por maioria, com os votos favo-
ráveis (11) do PSD e do CDS e as abstenções (8) do PS e da
CDU.
A CDU apresentou uma declaração de voto semelhante à que
já tinha presentado na reunião de câmara, na discussão dos
mesmos assuntos.
O membro da Assembleia Municipal eleito pela CDU, João
Partido/
Coligação
Alter do Chão
Seda Chança Cunheira (Total)
Mesa 1 Mesa 2
% Votos % Votos % Votos % Votos % Votos % Votos
NC - - 1,0 5 - - 0,8 2 0,5 1 0,5 8
PNR 0,3 2 0,8 4 - - - - - - 0,3 6
MPT 0,2 1 0,4 2 - - - - - - 0,2 3
PPM 0,2 1 0,6 3 - - - 1 0,3 5
PS 44,5 274 32,3 153 34,8 78 47,5 116 62,7 121 42,4 742
BE 5,2 32 11,2 53 3,4 8 2,2 5 6,7 13 6,3 111
PaF 34,4 212 32,9 156 18,7 42 33,2 81 14,5 28 29,6 519
PTP.MAS 0,3 2 0,6 3 - - 0,4 1 - - 0,3 6
PCTP/MRPP 1,9 12 2,5 12 0,4 1 1,6 4 2,1 4 1,9 33
PDR 0,3 2 1,3 6 - - 1,2 3 - - 0,6 11
CDU 9,6 59 10,3 49 40,2 90 10,7 26 8,3 16 13,7 240
PURP 0,2 1 0,2 1 - - - - - - 0,1 2
L/TDA - - 0,4 2 - - - - - - 0,1 2
PAN 0,3 2 0,8 4 - - 0,8 2 1,0 2 0,6 10
Brancos 3,2 7 2,1 10 1,8 4 0,8 2 2,6 5 1,6 28
Nulos 1,5 9 2,5 12 0,4 1 0,8 2 1,0 2 1,5 26
Abstenção 35,5 339 50,4 481 27,0 83 39,3 158 35,0 104 39,9 1165
Votantes 64,5 616 49,6 474 72,9 224 60,7 244 64,9 193 60,0 1751
Inscritos 955 955 307 402 297 2916
4. Pá g in a 4O A lt eren se Dez emb ro d e 2 01 5 | N. º 9
As contas das Festas de Verão nas freguesias
O Alterense entendeu ser importante e necessário dar a
conhecer à população do nosso concelho os dinheiros gastos
na realização das diversas festas que se foram desenvolvendo
ao longo de 2015. Os quadros de receitas/despesas que são
apresentados foram retirados das informações que os diversos
organizadores desses eventos facultaram.
Na Cunheira, em Seda e em Chança foram cidadãos que se
organizaram para realizar as festas e em Alter do Chão foi a
Banda Municipal quem se encarregou das mesmas. A Câmara
Municipal, como habitualmente, contribui financeiramente e
apoiou em termos logísticos todas essas festas.
Naturalmente, no final das festas apresentaram-se as contas
(receitas e despesas) e soube-se para onde foram encaminhados
os saldos obtidos, quando os houve.
As festas de Seda, em honra de Nossa Senhora dos
Espinheiros, que tiveram lugar nos dias 31 de Julho, 1 e 2 de
Agosto, foram organizadas pelo grupo “Um por todos e
todos por Seda”. No final, a Comissão, não contabilizando a
contribuição da Câmara Municipal de Alter do Chão e da Junta
de Freguesia de Seda, apresentou os seguintes resultados:
A comissão organizadora das
festas entregou 4017,15 euros à
Comissão de Melhoramentos da
Freguesia de Seda, que gere o lar
de Seda.
Na Chança, as Festas de Verão em honra de Sto. Estevão
realizaram-se nos dias 14, 15 e 16 de Agosto e foram
organizadas por uma Comissão de Festas. Esta Comissão
apresentou os seguintes resultados:
Esta comissão de festas entregou 90,00 euros ao Lar de Sto.
Estevão e 50,00 euros à Igreja.
Cunheira
Na freguesia da Cunheira, as Festas de Verão em honra de
Nossa Senhora da Conceição, decorreram em 24, 25 e 26 de
Julho. Os resultados apurados pela Comissão organizadora
foram os seguintes:
Nada foi dito sobre o destino a dar ao saldo apurado (70,39
euros).
DESPESAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor
Sol Nascente 400 Procissão 120
300 And Friends 550 Flores 85
Nuno José 680 Bebidas 2500
Selsom 800 Standalentejo 1500
Garraiadas 700
Assador de
frangos
640
EDP 350 Pão 150
Licença 37,61
Nuno Ferreira
(electricista)
100
Bombeiros 250 Bandeiras 130
T shirts 300 - -
Total Despesas 9.292,61
RECEITAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor
Câmara Municipal 2430,00 Quermesse 130,40
Garraiadas 976,00 Colcha 930,50
Bar 4896,10 - -
Total de Receitas 9.363,00
Chança
RECEITAS (euros)
Descrição Valor
Bar 7463,80
Peditório colcha 957,73
Donativos 750,00
Total Receitas 9.171,53
DESPESAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor
Bebidas 2497,85 Carvão 220,00
Frangos+serviços 1589,01 Material descartável 293,30
T-shirts 234,00 Outros géneros alimentícios 320,22
Total de Despesas 5.154,38
Seda
DESPESAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor
Bebidas 1783,24 Isisom 4000,00
Frangos 803,74 Carvão 142,00
Direitos de autor 525,00 Florista 37,50
Mercearias diversas 843,30 T-shirt 145,00
Garraiada 600,00 Despesa c/pessoal 360,00
Espectáculo 1500,00 Pão 175,50
Total da Despesas 10.915,28
RECEITAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor
Bar- 6ª feira 1745,50 Mesas 245,00
Bar-Sábado 2303,80 Garraiada 1227,80
Bar- Domingo 974,60
Peditório de
colcha 720,00
Quermesse 474,00 Patrocínios 3365,00
Total da Receitas 11.055,70
5. Pá g in a 5O A lt eren se Dez emb ro d e 2 01 5 | N. º 9
Alter do Chão
Alter
Summer Fest
Nos dias 26 e 27 de Junho decorreu mais uma
edição do Alter Summer Fest, mais conhecido
por Festival da Juventude e que este ano foi
organizado pela Junta de Freguesia de Alter do
Chão.
O saldo de 699,00 euros foi entregue à Santa
Casa da Misericórdia.
A BMA apresentou os seguintes resultados:
Como facilmente se verifica, gastaram
-se mais de 110 000 euros e recebe-
ram-se cerca de 57 000 euros. Apu-
raram-se cerca de 12 300 euros que
foram distribuídos pelas associações
do concelho, com foi atrás referido.
Muitas vezes ouvem-se vozes a ques-
tionar os custos e os resultados destes
eventos, a dizer que em cultura não
há despesas nem receitas mas investi-
mentos. Assim, o objectivo desta
informação é dar a conhecer a toda a
população do concelho de Alter do
Chão, em nome da transparência,
onde foram gastas estas verbas.
Cada um tirará as suas ilações.
A Comissão Concelhia da CDU
Sr. Jesus do
Outeiro &
Nossa Sra.
da Alegria
As festas em honra do Senhor
Jesus do Outeiro e de Nossa
Senhora da Alegria foram orga-
nizadas pela Banda Municipal
Alterense e decorreram nos dias
21, 22 e 23 de Agosto.
A direcção da Banda deliberou
que este saldo de 7422,14 euros
será para a aquisição de farda-
mento para os 25 jovens músi-
cos que passam a integrar a
Banda, depois de terem passado
pela Escola de Música.
DESPESAS (euros) RECEITAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor
Artista e logística 11720,00 Patrocínios 1950,00
Publicidade 522,00 Bilheteira 6396,00
Refeições e alojamento 1488,00 Comparticipação da J. Freguesia 4500,00
- - Bares 1575,00
Total Despesas 13.722,00 Total Receitas 14.421,00
DESPESAS (euros) RECEITAS (euros)
Descrição Valor Descrição Valor Descrição Valor
Sodrel, lda 2408,41
Zheng Xianqiu
(produtos p/ quermesse)
178,20 Bilheteira 5331,44
Mini Preço
(produtos alimentares)
124,24
Páteo Real (refeições
artistas e técnicos)
477,70 Bares 5906,85
Continente
(produtos alimentares)
307,93
CMAC
(licença de ruído)
37,61 Quermesse 510,00
Parapal
(produtos p/cozinha)
235,20
SPA
(lic. direitos de autores)
810,00 Mesas 420,00
Padaria Alterense 216,50
Audiogest
(licença da PassMsic)
130,36 Stands 600,00
Tipografia Triunfo
(bilhetes e papelinhos)
252,15 Diversos 114,33 - -
Total Despesa Total Receitas 12.768,295.346,15
FESTAS DESPESAS (euros) RECEITAS (euros) SALDOS (euros)
Cunheira 9292,61 9363,00 + 70,39
Seda 5154,38 9171,53 + 4017,50
Chança 10915,28 11055,70 + 140,42
Alter Summer Fest 13722,00 14421,00 + 699,00
Sr. J. Outeiro & Sra. Alegria 5346,15 12768,29 + 7422,14
Total 44.430,42 56.779,52 12.349,45
Abril – Cavalos e Toiros 16134,35 ? ?
Somos Portugal TVI 20839,42 ? ?
Eventos diversos 33133,68 ? ?
Total 70.107,45 ? ?
Resumindo, as festas realizadas no nosso concelho apresentaram
os seguintes resultados:
Os resultados apurados pela Junta de
Freguesia de Alter do Chão foram os seguintes:
6. Email:
cdualter2013@gmail.com
Facebook:
www.facebook.com/
cdu.alter
Pá g in a 6 O A lt eren se Dez emb ro d e 2 01 5 | N. º 9
Ficha Técnica
Muitas cidades e vilas do nosso país pro-
curam realizar eventos de índole cultural,
social, religioso, económico ou mesmo
político que as diferenciam positivamente
e que as tornam conhecidas e apelativas a
cidadãos nacionais e estrangeiros. Preten-
dem com esses eventos atrair pessoas,
mostrar e desenvolver as potencialidades
locais e fazer com que elas desejem voltar
mais tarde. E isso, na generalidade, tem
acontecido.
Quem não ouviu já falar do Festival Mú-
sicas Mundo, da Sra. dos Remédios, da
Bienal de Cerveira, da Sra. da Saúde, da
Sra. da Agonia, da Feira de Santarém, da
Feira de Castro, dos Festivais de Paredes
de Coura, de Vilar de Mouros ou do Su-
doeste, de Silves ou Castro Marim Medie-
val, da Feira da Golegã, da Ovibeja, das
Universidades de Verão, da Festa de S.
Mateus, das Feiras de Doces Conventuais
e muitos outros acontecimentos que se
vão realizando durante o ano e um pouco
por todo o país. Algumas destas festas,
romarias ou festivais, de periodicidades
diferentes, são bastante antigas, outras
nem por isso, mas todas, seguramente,
não começaram com a pujança, a impor-
tância e o envolvimento que têm hoje.
Foram-se trabalhando, construindo e
afirmando ao longo do tempo.
Também aqui próximo de Alter do Chão,
algumas autarquias tentaram e estão a
conseguir remar contra a maré do desa-
lento, do mais fácil e do popularucho. São
agora apontadas e conhecidas por toda a
parte porque utilizaram as suas potenciali-
dades e os seus ex libris. Começaram do
zero e foram-se valorizando com as suas
diferenças. Obviamente que investiram,
publicitaram-se e, hoje, todos sabem o
que por lá se faz e, por isso, todos os anos
regressam. Quem desconhece que há:
Avis - Feira Medieval
Campo Maior - Festas do Povo e das Flores
Castelo de Vide - Festival Andanças e Univer-
sidade de Verão do PSD
Crato - Festival de Música e Feira do Artesanato
Fronteira - 24 horas e Batalha dos Atoleiros
Marvão - Festival de Música Clássica e Feira da
Castanha
Portalegre - Doçaria Conventual
Embora gastando algum dinheiro com
estes eventos, estas terras têm diferenças
pela positiva, vão-se projectando a nível
nacional e internacional e, assim, vão tam-
bém ajudando a economia local na restau-
ração, na hotelaria e no comércio. E, esta
economia não se desenvolve apenas com
os habitantes locais. Com estes subsiste
com dificuldade e, por isso, precisa, e
muito, dos forasteiros.
Estes são alguns exemplos que rodeiam o
concelho de Alter do Chão, onde a Câma-
ra Municipal e a Junta de Freguesia já
gastaram este ano de 2015, de acordo
com os relatórios apresentados:
Abril Cavalos e Toiros II: 16.134,35 €
Somos Portugal - TVI: 20.839,42 €
Alter Summer Fest: 13.722,00 €
Festas de Verão: 16.138,01 €
Eventos diversos: 33.133,68 €
É do conhecimento de todos, que os sal-
dos destes eventos, quando os há e alguns
até dão prejuízo, são atribuídos às colecti-
vidades ou IPSS do concelho que os orga-
nizaram ou neles colaboraram, e ainda
bem. Mas, depois destes gastos pratica-
mente suportados pela edilidade, pode
perguntar-se: qual foi o retorno para Alter
do Chão? qual foi a mais valia cultural?
onde está a discriminação positiva para a
nossa vila? houve mais desenvolvimento
económico? ficou o concelho mais co-
nhecido e mais apelativo? vieram mais
turistas? ou continuamos a ver, apenas às
6ªs feiras, uns autocarros parados junto ao
castelo e uns quantos turistas perdidos na
vila, que passaram por cá de fugida e,
apenas alguns, almoçaram num conhecido
restaurante da vila?
Com as devidas distâncias, também a
Fundação Serralves, nos eventos que or-
ganiza, não vai ao encontro do facilitismo,
do nivelar por baixo, do só deve ser fo-
mentado e realizado aquilo que o povo
quer e que o povo gosta. O povo também
gosta e quer eventos de qualidade pois,
com eles, também aprende e se educa.
Parece ser um dado adquirido que todo
concelho de Alter do Chão tem muitas
potencialidades mas, de facto, ainda não
conseguiu marcar a diferença positiva
para os concelhos vizinhos.
Assim, nunca se sairá das “festinhas” a
que nem muitos alterenses vão (uns por-
que se paga, outros porque não gostam,
uns porque não e outros porque sim),
muito menos os forasteiros. Há que re-
pensar tudo isto.
Artigo de Opinião
As festas em alter do chão
Romão Trindade | CDU Alter do Chão
Edição e Propriedade: CDU - Alter do Chão
ISSN: 2183-4415
Periodicidade: Trimestral
Tiragem: 250 exemplares
Distribuição: Impressa e online (gratuitas)
Director: João Martins
Morada: Rua Senhor Jesus do Outeiro, n.º 17
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Telefone: 927 220 200
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