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Capacitor MOS 2
Regiane Ragi
Regimes de polarização
1
PARTE 1
2
Nesta apresentação, após ter estudado o
capacitor MOS na condição de equilíbrio...
3
Vamos agora colocar um potencial entre o gate e o back,
para estabelecer os diferentes modos de operação de
um capacitor MOS.
Gate
Óxido
Substrato
Back
Vg
Bulk
4
... E discutir a condição de flat-band e o regime de
acumulação.
5
Inicialmente ...
6
Suponha condições normais de operação, em que o
lado do back do capacitor MOS esteja aterrado, e
considere VG ≠ 0, a tensão d.c. aplicada ao gate.
Gate
Óxido
Substrato
Back
Vg
Bulk
7
Novamente, aqui, vamos lançar mão
dos diagramas de banda de energia para
estudar o capacitor MOS sujeito à
polarizaçãoVG ≠ 0.
8
Para entender bem os efeitos da aplicação de uma
polarização, de uma tensão sobre o capacitor MOS,
vamos discutir algumas regras básicas de como o
diagrama de banda de energia do MOS se modifica em
resposta a uma tensão aplicada ao gate.
Gate
Óxido
Substrato
Back
Vg
Bulk
9
Primeiramente, vamos considerar o diagrama de banda
de energia de um semicondutor e assumir que, a energia
de Fermi (EF) nele não seja afetada pela polarização, e
permaneça invariante como função da posição.
EF
EV
EC
E0
EG
ϕs
χs
x
Diagrama de banda de energia de um semicondutor uniformemente dopado tipo-p
10
Esta é uma consequência direta de se assumir fluxo de
corrente zero através da estrutura sob condição de
polarização estática.
EF
EV
EC
E0
EG
ϕs
χs
x
Diagrama de banda de energia de um semicondutor uniformemente dopado tipo-p
11
Em essência, o semicondutor sempre permanece em
equilíbrio, independentemente da polarização aplicada
ao gate do capacitor MOS.
EF
EV
EC
E0
EG
ϕs
χs
x
Diagrama de banda de energia de um semicondutor uniformemente dopado tipo-p
12
A energia de Fermi (EF) no semicondutor, sob condição
de polarização estática, não é afetada pela polarização
e permanece invariante como função da posição.
REGRA 1
EF
EV
EC
E0
EG
ϕs
χs
13
Agora, suponha, que vamos aplicar uma tensão de
polarização no gate do capacitor MOS, VG ≠ 0, em
relação ao back aterrado.
Gate
Óxido
Substrato
Back
Vg
Bulk
14
Assim como em uma junção p-n, numa estrutura MOS,
a polarização, a tensão aplicada, qVG, entre os dois
lados da estrutura separa os níveis de Fermi por uma
quantidade igual a qVG.
EF
EV
EC
GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
EF
qVG
15
Numa estrutura MOS, a polarização (tensão) aplicada
entre os dois lados da estrutura separa os níveis de
Fermi por uma quantidade igual a qVG, de forma que
EF (metal) – EF (semicondutor) = - qVG
EFM
EFSM
– = - qVG
REGRA 2
16
Como consequência à regra 2, no equilíbrio, quando
VG=0, os níveis de Fermi dos dois lados da estrutura
devem se alinhar.
EF
EV
EC
GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
17
Intuitivamente falando, os níveis de Fermi no metal e
no semicondutor podem ser pensados como alças
conectadas ao mundo exterior.
EF
EV
EC
GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
18
Ao se aplicar uma polarização no terminal de gate,
toma-se as alças e rearranjam-se o posicionamento
relativo, para cima e para baixo, dos níveis de Fermi.
EF EF
EV
EC
GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
19
O contato de “back” é aterrado, e portanto, a alça do
lado do semicondutor permanece fixa com a posição.
EF EF
EV
EC
GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
20
A alça do lado do semicondutor permanece fixa com a
posição.
A alça do lado do metal, por outro lado, é movida:
• para baixo, se VG > 0, e
• para cima, se VG < 0.
REGRA 3
EF EF
EV
EC
GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
21
Uma vez que as alturas de barreiras são quantidades
fixas, são parâmetros definidos de uma estrutura, o
movimento do nível de Fermi no metal obviamente
leva por sua vez a uma distorção de outras
características do diagrama de banda.
22
A situação é semelhante a dobrar uma boneca de
borracha.
23
Visto de outra maneira, VG ≠ 0, provoca uma queda
no potencial, e a banda Ec (Ev) encurva para dentro
da estrutura.
24
Nenhum encurvamento de banda ocorre, é claro, no
metal, porque ele é uma região de equipotencial.
25
No óxido e no semicondutor, entretanto, as bandas de
energia devem exibir :
• uma inclinação ascendente quando VG > 0 (quer dizer,
aumentando E em função da posição, partindo do gate
em direção ao contato de back), e
• Uma inclinação descendente quando VG < 0.
REGRA 4
26
Imagine aqui, a alça do semicondutor, fixa, e
suponhamos uma tensão VG > 0.
Nesta situação, a alça do metal abaixa.
Em consequência, as bandas no semicondutor
próximo à interface devem encurvar de maneira que
apresentam uma inclinação ascendente.
27
Além disso, a aplicação da equação de Poisson ao
óxido, considerado um isolante ideal, com nenhuma
carga, ou centros de carga, produz
dEox/dx = 0,
e portanto, o campo no óxido deve ser uma constante
Eox = 0
28
Consequentemente, a inclinação das bandas de
energia no óxido deve ser uma constante
Ec e Ev são funções lineares da posição.
REGRA 5
29
Naturalmente, o encurvamento de banda no semicondutor
é esperado ser algo mais complexo em sua forma funcional,
levando também em conta a hipótese 5, discutida na aula
anterior, em que o encurvamento deve sempre desaparecer
antes de alcançar o contato de back (pois, E  0) .
O semicondutor é suficientemente espesso, de modo
que, independentemente do potencial de gate
aplicado, sempre haverá uma região de campo livre
chamada “bulk”, encontrada antes de chegar no
contato de “back”.
5
Gate
Óxido
Substrato
Back
Vg
21
Bulk
30
Observe que:
(EC-EF)FB é a diferença de energia entre Ec e EF no
semicondutor tipo-n, e
(EF-EV)FB é a diferença de energia entre EF e EV no
semicondutor tipo-p,
na região de “flat-band” (FB), ou de banda plana, na
porção livre de campo elétrico.
REGRA 6
31
Até aqui, vimos os princípios gerais que estabelecem
como o diagrama de banda de energia do MOS se
modifica em resposta a uma tensão de polarização.
32
A partir de agora, conhecidos os princípios gerais
estabelecidos nas cinco REGRAS apresentadas,
podemos examinar as situações de polarização
específicas de uma estrutura MOS de canal-n
(substrato tipo-p).
GATE ÓXIDO
SUBSTRATO
Tipo-p
33
Condições gerais de
polarização
34
Condição de equilíbrio
VG = 0
35
A partir de fundamentos de semicondutores, sabemos
que, no equilíbrio termodinâmico, no substrato de silício
tipo-p há :
• muitas lacunas móveis positivamente carregadas,
• e aceitadores fixos, negativamente carregados.
M O S
+ Lacunas móveis
- Aceitadores fixos
- Elétrons móveis
-
+
+
+
+
+ +
+
+
+ +
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
Estrutura Metal-Óxido-Semicondutor (MOS)
-
-
36
Considere o
diagrama de
banda de energia
para a estrutura
MOS de canal-n
(substrato tipo-p)
no equilíbrio
termodinâmico
EF EF
EV
EC
M O S
VG = 0 V
GATE ÓXIDO
SUBSTRATO
Tipo-p
Note que no
equilíbrio os
níveis de Fermi,
tanto do metal
quanto do
semicondutor
devem coincidir.
REGRA 2
37
EF EF
EV
EC
M O S
VG = 0 V
GATE ÓXIDO
SUBSTRATO
Tipo-p
No óxido e no semicon-
dutor as bandas de
energia devem exibir :
• uma inclinação
ascendente  VG > 0, e
• Uma inclinação
descendente VG < 0
A alça (EF) do lado do
metal é movida:
• para baixo, se VG > 0,
• para cima, se VG < 0.
A alça (EF) do lado do
semicondutor
permanece fixa com a
posição.
No equilíbrio, ainda,
verifique as regras
expostas à
direita.
(EF-EV)FB
38
Condição de flat-band
VG =Vfb
39
Se formos levantando o nível de Fermi do lado do metal,
isto é, se aplicarmos uma tensão negativa VG no gate, de
acordo com a Regra 3, surgirá um momento em que
EF EF
EV
EC
M O S
VG = 0 V
40
O diagrama de banda de energia atingirá um perfil
de bandas planas chamado de condição de flat-band.
χSiO2
ϕM
EF
EF
EV
EC
ϕs = χSi + (EC - EF)
χSi
M O S
qVfb = ϕM - ϕs
E0
ϕM ≠ ϕS
qVg = qVfb
41
Chamamos de “Flat-band” a condição onde as bandas
de energias EC e EV são planas, do inglês, “flat”, isto é, são
alinhadas com a interface Si-SiO2, sem nenhum
encurvamento de banda.
χSiO2
ϕM
EF
EF
EV
EC
ϕs = χSi + (EC - EF)
χSi
M O S
qVfb = ϕM - ϕs
E0
ϕM ≠ ϕS
qVfb
42
Na condição de flat-band, não há cargas localizadas
na estrutura MOS.
Por isso as bandas são “flats”, planas, retas e não se
verifica nenhum encurvamento de banda.
43
Regime de Acumulação
VG < Vfb
O que esperar do diagrama de banda
de energia se uma tensão mais
negativa que a Vfb for aplicada ?
44
O que esperar do diagrama de banda
de energia se uma tensão mais
negativa que a Vfb for aplicada ?
45
O diagrama de banda do lado do gate (do metal) seria
deslocado mais para cima, seguindo a Regra 3.
46
Uma tensão mais negativa no gate do que a tensão de
Vfb, levanta o lado esquerdo do diagrama de banda de
energia, com relação à situação de equilíbrio.
χSiO2
ϕM
EFM
EV
EC
ϕsχSi
M O S
E0
qVg = qVfb
EFM
EFSM
EV
EC
M O S
qVg < qVfb
qVox
qψs
VG < VfbVG = Vfb
EFSM
47
E de acordo com a Regra 4, o diagrama de banda de
energia apresenta uma inclinação descendente quando
VG < 0.
χSiO2
ϕM
EFM
EV
EC
ϕsχSi
M O S
E0
qVg = qVfb
EFM
EFSM
EV
EC
M O S
qVg < qVfb
qVox
qψs
VG < VfbVG = Vfb
EFSM
48
A medida do encurvamento é dado pela quantidade qψs.
χSiO2
ϕM
EFM
EV
EC
ϕsχSi
M O S
E0
qVg = qVfb
EFM
EFSM
EV
EC
M O S
qVg < qVfb
qVox
qψs
VG < VfbVG = Vfb
EFSM
49
Fazer Vg negativo, significa colocar uma carga negativa Qg
no gate.
50
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
-
-
-
Quando aplicamos no gate uma tensão negativa relativa
ao substrato, como há muitas lacunas móveis
positivamente carregadas num substrato tipo-p, algumas
dessas lacunas serão atraídas para a carga negativa no
gate, como mostra a figura.
SiO2 (óxido)
Silício tipo-p
Silício tipo-n
Gate
SubstratoS
++ Lacunas móveis
- Aceitadores fixos
- Elétrons móveis
-
-
-
51
Portadores minoritários, no caso elétrons, são repelidos
pela interface óxido/silício.
SiO2 (óxido)
Silício tipo-p
Silício tipo-n
Gate
SubstratoS
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
-
-
-
-
-
++ Lacunas móveis
- Aceitadores fixos
- Elétrons móveis
-
52
Surge um campo elétrico que aponta no sentido que vai
desde a carga positiva na lacuna dentro do silício até a
carga negativa no gate, como pode ser visto
esquematizado na figura.
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
-
-
-
-
- SiO2 (óxido)
Silício tipo-p
Silício tipo-n
Gate
SubstratoS
++ Lacunas móveis
- Aceitadores fixos
- Elétrons móveis
-
53
Quanto mais tensão negativa aplicamos no terminal de
gate, mais lacunas, portadores majoritários, são
acumuladas na interface óxido/semicondutor.
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
- SiO2 (óxido)
Silício tipo-p
Silício tipo-n
Gate
SubstratoS
++ Lacunas móveis
- Aceitadores fixos
- Elétrons móveis
-
-
-
-
-
-
-
-
54
Note que, nesta visualização fica bastante evidente que
o gate e o substrato formam um capacitor de placas
paralelas, com o óxido atuando como uma camada
isolante entre eles.
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
- SiO2 (óxido)
Silício tipo-p
Silício tipo-n
Gate
SubstratoS
++ Lacunas móveis
- Aceitadores fixos
- Elétrons móveis
-
-
-
-
-
-
-
-
55
Forma no MOSFET uma camada de acumulação de
lacunas. Por isso, esta situação no MOSFET é conhecida
como ACUMULAÇÃO, e o transistor trabalha em OFF,
pois nesta situação, não conduz corrente.
substratotipo-p
região
tipo-n+
região
tipo-n+
MOSFET
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
-
-
-
-
-
-
-
-
56
Note que, se o substrato fosse tipo-n, formaria uma
camada de acumulação de elétrons.
57
Para entender melhor a Acumulação, basta lembrar que
a densidade de lacunas é exponencialmente
proporcional a quão perto do nível de Fermi está a
extremidade da banda de valência.
EF
M O S
EF
EV
EC
qVg
qVox
qψs
58
EF
M O S
EF
EV
EC
Como EV está muito mais perto de EF na interface
óxido/semicondutor do que no substrato, podemos
concluir que, na acumulação há uma concentração de
lacunas na interface ps muito maior do que no substrato,
p0=Na.
qVg
qVox
qψs
59
O diagrama de banda de energia da figura abaixo
mostra que as bandas se curvam suavemente próximo
à interface óxido/Si para refletir as lacunas extras as
quais têm se acumulado lá.
EF
M O S
EF
EV
EC
qVg
qVox
qψs
60
EF
M O S
EF
EV
EC
Há um número muito grande de lacunas próximo à
interface e formam uma camada de acumulação de
lacunas com uma carga de acumulação Qacc.
qVg
qVox
qψs
61
Suponha que desejamos calcular o valor da carga de
acumulação Qacc.
62
Então, novamente considere que o gate e o substrato
formam uma espécie de capacitor de placas paralelas,
com o óxido atuando como uma camada de isolante
entre eles.
63
Como o óxido é bem fino comparado a área do
dispositivo, podemos aqui usar uma aproximação
bastante razoável, que é assumir que o campo elétrico
dentro do óxido seja praticamente uniforme, de valor Eox.
64
Se o óxido tem uma espessura, digamos, Tox, então o
campo elétrico no óxido pode ser calculado a partir da
definição
Vox é o potencial através da camada do óxido.
Vox
Vox
Tox Tox
Tox Tox
Tox
65
Conhecendo-se o valor do campo elétrico, Eox, vamos
agora encontrar a carga de acumulação, Qacc.
66
Para isto, considere um fragmento da estrutura formada
pelo gate e o pelo óxido.
GATE Óxido
Interface
67
E tomemos um pequeno volume, na forma de uma
pequena caixa cilíndrica, a qual se estende desde algum
lugar no gate, passando pela interface gate/óxido e
termina em algum lugar dentro do óxido.
GATE Óxido
Área ∆S
---- ---- ---- --- ---- ----
----
Interface gate/óxido
Fluxo de campo
elétrico uniforme
Eox
Densidade superficial
de carga QG
68
Suponha que a interface metal-óxido dentro da caixa
cilíndrica tenha uma área ΔS.
GATE Óxido
Área ∆S
Interface gate/óxido
6969
GATE Óxido
Área ∆S
---- ---- ---- --- ---- ----
----
Fluxo de campo
elétrico uniforme
Eox
Densidade superficial
de carga QG
Interface gate/óxido
O campo elétrico tem seu sentido apontando desde as
lacunas no semicondutor até a carga negativa no gate,
representada pela densidade superficial de carga QG.
70
A Lei de Gauss diz que a integral de superfície sobre
uma superfície fechada do vetor deslocamento
é igual à carga total envolvida por essa superfície:
com ε a permissividade dielétrica do meio.
Qenv
Qenv = Qacc
No caso, a carga envolvida , Qenv, é a carga de
acumulação Qacc
71
Uma vez que a tensão aplicada ao gate é negativa
relativamente ao substrato, -Vg, então devemos supor
que exista uma densidade de carga superficial dada por
- Qacc (C/cm²)
na interface metal/óxido, na superfície do eletrodo de
gate, então
Qenv = - Qacc
72
Se fizermos a integral do vetor deslocamento por toda a
superfície do cilindro temos
GATE Óxido
Base 1
---- ---- ---- --- ---- ----
----
Lateral
Base 2
73
Na região do metal o campo elétrico é nulo.
74
Se fizermos a integral do vetor deslocamento por toda a
superfície do cilindro temos
75
Por outro lado, a carga envolvida pela superfície da
caixa cilíndrica é
Assim,
- Qacc
76
Da Lei de Gauss, então
- Qacc
77
Lembrando que, também
Tox
78
A carga de acumulação pode ser escrita como
VoxQacc -
Tox
- Qacc
Tox
79
Uma vez que, a capacitância do óxido por unidade de
área (F/cm²) é dada por
A carga de acumulação pode ainda ser expressa como
Tox
Qacc = - coxVox
80
Uma espessura típica de óxido é de 250 Å, e a constante
dielétrica do silício, de
Nestas circunstâncias, temos
Valores totalmente aceitáveis na rotina do que
habitualmente chamamos de
Semiconductor Business
ou negócios especiais de semicondutores.
81
EF
M O S
EF
EV
EC
Conhecendo-se a relação
qVg
qVox
qψs
ψs
82
E sabendo-se que, na acumulação, vale a aproximação
ψs≈ 0
Podemos escrever
Vox = Vg - Vfb
De modo que
Qacc = - cox (Vg - Vfb) > 0, VG < Vfb
83
Nós voltaremos à equação
quando formos estudar o funcionamento do transistor
MOSFET.
VoxQacc = - cox (Vg - Vfb)
84
Até o momento discutimos as consequências de se
polarizar negativamente o gate com relação ao
substrato.
85
Porém, ao polarizar negativamente o capacitor MOS,
isto não contribui em nada para conectar as duas regiões
tipo-n+ do transistor MOS completo e torná-lo ON, ou
seja, fazer com que o transistor nessa situação conduza
corrente elétrica.
substratotipo-p
região
tipo-n+
região
tipo-n+
MOSFET
+
+
+
+ +
+
+
+
+
+ +
- -
-
-
-
- -
-
-
-
- -
-
-
-
+
S
+-
VG
-
-
-
-
-
-
-
-
-
86
Com isto em mente, vamos agora aplicar uma tensão
positiva no gate, Vg, em relação ao substrato.
87
Continua ...
88
Apêndice
89
substrato tipo-n
região
tipo-p+
região
tipo-p+
MOSFET de canal-p
90
Vejamos agora o diagrama de banda de energia do MOS
no equilíbrio para o caso do MOS canal-p
GATE ÓXIDO
SUBSTRATO
Tipo-n
91
GATE ÓXIDO
SUBSTRATO
Tipo-n
No óxido e no semicon-
dutor as bandas de
energia devem exibir :
• uma inclinação
ascendente  VG > 0, e
• Uma inclinação
descendente VG < 0
A alça (EF) do lado do
metal é movida:
• para baixo, se VG > 0,
• para cima, se VG < 0.
A alça (EF) do lado do
semicondutor
permanece fixa com a
posição
EF EF
EV
EC
M O S
VG = 0 V
92
GATE ÓXIDO
SUBSTRATO
Tipo-p
No óxido e no semicon-
dutor as bandas de
energia devem exibir :
• uma inclinação
ascendente  VG > 0, e
• Uma inclinação
descendente VG < 0
A alça (EF) do lado do
metal é movida:
• para baixo, se VG > 0,
• para cima, se VG < 0.
A alça (EF) do lado do
semicondutor
permanece fixa com a
posição.
(EF-EV)FB
EF EF
EV
EC
M O S
VG = 0 V
93
Referência
94
http://www.eecs.berkeley.edu/~hu/Chenming-Hu_ch5.pdf
https://engineering.purdue.edu/~ee606/downloads/T5.PDF
https://cnx.org/contents/uypBDhNi@2/Basic-MOS-Structure

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Capacitor MOS 2 - Regimes de Polarização - Parte 1

  • 1. Capacitor MOS 2 Regiane Ragi Regimes de polarização 1 PARTE 1
  • 2. 2 Nesta apresentação, após ter estudado o capacitor MOS na condição de equilíbrio...
  • 3. 3 Vamos agora colocar um potencial entre o gate e o back, para estabelecer os diferentes modos de operação de um capacitor MOS. Gate Óxido Substrato Back Vg Bulk
  • 4. 4 ... E discutir a condição de flat-band e o regime de acumulação.
  • 6. 6 Suponha condições normais de operação, em que o lado do back do capacitor MOS esteja aterrado, e considere VG ≠ 0, a tensão d.c. aplicada ao gate. Gate Óxido Substrato Back Vg Bulk
  • 7. 7 Novamente, aqui, vamos lançar mão dos diagramas de banda de energia para estudar o capacitor MOS sujeito à polarizaçãoVG ≠ 0.
  • 8. 8 Para entender bem os efeitos da aplicação de uma polarização, de uma tensão sobre o capacitor MOS, vamos discutir algumas regras básicas de como o diagrama de banda de energia do MOS se modifica em resposta a uma tensão aplicada ao gate. Gate Óxido Substrato Back Vg Bulk
  • 9. 9 Primeiramente, vamos considerar o diagrama de banda de energia de um semicondutor e assumir que, a energia de Fermi (EF) nele não seja afetada pela polarização, e permaneça invariante como função da posição. EF EV EC E0 EG ϕs χs x Diagrama de banda de energia de um semicondutor uniformemente dopado tipo-p
  • 10. 10 Esta é uma consequência direta de se assumir fluxo de corrente zero através da estrutura sob condição de polarização estática. EF EV EC E0 EG ϕs χs x Diagrama de banda de energia de um semicondutor uniformemente dopado tipo-p
  • 11. 11 Em essência, o semicondutor sempre permanece em equilíbrio, independentemente da polarização aplicada ao gate do capacitor MOS. EF EV EC E0 EG ϕs χs x Diagrama de banda de energia de um semicondutor uniformemente dopado tipo-p
  • 12. 12 A energia de Fermi (EF) no semicondutor, sob condição de polarização estática, não é afetada pela polarização e permanece invariante como função da posição. REGRA 1 EF EV EC E0 EG ϕs χs
  • 13. 13 Agora, suponha, que vamos aplicar uma tensão de polarização no gate do capacitor MOS, VG ≠ 0, em relação ao back aterrado. Gate Óxido Substrato Back Vg Bulk
  • 14. 14 Assim como em uma junção p-n, numa estrutura MOS, a polarização, a tensão aplicada, qVG, entre os dois lados da estrutura separa os níveis de Fermi por uma quantidade igual a qVG. EF EV EC GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR EF qVG
  • 15. 15 Numa estrutura MOS, a polarização (tensão) aplicada entre os dois lados da estrutura separa os níveis de Fermi por uma quantidade igual a qVG, de forma que EF (metal) – EF (semicondutor) = - qVG EFM EFSM – = - qVG REGRA 2
  • 16. 16 Como consequência à regra 2, no equilíbrio, quando VG=0, os níveis de Fermi dos dois lados da estrutura devem se alinhar. EF EV EC GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
  • 17. 17 Intuitivamente falando, os níveis de Fermi no metal e no semicondutor podem ser pensados como alças conectadas ao mundo exterior. EF EV EC GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
  • 18. 18 Ao se aplicar uma polarização no terminal de gate, toma-se as alças e rearranjam-se o posicionamento relativo, para cima e para baixo, dos níveis de Fermi. EF EF EV EC GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
  • 19. 19 O contato de “back” é aterrado, e portanto, a alça do lado do semicondutor permanece fixa com a posição. EF EF EV EC GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
  • 20. 20 A alça do lado do semicondutor permanece fixa com a posição. A alça do lado do metal, por outro lado, é movida: • para baixo, se VG > 0, e • para cima, se VG < 0. REGRA 3 EF EF EV EC GATE ÓXIDO SEMICONDUTOR
  • 21. 21 Uma vez que as alturas de barreiras são quantidades fixas, são parâmetros definidos de uma estrutura, o movimento do nível de Fermi no metal obviamente leva por sua vez a uma distorção de outras características do diagrama de banda.
  • 22. 22 A situação é semelhante a dobrar uma boneca de borracha.
  • 23. 23 Visto de outra maneira, VG ≠ 0, provoca uma queda no potencial, e a banda Ec (Ev) encurva para dentro da estrutura.
  • 24. 24 Nenhum encurvamento de banda ocorre, é claro, no metal, porque ele é uma região de equipotencial.
  • 25. 25 No óxido e no semicondutor, entretanto, as bandas de energia devem exibir : • uma inclinação ascendente quando VG > 0 (quer dizer, aumentando E em função da posição, partindo do gate em direção ao contato de back), e • Uma inclinação descendente quando VG < 0. REGRA 4
  • 26. 26 Imagine aqui, a alça do semicondutor, fixa, e suponhamos uma tensão VG > 0. Nesta situação, a alça do metal abaixa. Em consequência, as bandas no semicondutor próximo à interface devem encurvar de maneira que apresentam uma inclinação ascendente.
  • 27. 27 Além disso, a aplicação da equação de Poisson ao óxido, considerado um isolante ideal, com nenhuma carga, ou centros de carga, produz dEox/dx = 0, e portanto, o campo no óxido deve ser uma constante Eox = 0
  • 28. 28 Consequentemente, a inclinação das bandas de energia no óxido deve ser uma constante Ec e Ev são funções lineares da posição. REGRA 5
  • 29. 29 Naturalmente, o encurvamento de banda no semicondutor é esperado ser algo mais complexo em sua forma funcional, levando também em conta a hipótese 5, discutida na aula anterior, em que o encurvamento deve sempre desaparecer antes de alcançar o contato de back (pois, E  0) . O semicondutor é suficientemente espesso, de modo que, independentemente do potencial de gate aplicado, sempre haverá uma região de campo livre chamada “bulk”, encontrada antes de chegar no contato de “back”. 5 Gate Óxido Substrato Back Vg 21 Bulk
  • 30. 30 Observe que: (EC-EF)FB é a diferença de energia entre Ec e EF no semicondutor tipo-n, e (EF-EV)FB é a diferença de energia entre EF e EV no semicondutor tipo-p, na região de “flat-band” (FB), ou de banda plana, na porção livre de campo elétrico. REGRA 6
  • 31. 31 Até aqui, vimos os princípios gerais que estabelecem como o diagrama de banda de energia do MOS se modifica em resposta a uma tensão de polarização.
  • 32. 32 A partir de agora, conhecidos os princípios gerais estabelecidos nas cinco REGRAS apresentadas, podemos examinar as situações de polarização específicas de uma estrutura MOS de canal-n (substrato tipo-p). GATE ÓXIDO SUBSTRATO Tipo-p
  • 35. 35 A partir de fundamentos de semicondutores, sabemos que, no equilíbrio termodinâmico, no substrato de silício tipo-p há : • muitas lacunas móveis positivamente carregadas, • e aceitadores fixos, negativamente carregados. M O S + Lacunas móveis - Aceitadores fixos - Elétrons móveis - + + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + Estrutura Metal-Óxido-Semicondutor (MOS) - -
  • 36. 36 Considere o diagrama de banda de energia para a estrutura MOS de canal-n (substrato tipo-p) no equilíbrio termodinâmico EF EF EV EC M O S VG = 0 V GATE ÓXIDO SUBSTRATO Tipo-p Note que no equilíbrio os níveis de Fermi, tanto do metal quanto do semicondutor devem coincidir. REGRA 2
  • 37. 37 EF EF EV EC M O S VG = 0 V GATE ÓXIDO SUBSTRATO Tipo-p No óxido e no semicon- dutor as bandas de energia devem exibir : • uma inclinação ascendente  VG > 0, e • Uma inclinação descendente VG < 0 A alça (EF) do lado do metal é movida: • para baixo, se VG > 0, • para cima, se VG < 0. A alça (EF) do lado do semicondutor permanece fixa com a posição. No equilíbrio, ainda, verifique as regras expostas à direita. (EF-EV)FB
  • 39. 39 Se formos levantando o nível de Fermi do lado do metal, isto é, se aplicarmos uma tensão negativa VG no gate, de acordo com a Regra 3, surgirá um momento em que EF EF EV EC M O S VG = 0 V
  • 40. 40 O diagrama de banda de energia atingirá um perfil de bandas planas chamado de condição de flat-band. χSiO2 ϕM EF EF EV EC ϕs = χSi + (EC - EF) χSi M O S qVfb = ϕM - ϕs E0 ϕM ≠ ϕS qVg = qVfb
  • 41. 41 Chamamos de “Flat-band” a condição onde as bandas de energias EC e EV são planas, do inglês, “flat”, isto é, são alinhadas com a interface Si-SiO2, sem nenhum encurvamento de banda. χSiO2 ϕM EF EF EV EC ϕs = χSi + (EC - EF) χSi M O S qVfb = ϕM - ϕs E0 ϕM ≠ ϕS qVfb
  • 42. 42 Na condição de flat-band, não há cargas localizadas na estrutura MOS. Por isso as bandas são “flats”, planas, retas e não se verifica nenhum encurvamento de banda.
  • 44. O que esperar do diagrama de banda de energia se uma tensão mais negativa que a Vfb for aplicada ? 44
  • 45. O que esperar do diagrama de banda de energia se uma tensão mais negativa que a Vfb for aplicada ? 45 O diagrama de banda do lado do gate (do metal) seria deslocado mais para cima, seguindo a Regra 3.
  • 46. 46 Uma tensão mais negativa no gate do que a tensão de Vfb, levanta o lado esquerdo do diagrama de banda de energia, com relação à situação de equilíbrio. χSiO2 ϕM EFM EV EC ϕsχSi M O S E0 qVg = qVfb EFM EFSM EV EC M O S qVg < qVfb qVox qψs VG < VfbVG = Vfb EFSM
  • 47. 47 E de acordo com a Regra 4, o diagrama de banda de energia apresenta uma inclinação descendente quando VG < 0. χSiO2 ϕM EFM EV EC ϕsχSi M O S E0 qVg = qVfb EFM EFSM EV EC M O S qVg < qVfb qVox qψs VG < VfbVG = Vfb EFSM
  • 48. 48 A medida do encurvamento é dado pela quantidade qψs. χSiO2 ϕM EFM EV EC ϕsχSi M O S E0 qVg = qVfb EFM EFSM EV EC M O S qVg < qVfb qVox qψs VG < VfbVG = Vfb EFSM
  • 49. 49 Fazer Vg negativo, significa colocar uma carga negativa Qg no gate.
  • 50. 50 + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - - - Quando aplicamos no gate uma tensão negativa relativa ao substrato, como há muitas lacunas móveis positivamente carregadas num substrato tipo-p, algumas dessas lacunas serão atraídas para a carga negativa no gate, como mostra a figura. SiO2 (óxido) Silício tipo-p Silício tipo-n Gate SubstratoS ++ Lacunas móveis - Aceitadores fixos - Elétrons móveis - - -
  • 51. 51 Portadores minoritários, no caso elétrons, são repelidos pela interface óxido/silício. SiO2 (óxido) Silício tipo-p Silício tipo-n Gate SubstratoS + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - - - - - ++ Lacunas móveis - Aceitadores fixos - Elétrons móveis -
  • 52. 52 Surge um campo elétrico que aponta no sentido que vai desde a carga positiva na lacuna dentro do silício até a carga negativa no gate, como pode ser visto esquematizado na figura. + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - - - - - SiO2 (óxido) Silício tipo-p Silício tipo-n Gate SubstratoS ++ Lacunas móveis - Aceitadores fixos - Elétrons móveis -
  • 53. 53 Quanto mais tensão negativa aplicamos no terminal de gate, mais lacunas, portadores majoritários, são acumuladas na interface óxido/semicondutor. + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - SiO2 (óxido) Silício tipo-p Silício tipo-n Gate SubstratoS ++ Lacunas móveis - Aceitadores fixos - Elétrons móveis - - - - - - - -
  • 54. 54 Note que, nesta visualização fica bastante evidente que o gate e o substrato formam um capacitor de placas paralelas, com o óxido atuando como uma camada isolante entre eles. + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - SiO2 (óxido) Silício tipo-p Silício tipo-n Gate SubstratoS ++ Lacunas móveis - Aceitadores fixos - Elétrons móveis - - - - - - - -
  • 55. 55 Forma no MOSFET uma camada de acumulação de lacunas. Por isso, esta situação no MOSFET é conhecida como ACUMULAÇÃO, e o transistor trabalha em OFF, pois nesta situação, não conduz corrente. substratotipo-p região tipo-n+ região tipo-n+ MOSFET + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - - - - - - - -
  • 56. 56 Note que, se o substrato fosse tipo-n, formaria uma camada de acumulação de elétrons.
  • 57. 57 Para entender melhor a Acumulação, basta lembrar que a densidade de lacunas é exponencialmente proporcional a quão perto do nível de Fermi está a extremidade da banda de valência. EF M O S EF EV EC qVg qVox qψs
  • 58. 58 EF M O S EF EV EC Como EV está muito mais perto de EF na interface óxido/semicondutor do que no substrato, podemos concluir que, na acumulação há uma concentração de lacunas na interface ps muito maior do que no substrato, p0=Na. qVg qVox qψs
  • 59. 59 O diagrama de banda de energia da figura abaixo mostra que as bandas se curvam suavemente próximo à interface óxido/Si para refletir as lacunas extras as quais têm se acumulado lá. EF M O S EF EV EC qVg qVox qψs
  • 60. 60 EF M O S EF EV EC Há um número muito grande de lacunas próximo à interface e formam uma camada de acumulação de lacunas com uma carga de acumulação Qacc. qVg qVox qψs
  • 61. 61 Suponha que desejamos calcular o valor da carga de acumulação Qacc.
  • 62. 62 Então, novamente considere que o gate e o substrato formam uma espécie de capacitor de placas paralelas, com o óxido atuando como uma camada de isolante entre eles.
  • 63. 63 Como o óxido é bem fino comparado a área do dispositivo, podemos aqui usar uma aproximação bastante razoável, que é assumir que o campo elétrico dentro do óxido seja praticamente uniforme, de valor Eox.
  • 64. 64 Se o óxido tem uma espessura, digamos, Tox, então o campo elétrico no óxido pode ser calculado a partir da definição Vox é o potencial através da camada do óxido. Vox Vox Tox Tox Tox Tox Tox
  • 65. 65 Conhecendo-se o valor do campo elétrico, Eox, vamos agora encontrar a carga de acumulação, Qacc.
  • 66. 66 Para isto, considere um fragmento da estrutura formada pelo gate e o pelo óxido. GATE Óxido Interface
  • 67. 67 E tomemos um pequeno volume, na forma de uma pequena caixa cilíndrica, a qual se estende desde algum lugar no gate, passando pela interface gate/óxido e termina em algum lugar dentro do óxido. GATE Óxido Área ∆S ---- ---- ---- --- ---- ---- ---- Interface gate/óxido Fluxo de campo elétrico uniforme Eox Densidade superficial de carga QG
  • 68. 68 Suponha que a interface metal-óxido dentro da caixa cilíndrica tenha uma área ΔS. GATE Óxido Área ∆S Interface gate/óxido
  • 69. 6969 GATE Óxido Área ∆S ---- ---- ---- --- ---- ---- ---- Fluxo de campo elétrico uniforme Eox Densidade superficial de carga QG Interface gate/óxido O campo elétrico tem seu sentido apontando desde as lacunas no semicondutor até a carga negativa no gate, representada pela densidade superficial de carga QG.
  • 70. 70 A Lei de Gauss diz que a integral de superfície sobre uma superfície fechada do vetor deslocamento é igual à carga total envolvida por essa superfície: com ε a permissividade dielétrica do meio. Qenv Qenv = Qacc No caso, a carga envolvida , Qenv, é a carga de acumulação Qacc
  • 71. 71 Uma vez que a tensão aplicada ao gate é negativa relativamente ao substrato, -Vg, então devemos supor que exista uma densidade de carga superficial dada por - Qacc (C/cm²) na interface metal/óxido, na superfície do eletrodo de gate, então Qenv = - Qacc
  • 72. 72 Se fizermos a integral do vetor deslocamento por toda a superfície do cilindro temos GATE Óxido Base 1 ---- ---- ---- --- ---- ---- ---- Lateral Base 2
  • 73. 73 Na região do metal o campo elétrico é nulo.
  • 74. 74 Se fizermos a integral do vetor deslocamento por toda a superfície do cilindro temos
  • 75. 75 Por outro lado, a carga envolvida pela superfície da caixa cilíndrica é Assim, - Qacc
  • 76. 76 Da Lei de Gauss, então - Qacc
  • 78. 78 A carga de acumulação pode ser escrita como VoxQacc - Tox - Qacc Tox
  • 79. 79 Uma vez que, a capacitância do óxido por unidade de área (F/cm²) é dada por A carga de acumulação pode ainda ser expressa como Tox Qacc = - coxVox
  • 80. 80 Uma espessura típica de óxido é de 250 Å, e a constante dielétrica do silício, de Nestas circunstâncias, temos Valores totalmente aceitáveis na rotina do que habitualmente chamamos de Semiconductor Business ou negócios especiais de semicondutores.
  • 81. 81 EF M O S EF EV EC Conhecendo-se a relação qVg qVox qψs ψs
  • 82. 82 E sabendo-se que, na acumulação, vale a aproximação ψs≈ 0 Podemos escrever Vox = Vg - Vfb De modo que Qacc = - cox (Vg - Vfb) > 0, VG < Vfb
  • 83. 83 Nós voltaremos à equação quando formos estudar o funcionamento do transistor MOSFET. VoxQacc = - cox (Vg - Vfb)
  • 84. 84 Até o momento discutimos as consequências de se polarizar negativamente o gate com relação ao substrato.
  • 85. 85 Porém, ao polarizar negativamente o capacitor MOS, isto não contribui em nada para conectar as duas regiões tipo-n+ do transistor MOS completo e torná-lo ON, ou seja, fazer com que o transistor nessa situação conduza corrente elétrica. substratotipo-p região tipo-n+ região tipo-n+ MOSFET + + + + + + + + + + + - - - - - - - - - - - - - - - + S +- VG - - - - - - - - -
  • 86. 86 Com isto em mente, vamos agora aplicar uma tensão positiva no gate, Vg, em relação ao substrato.
  • 90. 90 Vejamos agora o diagrama de banda de energia do MOS no equilíbrio para o caso do MOS canal-p GATE ÓXIDO SUBSTRATO Tipo-n
  • 91. 91 GATE ÓXIDO SUBSTRATO Tipo-n No óxido e no semicon- dutor as bandas de energia devem exibir : • uma inclinação ascendente  VG > 0, e • Uma inclinação descendente VG < 0 A alça (EF) do lado do metal é movida: • para baixo, se VG > 0, • para cima, se VG < 0. A alça (EF) do lado do semicondutor permanece fixa com a posição EF EF EV EC M O S VG = 0 V
  • 92. 92 GATE ÓXIDO SUBSTRATO Tipo-p No óxido e no semicon- dutor as bandas de energia devem exibir : • uma inclinação ascendente  VG > 0, e • Uma inclinação descendente VG < 0 A alça (EF) do lado do metal é movida: • para baixo, se VG > 0, • para cima, se VG < 0. A alça (EF) do lado do semicondutor permanece fixa com a posição. (EF-EV)FB EF EF EV EC M O S VG = 0 V