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    decadadia                                                                                           Nº00 – dez./2009
                                                                                                        ISSN 2176-8005



                                                                                               Cinco segundos para finalizar

                                                               Cleber Lizardo de Assis, Psicólogo, Mestre em Psicologia/PUC MG



            Os eventos e fatos noticiados pelas diversas mídias acerca dos seqüestros e assassinatos por
     homens de todas as idades e que não aceitam o fim de um relacionamento amoroso podem evocar
     diversas hipóteses de respostas dos especialistas das mais diversas áreas. Não fecharemos questão.

           Essa cena, somada a outra cotidiana e corriqueira presenciada dentro de um ônibus dia desses, me
     provocaram algumas reflexões sobre a cena contemporânea e algo que chamarei de cena pática.



     No ‘busão’ em Beagá [cena corriqueira]
             Deslocava-me por BH, a caminho da universidade e nem precisa dizer, na típica „correria‟ e lutando
     contra cronos, o senhor do tempo representado pelo relógio; dentro do ônibus, presenciei a seguinte cena
     que poderia ser vivida em qualquer esquina do país: quatro meninos, adolescentes com cerca de 16 anos
     entraram com mochilas, vitalidade e suas conversas típicas; assentaram e diante de uma parada do ônibus
     num ponto, um deles se levanta até a janela, troca olhares e palavras com uma menina do lado de fora,
     negociam seus orkut‟s e combinam de lá se encontrar; os colegas celebram a conquista do amigo e o
     felicitam pelo sucesso na abordagem amorosa num tempo tão curto, dizendo: “olha o cara, que fodão, cinco
     segundo para finalizar”.

             Relance sobre a cena do ônibus: os „5 segundos‟ poderiam se referir a um tempo para apenas
     encerrar um ciclo de conversa, uma etapa, algo metafórico e com a dica de seguir a conversa mais tarde;
     mas parece haver um „algo mais‟...



     Tempo do pós-tudo [cena contemporânea]
             Outra cena que pode ser colocada sobreposta a anterior, seria a da atualidade que alguns chamam
     de pós-modernidade, marcada simultaneamente pelo fascínio e descrença na ciência e na tecnologia, pelo
     enfraquecimento de figuras-mestres da civilização como Deus (afinal, dizem estar morto1), na rapidez com
     que tudo é experimentado (é a era do urgente!), pelas possibilidades de consumo jamais vistas e no
     predomínio do corpo sobre qualquer tipo de interioridade ou subjetividade (afinal, imagem é o que vale).

                E tudo isso marcado pelo excesso, pelo extravasamento, onde se joga tudo pro ar.

              Importante notar que nos últimos anos, sobretudo a partir da década de 80, vimos surgir um dos
     símbolos e emblemas de nosso tempo rápido, urgente, fluido e sem os horizontes das utopias: a música
     eletrônica emergiu jogando ritmicamente com o tempo, flertando com a tecnologia e acelerando ainda
     mais os batimentos da cultura. Mas nada contra o estilo musical, ela é apenas símbolo de algo...


          Cenas é uma produção independente e pode ser reproduzida desde que citada a fonte e a autoria; objetiva a
          discussão das cenas humanas na atualidade em perspectiva psicossocial e multidisciplinar; tem por base
          conceitos como acessibilidade, sociabilidade e conhecimento com relevância social - equipe editorial: Andréa
          Silveira, Camila Repolez, Ednei Soares, Emanuelle Figueiredo, Márcio Nobre, Natália Alves, Cleber Assis (criação e org) –
          edições anteriores: http://cenasdecadadia.wordpress.com
     1
         Sem uma ampla e profunda discussão filosófica, mas cf. NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125.




                                                                                                                                      1
Os meios de comunicação de massa também explodiram e temos na internet outra revolução em
categorias como tempo, espaço e performances de todos os tipos; com a predominância do corpo e com o
“declínio da alma”2, de elementos de uma interioridade em desuso, resta esteticizar o ser humano através
de toneladas de pesos, litros de silicone e quilos de remédios.



Do horror ao amor [cena pática]
          A palavra pathos refere-se às paixões que habitam o humano e que, em muitos casos, o deixam
submetido, passivo e tomado pelo seu poder, causando-lhe sofrimento; dessa palavra deriva patologia, que
sinaliza as paixões tantas que dominam o humano atual para além dos antigos sete pecados capitais; cena
pática, portanto, é a aquela vivida de alguma forma por todos os humanos.

        Ocorre que os impactos da cena dois sobre a cena um estão carregados de algo que discutirei aqui
na cena três, podendo levar a outras cenas mais, marcadas por uma carga de sofrimento individual e social,
sobretudo por nossas crianças e adolescentes.

         É possível, por exemplo, encontrar crianças, adolescentes e jovens que não sabem esperar
(adultos também, claro!), que ultrapassam quaisquer limites e que vivem no tempo do urgente, sobretudo
para consumir desenfreada e compulsivamente; crianças, adolescentes e jovens desiludidos, sem
expectativas futuras consistentes, consumidores ávidos e também atualizadíssimos das novas tecnologias;
crianças, adolescentes e jovens reféns da corpocracia e dos ditames do mercado capitalista que a cada dia
aperfeiçoa os modos de escravizar seus corpos pelo consumo.

        Claro, os adultos com uma aumentada expectativa de vida e uma complexa infantilização
ocorrente, se esvaziam de seus papéis e autoridades, e se tornam inaptos às funções maternas e paternas;
mais uma vez, nossas crianças, adolescentes e jovens ficam reféns de mídias a serviço de um mercado
onipotente e do deus capital.

         Sem recursos simbólicos consistentes, como por exemplo, a capacidade de esperar, de lidar com
as frustrações e limites, de dialogar e negociar com o outro, de ter um mínimo de culpa e responsabilidade
por seus atos; sem esses recursos subjetivos nossas crianças, adolescentes e jovens partem para encontros
e vivências sexuais/amorosas; mas como essas vivências tem sido experimentadas em nosso tempo?

        Da mesma forma como tudo vem ocorrido em nossa atualidade: não se relaciona, pega-se; não se
beija com “qualidade”, mas numa quantidade quilométrica; a menina ou o menino já não existem como
pessoas pois também foram reduzidos a meros objetos a serem usados e descartados.

          E as cenas-conseqüências do cotidiano doente são essas: uma infância-adolescência-juventude que
não aceita limites e o „não‟, já que hoje tudo é possível e permitido, e se usa dos corpos como brinquedos
vazios de sujeitos; uma infância-adolescência-juventude intolerante e raivosa, vítima fácil de „algo‟
impessoal que produz violências de todas as formas; que ainda nem se conhece e que vão se apropriando
de outras pessoas em pseudo-relações amorosas e sexuais; enfim, meninos que matam meninas, sob a
justificativa de amor.

        Mas lamentavelmente é esse o amor que vem sido aprendido: um pouco de afeto trocado por
muitos presentes, sem limites a suportar, nem pessoa a respeitar, sem relação para se envolver, sem tempo
a esperar e sem paciência para aprender com as paixões (para Ésquilo se aprende também com o
sofrimento, paixões, frustrações).

        Mesmo sob o risco de acusação de um novo moralismo, parece haver um mal-estar nas relações
atuais em que a vida é uma mera cena, em que o outro pode ser, literalmente, finalizado e eliminado em
cinco segundos.



2   Cf. KRISTEVA, Júlia. As Novas doenças da Alma. Rio de Janeiro, Rocco, 2002.




                                                                                                             2
ESQUIZOFRENIA                                                      SUBLIMAÇÃO




                     parte te quer                                                        estudar

                      junto a mim                                                         estudar

                                                                                                e

                       outra parte                                                        estudar

                      longe daqui



                    parte te engole                                                    sublimação

                outra parte devolve                                                       do beijo

                                                                                que eu queria te dar

                       parte te vê

                 outra parte descrê



             parte de mim quer bem

                outra parte desdém




  1
      Poemas integrantes da coleção “PSI O QUÊ? poemas aleatórios, ul-trágicos e mani-cômicos”, Kebel Assis, BH, 2004.




Orientação para submissão de trabalhos: 1) Público-alvo: estudantes, pais, educadores; 2) Pede-se
linguagem acessível, com embasamento científico, mas sem formato acadêmico clássico; 3) Priorizar
temática com relevância social, a partir do campo psi em suas mais diversas teorias e referenciais; 4) Formato
do artigo: máximo de 800 palavras, passar pelas metodologia/seqüências de “cenas” cotidiana,
contemporânea, pática e outras (profiláticas/interventivas etc); 5) Além de artigos, poderão ser enviados
materiais inéditos de outras “cenas”: poesia, charges, crônicas, breves contos etc 6) Email para envio:
kebelassis@yahoo.com.br


                                                                                                                         3

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Cenas 00

  • 1. Cenas] [ decadadia Nº00 – dez./2009 ISSN 2176-8005 Cinco segundos para finalizar Cleber Lizardo de Assis, Psicólogo, Mestre em Psicologia/PUC MG Os eventos e fatos noticiados pelas diversas mídias acerca dos seqüestros e assassinatos por homens de todas as idades e que não aceitam o fim de um relacionamento amoroso podem evocar diversas hipóteses de respostas dos especialistas das mais diversas áreas. Não fecharemos questão. Essa cena, somada a outra cotidiana e corriqueira presenciada dentro de um ônibus dia desses, me provocaram algumas reflexões sobre a cena contemporânea e algo que chamarei de cena pática. No ‘busão’ em Beagá [cena corriqueira] Deslocava-me por BH, a caminho da universidade e nem precisa dizer, na típica „correria‟ e lutando contra cronos, o senhor do tempo representado pelo relógio; dentro do ônibus, presenciei a seguinte cena que poderia ser vivida em qualquer esquina do país: quatro meninos, adolescentes com cerca de 16 anos entraram com mochilas, vitalidade e suas conversas típicas; assentaram e diante de uma parada do ônibus num ponto, um deles se levanta até a janela, troca olhares e palavras com uma menina do lado de fora, negociam seus orkut‟s e combinam de lá se encontrar; os colegas celebram a conquista do amigo e o felicitam pelo sucesso na abordagem amorosa num tempo tão curto, dizendo: “olha o cara, que fodão, cinco segundo para finalizar”. Relance sobre a cena do ônibus: os „5 segundos‟ poderiam se referir a um tempo para apenas encerrar um ciclo de conversa, uma etapa, algo metafórico e com a dica de seguir a conversa mais tarde; mas parece haver um „algo mais‟... Tempo do pós-tudo [cena contemporânea] Outra cena que pode ser colocada sobreposta a anterior, seria a da atualidade que alguns chamam de pós-modernidade, marcada simultaneamente pelo fascínio e descrença na ciência e na tecnologia, pelo enfraquecimento de figuras-mestres da civilização como Deus (afinal, dizem estar morto1), na rapidez com que tudo é experimentado (é a era do urgente!), pelas possibilidades de consumo jamais vistas e no predomínio do corpo sobre qualquer tipo de interioridade ou subjetividade (afinal, imagem é o que vale). E tudo isso marcado pelo excesso, pelo extravasamento, onde se joga tudo pro ar. Importante notar que nos últimos anos, sobretudo a partir da década de 80, vimos surgir um dos símbolos e emblemas de nosso tempo rápido, urgente, fluido e sem os horizontes das utopias: a música eletrônica emergiu jogando ritmicamente com o tempo, flertando com a tecnologia e acelerando ainda mais os batimentos da cultura. Mas nada contra o estilo musical, ela é apenas símbolo de algo... Cenas é uma produção independente e pode ser reproduzida desde que citada a fonte e a autoria; objetiva a discussão das cenas humanas na atualidade em perspectiva psicossocial e multidisciplinar; tem por base conceitos como acessibilidade, sociabilidade e conhecimento com relevância social - equipe editorial: Andréa Silveira, Camila Repolez, Ednei Soares, Emanuelle Figueiredo, Márcio Nobre, Natália Alves, Cleber Assis (criação e org) – edições anteriores: http://cenasdecadadia.wordpress.com 1 Sem uma ampla e profunda discussão filosófica, mas cf. NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125. 1
  • 2. Os meios de comunicação de massa também explodiram e temos na internet outra revolução em categorias como tempo, espaço e performances de todos os tipos; com a predominância do corpo e com o “declínio da alma”2, de elementos de uma interioridade em desuso, resta esteticizar o ser humano através de toneladas de pesos, litros de silicone e quilos de remédios. Do horror ao amor [cena pática] A palavra pathos refere-se às paixões que habitam o humano e que, em muitos casos, o deixam submetido, passivo e tomado pelo seu poder, causando-lhe sofrimento; dessa palavra deriva patologia, que sinaliza as paixões tantas que dominam o humano atual para além dos antigos sete pecados capitais; cena pática, portanto, é a aquela vivida de alguma forma por todos os humanos. Ocorre que os impactos da cena dois sobre a cena um estão carregados de algo que discutirei aqui na cena três, podendo levar a outras cenas mais, marcadas por uma carga de sofrimento individual e social, sobretudo por nossas crianças e adolescentes. É possível, por exemplo, encontrar crianças, adolescentes e jovens que não sabem esperar (adultos também, claro!), que ultrapassam quaisquer limites e que vivem no tempo do urgente, sobretudo para consumir desenfreada e compulsivamente; crianças, adolescentes e jovens desiludidos, sem expectativas futuras consistentes, consumidores ávidos e também atualizadíssimos das novas tecnologias; crianças, adolescentes e jovens reféns da corpocracia e dos ditames do mercado capitalista que a cada dia aperfeiçoa os modos de escravizar seus corpos pelo consumo. Claro, os adultos com uma aumentada expectativa de vida e uma complexa infantilização ocorrente, se esvaziam de seus papéis e autoridades, e se tornam inaptos às funções maternas e paternas; mais uma vez, nossas crianças, adolescentes e jovens ficam reféns de mídias a serviço de um mercado onipotente e do deus capital. Sem recursos simbólicos consistentes, como por exemplo, a capacidade de esperar, de lidar com as frustrações e limites, de dialogar e negociar com o outro, de ter um mínimo de culpa e responsabilidade por seus atos; sem esses recursos subjetivos nossas crianças, adolescentes e jovens partem para encontros e vivências sexuais/amorosas; mas como essas vivências tem sido experimentadas em nosso tempo? Da mesma forma como tudo vem ocorrido em nossa atualidade: não se relaciona, pega-se; não se beija com “qualidade”, mas numa quantidade quilométrica; a menina ou o menino já não existem como pessoas pois também foram reduzidos a meros objetos a serem usados e descartados. E as cenas-conseqüências do cotidiano doente são essas: uma infância-adolescência-juventude que não aceita limites e o „não‟, já que hoje tudo é possível e permitido, e se usa dos corpos como brinquedos vazios de sujeitos; uma infância-adolescência-juventude intolerante e raivosa, vítima fácil de „algo‟ impessoal que produz violências de todas as formas; que ainda nem se conhece e que vão se apropriando de outras pessoas em pseudo-relações amorosas e sexuais; enfim, meninos que matam meninas, sob a justificativa de amor. Mas lamentavelmente é esse o amor que vem sido aprendido: um pouco de afeto trocado por muitos presentes, sem limites a suportar, nem pessoa a respeitar, sem relação para se envolver, sem tempo a esperar e sem paciência para aprender com as paixões (para Ésquilo se aprende também com o sofrimento, paixões, frustrações). Mesmo sob o risco de acusação de um novo moralismo, parece haver um mal-estar nas relações atuais em que a vida é uma mera cena, em que o outro pode ser, literalmente, finalizado e eliminado em cinco segundos. 2 Cf. KRISTEVA, Júlia. As Novas doenças da Alma. Rio de Janeiro, Rocco, 2002. 2
  • 3. ESQUIZOFRENIA SUBLIMAÇÃO parte te quer estudar junto a mim estudar e outra parte estudar longe daqui parte te engole sublimação outra parte devolve do beijo que eu queria te dar parte te vê outra parte descrê parte de mim quer bem outra parte desdém 1 Poemas integrantes da coleção “PSI O QUÊ? poemas aleatórios, ul-trágicos e mani-cômicos”, Kebel Assis, BH, 2004. Orientação para submissão de trabalhos: 1) Público-alvo: estudantes, pais, educadores; 2) Pede-se linguagem acessível, com embasamento científico, mas sem formato acadêmico clássico; 3) Priorizar temática com relevância social, a partir do campo psi em suas mais diversas teorias e referenciais; 4) Formato do artigo: máximo de 800 palavras, passar pelas metodologia/seqüências de “cenas” cotidiana, contemporânea, pática e outras (profiláticas/interventivas etc); 5) Além de artigos, poderão ser enviados materiais inéditos de outras “cenas”: poesia, charges, crônicas, breves contos etc 6) Email para envio: kebelassis@yahoo.com.br 3