O transtorno de pânico, ou síndrome do pânico, é a doença em que ocorre ataques súbitos de ansiedade acompanhados de sintomas físicos e afetivos do medo de ter um novo ataque. Quais seriam as causas do transtorno de pânico e qual é o tratamento mais indicado.
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2. Transtorno de Pânico
Doença de curso crônico podendo
afetar 3,5% das pessoas ao longo da
vida
Ocorre ataques súbitos de ansiedade
acompanhados de sintomas físicos e
afetivos do medo de ter um novo
ataque e da evitação de locais ou
situações nos quais já ocorreram os
ataques de pânico
4. Pânico
Manifesta-se no final da
adolescência ou final da
idade adulta
Várias alterações
biológicas tem sido
descritas –
vulnerabilidade
constitucional ou herança
genética
5. Pânico - Etiologia
Alterações nos sistemas
noradrenérgicos, GABAérgico e
quimiorreceptores relacionam-se com
etiologia
6. Modelo cognitivo – Clark 1986
Ataques de pânico derivam de
interpretações catastróficas erradas
de certas manifestações corporais
Processamento inadequado de
informações vindas de um estímulo
externo (ruído, luminosidade) ou
interno (taquicadia, sudorese,
vertigem)
10. Modelo de Barlow (1988)
O medo primário é o medo das sensações
físicas, particularmente das associadas à
ativação autonômica.
Pessoas que apresentam vulnerabilidade
biológica e que aprenderam um conjunto
de crenças disfuncionais podem, em
situações de vida adversa disparar uma
resposta autonômica inesperada.
13. Barlow
Essas sensações passam por um
condicionamento interoceptivo e
acabam associadas a qualquer
mudança percebida no funcionamento
geral do organismo
14. Barlow
A interpretação dessas sensações
como perigosas e ameaçadoras
facilita a apreensão crônica e a
hipervigilância
Sem muitos recursos para lidar com
uma experiência tão avassaladora, o
indivíduo se engaja em evitações
15. Barlow
Há evidencias clínicas que relacionam
situações estressoras com o primeiro
ataque de pânico
Eventos de vida negativos aparecem
em relatos de pacientes quando
indagados sobre as condições
precipitadoras do pânico.
16. Barlow
A ocorrência de um primeiro alarme
falso poderia estabelecer ocasião para
que estímulos internos ficassem
associados à sensação de ansiedade
Passariam eles a sinalizar a
possibilidade de um outro alarme e a
disparar a resposta condicionada de
medo.
17. Barlow
Com a repetição dos ataques, os
indivíduos se tornam cada vez mais
sensíveis às sensações internas e às
situações em que o ataque ocorreu
→ desenvolvendo a hipervigilância das sensações
físicas e a ansiedade antecipatória, que é o
medo de ter outro ataque
18. Barlow
Com esse comportamento condicionado ao
medo, as pessoas passam a evitar tudo o
que provoque alguma reação somática ex:
locais de difícil socorro
Fatores de personalidade (passividade,
dependência, ansiedade de separação,
dificuldade em lidar com sentimentos) e
crenças a respeito do perigo facilitam a
ocorrência dos ataques
19. Ciclo Cognitivo do medo para o
transtorno de pânico
Vulnerabilidade biológica Eventos de estresse
↓ ↓
reação de alarme
(taquicardia, dispnéia,dor no peito,despersonalização)
↑ ↓
Aumento da ansiedade Pensamento catastrófico
↑ ( vou morrer…)
↓
Aumento dos sintomas Conduta (fugir, escapar)
↓
↑
Hipervigilância, Evitação, Ansiedade antecipatória
MEDO
20. Terapia
Estudos comprovam que a TCC
pode modificar o curso do
transtorno de pânico, tanto em
curto como em longo prazo.
21. Terapia
Estudos a curto prazo de TCC
combinada ao tratamento
farmacológico relatam que 75% dos
pacientes ficam sem ataques de
pânico
A longo prazo estudos apontam
superioridade da TCC em relação a
farmacologia