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PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
RELATÓRIO
ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE
PLATAFORMAS DIGITAIS PARA A
REDE DE INOVAÇÃO NO SETOR
PÚBLICO
2
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
CONTATOS
Direção Nacional do Projeto
+ 55 61 2020.8527/1823/1704/8559
dialogos.setoriais@planejamento.gov.br
www.dialogossetoriais.org
Cristiane Chaves Gattaz
Perita Senior Local Contratada e Autora da Relatório
cristiane.gattaz@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/0108508146378829
Dezembro de 2016
3
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................4
1.1. BRASIL-EUROPA EM INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO.........6
1.2. DESAFIOS......................................................................................7
1.3. OBJETIVOS E METODOLOGIA ...................................................8
2. ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE UMA PLATAFORMA
DIGITAL DE INOVAÇÃO........ .......................................................9
2.1. COMPONENTES E FUNCIONALIDADES DA PLATAFORMA
DIGITAL............. ...........................................................................10
2.2. CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL............................16
2.3. BASES TECNOLÓGICAS PARA A PLATAFORMA
DIGITAL.......................................................................................16
2.4. PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PLATAFORMA
DIGITAL........................................................................................24
3. RESULTADOS E CONCLUSÕES .............................................27
4. PRÓXIMOS PASSOS ................................................................28
5. AGRADECIMENTOS .................................................................29
6. REFERÊNCIAS ..........................................................................30
7. GLOSSÁRIO.................................................................................33
4
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
1. INTRODUÇÃO
Este relatório propõe uma estratégia para a gestão de uma plataforma digital de
inovação que permita o compartilhamento e comunicação efetiva de múltiplos
atores na articulação, gestão e operação na Rede de Inovação no Setor Público
de maneira estruturada e sistêmica.
Esta estratégia é neutra e unificadora de informações que permitam o
aperfeiçoamento de plataformas digitais tendo como referência plataformas mais
representativas e de interesse no Brasil e na União Européia. Ela também fornece
uma base objetiva sob a qual se possa desenvolver uma plataforma digital
abrangente e promove o aproveitamento das iniciativas existentes.
Este produto apresenta recomendações considerando os resultados do estudo
sobre plataformas de compartilhamento utilizadas para ativar a comunicação e
interação entre pessoas interessadas em inovação do setor público, produto da
Ação Brazil-Europe Exchange in public sector innovation: support and
strengthening of innovation network in the public sector, no âmbito do Projeto
Diálogos Setoriais EU-Brasil, de iniciativa do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MP). O histórico da iniciativa do MP associada a Ação
sobre Inovação do Setor Público no contexto da 8ª Chamada para o Apoio ao
Projeto Diálogos Setoriais EU-Brasil e os principais desafios, descritos nas duas
próximas sub-seções deste relatório “Brasil-Europa em Inovação no Setor Público”
e “Desafios”, representam a motivação e o propósito deste produto.
Estas recomendações são caracterizadas sob quatro aspectos descritos na
segunda seção deste relatório: i) Descrição da plataforma digital indicando
componentes e funcionalidades que precisam ter para o alcance dos seus
objetivos; ii) Aproveitamento e expansão de uma plataforma já existente (legado),
pela sua relevância, e que “converse” com as plataformas existentes; iii) Indicação
da base tecnológica mais apropriada para a plataforma e seus componentes,
conforme as orientações seguidas pelo Governo Federal, além de indicação de
durabilidade, custos de manutenção, adaptabilidade, grau de uso tecnológico em
médio e longo prazo; iv) Plano de implementação da plataforma em etapas
considerando a essencialidade de cada componente para o alcance dos objetivos
incluindo a etapa de manutenção subsequente.
Para tanto, foram realizadas três etapas descritas na sub-seção “Objetivos e
Metodologia”: i) Levantamento de requisitos; ii) Validação dos requisitos; iii)
Apresentação da estratégia. Estas etapas foram possibilitadas pela interação com
pesquisadores, profissionais e autoridades que representam significativamente as
competências na área, em âmbitos nacional e internacional, que contribuíram de
maneira voluntária, representando as seguintes instituições da academia, do
mercado e do governo, apresentados na quinta seção deste relatório: Wenovate,
5
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
ELO Group, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, Senado Federal,
Society for Design and Process Science – SDPS, Universidade de São Paulo de
São Carlos – USP, IC2
Institute at University of Texas at Austin – UT, Embrapa
Instrumentação, University of California at Irvine – UC Irvine e o Observatório da
Inovação Financeira da Fundação Getulio Vargas em São Paulo.
O reconhecimento é também estendido aos membros organizadores, palestrantes
e participantes dos encontros “Redes de Inovação” e “Seminário Internacional de
Governança, Inovação e Desenvolvimento e II Semana de Inovação em Gestão
Pública”, realizados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão –
MP e Escola Nacional de Administração Pública – ENAP.
Estas interações utilizaram de estudos que suportam o aparato conceitual que
caracteriza este relatório apresentados na seção de “Referências”, incluindo os
estudos apoiados financeiramente pela Fundação de Amparo Á Pesquisa do
Estado de São Paulo – FAPESP, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq e pela Fundação Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –CAPES, apresentados na quinta
seção deste relatório.
Os resultados alcançados, descritos na terceira seção deste relatório, revelam o
que há de comum e de diferente entre as plataformas digitais e suas respectivas
estratégias de gestão, tendo o cuidado com a compreensão das especificidades
do funcionamento de cada serviço oferecido nas plataformas. As abordagens
gerais apresentadas na estratégia são mais amplamente aplicáveis e flexíveis,
mas requerem a construção de elementos adicionais, especializados para
capturar alguns dos requisitos específicos. Em geral, esta estratégia inclui
propriedades de auto-gestão, de inovação aberta, de auto-organização dos grupos
institucionalmente conectados e a adaptação de ferramentas para a colaboração
que podem contribuir com a competitividade. Além disso, esta proposta orienta o
aperfeiçoamento da plataforma digital tanto sob a ótica do usuário como também
do gestor da plataforma.
Concomitantemente, no âmbito da iniciativa do MP, este relatório sugere, na sub-
seção 2.2, a expansão de uma Rede de Inovação que o MP vem articulando, a
“Rede InovaGov”, para uma plataforma digital incluindo os quatro aspectos
descritos na segunda seção deste relatório.
A relevância desta proposta pode ser medida por seus benefícios tecnológicos,
apresentados na sub-seção 2.3 deste relatório, de capturar a dinâmica de
compartilhamento, o processamento e propagação de informações na Rede de
Inovação, permitindo a cooperação entre organizações, medindo ações de
inteligência coletiva e aprendizagem, bem como promovendo a sobrevivência tal
como regras mínimas de interação, autonomia individual, flexibilidade da demanda
da estrutura da rede e manutenção zero. Tal arranjo demonstra a permissão de
métodos não-lineares substituindo tentativas de objetividade, de pensamento e
controle linear, e o desenho de riscos no sistema de computação social.
As conclusões deste relatório mostram nas seções 3 e 4 a oportunidade de aplicar
esta estratégia em outras Redes de Inovação sendo articuladas em outros órgãos
6
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
do setor público para a inovação, em âmbito nacional e internacional, e de
observar o desafio associado aos indicadores gerenciais para o futuro comando e
controle das operações existentes na Rede de Inovação e da gestão do
conhecimento para pesquisa futura.
1.1. BRASIL-EUROPA EM INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) vem
implementando no Brasil projetos para estimular a inovação de maneira
estruturada e sistêmica na Administração Pública. O diálogo com a Europa nesta
questão inicializou com projetos focados em um programa de inovação e na
criação de um Laboratório de Inovação, que vem apresentando resultados a partir
de um convênio estabelecido em Março de 2016 com o governo da Dinamarca.
Este convênio tem como objetivo desenvolver iniciativas para aumentar a
eficiência e a transparência do serviço público.
No contexto da 8ª Chamada para o Apoio ao Projeto Diálogos Setoriais EU-Brasil,
a ação Brazil-Europe Exchange in public sector innovation: support and
strengthening of innovation network in the public sector foi aprovada. Essa ação é
coordenada pelo Ministério, em parceria com a Diretoria Geral para Redes de
Comunicações, Conteúdo e Tecnologia na Europa. Desde Dezembro de 2015,
diversos encontros (eventos e cursos) foram realizados como primeira fase desta
ação envolvendo formadores de opinião de governo ligados ao ecossistema de
startup de diversos países como Canadá, Dinamarca, Reino Unido, Estonia,
França, Chile, Austrália, Estados Unidos, África do Sul e Suíca, para promover e
ativar redes, cultura de inovação, discussão de idéias e desafios, possibilidades de
parcerias futuras, empreendedorismo, em assuntos de interesse público e
administração pública. Como resultado, o Ministério vem mobilizando a articulação
de uma Rede de Inovação, (e.g. Rede InovaGov), vinculada ao setor público
brasileiro para integrar e estimular arranjos para inovação neste segmento por
meio da conexão entre múltiplos atores interessados no tema, oferecendo aos
mesmos a possibilidade de interação, colaboração e aprendizagem por meio de
suas experiências e encontrar soluções para compartilhar problemas e soluções.
Para consolidar a Rede bem como um ecossistema favorável à inovação, os
participantes da Rede pretendem colaborar na implementação e na gestão de
uma plataforma digital que tem como objetivo oferecer serviços que auxiliem os
membros da Rede bem como outras instituições públicas interessadas no tema,
na compreensao de necessidades e demandas reais, na construção de
problemas, na proposicao de idéias e de soluções (projetos, produtos/serviços e
negócios) e na proposição de melhorias incrementais e/ou desruptivas nos
serviços públicos, incluindo o registro de experiências bem sucedidas, co-criação
de soluções e compartilhamento de resultados, envolvendo a indústria, academia,
governo e sociedade em sua diversidade. Para isso, espera-se que tal plataforma
7
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
digital integre atributos que permitam a inovação aberta, participação social,
consulta pública, relacionamento e engajamento focando na promoção de valores
aos cidadãos por meio de melhor entrega de serviços públicos bem como um
conjunto de desafios buscando gerar idéias e explorar inovações direcionadas ao
setor público. Além disso, espera-se que essa plataforma seja gerenciada para a
sustentação de tal iniciativa.
Para o alcance desse propósito, esse relatório propõe uma estratégia para a
gestão de uma plataforma digital de inovação de maneira estruturada e sistêmica.
1.2. DESAFIOS
Neste contexto, vale destacar os seguintes principais desafios sintetizados pelo
MP a serem considerados na proposição da estratégia para a gestão de uma
plataforma digital de inovação de maneira estruturada e sistêmica:
 Reduzir o desnivelamento entre órgãos e setores em termos de inovação
(Governamental; Privado; Acadêmico; Sociedade).
 Reduzir a rigidez do arcabouço normativo e a resistência à inovação.
 Institucionalizar a colaboração com atores dos múltiplos setores
(intersetorialidade e interoperabilidade dos Ministérios).
 Integrar e estimular arranjos para a interação, colaboração, cooperação e
aprendizagem de múltiplos atores a partir de suas experiências, buscando
soluções conjuntas para desafios e problemas, superando fronteiras
organizacionais e ajudando a desenvolver uma cultura de inovação no
setor público:
o Intercâmbio de conhecimentos e experiências
o Co-criação de idéias
o Identificação de boas práticas
o Inubação e gestão de projetos
o Auxílio mútuo para solução de problemas
o Contexto favorável à inovação
o Reconhecimento das competências geradas pela rede por meio de
seus produtos e serviços
 O Estado atuando como agente indutor de inovação, aberto a parcerias
com múltiplos atores, oferecendo estratégias e ferramentas para promover
a inovação de forma estruturada e sistêmica.
8
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
No sentido de reduzir essas lacunas, são apresentados na próxima sub-seção as
etapas realizadas e os objetivos específicos alcançados na construção da
estratégia sendo proposta neste relatório.
1.3. OBJETIVOS E METODOLOGIA
Para propor uma estratégia que seja candidata para a gestão de uma plataforma
digital para a colaboração e cooperação dos múltiplos atores envolvidos na
articulação, gestão e operação da Rede de Inovação no Setor Público Brasileiro,
foi necessário realizar as 3 (três) etapas seguintes:
1. Levantamento de requisitos: a identificação e a caracterização de requisitos
necessários para a gestão de uma dada plataforma digital, alinhados aos
requisitos de um dado processo de inovação, considerando a estratégia para a
sua gestão. Esses requisitos incluem noções de contexto, atores, objetivos,
componentes, avaliação, integração, implementação, funcionamento e
manutenção.
2. Validação dos requisitos: os requisitos levantados na 1ª etapa foram
analisados a partir das experiências de 16 plataformas digitais de
compartilhamento nacionais e internacionais, consideradas inspiradoras para
ativar a comunicação e a interação entre pessoas relacionadas à inovação no
setor público. Essa análise considerou a compreensão dos serviços e
respectivas aplicações dessas plataformas (e.g. canais de comunicação, co-
criação para o desenvolvimento de soluções de inovação, laboratórios de
inovação, observatórios para experiências em inovação, financiamento de
projetos, coleta e proposição de soluções, capacitações/treinamentos,
soluções aprovadas – abertas ou fechadas), suas bases tecnológicas e seus
processos de implementação, que foram testadas por agências
governamentais e que foram significativamente contributivas na gestão da
inovação em serviços públicos.
3. Apresentação da estratégia: a descrição de uma estratégia considerando os
requisitos levantados e validados pelas experiências analisadas para o MP e a
Rede de Inovação no Setor Público Brasileiro que contribua para a gestão de
uma plataforma digital para a colaboração e cooperação dos múltiplos atores
envolvidos na articulação, gestão e operação da Rede de Inovação no Setor
Público Brasileiro no alcance de seus objetivos. Observa-se nesta descrição a
consideração de 4 aspectos apresentados na seção seguinte que
caracterizam a estratégia de gestão desta plataforma digital.
Durante cada etapa, foi realizado um conjunto de interações com comunidades de
interesse e continuará sendo em eventos, colaborações formais e informais, uso
ativo de ferramentas virtuais para pesquisa e desenvolvimento colaborativos e
participação em reuniões. Tais interações asseguram tanto feedback quanto o
9
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
comprometimento na caracterização enquanto evolui. Essa colaboração externa é
chave para garantir que a análise seja completa e robusta.
Os resultados destas etapas são detalhados nas próximas seções deste relatório.
2. ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE UMA PLATAFORMA DIGITAL
DE INOVAÇÃO
A estratégia para a gestão de uma dada plataforma digital de inovação é
caracterizada pelos seguintes 4 aspectos:
1. Descrição da plataforma digital indicando componentes e
funcionalidades que precisam ter para o alcance dos seus objetivos.
2. Aproveitamento e expansão de uma plataforma já existente (legado),
pela sua relevância, e que “converse” com as plataformas existentes.
3. Indicação da base tecnológica mais apropriada para a plataforma e
seus componentes, conforme as orientações seguidas pelo Governo
Federal, além de indicação de: i) durabilidade; ii) custos de
manutenção; iii) adaptabilidade; iv) grau de uso tecnológico em médio
e longo prazo.
4. Plano de implementação da plataforma em etapas considerando a
essencialidade de cada componente para o alcance dos objetivos
incluindo a etapa de manutenção subsequente.
Estes aspectos foram considerados essenciais, mais básicos, inerentes a todas as
plataformas digitais e suas estratégias de gestão. Para representar a estratégia, a
consideração destes aspectos torna-se crítica ou estes aspectos são tão comuns
que toda estratégia utiliza-os de maneira explícita ou implícita. Enquanto todas as
estratégias contêm os aspectos essenciais, as exigências principais fornecem a
base para representar somente os requisitos mais simples de gestão de
plataformas digitais, por exemplo, ator, ecossistema, processo, legado, recurso,
transição, referência, networking, e resultado.
Estes requisitos e aspectos de caracterização das estratégias forneceram os
elementos para propor a estratégia de gestão neste relatório.
10
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
2.1. COMPONENTES E FUNCIONALIDADES DA PLATAFORMA
DIGITAL
Para consolidar a Rede de Inovação bem como um ecossistema favorável à
inovação no setor público, considerando os desafios apresentados na seção
anterior, são propostos nessa seção 5 (cinco) componentes com suas respectivas
funcionalidades, os quais devem ser refletidos em uma determinada plataforma
digital:
1. Observatório: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos,
comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e
universidades para identificar e apresentar necessidades e demandas
reais a partir de suas experiências para a construção de problemas, a
construção de novos serviços públicos (soluções) e melhoria dos serviços
públicos existentes, e relevantes na gestão pública. Em casos que o
acesso às necessidades e demandas reais, problemas, idéias, soluções e
melhorias para novos serviços públicos e para o aperfeiçoamento dos
serviços públicos existentes, seja restrito, o acesso será fechado a um
grupo específico de usuários. Para isso, esse portal disponibiliza um
espaço virtual para:
 Divulgação e inscrição de encontros (e.g. workshops, cursos,
webinars) para discussão de assuntos estratégicos e emergentes e
criação de uma agenda de inovação (necessidades e demandas
reais) para o setor público brasileiro, considerando momentos de
co-criação para a compreensão de problemas e ideias, soluções e
melhorias incrementais e/ou desruptivas para a inovação nos
serviços públicos.
 Divulgação das necessidades e demandas reais encontradas,
considerando tendências globais, para inovação na interação setor
público/cidadão/privado/academia do Brasil e do mundo.
 Divulgação de problemas e idéias que refletem essas
necessidades e demandas reais.
 Divulgação de soluções (projetos, produtos/serviços e negócios)
que refletem a possibilidade de alcançar os resultados esperados
na interação setor público/cidadão/privado/academia.
 Divulgação de melhorias incrementais e/ou desruptivas que vêm
sendo aplicados ou considerados a partir das experiências dos
cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas,
centros de pesquisa e universidades.
11
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Utilização de recursos de informação e comunicação tais como
blog, newsletter, toolkit1
e redes sociais bem como mecanismos
audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na
divulgação dos itens anteriores.
2. Comunidades de Prática: é um portal que permite o acesso aberto aos
cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de
pesquisa e universidades para identificar e apresentar comunidades de
interesse comum que propõem problemas, idéias, soluções e melhorias
para novos serviços públicos e para o aperfeiçoamento dos serviços
públicos existentes, relevantes na gestão pública. É importante ressaltar
que em casos que o acesso aos problemas, idéias, soluções e melhorias
para novos serviços públicos e para o aperfeiçoamento dos serviços
públicos existentes apresentados em uma comunidade de interesse, seja
restrito, esta comunidade seja um grupo fechado para membros que não
poderão ter acesso aos conteúdos. Para isso, esse portal disponibiliza um
espaço virtual para:
 Divulgação e inscrição de encontros (e.g. workshops, cursos,
webinars), ações, projetos estratégicos e emergentes,
comunidades de interesse comum existentes e também
promovidos pelos atores parceiros e membros da Rede de
Inovação, que apresentam problemas, idéias, soluções e melhorias
para novos serviços públicos e para a melhoria dos serviços
públicos existentes, relevantes na agenda de inovação da gestão
pública (e em conformidade com as necessidades e demandas
reais apresentadas no componente “Observatório”) para o setor
público brasileiro.
 Divulgação de momentos de co-criação para a proposição de
problemas e ideias, soluções e melhorias incrementais e/ou
desruptivas para a inovação nos serviços públicos.
 Divulgação dos problemas, idéias, soluções e melhorias
encontrados e que serão considerados para alcançar as
necessidades e demandas reais divulgadas, a partir das
experiências dos cidadãos, comunidades, órgãos públicos,
empresas privadas, centros de pesquisa e universidades e
considerando tendências globais, para inovação na interação setor
público/cidadão/privado/academia do Brasil e do mundo.
 Divulgação de experiências existentes e sendo propostas pelos
atores da Rede de Inovação para a incubação, triagem e
prototipagem de problemas e ideias, soluções e melhorias
1.
1
A expressão toolkit significa um conjunto de widgets, elementos básicos de uma interface gráfica do usuário (GUI), o
que inclui janelas, botões, menus, ícones, barras de rolagem, etc. Normalmente são implementados como uma
biblioteca de rotinas ou uma plataforma para aplicativos que auxiliam numa tarefa. Exemplos de toolkit podem ser
encontrados em soluções tais como Wordpress Toolkit, Moodle Toolkit, Google Web Toolkit, ente outros.
12
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
inovadoras pela integração de laboratórios de inovação internos e
externos ao setor público para alcançar as necessidades e
demandas reais divulgadas, a partir das experiências dos cidadãos,
comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de
pesquisa e universidades.
 Utilização de recursos de informação e comunicação tais como
blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos
audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na
divulgação dos itens anteriores.
3. Educação: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos,
comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e
universidades para conhecerem e participarem de cursos de capacitação
no processo de inovação1
para geração de conhecimento em todas as
fases de inovação no serviço público, conhecerem experiências reais e
respectivos resultados alcançados tendo como referência metodologias de
inovação sendo praticados no mercado e em órgãos públicos. Para cursos
de capacitação privados, o acesso é fechado (restrito aos participantes do
curso). Para isso, esse portal disponibiliza um espaço virtual para:
 Divulgação de oportunidades de capacitação em níveis técnicos e
de pós-graduação na teoria de inovação e métodos aplicados à
administração pública de maneira virtual2
.
 A coleta, descrição e disseminação (compartilhamento) do
aprendizado de experiências reais que possibilitem provocar
mudanças culturais e permitir a adaptação de resultados que
tiveram sucesso em contextos de outras instituições.
 Divulgação do desenvolvimento e resultados de pesquisas e
estudos de caso no setor público.
 Utilização de recursos de informação e comunicação tais como
blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos
audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na
divulgação dos itens anteriores.
4. Financiamento: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos,
comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e
universidades para conhecer os mecanismos de financiamento para a
construção de problemas, a construção de novos serviços públicos
(soluções) e melhoria dos serviços públicos existentes, e relevantes na
gestão pública, considerando cada fase de inovação. Para isso, esse portal
disponibiliza um espaço virtual para:
1.
1
Os conceitos que descrevem o processo de inovação considerado referência internacional estão apresentados no livro
clássico de Vijay K. Jolly de 1997 entitulado Commercializing New Technologies: getting from mind to Market.
2
Para este serviço, tem-se como iniciativa pioneira o programa de aprendizagem do IC2
Institute. Este programa foi o 1º
programa de inovação no mundo criado em 1996 nos EUA pelo principal líder da área chamado George Kozmetsky.
13
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Divulgação de informação sobre recursos disponíveis e divulgação
e inscrição em encontros e atividades presenciais (e.g. workshops,
cursos) e virtuais (e.g. webinars) promovidos pelos atores parceiros
e membros da Rede de Inovação (cidadãos, comunidades, órgãos
públicos, empresas privadas, e universidades) para a discussão
sobre organizações potenciais ou estabelecimento de fundos e
parcerias específicas para financiar projetos que apoiam na
compreensão e proposição de problemas e ideias, soluções e
melhorias em âmbitos nacional e internacional, incluindo o
mecanismo de financiamento sem a participação de instituições
financeiras intermediárias conhecido como crowdfunding1
.
 Utilização de recursos de informação e comunicação tais como
blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos
audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na
divulgação do item anterior.
5. Soluções: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos,
comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e
universidades para conhecer os novos serviços públicos e melhoria dos
serviços públicos existentes, e relevantes na gestão pública, considerando
cada fase de inovação. Para isso, esse portal disponibiliza um espaço
virtual para:
 Coleta e disseminação de soluções aprovadas que foram testadas
por agências governamentais e que foram significativamente
contributivas na geração de novos serviços públicos e melhoria dos
serviços públicos existentes.
 Utilização de recursos de informação e comunicação tais como
blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos
audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na
divulgação do item anterior.
Esses componentes apresentam-se em conformidade com práticas, nacionais e
internacionais, observadas em plataformas digitais (adiante listadas) que vem
inspirando a inovação no setor público mundial.
Com o apoio de informações públicas encontradas em fontes secundárias
(website, notícias, etc.) e primárias (usuários, experts e co-fundadores das
plataformas e estratégias de gestão), estes componentes foram identificados
considerando a sua relevância para a formação e gestão de plataformas digitais
para redes de inovação caracterizadas pelos seguintes aspectos no contexto do
processo de inovação sendo adotado neste relatório:
1.
1
Maiores detalhes sobre o conceito de crowdfunding podem ser encontrados em Mendes-da-silva, W.; Rossoni, L.;
Conte, B. S.; Gattaz, C. C.; Francisco, E. R. (2016). The impacts of fundraising periods and geographic distance on
financing music production via crowdfunding in Brazil. Journal of Cultural Economics, 1-25.
14
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Promover e ativar redes em assuntos de interesse público e privado,
administração pública, acadêmicos e de mercado, envolvendo a indústria,
academia, governo e sociedade em sua diversidade.
 Construir uma cultura de inovação por meio de interações, conexões,
capacitações e soluções colaborativas em meios virtuais.
 Intra e interempreendedorismo e intersetorialidade no setor público
envolvendo a indústria, academia, governo e sociedade em sua
diversidade.
 Inspirar, dar suporte e conectar atores da Rede por meio de necessidades,
problemas, idéias, eventos, educação, processos, projetos, soluções
colaborativas, e negócios envolvendo a indústria, academia, governo e
sociedade em sua diversidade.
 Implantar um sistema de gestão da inovação.
 Grau de internacionalização e formas de internacionalização emergente.
 Interface com a realidade brasileira.
Ainda que existam e apareçam continuamente iniciativas que apresentem estes 5
componentes, este relatório sugere utilizar como referências a tendência
tecnológica de informação e comunicação para 2025, conceitos apresentados no
guia de implantação de laboratórios de inovação social, a arquitetura de
ecossistemas digitais, o conceito metodológico de inovação e implantação das
suas etapas (Jolly, 1997), a 1ª experiência nacional e pioneira no mundo do
Senado Federal (o Laboratório Vivo do Legislativo do Senado Federal inaugurado
no Brasil em 1998), e as seguintes iniciativas que apresentam grande parte dos 5
componentes de maneira mais completa, robusta e inovadora.
1 2 3
4 5
1.
1
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.thegovlab.org/.
2 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.govlab.elogroup.com.br/.
3
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.inovativabrasil.com.br/.
4
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.innovationpolicyplatform.org/.
5
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.oecd.org/governance/observatory-
public-sector-innovation/.
15
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
1 2 3 4
5 6 7
8 9
10 11
1.
1
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://capitalfactory.com/
2
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://mind-lab.dk/en/
3
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://brickstarter.org/an-introduction-to-
brickstarter/
4
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://openideo.com/
5
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.plataformaitec.com.br/
6
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.knowledgesocieties.org/
7
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.labp3.net/e-learning/
8
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.catarse.me/
9
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.broota.com.br/
10
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados nos sites http://ic2.utexas.edu/ e
https://www.mccombs.utexas.edu/mstc
11
Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://realtimecases.com/
16
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
2.2. CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL
Tomando por base estes componentes e estas iniciativas e feedback dos
desenvolvedores e gestores das plataformas, este trabalho recomenda, como
resposta ao 2º aspecto da estratégia de gestão, a expansão da Rede de Inovação
“Rede InovaGov” para uma plataforma digital. É fundamental que essa plataforma
digital seja uma plataforma-de-plataformas, ou seja, uma plataforma-mãe
(plataforma central) que “converse” com plataformas digitais existentes nos órgãos
públicos, nas empresas privadas e nas universidades, incluindo as plataformas
apresentadas na seção anterior. Essa “conversa” deve ser estabelecida a partir do
interesse de outros atores em serem parceiros nos componentes da plataforma
central. Por exemplo, a plataforma central “conversa” com a plataforma digital da
Fábrica de Idéias da ANVISA por meio do componente “Observatório”.
Além disso, para que essa “conversa” seja estabelecida, o sistema da plataforma
digital deve ser multiplataforma. Isto significa que o sistema da plataforma digital
pode ser executado em plataformas digitais de outras instituições.
Ainda que as plataformas digitais apresentadas na seção anterior apresentem
diversas maneiras pelas quais os 5 componentes recomendados neste relatório
possam ser implementados, nenhuma destas plataformas contempla os 5 (cinco)
componentes sugeridos na seção 2.1. deste trabalho, alinhados aos contextos do
processo de inovação e ao objetivo da Rede de Inovação sendo articulado no
Governo Federal do Brasil.
Assim, a expansão da Rede InovaGov para uma plataforma digital requer a
utilização de algumas bases tecnológicas apresentadas a seguir.
2.3. BASES TECNOLÓGICAS PARA A PLATAFORMA DIGITAL
Em resposta ao 3º aspecto da estratégia de gestão apresentado na seção 2 deste
relatório, a arquitetura mais apropriada para implementar os 5 (cinco)
componentes recomendados neste relatório da plataforma digital de inovação é
um ambiente que reúne Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) que
permite a interação entre múltiplos atores, formalmente integrada em uma
plataforma digital única, que explicita claramente a contribuição para a dinâmica
de cooperação, de compartilhamento (criando uma sensação de grupo -
comunidade de interesse), ação coletiva, sincronismo, falhas e aprendizagem no
processo de inovação da Rede.
17
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
Este ambiente consiste de uma arquitetura orientada a serviços (SOA1
), de um
ambiente de desenvolvimento multiplataforma com ferramentas de edição,
ferramentas de construção de interfaces e classes runtime agrupados em um
ambiente, e uma ferramenta para resolver problemas de interoperabilidade2
e a
missão crítica entre plataformas e sistemas operacionais diferentes. Com um
único código desenvolvido, torna-se possível fazer o port para diversas
plataformas, restando mais tempo para resolver os processos de prestação dos
serviços da plataforma digital.
Sob a ótica de quem implementa a plataforma digital, este relatório indica abaixo
as seguintes 8 (oito) bases tecnológicas e respectivos componentes,
apresentados com indicações de durabilidade3
, custos de manutenção4
,
adapatabilidade5
, grau de uso tecnológico em médio e longo prazo6
.
1. Ambiente de desenvolvimento de aplicação: é um ambiente que tem como
funcionalidades os seguintes aspectos:
 Desenvolvimento de recursos para o particionamento de aplicações e para
a criação de dicionários multi-linguas, independente do código do
aplicativo.
 Desenvolvimento de interface utilizável para pessoas de negócios de
inovação, que permite o gerenciamento de geometria visual e distribuição
harmônica dos elementos, independente do código do aplicativo.
 Desenvolvimento de aplicações distribuídas por cada elemento do
processo de negócio da inovação.
 Desenvolvimento trans-plataforma.
 Multiplataforma que dispõe de bibliotecas de protocolos de sistema
operacional, como gerenciamento de memória, exclusões mútuas e as
condições, instruções de rastreamento, gestão de processos operacionais,
entre outros.
Este relatório sugere que esta base tecnológica ofereça as seguintes contribuições
quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adaptabilidade e
grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:
 Não possuir tempo e custo de manutenção do sistema de interface e sem
alterar a semântica do código.
1.
1
Uma arquitetura estruturada por um barramento de serviços que disponibiliza interfaces e que facilita encontrar, definir
e gerenciar os serviços disponibilizados. Maiores detalhes podem ser encontrados no site
https://pt.wikipedia.org/wiki/Service-oriented_architecture e no livro Sheu, P.; Yu, H.; Ramamoorthy, C.V.; Joshi, A.K.
Zadeh, L.A. Semantic Computing. IEEE Press, 2010.
2
Uma maior integração entre gestão, sociedade civil e comunidade, interação que se julga essencial à implantação e
consolidação da governança pública. Maiores detalhes sobre Interoperabilidade podem ser encontrados no relatório do
Enap no seguinte link:
http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/2399/M%C3%B3dulo_1_EPING.pdf?sequence=1&isAllowed=y
3
A depreciação tecnológica, rapidez na atualização e de baixo custo.
4
Custo alocado à manutenção da operação tecnológica existente.
5
A capacidade de adaptação a mudança de requisitos.
6
A capacidade de aproveitamento da tecnologia em diversos contextos.
18
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Redução de pelo menos 30% do esforço ativo de desenvolvimento de
aplicações distribuídas usando serviços de distribuição built-in.
 Não possuir desenvolvimento de recursos com custo e tempo de
manutenção para apresentar conteúdo em vários idiomas.
Exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições
públicas brasileiras e que oferecem essa base tecnológica são P3Tech e Galaxy1
.
2. Ambiente de gestão de configuração: é um ambiente que tem como
funcionalidades os seguintes aspectos:
 Simplifica o gerenciamento de alterações em componentes do sistema,
fornecendo a versão de componentes e o compartilhamento dos
componentes entre os desenvolvedores.
 Estabelece e mantém a integridade dos componentes (requisitos, design
ou código fonte) permitindo a sua identificação, controle, verificação de
status e auditorias.
Exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições
públicas brasileiras e que oferecem essa base tecnológica são P3Tech, Galaxy,
Proto2
, Phabricator + (Hg ou Git)3
.
3. Ambiente de análise de requisitos: é um ambiente que tem como
funcionalidades os seguintes aspectos:
 Desenvolvimento de análise e síntese de requisitos que devem ser
contemplados pelo negócio.
 Validação dos requisitos de negócio de inovação, para posterior
implementação de sistemas de informação e;
 Resolução das inconsistências entre os requisitos.
Este relatório sugere que as bases tecnológicas de análise de requisitos ofereçam
as seguintes contribuições quanto às indicações de durabilidade, custos de
manutenção, adaptabilidade e grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:
 Permita a modelagem, planejamento, rastreamento, controle e
gerenciamento dos requisitos de negócio de inovação, sistema e
desenvolvimento (operação, gerenciamento ou infra-estrutura),
1.
1
As soluções P3Tech e Galaxy são reconhecidas e certificadas mundialmente como sendo únicas no mercado que não
somente integra essas bases tecnológicas apresentadas como também apresenta os melhores resultados quanto às
contribuições relacionadas à interoperabilidade, durabilidade, custo de manutenção, adaptabilidade e grau de uso
tecnológico no médio e longo prazo. Maiores detalhes sobre estas soluções podem ser encontrados nos sites
www.labp3.net e www.ambiencia.com.
2
A solução Proto permite a construção do autômato do sistema o qual viabiliza a emulação do processo, além de gerar
código de forma automática. O foco é direcionado em garantir a consistência do processo/autômato e não em
linguagens. Maiores detalhes sobre a solução Proto podem ser encontrados no site www.ambiencia.com.
3
A solução Phabricator + (Hg ou Git) é um ambiente de controle de versão de código de projeto distribuído. Maiores
detalhes sobre essa solução podem ser encontrados no site https://pt.wikipedia.org/wiki/Phabricator.
19
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
incorporando todas as atividades executadas durante o desenvolvimento
dos sistemas de informação.
 Que faça uso de linguagem gráfica e textual, integrados e intuitivo que
permita modelar e simular e validar os requisitos de negócio de inovação,
para posterior implementação de sistemas de informação.
 Um ambiente que permite identificar e resolver as inconsistências entre os
requisitos por meio das simulações de requisitos, diminuindo o esforço de
implementação e o ciclo de testes da geração de sistemas de informação.
Exemplo de solução que pode ser licenciado gratuitamente para instituições
públicas brasileiras e que oferece essa base tecnológica é P3Tech.
4. Ambiente de qualidade do processo: é um ambiente que tem como
funcionalidades os seguintes aspectos:
 Um ambiente que ajuda na garantia de qualidade de processos de
negócios de inovação. Com este ambiente é possível visualizar e
acompanhar os objetivos de qualidade e processo do produto de acordo
com o processo de negócio de inovação especificado.
 Um ambiente que permite a geração automática dos sistemas de
informação de gestão, a partir do processo de negócio de inovação
especificado. Tais sistemas incorporam os itens qualitativos e quantitativos
da operação e infra-estrutura de negócios. O ambiente permite que a
organização realize o gerenciamento quantitativo e qualitativo de seus
negócios em tempo de execução.
Este relatório sugere que esta base tecnológica ofereça as seguintes contribuições
quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adapatabilidade e
grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:
 Eliminação do risco técnico de aquisição de infra-estrutura física.
 Eliminação do custo e tempo dos testes de campo.
 Garantia de 100% da tomada de decisão com base em processos de
negócios de inovação e dados estatísticos dentro do mesmo processo.
 40% de melhoria no tempo e custo do projeto.
Exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições
públicas brasileiras e que oferecem essa base tecnológica são P3Tech e Galaxy.
5. Ambiente de processos: é um ambiente que tem como funcionalidades os
seguintes aspectos:
 Um ambiente tridimensional de modelagem de processos (operação,
gestão e infra-estrutura), com linguagem gráfica e textual.
20
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Permite a organização gerar sistemas a partir da especificação do
processo de negócio de inovação, proporcionando melhor adaptabilidade e
flexibilidade na solução a ser desenvolvida para o usuário final.
 Permite a organização identificar, planejar e executar melhorias em seu
processo de negócios.
Exemplo de solução que pode ser licenciado gratuitamente para instituições
públicas brasileiras que oferece essa base tecnológica é P3Tech.
6. Ambiente de análise de risco: é um ambiente que tem como funcionalidades
os seguintes aspectos:
 Um ambiente que ajuda a instituição a evitar os resíduos, riscos, fila de
espera, através de simulações e emulações dos processos de negócios de
inovação, aumentando a produtividade e diminuindo os riscos de
mudanças.
 Um ambiente que permite identificar os riscos no processo de negócio de
inovação e explicitar em formato de relatórios, identificando possíveis
problemas na execução do negócio e nos sistemas de informação
subsequentes.
Exemplo de solução que pode ser licenciado gratuitamente para instituições
públicas brasileiras e que oferece essa base tecnológica é P3Tech.
7. Ambiente de capacitação: é um ambiente que tem como funcionalidades os
seguintes aspectos:
 Compartilhamento de competências organizacionais e gestão de
competências. A grande característica deste ambiente é que não se baseia
em uma base de conhecimento simples, baseia-se nas competências
explícitas no processo organizacional.
 Gera um site para a instituição de acordo com o processo de negócio de
inovação especificado no Ambiente de Processo. Assim, a organização
tem todo o seu processo automaticamente documentado em um servidor
web.
Este relatório sugere que as bases tecnológicas de processos, análise de risco e
capacitação ofereçam as seguintes contribuições quanto às indicações de
durabilidade, custos de manutenção, adapatabilidade e grau de uso tecnológico
em médio e longo prazo:
 Os materiais dinâmicos (atividades) disponibilizados pelo
professor/formador que permitem a interação entre o professor/formador e
os alunos.
 Fóruns - locais de debate, partilha de ideias e esclarecimento de dúvidas.
 Gestão de conteúdos (Recursos).
21
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Questionários e pesquisas com diversos formatos.
 Blogs
 Wikis
 Geração e gestão de Base de Dados.
 Sondagens.
 Chats - salas de conversação entre os utilizadores; podem ser utilizadas
para conversação em tempo real.
 Glossários
 Peer assessment
 Pesquisa de avaliação:
o ATTLS
o COLLES
o Incidentes criticos
 Suporte multi-idioma (mais de 75 idiomas são suportados pelo interface
actual).
 Suporte de Gestão através de análises de gráficos interativos online para
questionários prepostos.
 Um sistema de modelos, através de um processador de modelos. O
usuário pode re-organizar o layout através de widgets sem precisar editar
códigos PHP ou HTML; eles também podem instalar e alternar entre temas
WordPress. Os códigos PHP e HTML dos temas também podem ser
editados para adicionar funcionalidades personalizadas. Alguns dos
recursos incluem:
o Gerar XML, XHTML, e CSS em conformidade com os padrões
W3C
o Gerenciamento integrado de ligações
o Estrutura de permalink amigável aos mecanismos de busca
o Suporte extensivo a plug-ins
o Categorias aninhadas e múltiplas categorias para artigos
o TrackBack e Pingback
o Filtros tipográficos para formatação e estilização de texto corretas
o Páginas estáticas
o Múltiplos autores
o Suporte a tags
o Pode gerenciar múltiplos blogs em subpastas ou subdomínios
22
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
o Importação e exportação de dados
o API de desenvolvimento de plugins
o Níveis, promoção e rebaixamento de usuários
o Campos personalizados que permitem armazenar dados extras no
banco de dados
Exemplos de soluções que oferecem essa base tecnológica são Moodle,
Wordpress1
, P3Tech e Galaxy.
8. Ambiente de Serviços de Processos Web: é um ambiente que tem como
funcionalidades os seguintes aspectos:
 Fornece a interoperabilidade do processo de negócios de inovação em
diferentes ou mesmas organizações e infra-estruturas.
 Constrói sistemas de acordo com os processos de negócios de inovação
sem esforços de integração e esforços para gerar compatibilidade entre
plataformas. Esses recursos garantem mais flexibilidade para o negócio.
 Reduz os custos de implementação do negócio de inovação, devido à
facilidade de mudanças contínuas que o processo terá. Isso ocorre porque
o produto reproduz automaticamente as alterações de processos de
negócios nos sistemas internos.
 Integra tecnologia e processos de negócios de inovação entre as
organizações através do compartilhamento de processos.
 Executa o rastreamento de processos "gerados" e de processos
"geradores" em tempo real (na realidade), aumentando a produtividade e
diminuindo os riscos durante as decisões. Sendo assim, é possível
estabelecer um programa de melhoria contínua de acordo com as métricas
de negócios de inovação estabelecidas e as novas tecnologias incluídas
sem impacto nos sistemas e processos atuais. Todas as mudanças
tecnológicas e de sistema são definidas apenas e exclusivamente nas
mudanças do negócio de inovação.
Este relatório sugere que esta base tecnológica ofereça as seguintes contribuições
quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adapatabilidade e
grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:
 Esforço e custo zero na automação de sistemas de informação.
 Esforço e custo zero na manutenção de sistemas computacionais.
 Contemplação de todas as características para elevar o CMM de uma
organização ao nível 5.
 Geração de trabalho e renda.
1.
1
Maiores detalhes sobre as plataformas Moodle e Wordpress podem ser encontrados nos sites www.moodle.com e
https://br.wordpress.org, respectivamente.
23
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Explicitação e exponencialização de competências para geração de novos
negócios de inovação.
 Garantia de 100% do controle do processo organizacional.
 Garantia de 100% do registro de ocorrências do período de tempo do
processo organizacional.
 Aumento de 30% do uso das melhores práticas organizacionais.
Em suma, exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para
instituições públicas brasileiras e que oferecem essas bases tecnológicas são
Moodle, Wordpress, P3Tech, Galaxy, Proto e Phabricator + (Hg ou Git). O
Laboratório Vivo do Legislativo do Senado Federal apresentada na seção 2.1.
deste trabalho é um caso a ser adotado como referência na utilização destas
bases tecnológicas e soluções.
Sob a ótica do usuário, este ambiente se apresenta pelas seguintes bases
tecnológicas:
 Plataforma Web1
com funcionalidade pública-privada:
o Funcionalidade Pública: aberta e colaborativa2
, aberta ao público3
,
que disponibiliza seus serviços para uso do público geral4
.
o Funcionalidade Privada: Fechada e colaborativa, fechada ao
público geral e aberta a um público específico, que disponibiliza
seus serviços de maneira privada.
 Recursos tecnológicos (protocolos/fingers) de conteúdo, interface,
transmissão e sistema: são recursos que podem ser apresentados nas
formas de texto (e.g. blogs, newsletter, conteúdo de sites, avaliações,
fóruns, documentos, entre outros), vídeo (e.g. filmes, shows, palestras,
cursos, entre outros), imagem (e.g., figuras, fotos), som (e.g. VOIP,
músicas, entre outros), aplicativos de redes sociais (e.g. chat, emails),
sistemas operacionais (Windows, Apple, Linux, entre outros), comunidades
de prática (e.g. grupos, comunidades de projetos) e ferramentas de
1.
1
O ambiente WWW considerando suas gerações variando desde web 1.0 a web 5.0. Maiores detalhes podem ser
consultados na referência Gattaz, C.C.; Cruvinel, P.E.; Bernardes, R.C. Leveraging Digital Knowledge Ecosystem
Framework Implementation Case Study: Aligning Knowledge Management and Innovation Goals for Agricultural Aerial
Pest Control. In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. p. 417.
Maiores detalhes sobre a experiência nesse artigo podem ser encontrados no site
http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/132509/construcao-de-um-modelo-para-a-comunicacao-de-resultados-de-articulacao-
gestao-e-operacao-de-agente/.
2
Apta para “conversar” com outras bases tecnológicas, tendo o cuidado com o custo de ferramentas proprietárias. Por
exemplo, a Fábrica de Idéias da ANVISA utiliza uma plataforma chamada Liferay (proprietária) e precisa aperfeiçoar seu
ambiente para uma plataforma aberta e colaborativa que permita que sua rede seja expandida para o uso de seus
serviços em outros órgãos e acrescentando comunidades virtuais fechadas. Para isso, o gestor da plataforma precisa
de conhecimento a respeito dos protocolos utilizados em cada órgão e instituição parceira da plataforma que deverão
ser integrados com a Rede da ANVISA, ferramentas para construir os protocolos necessários e investir financeiramente
para customizar essa plataforma proprietária. As iniciativas Knowledge Societies e LabP3 podem ser utilizadas neste
contexto para o desenvolvimento destes protocolos.
3
Qualquer pessoa pode ter acesso.
4
Qualquer pessoa pode utilizar o serviço da plataforma.
24
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
compartilhamento de processos centrados em valor adicionado (e.g.
processos centrados em valor adicionado modelados e simulados).
Os websites das plataformas digitais apresentados na seção 2.1. deste relatório
servem de exemplo para a compreensão de maneiras que essas bases
tecnológicas podem ser apresentadas.
É importante frisar que paralelamente a essas bases tecnológicas, é fundamental
ter como apoio na operacionalização do processo de inovação na Rede a base
física. A plataforma digital precisa contar com o apoio de espaços físicos abertos
no estilo “Capital Factory” e “Mind Lab” (apresentados na seção 2.1. deste
trabalho) contando com parcerias institucionais.
A próxima seção apresenta uma proposta de plano para a implementação da
plataforma digital com essas bases tecnológicas, considerando a essencialidade
dos componentes da plataforma digital.
2.4. PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL
A implementação da plataforma digital, considerando a utilização das bases
tecnológicas recomendadas, envolve 10 (dez) etapas, de curto, médio e longo
prazo, incluindo manutenção subsequente, considerando a essencialidade de
cada componente apresentada na seção 2.1. deste relatório para o alcance dos
objetivos da Rede de Inovação. Na descrição de cada etapa, são apresentados os
perfis de RH para execução. Algumas dessas etapas são realizadas de maneira
sequencial e outras de maneira paralela. Segue abaixo a descrição de cada uma
das etapas:
A 1ª etapa: Modelagem. Esta etapa consiste da identificação e caracterização
das variáveis necessárias para a representação das funcionalidades do
componente da plataforma digital sendo implementado. Para a realização desta
etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento do
negócio se capacitem na solução P3Tech em um prazo de aproximadamente 60
horas. O tempo de identificação e caracterização das variáveis depende do
conhecimento que o ator que está realizando esta modelagem possui do
componente sendo implementado. Quanto maior o conhecimento, menor o prazo.
Quanto menor o conhecimento, maior o prazo.
A 2ª etapa: Simulação. Esta etapa consiste da análise de tempo e custo para a
execução das funcionalidades do componente da plataforma digital sendo
implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que
possuem o domínio do conhecimento do negócio se capacitem na solução
P3Tech em um prazo de aproximadamente 60 horas. O tempo de realização desta
etapa depende do conhecimento que o ator que está realizando esta simulação
25
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
possui sobre o desempenho do componente sendo implementado. Quanto maior o
conhecimento, menor o prazo. Quanto menor o conhecimento, maior o prazo.
A 3ª etapa: Levantamento do Legado. Esta etapa consiste da identificação e
caracterização dos recursos tecnológicos de onde o componente da plataforma
digital sendo implementado será acessado (e.g. alguma plataforma digital
existente, banco de dados, etc.). Para a realização desta etapa, é necessário que
as pessoas que possuem o domínio do conhecimento em geração de software se
capacitem na solução P3Tech em um prazo de aproximadamente 60 horas.O
tempo de realização desta etapa depende do conhecimento que o ator que está
realizando este levantamento possui do legado necessário para o acesso do
componente sendo implementado. Quanto maior o conhecimento, menor o prazo.
Quanto menor o conhecimento, maior o prazo.
A 4ª etapa: Geração de Protocolo. Esta etapa consiste em identificar,
caracterizar e implementar o protocolo (e.g. conteúdo, interface, sistema,
transmissão) necessário para estabelecer a comunicação do componente da
plataforma digital sendo implementado com o legado, caso ainda não exista. Para
a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do
conhecimento em geração de software se capacitem nas soluções P3Tech (em
um prazo de aproximadamente 60 horas), Galaxy (em um prazo de
aproximadamente 80 horas), Proto (em um prazo de aproximadamente 40 horas),
Moodle (em um prazo de aproximadamente 60 horas), WordPress (em um prazo
de aproximadamente 60 horas) e Phabricator + (Hg ou Git) (em um prazo de
aproximadamente 60 horas). O tempo de realização desta etapa será de médio a
longo prazo.
A 5ª etapa: Emulação. Esta etapa consiste em testar o componente da
plataforma digital sendo implementado utilizando o legado. Para a realização
desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do
conhecimento no negócio e em geração de software realizem o teste. O tempo de
realização desta etapa depende do tempo para acessar o legado. O tempo de
realização desta etapa será de curto prazo.
A 6ª etapa: Encenação. O componente da plataforma digital em funcionamento.
Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o
domínio do conhecimento no negócio e em geração de software acompanhem o
funcionamento do componente. O tempo de realização desta etapa é de curto
prazo.
Este relatório sugere que estas etapas (1 a 6) sejam realizadas sequencialmente
seguindo a ordem de priorização de implementação dos componentes
apresentada na figura 1 abaixo. É fundamental que os atores da Rede de
Inovação conheçam primeiramente o que significa inovar nos serviços públicos por
meio do componente “Educação”. Em seguida, é fundamental conhecer as opções
de financiamento para a realização do processo de inovação por meio do
componente “Financiamento”. Para evitar a geração de soluções já existentes, é
fundamental conhecer as soluções já alcançadas como referência pelo
26
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
componente “Soluções” antes de executar o processo de inovação nos órgãos
públicos pelos componentes de “Observação” e “Comunidades de Prática”.
Figura 1: Ordem de priorização de implementação dos componentes da plataforma
digital.
Após a realização da 6ª etapa na implementação do 1º componente, as próximas
quatro etapas devem ser realizadas continuamente para manutenção, e em
paralelo à implementação dos próximos 4 componentes:
A 7ª etapa: Avaliação. Esta etapa consiste em acompanhar o funcionamento do
componente da plataforma digital implementado. Para a realização desta etapa, é
necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio
e em geração de software acompanhem o funcionamento do componente.
A 8ª etapa: Direcionamento. Esta etapa consiste em propor mudanças no
funcionamento do componente da plataforma digital implementado. Para a
realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do
conhecimento no negócio e em geração de software proponham a mudança
necessária no componente.
A 9ª etapa: Monitoramento. Esta etapa consiste em avaliar o resultado da
mudança realizada no funcionamento do componente da plataforma digital
implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que
possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software
avaliem o resultado da mudança realizada no componente.
A 10ª etapa: Transferência de Conhecimento. Esta etapa consiste em capacitar
outros órgãos públicos na experiência de cada etapa de implantação dos
componentes da plataforma digital para apoiar na implantação de novas
plataformas. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que
possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software,
incluindo as soluções propostas neste relatório, realizem a capacitação.
Para apoiar a execução destas etapas, será necessária uma equipe com os
seguintes perfis:
 Atores que mobilizam os componentes da plataforma digital e que fazem o
acompanhamento das novas plataformas e das existentes para serem
fontes de informação para a manutenção (melhoria) de cada etapa.
 Atores que apoiam na prestação dos serviços dos componentes da
plataforma digital.
27
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 Atores que realizam a capacitação dos colaboradores que vão gerar as
plataformas digitais para transferência do conhecimento na Rede de
Inovação.
 Atores que possuem conhecimento em software e hardware para cuidar da
infraestrutura física e digital da plataforma digital.
As instalações físicas e equipamentos necessários são recursos que permitam
acesso à informação e segurança, ou seja, a busca de fontes secundárias e
primárias requeridas em cada uma das etapas e protocolos necessários para
implantar a plataforma digital considerando as políticas de segurança dos
parceiros da Rede de Inovação.
Para que esse plano de implementação seja realizado, o conhecimento e o legado
tecnológico existentes são condições fundamentais para a redução de tempo,
custo e investimento. Em outras palavras, quanto maior o conhecimento dos
atores envolvidos na implementação da plataforma digital e possibilidade de
acesso ao legado tecnológico com respeito ao que é necessário em cada etapa,
menor o tempo de conclusão de cada etapa e seu respectivo custo e investimento.
Neste sentido, é fundamental que o grupo gestor da plataforma digital identifique e
caracterize ou valide inicialmente os resultados esperados para iniciar o plano de
implementação.
3. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Este estudo revelou muitas fontes diferentes de encontrar os requisitos de
descrição, análise, implementação e gestão de plataforma digital prescritos. Um
desafio para tirar conclusões gerais da análise é que algumas descrições são
abordagens gerais (e.g. o que há de comum entre as plataformas digitais e
respectivas estratégias de gestão), enquanto outras são mais especializadas,
focadas em domínio e aplicação (e.g. o que há de diferente entre as plataformas e
suas respectivas estratégias). Pela sua própria natureza, as abordagens gerais
são mais amplamente aplicáveis e flexíveis, mas requerem a construção de
elementos adicionais, especializados para capturar alguns dos requisitos
específicos. Por exemplo, para a realização de cada serviço público, existe um
arranjo de plataformas diferente com conteúdos, interfaces, ecossistemas virtuais
e físicos, protocolos que precisam ser criados.
Além disso, como parte da estratégia, observa-se a necessidade de cuidados
quanto fazer distinções entre as diferentes plataformas digitais, porque elas
podem ser vistas como representando aspectos comuns de maneiras ligeiramente
diferentes. Por exemplo, capacitação pode ser um serviço comum em todas as
28
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
plataformas porém, umas realizam por meio de cursos e eventos e outras por
meio de conexões com notícias, publicações, vídeos, estudos de caso, conceitos,
etc.
Esta proposta e as suas observações associadas servirão para orientar a co-
evolução/gestão da plataforma digital Rede Inovagov sob a ótica do usuário e do
gestor da plataforma para a colaboração e cooperação dos múltiplos atores
envolvidos na articulação, gestão e operação da Rede de Inovação no Setor
Público Brasileiro.
4. PRÓXIMOS PASSOS
Recomenda-se como próximos passos: i) a apresentação do presente relatório
para o grupo gestor da Rede InovaGov e de outras Redes de interesse; ii) a
definição com o grupo gestor das Redes interessadas da estratégia de adoção da
proposta desse relatório; iii) a capacitação dos atores das Redes nas etapas de
implementação da plataforma digital para alcançar os objetivos por meio dos
seguintes eventos:
 treinamento em metodologias ativas para:
o discussão e criação de uma agenda de inovação para o setor
público brasileiro, discussão de assuntos estratégicos e
emergentes, e momentos de co-criação para o desenvolvimento de
problemas e soluções de inovação
o coleta e proposição de soluções relevantes na gestão pública
o transformar as experiências em aprendizado compartilhado
o implantar uma Rede de Laboratórios de Inovação para incubação,
triagem e prototipagem de idéias inovadoras pela integração de
laboratórios de inovação internos e externos ao setor público;
o o desenvolvimento e disseminação de pesquisas e estudos de
caso em inovação no setor público
o o desenvolvimento de protocolos de conteúdo, interface,
transmissão e plataforma que possibilitem a comunicação da
plataforma com outras existentes em outras instituições (e.g.
Design and Process Science, Semantic Computing and Robotic
Intelligence).
 construção de cursos de capacitação em níveis técnicos e de pós-
graduação na teoria de inovação e métodos aplicados à administração
pública de maneira presencial e virtual, tendo como principal referência o
programa do IC2
Institute.
29
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 um evento que possa reunir principais representantes do mercado de
financiamento em inovação para trazer informação sobre recursos
disponíveis e organizações potenciais ou fundos e parcerias específicas
para financiar projetos de inovação em âmbitos nacional e internacional,
incluindo o mecanismo de financiamento sem a participação de instituições
financeiras intermediárias conhecido como crowdfunding.
e, iv) o acompanhamento contínuo junto às Redes quanto às novas atualizações
para a sustentação da plataforma digital.
5. AGRADECIMENTOS
A autora reconhece as contribuições voluntariamente prestadas por um conjunto
de pesquisadores, profissionais e autoridades, em âmbitos nacional e
internacional, para a realização deste relatório, em especial:
Bruno Rondani, Wenovate
Davi Almeida e Bruna Campedelli, ELO Group
Bruno Queiroz Cunha, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA
José Coelho Ávila e Carlos Eduardo Boratto Postiga, Laboratório Vivo do
Legislativo do Senado Federal
Fuad Gattaz Sobrinho, Society for Design and Process Science - SDPS
Maurício Falvo, Universidade de São Paulo de São Carlos - USP
David Gibson, IC2
Institute at University of Texas at Austin - UT
Paulo Estevão Cruvinel, Embrapa Instrumentação
Phillip Sheu, University of California at Irvine – UC Irvine
Wesley Mendes da Silva, Observatório da Inovação Financeira da Fundação
Getulio Vargas em São Paulo
O reconhecimento é também estendido aos membros organizadores, palestrantes
e participantes dos encontros “Redes de Inovação” e “Seminário Internacional de
Governança, Inovação e Desenvolvimento e II Semana de Inovação em Gestão
Pública”, realizados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão –
MP e Escola Nacional de Administração Pública – ENAP.
A autora registra ainda o especial agradecimento dirigido à Fundação de Amparo
Á Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP pelo apoio financeiro à pesquisa
através do processo no
2011/21548-9, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq pelo apoio financeiro à pesquisa através do
30
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
processo no
141189/2005-3 e à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior – CAPES pelo apoio financeiro à pesquisa através do
programa PNPD20132060 - 33027013004P0 que suportam o aparato conceitual
que caracteriza esse relatório.
6. REFERÊNCIAS
Website das plataformas e todos os recursos web incluindo publicações
disponíveis nos sites e links relacionados:
 http://www.thegovlab.org/
 http://www.govlab.elogroup.com.br/
 http://www.inovativabrasil.com.br/
 https://www.innovationpolicyplatform.org/
 https://www.oecd.org/governance/observatory-public-sector-innovation/
 https://capitalfactory.com/
 http://mind-lab.dk/en/
 http://brickstarter.org/an-introduction-to-brickstarter/
 http://openideo.com/
 http://www.plataformaitec.com.br/
 http://www.knowledgesocieties.org/
 http://www.labp3.net/e-learning/
 https://www.catarse.me/
 https://www.broota.com.br/
 http://ic2.utexas.edu/ e https://www.mccombs.utexas.edu/mstc
 https://realtimecases.com/
 http://www.ambiencia.com/
 https://moodle.com/
 https://br.wordpress.com/
 https://www.phacility.com/
 https://www.youtube.com/watch?v=GpJ36KzHJG4
 https://en.wikipedia.org/wiki/Digital_ecosystem#cite_note-9
31
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/1998/06/16/acm-inaugura-
amanha-laboratorio-vivo-do-legislativo
 http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/132509/construcao-de-um-modelo-para-
a-comunicacao-de-resultados-de-articulacao-gestao-e-operacao-de-
agente/
 http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/2399/M%C3%B3dulo_1_E
PING.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Publicações que detalham as plataformas de maneira mais técnica:
Baldwin, C.Y.; Woodard, C.J. (2008) The Architecture of Platforms: A Unified View.
Disponivel em: < http://www.hbs.edu/faculty/Publication%20Files/09-
034_149607b7-2b95-4316-b4b6-1df66dd34e83.pdf>
Boley, H., Chang, E. (2007). Digital ecosystems: principles and semantics. In
Digital EcoSystems and Technologies Conference, 2007. DEST '07. Inaugural
IEEE-IES Proceedings, p. 398-403. doi: 10.1109/DEST.2007.372005.
Chillakanti, P.; Gattaz, C.C. A SaaS Framework for Transdisciplinary Collaboration.
In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC),
2016, Laguna Hills. 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic
Computing (ICSC), 2016. p. 437.
Gattaz, C.C. (2001). Brincando de Processo: Um método de capacitação na
metodologia de processo. 195pgs. Disponível no site <
http://www.academia.edu/27383804/Brincando_de_Processo_Um_m%C3%A9tod
o_de_capacita%C3%A7%C3%A3o_na_metodologia_de_processo>
Gattaz, C.C.; Cruvinel, P.E. (2015). Developing a Communication Platform for
Sharing R&D Results: An Experience in a Business Complex Network for the
Control of Agricultural Pests. In: V Encontro de Administração da Informação,
2015, Brasília. Anais do V Encontro de Administração da Informação. Curitiba:
ANPAD.
Gattaz, C.C.; Cruvinel, P.E.; Bernardes, R.C. Leveraging Digital Knowledge
Ecosystem Framework Implementation Case Study: Aligning Knowledge
Management and Innovation Goals for Agricultural Aerial Pest Control. In: 2016
32
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016,
Laguna Hills. p. 417.
Gattaz Sobrinho, F. (2001). Processo: A Máquina Contextual nos Negócios.
402pgs.
Gattaz Sobrinho, F. (1999). Complexity measures for process evolution. Journal of
Systems Integration, v. 9, n. 2, p. 141-165. doi: 10.1023/A:1008470510343
Gattaz Sobrinho, F., Gattaz, C.C., Pacheco, O.I.P. (2011). A value based business
process management network model. Journal of Integrated Design and Process
Science, v. 15, n. 4, p. 85-94.
Gattaz Sobrinho, F., Gattaz, C.C., Pacheco, O.I.P. (2011).Complexity measures for
network process evolution. Journal of Integrated Design and Process Science, v.
15, n. 4, p. 95-115.
Gattaz Sobrinho, F.; Gattaz, C.C.; Pacheco, O.; Viana, Q.S. A Value Semantics
Framework for Business Process Network Management. In: 2016 IEEE Tenth
International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills.
2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016.
p. 410.
Gattaz Sobrinho, F.; Gattaz, C.C.; Goncalves, C. M.; Ferrao, A. M. A. A Needs
Engineering Methodology for Identification and Modeling Process Semantics for
Cooperation Networks. In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic
Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. p. 404.
Gattaz, C.C., Amato Neto, J, Gattaz Sobrinho, F., Boland, M., Bangalore, R.
(2012). Critical factors to explicit required knowledge to manage the virtual
innovation society network. Journal of Integrated Design & Process Science, v. 15,
p. 85-94.
International Association of Crime Analysts (IACA). (2014). Information Sharing
Platforms. Standards, Methods, & Technology (SMT) Committee White Paper
2014-01. Disponível em: <
http://www.iaca.net/Publications/Whitepapers/iacawp_2014_01_info_sharing_platf
orms.pdf>
Jolly, V.K. (1997). Commercializing New Technologies. Harvard Business School
Press. pgs. 410
33
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
Khebbal, S.; Sharpington, C. (2012) Rapid Application Generation of Business and
Finance Software. Springer Science & Business Media. 212p.
Knutilla, A., Schlenoff, C., Ray, S., Polyak, S. T., Tate, A., Cheah, S. C., &
Anderson, R. C. (1998). Process specification language: An analysis of existing
representations. National Institute of Standards and Technology (NIST),
Gaithersburg (MD), NISTIT, 6160.
Mendes-Da-Silva, W.; Rossoni, L.; Conte, B. S.; Gattaz, C. C.; & Francisco, E. R.
The impacts of fundraising periods and geographic distance on financing music
production via crowdfunding in Brazil. Journal of Cultural Economics, v. 2016, p. 1-
25, 2015.
Nachira, F.; Nicolai, A.; Dini, P.; Le Louarn, M.; Leon, L.R. Digital Business
Ecosystems. European Commission Information Society and Media, 2008.
Disponível em: http://www.digital-ecosystems.org/book/Section0.pdf
Sheu, P.; Yu, H.; Ramamoorthy, C.V.; Joshi, A.K. Zadeh, L.A. Semantic
Computing. IEEE Press, 2010.
UNESCO. (2015). Results‐Based Programming, Management, Monitoring and
Reporting (RBM) approach as applied at UNESCO: Guiding Principles. Disponível
em: < http://unesdoc.unesco.org/images/0017/001775/177568E.pdf>
7. GLOSSÁRIO
Esta seção apresenta os conceitos de determinadas expressões utilizadas neste
relatório para uma melhor compreensão de linguagem, tendo como referências
conceitos estabelecidos por instituições internacionais como National Institute of
Standards and Technology (NIST) e International Association of Crime Analysts
(IACA) e pesquisadores atuantes tais como Carliss Y. Baldwin e C. Jason
Woodard da Harvard University.
1. Plataforma Digital: é uma arquitetura web caracterizada pelos seguintes
aspectos:
34
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL
 uma superfície de nível elevado em que as pessoas ou as coisas podem
estar sobre, geralmente uma estrutura discreta destinado a uma atividade
ou operação particular (Oxford English Dictionary – OED)
 um design, um conceito, uma ideia; (algo servindo para) um padrão ou um
modelo (OED)
 a reutilização ou compartilhamento de elementos comuns por meio de
produtos complexos ou sistemas de produção.
 um conjunto de componentes, módulos ou partes comuns pelo qual um
fluxo de produtos derivativos podem ser criados e disseminados
eficientemente.
 uma coleção de ativos que são compartilhados por um conjunto de
produtos, onde ativos podem incluir componentes, processos,
conhecimento e pessoas.
 um conjunto de componentes padrão em torno do qual compradores e
vendedores coordenam esforços.
 um sistema computacional centralizado (rede de computadores) que
permite que os usuários autenticados (dentro de uma organização ou
externamente) para coletar, gerenciar, compartilhar e descobrir conjuntos
de dados estruturados e não estruturados a partir de uma variedade de
fontes (ambiente).
2. Portal: é um site na internet que serve como ponto de acesso direto a um
conjunto de serviços e informações. Esse site é também um ponto de acesso
para uma série de outros sites ou subsites internamente ou externamente ao
domínio ou subdomínio da instituição gestora do portal.
3. Comunidade de Prática: é um grupo de pessoas que se unem em torno de um
mesmo tópico ou interesse.
35
PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL

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Estratégias para gestão de plataformas digitais para a rede de inovação no setor público

  • 1. 1 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL RELATÓRIO ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE PLATAFORMAS DIGITAIS PARA A REDE DE INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO
  • 2. 2 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL CONTATOS Direção Nacional do Projeto + 55 61 2020.8527/1823/1704/8559 dialogos.setoriais@planejamento.gov.br www.dialogossetoriais.org Cristiane Chaves Gattaz Perita Senior Local Contratada e Autora da Relatório cristiane.gattaz@gmail.com http://lattes.cnpq.br/0108508146378829 Dezembro de 2016
  • 3. 3 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO................................................................................4 1.1. BRASIL-EUROPA EM INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO.........6 1.2. DESAFIOS......................................................................................7 1.3. OBJETIVOS E METODOLOGIA ...................................................8 2. ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE UMA PLATAFORMA DIGITAL DE INOVAÇÃO........ .......................................................9 2.1. COMPONENTES E FUNCIONALIDADES DA PLATAFORMA DIGITAL............. ...........................................................................10 2.2. CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL............................16 2.3. BASES TECNOLÓGICAS PARA A PLATAFORMA DIGITAL.......................................................................................16 2.4. PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL........................................................................................24 3. RESULTADOS E CONCLUSÕES .............................................27 4. PRÓXIMOS PASSOS ................................................................28 5. AGRADECIMENTOS .................................................................29 6. REFERÊNCIAS ..........................................................................30 7. GLOSSÁRIO.................................................................................33
  • 4. 4 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL 1. INTRODUÇÃO Este relatório propõe uma estratégia para a gestão de uma plataforma digital de inovação que permita o compartilhamento e comunicação efetiva de múltiplos atores na articulação, gestão e operação na Rede de Inovação no Setor Público de maneira estruturada e sistêmica. Esta estratégia é neutra e unificadora de informações que permitam o aperfeiçoamento de plataformas digitais tendo como referência plataformas mais representativas e de interesse no Brasil e na União Européia. Ela também fornece uma base objetiva sob a qual se possa desenvolver uma plataforma digital abrangente e promove o aproveitamento das iniciativas existentes. Este produto apresenta recomendações considerando os resultados do estudo sobre plataformas de compartilhamento utilizadas para ativar a comunicação e interação entre pessoas interessadas em inovação do setor público, produto da Ação Brazil-Europe Exchange in public sector innovation: support and strengthening of innovation network in the public sector, no âmbito do Projeto Diálogos Setoriais EU-Brasil, de iniciativa do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP). O histórico da iniciativa do MP associada a Ação sobre Inovação do Setor Público no contexto da 8ª Chamada para o Apoio ao Projeto Diálogos Setoriais EU-Brasil e os principais desafios, descritos nas duas próximas sub-seções deste relatório “Brasil-Europa em Inovação no Setor Público” e “Desafios”, representam a motivação e o propósito deste produto. Estas recomendações são caracterizadas sob quatro aspectos descritos na segunda seção deste relatório: i) Descrição da plataforma digital indicando componentes e funcionalidades que precisam ter para o alcance dos seus objetivos; ii) Aproveitamento e expansão de uma plataforma já existente (legado), pela sua relevância, e que “converse” com as plataformas existentes; iii) Indicação da base tecnológica mais apropriada para a plataforma e seus componentes, conforme as orientações seguidas pelo Governo Federal, além de indicação de durabilidade, custos de manutenção, adaptabilidade, grau de uso tecnológico em médio e longo prazo; iv) Plano de implementação da plataforma em etapas considerando a essencialidade de cada componente para o alcance dos objetivos incluindo a etapa de manutenção subsequente. Para tanto, foram realizadas três etapas descritas na sub-seção “Objetivos e Metodologia”: i) Levantamento de requisitos; ii) Validação dos requisitos; iii) Apresentação da estratégia. Estas etapas foram possibilitadas pela interação com pesquisadores, profissionais e autoridades que representam significativamente as competências na área, em âmbitos nacional e internacional, que contribuíram de maneira voluntária, representando as seguintes instituições da academia, do mercado e do governo, apresentados na quinta seção deste relatório: Wenovate,
  • 5. 5 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL ELO Group, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, Senado Federal, Society for Design and Process Science – SDPS, Universidade de São Paulo de São Carlos – USP, IC2 Institute at University of Texas at Austin – UT, Embrapa Instrumentação, University of California at Irvine – UC Irvine e o Observatório da Inovação Financeira da Fundação Getulio Vargas em São Paulo. O reconhecimento é também estendido aos membros organizadores, palestrantes e participantes dos encontros “Redes de Inovação” e “Seminário Internacional de Governança, Inovação e Desenvolvimento e II Semana de Inovação em Gestão Pública”, realizados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – MP e Escola Nacional de Administração Pública – ENAP. Estas interações utilizaram de estudos que suportam o aparato conceitual que caracteriza este relatório apresentados na seção de “Referências”, incluindo os estudos apoiados financeiramente pela Fundação de Amparo Á Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e pela Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –CAPES, apresentados na quinta seção deste relatório. Os resultados alcançados, descritos na terceira seção deste relatório, revelam o que há de comum e de diferente entre as plataformas digitais e suas respectivas estratégias de gestão, tendo o cuidado com a compreensão das especificidades do funcionamento de cada serviço oferecido nas plataformas. As abordagens gerais apresentadas na estratégia são mais amplamente aplicáveis e flexíveis, mas requerem a construção de elementos adicionais, especializados para capturar alguns dos requisitos específicos. Em geral, esta estratégia inclui propriedades de auto-gestão, de inovação aberta, de auto-organização dos grupos institucionalmente conectados e a adaptação de ferramentas para a colaboração que podem contribuir com a competitividade. Além disso, esta proposta orienta o aperfeiçoamento da plataforma digital tanto sob a ótica do usuário como também do gestor da plataforma. Concomitantemente, no âmbito da iniciativa do MP, este relatório sugere, na sub- seção 2.2, a expansão de uma Rede de Inovação que o MP vem articulando, a “Rede InovaGov”, para uma plataforma digital incluindo os quatro aspectos descritos na segunda seção deste relatório. A relevância desta proposta pode ser medida por seus benefícios tecnológicos, apresentados na sub-seção 2.3 deste relatório, de capturar a dinâmica de compartilhamento, o processamento e propagação de informações na Rede de Inovação, permitindo a cooperação entre organizações, medindo ações de inteligência coletiva e aprendizagem, bem como promovendo a sobrevivência tal como regras mínimas de interação, autonomia individual, flexibilidade da demanda da estrutura da rede e manutenção zero. Tal arranjo demonstra a permissão de métodos não-lineares substituindo tentativas de objetividade, de pensamento e controle linear, e o desenho de riscos no sistema de computação social. As conclusões deste relatório mostram nas seções 3 e 4 a oportunidade de aplicar esta estratégia em outras Redes de Inovação sendo articuladas em outros órgãos
  • 6. 6 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL do setor público para a inovação, em âmbito nacional e internacional, e de observar o desafio associado aos indicadores gerenciais para o futuro comando e controle das operações existentes na Rede de Inovação e da gestão do conhecimento para pesquisa futura. 1.1. BRASIL-EUROPA EM INOVAÇÃO NO SETOR PÚBLICO O Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) vem implementando no Brasil projetos para estimular a inovação de maneira estruturada e sistêmica na Administração Pública. O diálogo com a Europa nesta questão inicializou com projetos focados em um programa de inovação e na criação de um Laboratório de Inovação, que vem apresentando resultados a partir de um convênio estabelecido em Março de 2016 com o governo da Dinamarca. Este convênio tem como objetivo desenvolver iniciativas para aumentar a eficiência e a transparência do serviço público. No contexto da 8ª Chamada para o Apoio ao Projeto Diálogos Setoriais EU-Brasil, a ação Brazil-Europe Exchange in public sector innovation: support and strengthening of innovation network in the public sector foi aprovada. Essa ação é coordenada pelo Ministério, em parceria com a Diretoria Geral para Redes de Comunicações, Conteúdo e Tecnologia na Europa. Desde Dezembro de 2015, diversos encontros (eventos e cursos) foram realizados como primeira fase desta ação envolvendo formadores de opinião de governo ligados ao ecossistema de startup de diversos países como Canadá, Dinamarca, Reino Unido, Estonia, França, Chile, Austrália, Estados Unidos, África do Sul e Suíca, para promover e ativar redes, cultura de inovação, discussão de idéias e desafios, possibilidades de parcerias futuras, empreendedorismo, em assuntos de interesse público e administração pública. Como resultado, o Ministério vem mobilizando a articulação de uma Rede de Inovação, (e.g. Rede InovaGov), vinculada ao setor público brasileiro para integrar e estimular arranjos para inovação neste segmento por meio da conexão entre múltiplos atores interessados no tema, oferecendo aos mesmos a possibilidade de interação, colaboração e aprendizagem por meio de suas experiências e encontrar soluções para compartilhar problemas e soluções. Para consolidar a Rede bem como um ecossistema favorável à inovação, os participantes da Rede pretendem colaborar na implementação e na gestão de uma plataforma digital que tem como objetivo oferecer serviços que auxiliem os membros da Rede bem como outras instituições públicas interessadas no tema, na compreensao de necessidades e demandas reais, na construção de problemas, na proposicao de idéias e de soluções (projetos, produtos/serviços e negócios) e na proposição de melhorias incrementais e/ou desruptivas nos serviços públicos, incluindo o registro de experiências bem sucedidas, co-criação de soluções e compartilhamento de resultados, envolvendo a indústria, academia, governo e sociedade em sua diversidade. Para isso, espera-se que tal plataforma
  • 7. 7 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL digital integre atributos que permitam a inovação aberta, participação social, consulta pública, relacionamento e engajamento focando na promoção de valores aos cidadãos por meio de melhor entrega de serviços públicos bem como um conjunto de desafios buscando gerar idéias e explorar inovações direcionadas ao setor público. Além disso, espera-se que essa plataforma seja gerenciada para a sustentação de tal iniciativa. Para o alcance desse propósito, esse relatório propõe uma estratégia para a gestão de uma plataforma digital de inovação de maneira estruturada e sistêmica. 1.2. DESAFIOS Neste contexto, vale destacar os seguintes principais desafios sintetizados pelo MP a serem considerados na proposição da estratégia para a gestão de uma plataforma digital de inovação de maneira estruturada e sistêmica:  Reduzir o desnivelamento entre órgãos e setores em termos de inovação (Governamental; Privado; Acadêmico; Sociedade).  Reduzir a rigidez do arcabouço normativo e a resistência à inovação.  Institucionalizar a colaboração com atores dos múltiplos setores (intersetorialidade e interoperabilidade dos Ministérios).  Integrar e estimular arranjos para a interação, colaboração, cooperação e aprendizagem de múltiplos atores a partir de suas experiências, buscando soluções conjuntas para desafios e problemas, superando fronteiras organizacionais e ajudando a desenvolver uma cultura de inovação no setor público: o Intercâmbio de conhecimentos e experiências o Co-criação de idéias o Identificação de boas práticas o Inubação e gestão de projetos o Auxílio mútuo para solução de problemas o Contexto favorável à inovação o Reconhecimento das competências geradas pela rede por meio de seus produtos e serviços  O Estado atuando como agente indutor de inovação, aberto a parcerias com múltiplos atores, oferecendo estratégias e ferramentas para promover a inovação de forma estruturada e sistêmica.
  • 8. 8 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL No sentido de reduzir essas lacunas, são apresentados na próxima sub-seção as etapas realizadas e os objetivos específicos alcançados na construção da estratégia sendo proposta neste relatório. 1.3. OBJETIVOS E METODOLOGIA Para propor uma estratégia que seja candidata para a gestão de uma plataforma digital para a colaboração e cooperação dos múltiplos atores envolvidos na articulação, gestão e operação da Rede de Inovação no Setor Público Brasileiro, foi necessário realizar as 3 (três) etapas seguintes: 1. Levantamento de requisitos: a identificação e a caracterização de requisitos necessários para a gestão de uma dada plataforma digital, alinhados aos requisitos de um dado processo de inovação, considerando a estratégia para a sua gestão. Esses requisitos incluem noções de contexto, atores, objetivos, componentes, avaliação, integração, implementação, funcionamento e manutenção. 2. Validação dos requisitos: os requisitos levantados na 1ª etapa foram analisados a partir das experiências de 16 plataformas digitais de compartilhamento nacionais e internacionais, consideradas inspiradoras para ativar a comunicação e a interação entre pessoas relacionadas à inovação no setor público. Essa análise considerou a compreensão dos serviços e respectivas aplicações dessas plataformas (e.g. canais de comunicação, co- criação para o desenvolvimento de soluções de inovação, laboratórios de inovação, observatórios para experiências em inovação, financiamento de projetos, coleta e proposição de soluções, capacitações/treinamentos, soluções aprovadas – abertas ou fechadas), suas bases tecnológicas e seus processos de implementação, que foram testadas por agências governamentais e que foram significativamente contributivas na gestão da inovação em serviços públicos. 3. Apresentação da estratégia: a descrição de uma estratégia considerando os requisitos levantados e validados pelas experiências analisadas para o MP e a Rede de Inovação no Setor Público Brasileiro que contribua para a gestão de uma plataforma digital para a colaboração e cooperação dos múltiplos atores envolvidos na articulação, gestão e operação da Rede de Inovação no Setor Público Brasileiro no alcance de seus objetivos. Observa-se nesta descrição a consideração de 4 aspectos apresentados na seção seguinte que caracterizam a estratégia de gestão desta plataforma digital. Durante cada etapa, foi realizado um conjunto de interações com comunidades de interesse e continuará sendo em eventos, colaborações formais e informais, uso ativo de ferramentas virtuais para pesquisa e desenvolvimento colaborativos e participação em reuniões. Tais interações asseguram tanto feedback quanto o
  • 9. 9 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL comprometimento na caracterização enquanto evolui. Essa colaboração externa é chave para garantir que a análise seja completa e robusta. Os resultados destas etapas são detalhados nas próximas seções deste relatório. 2. ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE UMA PLATAFORMA DIGITAL DE INOVAÇÃO A estratégia para a gestão de uma dada plataforma digital de inovação é caracterizada pelos seguintes 4 aspectos: 1. Descrição da plataforma digital indicando componentes e funcionalidades que precisam ter para o alcance dos seus objetivos. 2. Aproveitamento e expansão de uma plataforma já existente (legado), pela sua relevância, e que “converse” com as plataformas existentes. 3. Indicação da base tecnológica mais apropriada para a plataforma e seus componentes, conforme as orientações seguidas pelo Governo Federal, além de indicação de: i) durabilidade; ii) custos de manutenção; iii) adaptabilidade; iv) grau de uso tecnológico em médio e longo prazo. 4. Plano de implementação da plataforma em etapas considerando a essencialidade de cada componente para o alcance dos objetivos incluindo a etapa de manutenção subsequente. Estes aspectos foram considerados essenciais, mais básicos, inerentes a todas as plataformas digitais e suas estratégias de gestão. Para representar a estratégia, a consideração destes aspectos torna-se crítica ou estes aspectos são tão comuns que toda estratégia utiliza-os de maneira explícita ou implícita. Enquanto todas as estratégias contêm os aspectos essenciais, as exigências principais fornecem a base para representar somente os requisitos mais simples de gestão de plataformas digitais, por exemplo, ator, ecossistema, processo, legado, recurso, transição, referência, networking, e resultado. Estes requisitos e aspectos de caracterização das estratégias forneceram os elementos para propor a estratégia de gestão neste relatório.
  • 10. 10 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL 2.1. COMPONENTES E FUNCIONALIDADES DA PLATAFORMA DIGITAL Para consolidar a Rede de Inovação bem como um ecossistema favorável à inovação no setor público, considerando os desafios apresentados na seção anterior, são propostos nessa seção 5 (cinco) componentes com suas respectivas funcionalidades, os quais devem ser refletidos em uma determinada plataforma digital: 1. Observatório: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades para identificar e apresentar necessidades e demandas reais a partir de suas experiências para a construção de problemas, a construção de novos serviços públicos (soluções) e melhoria dos serviços públicos existentes, e relevantes na gestão pública. Em casos que o acesso às necessidades e demandas reais, problemas, idéias, soluções e melhorias para novos serviços públicos e para o aperfeiçoamento dos serviços públicos existentes, seja restrito, o acesso será fechado a um grupo específico de usuários. Para isso, esse portal disponibiliza um espaço virtual para:  Divulgação e inscrição de encontros (e.g. workshops, cursos, webinars) para discussão de assuntos estratégicos e emergentes e criação de uma agenda de inovação (necessidades e demandas reais) para o setor público brasileiro, considerando momentos de co-criação para a compreensão de problemas e ideias, soluções e melhorias incrementais e/ou desruptivas para a inovação nos serviços públicos.  Divulgação das necessidades e demandas reais encontradas, considerando tendências globais, para inovação na interação setor público/cidadão/privado/academia do Brasil e do mundo.  Divulgação de problemas e idéias que refletem essas necessidades e demandas reais.  Divulgação de soluções (projetos, produtos/serviços e negócios) que refletem a possibilidade de alcançar os resultados esperados na interação setor público/cidadão/privado/academia.  Divulgação de melhorias incrementais e/ou desruptivas que vêm sendo aplicados ou considerados a partir das experiências dos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades.
  • 11. 11 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Utilização de recursos de informação e comunicação tais como blog, newsletter, toolkit1 e redes sociais bem como mecanismos audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na divulgação dos itens anteriores. 2. Comunidades de Prática: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades para identificar e apresentar comunidades de interesse comum que propõem problemas, idéias, soluções e melhorias para novos serviços públicos e para o aperfeiçoamento dos serviços públicos existentes, relevantes na gestão pública. É importante ressaltar que em casos que o acesso aos problemas, idéias, soluções e melhorias para novos serviços públicos e para o aperfeiçoamento dos serviços públicos existentes apresentados em uma comunidade de interesse, seja restrito, esta comunidade seja um grupo fechado para membros que não poderão ter acesso aos conteúdos. Para isso, esse portal disponibiliza um espaço virtual para:  Divulgação e inscrição de encontros (e.g. workshops, cursos, webinars), ações, projetos estratégicos e emergentes, comunidades de interesse comum existentes e também promovidos pelos atores parceiros e membros da Rede de Inovação, que apresentam problemas, idéias, soluções e melhorias para novos serviços públicos e para a melhoria dos serviços públicos existentes, relevantes na agenda de inovação da gestão pública (e em conformidade com as necessidades e demandas reais apresentadas no componente “Observatório”) para o setor público brasileiro.  Divulgação de momentos de co-criação para a proposição de problemas e ideias, soluções e melhorias incrementais e/ou desruptivas para a inovação nos serviços públicos.  Divulgação dos problemas, idéias, soluções e melhorias encontrados e que serão considerados para alcançar as necessidades e demandas reais divulgadas, a partir das experiências dos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades e considerando tendências globais, para inovação na interação setor público/cidadão/privado/academia do Brasil e do mundo.  Divulgação de experiências existentes e sendo propostas pelos atores da Rede de Inovação para a incubação, triagem e prototipagem de problemas e ideias, soluções e melhorias 1. 1 A expressão toolkit significa um conjunto de widgets, elementos básicos de uma interface gráfica do usuário (GUI), o que inclui janelas, botões, menus, ícones, barras de rolagem, etc. Normalmente são implementados como uma biblioteca de rotinas ou uma plataforma para aplicativos que auxiliam numa tarefa. Exemplos de toolkit podem ser encontrados em soluções tais como Wordpress Toolkit, Moodle Toolkit, Google Web Toolkit, ente outros.
  • 12. 12 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL inovadoras pela integração de laboratórios de inovação internos e externos ao setor público para alcançar as necessidades e demandas reais divulgadas, a partir das experiências dos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades.  Utilização de recursos de informação e comunicação tais como blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na divulgação dos itens anteriores. 3. Educação: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades para conhecerem e participarem de cursos de capacitação no processo de inovação1 para geração de conhecimento em todas as fases de inovação no serviço público, conhecerem experiências reais e respectivos resultados alcançados tendo como referência metodologias de inovação sendo praticados no mercado e em órgãos públicos. Para cursos de capacitação privados, o acesso é fechado (restrito aos participantes do curso). Para isso, esse portal disponibiliza um espaço virtual para:  Divulgação de oportunidades de capacitação em níveis técnicos e de pós-graduação na teoria de inovação e métodos aplicados à administração pública de maneira virtual2 .  A coleta, descrição e disseminação (compartilhamento) do aprendizado de experiências reais que possibilitem provocar mudanças culturais e permitir a adaptação de resultados que tiveram sucesso em contextos de outras instituições.  Divulgação do desenvolvimento e resultados de pesquisas e estudos de caso no setor público.  Utilização de recursos de informação e comunicação tais como blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na divulgação dos itens anteriores. 4. Financiamento: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades para conhecer os mecanismos de financiamento para a construção de problemas, a construção de novos serviços públicos (soluções) e melhoria dos serviços públicos existentes, e relevantes na gestão pública, considerando cada fase de inovação. Para isso, esse portal disponibiliza um espaço virtual para: 1. 1 Os conceitos que descrevem o processo de inovação considerado referência internacional estão apresentados no livro clássico de Vijay K. Jolly de 1997 entitulado Commercializing New Technologies: getting from mind to Market. 2 Para este serviço, tem-se como iniciativa pioneira o programa de aprendizagem do IC2 Institute. Este programa foi o 1º programa de inovação no mundo criado em 1996 nos EUA pelo principal líder da área chamado George Kozmetsky.
  • 13. 13 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Divulgação de informação sobre recursos disponíveis e divulgação e inscrição em encontros e atividades presenciais (e.g. workshops, cursos) e virtuais (e.g. webinars) promovidos pelos atores parceiros e membros da Rede de Inovação (cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, e universidades) para a discussão sobre organizações potenciais ou estabelecimento de fundos e parcerias específicas para financiar projetos que apoiam na compreensão e proposição de problemas e ideias, soluções e melhorias em âmbitos nacional e internacional, incluindo o mecanismo de financiamento sem a participação de instituições financeiras intermediárias conhecido como crowdfunding1 .  Utilização de recursos de informação e comunicação tais como blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na divulgação do item anterior. 5. Soluções: é um portal que permite o acesso aberto aos cidadãos, comunidades, órgãos públicos, empresas privadas, centros de pesquisa e universidades para conhecer os novos serviços públicos e melhoria dos serviços públicos existentes, e relevantes na gestão pública, considerando cada fase de inovação. Para isso, esse portal disponibiliza um espaço virtual para:  Coleta e disseminação de soluções aprovadas que foram testadas por agências governamentais e que foram significativamente contributivas na geração de novos serviços públicos e melhoria dos serviços públicos existentes.  Utilização de recursos de informação e comunicação tais como blog, newsletter, toolkit e redes sociais bem como mecanismos audiovisuais de compartilhamento para interações ativas na divulgação do item anterior. Esses componentes apresentam-se em conformidade com práticas, nacionais e internacionais, observadas em plataformas digitais (adiante listadas) que vem inspirando a inovação no setor público mundial. Com o apoio de informações públicas encontradas em fontes secundárias (website, notícias, etc.) e primárias (usuários, experts e co-fundadores das plataformas e estratégias de gestão), estes componentes foram identificados considerando a sua relevância para a formação e gestão de plataformas digitais para redes de inovação caracterizadas pelos seguintes aspectos no contexto do processo de inovação sendo adotado neste relatório: 1. 1 Maiores detalhes sobre o conceito de crowdfunding podem ser encontrados em Mendes-da-silva, W.; Rossoni, L.; Conte, B. S.; Gattaz, C. C.; Francisco, E. R. (2016). The impacts of fundraising periods and geographic distance on financing music production via crowdfunding in Brazil. Journal of Cultural Economics, 1-25.
  • 14. 14 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Promover e ativar redes em assuntos de interesse público e privado, administração pública, acadêmicos e de mercado, envolvendo a indústria, academia, governo e sociedade em sua diversidade.  Construir uma cultura de inovação por meio de interações, conexões, capacitações e soluções colaborativas em meios virtuais.  Intra e interempreendedorismo e intersetorialidade no setor público envolvendo a indústria, academia, governo e sociedade em sua diversidade.  Inspirar, dar suporte e conectar atores da Rede por meio de necessidades, problemas, idéias, eventos, educação, processos, projetos, soluções colaborativas, e negócios envolvendo a indústria, academia, governo e sociedade em sua diversidade.  Implantar um sistema de gestão da inovação.  Grau de internacionalização e formas de internacionalização emergente.  Interface com a realidade brasileira. Ainda que existam e apareçam continuamente iniciativas que apresentem estes 5 componentes, este relatório sugere utilizar como referências a tendência tecnológica de informação e comunicação para 2025, conceitos apresentados no guia de implantação de laboratórios de inovação social, a arquitetura de ecossistemas digitais, o conceito metodológico de inovação e implantação das suas etapas (Jolly, 1997), a 1ª experiência nacional e pioneira no mundo do Senado Federal (o Laboratório Vivo do Legislativo do Senado Federal inaugurado no Brasil em 1998), e as seguintes iniciativas que apresentam grande parte dos 5 componentes de maneira mais completa, robusta e inovadora. 1 2 3 4 5 1. 1 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.thegovlab.org/. 2 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.govlab.elogroup.com.br/. 3 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.inovativabrasil.com.br/. 4 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.innovationpolicyplatform.org/. 5 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.oecd.org/governance/observatory- public-sector-innovation/.
  • 15. 15 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1. 1 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://capitalfactory.com/ 2 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://mind-lab.dk/en/ 3 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://brickstarter.org/an-introduction-to- brickstarter/ 4 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://openideo.com/ 5 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.plataformaitec.com.br/ 6 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.knowledgesocieties.org/ 7 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site http://www.labp3.net/e-learning/ 8 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.catarse.me/ 9 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://www.broota.com.br/ 10 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados nos sites http://ic2.utexas.edu/ e https://www.mccombs.utexas.edu/mstc 11 Maiores detalhes sobre essa iniciativa podem ser encontrados no site https://realtimecases.com/
  • 16. 16 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL 2.2. CONSTRUÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL Tomando por base estes componentes e estas iniciativas e feedback dos desenvolvedores e gestores das plataformas, este trabalho recomenda, como resposta ao 2º aspecto da estratégia de gestão, a expansão da Rede de Inovação “Rede InovaGov” para uma plataforma digital. É fundamental que essa plataforma digital seja uma plataforma-de-plataformas, ou seja, uma plataforma-mãe (plataforma central) que “converse” com plataformas digitais existentes nos órgãos públicos, nas empresas privadas e nas universidades, incluindo as plataformas apresentadas na seção anterior. Essa “conversa” deve ser estabelecida a partir do interesse de outros atores em serem parceiros nos componentes da plataforma central. Por exemplo, a plataforma central “conversa” com a plataforma digital da Fábrica de Idéias da ANVISA por meio do componente “Observatório”. Além disso, para que essa “conversa” seja estabelecida, o sistema da plataforma digital deve ser multiplataforma. Isto significa que o sistema da plataforma digital pode ser executado em plataformas digitais de outras instituições. Ainda que as plataformas digitais apresentadas na seção anterior apresentem diversas maneiras pelas quais os 5 componentes recomendados neste relatório possam ser implementados, nenhuma destas plataformas contempla os 5 (cinco) componentes sugeridos na seção 2.1. deste trabalho, alinhados aos contextos do processo de inovação e ao objetivo da Rede de Inovação sendo articulado no Governo Federal do Brasil. Assim, a expansão da Rede InovaGov para uma plataforma digital requer a utilização de algumas bases tecnológicas apresentadas a seguir. 2.3. BASES TECNOLÓGICAS PARA A PLATAFORMA DIGITAL Em resposta ao 3º aspecto da estratégia de gestão apresentado na seção 2 deste relatório, a arquitetura mais apropriada para implementar os 5 (cinco) componentes recomendados neste relatório da plataforma digital de inovação é um ambiente que reúne Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) que permite a interação entre múltiplos atores, formalmente integrada em uma plataforma digital única, que explicita claramente a contribuição para a dinâmica de cooperação, de compartilhamento (criando uma sensação de grupo - comunidade de interesse), ação coletiva, sincronismo, falhas e aprendizagem no processo de inovação da Rede.
  • 17. 17 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL Este ambiente consiste de uma arquitetura orientada a serviços (SOA1 ), de um ambiente de desenvolvimento multiplataforma com ferramentas de edição, ferramentas de construção de interfaces e classes runtime agrupados em um ambiente, e uma ferramenta para resolver problemas de interoperabilidade2 e a missão crítica entre plataformas e sistemas operacionais diferentes. Com um único código desenvolvido, torna-se possível fazer o port para diversas plataformas, restando mais tempo para resolver os processos de prestação dos serviços da plataforma digital. Sob a ótica de quem implementa a plataforma digital, este relatório indica abaixo as seguintes 8 (oito) bases tecnológicas e respectivos componentes, apresentados com indicações de durabilidade3 , custos de manutenção4 , adapatabilidade5 , grau de uso tecnológico em médio e longo prazo6 . 1. Ambiente de desenvolvimento de aplicação: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Desenvolvimento de recursos para o particionamento de aplicações e para a criação de dicionários multi-linguas, independente do código do aplicativo.  Desenvolvimento de interface utilizável para pessoas de negócios de inovação, que permite o gerenciamento de geometria visual e distribuição harmônica dos elementos, independente do código do aplicativo.  Desenvolvimento de aplicações distribuídas por cada elemento do processo de negócio da inovação.  Desenvolvimento trans-plataforma.  Multiplataforma que dispõe de bibliotecas de protocolos de sistema operacional, como gerenciamento de memória, exclusões mútuas e as condições, instruções de rastreamento, gestão de processos operacionais, entre outros. Este relatório sugere que esta base tecnológica ofereça as seguintes contribuições quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adaptabilidade e grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:  Não possuir tempo e custo de manutenção do sistema de interface e sem alterar a semântica do código. 1. 1 Uma arquitetura estruturada por um barramento de serviços que disponibiliza interfaces e que facilita encontrar, definir e gerenciar os serviços disponibilizados. Maiores detalhes podem ser encontrados no site https://pt.wikipedia.org/wiki/Service-oriented_architecture e no livro Sheu, P.; Yu, H.; Ramamoorthy, C.V.; Joshi, A.K. Zadeh, L.A. Semantic Computing. IEEE Press, 2010. 2 Uma maior integração entre gestão, sociedade civil e comunidade, interação que se julga essencial à implantação e consolidação da governança pública. Maiores detalhes sobre Interoperabilidade podem ser encontrados no relatório do Enap no seguinte link: http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/2399/M%C3%B3dulo_1_EPING.pdf?sequence=1&isAllowed=y 3 A depreciação tecnológica, rapidez na atualização e de baixo custo. 4 Custo alocado à manutenção da operação tecnológica existente. 5 A capacidade de adaptação a mudança de requisitos. 6 A capacidade de aproveitamento da tecnologia em diversos contextos.
  • 18. 18 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Redução de pelo menos 30% do esforço ativo de desenvolvimento de aplicações distribuídas usando serviços de distribuição built-in.  Não possuir desenvolvimento de recursos com custo e tempo de manutenção para apresentar conteúdo em vários idiomas. Exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições públicas brasileiras e que oferecem essa base tecnológica são P3Tech e Galaxy1 . 2. Ambiente de gestão de configuração: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Simplifica o gerenciamento de alterações em componentes do sistema, fornecendo a versão de componentes e o compartilhamento dos componentes entre os desenvolvedores.  Estabelece e mantém a integridade dos componentes (requisitos, design ou código fonte) permitindo a sua identificação, controle, verificação de status e auditorias. Exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições públicas brasileiras e que oferecem essa base tecnológica são P3Tech, Galaxy, Proto2 , Phabricator + (Hg ou Git)3 . 3. Ambiente de análise de requisitos: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Desenvolvimento de análise e síntese de requisitos que devem ser contemplados pelo negócio.  Validação dos requisitos de negócio de inovação, para posterior implementação de sistemas de informação e;  Resolução das inconsistências entre os requisitos. Este relatório sugere que as bases tecnológicas de análise de requisitos ofereçam as seguintes contribuições quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adaptabilidade e grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:  Permita a modelagem, planejamento, rastreamento, controle e gerenciamento dos requisitos de negócio de inovação, sistema e desenvolvimento (operação, gerenciamento ou infra-estrutura), 1. 1 As soluções P3Tech e Galaxy são reconhecidas e certificadas mundialmente como sendo únicas no mercado que não somente integra essas bases tecnológicas apresentadas como também apresenta os melhores resultados quanto às contribuições relacionadas à interoperabilidade, durabilidade, custo de manutenção, adaptabilidade e grau de uso tecnológico no médio e longo prazo. Maiores detalhes sobre estas soluções podem ser encontrados nos sites www.labp3.net e www.ambiencia.com. 2 A solução Proto permite a construção do autômato do sistema o qual viabiliza a emulação do processo, além de gerar código de forma automática. O foco é direcionado em garantir a consistência do processo/autômato e não em linguagens. Maiores detalhes sobre a solução Proto podem ser encontrados no site www.ambiencia.com. 3 A solução Phabricator + (Hg ou Git) é um ambiente de controle de versão de código de projeto distribuído. Maiores detalhes sobre essa solução podem ser encontrados no site https://pt.wikipedia.org/wiki/Phabricator.
  • 19. 19 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL incorporando todas as atividades executadas durante o desenvolvimento dos sistemas de informação.  Que faça uso de linguagem gráfica e textual, integrados e intuitivo que permita modelar e simular e validar os requisitos de negócio de inovação, para posterior implementação de sistemas de informação.  Um ambiente que permite identificar e resolver as inconsistências entre os requisitos por meio das simulações de requisitos, diminuindo o esforço de implementação e o ciclo de testes da geração de sistemas de informação. Exemplo de solução que pode ser licenciado gratuitamente para instituições públicas brasileiras e que oferece essa base tecnológica é P3Tech. 4. Ambiente de qualidade do processo: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Um ambiente que ajuda na garantia de qualidade de processos de negócios de inovação. Com este ambiente é possível visualizar e acompanhar os objetivos de qualidade e processo do produto de acordo com o processo de negócio de inovação especificado.  Um ambiente que permite a geração automática dos sistemas de informação de gestão, a partir do processo de negócio de inovação especificado. Tais sistemas incorporam os itens qualitativos e quantitativos da operação e infra-estrutura de negócios. O ambiente permite que a organização realize o gerenciamento quantitativo e qualitativo de seus negócios em tempo de execução. Este relatório sugere que esta base tecnológica ofereça as seguintes contribuições quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adapatabilidade e grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:  Eliminação do risco técnico de aquisição de infra-estrutura física.  Eliminação do custo e tempo dos testes de campo.  Garantia de 100% da tomada de decisão com base em processos de negócios de inovação e dados estatísticos dentro do mesmo processo.  40% de melhoria no tempo e custo do projeto. Exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições públicas brasileiras e que oferecem essa base tecnológica são P3Tech e Galaxy. 5. Ambiente de processos: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Um ambiente tridimensional de modelagem de processos (operação, gestão e infra-estrutura), com linguagem gráfica e textual.
  • 20. 20 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Permite a organização gerar sistemas a partir da especificação do processo de negócio de inovação, proporcionando melhor adaptabilidade e flexibilidade na solução a ser desenvolvida para o usuário final.  Permite a organização identificar, planejar e executar melhorias em seu processo de negócios. Exemplo de solução que pode ser licenciado gratuitamente para instituições públicas brasileiras que oferece essa base tecnológica é P3Tech. 6. Ambiente de análise de risco: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Um ambiente que ajuda a instituição a evitar os resíduos, riscos, fila de espera, através de simulações e emulações dos processos de negócios de inovação, aumentando a produtividade e diminuindo os riscos de mudanças.  Um ambiente que permite identificar os riscos no processo de negócio de inovação e explicitar em formato de relatórios, identificando possíveis problemas na execução do negócio e nos sistemas de informação subsequentes. Exemplo de solução que pode ser licenciado gratuitamente para instituições públicas brasileiras e que oferece essa base tecnológica é P3Tech. 7. Ambiente de capacitação: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Compartilhamento de competências organizacionais e gestão de competências. A grande característica deste ambiente é que não se baseia em uma base de conhecimento simples, baseia-se nas competências explícitas no processo organizacional.  Gera um site para a instituição de acordo com o processo de negócio de inovação especificado no Ambiente de Processo. Assim, a organização tem todo o seu processo automaticamente documentado em um servidor web. Este relatório sugere que as bases tecnológicas de processos, análise de risco e capacitação ofereçam as seguintes contribuições quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adapatabilidade e grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:  Os materiais dinâmicos (atividades) disponibilizados pelo professor/formador que permitem a interação entre o professor/formador e os alunos.  Fóruns - locais de debate, partilha de ideias e esclarecimento de dúvidas.  Gestão de conteúdos (Recursos).
  • 21. 21 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Questionários e pesquisas com diversos formatos.  Blogs  Wikis  Geração e gestão de Base de Dados.  Sondagens.  Chats - salas de conversação entre os utilizadores; podem ser utilizadas para conversação em tempo real.  Glossários  Peer assessment  Pesquisa de avaliação: o ATTLS o COLLES o Incidentes criticos  Suporte multi-idioma (mais de 75 idiomas são suportados pelo interface actual).  Suporte de Gestão através de análises de gráficos interativos online para questionários prepostos.  Um sistema de modelos, através de um processador de modelos. O usuário pode re-organizar o layout através de widgets sem precisar editar códigos PHP ou HTML; eles também podem instalar e alternar entre temas WordPress. Os códigos PHP e HTML dos temas também podem ser editados para adicionar funcionalidades personalizadas. Alguns dos recursos incluem: o Gerar XML, XHTML, e CSS em conformidade com os padrões W3C o Gerenciamento integrado de ligações o Estrutura de permalink amigável aos mecanismos de busca o Suporte extensivo a plug-ins o Categorias aninhadas e múltiplas categorias para artigos o TrackBack e Pingback o Filtros tipográficos para formatação e estilização de texto corretas o Páginas estáticas o Múltiplos autores o Suporte a tags o Pode gerenciar múltiplos blogs em subpastas ou subdomínios
  • 22. 22 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL o Importação e exportação de dados o API de desenvolvimento de plugins o Níveis, promoção e rebaixamento de usuários o Campos personalizados que permitem armazenar dados extras no banco de dados Exemplos de soluções que oferecem essa base tecnológica são Moodle, Wordpress1 , P3Tech e Galaxy. 8. Ambiente de Serviços de Processos Web: é um ambiente que tem como funcionalidades os seguintes aspectos:  Fornece a interoperabilidade do processo de negócios de inovação em diferentes ou mesmas organizações e infra-estruturas.  Constrói sistemas de acordo com os processos de negócios de inovação sem esforços de integração e esforços para gerar compatibilidade entre plataformas. Esses recursos garantem mais flexibilidade para o negócio.  Reduz os custos de implementação do negócio de inovação, devido à facilidade de mudanças contínuas que o processo terá. Isso ocorre porque o produto reproduz automaticamente as alterações de processos de negócios nos sistemas internos.  Integra tecnologia e processos de negócios de inovação entre as organizações através do compartilhamento de processos.  Executa o rastreamento de processos "gerados" e de processos "geradores" em tempo real (na realidade), aumentando a produtividade e diminuindo os riscos durante as decisões. Sendo assim, é possível estabelecer um programa de melhoria contínua de acordo com as métricas de negócios de inovação estabelecidas e as novas tecnologias incluídas sem impacto nos sistemas e processos atuais. Todas as mudanças tecnológicas e de sistema são definidas apenas e exclusivamente nas mudanças do negócio de inovação. Este relatório sugere que esta base tecnológica ofereça as seguintes contribuições quanto às indicações de durabilidade, custos de manutenção, adapatabilidade e grau de uso tecnológico em médio e longo prazo:  Esforço e custo zero na automação de sistemas de informação.  Esforço e custo zero na manutenção de sistemas computacionais.  Contemplação de todas as características para elevar o CMM de uma organização ao nível 5.  Geração de trabalho e renda. 1. 1 Maiores detalhes sobre as plataformas Moodle e Wordpress podem ser encontrados nos sites www.moodle.com e https://br.wordpress.org, respectivamente.
  • 23. 23 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Explicitação e exponencialização de competências para geração de novos negócios de inovação.  Garantia de 100% do controle do processo organizacional.  Garantia de 100% do registro de ocorrências do período de tempo do processo organizacional.  Aumento de 30% do uso das melhores práticas organizacionais. Em suma, exemplos de soluções que podem ser licenciados gratuitamente para instituições públicas brasileiras e que oferecem essas bases tecnológicas são Moodle, Wordpress, P3Tech, Galaxy, Proto e Phabricator + (Hg ou Git). O Laboratório Vivo do Legislativo do Senado Federal apresentada na seção 2.1. deste trabalho é um caso a ser adotado como referência na utilização destas bases tecnológicas e soluções. Sob a ótica do usuário, este ambiente se apresenta pelas seguintes bases tecnológicas:  Plataforma Web1 com funcionalidade pública-privada: o Funcionalidade Pública: aberta e colaborativa2 , aberta ao público3 , que disponibiliza seus serviços para uso do público geral4 . o Funcionalidade Privada: Fechada e colaborativa, fechada ao público geral e aberta a um público específico, que disponibiliza seus serviços de maneira privada.  Recursos tecnológicos (protocolos/fingers) de conteúdo, interface, transmissão e sistema: são recursos que podem ser apresentados nas formas de texto (e.g. blogs, newsletter, conteúdo de sites, avaliações, fóruns, documentos, entre outros), vídeo (e.g. filmes, shows, palestras, cursos, entre outros), imagem (e.g., figuras, fotos), som (e.g. VOIP, músicas, entre outros), aplicativos de redes sociais (e.g. chat, emails), sistemas operacionais (Windows, Apple, Linux, entre outros), comunidades de prática (e.g. grupos, comunidades de projetos) e ferramentas de 1. 1 O ambiente WWW considerando suas gerações variando desde web 1.0 a web 5.0. Maiores detalhes podem ser consultados na referência Gattaz, C.C.; Cruvinel, P.E.; Bernardes, R.C. Leveraging Digital Knowledge Ecosystem Framework Implementation Case Study: Aligning Knowledge Management and Innovation Goals for Agricultural Aerial Pest Control. In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. p. 417. Maiores detalhes sobre a experiência nesse artigo podem ser encontrados no site http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/132509/construcao-de-um-modelo-para-a-comunicacao-de-resultados-de-articulacao- gestao-e-operacao-de-agente/. 2 Apta para “conversar” com outras bases tecnológicas, tendo o cuidado com o custo de ferramentas proprietárias. Por exemplo, a Fábrica de Idéias da ANVISA utiliza uma plataforma chamada Liferay (proprietária) e precisa aperfeiçoar seu ambiente para uma plataforma aberta e colaborativa que permita que sua rede seja expandida para o uso de seus serviços em outros órgãos e acrescentando comunidades virtuais fechadas. Para isso, o gestor da plataforma precisa de conhecimento a respeito dos protocolos utilizados em cada órgão e instituição parceira da plataforma que deverão ser integrados com a Rede da ANVISA, ferramentas para construir os protocolos necessários e investir financeiramente para customizar essa plataforma proprietária. As iniciativas Knowledge Societies e LabP3 podem ser utilizadas neste contexto para o desenvolvimento destes protocolos. 3 Qualquer pessoa pode ter acesso. 4 Qualquer pessoa pode utilizar o serviço da plataforma.
  • 24. 24 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL compartilhamento de processos centrados em valor adicionado (e.g. processos centrados em valor adicionado modelados e simulados). Os websites das plataformas digitais apresentados na seção 2.1. deste relatório servem de exemplo para a compreensão de maneiras que essas bases tecnológicas podem ser apresentadas. É importante frisar que paralelamente a essas bases tecnológicas, é fundamental ter como apoio na operacionalização do processo de inovação na Rede a base física. A plataforma digital precisa contar com o apoio de espaços físicos abertos no estilo “Capital Factory” e “Mind Lab” (apresentados na seção 2.1. deste trabalho) contando com parcerias institucionais. A próxima seção apresenta uma proposta de plano para a implementação da plataforma digital com essas bases tecnológicas, considerando a essencialidade dos componentes da plataforma digital. 2.4. PLANO DE IMPLEMENTAÇÃO DA PLATAFORMA DIGITAL A implementação da plataforma digital, considerando a utilização das bases tecnológicas recomendadas, envolve 10 (dez) etapas, de curto, médio e longo prazo, incluindo manutenção subsequente, considerando a essencialidade de cada componente apresentada na seção 2.1. deste relatório para o alcance dos objetivos da Rede de Inovação. Na descrição de cada etapa, são apresentados os perfis de RH para execução. Algumas dessas etapas são realizadas de maneira sequencial e outras de maneira paralela. Segue abaixo a descrição de cada uma das etapas: A 1ª etapa: Modelagem. Esta etapa consiste da identificação e caracterização das variáveis necessárias para a representação das funcionalidades do componente da plataforma digital sendo implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento do negócio se capacitem na solução P3Tech em um prazo de aproximadamente 60 horas. O tempo de identificação e caracterização das variáveis depende do conhecimento que o ator que está realizando esta modelagem possui do componente sendo implementado. Quanto maior o conhecimento, menor o prazo. Quanto menor o conhecimento, maior o prazo. A 2ª etapa: Simulação. Esta etapa consiste da análise de tempo e custo para a execução das funcionalidades do componente da plataforma digital sendo implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento do negócio se capacitem na solução P3Tech em um prazo de aproximadamente 60 horas. O tempo de realização desta etapa depende do conhecimento que o ator que está realizando esta simulação
  • 25. 25 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL possui sobre o desempenho do componente sendo implementado. Quanto maior o conhecimento, menor o prazo. Quanto menor o conhecimento, maior o prazo. A 3ª etapa: Levantamento do Legado. Esta etapa consiste da identificação e caracterização dos recursos tecnológicos de onde o componente da plataforma digital sendo implementado será acessado (e.g. alguma plataforma digital existente, banco de dados, etc.). Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento em geração de software se capacitem na solução P3Tech em um prazo de aproximadamente 60 horas.O tempo de realização desta etapa depende do conhecimento que o ator que está realizando este levantamento possui do legado necessário para o acesso do componente sendo implementado. Quanto maior o conhecimento, menor o prazo. Quanto menor o conhecimento, maior o prazo. A 4ª etapa: Geração de Protocolo. Esta etapa consiste em identificar, caracterizar e implementar o protocolo (e.g. conteúdo, interface, sistema, transmissão) necessário para estabelecer a comunicação do componente da plataforma digital sendo implementado com o legado, caso ainda não exista. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento em geração de software se capacitem nas soluções P3Tech (em um prazo de aproximadamente 60 horas), Galaxy (em um prazo de aproximadamente 80 horas), Proto (em um prazo de aproximadamente 40 horas), Moodle (em um prazo de aproximadamente 60 horas), WordPress (em um prazo de aproximadamente 60 horas) e Phabricator + (Hg ou Git) (em um prazo de aproximadamente 60 horas). O tempo de realização desta etapa será de médio a longo prazo. A 5ª etapa: Emulação. Esta etapa consiste em testar o componente da plataforma digital sendo implementado utilizando o legado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software realizem o teste. O tempo de realização desta etapa depende do tempo para acessar o legado. O tempo de realização desta etapa será de curto prazo. A 6ª etapa: Encenação. O componente da plataforma digital em funcionamento. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software acompanhem o funcionamento do componente. O tempo de realização desta etapa é de curto prazo. Este relatório sugere que estas etapas (1 a 6) sejam realizadas sequencialmente seguindo a ordem de priorização de implementação dos componentes apresentada na figura 1 abaixo. É fundamental que os atores da Rede de Inovação conheçam primeiramente o que significa inovar nos serviços públicos por meio do componente “Educação”. Em seguida, é fundamental conhecer as opções de financiamento para a realização do processo de inovação por meio do componente “Financiamento”. Para evitar a geração de soluções já existentes, é fundamental conhecer as soluções já alcançadas como referência pelo
  • 26. 26 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL componente “Soluções” antes de executar o processo de inovação nos órgãos públicos pelos componentes de “Observação” e “Comunidades de Prática”. Figura 1: Ordem de priorização de implementação dos componentes da plataforma digital. Após a realização da 6ª etapa na implementação do 1º componente, as próximas quatro etapas devem ser realizadas continuamente para manutenção, e em paralelo à implementação dos próximos 4 componentes: A 7ª etapa: Avaliação. Esta etapa consiste em acompanhar o funcionamento do componente da plataforma digital implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software acompanhem o funcionamento do componente. A 8ª etapa: Direcionamento. Esta etapa consiste em propor mudanças no funcionamento do componente da plataforma digital implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software proponham a mudança necessária no componente. A 9ª etapa: Monitoramento. Esta etapa consiste em avaliar o resultado da mudança realizada no funcionamento do componente da plataforma digital implementado. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software avaliem o resultado da mudança realizada no componente. A 10ª etapa: Transferência de Conhecimento. Esta etapa consiste em capacitar outros órgãos públicos na experiência de cada etapa de implantação dos componentes da plataforma digital para apoiar na implantação de novas plataformas. Para a realização desta etapa, é necessário que as pessoas que possuem o domínio do conhecimento no negócio e em geração de software, incluindo as soluções propostas neste relatório, realizem a capacitação. Para apoiar a execução destas etapas, será necessária uma equipe com os seguintes perfis:  Atores que mobilizam os componentes da plataforma digital e que fazem o acompanhamento das novas plataformas e das existentes para serem fontes de informação para a manutenção (melhoria) de cada etapa.  Atores que apoiam na prestação dos serviços dos componentes da plataforma digital.
  • 27. 27 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  Atores que realizam a capacitação dos colaboradores que vão gerar as plataformas digitais para transferência do conhecimento na Rede de Inovação.  Atores que possuem conhecimento em software e hardware para cuidar da infraestrutura física e digital da plataforma digital. As instalações físicas e equipamentos necessários são recursos que permitam acesso à informação e segurança, ou seja, a busca de fontes secundárias e primárias requeridas em cada uma das etapas e protocolos necessários para implantar a plataforma digital considerando as políticas de segurança dos parceiros da Rede de Inovação. Para que esse plano de implementação seja realizado, o conhecimento e o legado tecnológico existentes são condições fundamentais para a redução de tempo, custo e investimento. Em outras palavras, quanto maior o conhecimento dos atores envolvidos na implementação da plataforma digital e possibilidade de acesso ao legado tecnológico com respeito ao que é necessário em cada etapa, menor o tempo de conclusão de cada etapa e seu respectivo custo e investimento. Neste sentido, é fundamental que o grupo gestor da plataforma digital identifique e caracterize ou valide inicialmente os resultados esperados para iniciar o plano de implementação. 3. RESULTADOS E CONCLUSÕES Este estudo revelou muitas fontes diferentes de encontrar os requisitos de descrição, análise, implementação e gestão de plataforma digital prescritos. Um desafio para tirar conclusões gerais da análise é que algumas descrições são abordagens gerais (e.g. o que há de comum entre as plataformas digitais e respectivas estratégias de gestão), enquanto outras são mais especializadas, focadas em domínio e aplicação (e.g. o que há de diferente entre as plataformas e suas respectivas estratégias). Pela sua própria natureza, as abordagens gerais são mais amplamente aplicáveis e flexíveis, mas requerem a construção de elementos adicionais, especializados para capturar alguns dos requisitos específicos. Por exemplo, para a realização de cada serviço público, existe um arranjo de plataformas diferente com conteúdos, interfaces, ecossistemas virtuais e físicos, protocolos que precisam ser criados. Além disso, como parte da estratégia, observa-se a necessidade de cuidados quanto fazer distinções entre as diferentes plataformas digitais, porque elas podem ser vistas como representando aspectos comuns de maneiras ligeiramente diferentes. Por exemplo, capacitação pode ser um serviço comum em todas as
  • 28. 28 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL plataformas porém, umas realizam por meio de cursos e eventos e outras por meio de conexões com notícias, publicações, vídeos, estudos de caso, conceitos, etc. Esta proposta e as suas observações associadas servirão para orientar a co- evolução/gestão da plataforma digital Rede Inovagov sob a ótica do usuário e do gestor da plataforma para a colaboração e cooperação dos múltiplos atores envolvidos na articulação, gestão e operação da Rede de Inovação no Setor Público Brasileiro. 4. PRÓXIMOS PASSOS Recomenda-se como próximos passos: i) a apresentação do presente relatório para o grupo gestor da Rede InovaGov e de outras Redes de interesse; ii) a definição com o grupo gestor das Redes interessadas da estratégia de adoção da proposta desse relatório; iii) a capacitação dos atores das Redes nas etapas de implementação da plataforma digital para alcançar os objetivos por meio dos seguintes eventos:  treinamento em metodologias ativas para: o discussão e criação de uma agenda de inovação para o setor público brasileiro, discussão de assuntos estratégicos e emergentes, e momentos de co-criação para o desenvolvimento de problemas e soluções de inovação o coleta e proposição de soluções relevantes na gestão pública o transformar as experiências em aprendizado compartilhado o implantar uma Rede de Laboratórios de Inovação para incubação, triagem e prototipagem de idéias inovadoras pela integração de laboratórios de inovação internos e externos ao setor público; o o desenvolvimento e disseminação de pesquisas e estudos de caso em inovação no setor público o o desenvolvimento de protocolos de conteúdo, interface, transmissão e plataforma que possibilitem a comunicação da plataforma com outras existentes em outras instituições (e.g. Design and Process Science, Semantic Computing and Robotic Intelligence).  construção de cursos de capacitação em níveis técnicos e de pós- graduação na teoria de inovação e métodos aplicados à administração pública de maneira presencial e virtual, tendo como principal referência o programa do IC2 Institute.
  • 29. 29 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  um evento que possa reunir principais representantes do mercado de financiamento em inovação para trazer informação sobre recursos disponíveis e organizações potenciais ou fundos e parcerias específicas para financiar projetos de inovação em âmbitos nacional e internacional, incluindo o mecanismo de financiamento sem a participação de instituições financeiras intermediárias conhecido como crowdfunding. e, iv) o acompanhamento contínuo junto às Redes quanto às novas atualizações para a sustentação da plataforma digital. 5. AGRADECIMENTOS A autora reconhece as contribuições voluntariamente prestadas por um conjunto de pesquisadores, profissionais e autoridades, em âmbitos nacional e internacional, para a realização deste relatório, em especial: Bruno Rondani, Wenovate Davi Almeida e Bruna Campedelli, ELO Group Bruno Queiroz Cunha, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA José Coelho Ávila e Carlos Eduardo Boratto Postiga, Laboratório Vivo do Legislativo do Senado Federal Fuad Gattaz Sobrinho, Society for Design and Process Science - SDPS Maurício Falvo, Universidade de São Paulo de São Carlos - USP David Gibson, IC2 Institute at University of Texas at Austin - UT Paulo Estevão Cruvinel, Embrapa Instrumentação Phillip Sheu, University of California at Irvine – UC Irvine Wesley Mendes da Silva, Observatório da Inovação Financeira da Fundação Getulio Vargas em São Paulo O reconhecimento é também estendido aos membros organizadores, palestrantes e participantes dos encontros “Redes de Inovação” e “Seminário Internacional de Governança, Inovação e Desenvolvimento e II Semana de Inovação em Gestão Pública”, realizados pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – MP e Escola Nacional de Administração Pública – ENAP. A autora registra ainda o especial agradecimento dirigido à Fundação de Amparo Á Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP pelo apoio financeiro à pesquisa através do processo no 2011/21548-9, ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq pelo apoio financeiro à pesquisa através do
  • 30. 30 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL processo no 141189/2005-3 e à Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES pelo apoio financeiro à pesquisa através do programa PNPD20132060 - 33027013004P0 que suportam o aparato conceitual que caracteriza esse relatório. 6. REFERÊNCIAS Website das plataformas e todos os recursos web incluindo publicações disponíveis nos sites e links relacionados:  http://www.thegovlab.org/  http://www.govlab.elogroup.com.br/  http://www.inovativabrasil.com.br/  https://www.innovationpolicyplatform.org/  https://www.oecd.org/governance/observatory-public-sector-innovation/  https://capitalfactory.com/  http://mind-lab.dk/en/  http://brickstarter.org/an-introduction-to-brickstarter/  http://openideo.com/  http://www.plataformaitec.com.br/  http://www.knowledgesocieties.org/  http://www.labp3.net/e-learning/  https://www.catarse.me/  https://www.broota.com.br/  http://ic2.utexas.edu/ e https://www.mccombs.utexas.edu/mstc  https://realtimecases.com/  http://www.ambiencia.com/  https://moodle.com/  https://br.wordpress.com/  https://www.phacility.com/  https://www.youtube.com/watch?v=GpJ36KzHJG4  https://en.wikipedia.org/wiki/Digital_ecosystem#cite_note-9
  • 31. 31 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/1998/06/16/acm-inaugura- amanha-laboratorio-vivo-do-legislativo  http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/132509/construcao-de-um-modelo-para- a-comunicacao-de-resultados-de-articulacao-gestao-e-operacao-de- agente/  http://repositorio.enap.gov.br/bitstream/handle/1/2399/M%C3%B3dulo_1_E PING.pdf?sequence=1&isAllowed=y Publicações que detalham as plataformas de maneira mais técnica: Baldwin, C.Y.; Woodard, C.J. (2008) The Architecture of Platforms: A Unified View. Disponivel em: < http://www.hbs.edu/faculty/Publication%20Files/09- 034_149607b7-2b95-4316-b4b6-1df66dd34e83.pdf> Boley, H., Chang, E. (2007). Digital ecosystems: principles and semantics. In Digital EcoSystems and Technologies Conference, 2007. DEST '07. Inaugural IEEE-IES Proceedings, p. 398-403. doi: 10.1109/DEST.2007.372005. Chillakanti, P.; Gattaz, C.C. A SaaS Framework for Transdisciplinary Collaboration. In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016. p. 437. Gattaz, C.C. (2001). Brincando de Processo: Um método de capacitação na metodologia de processo. 195pgs. Disponível no site < http://www.academia.edu/27383804/Brincando_de_Processo_Um_m%C3%A9tod o_de_capacita%C3%A7%C3%A3o_na_metodologia_de_processo> Gattaz, C.C.; Cruvinel, P.E. (2015). Developing a Communication Platform for Sharing R&D Results: An Experience in a Business Complex Network for the Control of Agricultural Pests. In: V Encontro de Administração da Informação, 2015, Brasília. Anais do V Encontro de Administração da Informação. Curitiba: ANPAD. Gattaz, C.C.; Cruvinel, P.E.; Bernardes, R.C. Leveraging Digital Knowledge Ecosystem Framework Implementation Case Study: Aligning Knowledge Management and Innovation Goals for Agricultural Aerial Pest Control. In: 2016
  • 32. 32 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. p. 417. Gattaz Sobrinho, F. (2001). Processo: A Máquina Contextual nos Negócios. 402pgs. Gattaz Sobrinho, F. (1999). Complexity measures for process evolution. Journal of Systems Integration, v. 9, n. 2, p. 141-165. doi: 10.1023/A:1008470510343 Gattaz Sobrinho, F., Gattaz, C.C., Pacheco, O.I.P. (2011). A value based business process management network model. Journal of Integrated Design and Process Science, v. 15, n. 4, p. 85-94. Gattaz Sobrinho, F., Gattaz, C.C., Pacheco, O.I.P. (2011).Complexity measures for network process evolution. Journal of Integrated Design and Process Science, v. 15, n. 4, p. 95-115. Gattaz Sobrinho, F.; Gattaz, C.C.; Pacheco, O.; Viana, Q.S. A Value Semantics Framework for Business Process Network Management. In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016. p. 410. Gattaz Sobrinho, F.; Gattaz, C.C.; Goncalves, C. M.; Ferrao, A. M. A. A Needs Engineering Methodology for Identification and Modeling Process Semantics for Cooperation Networks. In: 2016 IEEE Tenth International Conference on Semantic Computing (ICSC), 2016, Laguna Hills. p. 404. Gattaz, C.C., Amato Neto, J, Gattaz Sobrinho, F., Boland, M., Bangalore, R. (2012). Critical factors to explicit required knowledge to manage the virtual innovation society network. Journal of Integrated Design & Process Science, v. 15, p. 85-94. International Association of Crime Analysts (IACA). (2014). Information Sharing Platforms. Standards, Methods, & Technology (SMT) Committee White Paper 2014-01. Disponível em: < http://www.iaca.net/Publications/Whitepapers/iacawp_2014_01_info_sharing_platf orms.pdf> Jolly, V.K. (1997). Commercializing New Technologies. Harvard Business School Press. pgs. 410
  • 33. 33 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL Khebbal, S.; Sharpington, C. (2012) Rapid Application Generation of Business and Finance Software. Springer Science & Business Media. 212p. Knutilla, A., Schlenoff, C., Ray, S., Polyak, S. T., Tate, A., Cheah, S. C., & Anderson, R. C. (1998). Process specification language: An analysis of existing representations. National Institute of Standards and Technology (NIST), Gaithersburg (MD), NISTIT, 6160. Mendes-Da-Silva, W.; Rossoni, L.; Conte, B. S.; Gattaz, C. C.; & Francisco, E. R. The impacts of fundraising periods and geographic distance on financing music production via crowdfunding in Brazil. Journal of Cultural Economics, v. 2016, p. 1- 25, 2015. Nachira, F.; Nicolai, A.; Dini, P.; Le Louarn, M.; Leon, L.R. Digital Business Ecosystems. European Commission Information Society and Media, 2008. Disponível em: http://www.digital-ecosystems.org/book/Section0.pdf Sheu, P.; Yu, H.; Ramamoorthy, C.V.; Joshi, A.K. Zadeh, L.A. Semantic Computing. IEEE Press, 2010. UNESCO. (2015). Results‐Based Programming, Management, Monitoring and Reporting (RBM) approach as applied at UNESCO: Guiding Principles. Disponível em: < http://unesdoc.unesco.org/images/0017/001775/177568E.pdf> 7. GLOSSÁRIO Esta seção apresenta os conceitos de determinadas expressões utilizadas neste relatório para uma melhor compreensão de linguagem, tendo como referências conceitos estabelecidos por instituições internacionais como National Institute of Standards and Technology (NIST) e International Association of Crime Analysts (IACA) e pesquisadores atuantes tais como Carliss Y. Baldwin e C. Jason Woodard da Harvard University. 1. Plataforma Digital: é uma arquitetura web caracterizada pelos seguintes aspectos:
  • 34. 34 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL  uma superfície de nível elevado em que as pessoas ou as coisas podem estar sobre, geralmente uma estrutura discreta destinado a uma atividade ou operação particular (Oxford English Dictionary – OED)  um design, um conceito, uma ideia; (algo servindo para) um padrão ou um modelo (OED)  a reutilização ou compartilhamento de elementos comuns por meio de produtos complexos ou sistemas de produção.  um conjunto de componentes, módulos ou partes comuns pelo qual um fluxo de produtos derivativos podem ser criados e disseminados eficientemente.  uma coleção de ativos que são compartilhados por um conjunto de produtos, onde ativos podem incluir componentes, processos, conhecimento e pessoas.  um conjunto de componentes padrão em torno do qual compradores e vendedores coordenam esforços.  um sistema computacional centralizado (rede de computadores) que permite que os usuários autenticados (dentro de uma organização ou externamente) para coletar, gerenciar, compartilhar e descobrir conjuntos de dados estruturados e não estruturados a partir de uma variedade de fontes (ambiente). 2. Portal: é um site na internet que serve como ponto de acesso direto a um conjunto de serviços e informações. Esse site é também um ponto de acesso para uma série de outros sites ou subsites internamente ou externamente ao domínio ou subdomínio da instituição gestora do portal. 3. Comunidade de Prática: é um grupo de pessoas que se unem em torno de um mesmo tópico ou interesse.
  • 35. 35 PROJETO APOIO AOS DIÁLOGOS SETORIAIS UNIÃO EUROPEIA - BRASIL