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CRISE DA ÁGUA OU CONFLITO
PELO USO DE RECURSOS
HÍDRICOS?
Rodrigo Lemos
rslemosbh@gmail.com
e
O QUE É MAIS COMPLICADO:
RACIONAMENTO OU
ESCASSEZ DE ÁGUA?
ÁGUA E RECURSOS HÍDRICOS
•  ÁGUAS – Termo usado quando se trata das águas em
geral, incluindo aquelas que não devem ser usadas pelas
atividades humanas.
•  RECURSOS HÍDRICOS - numa determinada região ou
bacia, é qualquer coleção d’água superficial ou
subterrânea que pode ser obtida e está disponível para o
uso humano. Segundo a ONU, não passa de um por
cento das águas totais do planeta.
ÁGUAS DE DOMÍNIO ESTADUAL
•  Águas superficiais que
nascem e deságuam
dentro do mesmo estado
(no mar ou em outro
curso d’ água e todas as
águas subterrâneas.
Exceções: trechos de
rios que atravessam
á r e a s p r o t e g i d a s
nacionais (parques,
reservas biológicas etc.)
e reservas indígenas.
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS
•  ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – Águas que se infiltram no
solo e que penetram, por gravidade, em camadas
profundas do subsolo, atingindo a zona de saturação. A
zona de saturação é aquela em que os poros e
interstícios do subsolo estão completamente ocupados
pela água.
•  ÁGUAS SUPERFICIAIS – Águas que escoam ou
acumulam na superfície terrestre, como os rios, riachos,
lagos, lagoas, veredas, brejos e etc.
QUALIDADE E
QUANTIDADE
Pressuposto
• Alterações no uso e ocupação dos solos e a
implantação de equipamentos nos cursos d’água
podem alterar de forma significativa a
quantidade e a qualidade das águas.
Exemplo
UTE CBH RIO
DAS VELHAS	
  
Área Total
(Há)	
  
Área de Uso
Natural (Ha)	
  
Área de Uso
Antrópico (Ha)	
  
SCBH Rio Bicudo	
   227.434	
   62.638 (28%)	
   164.751 (72%)	
  
UTE Rio Pardo	
   223.404	
   134.285 (61%)	
   89.084 (39%)	
  
BICUDO, NOV 2013
Foto: Leandro Vaz
BICUDO, OUT 2014
Rio Pardo – out de 2014
Foto: Acervo Projeto Manuelzão, 2014
Diminuição de vazão
• As alterações na vazão do curso d’água podem
alterar a capacidade (quantidade de
sedimentos) e a competência (tamanho do
material a ser transportado dos cursos d’água.
• As alterações de vazão podem também ter um
dano significativo para o sistema ecológico
dos cursos d’água.
Impactos na qualidade das águas: esgotos.
• Esgotos cloacais são os derivados de usos e
efluentes domésticos: águas de pias, águas de
banheiro, de lavagens etc. São águas que são
devolvidas após o uso para o sistema hídrico.
• Esgotos pluviais são aqueles oriundos da
lavagem das áreas urbanas e consequente
carreamento de sólidos e materiais solúveis que
estão depositados nas superfícies urbanas: óleos
de pistas; fosfatos e nitratos; resíduos de
queimas etc.
Esgoto doméstico e poluição difusa
• Para o esgoto doméstico a solução indicada é o
tratamento por meio de fossas sépticas
(sistema estático) ou redes coletoras e
consequente tratamento em estações de
tratamento de esgotos (sistema dinâmico);
• Para o esgoto proveniente das poluições difusas
a solução é muito mais complexa: uma
possibilidade é o tratamento por meio das
estações de tratamento de águas pluviais ou
Fluviais. De forma a garantir qualidade para
contato primário.
Rio Isar, Munique -
Alemanha
Rio Isar, Munique -
Alemanha
CONFLITO NO ALTO
RIO DAS VELHAS
Alto Rio das Velhas
A região do alto rio das Velhas compreende toda
a área denominada Quadrilátero Ferrífero, tendo
o município de Ouro Preto como limite sul dessa
região e os municípios de Belo Horizonte,
Contagem e Sabará como limite norte. A região é
composta por dez municípios, constituindo 9,8%
do total da bacia do rio das Velhas, ou 2.739,74
km². (RP02 - PDRH Rio das Velhas, 2014, p. 64).
Quantidade de água retirada
• A quantidade das águas é prevista de acordo
com métodos hidrológicos que calculam as
vazões esperadas para os cursos d’água a partir
das chuvas. Em Minas Gerais adotamos o critério
da Q7/10 que estabelece um limite para o que se
pode retirar de água em um curso d’água. O
limite em Minas Gerais é de se retirar 30% da
Q7/10.
Quantidade de água
• Quantidade de água deve ser compatibilizada
entre os diferentes usos da água.
• A quantidade das águas é prevista de acordo
com métodos hidrológicos que calculam as
vazões esperadas para os cursos d’água a partir
das chuvas.
Abastecimento por águas superficiais
Hoje a grande maioria do abastecimento publico na RMBH
é gerado a partir de captações de água superficial.
Captação	
  de	
  Bela	
  Fama	
  –	
  única	
  
captação	
  do	
  SIN	
  Rio	
  das	
  Velhas	
  
Depende-se em grande parte do sistema
Rio das Velhas.
• Aproximadamente 1.872.000 pessoas
tem o abastecimento na RMBH
fornecido pelo Sistema Integrado do
Rio das Velhas que retira suas águas
em Bela Fama. O sistema abastece
Santa Luzia, Belo Horizonte, Sabará,
Nova Lima e Raposos.
36
Fragilidades ambientais
• O sistema Rio das Velhas está fortemente
susceptível à alterações de qualidade das águas
a partir dos usos e ocupações à montante de
seus pontos de captação.
• No caso do Sistema Rio das Velhas dois focos de
pressão ambiental se destacam: usos urbanos e
mineração.
Usos urbanos
• Os usos urbanos geram o carreamento de
poluição difusa, mas principalmente o
lançamento de esgotos in natura nos cursos
d’água.
LEMOS, 2009
cervo Manuelzão, sd
Usos para mineração
• A mineração contribui para a consolidação de
áreas de descontinuidade ambiental muito
significativas, além de rebaixarem o nível
d’água podendo alterar a vazão de nascentes e
carrear sedimentos para os cursos d’água.
Mina Capão Xavier (Nova Lima)
Ribeirão d Silva à jusante da barragem da Mineração Herculano, rompida em 10 de setembro de 2014
Importantes áreas...
• No alto Rio das Velhas temos importantes
áreas de preservação e ainda vários
cursos d’água enquadrados como classe 1,
ou especial.
• A quantidade de áreas protegidas é
significativa, mas o manancial do Rio das
Ve l h a s s e m a n t é m c o m f o r t e s
susceptibilidades à impactos ambientais.
URBANO %¹ RURAL % ANIMAL % IRRIGAÇÃO % INDUSTRIAL % MINERAÇÃO % TOTAL	
  DE	
  RETIRADA
UTE	
  NASCENTES 0,00 0,0 0,005 3,2 0,003 2,1 0,06 37,1 0,036 22,6 0,055 34,9 0,16
UTE	
  RIO	
  ITABIRITO 0,15 7,2 0,004 0,2 0,004 0,2 0,05 2,4 0,717 35,5 1,104 54,6 2,02
UTE	
  ÁGUAS	
  DO	
  GANDARELA 0,05 25,0 0,003 1,7 0,001 0,8 0,02 9,2 0,104 57,6 0,010 5,7 0,18
UTE	
  ÁGUAS	
  DA	
  MOEDA 0,29 16,0 0,004 0,2 0,001 0,1 0,01 0,4 0,321 17,8 1,183 65,6 1,80
¹%	
  DO	
  TOTAL	
  DA	
  UTE 4,16
VAZÕES	
  RETIRADAS	
  M³/S
TOTAL	
  M³/S
VAZÕES RETIRADAS
VAZÕES CONSUMIDAS
UTE URBANO %¹ RURAL % ANIMAL % IRRIGAÇÃO % INDUSTRIAL % MINERAÇÃO % TOTAL	
  DE	
  USO	
  CONSUNTIVO
UTE	
  NASCENTES 0,00 0,0 0,003 4,5 0,003 4,6 0,03 59,7 0,007 12,2 0,011 18,9 0,06
UTE	
  RIO	
  ITABIRITO 0,03 6,8 0,002 0,4 0,003 0,7 0,03 6,7 0,143 33,6 0,221 51,7 0,43
UTE	
  ÁGUAS	
  DO	
  GANDARELA 0,05 56,1 0,002 1,9 0,001 1,4 0,01 12,3 0,021 25,8 0,002 2,5 0,08
UTE	
  ÁGUAS	
  DA	
  MOEDA 0,09 23,1 0,002 0,4 0,001 0,2 0,00 1,1 0,064 16,0 0,237 59,1 0,40
¹%	
  DO	
  TOTAL	
  DA	
  UTE 0,97
VAZÕES	
  CONSUMIDAS	
  M³/S
TOTAL	
  M³/S	
  Consumido
Racionamento e escassez
• Racionamento é uma medida administrativa,
pontual, é uma consequência quando a água não
chega na torneira...
• A escassez é um contexto hidrológico e de uso,
ou seja, envolve a quantidade de água
disponível, mas principalmente a quantidade de
água demandada.
1
O QUE É MAIS
COMPLICADO:
RACIONAMENTO OU
ESCASSEZ DE ÁGUA?
O que sacrificaremos para evitar o
racionamento?
Considera-se, portanto, que...
•  Que o cenário de conflito pelo uso da água já é uma
realidade no Alto Rio das Velhas (apesar de ainda
estar em discussão em um grupo de trabalho);
•  Que a dependência da RMBH das captações
superficiais em áreas de influência da expansão
urbana e ainda de interesses econômicos, em
especial o da mineração de ferro, é um dos principais
conflitos na região do Alto Rio das Velhas;
•  Que áreas de proteção ambiental podem ser uma
forte ferramenta de controle do uso do solo e das
atividades econômicas em uma área de conflito.
Considera-se, portanto, que....
• As demandas por água já se mostram acima dos
percentuais permitidos;
• As águas subterrâneas podem ser alternativas
estratégicas para a garantia de seguridade
hídrica para a região metropolitana de Belo
Horizonte e de vários municípios;
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públicas, já a luz das novas informações, se
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a diminuir os impactos de um cenário de
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Rodrigo Silva Lemos
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Crise da água ou crise de gestão?

  • 1. CRISE DA ÁGUA OU CONFLITO PELO USO DE RECURSOS HÍDRICOS? Rodrigo Lemos rslemosbh@gmail.com
  • 2.
  • 3. e
  • 4.
  • 5.
  • 6. O QUE É MAIS COMPLICADO: RACIONAMENTO OU ESCASSEZ DE ÁGUA?
  • 7. ÁGUA E RECURSOS HÍDRICOS •  ÁGUAS – Termo usado quando se trata das águas em geral, incluindo aquelas que não devem ser usadas pelas atividades humanas. •  RECURSOS HÍDRICOS - numa determinada região ou bacia, é qualquer coleção d’água superficial ou subterrânea que pode ser obtida e está disponível para o uso humano. Segundo a ONU, não passa de um por cento das águas totais do planeta.
  • 8. ÁGUAS DE DOMÍNIO ESTADUAL •  Águas superficiais que nascem e deságuam dentro do mesmo estado (no mar ou em outro curso d’ água e todas as águas subterrâneas. Exceções: trechos de rios que atravessam á r e a s p r o t e g i d a s nacionais (parques, reservas biológicas etc.) e reservas indígenas.
  • 9. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS •  ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – Águas que se infiltram no solo e que penetram, por gravidade, em camadas profundas do subsolo, atingindo a zona de saturação. A zona de saturação é aquela em que os poros e interstícios do subsolo estão completamente ocupados pela água. •  ÁGUAS SUPERFICIAIS – Águas que escoam ou acumulam na superfície terrestre, como os rios, riachos, lagos, lagoas, veredas, brejos e etc.
  • 10.
  • 12. Pressuposto • Alterações no uso e ocupação dos solos e a implantação de equipamentos nos cursos d’água podem alterar de forma significativa a quantidade e a qualidade das águas.
  • 13.
  • 15.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. UTE CBH RIO DAS VELHAS   Área Total (Há)   Área de Uso Natural (Ha)   Área de Uso Antrópico (Ha)   SCBH Rio Bicudo   227.434   62.638 (28%)   164.751 (72%)   UTE Rio Pardo   223.404   134.285 (61%)   89.084 (39%)  
  • 20.
  • 23. Rio Pardo – out de 2014 Foto: Acervo Projeto Manuelzão, 2014
  • 24. Diminuição de vazão • As alterações na vazão do curso d’água podem alterar a capacidade (quantidade de sedimentos) e a competência (tamanho do material a ser transportado dos cursos d’água. • As alterações de vazão podem também ter um dano significativo para o sistema ecológico dos cursos d’água.
  • 25. Impactos na qualidade das águas: esgotos. • Esgotos cloacais são os derivados de usos e efluentes domésticos: águas de pias, águas de banheiro, de lavagens etc. São águas que são devolvidas após o uso para o sistema hídrico. • Esgotos pluviais são aqueles oriundos da lavagem das áreas urbanas e consequente carreamento de sólidos e materiais solúveis que estão depositados nas superfícies urbanas: óleos de pistas; fosfatos e nitratos; resíduos de queimas etc.
  • 26. Esgoto doméstico e poluição difusa • Para o esgoto doméstico a solução indicada é o tratamento por meio de fossas sépticas (sistema estático) ou redes coletoras e consequente tratamento em estações de tratamento de esgotos (sistema dinâmico); • Para o esgoto proveniente das poluições difusas a solução é muito mais complexa: uma possibilidade é o tratamento por meio das estações de tratamento de águas pluviais ou Fluviais. De forma a garantir qualidade para contato primário.
  • 27.
  • 28. Rio Isar, Munique - Alemanha
  • 29. Rio Isar, Munique - Alemanha
  • 30. CONFLITO NO ALTO RIO DAS VELHAS
  • 31. Alto Rio das Velhas A região do alto rio das Velhas compreende toda a área denominada Quadrilátero Ferrífero, tendo o município de Ouro Preto como limite sul dessa região e os municípios de Belo Horizonte, Contagem e Sabará como limite norte. A região é composta por dez municípios, constituindo 9,8% do total da bacia do rio das Velhas, ou 2.739,74 km². (RP02 - PDRH Rio das Velhas, 2014, p. 64).
  • 32.
  • 33. Quantidade de água retirada • A quantidade das águas é prevista de acordo com métodos hidrológicos que calculam as vazões esperadas para os cursos d’água a partir das chuvas. Em Minas Gerais adotamos o critério da Q7/10 que estabelece um limite para o que se pode retirar de água em um curso d’água. O limite em Minas Gerais é de se retirar 30% da Q7/10.
  • 34. Quantidade de água • Quantidade de água deve ser compatibilizada entre os diferentes usos da água. • A quantidade das águas é prevista de acordo com métodos hidrológicos que calculam as vazões esperadas para os cursos d’água a partir das chuvas.
  • 35. Abastecimento por águas superficiais Hoje a grande maioria do abastecimento publico na RMBH é gerado a partir de captações de água superficial. Captação  de  Bela  Fama  –  única   captação  do  SIN  Rio  das  Velhas  
  • 36. Depende-se em grande parte do sistema Rio das Velhas. • Aproximadamente 1.872.000 pessoas tem o abastecimento na RMBH fornecido pelo Sistema Integrado do Rio das Velhas que retira suas águas em Bela Fama. O sistema abastece Santa Luzia, Belo Horizonte, Sabará, Nova Lima e Raposos. 36
  • 37. Fragilidades ambientais • O sistema Rio das Velhas está fortemente susceptível à alterações de qualidade das águas a partir dos usos e ocupações à montante de seus pontos de captação. • No caso do Sistema Rio das Velhas dois focos de pressão ambiental se destacam: usos urbanos e mineração.
  • 38. Usos urbanos • Os usos urbanos geram o carreamento de poluição difusa, mas principalmente o lançamento de esgotos in natura nos cursos d’água.
  • 41. Usos para mineração • A mineração contribui para a consolidação de áreas de descontinuidade ambiental muito significativas, além de rebaixarem o nível d’água podendo alterar a vazão de nascentes e carrear sedimentos para os cursos d’água.
  • 42. Mina Capão Xavier (Nova Lima)
  • 43.
  • 44. Ribeirão d Silva à jusante da barragem da Mineração Herculano, rompida em 10 de setembro de 2014
  • 45. Importantes áreas... • No alto Rio das Velhas temos importantes áreas de preservação e ainda vários cursos d’água enquadrados como classe 1, ou especial. • A quantidade de áreas protegidas é significativa, mas o manancial do Rio das Ve l h a s s e m a n t é m c o m f o r t e s susceptibilidades à impactos ambientais.
  • 46.
  • 47. URBANO %¹ RURAL % ANIMAL % IRRIGAÇÃO % INDUSTRIAL % MINERAÇÃO % TOTAL  DE  RETIRADA UTE  NASCENTES 0,00 0,0 0,005 3,2 0,003 2,1 0,06 37,1 0,036 22,6 0,055 34,9 0,16 UTE  RIO  ITABIRITO 0,15 7,2 0,004 0,2 0,004 0,2 0,05 2,4 0,717 35,5 1,104 54,6 2,02 UTE  ÁGUAS  DO  GANDARELA 0,05 25,0 0,003 1,7 0,001 0,8 0,02 9,2 0,104 57,6 0,010 5,7 0,18 UTE  ÁGUAS  DA  MOEDA 0,29 16,0 0,004 0,2 0,001 0,1 0,01 0,4 0,321 17,8 1,183 65,6 1,80 ¹%  DO  TOTAL  DA  UTE 4,16 VAZÕES  RETIRADAS  M³/S TOTAL  M³/S VAZÕES RETIRADAS
  • 48. VAZÕES CONSUMIDAS UTE URBANO %¹ RURAL % ANIMAL % IRRIGAÇÃO % INDUSTRIAL % MINERAÇÃO % TOTAL  DE  USO  CONSUNTIVO UTE  NASCENTES 0,00 0,0 0,003 4,5 0,003 4,6 0,03 59,7 0,007 12,2 0,011 18,9 0,06 UTE  RIO  ITABIRITO 0,03 6,8 0,002 0,4 0,003 0,7 0,03 6,7 0,143 33,6 0,221 51,7 0,43 UTE  ÁGUAS  DO  GANDARELA 0,05 56,1 0,002 1,9 0,001 1,4 0,01 12,3 0,021 25,8 0,002 2,5 0,08 UTE  ÁGUAS  DA  MOEDA 0,09 23,1 0,002 0,4 0,001 0,2 0,00 1,1 0,064 16,0 0,237 59,1 0,40 ¹%  DO  TOTAL  DA  UTE 0,97 VAZÕES  CONSUMIDAS  M³/S TOTAL  M³/S  Consumido
  • 49.
  • 50. Racionamento e escassez • Racionamento é uma medida administrativa, pontual, é uma consequência quando a água não chega na torneira... • A escassez é um contexto hidrológico e de uso, ou seja, envolve a quantidade de água disponível, mas principalmente a quantidade de água demandada.
  • 51.
  • 52. 1
  • 53.
  • 54. O QUE É MAIS COMPLICADO: RACIONAMENTO OU ESCASSEZ DE ÁGUA? O que sacrificaremos para evitar o racionamento?
  • 55. Considera-se, portanto, que... •  Que o cenário de conflito pelo uso da água já é uma realidade no Alto Rio das Velhas (apesar de ainda estar em discussão em um grupo de trabalho); •  Que a dependência da RMBH das captações superficiais em áreas de influência da expansão urbana e ainda de interesses econômicos, em especial o da mineração de ferro, é um dos principais conflitos na região do Alto Rio das Velhas; •  Que áreas de proteção ambiental podem ser uma forte ferramenta de controle do uso do solo e das atividades econômicas em uma área de conflito.
  • 56. Considera-se, portanto, que.... • As demandas por água já se mostram acima dos percentuais permitidos; • As águas subterrâneas podem ser alternativas estratégicas para a garantia de seguridade hídrica para a região metropolitana de Belo Horizonte e de vários municípios; • É necessário que as pessoas e as instâncias públicas, já a luz das novas informações, se manifestem sobre a situação de conflito, de forma a diminuir os impactos de um cenário de escassez de água.
  • 57. Obrigado Rodrigo Silva Lemos rslemosbh@gmail.com no mundo realmente invertido, o verdadeiro é um movimento do falso (Debord, 1996)