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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA 
SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA 
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL 
TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS 
TRABALHO DOS MERGULHADORES 
CURITIBA
2005 
WILZA CARLA ALEXANDRINO GRANETO 
VALDEMAR DA SILVA OLIVEIRA NETO 
VLADIMIR ROGÉRIO BACKES 
TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS 
TRABALHO DOS MERGULHADORES 
TCC apresentado com a finalidade de 
obtenção do título de Especialização em 
Engenharia de Segurança do Trabalho, da 
Universidade Estadual de Ponta Grossa. 
Orientador Eng. Seg. Luiz Carlos Lavalle, Esp 
2
CURITIBA 
2005 
RESUMO 
O presente trabalho tem por objetivo narrar o histórico da atividade 
de mergulho, desde os primórdios da humanidade até os dias de hoje, definindo e 
classificando quanto aos tipos de mergulho existentes, técnicas empregadas, tempo 
e composição das equipes técnicas utilizadas, citando os riscos envolvidos na 
atividade, medidas preventivas, normas e legislação inerentes à atividade, e 
equipamentos utilizados. O estudo baseia-se em procedimentos teóricos, consultas 
bibliográficas, atendo-se ao mergulho comercial raso praticado no mar, cuja 
profundidade não ultrapassa cinqüenta metros. Segue uma abordagem para os 
riscos encontrados na execução de trabalhos submersos, em atividades de inspeção 
de rotina, manutenção de equipamentos submarinos destinados ao transporte de 
petróleo através de um estudo de caso, onde se procura verificar que os riscos 
envolvidos nessa atividade são grandes e que, talvez, se configure como sendo uma 
das atividades de maior grau de risco, classificada como risco 4, insalubridade em 
grau máximo. Busca-se evidenciar a necessidade de preparo para o exercício da 
profissão, obtida através de cursos especializados, treinamentos constantes, 
avaliações médicas e psicológicas, adoção de medidas prevencionistas e atitudes 
seguras no exercício das atividades. 
3
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
FOTO 01 ROUPAS DE NEOPRENE PG 36 
FOTO 02 
A E 02B 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS – BANDEIRAS 
INDICATIVAS DE MERGULHO 
PG 37 
PG 38 
FOTO 03 COMPRESSOR E CILINDROS UTILIZADOS PG 39 
FOTO 04 COMPRESSOR UTILIZADO PARA RECARREGAR OS 
CILINDROS DE AR COMPRIMIDO 
PG 40 
FOTO 05 EQUIPAMENTOS PG 41 
FOTO 06 VISTA DA CÂMARA HIPERBÁRICA PG 42 
FOTO 07 VISTA DA CÂMARA HIPERBÁRICA PG 43 
FOTO 08 VISTA LATERAL DA CÂMARA HIPERBÁRICA 
PG 44 
FOTO 09 VISTA INTERNA DA CÂMARA HIPERBÁRICA 
PG 45 
FOTO 10 UMBILICAL PG 46 
FOTO 11 COMPRESSORES PG 47 
FOTO 12 MÁSCARA KMB ( KIRBY MORGAN) PG 48 
GLOSSÁRIO 
4
CÂMARA 
HIPERBÁRICA 
Vaso de pressão especialmente projetado para a ocupação 
humana, no qual os ocupantes podem ser submetidos a 
condições hiperbáricas. 
DESCOMPRESSÃO Conjunto de procedimentos, através do qual um 
mergulhador elimina do seu organismo o excesso de gases 
inertes absorvidos durante determinadas condições 
hiperbáricas, sendo tais procedimentos absolutamente 
necessários, no seu retorno a pressão atmosférica, para a 
preservação da sua integridade física. 
EQUIPAMENTO 
AUTÔNOMO DE 
MERGULHO 
Aquele em que o suprimento de mistura respiratória é 
levado pelo próprio mergulhador e utilizado como sua única 
fonte. 
LINHA DE VIDA Um cabo, manobrado do local onde é conduzido o 
mergulho, que conectado ao mergulhador, permite 
recupera-lo e içá-lo da água, com seu equipamento. 
MERGULHADOR Profissional qualificado e legalmente habilitado para 
utilização de equipamentos de mergulho submersos. 
OPERAÇÃO DE 
MERGULHO 
Toda aquela que envolve trabalhos submersos e que se 
estende desde os procedimentos iniciais de preparação até 
o final do período de observação. 
TÉCNICAS DE 
SATURAÇÃO 
Procedimentos pelos quais um mergulhador evita repetidas 
descompressões para a pressão atmosférica, 
permanecendo submetido à pressão ambiente maior que 
aquela, de tal forma que o seu organismo se mantenha 
saturado com os gases inertes das misturas respiratórias. 
TRABALHO 
SUBMERSO 
Qualquer trabalho realizado ou conduzido por um 
mergulhador em meio líquido. 
UMBILICAL O conjunto de linhas de vida, mangueira de suprimento 
respiratório e outros componentes que se façam 
necessários à execução segura do mergulho, de acordo 
com a sua complexidade. 
KMB (MÁSCARA FULL 
FACE) 
Máscara que envolve toda a cabeça do mergulhador e que 
permite respirar tanto pelo nariz como também pela 
boca.Permite que o mergulhador respire mesmo 
inconsciente.Equipamento obrigatório. 
RESUMO 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
5
GLOSSÁRIO 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................07 
1.1 Justificativa...........................................................................................................08 
1.2 Objetivos...............................................................................................................08 
1.2.1 Objetivo Geral..................................................................................................08 
1.2.2 Objetivos Específicos......................................................................................08 
1.3 Problema e Questões Norteadoras......................................................................09 
1.3.1 Problema...........................................................................................................09 
1.4 Procedimentos Metodológicos.............................................................................10 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................11 
2.1Conceitos Históricos.............................................................................................11 
2.2 Riscos Inerentes a Atividade Subaquática...........................................................12 
2.3 A Influência das Alterações Hiperbaricas Sobre o Ser Humano..........................14 
2.4 Medidas Preventivas a Serem Adotadas.............................................................14 
2.5 Características de um Evento de Mergulho Comercial Raso...............................20 
2.6 Fundamentos Teóricos.........................................................................................21 
2.6.1 Quanto ao Tipo de Equipamento.......................................................................23 
2.6.2 Algumas Técnicas Utilizadas no Mergulho........................................................24 
2.6.3 As equipes de Mergulho Com Profundidade até 50 Metros..............................24 
2.6.4 Mergulho Autônomo..........................................................................................25 
2.7 Acidentes Tratamentos e Profilaxia......................................................................25 
2.8Fatores Motivacionais Que Levam o Homem a Praticar Mergulho Comercial......26 
3 RECURSOS............................................................................................................28 
4 CONCLUSÕES.......................................................................................................29 
5 REFERÊNCIAS......................................................................................................30 
6 ANEXOS.................................................................................................................31 
ANEXO 01 QUESTIONÁRIO APLICADO AOS MERGULHADORES...................31 
ANEXO 02 DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS.................33 
7 ILUSTRAÇÕES.......................................................................................................34 
1 INTRODUÇÃO 
6
Segundo DRUCKER (1986, p. 95) o momento em que se encontra a 
sociedade, pode-se dizer, está na verdade nos estágios iniciais de uma das mais 
importantes transformações tecnológicas, é de longe a mais avassaladora do que os 
mais arrebatados “futurólogos” poderiam imaginar. Trezentos anos de tecnologia 
chegaram ao fim depois da Segunda Guerra Mundial. Nesses três séculos, o mundo 
de tecnologia foi de natureza mecânica. Neste momento o que predomina na 
sociedade industrial, é o que se chama de tecnologia de ponta, ou alta tecnologia. 
Não há dúvida de que a alta tecnologia seja sob a forma de 
computadores ou telecomunicações, robôs nas fábricas ou automatização de 
escritórios, é de incomensurável importância qualitativa. Quando se fala em 
tecnologia, essa vem impulsionar setores de produção para atender a necessidade e 
a demanda do homem. O setor do mergulho comercial da área petrolífera, tipo “off 
shore”, que é objeto de estudo desta obra também está inserido neste contexto. 
Segundo ROSSETTI (1988, p. 40) ao longo da civilização humana 
percebe-se claramente que o homem sempre busca formas variadas de 
sobrevivência, sejam elas em economias capitalistas, socialistas ou mistas. Sabendo 
que o Brasil é um país de economia capitalista e este estudo tem como foco o Brasil, 
destacará neste momento, o homem brasileiro que busca sua sobrevivência através 
do mergulho comercial. 
A idéia central desta obra é estudar as atividades do mergulhador 
comercial que atua no mar. Mergulhador esse que atua em água de profundidade de 
até cinqüenta (50) metros, chamado mergulho comercial raso, em atividade de 
inspeção e manutenção de equipamentos submarinos destinados ao transporte de 
petróleo. 
O presente estudo inclui capítulo que analisa a situação dos 
mergulhadores do Brasil enquanto profissional, isto é, através das bibliografias 
disponíveis, analisando aspectos históricos, conceituais e legais, inclui também 
capítulo analisando a pesquisa aplicada para os mergulhadores que trabalham na 
costa marítima sul brasileira. 
1.1 Justificativa 
7
Este trabalho nasceu da necessidade de se realizar um estudo mais 
aprofundado da situação do mergulhador comercial que atua a profundidade de até 
cinqüenta (50) metros. Justifica a realização desta obra, até porque é uma profissão 
muito antiga que já apresentou muitas evoluções principalmente no que tange a 
utilização de equipamentos desde seus primórdios até os dias atuais e a população 
brasileira de forma geral, pouco ou não nada sabe a respeito desta atividade 
essencial à nossa indústria petrolífera. 
A identificação dos riscos, as medidas preventivas, os treinamentos, 
as avaliações periódicas, as atitudes prevencionistas, são de vital importância nesta 
área de atividade, por isso o nosso estudo visa abordar os riscos envolvidos e os 
cuidados necessários a serem tomados para que o mergulho seja uma atividade 
segura. 
1.2Objetivos 
1.2.1 Objetivo Geral 
Tem-se por objetivo narrar o histórico desta atividade, definir e 
classificar quanto aos tipos de mergulho existentes, técnicas empregadas, tempo, 
equipes técnicas utilizadas evidenciando-se os riscos e as medidas de prevenção. 
1.2.3 Objetivos Específicos 
a)Analisar como os pensadores e historiadores vêem esta profissão; 
b)detectar se a atividade de mergulhador em estudo apresenta segurança para os 
profissionais; 
c)estudar o que deve ser feito para o profissional de mergulho, trabalhar com 
segurança; 
d)servir de subsídios para outros pesquisadores que desejem aprofundar estudos 
sobre o assunto. 
1.3Problema e Questões Norteadoras 
8
1.3.1 Problema 
As alterações da fisiologia provocadas pelo mergulho, acidentes e 
doenças que o mergulho pode causar, segundo ADOLFSON e BERGHAGE (1974), 
no ambiente submarino algumas adaptações humanas se fazem necessárias: 
a) Com sua respiração aérea, o homem é incapaz de utilizar o oxigênio dissolvido na 
água. Para sobreviver leva consigo um reservatório de ar juntamente com os 
dispositivos que lhe permitem respirá-lo. Esse ar deverá ser respirado à pressão 
ambiente, ou seja, em condições hiperbáricas, introduzindo um aumento do trabalho 
respiratório proporcional à profundidade do mergulho; 
b)devido a diferença de densidade entre a água e o ar, cerca de 800 vezes, se 
mergulhar a uma profundidade de dez (10) metros, uma outra pressão igual a 
atmosfera (1Kg/cm) vem se somar a preexistente e assim ocorre a cada 10 metros. 
O organismo humano habituado a suportar pequenas variações de pressões terá 
que se adaptar a variações bem maiores para descer a profundidades razoáveis; 
c)ao submeter-se a um aumento de pressão, o homem satura-se de nitrogênio 
proporcionalmente a profundidade do mergulho. A volta à superfície deverá ser 
controlada para permitir uma dessaturação gradativa ou sobrevirá um acidente 
hiperbárico dos mais temíveis: a Doença Descompressiva; 
d)a água tem uma condutividade térmica 25 vezes maior que o ar. O mergulhador 
perde calor com facilidade e nas águas profundas, onde a energia calorífica dos 
raios solares já foi totalmente absorvida, o problema pode ser grave, exigindo fontes 
geradoras de calor para manter o mergulhador aquecido, quando retorna à 
superfície; 
e)a visão do mergulhador é bastante prejudicada pela diferença dos índices de 
refração da água e do ar, mesmo com o emprego de máscaras faciais. Os objetos 
parecem aos mergulhadores aproximadamente 25% maiores e mais próximos; 
f) o mergulhador sofre segundo o princípio de Arquimedes um empuxo de baixo para 
cima que o torna mais leve, dando uma sensação de imponderabilidade. Com isso 
torna-se possível um deslocamento tridimensional ao qual o mergulhador não estava 
habituado, devendo adaptar-se gradativamente; 
g)o meio líquido oferece resistência aos movimentos do mergulhador 
provocando, portanto, uma degradação na atividade física que pode ultrapassar 
os 70%; 
9
h)finalmente o mergulhador pode ser atacado por seres marinhos que podem lhe 
infringir graves lesões; 
i) a pressão absoluta (pressão atmosférica + pressão ambiente) age diretamente 
nos espaços aéreos existentes no corpo humano durante o mergulho, como o 
ouvido médio. Em face a essa interferência , é imprescindível a equalização dos 
espaços aéreos durante o mergulho para se evitar um barotrauma. 
Face ao exposto acima a questão que se formula é a seguinte: 
Como mergulhar com segurança? 
Pretende-se neste estudo abordar os riscos encontrados na 
execução de trabalhos submersos, bem como as medidas de prevenção contra 
acidentes. 
1.4 Procedimentos Metodológicos 
Esta pesquisa se baseia em procedimentos teóricos, consultas 
bibliográficas através de livros, sites da internet e publicações, onde fará a 
fundamentação teórica, baseada nos objetivos gerais e específicos, de acordo com 
a origem do problema e as questões norteadoras, após análises sucessivas 
executará compilação de dados e a conclusão do trabalho. 
Na realização deste, a metodologia utilizada constou de uma 
pesquisa descritiva sobre o assunto e os dados obtidos para a análise foram 
coletados através da literatura disponível, com o qual se buscou contribuir para o 
entendimento dos efeitos proporcionados pelo mergulho comercial. 
Ainda este também tem um caráter exploratório experimental, com 
um dos propósitos básicos de esclarecer a respeito do mergulho comercial de 
profundidade até cinqüenta (50) metros. A metodologia a ser utilizada para obter 
respostas dos envolvidos na pesquisa será através de questionário, aplicado a 
profissionais que desempenham atividades de manutenção e inspeção dos dutos 
submarinos, monobóias e outros equipamentos subaquáticos, localizados na costa 
marítima sul brasileira, apresentado anexo a este trabalho. 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
10
2.1Conceitos Históricos 
Segundo SÉRGIO COSTA (2004), com certeza nossos ancestrais 
procuravam alimentação em baixo d’água desde épocas remotas. Existem pinturas 
nas covas de Heindrich (Alemanha) que retratam os homens, armados com arpões e 
tendo na boca algo parecido com um tubo respirador, em atitude de perseguição a 
peixes. Estes desenhos foram feitos, muito provavelmente, na era paleolítica. 
Escavações na Ásia Menor, Egito, Babilônia e Tebas encontraram jóias incrustadas 
com pérolas. Isto prova que há 4500 a.C. já se submergia para extração de ostras 
perolíferas. Em Creta que se começou a ter informações mais complexas sobre as 
atividades subaquáticas humanas. De 3000 a 1400 a.C., foi a maior potência 
marítima do mundo e seus restos arqueológicos são muito preciosos. Também 
temos registros na Pérsia, nas ruínas do palácio do Rei Assurbanipal II há um relevo 
de 800 a.C., mostrando um guerreiro provido de um odre de carneiro para poder 
respirar. Outra História conta que na batalha de Artemia, em 484 a.C., entre gregos 
e persas, o mergulhador grego Escilias e sua filha Ciana chegaram por baixo d’água 
até os barcos persas e cortaram suas amarras. Esse feito trouxe a derrota para os 
persas. O grego Aristóteles relata a existência de um engenho chamado Lebeta: “Se 
trata de uma campânula cheia de ar, na posição invertida, de forma cônica no 
interior. Uma vez submersa o mergulhador coloca dentro dela sua cabeça e parte 
superior do corpo. Por toda história antiga têm-se centenas de fatos e contos sobre 
o uso do mergulho para guerrear e alimentar. Na conquista de Tiro, Alexandre 
Magno utilizou mergulhadores que destruíam defesas submersas dos fenícios. 
Existem registros que os fenícios teriam sobrevivido por sete meses, graças aos 
suprimentos levados por mergulhadores que romperam o cerco de Alexandre. Os 
romanos desenvolveram as técnicas e treinamentos específicos para mergulhadores 
de combate, usando aparelhos como o Lebeta, eram os Urinatores”. Sua primeira 
atuação foi durante o ano de 49 a.C., na guerra de César contra Pompeu, no porto 
de Oringue, no Mar Adriático. Seu último feito registrado foi em 200 d.C., durante 
uma batalha em Bizâncio, pelo general Séptimo Severo. Após a queda do Império 
Romano, têm-se as primeiras notícias de mergulhadores especializados em 
recuperar barcos afundados e trabalhos em portos. Durante a 2ª Guerra Mundial, 
Cousteau e sua equipe criaram o “Aqualung”. Na década de 50 começa a 
organização do mergulho autônomo que se espalha pelo mundo submerso, chega a 
11
milhões de pessoas através de documentários e filmes de ficção. Loyde Bridges, 
criador da série “Aventuras Submarinas” divulga e incentiva o mergulho nos EUA, 
uma das potências mundiais nesta área. Surgem grandes organizações americanas 
que fornecem linhas de ensino e prática das atividades subaquáticas. Na França é 
criada a (C M A S) Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas, em 1958, 
que é representado hoje no Brasil pela (CBPDS) Confederação Brasileira de Pesca 
e Desportos Subaquáticos. Hoje se podem dividir os mergulhadores em categorias 
de acordo com suas atividades, amadores, esportistas, cientistas, profissionais e 
militares. No meio amador destacam-se as fotografias, mergulhos em naufrágios e 
observação da vida marinha. Para os cientistas e pesquisadores, o mergulho 
permite realizar observações “in loco” da vida marinha, análise de solo, pesquisas 
arqueológicas e outras atividades de estudo. No meio profissional é usada para 
trabalhos de construção, manutenção e inspeção em portos, hidroelétrica, piers, 
embarcações, plataformas de petróleo, entre outros. 
2.2 Riscos Inerentes a Atividade Subaquática 
Em todos os setores encontramos situações de risco no que tange a 
execução de alguma tarefa, é bem verdade que existem algumas tarefas de risco 
maiores e outras de riscos menores e em outras os riscos são quase inexistentes. 
Desta forma o mergulho não poderia ser diferente por isso o planejamento é 
essencial em todas as operações de mergulho, a análise minuciosa dos riscos 
envolvem muitos aspectos. Quando preparamos uma avaliação de riscos do ponto 
de mergulho, os seguintes fatores devem ser levados em conta: condições da água, 
incluindo movimentação das ondas, temperatura, visibilidade e correnteza. 
Recomenda-se mergulhar em águas claras e quentes, porém na atividade de 
mergulho comercial é comum a realização de trabalhos em condições adversas, 
água fria e escura requer proteção térmica e com a visibilidade limitada, a 
desorientação e mesmo a tontura, resultam da falta de referências visuais enquanto 
submersos, devemos escolher uma proteção térmica adequada tanto para a 
temperatura da água quanto para atender nossas necessidades fisiológicas 
individuais.(FOTO 01) 
Mergulhar em águas onde a visibilidade é restrita pode ser perigoso 
e mergulhos com visibilidade zero requerem equipamentos, treinamentos e 
12
procedimentos especiais; em águas extremamente claras, estimar distâncias 
também pode se tornar um problema, quando isso acontece é fácil exceder o limite 
de profundidade planejado. As marés e as correntes são uma grande preocupação 
para os mergulhadores, as marés são decorrentes da atração gravitacional entre a 
Terra, Lua e Sol e as correntes originadas pelos ventos, força da gravidade e 
movimento de rotação da Terra, podendo arrastar o mergulhador, que ao nadar 
contra a corrente poderá sofrer exaustão física. Verificar sempre as condições 
metereológicas, pois o clima é um fator importante que afeta as operações de 
mergulho. O mergulhador deverá estar atento às condições e perigos do fundo, o 
tipo de fundo na área de mergulho afeta a visibilidade, os fundos de corais apesar de 
propiciarem boa visibilidade, propiciam também abundância de vida marinha, o que 
pode gerar problemas aos mergulhadores, que poderão sofrer cortes e lacerações e 
também os seres marinhos que ali habitam poderão provocar intoxicações nos 
mergulhadores se estes forem atingidos por seus ferrões que poderão conter 
substâncias venenosas. O barco deverá sempre sinalizar através de bandeiras de 
sinalização condizentes com o código internacional de sinais, que existem pessoas 
mergulhando na área em questão.(Foto 02 A e Foto 02 B) 
O mergulhador deverá ficar atento a profundidade, ao tempo de 
mergulho e a velocidade de subida (9m/min), para evitar as doenças 
descompressivas e os acidentes como os baurotraumas, embolias, embriagues das 
profundidades, afogamentos, intoxicação pelo oxigênio, intoxicação pelo gás 
carbônico. O processo de descompressão é fundamental, essencial na atividade de 
mergulho, é imprescindível, porque do contrário o mergulhador poderá morrer. 
Segundo FREDERICO NERY (2005), os acidentes que ocorrem não são 
decorrentes da própria operação, falhas mecânicas ou humanas, mas do 
equipamento manuseado no fundo do mar. 
2.3 A Influência das Alterações Hiperbáricas Sobre o Ser Humano 
13
Ainda segundo FREDERICO NERY (2005), o ser humano não 
precisa ter medo do fogo, do vento nem mesmo da água, porém é preciso conhecê-los, 
para evitar que o pior possa acontecer, veja o que a pressão exercida pela água 
pode provocar no ser humano, conforme observações: alterações respiratórias, 
alterações circulatórias, alterações sanguíneas, alterações urinárias e alterações 
hidroeletrolíticas, além dos acidentes mais comuns em relação ao mergulho 
comercial: baurotraumas, afogamentos, embolias, embriagues das profundidades, 
intoxicação pelo oxigênio, intoxicação pelo gás carbônico, doenças 
descompressivas, apagamento e lesões provocadas por seres marinhos. 
2.4 Medidas Preventivas a Serem Adotadas 
Como é comum deparar em qualquer situação, ou setor, pessoas de 
diferentes níveis de formação costumam dizer: “prevenir é a melhor solução antes 
que um mal maior aconteça”, pensando desta forma, observe as medidas que 
devem ser tomadas pelas pessoas que militam no mergulho: 
a)Obedecer ao que se pede na NR 15 em seu anexo 6, observando principalmente 
as tabelas de descompressão, os padrões psicofísicos para seleção e manutenção 
do pessoal envolvido na atividade de mergulho; 
b)observar as demais recomendações feitas pelos diversos órgãos 
regulamentadores dessas atividades, Ministério do Trabalho, Marinha do Brasil, 
Fundacentro; 
c)obedecer a medidas básicas para o planejamento das operações de mergulho que 
podemos recomendar a seguir: 
c.1)nunca inicie uma operação de mergulho sem a presença de um supervisor ou 
mergulhador com no mínimo três anos de experiência; 
c.2)nunca mande um mergulhador para o fundo sem meios disponíveis de poder 
enviar outro mergulhador em caso de emergência e assegurar-se de que ambos os 
mergulhadores permaneçam no fundo por um tempo razoável; 
c.3)não confie nas profundidades dadas nas cartas náuticas ou nas informações de 
estranhos ao mergulho. Meça a profundidade com uma sonda prumo. Quando a 
operação de mergulho for uma procura, a profundidade deverá ser medida em 
pontos diferentes; 
14
c.4)nunca inicie uma operação de mergulho, sem ter à mão um Jogo de Tabelas de 
Descompressão. Use sempre as mangueiras marcadas em pés, a intervalos 
regulares, e cores padronizadas, para indicar a profundidade correta nos estágios de 
descompressão; 
c.5)em operações de mergulho, a profundidade e a fadiga do mergulhador 
determinam o tempo de fundo e não a quantidade de trabalho a ser feito; 
c.6)o mergulhador não deverá iniciar a descida sem antes determinar o estágio de 
descompressão para o tempo de fundo planejado; 
c.7)a precisão usada no planejamento do mergulho ou operação de salvamento 
representa metade do trabalho, às vezes, dá-se excessiva importância à urgência do 
trabalho resultando chegar pessoal e equipamento ao local sem estarem 
preparados; 
c.8)não envie um mergulhador ao fundo sem que tenha entendido totalmente o 
trabalho que vai executar. Use desenhos, diagramas, se possível, ensaie na 
superfície. Verifique os detalhes em navios iguais (no caso de mergulho em navios). 
Se o mergulhador não entendeu bem sua tarefa, não compensa fazer o mergulho; 
c.9)não realize mergulhos sem que a fonte de ar esteja calculada para todos os 
mergulhos planejados, com reserva adequada para mais um mergulhador, em caso 
de emergência (FOTO 03 E 04); 
c.10)não mergulhe sem que a embarcação de apoio esteja ancorada pelo menos em 
dois pontos (estaiada); 
c.11)não inicie operações de mergulho sem que a bandeira sinalizadora de 
mergulhadores em operação esteja içada em local bem visível; 
c.12)não manobrar ferros (âncora) nem funcionar hélices, enquanto o mergulhador 
estiver no fundo; 
c.13)ao detonar cargas explosivas subaquáticas retire os mergulhadores da água; 
c.14)não deixe um mergulhador trabalhar no interior de destroços (casco soçobrado) 
sem a ajuda de outro mergulhador, que deverá segurar a mangueira no ponto de 
entrada, fazendo o mesmo serviço do guia na superfície; 
c.15)um mergulhador nunca deverá cortar um cabo sem antes verificar a sua 
finalidade; 
c.16)nunca ponha um homem no fundo, enquanto a embarcação estiver se 
movimentando, a não ser em caso de emergência; 
15
c.17)nunca deixe um homem mergulhar sem estar qualificado, exceto durante o 
treinamento; 
c.18)não deixe o mergulhador ir além da profundidade que está qualificado; 
c.19)não deixe um homem mergulhar sem preparo físico e sem exame médico. De 
acordo com as normas da DPC – Departamento de Portos e Costas, exame médico 
para mergulhador é semestral, caso participe de trabalhos de emergência, 
envolvendo vazamentos de hidrocarbonetos, deverá fazer exames médicos após; 
c.20)não permita que um homem mergulhe sem ser instruído e treinado para operar 
os tipos de equipamentos que um determinado mergulho requer; 
c.21)não permita mergulhos àqueles que não conhecem os sinais padrões de 
mergulho (Sinais Manuais); 
c.22)nunca deixe um homem mergulhar se ele consumiu álcool em quantidade 
excessiva nas últimas 24 horas; 
c.23)não deixe mergulhar, um homem que esteja sofrendo de forte resfriado, 
sinusite, problemas de ouvido, ou qualquer doença que se agrave com o mergulho. 
Ouça o médico especialista; 
c.24)não deixe um homem mergulhar se estiver cansado por não ter dormido, ou por 
excesso de exercício físico ou por tensão emocional; 
c.25)nunca exceda o limite de profundidade previsto para os tipos de equipamentos de 
mergulho usados; 
c.26)antes de iniciar o mergulho, remova de sua boca qualquer coisa que possa 
engasgá-lo (dentadura, goma de mascar, etc); 
c.27)o equipamento de mergulho deverá estar sempre em ótimas condições, 
revisado e testado (FOTO 05); 
c.28)a válvula de admissão, retenção e descarga de ar, devem ser inspecionadas 
diariamente antes de se iniciar os mergulhos, verificando-se o correto 
funcionamento; 
c.29)o compressor de mergulho deverá estar corretamente lubrificado, limpo e com 
ventilação apropriada durante o funcionamento. Se o compressor não estiver sendo 
usado, deverá ser posto em funcionamento pelo menos duas vezes por semana; 
c.30)a câmara hiperbárica deverá estar sempre pronta para uso e livre de todo 
material combustível (FOTO 06, 07 E 08); 
c.31)não provocar chama, não levar isqueiro, fósforo, cigarros ou cachimbo para o 
interior da câmara (FOTO 09); 
16
c.32)a câmara hiperbárica deve possuir Tabelas de Descompressão e Tratamento 
tanto no interior como na parte externa; 
c.33)a mangueira de mergulho com linha de vida, deve ser colhida em “oito” quando 
em uso, e guardada em cabide apropriado após o uso. Não se deve arrastar nem 
passar por cantos vivos que possam avaria-la (FOTO 10); 
c.34)muitas colas e solventes usados em equipamentos de mergulho são tóxicos 
e/ou inflamáveis. Observe apropriadas precauções de segurança quando fazendo 
uso delas; 
c.35)não inicie uma operação de mergulho quando o compressor não estiver 
funcionando corretamente ou apresentar indícios de pane (FOTO 11); 
c.36)certifique-se que a máscara está corretamente colocada, e a aranha de fixação 
esteja corretamente fixada, o “manifold” está fechado, o aqualung de segurança 
aberto e a válvula de descarga toda aberta; 
c.37)nunca deixe o mergulhador descer antes de um teste final, a fim de assegurar-se 
que: 
c.37.1)A válvula de descarga da máscara Full - Face foi devidamente regulada; 
c.37.2)a válvula de admissão foi ajustada e o ar estiver passando normalmente; 
c.37.3)as comunicações pelo sistema de fonia estão em ordem; 
c.37.4)a máscara Full – Face tem perfeita vedação à água (FOTO 12); 
c.37.5)o mergulhador tem um suprimento de ar adequado quanto à pressão, volume 
e pureza do ar; 
c.37.6)o mergulhador deu sinal para a descida. 
c.38)Para trabalhar com eficiência e segurança no fundo, o mergulhador deverá ter 
em mente o seguinte: 
c.38.1)Nunca fechar completamente a válvula de admissão do ar, a não ser em caso 
de ruptura da mangueira; 
c.38.2)no caso de falta total de ar (equipamento MASK), o mergulhador pode 
continuar respirando o ar do interior da máscara por aproximadamente 3 minutos, 
este tempo é suficiente para as medidas de emergência serem executadas. 
c.39)O mergulhador não deverá permanecer no fundo, em mar grosso, forte 
correnteza ou em qualquer situação que na opinião do supervisor deixe dúvidas 
quanto a segurança; 
c.40)nunca solde ou corte com corrente alternada, use somente corrente contínua; 
17
c.41)quando trabalhar com casco soçobrado, tenha cuidado para que a mangueira 
não fique presa em cantos vivos. Se isto acontecer, não force a mangueira, procure 
libertá-la. Se não conseguir, não entre em pânico. Peça auxílio à superfície; 
c.42)quando estiver em procura, mantenha sua mangueira tesada. Ande com a 
mangueira esticada; 
c.43)nunca deixe um mergulhador equipado se locomover no convés sem ser 
atendido pelo guia; 
c.44)nunca deixe um homem que não conheça os sinais padrões de mergulho, guiar 
um mergulhador; 
c.45)assim que o mergulhador iniciar a descida na escada, o guia deverá segurar a 
linha de vida com as duas mãos e assim permanecer até o final do mergulho; 
c.46)não deixe a mangueira correr livremente quando o mergulhador estiver 
descendo, controle a velocidade de descida; 
c.47)não deixe a mangueira muito folgada enquanto o mergulhador estiver no fundo. 
Você está contribuindo para que ele se enrosque; 
c.48)não tente dar sinais manuais sem antes tirar toda a folga da mangueira; 
c.49)não dê sinais fortes demais, a ponto de arrancar o mergulhador do fundo. Os 
sinais devem ser curtos e distintos. Jamais abandone a mangueira do mergulhador; 
c.50)nunca folgue demais a mangueira, pois há o perigo do mergulhador cair. 
Mantenha a linha de vida folgada somente o necessário, para que ele possa 
trabalhar; 
c.51)periodicamente, teste a mangueira suavemente até “sentir” o mergulhador. É 
um bom meio de saber se o mergulhador mudou sua posição. Um bom guia pode 
fazer isso sem que o mergulhador saiba; 
c.52)um bom guia pode auxiliar o mergulhador consideravelmente. Um guia 
ineficiente é um perigo em potencial; 
c.53)nunca utilize um homem como guia se ele não entende o perigo de um 
“esmagamento” ou “subida a balão” e o que fazer nestas circunstâncias; 
c.54)o guia deverá estar constantemente alerta. Ele não deve ficar em uma posição 
que possa cair na água acidentalmente; 
c.55) mergulhador deve entrar e sair da plataforma de mergulho sem despender 
excessivo esforço, guardando este para emprego nos trabalhos que deve realizar 
n’água. Empregar preferencialmente cestas elevadas por guinchos ou escadas do 
tipo “espinha de peixe”. O salto n’água só deverá ser utilizado até alturas de 3,0 
18
metros a fim de evitar avarias nos equipamentos. Nunca saltar n’água se estiver 
portando máquina fotográfica, televisão, equipamentos para testes ou qualquer outro 
mecanismo que possa ser avariado pelo choque com a água; 
c.56)quanto a flutuabilidade do mergulhador, este fator deverá ser determinado em 
tanque de mergulho ou em águas paradas. Caso não tenha sido feito, estabelecer o 
número de pesos a ser colocado no cinto do mergulhador antes que este inicie seus 
trabalhos; 
c.57)execução propriamente dita conquanto, esta dependa basicamente do 
mergulhador não deixar de efetuar uma reunião prévia para estabelecer parâmetros 
básicos a serem obedecidos na execução dos trabalhos; 
c.58)o mergulhador deverá entrar na água descendo por uma escala tipo “espinha 
de peixe” ou saltando da plataforma de mergulho. Quando saltando n’água deverá 
fazê-lo na posição vertical quando a altura for superior a 1,0 metro e inferior a 3,0 
metros. Para alturas menores que esta como bordas de embarcações pequenas, por 
exemplo, deverá preferir o giro de costas. 
Tanto no salto vertical quanto no giro de costas o mergulhador deverá: 
1)Segurar a(s) ampola(s) do aqualung. 
2)Segurar a máscara de mergulho e a válvula reguladora. 
c.59)A velocidade de descida é função única da capacidade do mergulhador em 
equilibrar os ouvidos. Nunca use tampões nos ouvidos ou máscaras tipo óculos. A 
velocidade de subida é de 30ft/min. Ao aproximar-se da superfície estenda o braço 
para cima prevenindo-se da possibilidade da existência de objeto flutuante ou 
embarcação na área; 
c.60)emergências são imprevisíveis mesmo nos mergulhos mais bem planejados e 
que empreguem os melhores equipamentos; 
c.61)o mergulhador deverá obrigatoriamente estar familiarizado com os 
procedimentos de emergência. 
2.5 Característica de um evento de mergulho comercial raso: 
19
O mergulho comercial raso é caracterizado pela profundidade na 
qual o trabalho será executado, da qual não deve ser superior a 50 metros. 
Assim como em todas as atividades subaquáticas, no mergulho comercial raso 
também se segue um padrão de segurança, desde o embarque na plataforma de 
apoio ao mergulho (embarcação), até o final do mergulho e retorno para o píer. 
A seqüência cronológica de eventos (ações) necessários para manutenção da 
segurança durante e após os mergulhos segue descrita logo abaixo, segundo FÁBIO 
OTTONI DE BRITO (2005): 
1)Primeiro: Check-List dos Equipamentos 
Compressor - Nível do óleo do motor, combustível, correias e possíveis vazamentos. 
Umbilical - Passar ar pelos umbilicais antes da conexão nas máscaras KMB. 
KMB - Testar fonia, válvula de emergência e fixação do capuz. 
Cilindros de emergência - Verificar a recarga. 
2)Segundo: Cuidados com a Saúde 
O mergulhador deve ingerir bastante líquido, descafeinado e não alcoólico, antes e 
após o mergulho, realizar alongamento antes da entrada na água. 
3)Terceiro: Planejamento do Mergulho 
Conhecimento da profundidade de trabalho e consulta à tabela de descompressão. 
“Briefing” do supervisor para toda a equipe momentos antes do mergulho, para 
esclarecimentos das atividades a serem executadas. 
4)Quarto: A Equipagem do Mergulhador 
Inicia-se com a colocação da roupa de neoprene, das luvas de malha e meias de 
neoprene. Depois se coloca o harnês (corpete) e por cima de tudo veste-se o cinto 
de lastro (chumbo). 
Após estar completamente vestido, colocam-se as nadadeiras e com o auxílio da 
equipe o cilindro de emergência. Por último veste-se a máscara full face KMB e fixa-se 
o umbilical no harnês (corpete), através de um mosquetão. 
Obs: o mergulhador deve estar portando uma faca. 
20
5)Quinto - Teste dos Equipamentos antes da Entrada na Água 
Após estar completamente equipado, o mergulhador deve fazer contato com o 
supervisor, para testar a fonia e a emergência da máscara e aguardar instruções 
para uma entrada na água segura. 
O supervisor deve verificar a pressão de ar no tanque de volume a todo instante e 
orientar o tender (auxiliar de superfície), para liberar ou recolher o umbilical da água. 
6)Sexto - Após a entrada na água; 
O mergulhador deve comunicar o supervisor o início da descida e a chegada ao 
local de trabalho. O mergulhador deve manter contato com seu dupla durante todo o 
trabalho. 
O supervisor deve verificar durante os trabalhos a profundidade máxima atingida 
pelos mergulhadores e monitorar constantemente o tempo de mergulho dos 
mesmos. 
Após o término dos trabalhos e/ou tempo de fundo, o supervisor deve orientar o 
retorno dos mergulhadores à embarcação. Os mergulhadores devem comunicar o 
supervisor o início da subida para superfície, o supervisor deve comunicar aos 
tenders para o recolhimento dos umbilicais. A subida deve ser lenta (9m/min). 
Os mergulhadores, assim como o supervisor, devem sempre ficar atentos com a 
movimentação de embarcações perto da locação de mergulho. 
Após a chegada à superfície, os mergulhadores devem avisar o supervisor e 
embarcar na lancha através de uma escada. Os mergulhadores após saírem da 
água devem se hidratar e não realizar exercícios extenuantes. 
Encerra-se aí um evento completo de mergulho comercial raso. 
2.6 Fundamentos Teóricos 
Ainda segundo Sérgio Costa (2004), o mergulho é uma atividade 
humana de origem tão remota que existem provas que datam do ano 2.000 a.C., 
encontradas no Peru. Durante séculos tentou-se diferente forma de equipamentos 
para realização de mergulhos, em 1623 inventou-se um traje de mergulho que 
recebia ar da superfície por meio de uma mangueira de couro e uma draga, para 
21
recuperar tesouros; em 1837 o inglês Siebe revolucionou os sistemas de mergulho 
existentes ao desenhar uma roupa de mergulho fechada, exceto nas mãos, na qual 
o mergulhador ficava protegido do frio e do contato com o fundo marinho, o ar era 
suprido da superfície por uma mangueira, mediante uma bomba; mais de um século 
depois um engenheiro e um oficial da Marinha de Guerra francesa, Cousteau, 
construíram o que seria o equipamento autônomo para respiração subaquática, com 
o complemento de nadadeiras, o que permitia ao homem nadar em qualquer 
direção. Atualmente, em grande parte estimulado pelo desenvolvimento e incentivo 
das explorações submarinas petrolíferas, os meios técnicos em forma de 
equipamentos de mergulho, instalações, equipamentos eletrônicos, câmaras de 
compressão e descompressão, assim como navios de apoio na superfície, são cada 
vez mais complexos e exigem um pessoal cada vez melhor preparado. 
Trabalhos submersos são aqueles efetuados em meio líquido, onde 
o mergulhador é submetido a pressões maiores que a atmosférica, e é exigida 
cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas existentes na Norma 
Regulamentadora n. º 15, Anexo 6. 
Os mergulhadores são classificados em dois níveis, a saber, o 
mergulhador raso, profundidade de até 50 metros, o qual está habilitado apenas 
para operação de mergulho utilizando ar comprimido e mergulhador profundo, 
profundidade a partir de 50 metros, o qual possui habilitação para operações de 
mergulho que exije a utilização de mistura respiratória artificial – MRA. Conforme 
mencionado anteriormente este trabalho estará abordando o mergulho raso. O 
mergulho ainda pode ser: 
a)Mergulho em apnéia: é o mergulho sem nenhum tipo de equipamento, no qual o 
mergulhador não respira, logo, permanecendo um tempo restrito sob a água; 
b)mergulho com respiração subaquática: é o mergulho realizado com a utilização de 
algum tipo de equipamento para provir ar ao mergulhador. 
Quanto ao gás respirado e profundidade, temos: 
a)Mergulho com ar comprimido, mergulho raso. Profundidade de até 50 metros. É o 
limite para a utilização do ar comprimido; 
b)mergulho com mistura respiratória artificial (MRA), mergulho fundo, profundidade 
maior que 50 metros. É usada uma mistura respiratória, composta de hélio e 
oxigênio (HeO2). 
Quanto ao tempo: 
22
a)Mergulho Simples: é aquele realizado após um período maior que 12 (doze) horas 
de outro mergulho; 
b)mergulho Repetitivo: é aquele realizado antes de decorridas 12 (doze) horas do 
término de outro mergulho. 
2.6.1 Quanto ao Tipo de Equipamento 
Ao longo dos tempos o mergulho e o homem foram evoluindo, 
conforme as necessidades exigiam e isso fez com que tivesse a necessidade de 
classificá-lo, quanto ao tipo de equipamento, conforme segue: 
a)Mergulho autônomo: é aquele no qual a fonte de respiração é transportada pelo 
mergulhador; 
b)mergulho dependente: é aquele no qual a fonte respiratória está na superfície, e 
chega ao mergulhador através de uma mangueira integrante do "umbilical"; 
c)mergulho com umbilical ligado diretamente à superfície: o mergulhador está preso 
à superfície, pela linha de vida. Somente permitido em mergulho até 50 metros; 
d)mergulho com sino aberto (Sinete): campânula com a parte inferior aberta e 
provida de estrado, de modo a abrigar e permitir o transporte de no mínimo dois 
mergulhadores da superfície ao local de trabalho. Deve possuir sistema próprio de 
comunicação, suprimento de gases de emergência, vigias que permitam a 
observação de seu exterior e equipamentos de filmagem fixados no sinete e na 
KMB. É exigido em mergulhos de até 90 metros, e é também exigido para mergulhos 
em plataformas de petróleo até 50m; 
e)mergulho com sino de mergulho fechado: câmara hiperbárica especialmente 
projetada para ser utilizada em trabalhos submersos, com a mesma pressão do 
ambiente de trabalho. É uma campânula fechada, utilizada para transferir os 
mergulhadores, sob pressão, entre o local de trabalho e a câmara de 
descompressão de superfície. 
2.6.2 Algumas Técnicas Utilizadas no Mergulho 
23
Em qualquer ramo de atuação é imprescindível que busque o 
caminho mais curto para chegar a um resultado satisfatório, por isso a técnica 
utilizada com eficácia, poderá fazer a diferença, na seqüência algumas técnicas 
utilizadas para o mergulho: 
a)Mergulho Unitário ou de Intervenção (bounce diving), é o mergulho caracterizado 
pelas seguintes condições: 
a1)Utilização de mistura respiratória artificial; 
a2)quando do retorno à superfície, o mergulhador deverá ser descomprimido; 
a3)tempo de trabalho de fundo limitado há 160 minutos, em caso de utilização de 
sino aberto; 
a4)utilizando sino de mergulho, o tempo de fundo não poderá exceder: 
a4.1)noventa (90) minutos para mergulhos até 90 metros; 
a4.2)sessenta (60) minutos para mergulhos entre 90 e 120 metros; 
a4.3)trinta (30) minutos para mergulhos entre 120 e 130 metros. 
b) Mergulho com técnica de saturação, procedimentos pelos quais o mergulhador 
evita repetidas descompressões para a pressão atmosférica, permanecendo 
submetido à pressão ambiente maior que aquela, de tal forma que seu organismo se 
mantenha saturado com os gases inertes das misturas respiratórias. O mergulhador 
permanece saturado numa câmara de superfície durante a operação. O tempo 
máximo de permanência saturado é de 28 dias. 
2.6.3 As equipes de Mergulho Com Profundidade até 50 Metros 
O homem nasceu para viver no coletivo, isso é percebido ao longo 
da história e cada vez mais vem procurando acentuar este costume. E no mergulho 
também não foge à regra, conforme segue: 
a)Equipe básica para descompressão na água utilizando ar comprimido: 
01supervisor; 
01mergulhador para execução do trabalho; 
01mergulhador de reserva, pronto para intervir em caso de emergência; 
01auxiliar de superfície. 
24
b)Com descompressão em câmara na superfície: (Equipe básica descrita no item a) 
acrescida de um (01) mergulhador e de um (01) operador de câmara de 
descompressão quando houver. 
c)Trabalhos em condições perigosas: Equipe básica descrita no item a ou b 
acrescida de um (01) mergulhador na equipe básica, que ficará submerso. 
d)Trabalho que exija dois (02) ou mais mergulhadores submersos: em toda 
operação de mergulho em que, para a realização do trabalho for previsto o emprego 
simultâneo de dois (02) ou mais mergulhadores na água, deverá existir no mínimo 
um (01) mergulhador de reserva, para cada dois (02) submersos. 
2.6.4 Mergulho Autônomo 
Obrigatório dois (02) mergulhadores submersos de modo que um 
possa, em caso de necessidade, prestar assistência ao outro. Esta operação deverá 
ser apoiada por uma embarcação miúda. O mergulho autônomo somente será 
utilizado em casos especiais, quando as condições de segurança indiquem ser mais 
apropriado. 
2.7 Acidentes Tratamentos e Profilaxia 
Segundo ROBERTO TRINDADE (2002), pode-se dizer que o 
homem vive entre a superfície de um mar líquido e o fundo do mar gasoso. O peso 
dessa camada gasosa exerce sobre sua superfície corporal uma pressão de 1 
Kg/cm2, a chamada pressão atmosférica, a qual seu organismo está adaptado. Ao 
aventurar-se nas incursões submarinas, passa a enfrentar uma série de elementos 
adversos. O primeiro mergulho sem equipamento foi certamente limitado quanto à 
profundidade e duração, servindo para despertá-lo para a beleza do mundo 
submarino. Muitos na época desejavam através de engenhos introduzir o homem 
nesse meio, porém muitos desses engenhos eram incapazes de resistir a uma 
experimentação prática, os quais mais tarde tornaram-se exeqüíveis. Com a 
invenção dos compressores de ar comprimido surgiram as primeiras experiências 
com os chamados aparelhos dependentes, e mais tarde o equipamento autônomo. 
25
Com o avanço tecnológico o mergulho de saturação e o mergulho profundo são 
realidades incontestes. 
Ao ingressar neste mundo o homem deparou-se com uma série de 
condições adversas, as quais sejam: meio respiratório; variação da pressão e do 
volume com os deslocamentos verticais; saturação e dessaturação; o frio; a 
visibilidade; redução do peso absoluto; a degradação do trabalho e os seres 
marinhos. 
Em virtude dessas condições adversas o homem deparou-se 
também com os efeitos que tais adversidades podem causar ao organismo, bem 
como, os sintomas e sinais, procurando em função de tais condições, o tratamento e 
profilaxia. 
Ainda segundo ROBERTO TRINDADE (2002), é importante destacar 
que todo mergulho carrega riscos de ferimentos por causa de fatores únicos ao 
ambiente aquático e pelos exercícios físicos extenuantes. A maioria desses riscos 
pode ser tremendamente reduzida através de um bom planejamento, da preparação 
e do julgamento antes do mergulho. Práticas cautelosas e atenção à sua capacidade 
para o mergulho e à de seu companheiro e a dedicação para manter as habilidades 
de mergulho, podem reduzir as chances de ferimentos. Porém eliminar todos os 
riscos é praticamente impossível. 
2.8 Fatores Motivacionais Que Levam o Homem a Praticar Mergulho Comercial 
Neste momento procurou-se analisar o que os pensadores abordam 
a respeito do tema motivação. Os filósofos afirmam que a razão e a vontade 
guiavam o comportamento humano. Entretanto, as pesquisas com seres humanos e 
animais forçaram os psicólogos a concluir que nem todos os comportamentos 
humanos são guiados pela razão e começaram a estudar outros fatores que 
poderiam servir como fontes de motivos. Tais fontes foram enquadradas em quatro 
categorias, de acordo com FIAMENGHI (2001, p. 41): 
26
Alguns comportamentos humanos, assim como o de animais, são 
motivados por fatores biológicos básicos, particularmente a 
necessidade de comida, água e regulação de temperatura; 
Os fatores cognitivos motivam o comportamento humano. As 
pessoas geralmente se comportam de certas formas por causa do 
que elas pensam ser possível e de como elas antecipam como os 
outros vão reagir. 
Os fatores emocionais fornecem uma terceira fonte de motivação. 
Uma pessoa que tenha quase morrido de fome poderá, mais tarde, 
acumular comida, não porque haja risco real de fome no futuro, mas 
porque o pensamento de ficar sem comida cria desequilíbrio 
emocional. O pânico, medo, raiva, amor, ódio e muitas outras 
emoções podem ser cruciais para o comportamento, estendendo-se 
do egoísmo até o assassinato brutal. 
As pessoas reagem aos pais, professores, irmãos, amigos, televisão 
e outras fontes. A influência combinada destes fatores sociais na 
motivação tem efeito profundo em virtualmente todos os aspectos do 
comportamento humano. Denomina-se assim, comportamento 
motivado o comportamento dirigido em relação ao significado da 
estimulação, para atingir um objetivo. 
“A motivação é a insistência em caminhar em direção a um objetivo”, 
conforme SINGER (1977, p.47). Porém, existem ocasiões onde o incentivo principal 
pode ser o alcance de uma recompensa, tal como ter o nome impresso, ganhar um 
troféu ou elogio. Em outras ocasiões, o incentivo pode tomar a forma de um impulso 
interno para o sucesso, para provar ou conseguir algo para se auto-realizar. 
Conforme artigo divulgado por MIRANDA e RIBEIRO (1997, p. 80) 
definem que: o termo motivação no trabalho de alto rendimento tem sua importância 
justificada pela própria característica do trabalho que é desenvolvido pelos fatores 
sociais. As altas cargas de treinamento despendidas diariamente podendo chegar 
até seis horas por dia. 
Assim, considerando a relação entre êxito e fracasso como 
características da motivação de rendimento, sugere-se que o desempenho do 
mergulhador comercial funciona como uma montanha-russa, onde a convivência 
com o fracasso e o êxito exige um aprendizado constante. No entanto, MIRANDA e 
RIBEIRO (1997), consideram que as razões dadas pelos indivíduos para seus 
sucessos relativos podem ser colocadas em várias escalas continuas, expressando 
motivos externos ou internos a eles próprios. 
27
Motivos internos e externos são chamados de atributos internos, e 
estes compreendem esforço e habilidade, ou seja, ao perderem, ou 
se não se esforçarem bastante individualmente ou, sua equipe e o 
culpado ou, por ocasião de uns trabalhos realizados com êxito, que 
possuem melhor técnica. E os externos compreendem fatores como 
sorte, ou um maior esforço deste (MIRANDA e RIBEIRO, 1997, 
p.81). 
Entende-se, assim, que a motivação seja um impulso que venha de 
dentro e que tem, portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa. É 
interessante notar que, cada dia mais, os autores têm-se referido à importância das 
fontes internas ou intrínsecas de energia motivacional, deixando sempre subjacente 
à crença de que nada se pode fazer para conseguir motivação de uma pessoa, a 
não ser que ela mesma esteja espontaneamente predisposta. 
É evidente que todo desempenho supõe que duas condições sejam 
preenchidas, conforme cita (BERGAMINI, 1997, p. 83): 
Que seja capaz de executá-la (aptidão) e que se tenha a vontade 
(motivação). Assim, o propósito é o de analisar os determinantes do 
desempenho, mas somente situar e definir concretamente a 
motivação. Deve-se então, ter em mente que essencialmente se trate 
de um processo que implica a vontade de efetuar um trabalho ou de 
atingir um objetivo, o que cobre três aspectos: fazer um esforço, 
manter esse esforço até que o objetivo seja atingido e consagrar a 
ele a necessária energia. Em outras palavras, motivação, é a direção 
e a amplitude das condutas, que comportamento é escolhido e com 
que vigor e intensidade. 
3 RECURSOS 
Serão utilizados para fins ilustrativos fotos, vídeos, gráficos, tabelas 
e outros documentos. 
28
4 CONCLUSÕES 
A elaboração deste trabalho foi muito gratificante, pois encontramos 
muita dificuldade na pesquisa de material técnico e didático, por tratar-se de uma 
área ainda pouco explorada e quase não divulgada pela Engenharia de Segurança. 
No decorrer da pesquisa, nos deparamos com situações diversas na execução dos 
trabalhos submersos, vários foram os relatos sobre falta de apoio técnico para 
melhor compreensão no que se refere à execução das tarefas dentro de condições 
seguras, pois a área da Engenharia de Segurança, está apenas começando a 
participar dos trabalhos do mergulho comercial raso, face a escassez de 
profissionais habilitados simultaneamente nas duas áreas que envolvem este tipo de 
atividade. A Engenharia de Segurança tem muito a pesquisar e evoluir, para atuar 
na área citada, a carência de dados e falta de informações técnicas fazem com que 
os trabalhos sob condições hiperbáricas não sejam tão bem compreendidos pelos 
profissionais da área de segurança, pois a dificuldade em elaborar um programa de 
segurança adequado aos trabalhos em ambientes aquáticos, os tornam propícios a 
causarem acidentes a quem os executam. A falta de acesso a materiais técnicos e à 
prática de mergulho, dificulta a pesquisa e análise dos riscos encontrados no 
ambiente submerso. 
Desejamos que o nosso trabalho sirva como ponto de partida para 
novas pesquisas, subsidiando profissionais da área de Engenharia de Segurança e 
da área de Mergulho Comercial Raso, com informações úteis, que poderão ser de 
grande valia para os próximos pesquisadores, que necessitem desta literatura para 
suas referências. 
29
5 REFERÊNCIAS 
DRUCKER (1986) (7) site www.sobes.com.br 
ROSSETTI, P. J. Introdução à Economia. 13ª ed., São Paulo: Atlas S/A, 1988. 
p.30-40. (7) 
ADOLFSON, M. e BERGHAGE,B. (1974) (9) site www.sobes.com.br 
SERGIO COSTA (2004) (11) (21) site www.brasilmergulho.com.br 
FREDERICO NERY (2005) (13) (14) site www.brasilmergulho.com.br 
FABIO OTTONI DE BRITO (2005) (20) site www.vidamar.org.br 
TRINDADE, R. Manual de Rescue Diver. Rio de Janeiro:PDIC do Brasil, 2002. (25) 
(26) 
FIAMENGHI, J. G. A. Motivos e Emoções. São Paulo: Mackenzie, 2001. 75p.(26) 
SINGER, R. N. Psicologia dos Esportes. Mitos e verdades. 2ª ed., São Paulo: 
Harper & Row do Brasil, 1997. p.79-88. (27) 
MIRANDA, R; RIBEIRO, L. C. Motivação: A Compreensão teórica para a 
melhoria do desempenho atlético nos treinamentos e competições esportivas. 
Treinamento desportivo. V. 2. Nº 01 São Paulo: 1997. p 79-88.(27) (28) 
BERGAMINI, C. W. Motivação nas organizações. 4ª ed., São Paulo: Atlas S/A, 
1997. 199p. (28) 
SANTOS, A.R dos. Metodologia científica. A construção do conhecimento. Rio 
de Janeiro: DP&A editora, 1999. 
REVISTA PROTEÇÃO, EDIÇÃO DE JANEIRO DE 2005. 
MANUAL DE OPERAÇÕES DE MERGULHO DA EMPRESA SUB-MARINE. 
NORMAS MARÍTIMAS (NORMAM 15) E NORMA REGULAMENTADORA (NR 15). 
www.brasilmergulho.com acesso 15/06/2004 
www.submarineserviços.com.br acesso 15/06/2004 
www.sobes.com.br acesso 16/06/2004 
www.vidamar.org.br acesso 20/07/2004 
www.mte.gov.br acesso 20/07/2004 
30
6 ANEXOS 
ANEXO 01 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS MERGULHADORES 
1) Sexo 
a) ( ) Masculino 
b) ( ) Feminino 
2) Idade 
a) ( ) 20 a 25 anos 
b) ( ) 25 a 30 anos 
c) ( ) 30 a 35 anos 
d) ( ) acima 35 anos 
3) Tempo de experiência 
a) ( ) de 0 à 3 anos 
b) ( ) de 3 à 6 anos 
c) ( ) de 6 à 9 anos 
d) ( ) de 9 à 12 anos 
4) Grau de instrução 
a) ( ) Ensino médio incompleto 
b) ( ) Ensino médio completo 
c) ( ) Terceiro grau incompleto 
d) ( ) Terceiro grau completo 
e) ( ) Especialização incompleta 
f) ( ) Especialização completa 
g) ( ) Outros 
5) Com que freqüência você mergulha? 
6) Qual o tempo de repouso que você observa entre os mergulhos? 
7) Quais os equipamentos que você utiliza? Qual a condição dos mesmos? 
31
8) Escolheu esta profissão por influência 
a) ( ) Própria 
b) ( ) De amigos 
c) ( ) De pais 
d) ( ) Outros 
9) Como é formada sua equipe? 
10) Quais as condições do barco que sua equipe utiliza? Quais os equipamentos de 
navegação e comunicação que o barco possue? 
11) Você já teve problemas ocasionados pelo mergulho? 
12) Caso afirmativo, qual o tipo de acidente que você sofreu? 
13) Quais as medidas tomadas? 
14) Quais as medidas preventivas que sua equipe utiliza para evitar acidentes? 
15) Você faz avaliação médica periódica? Qual a periodicidade e quais os exames 
solicitados? 
16) Você já presenciou algum acidente de mergulho? Quais as conseqüências do 
mesmo? 
17) Qual é a profundidade mais freqüente que você mergulha? 
18) Qual a atividade mais freqüente que você realiza sob a água? 
19) Quem lhes dá suporte em casos de emergência? 
20) Qual foi seu mergulho inesquecível? Por quê? 
32
ANEXO 02 - DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS 
Aplicamos o questionário ao grupo de mergulhadores que nos forneceu 
apoio técnico na elaboração deste trabalho. O grupo é formado por dois 
supervisores e dez mergulhadores, que atuam na costa marítima sul brasileira. O 
grupo é formado na sua totalidade por integrantes do sexo masculino, a maioria 
possui entre trinta e trinta e cinco anos de idade, possui também mais de nove anos 
de experiência na área de mergulho, escolaridade ao nível de segundo grau 
completo, sendo que a minoria possui nível superior, pois a atividade não exige que 
o profissional possua o terceiro grau, porém os que o possuem adquirem uma visão 
diferenciada da sua profissão podendo estabelecer parâmetros de comparação com 
outras profissões, tomando consciência da real dimensão da importância que sua 
atividade possui. 
O grupo foi unânime em reconhecer a excelente qualidade dos 
equipamentos individuais por eles utilizados e que os mesmos encontram-se em 
boas condições de uso, porém quando se trata dos equipamentos coletivos, 
embarcação, também foram unânimes em defini-la como em condições precárias, 
devido ao fato de ser muito antiga. Possue um radar que está em mal estado de 
conservação e um rádio VHF. 
A maioria absoluta nunca sofreu nenhum acidente de mergulho com 
conseqüências, apenas a minoria já apresentou algum sintoma de mal 
descompressivo, mas de grau muito leve, não havendo necessidade de afastamento 
mesmo temporário. Da mesma forma a maioria também nunca presenciou acidentes 
com outro mergulhador. 
Toda equipe passa por exames médicos periódicos de seis em seis meses, 
exigidos pelas normas, todos são treinados continuamente em primeiros socorros 
aplicados à atividade subaquática, bem como treinamentos técnicos para melhor 
execução de suas tarefas, briefing’s antes da execução de qualquer mergulho são 
práticas rotineiras para a equipe em questão. 
Perguntados sobre o seu mergulho inesquecível, os relatos foram todos de 
grande emoção e nos levaram um pouco a imaginar o mundo no qual esses homens 
trabalham, tão diferente do nosso, executando tarefas que em condições normais, 
em terra, já seriam extremamente extenuantes e perigosas, porém exercem sua 
profissão de maneira digna e com extremo profissionalismo, sempre respeitando às 
33
normas de segurança, bem como em harmonia com o meio subaquático, dando 
atenção especial a qualidade dos serviços prestados, observando a técnica 
apropriada na execução de cada tarefa específica, porém não esquecendo de 
preservar o meio ambiente. 
34
ILUSTRAÇÕES 
35
ROUPAS DE NEOPRENE 
36
BANDEIRA ALFA 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS – BANDEIRA ALFA 
37
BANDEIRA DE MERGULHO 
CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS – BANDEIRA INDICATIVA DE 
MERGULHO 
38
COMPRESSOR E CILINDROS UTILIZADOS 
39
COMPRESSOR UTILIZADO PARA RECARREGAR OS CILINDROS DE AR 
COMPRIMIDO 
40
EQUIPAMENTOS 
41
VISTA DA CAMARA HIPERBÁRICA 
42
VISTA DA CAMARA HIPERBÁRICA 
43
VISTA LATERAL DA CAMARA HIPERBÁRICA 
44
VISTA INTERNA DA CÂMARA HIPERBÁRICA 
45
UMBILICAL 
46
COMPRESSORES 
47
MÁSCARA KIRBY MORGAN (KMB) 
48
49

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Trabalho sob condições hiperbáricas

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS TRABALHO DOS MERGULHADORES CURITIBA
  • 2. 2005 WILZA CARLA ALEXANDRINO GRANETO VALDEMAR DA SILVA OLIVEIRA NETO VLADIMIR ROGÉRIO BACKES TRABALHO SOB CONDIÇÕES HIPERBÁRICAS TRABALHO DOS MERGULHADORES TCC apresentado com a finalidade de obtenção do título de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Orientador Eng. Seg. Luiz Carlos Lavalle, Esp 2
  • 3. CURITIBA 2005 RESUMO O presente trabalho tem por objetivo narrar o histórico da atividade de mergulho, desde os primórdios da humanidade até os dias de hoje, definindo e classificando quanto aos tipos de mergulho existentes, técnicas empregadas, tempo e composição das equipes técnicas utilizadas, citando os riscos envolvidos na atividade, medidas preventivas, normas e legislação inerentes à atividade, e equipamentos utilizados. O estudo baseia-se em procedimentos teóricos, consultas bibliográficas, atendo-se ao mergulho comercial raso praticado no mar, cuja profundidade não ultrapassa cinqüenta metros. Segue uma abordagem para os riscos encontrados na execução de trabalhos submersos, em atividades de inspeção de rotina, manutenção de equipamentos submarinos destinados ao transporte de petróleo através de um estudo de caso, onde se procura verificar que os riscos envolvidos nessa atividade são grandes e que, talvez, se configure como sendo uma das atividades de maior grau de risco, classificada como risco 4, insalubridade em grau máximo. Busca-se evidenciar a necessidade de preparo para o exercício da profissão, obtida através de cursos especializados, treinamentos constantes, avaliações médicas e psicológicas, adoção de medidas prevencionistas e atitudes seguras no exercício das atividades. 3
  • 4. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FOTO 01 ROUPAS DE NEOPRENE PG 36 FOTO 02 A E 02B CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS – BANDEIRAS INDICATIVAS DE MERGULHO PG 37 PG 38 FOTO 03 COMPRESSOR E CILINDROS UTILIZADOS PG 39 FOTO 04 COMPRESSOR UTILIZADO PARA RECARREGAR OS CILINDROS DE AR COMPRIMIDO PG 40 FOTO 05 EQUIPAMENTOS PG 41 FOTO 06 VISTA DA CÂMARA HIPERBÁRICA PG 42 FOTO 07 VISTA DA CÂMARA HIPERBÁRICA PG 43 FOTO 08 VISTA LATERAL DA CÂMARA HIPERBÁRICA PG 44 FOTO 09 VISTA INTERNA DA CÂMARA HIPERBÁRICA PG 45 FOTO 10 UMBILICAL PG 46 FOTO 11 COMPRESSORES PG 47 FOTO 12 MÁSCARA KMB ( KIRBY MORGAN) PG 48 GLOSSÁRIO 4
  • 5. CÂMARA HIPERBÁRICA Vaso de pressão especialmente projetado para a ocupação humana, no qual os ocupantes podem ser submetidos a condições hiperbáricas. DESCOMPRESSÃO Conjunto de procedimentos, através do qual um mergulhador elimina do seu organismo o excesso de gases inertes absorvidos durante determinadas condições hiperbáricas, sendo tais procedimentos absolutamente necessários, no seu retorno a pressão atmosférica, para a preservação da sua integridade física. EQUIPAMENTO AUTÔNOMO DE MERGULHO Aquele em que o suprimento de mistura respiratória é levado pelo próprio mergulhador e utilizado como sua única fonte. LINHA DE VIDA Um cabo, manobrado do local onde é conduzido o mergulho, que conectado ao mergulhador, permite recupera-lo e içá-lo da água, com seu equipamento. MERGULHADOR Profissional qualificado e legalmente habilitado para utilização de equipamentos de mergulho submersos. OPERAÇÃO DE MERGULHO Toda aquela que envolve trabalhos submersos e que se estende desde os procedimentos iniciais de preparação até o final do período de observação. TÉCNICAS DE SATURAÇÃO Procedimentos pelos quais um mergulhador evita repetidas descompressões para a pressão atmosférica, permanecendo submetido à pressão ambiente maior que aquela, de tal forma que o seu organismo se mantenha saturado com os gases inertes das misturas respiratórias. TRABALHO SUBMERSO Qualquer trabalho realizado ou conduzido por um mergulhador em meio líquido. UMBILICAL O conjunto de linhas de vida, mangueira de suprimento respiratório e outros componentes que se façam necessários à execução segura do mergulho, de acordo com a sua complexidade. KMB (MÁSCARA FULL FACE) Máscara que envolve toda a cabeça do mergulhador e que permite respirar tanto pelo nariz como também pela boca.Permite que o mergulhador respire mesmo inconsciente.Equipamento obrigatório. RESUMO LISTA DE ILUSTRAÇÕES 5
  • 6. GLOSSÁRIO SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................07 1.1 Justificativa...........................................................................................................08 1.2 Objetivos...............................................................................................................08 1.2.1 Objetivo Geral..................................................................................................08 1.2.2 Objetivos Específicos......................................................................................08 1.3 Problema e Questões Norteadoras......................................................................09 1.3.1 Problema...........................................................................................................09 1.4 Procedimentos Metodológicos.............................................................................10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................11 2.1Conceitos Históricos.............................................................................................11 2.2 Riscos Inerentes a Atividade Subaquática...........................................................12 2.3 A Influência das Alterações Hiperbaricas Sobre o Ser Humano..........................14 2.4 Medidas Preventivas a Serem Adotadas.............................................................14 2.5 Características de um Evento de Mergulho Comercial Raso...............................20 2.6 Fundamentos Teóricos.........................................................................................21 2.6.1 Quanto ao Tipo de Equipamento.......................................................................23 2.6.2 Algumas Técnicas Utilizadas no Mergulho........................................................24 2.6.3 As equipes de Mergulho Com Profundidade até 50 Metros..............................24 2.6.4 Mergulho Autônomo..........................................................................................25 2.7 Acidentes Tratamentos e Profilaxia......................................................................25 2.8Fatores Motivacionais Que Levam o Homem a Praticar Mergulho Comercial......26 3 RECURSOS............................................................................................................28 4 CONCLUSÕES.......................................................................................................29 5 REFERÊNCIAS......................................................................................................30 6 ANEXOS.................................................................................................................31 ANEXO 01 QUESTIONÁRIO APLICADO AOS MERGULHADORES...................31 ANEXO 02 DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS.................33 7 ILUSTRAÇÕES.......................................................................................................34 1 INTRODUÇÃO 6
  • 7. Segundo DRUCKER (1986, p. 95) o momento em que se encontra a sociedade, pode-se dizer, está na verdade nos estágios iniciais de uma das mais importantes transformações tecnológicas, é de longe a mais avassaladora do que os mais arrebatados “futurólogos” poderiam imaginar. Trezentos anos de tecnologia chegaram ao fim depois da Segunda Guerra Mundial. Nesses três séculos, o mundo de tecnologia foi de natureza mecânica. Neste momento o que predomina na sociedade industrial, é o que se chama de tecnologia de ponta, ou alta tecnologia. Não há dúvida de que a alta tecnologia seja sob a forma de computadores ou telecomunicações, robôs nas fábricas ou automatização de escritórios, é de incomensurável importância qualitativa. Quando se fala em tecnologia, essa vem impulsionar setores de produção para atender a necessidade e a demanda do homem. O setor do mergulho comercial da área petrolífera, tipo “off shore”, que é objeto de estudo desta obra também está inserido neste contexto. Segundo ROSSETTI (1988, p. 40) ao longo da civilização humana percebe-se claramente que o homem sempre busca formas variadas de sobrevivência, sejam elas em economias capitalistas, socialistas ou mistas. Sabendo que o Brasil é um país de economia capitalista e este estudo tem como foco o Brasil, destacará neste momento, o homem brasileiro que busca sua sobrevivência através do mergulho comercial. A idéia central desta obra é estudar as atividades do mergulhador comercial que atua no mar. Mergulhador esse que atua em água de profundidade de até cinqüenta (50) metros, chamado mergulho comercial raso, em atividade de inspeção e manutenção de equipamentos submarinos destinados ao transporte de petróleo. O presente estudo inclui capítulo que analisa a situação dos mergulhadores do Brasil enquanto profissional, isto é, através das bibliografias disponíveis, analisando aspectos históricos, conceituais e legais, inclui também capítulo analisando a pesquisa aplicada para os mergulhadores que trabalham na costa marítima sul brasileira. 1.1 Justificativa 7
  • 8. Este trabalho nasceu da necessidade de se realizar um estudo mais aprofundado da situação do mergulhador comercial que atua a profundidade de até cinqüenta (50) metros. Justifica a realização desta obra, até porque é uma profissão muito antiga que já apresentou muitas evoluções principalmente no que tange a utilização de equipamentos desde seus primórdios até os dias atuais e a população brasileira de forma geral, pouco ou não nada sabe a respeito desta atividade essencial à nossa indústria petrolífera. A identificação dos riscos, as medidas preventivas, os treinamentos, as avaliações periódicas, as atitudes prevencionistas, são de vital importância nesta área de atividade, por isso o nosso estudo visa abordar os riscos envolvidos e os cuidados necessários a serem tomados para que o mergulho seja uma atividade segura. 1.2Objetivos 1.2.1 Objetivo Geral Tem-se por objetivo narrar o histórico desta atividade, definir e classificar quanto aos tipos de mergulho existentes, técnicas empregadas, tempo, equipes técnicas utilizadas evidenciando-se os riscos e as medidas de prevenção. 1.2.3 Objetivos Específicos a)Analisar como os pensadores e historiadores vêem esta profissão; b)detectar se a atividade de mergulhador em estudo apresenta segurança para os profissionais; c)estudar o que deve ser feito para o profissional de mergulho, trabalhar com segurança; d)servir de subsídios para outros pesquisadores que desejem aprofundar estudos sobre o assunto. 1.3Problema e Questões Norteadoras 8
  • 9. 1.3.1 Problema As alterações da fisiologia provocadas pelo mergulho, acidentes e doenças que o mergulho pode causar, segundo ADOLFSON e BERGHAGE (1974), no ambiente submarino algumas adaptações humanas se fazem necessárias: a) Com sua respiração aérea, o homem é incapaz de utilizar o oxigênio dissolvido na água. Para sobreviver leva consigo um reservatório de ar juntamente com os dispositivos que lhe permitem respirá-lo. Esse ar deverá ser respirado à pressão ambiente, ou seja, em condições hiperbáricas, introduzindo um aumento do trabalho respiratório proporcional à profundidade do mergulho; b)devido a diferença de densidade entre a água e o ar, cerca de 800 vezes, se mergulhar a uma profundidade de dez (10) metros, uma outra pressão igual a atmosfera (1Kg/cm) vem se somar a preexistente e assim ocorre a cada 10 metros. O organismo humano habituado a suportar pequenas variações de pressões terá que se adaptar a variações bem maiores para descer a profundidades razoáveis; c)ao submeter-se a um aumento de pressão, o homem satura-se de nitrogênio proporcionalmente a profundidade do mergulho. A volta à superfície deverá ser controlada para permitir uma dessaturação gradativa ou sobrevirá um acidente hiperbárico dos mais temíveis: a Doença Descompressiva; d)a água tem uma condutividade térmica 25 vezes maior que o ar. O mergulhador perde calor com facilidade e nas águas profundas, onde a energia calorífica dos raios solares já foi totalmente absorvida, o problema pode ser grave, exigindo fontes geradoras de calor para manter o mergulhador aquecido, quando retorna à superfície; e)a visão do mergulhador é bastante prejudicada pela diferença dos índices de refração da água e do ar, mesmo com o emprego de máscaras faciais. Os objetos parecem aos mergulhadores aproximadamente 25% maiores e mais próximos; f) o mergulhador sofre segundo o princípio de Arquimedes um empuxo de baixo para cima que o torna mais leve, dando uma sensação de imponderabilidade. Com isso torna-se possível um deslocamento tridimensional ao qual o mergulhador não estava habituado, devendo adaptar-se gradativamente; g)o meio líquido oferece resistência aos movimentos do mergulhador provocando, portanto, uma degradação na atividade física que pode ultrapassar os 70%; 9
  • 10. h)finalmente o mergulhador pode ser atacado por seres marinhos que podem lhe infringir graves lesões; i) a pressão absoluta (pressão atmosférica + pressão ambiente) age diretamente nos espaços aéreos existentes no corpo humano durante o mergulho, como o ouvido médio. Em face a essa interferência , é imprescindível a equalização dos espaços aéreos durante o mergulho para se evitar um barotrauma. Face ao exposto acima a questão que se formula é a seguinte: Como mergulhar com segurança? Pretende-se neste estudo abordar os riscos encontrados na execução de trabalhos submersos, bem como as medidas de prevenção contra acidentes. 1.4 Procedimentos Metodológicos Esta pesquisa se baseia em procedimentos teóricos, consultas bibliográficas através de livros, sites da internet e publicações, onde fará a fundamentação teórica, baseada nos objetivos gerais e específicos, de acordo com a origem do problema e as questões norteadoras, após análises sucessivas executará compilação de dados e a conclusão do trabalho. Na realização deste, a metodologia utilizada constou de uma pesquisa descritiva sobre o assunto e os dados obtidos para a análise foram coletados através da literatura disponível, com o qual se buscou contribuir para o entendimento dos efeitos proporcionados pelo mergulho comercial. Ainda este também tem um caráter exploratório experimental, com um dos propósitos básicos de esclarecer a respeito do mergulho comercial de profundidade até cinqüenta (50) metros. A metodologia a ser utilizada para obter respostas dos envolvidos na pesquisa será através de questionário, aplicado a profissionais que desempenham atividades de manutenção e inspeção dos dutos submarinos, monobóias e outros equipamentos subaquáticos, localizados na costa marítima sul brasileira, apresentado anexo a este trabalho. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
  • 11. 2.1Conceitos Históricos Segundo SÉRGIO COSTA (2004), com certeza nossos ancestrais procuravam alimentação em baixo d’água desde épocas remotas. Existem pinturas nas covas de Heindrich (Alemanha) que retratam os homens, armados com arpões e tendo na boca algo parecido com um tubo respirador, em atitude de perseguição a peixes. Estes desenhos foram feitos, muito provavelmente, na era paleolítica. Escavações na Ásia Menor, Egito, Babilônia e Tebas encontraram jóias incrustadas com pérolas. Isto prova que há 4500 a.C. já se submergia para extração de ostras perolíferas. Em Creta que se começou a ter informações mais complexas sobre as atividades subaquáticas humanas. De 3000 a 1400 a.C., foi a maior potência marítima do mundo e seus restos arqueológicos são muito preciosos. Também temos registros na Pérsia, nas ruínas do palácio do Rei Assurbanipal II há um relevo de 800 a.C., mostrando um guerreiro provido de um odre de carneiro para poder respirar. Outra História conta que na batalha de Artemia, em 484 a.C., entre gregos e persas, o mergulhador grego Escilias e sua filha Ciana chegaram por baixo d’água até os barcos persas e cortaram suas amarras. Esse feito trouxe a derrota para os persas. O grego Aristóteles relata a existência de um engenho chamado Lebeta: “Se trata de uma campânula cheia de ar, na posição invertida, de forma cônica no interior. Uma vez submersa o mergulhador coloca dentro dela sua cabeça e parte superior do corpo. Por toda história antiga têm-se centenas de fatos e contos sobre o uso do mergulho para guerrear e alimentar. Na conquista de Tiro, Alexandre Magno utilizou mergulhadores que destruíam defesas submersas dos fenícios. Existem registros que os fenícios teriam sobrevivido por sete meses, graças aos suprimentos levados por mergulhadores que romperam o cerco de Alexandre. Os romanos desenvolveram as técnicas e treinamentos específicos para mergulhadores de combate, usando aparelhos como o Lebeta, eram os Urinatores”. Sua primeira atuação foi durante o ano de 49 a.C., na guerra de César contra Pompeu, no porto de Oringue, no Mar Adriático. Seu último feito registrado foi em 200 d.C., durante uma batalha em Bizâncio, pelo general Séptimo Severo. Após a queda do Império Romano, têm-se as primeiras notícias de mergulhadores especializados em recuperar barcos afundados e trabalhos em portos. Durante a 2ª Guerra Mundial, Cousteau e sua equipe criaram o “Aqualung”. Na década de 50 começa a organização do mergulho autônomo que se espalha pelo mundo submerso, chega a 11
  • 12. milhões de pessoas através de documentários e filmes de ficção. Loyde Bridges, criador da série “Aventuras Submarinas” divulga e incentiva o mergulho nos EUA, uma das potências mundiais nesta área. Surgem grandes organizações americanas que fornecem linhas de ensino e prática das atividades subaquáticas. Na França é criada a (C M A S) Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas, em 1958, que é representado hoje no Brasil pela (CBPDS) Confederação Brasileira de Pesca e Desportos Subaquáticos. Hoje se podem dividir os mergulhadores em categorias de acordo com suas atividades, amadores, esportistas, cientistas, profissionais e militares. No meio amador destacam-se as fotografias, mergulhos em naufrágios e observação da vida marinha. Para os cientistas e pesquisadores, o mergulho permite realizar observações “in loco” da vida marinha, análise de solo, pesquisas arqueológicas e outras atividades de estudo. No meio profissional é usada para trabalhos de construção, manutenção e inspeção em portos, hidroelétrica, piers, embarcações, plataformas de petróleo, entre outros. 2.2 Riscos Inerentes a Atividade Subaquática Em todos os setores encontramos situações de risco no que tange a execução de alguma tarefa, é bem verdade que existem algumas tarefas de risco maiores e outras de riscos menores e em outras os riscos são quase inexistentes. Desta forma o mergulho não poderia ser diferente por isso o planejamento é essencial em todas as operações de mergulho, a análise minuciosa dos riscos envolvem muitos aspectos. Quando preparamos uma avaliação de riscos do ponto de mergulho, os seguintes fatores devem ser levados em conta: condições da água, incluindo movimentação das ondas, temperatura, visibilidade e correnteza. Recomenda-se mergulhar em águas claras e quentes, porém na atividade de mergulho comercial é comum a realização de trabalhos em condições adversas, água fria e escura requer proteção térmica e com a visibilidade limitada, a desorientação e mesmo a tontura, resultam da falta de referências visuais enquanto submersos, devemos escolher uma proteção térmica adequada tanto para a temperatura da água quanto para atender nossas necessidades fisiológicas individuais.(FOTO 01) Mergulhar em águas onde a visibilidade é restrita pode ser perigoso e mergulhos com visibilidade zero requerem equipamentos, treinamentos e 12
  • 13. procedimentos especiais; em águas extremamente claras, estimar distâncias também pode se tornar um problema, quando isso acontece é fácil exceder o limite de profundidade planejado. As marés e as correntes são uma grande preocupação para os mergulhadores, as marés são decorrentes da atração gravitacional entre a Terra, Lua e Sol e as correntes originadas pelos ventos, força da gravidade e movimento de rotação da Terra, podendo arrastar o mergulhador, que ao nadar contra a corrente poderá sofrer exaustão física. Verificar sempre as condições metereológicas, pois o clima é um fator importante que afeta as operações de mergulho. O mergulhador deverá estar atento às condições e perigos do fundo, o tipo de fundo na área de mergulho afeta a visibilidade, os fundos de corais apesar de propiciarem boa visibilidade, propiciam também abundância de vida marinha, o que pode gerar problemas aos mergulhadores, que poderão sofrer cortes e lacerações e também os seres marinhos que ali habitam poderão provocar intoxicações nos mergulhadores se estes forem atingidos por seus ferrões que poderão conter substâncias venenosas. O barco deverá sempre sinalizar através de bandeiras de sinalização condizentes com o código internacional de sinais, que existem pessoas mergulhando na área em questão.(Foto 02 A e Foto 02 B) O mergulhador deverá ficar atento a profundidade, ao tempo de mergulho e a velocidade de subida (9m/min), para evitar as doenças descompressivas e os acidentes como os baurotraumas, embolias, embriagues das profundidades, afogamentos, intoxicação pelo oxigênio, intoxicação pelo gás carbônico. O processo de descompressão é fundamental, essencial na atividade de mergulho, é imprescindível, porque do contrário o mergulhador poderá morrer. Segundo FREDERICO NERY (2005), os acidentes que ocorrem não são decorrentes da própria operação, falhas mecânicas ou humanas, mas do equipamento manuseado no fundo do mar. 2.3 A Influência das Alterações Hiperbáricas Sobre o Ser Humano 13
  • 14. Ainda segundo FREDERICO NERY (2005), o ser humano não precisa ter medo do fogo, do vento nem mesmo da água, porém é preciso conhecê-los, para evitar que o pior possa acontecer, veja o que a pressão exercida pela água pode provocar no ser humano, conforme observações: alterações respiratórias, alterações circulatórias, alterações sanguíneas, alterações urinárias e alterações hidroeletrolíticas, além dos acidentes mais comuns em relação ao mergulho comercial: baurotraumas, afogamentos, embolias, embriagues das profundidades, intoxicação pelo oxigênio, intoxicação pelo gás carbônico, doenças descompressivas, apagamento e lesões provocadas por seres marinhos. 2.4 Medidas Preventivas a Serem Adotadas Como é comum deparar em qualquer situação, ou setor, pessoas de diferentes níveis de formação costumam dizer: “prevenir é a melhor solução antes que um mal maior aconteça”, pensando desta forma, observe as medidas que devem ser tomadas pelas pessoas que militam no mergulho: a)Obedecer ao que se pede na NR 15 em seu anexo 6, observando principalmente as tabelas de descompressão, os padrões psicofísicos para seleção e manutenção do pessoal envolvido na atividade de mergulho; b)observar as demais recomendações feitas pelos diversos órgãos regulamentadores dessas atividades, Ministério do Trabalho, Marinha do Brasil, Fundacentro; c)obedecer a medidas básicas para o planejamento das operações de mergulho que podemos recomendar a seguir: c.1)nunca inicie uma operação de mergulho sem a presença de um supervisor ou mergulhador com no mínimo três anos de experiência; c.2)nunca mande um mergulhador para o fundo sem meios disponíveis de poder enviar outro mergulhador em caso de emergência e assegurar-se de que ambos os mergulhadores permaneçam no fundo por um tempo razoável; c.3)não confie nas profundidades dadas nas cartas náuticas ou nas informações de estranhos ao mergulho. Meça a profundidade com uma sonda prumo. Quando a operação de mergulho for uma procura, a profundidade deverá ser medida em pontos diferentes; 14
  • 15. c.4)nunca inicie uma operação de mergulho, sem ter à mão um Jogo de Tabelas de Descompressão. Use sempre as mangueiras marcadas em pés, a intervalos regulares, e cores padronizadas, para indicar a profundidade correta nos estágios de descompressão; c.5)em operações de mergulho, a profundidade e a fadiga do mergulhador determinam o tempo de fundo e não a quantidade de trabalho a ser feito; c.6)o mergulhador não deverá iniciar a descida sem antes determinar o estágio de descompressão para o tempo de fundo planejado; c.7)a precisão usada no planejamento do mergulho ou operação de salvamento representa metade do trabalho, às vezes, dá-se excessiva importância à urgência do trabalho resultando chegar pessoal e equipamento ao local sem estarem preparados; c.8)não envie um mergulhador ao fundo sem que tenha entendido totalmente o trabalho que vai executar. Use desenhos, diagramas, se possível, ensaie na superfície. Verifique os detalhes em navios iguais (no caso de mergulho em navios). Se o mergulhador não entendeu bem sua tarefa, não compensa fazer o mergulho; c.9)não realize mergulhos sem que a fonte de ar esteja calculada para todos os mergulhos planejados, com reserva adequada para mais um mergulhador, em caso de emergência (FOTO 03 E 04); c.10)não mergulhe sem que a embarcação de apoio esteja ancorada pelo menos em dois pontos (estaiada); c.11)não inicie operações de mergulho sem que a bandeira sinalizadora de mergulhadores em operação esteja içada em local bem visível; c.12)não manobrar ferros (âncora) nem funcionar hélices, enquanto o mergulhador estiver no fundo; c.13)ao detonar cargas explosivas subaquáticas retire os mergulhadores da água; c.14)não deixe um mergulhador trabalhar no interior de destroços (casco soçobrado) sem a ajuda de outro mergulhador, que deverá segurar a mangueira no ponto de entrada, fazendo o mesmo serviço do guia na superfície; c.15)um mergulhador nunca deverá cortar um cabo sem antes verificar a sua finalidade; c.16)nunca ponha um homem no fundo, enquanto a embarcação estiver se movimentando, a não ser em caso de emergência; 15
  • 16. c.17)nunca deixe um homem mergulhar sem estar qualificado, exceto durante o treinamento; c.18)não deixe o mergulhador ir além da profundidade que está qualificado; c.19)não deixe um homem mergulhar sem preparo físico e sem exame médico. De acordo com as normas da DPC – Departamento de Portos e Costas, exame médico para mergulhador é semestral, caso participe de trabalhos de emergência, envolvendo vazamentos de hidrocarbonetos, deverá fazer exames médicos após; c.20)não permita que um homem mergulhe sem ser instruído e treinado para operar os tipos de equipamentos que um determinado mergulho requer; c.21)não permita mergulhos àqueles que não conhecem os sinais padrões de mergulho (Sinais Manuais); c.22)nunca deixe um homem mergulhar se ele consumiu álcool em quantidade excessiva nas últimas 24 horas; c.23)não deixe mergulhar, um homem que esteja sofrendo de forte resfriado, sinusite, problemas de ouvido, ou qualquer doença que se agrave com o mergulho. Ouça o médico especialista; c.24)não deixe um homem mergulhar se estiver cansado por não ter dormido, ou por excesso de exercício físico ou por tensão emocional; c.25)nunca exceda o limite de profundidade previsto para os tipos de equipamentos de mergulho usados; c.26)antes de iniciar o mergulho, remova de sua boca qualquer coisa que possa engasgá-lo (dentadura, goma de mascar, etc); c.27)o equipamento de mergulho deverá estar sempre em ótimas condições, revisado e testado (FOTO 05); c.28)a válvula de admissão, retenção e descarga de ar, devem ser inspecionadas diariamente antes de se iniciar os mergulhos, verificando-se o correto funcionamento; c.29)o compressor de mergulho deverá estar corretamente lubrificado, limpo e com ventilação apropriada durante o funcionamento. Se o compressor não estiver sendo usado, deverá ser posto em funcionamento pelo menos duas vezes por semana; c.30)a câmara hiperbárica deverá estar sempre pronta para uso e livre de todo material combustível (FOTO 06, 07 E 08); c.31)não provocar chama, não levar isqueiro, fósforo, cigarros ou cachimbo para o interior da câmara (FOTO 09); 16
  • 17. c.32)a câmara hiperbárica deve possuir Tabelas de Descompressão e Tratamento tanto no interior como na parte externa; c.33)a mangueira de mergulho com linha de vida, deve ser colhida em “oito” quando em uso, e guardada em cabide apropriado após o uso. Não se deve arrastar nem passar por cantos vivos que possam avaria-la (FOTO 10); c.34)muitas colas e solventes usados em equipamentos de mergulho são tóxicos e/ou inflamáveis. Observe apropriadas precauções de segurança quando fazendo uso delas; c.35)não inicie uma operação de mergulho quando o compressor não estiver funcionando corretamente ou apresentar indícios de pane (FOTO 11); c.36)certifique-se que a máscara está corretamente colocada, e a aranha de fixação esteja corretamente fixada, o “manifold” está fechado, o aqualung de segurança aberto e a válvula de descarga toda aberta; c.37)nunca deixe o mergulhador descer antes de um teste final, a fim de assegurar-se que: c.37.1)A válvula de descarga da máscara Full - Face foi devidamente regulada; c.37.2)a válvula de admissão foi ajustada e o ar estiver passando normalmente; c.37.3)as comunicações pelo sistema de fonia estão em ordem; c.37.4)a máscara Full – Face tem perfeita vedação à água (FOTO 12); c.37.5)o mergulhador tem um suprimento de ar adequado quanto à pressão, volume e pureza do ar; c.37.6)o mergulhador deu sinal para a descida. c.38)Para trabalhar com eficiência e segurança no fundo, o mergulhador deverá ter em mente o seguinte: c.38.1)Nunca fechar completamente a válvula de admissão do ar, a não ser em caso de ruptura da mangueira; c.38.2)no caso de falta total de ar (equipamento MASK), o mergulhador pode continuar respirando o ar do interior da máscara por aproximadamente 3 minutos, este tempo é suficiente para as medidas de emergência serem executadas. c.39)O mergulhador não deverá permanecer no fundo, em mar grosso, forte correnteza ou em qualquer situação que na opinião do supervisor deixe dúvidas quanto a segurança; c.40)nunca solde ou corte com corrente alternada, use somente corrente contínua; 17
  • 18. c.41)quando trabalhar com casco soçobrado, tenha cuidado para que a mangueira não fique presa em cantos vivos. Se isto acontecer, não force a mangueira, procure libertá-la. Se não conseguir, não entre em pânico. Peça auxílio à superfície; c.42)quando estiver em procura, mantenha sua mangueira tesada. Ande com a mangueira esticada; c.43)nunca deixe um mergulhador equipado se locomover no convés sem ser atendido pelo guia; c.44)nunca deixe um homem que não conheça os sinais padrões de mergulho, guiar um mergulhador; c.45)assim que o mergulhador iniciar a descida na escada, o guia deverá segurar a linha de vida com as duas mãos e assim permanecer até o final do mergulho; c.46)não deixe a mangueira correr livremente quando o mergulhador estiver descendo, controle a velocidade de descida; c.47)não deixe a mangueira muito folgada enquanto o mergulhador estiver no fundo. Você está contribuindo para que ele se enrosque; c.48)não tente dar sinais manuais sem antes tirar toda a folga da mangueira; c.49)não dê sinais fortes demais, a ponto de arrancar o mergulhador do fundo. Os sinais devem ser curtos e distintos. Jamais abandone a mangueira do mergulhador; c.50)nunca folgue demais a mangueira, pois há o perigo do mergulhador cair. Mantenha a linha de vida folgada somente o necessário, para que ele possa trabalhar; c.51)periodicamente, teste a mangueira suavemente até “sentir” o mergulhador. É um bom meio de saber se o mergulhador mudou sua posição. Um bom guia pode fazer isso sem que o mergulhador saiba; c.52)um bom guia pode auxiliar o mergulhador consideravelmente. Um guia ineficiente é um perigo em potencial; c.53)nunca utilize um homem como guia se ele não entende o perigo de um “esmagamento” ou “subida a balão” e o que fazer nestas circunstâncias; c.54)o guia deverá estar constantemente alerta. Ele não deve ficar em uma posição que possa cair na água acidentalmente; c.55) mergulhador deve entrar e sair da plataforma de mergulho sem despender excessivo esforço, guardando este para emprego nos trabalhos que deve realizar n’água. Empregar preferencialmente cestas elevadas por guinchos ou escadas do tipo “espinha de peixe”. O salto n’água só deverá ser utilizado até alturas de 3,0 18
  • 19. metros a fim de evitar avarias nos equipamentos. Nunca saltar n’água se estiver portando máquina fotográfica, televisão, equipamentos para testes ou qualquer outro mecanismo que possa ser avariado pelo choque com a água; c.56)quanto a flutuabilidade do mergulhador, este fator deverá ser determinado em tanque de mergulho ou em águas paradas. Caso não tenha sido feito, estabelecer o número de pesos a ser colocado no cinto do mergulhador antes que este inicie seus trabalhos; c.57)execução propriamente dita conquanto, esta dependa basicamente do mergulhador não deixar de efetuar uma reunião prévia para estabelecer parâmetros básicos a serem obedecidos na execução dos trabalhos; c.58)o mergulhador deverá entrar na água descendo por uma escala tipo “espinha de peixe” ou saltando da plataforma de mergulho. Quando saltando n’água deverá fazê-lo na posição vertical quando a altura for superior a 1,0 metro e inferior a 3,0 metros. Para alturas menores que esta como bordas de embarcações pequenas, por exemplo, deverá preferir o giro de costas. Tanto no salto vertical quanto no giro de costas o mergulhador deverá: 1)Segurar a(s) ampola(s) do aqualung. 2)Segurar a máscara de mergulho e a válvula reguladora. c.59)A velocidade de descida é função única da capacidade do mergulhador em equilibrar os ouvidos. Nunca use tampões nos ouvidos ou máscaras tipo óculos. A velocidade de subida é de 30ft/min. Ao aproximar-se da superfície estenda o braço para cima prevenindo-se da possibilidade da existência de objeto flutuante ou embarcação na área; c.60)emergências são imprevisíveis mesmo nos mergulhos mais bem planejados e que empreguem os melhores equipamentos; c.61)o mergulhador deverá obrigatoriamente estar familiarizado com os procedimentos de emergência. 2.5 Característica de um evento de mergulho comercial raso: 19
  • 20. O mergulho comercial raso é caracterizado pela profundidade na qual o trabalho será executado, da qual não deve ser superior a 50 metros. Assim como em todas as atividades subaquáticas, no mergulho comercial raso também se segue um padrão de segurança, desde o embarque na plataforma de apoio ao mergulho (embarcação), até o final do mergulho e retorno para o píer. A seqüência cronológica de eventos (ações) necessários para manutenção da segurança durante e após os mergulhos segue descrita logo abaixo, segundo FÁBIO OTTONI DE BRITO (2005): 1)Primeiro: Check-List dos Equipamentos Compressor - Nível do óleo do motor, combustível, correias e possíveis vazamentos. Umbilical - Passar ar pelos umbilicais antes da conexão nas máscaras KMB. KMB - Testar fonia, válvula de emergência e fixação do capuz. Cilindros de emergência - Verificar a recarga. 2)Segundo: Cuidados com a Saúde O mergulhador deve ingerir bastante líquido, descafeinado e não alcoólico, antes e após o mergulho, realizar alongamento antes da entrada na água. 3)Terceiro: Planejamento do Mergulho Conhecimento da profundidade de trabalho e consulta à tabela de descompressão. “Briefing” do supervisor para toda a equipe momentos antes do mergulho, para esclarecimentos das atividades a serem executadas. 4)Quarto: A Equipagem do Mergulhador Inicia-se com a colocação da roupa de neoprene, das luvas de malha e meias de neoprene. Depois se coloca o harnês (corpete) e por cima de tudo veste-se o cinto de lastro (chumbo). Após estar completamente vestido, colocam-se as nadadeiras e com o auxílio da equipe o cilindro de emergência. Por último veste-se a máscara full face KMB e fixa-se o umbilical no harnês (corpete), através de um mosquetão. Obs: o mergulhador deve estar portando uma faca. 20
  • 21. 5)Quinto - Teste dos Equipamentos antes da Entrada na Água Após estar completamente equipado, o mergulhador deve fazer contato com o supervisor, para testar a fonia e a emergência da máscara e aguardar instruções para uma entrada na água segura. O supervisor deve verificar a pressão de ar no tanque de volume a todo instante e orientar o tender (auxiliar de superfície), para liberar ou recolher o umbilical da água. 6)Sexto - Após a entrada na água; O mergulhador deve comunicar o supervisor o início da descida e a chegada ao local de trabalho. O mergulhador deve manter contato com seu dupla durante todo o trabalho. O supervisor deve verificar durante os trabalhos a profundidade máxima atingida pelos mergulhadores e monitorar constantemente o tempo de mergulho dos mesmos. Após o término dos trabalhos e/ou tempo de fundo, o supervisor deve orientar o retorno dos mergulhadores à embarcação. Os mergulhadores devem comunicar o supervisor o início da subida para superfície, o supervisor deve comunicar aos tenders para o recolhimento dos umbilicais. A subida deve ser lenta (9m/min). Os mergulhadores, assim como o supervisor, devem sempre ficar atentos com a movimentação de embarcações perto da locação de mergulho. Após a chegada à superfície, os mergulhadores devem avisar o supervisor e embarcar na lancha através de uma escada. Os mergulhadores após saírem da água devem se hidratar e não realizar exercícios extenuantes. Encerra-se aí um evento completo de mergulho comercial raso. 2.6 Fundamentos Teóricos Ainda segundo Sérgio Costa (2004), o mergulho é uma atividade humana de origem tão remota que existem provas que datam do ano 2.000 a.C., encontradas no Peru. Durante séculos tentou-se diferente forma de equipamentos para realização de mergulhos, em 1623 inventou-se um traje de mergulho que recebia ar da superfície por meio de uma mangueira de couro e uma draga, para 21
  • 22. recuperar tesouros; em 1837 o inglês Siebe revolucionou os sistemas de mergulho existentes ao desenhar uma roupa de mergulho fechada, exceto nas mãos, na qual o mergulhador ficava protegido do frio e do contato com o fundo marinho, o ar era suprido da superfície por uma mangueira, mediante uma bomba; mais de um século depois um engenheiro e um oficial da Marinha de Guerra francesa, Cousteau, construíram o que seria o equipamento autônomo para respiração subaquática, com o complemento de nadadeiras, o que permitia ao homem nadar em qualquer direção. Atualmente, em grande parte estimulado pelo desenvolvimento e incentivo das explorações submarinas petrolíferas, os meios técnicos em forma de equipamentos de mergulho, instalações, equipamentos eletrônicos, câmaras de compressão e descompressão, assim como navios de apoio na superfície, são cada vez mais complexos e exigem um pessoal cada vez melhor preparado. Trabalhos submersos são aqueles efetuados em meio líquido, onde o mergulhador é submetido a pressões maiores que a atmosférica, e é exigida cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas existentes na Norma Regulamentadora n. º 15, Anexo 6. Os mergulhadores são classificados em dois níveis, a saber, o mergulhador raso, profundidade de até 50 metros, o qual está habilitado apenas para operação de mergulho utilizando ar comprimido e mergulhador profundo, profundidade a partir de 50 metros, o qual possui habilitação para operações de mergulho que exije a utilização de mistura respiratória artificial – MRA. Conforme mencionado anteriormente este trabalho estará abordando o mergulho raso. O mergulho ainda pode ser: a)Mergulho em apnéia: é o mergulho sem nenhum tipo de equipamento, no qual o mergulhador não respira, logo, permanecendo um tempo restrito sob a água; b)mergulho com respiração subaquática: é o mergulho realizado com a utilização de algum tipo de equipamento para provir ar ao mergulhador. Quanto ao gás respirado e profundidade, temos: a)Mergulho com ar comprimido, mergulho raso. Profundidade de até 50 metros. É o limite para a utilização do ar comprimido; b)mergulho com mistura respiratória artificial (MRA), mergulho fundo, profundidade maior que 50 metros. É usada uma mistura respiratória, composta de hélio e oxigênio (HeO2). Quanto ao tempo: 22
  • 23. a)Mergulho Simples: é aquele realizado após um período maior que 12 (doze) horas de outro mergulho; b)mergulho Repetitivo: é aquele realizado antes de decorridas 12 (doze) horas do término de outro mergulho. 2.6.1 Quanto ao Tipo de Equipamento Ao longo dos tempos o mergulho e o homem foram evoluindo, conforme as necessidades exigiam e isso fez com que tivesse a necessidade de classificá-lo, quanto ao tipo de equipamento, conforme segue: a)Mergulho autônomo: é aquele no qual a fonte de respiração é transportada pelo mergulhador; b)mergulho dependente: é aquele no qual a fonte respiratória está na superfície, e chega ao mergulhador através de uma mangueira integrante do "umbilical"; c)mergulho com umbilical ligado diretamente à superfície: o mergulhador está preso à superfície, pela linha de vida. Somente permitido em mergulho até 50 metros; d)mergulho com sino aberto (Sinete): campânula com a parte inferior aberta e provida de estrado, de modo a abrigar e permitir o transporte de no mínimo dois mergulhadores da superfície ao local de trabalho. Deve possuir sistema próprio de comunicação, suprimento de gases de emergência, vigias que permitam a observação de seu exterior e equipamentos de filmagem fixados no sinete e na KMB. É exigido em mergulhos de até 90 metros, e é também exigido para mergulhos em plataformas de petróleo até 50m; e)mergulho com sino de mergulho fechado: câmara hiperbárica especialmente projetada para ser utilizada em trabalhos submersos, com a mesma pressão do ambiente de trabalho. É uma campânula fechada, utilizada para transferir os mergulhadores, sob pressão, entre o local de trabalho e a câmara de descompressão de superfície. 2.6.2 Algumas Técnicas Utilizadas no Mergulho 23
  • 24. Em qualquer ramo de atuação é imprescindível que busque o caminho mais curto para chegar a um resultado satisfatório, por isso a técnica utilizada com eficácia, poderá fazer a diferença, na seqüência algumas técnicas utilizadas para o mergulho: a)Mergulho Unitário ou de Intervenção (bounce diving), é o mergulho caracterizado pelas seguintes condições: a1)Utilização de mistura respiratória artificial; a2)quando do retorno à superfície, o mergulhador deverá ser descomprimido; a3)tempo de trabalho de fundo limitado há 160 minutos, em caso de utilização de sino aberto; a4)utilizando sino de mergulho, o tempo de fundo não poderá exceder: a4.1)noventa (90) minutos para mergulhos até 90 metros; a4.2)sessenta (60) minutos para mergulhos entre 90 e 120 metros; a4.3)trinta (30) minutos para mergulhos entre 120 e 130 metros. b) Mergulho com técnica de saturação, procedimentos pelos quais o mergulhador evita repetidas descompressões para a pressão atmosférica, permanecendo submetido à pressão ambiente maior que aquela, de tal forma que seu organismo se mantenha saturado com os gases inertes das misturas respiratórias. O mergulhador permanece saturado numa câmara de superfície durante a operação. O tempo máximo de permanência saturado é de 28 dias. 2.6.3 As equipes de Mergulho Com Profundidade até 50 Metros O homem nasceu para viver no coletivo, isso é percebido ao longo da história e cada vez mais vem procurando acentuar este costume. E no mergulho também não foge à regra, conforme segue: a)Equipe básica para descompressão na água utilizando ar comprimido: 01supervisor; 01mergulhador para execução do trabalho; 01mergulhador de reserva, pronto para intervir em caso de emergência; 01auxiliar de superfície. 24
  • 25. b)Com descompressão em câmara na superfície: (Equipe básica descrita no item a) acrescida de um (01) mergulhador e de um (01) operador de câmara de descompressão quando houver. c)Trabalhos em condições perigosas: Equipe básica descrita no item a ou b acrescida de um (01) mergulhador na equipe básica, que ficará submerso. d)Trabalho que exija dois (02) ou mais mergulhadores submersos: em toda operação de mergulho em que, para a realização do trabalho for previsto o emprego simultâneo de dois (02) ou mais mergulhadores na água, deverá existir no mínimo um (01) mergulhador de reserva, para cada dois (02) submersos. 2.6.4 Mergulho Autônomo Obrigatório dois (02) mergulhadores submersos de modo que um possa, em caso de necessidade, prestar assistência ao outro. Esta operação deverá ser apoiada por uma embarcação miúda. O mergulho autônomo somente será utilizado em casos especiais, quando as condições de segurança indiquem ser mais apropriado. 2.7 Acidentes Tratamentos e Profilaxia Segundo ROBERTO TRINDADE (2002), pode-se dizer que o homem vive entre a superfície de um mar líquido e o fundo do mar gasoso. O peso dessa camada gasosa exerce sobre sua superfície corporal uma pressão de 1 Kg/cm2, a chamada pressão atmosférica, a qual seu organismo está adaptado. Ao aventurar-se nas incursões submarinas, passa a enfrentar uma série de elementos adversos. O primeiro mergulho sem equipamento foi certamente limitado quanto à profundidade e duração, servindo para despertá-lo para a beleza do mundo submarino. Muitos na época desejavam através de engenhos introduzir o homem nesse meio, porém muitos desses engenhos eram incapazes de resistir a uma experimentação prática, os quais mais tarde tornaram-se exeqüíveis. Com a invenção dos compressores de ar comprimido surgiram as primeiras experiências com os chamados aparelhos dependentes, e mais tarde o equipamento autônomo. 25
  • 26. Com o avanço tecnológico o mergulho de saturação e o mergulho profundo são realidades incontestes. Ao ingressar neste mundo o homem deparou-se com uma série de condições adversas, as quais sejam: meio respiratório; variação da pressão e do volume com os deslocamentos verticais; saturação e dessaturação; o frio; a visibilidade; redução do peso absoluto; a degradação do trabalho e os seres marinhos. Em virtude dessas condições adversas o homem deparou-se também com os efeitos que tais adversidades podem causar ao organismo, bem como, os sintomas e sinais, procurando em função de tais condições, o tratamento e profilaxia. Ainda segundo ROBERTO TRINDADE (2002), é importante destacar que todo mergulho carrega riscos de ferimentos por causa de fatores únicos ao ambiente aquático e pelos exercícios físicos extenuantes. A maioria desses riscos pode ser tremendamente reduzida através de um bom planejamento, da preparação e do julgamento antes do mergulho. Práticas cautelosas e atenção à sua capacidade para o mergulho e à de seu companheiro e a dedicação para manter as habilidades de mergulho, podem reduzir as chances de ferimentos. Porém eliminar todos os riscos é praticamente impossível. 2.8 Fatores Motivacionais Que Levam o Homem a Praticar Mergulho Comercial Neste momento procurou-se analisar o que os pensadores abordam a respeito do tema motivação. Os filósofos afirmam que a razão e a vontade guiavam o comportamento humano. Entretanto, as pesquisas com seres humanos e animais forçaram os psicólogos a concluir que nem todos os comportamentos humanos são guiados pela razão e começaram a estudar outros fatores que poderiam servir como fontes de motivos. Tais fontes foram enquadradas em quatro categorias, de acordo com FIAMENGHI (2001, p. 41): 26
  • 27. Alguns comportamentos humanos, assim como o de animais, são motivados por fatores biológicos básicos, particularmente a necessidade de comida, água e regulação de temperatura; Os fatores cognitivos motivam o comportamento humano. As pessoas geralmente se comportam de certas formas por causa do que elas pensam ser possível e de como elas antecipam como os outros vão reagir. Os fatores emocionais fornecem uma terceira fonte de motivação. Uma pessoa que tenha quase morrido de fome poderá, mais tarde, acumular comida, não porque haja risco real de fome no futuro, mas porque o pensamento de ficar sem comida cria desequilíbrio emocional. O pânico, medo, raiva, amor, ódio e muitas outras emoções podem ser cruciais para o comportamento, estendendo-se do egoísmo até o assassinato brutal. As pessoas reagem aos pais, professores, irmãos, amigos, televisão e outras fontes. A influência combinada destes fatores sociais na motivação tem efeito profundo em virtualmente todos os aspectos do comportamento humano. Denomina-se assim, comportamento motivado o comportamento dirigido em relação ao significado da estimulação, para atingir um objetivo. “A motivação é a insistência em caminhar em direção a um objetivo”, conforme SINGER (1977, p.47). Porém, existem ocasiões onde o incentivo principal pode ser o alcance de uma recompensa, tal como ter o nome impresso, ganhar um troféu ou elogio. Em outras ocasiões, o incentivo pode tomar a forma de um impulso interno para o sucesso, para provar ou conseguir algo para se auto-realizar. Conforme artigo divulgado por MIRANDA e RIBEIRO (1997, p. 80) definem que: o termo motivação no trabalho de alto rendimento tem sua importância justificada pela própria característica do trabalho que é desenvolvido pelos fatores sociais. As altas cargas de treinamento despendidas diariamente podendo chegar até seis horas por dia. Assim, considerando a relação entre êxito e fracasso como características da motivação de rendimento, sugere-se que o desempenho do mergulhador comercial funciona como uma montanha-russa, onde a convivência com o fracasso e o êxito exige um aprendizado constante. No entanto, MIRANDA e RIBEIRO (1997), consideram que as razões dadas pelos indivíduos para seus sucessos relativos podem ser colocadas em várias escalas continuas, expressando motivos externos ou internos a eles próprios. 27
  • 28. Motivos internos e externos são chamados de atributos internos, e estes compreendem esforço e habilidade, ou seja, ao perderem, ou se não se esforçarem bastante individualmente ou, sua equipe e o culpado ou, por ocasião de uns trabalhos realizados com êxito, que possuem melhor técnica. E os externos compreendem fatores como sorte, ou um maior esforço deste (MIRANDA e RIBEIRO, 1997, p.81). Entende-se, assim, que a motivação seja um impulso que venha de dentro e que tem, portanto, suas fontes de energia no interior de cada pessoa. É interessante notar que, cada dia mais, os autores têm-se referido à importância das fontes internas ou intrínsecas de energia motivacional, deixando sempre subjacente à crença de que nada se pode fazer para conseguir motivação de uma pessoa, a não ser que ela mesma esteja espontaneamente predisposta. É evidente que todo desempenho supõe que duas condições sejam preenchidas, conforme cita (BERGAMINI, 1997, p. 83): Que seja capaz de executá-la (aptidão) e que se tenha a vontade (motivação). Assim, o propósito é o de analisar os determinantes do desempenho, mas somente situar e definir concretamente a motivação. Deve-se então, ter em mente que essencialmente se trate de um processo que implica a vontade de efetuar um trabalho ou de atingir um objetivo, o que cobre três aspectos: fazer um esforço, manter esse esforço até que o objetivo seja atingido e consagrar a ele a necessária energia. Em outras palavras, motivação, é a direção e a amplitude das condutas, que comportamento é escolhido e com que vigor e intensidade. 3 RECURSOS Serão utilizados para fins ilustrativos fotos, vídeos, gráficos, tabelas e outros documentos. 28
  • 29. 4 CONCLUSÕES A elaboração deste trabalho foi muito gratificante, pois encontramos muita dificuldade na pesquisa de material técnico e didático, por tratar-se de uma área ainda pouco explorada e quase não divulgada pela Engenharia de Segurança. No decorrer da pesquisa, nos deparamos com situações diversas na execução dos trabalhos submersos, vários foram os relatos sobre falta de apoio técnico para melhor compreensão no que se refere à execução das tarefas dentro de condições seguras, pois a área da Engenharia de Segurança, está apenas começando a participar dos trabalhos do mergulho comercial raso, face a escassez de profissionais habilitados simultaneamente nas duas áreas que envolvem este tipo de atividade. A Engenharia de Segurança tem muito a pesquisar e evoluir, para atuar na área citada, a carência de dados e falta de informações técnicas fazem com que os trabalhos sob condições hiperbáricas não sejam tão bem compreendidos pelos profissionais da área de segurança, pois a dificuldade em elaborar um programa de segurança adequado aos trabalhos em ambientes aquáticos, os tornam propícios a causarem acidentes a quem os executam. A falta de acesso a materiais técnicos e à prática de mergulho, dificulta a pesquisa e análise dos riscos encontrados no ambiente submerso. Desejamos que o nosso trabalho sirva como ponto de partida para novas pesquisas, subsidiando profissionais da área de Engenharia de Segurança e da área de Mergulho Comercial Raso, com informações úteis, que poderão ser de grande valia para os próximos pesquisadores, que necessitem desta literatura para suas referências. 29
  • 30. 5 REFERÊNCIAS DRUCKER (1986) (7) site www.sobes.com.br ROSSETTI, P. J. Introdução à Economia. 13ª ed., São Paulo: Atlas S/A, 1988. p.30-40. (7) ADOLFSON, M. e BERGHAGE,B. (1974) (9) site www.sobes.com.br SERGIO COSTA (2004) (11) (21) site www.brasilmergulho.com.br FREDERICO NERY (2005) (13) (14) site www.brasilmergulho.com.br FABIO OTTONI DE BRITO (2005) (20) site www.vidamar.org.br TRINDADE, R. Manual de Rescue Diver. Rio de Janeiro:PDIC do Brasil, 2002. (25) (26) FIAMENGHI, J. G. A. Motivos e Emoções. São Paulo: Mackenzie, 2001. 75p.(26) SINGER, R. N. Psicologia dos Esportes. Mitos e verdades. 2ª ed., São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1997. p.79-88. (27) MIRANDA, R; RIBEIRO, L. C. Motivação: A Compreensão teórica para a melhoria do desempenho atlético nos treinamentos e competições esportivas. Treinamento desportivo. V. 2. Nº 01 São Paulo: 1997. p 79-88.(27) (28) BERGAMINI, C. W. Motivação nas organizações. 4ª ed., São Paulo: Atlas S/A, 1997. 199p. (28) SANTOS, A.R dos. Metodologia científica. A construção do conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1999. REVISTA PROTEÇÃO, EDIÇÃO DE JANEIRO DE 2005. MANUAL DE OPERAÇÕES DE MERGULHO DA EMPRESA SUB-MARINE. NORMAS MARÍTIMAS (NORMAM 15) E NORMA REGULAMENTADORA (NR 15). www.brasilmergulho.com acesso 15/06/2004 www.submarineserviços.com.br acesso 15/06/2004 www.sobes.com.br acesso 16/06/2004 www.vidamar.org.br acesso 20/07/2004 www.mte.gov.br acesso 20/07/2004 30
  • 31. 6 ANEXOS ANEXO 01 – QUESTIONÁRIO APLICADO AOS MERGULHADORES 1) Sexo a) ( ) Masculino b) ( ) Feminino 2) Idade a) ( ) 20 a 25 anos b) ( ) 25 a 30 anos c) ( ) 30 a 35 anos d) ( ) acima 35 anos 3) Tempo de experiência a) ( ) de 0 à 3 anos b) ( ) de 3 à 6 anos c) ( ) de 6 à 9 anos d) ( ) de 9 à 12 anos 4) Grau de instrução a) ( ) Ensino médio incompleto b) ( ) Ensino médio completo c) ( ) Terceiro grau incompleto d) ( ) Terceiro grau completo e) ( ) Especialização incompleta f) ( ) Especialização completa g) ( ) Outros 5) Com que freqüência você mergulha? 6) Qual o tempo de repouso que você observa entre os mergulhos? 7) Quais os equipamentos que você utiliza? Qual a condição dos mesmos? 31
  • 32. 8) Escolheu esta profissão por influência a) ( ) Própria b) ( ) De amigos c) ( ) De pais d) ( ) Outros 9) Como é formada sua equipe? 10) Quais as condições do barco que sua equipe utiliza? Quais os equipamentos de navegação e comunicação que o barco possue? 11) Você já teve problemas ocasionados pelo mergulho? 12) Caso afirmativo, qual o tipo de acidente que você sofreu? 13) Quais as medidas tomadas? 14) Quais as medidas preventivas que sua equipe utiliza para evitar acidentes? 15) Você faz avaliação médica periódica? Qual a periodicidade e quais os exames solicitados? 16) Você já presenciou algum acidente de mergulho? Quais as conseqüências do mesmo? 17) Qual é a profundidade mais freqüente que você mergulha? 18) Qual a atividade mais freqüente que você realiza sob a água? 19) Quem lhes dá suporte em casos de emergência? 20) Qual foi seu mergulho inesquecível? Por quê? 32
  • 33. ANEXO 02 - DISCUSSÃO E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS Aplicamos o questionário ao grupo de mergulhadores que nos forneceu apoio técnico na elaboração deste trabalho. O grupo é formado por dois supervisores e dez mergulhadores, que atuam na costa marítima sul brasileira. O grupo é formado na sua totalidade por integrantes do sexo masculino, a maioria possui entre trinta e trinta e cinco anos de idade, possui também mais de nove anos de experiência na área de mergulho, escolaridade ao nível de segundo grau completo, sendo que a minoria possui nível superior, pois a atividade não exige que o profissional possua o terceiro grau, porém os que o possuem adquirem uma visão diferenciada da sua profissão podendo estabelecer parâmetros de comparação com outras profissões, tomando consciência da real dimensão da importância que sua atividade possui. O grupo foi unânime em reconhecer a excelente qualidade dos equipamentos individuais por eles utilizados e que os mesmos encontram-se em boas condições de uso, porém quando se trata dos equipamentos coletivos, embarcação, também foram unânimes em defini-la como em condições precárias, devido ao fato de ser muito antiga. Possue um radar que está em mal estado de conservação e um rádio VHF. A maioria absoluta nunca sofreu nenhum acidente de mergulho com conseqüências, apenas a minoria já apresentou algum sintoma de mal descompressivo, mas de grau muito leve, não havendo necessidade de afastamento mesmo temporário. Da mesma forma a maioria também nunca presenciou acidentes com outro mergulhador. Toda equipe passa por exames médicos periódicos de seis em seis meses, exigidos pelas normas, todos são treinados continuamente em primeiros socorros aplicados à atividade subaquática, bem como treinamentos técnicos para melhor execução de suas tarefas, briefing’s antes da execução de qualquer mergulho são práticas rotineiras para a equipe em questão. Perguntados sobre o seu mergulho inesquecível, os relatos foram todos de grande emoção e nos levaram um pouco a imaginar o mundo no qual esses homens trabalham, tão diferente do nosso, executando tarefas que em condições normais, em terra, já seriam extremamente extenuantes e perigosas, porém exercem sua profissão de maneira digna e com extremo profissionalismo, sempre respeitando às 33
  • 34. normas de segurança, bem como em harmonia com o meio subaquático, dando atenção especial a qualidade dos serviços prestados, observando a técnica apropriada na execução de cada tarefa específica, porém não esquecendo de preservar o meio ambiente. 34
  • 37. BANDEIRA ALFA CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS – BANDEIRA ALFA 37
  • 38. BANDEIRA DE MERGULHO CÓDIGO INTERNACIONAL DE SINAIS – BANDEIRA INDICATIVA DE MERGULHO 38
  • 39. COMPRESSOR E CILINDROS UTILIZADOS 39
  • 40. COMPRESSOR UTILIZADO PARA RECARREGAR OS CILINDROS DE AR COMPRIMIDO 40
  • 42. VISTA DA CAMARA HIPERBÁRICA 42
  • 43. VISTA DA CAMARA HIPERBÁRICA 43
  • 44. VISTA LATERAL DA CAMARA HIPERBÁRICA 44
  • 45. VISTA INTERNA DA CÂMARA HIPERBÁRICA 45
  • 49. 49