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“A leitura do mundo precede a
leitura da palavra, daí que a
posterior leitura desta não possa
prescindir da continuidade da leitura
daquela. Linguagem e realidade se
prendem        dinamicamente.       A
compreensão do texto a ser
alcançada por sua leitura crítica
implica a percepção das relações
entre o texto e o contexto.

(...) De alguma maneira, porém,
podemos ir mais longe e dizer que a
leitura da palavra não é apenas
precedida pela leitura do mundo
mas por uma certa forma de
“escrevê-lo” ou de “ reescrevê-lo” ,
quer dizer, de transformá-lo através
de nossa prática consciente.”

Trecho da palestra “A importância
do ato de ler”, de Paulo Freire
o que são microrroteiros?
No presente caso, microrroteiros são os textos de até 140 caracteres
escritos por Laura Guimarães, que descrevem cenas inspiradas no
cotidiano das cidades e acontecimentos da vida diária. Seu formato tem
propositalmente caráter imagético, ou seja, a proposta é fazer com que
as pessoas visualizem as cenas descritas.
microrroteiros   O projeto microrroteiros da cidade tem diferentes
                 desdobramentos. O principal deles é a impressão dos textos
da cidade        em papéis coloridos que são colados como lambe-lambes nas
                 ruas (em postes, muros e, principalmente, pontos de ônibus)
                 com o objetivo de estimular a imaginação das pessoas de
                 repente. Convidá-las a sair um pouquinho da turbulência da
                 vida cotidiana para imaginar uma história, visualizar uma
                 cena.
                 Eles também estão cada vez mais presentes em redes sociais.
                 Além das ferramentas usadas pela artista para divulgação dos
                 trabalhos, muitas pessoas que os encontram nas ruas,
                 fotografam com seus celulares e postam em suas páginas no
                 facebook, twitter e, principalmente, no instagram.
                 Em 2012 foram realizadas três exposições artísticas do
                 trabalho: na Galeria Kabul, no Sesc Carmo e no Sesc Paulista –
                 esta última, nos tapumes do SESC da avenida Paulista, para a
                 Mostra Sesc de Artes 2012, continua no local.
                 Os microrroteiros já ganharam destaque em diversos veículos
                 de comunicação: coluna do Gilberto Dimenstein na CBN e na
                 Folha de São Paulo, Revista Agora | Folha de São Paulo,
                 Revista Continuum | Itaú Cultural, Revista Cult, Uol Cinema,
                 Link Estadão, entre outros (veja o clipping no fina desta
                 apresentação).
justificativa
 Intervenção urbana. Intervir com arte na cidade.

 Convidar o público nas ruas a ler, imaginar histórias enquanto espera o ônibus, caminha
por aí.

 Estimular a prática de interpretação de textos nas ruas

 Por meio de histórias que retratam o cotidiano, convidar o público a descobrir que elas
estão por toda parte e não somente nos livros ou na mão dos escritores. Que eles próprios
tem muitas histórias para contar, que elas são interessantes e podem servir como estímulo
para imaginação de outras pessoas e base para criações artísticas;

 Os micros também pretendem convidar as pessoas à um novo olhar sobre o lugar onde
vivem, por onde passam, o que encontram no seu dia. Sabe aquela coisa de criança de
transformar nada em brincadeira? A idéia é instigar, mesmo que de vez em quando, esse
olhar para como o aqui e agora pode ser inspirador.
colagens
colagens
colagens
colagens
colagens
histórias reais nas colagens


você gosta de samba?

mercado da lapa. hora do rush. fim de tarde bonito. ruas lotadas de pessoas e pontos
de ônibus. filas de pessoas. na calçada bem de frente ao mercado, eu acabo de colar e
um cobrador de seus 50 e alguns anos pergunta
- o que é isso que você tá fazendo?
eu explico.
- me dá um desse. vai, me dá um desse!
não seria a primeira vez que eu daria um dos micros. mas na grosseria não. mostrei o
que eu tinha acabado de colar no poste e falei que era dele também. ele disse que eu
teria problemas com aquilo.
- por que eu to colando lambe-lambe na rua? eu sei que é proibido
- você vai ter problemas. esse texto é uma discriminação.
tomei o maior susto. discriminação? um micro que tenho o maior carinho porque a
história foi real e foi boa. vai que é verdade e eu nunca percebi.
li em voz alta.
você gosta de samba? perguntava o cobrador chamando os passageiros pra formar
uma roda junto à catraca
onde esta a discriminação? é a história de um cobrador. (continua)
histórias reais nas colagens
(continuando)
ele, nervoso – isso é discriminação! você tá discriminando!
não gostei do jeito dele, discuti, queria entender.
até que duas mulheres da fila do ônibus se meteram – o problema é que ele que não tá
interpretando o texto direito. o senhor não está interpretando o texto direito!
- esse texto é discriminação contra os cobradores!
aí uma delas – o que tem nele de discriminação? o senhor tá dizendo que é
discriminação gostar de samba? o senhor é que tá discriminando quem gosta de
samba!
e por aí foi.


cinema na monte azul

fui com o graffiteiro nave mãe na comunidade monte azul pra colar nas ruas, dentro do
evento fora de foco. perguntei para um dos meninos (de aproximadamente 10 anos)
que nos acompanhou num trecho da colagem, o que ele tinha entendido, qual era a
história desse micro:
cantava no ouvido dele. dançavam na fila do cinema
ele depois de pensar – eu acho que é a história de uma mulher que fala muito. ela fica
falando no ouvido de outra mulher. e a outra mulher não gosta porque ela tá querendo
assistir o filme.
O projeto Microrroteiros da Cidade
foi convidado a integrar a Mostra
Sesc de Artes 2012 com uma
intervenção nos tapumes da unidade
da av. Paulista.
Para tanto, os grafiteiros Felipe
Primat e Frenesi pintaram uma
cidade fictícia no local. Durante os 10
dias da Mostra, foi montado um
escritório na calçada. O público que
passava no local era convidado a
escrever uma história e essa,
transformada em microrroteiro na
hora por Laura Guimarães. No final
do dia, o trabalho era colado no
painel, junto à outros microrroteiros
que já faziam parte do repertório da
artista. Durante o processo, também
foram inseridos trabalhos dos
artistas Mozart Fernandes, Julio
Vieira, Carol Plumari e a dupla Seis e
Meia. A produção ficou por conta de
Mônica Rodrigues Fernandes, da
Vértices Casa.


                            mostra sesc de artes 2012
microrroteiros do centro
velho | sesc carmo
nas fotos de Mônica Rodrigues Fernandes,
painel de Mozart Fernandes
Tiago Spina
              roteiros para




                 Magno Costa
Mozart Fernandes
                                 roteiros para




Magno Costa
pranchetas
traduções
Quarta feira fui comer um pastel na banquinha em frente a
faculdade, sentei no meio fio, um rapaz senta ao meu lado,
morador de rua, pede um trocado, digo pra ele sentar, pra
conversarmos. Ele me olha espantado, senta, pergunto
sobre sua vida e me surpreendo. Ele era professor
universitário, fala francês e italiano fluentes e está na rua
                                                                história
por conta de uma decepção amorosa. Não quis dar                 s dos
detalhes sobre isso, mas disse que cada trocado se torna
uma cachaça que afasta a saudade dela do seu peito.             outros
(Carolina Balza)

Num dia de chuva. o guarda-chuva era um só. A mãe (eu),
a filha (Lia) e a irmã (Luiza) abrigadas nele. Numa esquina
que descia a mãe escorregou, a filha mais do que depressa
livrou do desastre. E a irmã querendo sustentar caiu junto.
Como uma fileira de dominó. Foi tão gozado. Ainda caídas
no chão não parávamos de rir. Até hoje quando nos
lembramos a gente ri. Foi um momento maravilhoso.
(Maria Celina Simões)

Quero escrever algo pra minha avó. Os móveis que herdei
ficaram coloridos. As louças são usadas no dia-a-dia. Os
panos de prato estão um pouco manchados. E os livros de
receita amarelados. Está tudo lá, só falta ela. (Beatriz
Carvalho)
histórico
2009
 Os microrroteiros começam a ser escritos
como um exercício para a criatividade. As
cenas tem até 140 caracteres e são postadas
no twitter.

2010
 Começam as parcerias com artistas, que os
utilizam como inspiração para a criação de
obras: os quadrinistas Marcelo e Magno
Costa, os artistas plásticos Mozart Fernandes
e Tiago Spina;
 Os microrroteiros ganham o formato de
lambe-lambes em papéis coloridos e vão
para as ruas, colados em postes e,
principalmente, pontos de ônibus;
 O trabalho ganha destaque na coluna de
Gilberto Dimenstein na CBN e Folha de São
Paulo, no portal UOL e no jornal Agora São
Paulo.
histórico
2011
 As colagens continuam. Além de São Paulo, os microrroteiros também são
colados nas ruas de Lisboa, Portugal.
 Parceria com os videastas Thiago Guimarães e William de Carvalho
 Destaque no site Link Estadão, do jornal Estado de São Paulo

2012
 As colagens nas ruas se intensificam
 Destaque nas revistas São Paulo | Folha de São Paulo, Continuum | Itaú
Cultural, Revista Cult, site de tendências Hapyness e capa do Guia Perdizes.
 Intervenção na calçada da avenida Paulista, junto ao público, durante 10
dias e criação de painel de 150 metros quadrados para a Mostra Sesc de
Artes 2012.
 Exposição Paisagens Escritas do Centro Velho, no Sesc Carmo
 Participação no documentário Cola de Farinha, de Maicknuclear

2013
 Exposição Microrroteiros da Cidade, na
Galeria Kabul
clipping
microrroteiros da cidade                 mais são paulo,
                                         CBN


   “(...)Ela tá hoje postando esses
   microrroteiros ilustrados nos
   pontos de ônibus. Então, a
   pessoa fica esperando, vê aquele
   microrroteiro, um mais
   interessante do que o outro (...)E
   o mais importante é transformar
   os pontos de ônibus num lugar
   de aprendizado, de cultura (...)” –
   Gilberto Dimenstein

   http://cbn.globoradio.globo.com/col
   unas/mais-sao-
   paulo/2010/08/18/ARTISTA-CRIA-
   ROTEIRO-DE-CINEMA-NO-
   TWITTER.htm
clipping
microrroteiros da cidade                        folha de são paulo




                           “Quando era menina, Laura Guimarães
                           observava, intrigada, pela janela do
                           carro de seu pai, as filas que se
                           formavam nos pontos de ônibus. Por
                           alguma misteriosa razão, ela ficava
                           tentando adivinhar o que aquelas
                           pessoas faziam naqueles lugares.(...)
                           No ano passado, apenas para brincar,
                           resolveu fazer microrroteiros com 140
                           caracteres. (...) percebeu que essas
                           cenas poderiam ser um ponto de
                           partida para uma criação coletiva e
                           fazer da cidade um imenso roteiro
                           cinematográfico.”– Gilberto Dimenstein
clipping
microrroteiros da cidade                link estadão

                           “É possível contar uma
                           história     em      140
                           caracteres?        Laura
                           Guimarães prova que
                           sim. Em seu Twitter,
                           @nopassodroteiro, ela
                           conta cenas da cidade
                           em pequenas pílulas.
                           (...) As histórinhas se
                           misturam ao cotidiano
                           da cidade, e geram
                           novas     histórias    à
                           medida em que as
                           pessoas       interagem
                           com elas...” – Tatiana
                           de Mello Dias
                           http://blogs.estadao
                           .com.br/link/sabado-
                           livre-no-passo-do-
                           roteiro/
clipping
microrroteiros da cidade
                                         uol cinema

  “A roteirista Laura Guimarães
  achou uma forma criativa de expor
  suas histórias: resolveu colar
  microrroteiros - impressos em
  papéis coloridos - em pontos de
  ônibus e postes de ruas
  movimentadas de São Paulo.
  Numa segunda etapa do trabalho,
  Laura     fez     parcerias     com
  quadrinistas e ilustradores a fim de
  complementar os textos com
  imagens.” – Edu Fernandes

  http://cinema.uol.com.br/ultnot/
  2010/09/04/roteirista-espalha-
  microrroteiros-pelas-ruas-de-sao-
  paulo.jhtm
clipping
microrroteiros da cidade                                   revista são paulo|
                                                           folha de são paulo




                    “Pensei que fossem poemas, retalhos de poesia, quando
                    vi pela primeira vez os pequenos textos impressos em
                    papel colorido e colados em pontos de ônibus da zona
                    oeste de São Paulo. (...) O primeiro texto surgiu em 2009.
                    Voltando de Campos do Jordão (SP), olhou pela janela do
                    ônibus e viu a cena, que registrou no caderno: "Domingo
                    à tarde, debaixo de muita chuva, um homem colhe flores
                    na beira da estrada". Ainda anotou: "Início, meio ou
                    final?". Concluiu que era uma história completa e assim
                    começavam os microrroteiros. – Rodolfo Lucena
clipping
microrroteiros da cidade   revista continuum |
                           itaú cultural
clipping
microrroteiros da cidade
                           revista cult
clipping
microrroteiros da cidade   capa do catálogo de literatura
                           da mostra sesc de artes 2012
mini currículo
      laura guimarães
        E-mail criacao.laura@gmail.com
        Blog www.nopassodoroteiro.blogspot.com
               www.portfoliodalau.blogspot.com




Formada em Artes Cênicas pelo TEATRO ESCOLA CÉLIA
HELENA, em 1995, e em Cinema pela FAAP, em 2002.
Procura relacionar seus trabalhos com o olhar para a relação arte - vida cotidiana.

Desenvolve roteiros, pesquisas e conteúdo para sites, revistas e peças de marketing. Além de
direção e assistência de direção de trabalhos audiovisuais.

Entre eles, Roteiro e Direção dos curtas-metragens – A Imagem (16mm), Conceito Virtual
(video), De Casa em Casa e Notícias do Recife, ambos sobre o Coletivo Rede de Resistência
Solidária e, 10 de Janeiro de 2006, para o CD Somos, do músico Ortinho. Além do video de
apresentação do projeto TIM nas Escolas, no Recife.
Pesquisa em periferias das cidades do Recife e São Paulo e, interior do Ceará, conhecendo
manifestações artísticas dos seus moradores e coletivos.

Entrevistas de campo e criação de conteúdo para blog do projeto itinerante Amigos do Planeta
– Inclusão Digital, da Casas Bahia, em 2009/10.

Pesquisa de campo e matérias de capa das revista O Melhor do BRAsi lsobre o estado de
Pernambuco e do Ceará. Pesquisa e criação de conteúdo para portal UOL e site da GNT.
Pesquisa qualitativa com estudantes universitários para MB Foco Estratégico.

Criação de Microrroteiros inspirados nas histórias da cidade e parceria com os artistas Marcelo
Costa, Magno Costa, Mozart Fernandes, Tiago Spina, Willian de Carvalho e Thiago Guimarães.

Microrroteiros em lambe-lambes nos pontos de ônibus da cidade de São Paulo, como opção de
leitura para quem espera sua condução. Trabalho ganhou destaque na Folha de São Paulo, CBN
(coluna de Gilberto Dimenstein), Uol Cinema, Link Estadão, Revista Continuum e Revista Cult.

Intervenção nos tapumes do Sesc Paulista para a Mostra Sesc de Artes 2012, Exposição
Paisagens Escritas do Centro Velho, no Sesc Carmo, Exposição de Microrroteiros na Balada
Literária 2012 e Exposição de Microrroteiros na Galeria Kabul

Peças publicitárias e roteiros Institucionais para empresas como Petrobrás, Gradiente,
Microsoft, Varig – Smiles, Fiat, Nivea, entre outras

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Microrroteiros: estimulando a imaginação por meio de histórias curtas nas ruas

  • 1.
  • 2. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquela. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto. (...) De alguma maneira, porém, podemos ir mais longe e dizer que a leitura da palavra não é apenas precedida pela leitura do mundo mas por uma certa forma de “escrevê-lo” ou de “ reescrevê-lo” , quer dizer, de transformá-lo através de nossa prática consciente.” Trecho da palestra “A importância do ato de ler”, de Paulo Freire
  • 3.
  • 4. o que são microrroteiros? No presente caso, microrroteiros são os textos de até 140 caracteres escritos por Laura Guimarães, que descrevem cenas inspiradas no cotidiano das cidades e acontecimentos da vida diária. Seu formato tem propositalmente caráter imagético, ou seja, a proposta é fazer com que as pessoas visualizem as cenas descritas.
  • 5. microrroteiros O projeto microrroteiros da cidade tem diferentes desdobramentos. O principal deles é a impressão dos textos da cidade em papéis coloridos que são colados como lambe-lambes nas ruas (em postes, muros e, principalmente, pontos de ônibus) com o objetivo de estimular a imaginação das pessoas de repente. Convidá-las a sair um pouquinho da turbulência da vida cotidiana para imaginar uma história, visualizar uma cena. Eles também estão cada vez mais presentes em redes sociais. Além das ferramentas usadas pela artista para divulgação dos trabalhos, muitas pessoas que os encontram nas ruas, fotografam com seus celulares e postam em suas páginas no facebook, twitter e, principalmente, no instagram. Em 2012 foram realizadas três exposições artísticas do trabalho: na Galeria Kabul, no Sesc Carmo e no Sesc Paulista – esta última, nos tapumes do SESC da avenida Paulista, para a Mostra Sesc de Artes 2012, continua no local. Os microrroteiros já ganharam destaque em diversos veículos de comunicação: coluna do Gilberto Dimenstein na CBN e na Folha de São Paulo, Revista Agora | Folha de São Paulo, Revista Continuum | Itaú Cultural, Revista Cult, Uol Cinema, Link Estadão, entre outros (veja o clipping no fina desta apresentação).
  • 6. justificativa  Intervenção urbana. Intervir com arte na cidade.  Convidar o público nas ruas a ler, imaginar histórias enquanto espera o ônibus, caminha por aí.  Estimular a prática de interpretação de textos nas ruas  Por meio de histórias que retratam o cotidiano, convidar o público a descobrir que elas estão por toda parte e não somente nos livros ou na mão dos escritores. Que eles próprios tem muitas histórias para contar, que elas são interessantes e podem servir como estímulo para imaginação de outras pessoas e base para criações artísticas;  Os micros também pretendem convidar as pessoas à um novo olhar sobre o lugar onde vivem, por onde passam, o que encontram no seu dia. Sabe aquela coisa de criança de transformar nada em brincadeira? A idéia é instigar, mesmo que de vez em quando, esse olhar para como o aqui e agora pode ser inspirador.
  • 12. histórias reais nas colagens você gosta de samba? mercado da lapa. hora do rush. fim de tarde bonito. ruas lotadas de pessoas e pontos de ônibus. filas de pessoas. na calçada bem de frente ao mercado, eu acabo de colar e um cobrador de seus 50 e alguns anos pergunta - o que é isso que você tá fazendo? eu explico. - me dá um desse. vai, me dá um desse! não seria a primeira vez que eu daria um dos micros. mas na grosseria não. mostrei o que eu tinha acabado de colar no poste e falei que era dele também. ele disse que eu teria problemas com aquilo. - por que eu to colando lambe-lambe na rua? eu sei que é proibido - você vai ter problemas. esse texto é uma discriminação. tomei o maior susto. discriminação? um micro que tenho o maior carinho porque a história foi real e foi boa. vai que é verdade e eu nunca percebi. li em voz alta. você gosta de samba? perguntava o cobrador chamando os passageiros pra formar uma roda junto à catraca onde esta a discriminação? é a história de um cobrador. (continua)
  • 13. histórias reais nas colagens (continuando) ele, nervoso – isso é discriminação! você tá discriminando! não gostei do jeito dele, discuti, queria entender. até que duas mulheres da fila do ônibus se meteram – o problema é que ele que não tá interpretando o texto direito. o senhor não está interpretando o texto direito! - esse texto é discriminação contra os cobradores! aí uma delas – o que tem nele de discriminação? o senhor tá dizendo que é discriminação gostar de samba? o senhor é que tá discriminando quem gosta de samba! e por aí foi. cinema na monte azul fui com o graffiteiro nave mãe na comunidade monte azul pra colar nas ruas, dentro do evento fora de foco. perguntei para um dos meninos (de aproximadamente 10 anos) que nos acompanhou num trecho da colagem, o que ele tinha entendido, qual era a história desse micro: cantava no ouvido dele. dançavam na fila do cinema ele depois de pensar – eu acho que é a história de uma mulher que fala muito. ela fica falando no ouvido de outra mulher. e a outra mulher não gosta porque ela tá querendo assistir o filme.
  • 14. O projeto Microrroteiros da Cidade foi convidado a integrar a Mostra Sesc de Artes 2012 com uma intervenção nos tapumes da unidade da av. Paulista. Para tanto, os grafiteiros Felipe Primat e Frenesi pintaram uma cidade fictícia no local. Durante os 10 dias da Mostra, foi montado um escritório na calçada. O público que passava no local era convidado a escrever uma história e essa, transformada em microrroteiro na hora por Laura Guimarães. No final do dia, o trabalho era colado no painel, junto à outros microrroteiros que já faziam parte do repertório da artista. Durante o processo, também foram inseridos trabalhos dos artistas Mozart Fernandes, Julio Vieira, Carol Plumari e a dupla Seis e Meia. A produção ficou por conta de Mônica Rodrigues Fernandes, da Vértices Casa. mostra sesc de artes 2012
  • 15.
  • 16.
  • 17. microrroteiros do centro velho | sesc carmo nas fotos de Mônica Rodrigues Fernandes, painel de Mozart Fernandes
  • 18. Tiago Spina roteiros para Magno Costa
  • 19. Mozart Fernandes roteiros para Magno Costa
  • 22.
  • 23. Quarta feira fui comer um pastel na banquinha em frente a faculdade, sentei no meio fio, um rapaz senta ao meu lado, morador de rua, pede um trocado, digo pra ele sentar, pra conversarmos. Ele me olha espantado, senta, pergunto sobre sua vida e me surpreendo. Ele era professor universitário, fala francês e italiano fluentes e está na rua história por conta de uma decepção amorosa. Não quis dar s dos detalhes sobre isso, mas disse que cada trocado se torna uma cachaça que afasta a saudade dela do seu peito. outros (Carolina Balza) Num dia de chuva. o guarda-chuva era um só. A mãe (eu), a filha (Lia) e a irmã (Luiza) abrigadas nele. Numa esquina que descia a mãe escorregou, a filha mais do que depressa livrou do desastre. E a irmã querendo sustentar caiu junto. Como uma fileira de dominó. Foi tão gozado. Ainda caídas no chão não parávamos de rir. Até hoje quando nos lembramos a gente ri. Foi um momento maravilhoso. (Maria Celina Simões) Quero escrever algo pra minha avó. Os móveis que herdei ficaram coloridos. As louças são usadas no dia-a-dia. Os panos de prato estão um pouco manchados. E os livros de receita amarelados. Está tudo lá, só falta ela. (Beatriz Carvalho)
  • 24. histórico 2009  Os microrroteiros começam a ser escritos como um exercício para a criatividade. As cenas tem até 140 caracteres e são postadas no twitter. 2010  Começam as parcerias com artistas, que os utilizam como inspiração para a criação de obras: os quadrinistas Marcelo e Magno Costa, os artistas plásticos Mozart Fernandes e Tiago Spina;  Os microrroteiros ganham o formato de lambe-lambes em papéis coloridos e vão para as ruas, colados em postes e, principalmente, pontos de ônibus;  O trabalho ganha destaque na coluna de Gilberto Dimenstein na CBN e Folha de São Paulo, no portal UOL e no jornal Agora São Paulo.
  • 25. histórico 2011  As colagens continuam. Além de São Paulo, os microrroteiros também são colados nas ruas de Lisboa, Portugal.  Parceria com os videastas Thiago Guimarães e William de Carvalho  Destaque no site Link Estadão, do jornal Estado de São Paulo 2012  As colagens nas ruas se intensificam  Destaque nas revistas São Paulo | Folha de São Paulo, Continuum | Itaú Cultural, Revista Cult, site de tendências Hapyness e capa do Guia Perdizes.  Intervenção na calçada da avenida Paulista, junto ao público, durante 10 dias e criação de painel de 150 metros quadrados para a Mostra Sesc de Artes 2012.  Exposição Paisagens Escritas do Centro Velho, no Sesc Carmo  Participação no documentário Cola de Farinha, de Maicknuclear 2013  Exposição Microrroteiros da Cidade, na Galeria Kabul
  • 26. clipping microrroteiros da cidade mais são paulo, CBN “(...)Ela tá hoje postando esses microrroteiros ilustrados nos pontos de ônibus. Então, a pessoa fica esperando, vê aquele microrroteiro, um mais interessante do que o outro (...)E o mais importante é transformar os pontos de ônibus num lugar de aprendizado, de cultura (...)” – Gilberto Dimenstein http://cbn.globoradio.globo.com/col unas/mais-sao- paulo/2010/08/18/ARTISTA-CRIA- ROTEIRO-DE-CINEMA-NO- TWITTER.htm
  • 27. clipping microrroteiros da cidade folha de são paulo “Quando era menina, Laura Guimarães observava, intrigada, pela janela do carro de seu pai, as filas que se formavam nos pontos de ônibus. Por alguma misteriosa razão, ela ficava tentando adivinhar o que aquelas pessoas faziam naqueles lugares.(...) No ano passado, apenas para brincar, resolveu fazer microrroteiros com 140 caracteres. (...) percebeu que essas cenas poderiam ser um ponto de partida para uma criação coletiva e fazer da cidade um imenso roteiro cinematográfico.”– Gilberto Dimenstein
  • 28. clipping microrroteiros da cidade link estadão “É possível contar uma história em 140 caracteres? Laura Guimarães prova que sim. Em seu Twitter, @nopassodroteiro, ela conta cenas da cidade em pequenas pílulas. (...) As histórinhas se misturam ao cotidiano da cidade, e geram novas histórias à medida em que as pessoas interagem com elas...” – Tatiana de Mello Dias http://blogs.estadao .com.br/link/sabado- livre-no-passo-do- roteiro/
  • 29. clipping microrroteiros da cidade uol cinema “A roteirista Laura Guimarães achou uma forma criativa de expor suas histórias: resolveu colar microrroteiros - impressos em papéis coloridos - em pontos de ônibus e postes de ruas movimentadas de São Paulo. Numa segunda etapa do trabalho, Laura fez parcerias com quadrinistas e ilustradores a fim de complementar os textos com imagens.” – Edu Fernandes http://cinema.uol.com.br/ultnot/ 2010/09/04/roteirista-espalha- microrroteiros-pelas-ruas-de-sao- paulo.jhtm
  • 30. clipping microrroteiros da cidade revista são paulo| folha de são paulo “Pensei que fossem poemas, retalhos de poesia, quando vi pela primeira vez os pequenos textos impressos em papel colorido e colados em pontos de ônibus da zona oeste de São Paulo. (...) O primeiro texto surgiu em 2009. Voltando de Campos do Jordão (SP), olhou pela janela do ônibus e viu a cena, que registrou no caderno: "Domingo à tarde, debaixo de muita chuva, um homem colhe flores na beira da estrada". Ainda anotou: "Início, meio ou final?". Concluiu que era uma história completa e assim começavam os microrroteiros. – Rodolfo Lucena
  • 31. clipping microrroteiros da cidade revista continuum | itaú cultural
  • 33. clipping microrroteiros da cidade capa do catálogo de literatura da mostra sesc de artes 2012
  • 34. mini currículo laura guimarães E-mail criacao.laura@gmail.com Blog www.nopassodoroteiro.blogspot.com www.portfoliodalau.blogspot.com Formada em Artes Cênicas pelo TEATRO ESCOLA CÉLIA HELENA, em 1995, e em Cinema pela FAAP, em 2002. Procura relacionar seus trabalhos com o olhar para a relação arte - vida cotidiana. Desenvolve roteiros, pesquisas e conteúdo para sites, revistas e peças de marketing. Além de direção e assistência de direção de trabalhos audiovisuais. Entre eles, Roteiro e Direção dos curtas-metragens – A Imagem (16mm), Conceito Virtual (video), De Casa em Casa e Notícias do Recife, ambos sobre o Coletivo Rede de Resistência Solidária e, 10 de Janeiro de 2006, para o CD Somos, do músico Ortinho. Além do video de apresentação do projeto TIM nas Escolas, no Recife.
  • 35. Pesquisa em periferias das cidades do Recife e São Paulo e, interior do Ceará, conhecendo manifestações artísticas dos seus moradores e coletivos. Entrevistas de campo e criação de conteúdo para blog do projeto itinerante Amigos do Planeta – Inclusão Digital, da Casas Bahia, em 2009/10. Pesquisa de campo e matérias de capa das revista O Melhor do BRAsi lsobre o estado de Pernambuco e do Ceará. Pesquisa e criação de conteúdo para portal UOL e site da GNT. Pesquisa qualitativa com estudantes universitários para MB Foco Estratégico. Criação de Microrroteiros inspirados nas histórias da cidade e parceria com os artistas Marcelo Costa, Magno Costa, Mozart Fernandes, Tiago Spina, Willian de Carvalho e Thiago Guimarães. Microrroteiros em lambe-lambes nos pontos de ônibus da cidade de São Paulo, como opção de leitura para quem espera sua condução. Trabalho ganhou destaque na Folha de São Paulo, CBN (coluna de Gilberto Dimenstein), Uol Cinema, Link Estadão, Revista Continuum e Revista Cult. Intervenção nos tapumes do Sesc Paulista para a Mostra Sesc de Artes 2012, Exposição Paisagens Escritas do Centro Velho, no Sesc Carmo, Exposição de Microrroteiros na Balada Literária 2012 e Exposição de Microrroteiros na Galeria Kabul Peças publicitárias e roteiros Institucionais para empresas como Petrobrás, Gradiente, Microsoft, Varig – Smiles, Fiat, Nivea, entre outras