Este documento discute a diversidade cultural e desigualdades sociais no Brasil. A autora argumenta que as diferenças culturais são agregadas à condição de classe social e transformadas em desigualdades, mas não aparecem como tal. A escola contribui para apagar diferenças culturais e manter a hegemonia da cultura branca. É necessário reconhecer a diversidade e integrá-la nas práticas educativas para reduzir desigualdades.
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DIVERSIDADE CULTURAL E DESIGUALDADES SOCIAIS: Primeiras
aproximações.
Maria Regina Clivati Capelo
Diversidade, pluriculturalidade, multiculturalidade entre outras designações similares
ressaltam as diferenças ou características singulares que os grupos sociais possuem quando
comparados entre si. A diversidade e os adjetivos conseqüentes supõem o seu contrário - a
monoculturalidade - que, por sua vez, supõe processos de disputas entre culturas diferentes
pois a predominância de uma implica em que as demais sejam apagadas ou silenciadas.
Por que atualmente se fala em diversidade? Numa sociedade de liberalismo
globalizado, como conciliar a antinomia entre o direito universal à igualdade e o respeito às
diversidades culturais. Analisar a diversidade sócio-étnico-cultural significa entender, em
primeiro plano, que na situação de classe agregam-se outras condições tais como:
pertencimento étnico, diferenças etárias, de gênero, geográficas, religiosas, de visões de
mundo, projetos individuais, desejos, valores, experiências vividas e ressignificadas etc. As
diferenças culturais encontram-se agregadas à condição de classe social portanto não se trata
de categorias que se opõem e nem de categorias que possam ser substituídas uma pela outra.
Existem situações entendidas como culturais que são usadas para manter certos segmentos
sociais na exclusão. Portanto, classe social, origem étnica e situação cultural fazem parte de
uma totalidade, na qual as diferenças são transformadas em desigualdades, mas não aparecem
como tal.
Cultura é “ato, efeito ou modo de cultivar”, daí provém a palavra agricultura ou o
mesmo que “cultivar os campos”. Enquanto o agricultor pisa na terra para plantar, também
planta saberes e fazeres em sua própria cabeça e no seu corpo. Isto significa que cada um de
nós pensa a partir do chão em que pisamos. Por isto afirma-se existirem tantas culturas
quantos forem os modos de vida dos grupos sociais. Sendo assim, cultura é o mesmo que
conhecimento compartilhado, modos de viver, instrumento mediador (entre seres humanos e
o meio ambiente), sistema de participação, sistema de valores e de criações de um povo ou
de grupos sociais. Trata-se de um “sistema organizado de símbolos significantes”1 que dirige
o comportamento humano e é compartilhado pelos membros de uma dada sociedade ou
1
- Conceito formulado por GEERTZ, citado por : THOMAZ. Omar Ribeiro. A Antropologia do Mundo
Contemporâneo : Cultura e Diversidade. In: SILVA, A . & GRUPIONI, L. D. B. (orgs). A Temática Indígena
na escola: Novos subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília, DF: MEC/ MARI/ UNESCO, 1995,
p.428.
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grupo social, por isto refere-se à capacidade - e necessidade - que os seres humanos têm de
aprender e de simbolizar suas relações, de constituir as identidades.
Partindo desse conceito, pode-se dizer que os grupos sociais constituem muitas
formas de simbolizar o mundo, por isto podemos falar em culturas no plural ou diversidade
cultural. Embora a base social seja a mesma, o modo de valorizar, simbolizar, classificar é
diferente. Estamos inseridos num quadro em que a natureza é a mesma, no entanto o modo
de apropriação é culturalmente determinado. Assim sendo, um capitalista vê uma floresta
como fonte de lucro e para tanto não hesita em desmatá-la. Para os índios e povos da floresta
ela é sagrada e deve ser preservada, pois é fonte de vida e não de lucro. A existência de
muitas culturas não significa que uma seja superior ou melhor do que a outra. O problema é
que na sociedade capitalista tudo é hierarquizado, as diferenças étnicas e culturais são
transformadas em desigualdade.
As desigualdades estão ligadas à condição econômica. Partilhamos da mesma
sociedade, mas cada um vive conforme o salário que recebe. Somos sócios da mesma
realidade, entretanto existem sócios majoritários e minoritários: os que possuem em excesso
e aqueles que vivem em condições de indigência. Esta é a sociedade de classes sociais que
nomina e hierarquiza as pessoas conforme a quantidade de bens materiais. Ser pobre
significa estar num lugar social desigual que impede o acesso a determinados bens e
serviços. Ser pobre, negra, idosa, homossexual e solteira pode complicar ainda mais a
condição de pobreza. Assim fica claro que na situação de classe social agregam-se outras
condições tais como: espacialidades, temporalidades, pertencimento étnico, diferenças
etárias, étnicas, de gênero, de opções sexuais, religiosas, de visões de mundo, projetos
individuais, desejos, valores, experiências vividas e ressignificadas etc.
Diferenças culturais e condição de classe social são categorias que não se excluem e
devem ser focalizadas de modo inseparável, pois existem situações entendidas como
culturais que têm servido ao propósito da exclusão. Em síntese: classe social, origem étnica
e situação cultural fazem parte de uma totalidade, onde as diferenças são transformadas em
desigualdades mas não aparecem como tais. Na sociedade neoliberal contemporânea a
diversidade é admitida mas apenas até o ponto em que representa uma vantagem para o
capital no sentido de ampliar e diversificar o mercado.
Sabemos que a sociedade brasileira constitui-se de diferentes matrizes étnicas e
culturais, entre as quais ressaltam-se índios, caboclos e negros. Esses grupos têm
3. 3
sobrevivido com muitas dificuldades a diferentes etnocídios e múltiplas formas de
invisibilidade social, ainda assim permanecem reafirmando suas identidades étnicas.
Entretanto, a nacionalidade brasileira transmitida pela escola está dada e acabada, pois
aparece no processo educativo como se não existissem outras formas de pertencimentos
diferentes do modelo branco/cristão e masculino.
As diferentes formas de vida que se organizam no meio rural, as infâncias, pessoas
especiais, surdas, cegas; culturas femininas e juvenis; a velhice, negros, caboclos e os índios,
entre outras diferenças, são conteúdos negados que passam ao largo das atividades escolares.
Muitos talentos são perdidos ou ficam em estado de potência, impossibilitados de se
transformar em ato não apenas pela falta de oportunidade, mas principalmente, porque
na escola paira uma espécie de recusa em ensinar aqueles que já chegam marcados pela
pobreza, pelo trabalho rural, cor, sexo, idade e outros pertencimentos diferentes daquele que
se tem como modelo hegemônico.
Em uma mesma sala de aula estão reunidas crianças e jovens de gênero diferentes,
religiosidades, pertencimentos étnicos, culturais, trajetórias de vida, saberes acumulados,
fazeres, espacialidades vividas, temporalidades, concepções, etc. Essa diversidade de sujeitos
complica a prática pedagógica que, evidentemente, não pode ser a mesma para todos.
Algumas crianças conseguem aprender conforme os ditames dos padrões didáticos, mas
outras necessitam de suportes diferenciados.
Estudo realizado por Sergei Dillon Soares, do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada, a partir de dados do provão (2000), afirma que “é na escola, e não no mercado,
que o futuro de muitos negros é selado. [...] O grupo que mais sofre os efeitos da
discriminação no mercado é o de mulheres negras.” Trata-se de uma desigualdade que
aparece na base da pirâmide educacional e se estende até os graus mais elevados de ensino2.
Segundo dados apresentados pelo Unicef no relatório “Situação Mundial da Infância
2000”, “2,9 milhões de brasileiros, entre 5 e 14 anos, trabalham para reforçar a renda
familiar. O índice de trabalhadores precoces cresce para 5,7 milhões na faixa etária de 10 a
16 anos. Segundo o IBGE, 58,8 % dos jovens de sexo masculino, entre 10 e 24 anos, só
trabalham [e não estudam] (...). Só nos lixões de nossas cidades trabalham diariamente cerca
de 50 mil crianças,(...) e 1,3 milhão de crianças estão fora das salas de aula..”3
2
- Ver mais detalhes em : PROVÃO revela barreira racial no ensino. Folha de São Paulo, S.P., Caderno C, p.
1-2, 14, jan, 2001.
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A Comissão Nacional de População e Desenvolvimento que elaborou amplo estudo
sobre a situação dos jovens brasileiros, ressalta que a cor da pele é um fator muito marcante
quando se trata de comparar os indicadores de inserção dos jovens no sistema educacional.
Dados de 1995, mostram que
[...] entre jovens de 15 a 24 anos, existiam 51,9% de cor branca e 47,6% negros e
pardos.Entretanto, a inserção no ensino de terceiro grau era 5 vezes superior para os
jovens brancos.Com relação aos jovens estudantes pobres (“aqueles que vivem em
famílias com até ½ salário mínimo de renda familiar per capita”), a grande maioria
(69,2%) era constituída por pessoas de cor negra ou parda, o que permite visualizar
mais um aspecto da discriminação sofrida por essa população”.4
Conforme Abranches (2001, p. 114), a taxa de analfabetismo funcional entre os
brancos é de 22% e de 41% entre os negros, sendo que a renda média dos brancos, nos anos
1990s, aumentou em 1,5 salário mínimo e a dos negros em apenas 0,55 salário mínimo. As
desigualdades de oportunidades atingem mais fortemente os jovens que vivem no meio rural
que, em geral, estão em elevada desvantagem não só quanto aos níveis de alfabetização mas,
principalmente, em relação à progressão escolar. A escolarização das populações rurais
implica, em primeiro lugar, na atenção à oralidade que caracteriza a transmissão dos saberes,
no caráter essencialmente prático e no exercício da observação que caracterizam a
transmissão dos fazeres. No meio rural a pluralidade sócio-cultural está representada pela
existência de trabalhadores temporários, moradores de Vilas Rurais, assentados, peões,
pequenos produtores, ribeirinhos, grandes fazendeiros, sitiantes etc...O campo também reúne
os índios que aparecem como minoria étnica, mas se constituem como nações e não
simplesmente minorias. GUSMÃO (1999, p. 44), esclarece que “índio” é uma construção
branca, pois
[...] os povos indígenas são sioux, crow, kamayurá, xokleng, guarani, avá e outros,
mas não são índios, categoria inventada pelos brancos para, desrespeitando a
especificidade de cada grupo, colocá-los todos ‘no mesmo saco’.(...) Desconsidera-se
aí, o que são de fato e o que pensam sobre si mesmos como componentes de uma
história singular de grupo que tem suas próprias marcas, portadoras de significados,
sentidos e visão de mundo, únicos porque só seu. Chamá-los de índios indistintamente
é negar-lhes o que de mais interior os habita e que dizem deles por aquilo que são :
Kamayurá, Ticuna,Xavantes etc...”.
3
- Dados apresentados por Betto, Frei. Infância proibida. In: Revista A . M. , São Paulo: Editora Ave Maria ,
ano101, jun., 2.000. p. 11-12.
4
- SABOIA, A . L. p. 512.
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Os saberes e fazeres escolares são etnocentristas, portanto, mesmo que os negros,
mestiços, índios e pobres (meninas, meninos, idosos e idosas) nela estejam presentes, de fato
estão ausentes, porque a racionalidade escolar os exclui por dentro. E desse ponto de vista,
essa escola longe de ter fracassado, obteve enorme sucesso, pois não se tratava mesmo de
incluir, mas de ocultar, mediante um simulacro de democracia, a perversidade das inúmeras
exclusões a que continuam sendo submetidos os negros e índios no Brasil.
A preocupação recente com a relação entre escolarização e diversidade faz crer que as
escolas não foram feitas para atender à heterogeneidade étnico-cultural aliás, a organização
das mesmas está voltada exatamente para apagar essas diferenças, contribuindo
significativamente para a manutenção da hegemonia da cultura branca/ocidental.
O atendimento às especificidades sócioculturais dos jovens, adultos e idosos demanda
políticas diferenciadas. Em termos mais concretos isso implica também que a distribuição de
verbas públicas deve ser feita de acordo com as necessidades sociais e não conforme os
critérios burocráticos que, longe de atender às características dos grupos sociais, atendem, em
primeira mão, os interesses da burocracia que precisa justificar seus próprios cargos e
salários.
As tentativas oficiais de objetivar o princípio da igualdade universal esbarram em
políticas iguais para grupos que vivem em desigualdade social. A igualdade universal
permanece como o horizonte a ser alcançado. Essa luta impõe a necessária democracia
econômica e a eliminação de privilégios. Uma metáfora popular explica melhor: a doença
pode ser a mesma e o remédio também, mas as doses precisam ser administradas conforme as
dores dos pacientes.
Reconhecer que sabemos pouco sobre as culturas com as quais lidamos no dia-a-dia
do trabalho docente e, mais do que isso, pesquisar sobre as reações e ações resultantes das
interações entre culturas diferentes, bem como manter acessa a chama da esperança, faz parte
das necessidades mais imediatas no campo escolar. Para além do reconhecimento da
heterogeneidade e da complexidade do ser humano é preciso integrar as diversidades nas
práticas educativas. Trata-se de uma caminhada cujos atalhos deverão ser construídos
enquanto se caminha. A configuração desses atalhos depende da sensibilidade dos envolvidos
na educação. A heterogeneidade emerge a medida em que se processam comparações, e,
conforme os critérios que são utilizados, ora são ressaltadas as diferenças, ora as semelhanças.
Nessa direção se pode reafirmar que as práticas educativas devem estar fundamentadas na
alteridade e não na etnicidade, devem trabalhar com as diferenças de modo a reconhecê-las e
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valorizá-las, devem quebrar a “cultura do silêncio” (como queria Paulo Freire), para que os
educandos possam falar e ser ouvidos.
Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as esperanças, lutas,
trajetórias e especificidades culturais que caracterizam os alunos e levar em consideração o
bom senso presente no senso comum a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais
interculturais, mais reflexivos e menos exclusores.
Bibliografia
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Brasília : CNPD, maio, 1998. p. 502.
INDICAÇÕES DE ATIVIDADES
1- Estimular os alunos a observarem as desigualdades existentes no bairro em relação ao
centro da cidade, bem como as diferenças de estilo de vida.
2- Orientar pesquisas que visem diagnosticar as desigualdades: tais como: dados sobre
renda salarial familiar no bairro, emprego e desemprego, jovens e adolescentes que
trabalham, onde trabalham, bem como diferenças tais como: quantidade de idosos,
sexo, pessoas especiais que residem no bairro, grupos culturais juvenis (punks,
skinheads etc.), grupos juvenis que participam de movimentos políticos, religiosos,
ecológicos, organizações não governamentais entre outros.
3- Realizar trabalhos de observação: como são as casas? O cotidiano da sua rua – quem
passa, em que hora, por quê?
4- Elaborar quadros demonstrativos das diferenças culturais existentes no bairro bem
como das desigualdades.
5- Estimular os alunos a planejar formas culturais de dialogar com os diferentes,
buscando formas de reconhecimento e a valorização dos “outros”.
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6- Identificar as especificidades culturais dos grupos juvenis que pertencem ao bairro
através de suas próprias manifestações: grafitagem, roupas que vestem, onde costuma
ficar, como encaram o futuro, o trabalho etc...
7- Dramatizar situações que os alunos encontraram na realidade pesquisada.
8- Elaborar quadros demonstrativos ou outros suportes para apresentar a realidade aos
demais alunos.
9- Visitar aldeias indígenas, assentamentos, asilos, educandários especiais, escolas de
elite – centros tecnológicos, hospitais, ONGs, empresas...
10- Elaborar um jornal da escola para divulgar noticias entre os alunos, usando inclusive
recortes de jornais locais.
11- Organizar uma emissora de rádio...
12- Elaborar cartazes para denunciar as desigualdades e injustiças, focalizando
especialmente os dados encontrados nas pesquisas diagnósticas.
13- Orientar os alunos para que organizem feiras culturais trazendo para a escola os
grupos juvenis organizados no bairro – festival cultural envolvendo – musicas, grupos
de danças, grafiteiros, idosos, mulheres artesãs e outros os talentos existentes na
comunidade.
INDICAÇÕES BIBLIOGRAFICAS
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