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PERÍODO REGENCIAL
    (1831-1840)
        AULA 06 – APOSTILA 03 C
Os primeiros anos após a abdicação.
• A Constituição determinava que, no caso de
  herdeiro o herdeiro do trono ser menor,
  assumiria uma Regência Trina indicada pela
  Assembleia, até a maioridade.

• Regência Trina Provisória (abril de 1831):
  – Francisco de Lia e Silva (representante do Exército),
  – Nicolau de Campos (moderado),
  – Carneiro de Campos (restaurador).

     • Reconduziram o ministérios dos brasileiros ao poder;
       anistiaram presos políticos; exoneraram oficiais portugueses
       e suspenderam a aplicação do Poder Moderador.
PANORAMA POLÍTICO.
• Exaltado (farroupilha ou jurujubas):
   – Integrado pela esquerda liberal, que defendia                      a
     implantação de uma política federal descentralizada.

• Moderado (ou chimango):
   – Composto pela direita liberal, que lutava pelos interesses
     dos grandes fazendeiros.
      • Progressistas: Governo forte e centralizado, faziam concessões aos
        liberais exaltados.
      • Regressistas: Governo com o legislativo forte, sem concessões
        para os liberais exaltados.

• Restaurador (ou caramuru):
   – Constituído pela direita conservadora, cujo maior objetivo
     era trazer dom Pedro I de volta ao trono.
REGÊNCIA TRINA PERMANENTE
• Assumiu em junho de 1831, era composta por três
  moderados:

  – Bráulio Muniz;
  – Costa Carvalho;
  – Brigadeiro Francisco Lima e Silva.



• Quem despontou como homem forte do novo governo
  foi o ministro da Justiça, Padre Diogo Feijó.
AVANÇO LIBERAL (1831 -1835)
• Caracterizado pela implantação de medidas de caráter
  descentralizador.
   – Setor agrário queria resgatar o poder concentrado antes
     nas mãos do Imperador e dos portugueses.

• Reformas liberalizantes:
   – Código de Processo Criminal -> ampla autonomia
     judiciária aos municípios;
   – Ato adicional de 1834 -> extinguiu o Conselho de Estado e
     criou as Assembleias Legislativas Provinciais além de criar
     eleições para Regentes e diminuir o número de Regentes
     de três para um;
   – Guarda Nacional -> corpo militar comandado por grandes
     fazendeiros - os quais receberam a patente de Coronel ;
REGENTES UNOS:
• Padre Diogo Feijó (1835-1837),
• Araújo Lima (1837 – 1840),
   – Realizações:
      • Colégio D. Pedro II,
      • Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro,
      • Ministério das Capacidades.


• Partidários dos grupos mais liberais e dos conservadores
  passaram a disputar o poder, e esse confronto abriu espaço
  para reivindicações mais radicais:
   – das Facções Populares.
   – das Elites Locais.

• Resultado: eclosão por todo o país das rebeliões
  regenciais.
REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL
• Crise econômica:
   – Preço das exportações brasileiras em baixa, poucos
     impostos devido aos privilégios alfandegários, ouro
     estava esgotado.
• Crise Social:
   – Riqueza e poder estavam concentrados nas mãos dos
     grandes fazendeiros e comerciantes, maior parte da
     população do campo e da cidade levava uma vida
     miserável.
• Crise política:
   – Grupos dominantes nas províncias queriam mais
     autonomia (pregando inclusive o separatismo).
FARROUPILHA (1835 – 1845)
• Local: Rio Grande do Sul / Santa Catarina.
• Líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giuseppe
  Garibaldi.
• Causas:
• Problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos.

   – Produção do charque atendia ao mercado interno, mas
     sofria concorrência com Uruguai e Argentina que entravam
     no país mais baratos .

   – Estancieiros queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre o
     gado na fronteira com o Uruguai.

   – Buscavam maior liberdade administrativa.
FARROUPILHA (1835 – 1845)

• 1835 -> Bento Gonçalves comanda as tropas
  sobre Porto Alegre e Antônio Fernandes Braga
  é deposto do cargo de Presidente da
  província.
  – No ano seguinte os farroupilhas fundam a
    República Rio-grandense.
  – Bento Gonçalves chegou a ser preso e enviado ao
    Rio de Janeiro e depois a Bahia, de onde fugiu
    com ajuda de Francisco Sabino.
FARROUPILHA (1835 – 1845)

• 1839 -> Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro
  conquistam Laguna.
  – Precisavam de um porto pois Porto Alegre e Rio
    Grande estavam sob o controle dos imperiais.
  – Proclamaram a efêmera República Juliana.
• 1840 -> D. Pedro II assume o poder com
  intenção de pacificar o país.
• 1842 -> Os farrapos passam a ser contidos
  pois Duque de Caxias começa a estabelecer
  acordos além das vitórias militares.
FARROUPILHA (1835 – 1845)
• 1845 -> Tratado de Ponche Verde, assinado entre
  Duque de Caxias e David Canabarro.
  – Imposto de 25% sobre o charque platino.
  – Anistia geral aos envolvidos.
  – Incorporação dos oficiais revoltosos ao exército
    imperial.
  – Libertação dos escravos envolvidos no conflito.
• OBSERVAÇÕES:
  – Não é uma revolta com objetivos populares;
  – Não tinha proposta concreta de acabar com a
    escravidão;
  – Queriam principalmente o lucro das estâncias e a
    maior autonomia no poder político.
CABANAGEM (1835-1840)
• Local: Pará.
• Vários líderes: dos quais Félix Clemente Malcher, Padre
  Batista Campos, João do Mato, Domingues Onça.
• Cabanos = Homens e mulheres pobres (negros, índios e
  mestiços).
   – Trabalhavam na extração de produtos da Floresta (cacau,
     madeira e ervas aromáticas).
• Queriam acabar com a Injustiça Social.

• 1835 -> Tomaram Belém e mataram várias autoridades do
  Governo.
   – Dificuldades para governar: divergências e traições.

• Violenta repressão comandada pelo Governo Imperial,
  arrasou o levante em 1840.
REVOLTA DOS MALÊS (1835)
• Local: Salvador, Bahia.
• Vários líderes: Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis
  Sanim
• Movimento       de     escravos   africanos    (maioria
  muçulmano) conhecidos como malês.
• Luta contra os donos de escravos para conseguir a
  Liberdade.

   – Muitos rebeldes morreram em combate e outros foram
     presos (condenados a açoite público e fuzilamento).

• Com o fim desta revolta, aumentou o medo dos
  senhores que temiam que acontecesse o mesmo que
  ocorrera no Haiti.
SABINADA (1837-1838)
• Local: Bahia.
• Líder: Francisco Sabino da Rocha Vieira.
• Classe média de Salvador apoiada por uma parcela do
  exército, tomou a cidade e proclamou a República Baiana,
  em 1837.
       • Estavam descontentes com a falta de autonomia da
         província e com os desmandos da administração regencial.
• Objetivo: instituir uma república na província enquanto o
  príncipe fosse menor de idade.
   – Sem respaldo popular o movimento enfraqueceu. Era um
     rebelião coordenada por homens cultos e pessoas de posse de
     Salvador.

• Em 1838, as tropas oficiais, apoiadas pelos latifundiários da
  região, cercaram Salvador e derrotaram os revoltosos.
BALAIADA (1838-1841)
• Local: Maranhão.
• Líderes: negro Cosme (chefe de quilombo), Raimundo Gomes (um
  vaqueiro), Manoel Francisco Ferreira (artesão chamado de balaio).
   – Não tinha um projeto político definido e não foi um movimento único e
     harmônico.
   – “Bem-te-vis”: Grupo de profissionais urbanos que apoiaram a revolta dos
     sertanejos pobres contra os grandes fazendeiros da província.
• A miséria causada pela crise do algodão e pelo aumento de
  impostos e preços, somada ao descaso das autoridades, motivou a
  rebelião popular no sertão maranhense.
   – Ocuparam a vila de Caxias, segunda mais importante da
     província.
• Foram derrotados pelas tropas do governo central, sob a liderança
  do Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias).
O REGRESSO CONSERVADOR
             (1835-1840):
• A onda de conflitos provinciais assustou os
  grandes proprietários estava em risco seus
  interesses:
  – Grande propriedade;
  – Escravidão.
• Setores da elite passaram a concentrar esforços
  para anular os dispositivos que ampliaram a
  autonomia provincial
  – Queriam evitar a desagregação social e territorial.
MEDIDAS CONSERVADORAS:
• Lei de interpretação do Ato Adicional (1840)
  – Invalidava as medidas descentralizadoras de 1834,
    reduzindo o poder das províncias.
• Recriação do Conselho de Estado;
  – Fortalecendo o poder central.
• Reforma do Código do Processo Criminal
  (1841).
  – Subordinava a Justiça, a Polícia e a Guarda
    Nacional diretamente ao Ministro da Justiça.
CLUBE DA MAIORIDADE
• Faltava uma figura clara da centralização do poder: O
  IMPERADOR.
   – D. Pedro não contava com 18 anos.

• Formou-se o Clube com o intuito de reivindicar uma
  alteração na legislação para antecipar a posse de D.
  Pedro.
   – Apoio de proprietários rurais, grandes comerciantes;
   – Políticos progressistas e regressistas.

• Em 1840, a Assembleia aprova a tese da maioridade:
   – Com o Golpe da Maioridade, D. Pedro II assume com
     apenas 14 anos de idade.
D. Pedro II

• Retrato de Dom Pedro II ao
  assumir o governo, quando
  este    era    ainda     um
  adolescente de 15 anos
  incompletos, sem experiência
  para definir se deveria
  cercasse de liberais ou de
  conservadores.


•   O quadro de Félix Émile Taunay se encontra
    hoje no Museu Imperial, em Petrópolis (RJ).
3ão
2012

       Prof. Msc. Daniel Alves Bronstrup
             BLOG: profhistdaniel.blogspot.com
                 @danielbronstrup

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3° ano período regencial

  • 1. PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) AULA 06 – APOSTILA 03 C
  • 2. Os primeiros anos após a abdicação. • A Constituição determinava que, no caso de herdeiro o herdeiro do trono ser menor, assumiria uma Regência Trina indicada pela Assembleia, até a maioridade. • Regência Trina Provisória (abril de 1831): – Francisco de Lia e Silva (representante do Exército), – Nicolau de Campos (moderado), – Carneiro de Campos (restaurador). • Reconduziram o ministérios dos brasileiros ao poder; anistiaram presos políticos; exoneraram oficiais portugueses e suspenderam a aplicação do Poder Moderador.
  • 3. PANORAMA POLÍTICO. • Exaltado (farroupilha ou jurujubas): – Integrado pela esquerda liberal, que defendia a implantação de uma política federal descentralizada. • Moderado (ou chimango): – Composto pela direita liberal, que lutava pelos interesses dos grandes fazendeiros. • Progressistas: Governo forte e centralizado, faziam concessões aos liberais exaltados. • Regressistas: Governo com o legislativo forte, sem concessões para os liberais exaltados. • Restaurador (ou caramuru): – Constituído pela direita conservadora, cujo maior objetivo era trazer dom Pedro I de volta ao trono.
  • 4. REGÊNCIA TRINA PERMANENTE • Assumiu em junho de 1831, era composta por três moderados: – Bráulio Muniz; – Costa Carvalho; – Brigadeiro Francisco Lima e Silva. • Quem despontou como homem forte do novo governo foi o ministro da Justiça, Padre Diogo Feijó.
  • 5. AVANÇO LIBERAL (1831 -1835) • Caracterizado pela implantação de medidas de caráter descentralizador. – Setor agrário queria resgatar o poder concentrado antes nas mãos do Imperador e dos portugueses. • Reformas liberalizantes: – Código de Processo Criminal -> ampla autonomia judiciária aos municípios; – Ato adicional de 1834 -> extinguiu o Conselho de Estado e criou as Assembleias Legislativas Provinciais além de criar eleições para Regentes e diminuir o número de Regentes de três para um; – Guarda Nacional -> corpo militar comandado por grandes fazendeiros - os quais receberam a patente de Coronel ;
  • 6. REGENTES UNOS: • Padre Diogo Feijó (1835-1837), • Araújo Lima (1837 – 1840), – Realizações: • Colégio D. Pedro II, • Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, • Ministério das Capacidades. • Partidários dos grupos mais liberais e dos conservadores passaram a disputar o poder, e esse confronto abriu espaço para reivindicações mais radicais: – das Facções Populares. – das Elites Locais. • Resultado: eclosão por todo o país das rebeliões regenciais.
  • 7. REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL • Crise econômica: – Preço das exportações brasileiras em baixa, poucos impostos devido aos privilégios alfandegários, ouro estava esgotado. • Crise Social: – Riqueza e poder estavam concentrados nas mãos dos grandes fazendeiros e comerciantes, maior parte da população do campo e da cidade levava uma vida miserável. • Crise política: – Grupos dominantes nas províncias queriam mais autonomia (pregando inclusive o separatismo).
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  • 9. FARROUPILHA (1835 – 1845) • Local: Rio Grande do Sul / Santa Catarina. • Líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi. • Causas: • Problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos. – Produção do charque atendia ao mercado interno, mas sofria concorrência com Uruguai e Argentina que entravam no país mais baratos . – Estancieiros queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre o gado na fronteira com o Uruguai. – Buscavam maior liberdade administrativa.
  • 10. FARROUPILHA (1835 – 1845) • 1835 -> Bento Gonçalves comanda as tropas sobre Porto Alegre e Antônio Fernandes Braga é deposto do cargo de Presidente da província. – No ano seguinte os farroupilhas fundam a República Rio-grandense. – Bento Gonçalves chegou a ser preso e enviado ao Rio de Janeiro e depois a Bahia, de onde fugiu com ajuda de Francisco Sabino.
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  • 12. FARROUPILHA (1835 – 1845) • 1839 -> Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro conquistam Laguna. – Precisavam de um porto pois Porto Alegre e Rio Grande estavam sob o controle dos imperiais. – Proclamaram a efêmera República Juliana. • 1840 -> D. Pedro II assume o poder com intenção de pacificar o país. • 1842 -> Os farrapos passam a ser contidos pois Duque de Caxias começa a estabelecer acordos além das vitórias militares.
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  • 14. FARROUPILHA (1835 – 1845) • 1845 -> Tratado de Ponche Verde, assinado entre Duque de Caxias e David Canabarro. – Imposto de 25% sobre o charque platino. – Anistia geral aos envolvidos. – Incorporação dos oficiais revoltosos ao exército imperial. – Libertação dos escravos envolvidos no conflito. • OBSERVAÇÕES: – Não é uma revolta com objetivos populares; – Não tinha proposta concreta de acabar com a escravidão; – Queriam principalmente o lucro das estâncias e a maior autonomia no poder político.
  • 15. CABANAGEM (1835-1840) • Local: Pará. • Vários líderes: dos quais Félix Clemente Malcher, Padre Batista Campos, João do Mato, Domingues Onça. • Cabanos = Homens e mulheres pobres (negros, índios e mestiços). – Trabalhavam na extração de produtos da Floresta (cacau, madeira e ervas aromáticas). • Queriam acabar com a Injustiça Social. • 1835 -> Tomaram Belém e mataram várias autoridades do Governo. – Dificuldades para governar: divergências e traições. • Violenta repressão comandada pelo Governo Imperial, arrasou o levante em 1840.
  • 16. REVOLTA DOS MALÊS (1835) • Local: Salvador, Bahia. • Vários líderes: Pacífico Licutã, Manuel Calafate e Luis Sanim • Movimento de escravos africanos (maioria muçulmano) conhecidos como malês. • Luta contra os donos de escravos para conseguir a Liberdade. – Muitos rebeldes morreram em combate e outros foram presos (condenados a açoite público e fuzilamento). • Com o fim desta revolta, aumentou o medo dos senhores que temiam que acontecesse o mesmo que ocorrera no Haiti.
  • 17. SABINADA (1837-1838) • Local: Bahia. • Líder: Francisco Sabino da Rocha Vieira. • Classe média de Salvador apoiada por uma parcela do exército, tomou a cidade e proclamou a República Baiana, em 1837. • Estavam descontentes com a falta de autonomia da província e com os desmandos da administração regencial. • Objetivo: instituir uma república na província enquanto o príncipe fosse menor de idade. – Sem respaldo popular o movimento enfraqueceu. Era um rebelião coordenada por homens cultos e pessoas de posse de Salvador. • Em 1838, as tropas oficiais, apoiadas pelos latifundiários da região, cercaram Salvador e derrotaram os revoltosos.
  • 18. BALAIADA (1838-1841) • Local: Maranhão. • Líderes: negro Cosme (chefe de quilombo), Raimundo Gomes (um vaqueiro), Manoel Francisco Ferreira (artesão chamado de balaio). – Não tinha um projeto político definido e não foi um movimento único e harmônico. – “Bem-te-vis”: Grupo de profissionais urbanos que apoiaram a revolta dos sertanejos pobres contra os grandes fazendeiros da província. • A miséria causada pela crise do algodão e pelo aumento de impostos e preços, somada ao descaso das autoridades, motivou a rebelião popular no sertão maranhense. – Ocuparam a vila de Caxias, segunda mais importante da província. • Foram derrotados pelas tropas do governo central, sob a liderança do Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias).
  • 19. O REGRESSO CONSERVADOR (1835-1840): • A onda de conflitos provinciais assustou os grandes proprietários estava em risco seus interesses: – Grande propriedade; – Escravidão. • Setores da elite passaram a concentrar esforços para anular os dispositivos que ampliaram a autonomia provincial – Queriam evitar a desagregação social e territorial.
  • 20. MEDIDAS CONSERVADORAS: • Lei de interpretação do Ato Adicional (1840) – Invalidava as medidas descentralizadoras de 1834, reduzindo o poder das províncias. • Recriação do Conselho de Estado; – Fortalecendo o poder central. • Reforma do Código do Processo Criminal (1841). – Subordinava a Justiça, a Polícia e a Guarda Nacional diretamente ao Ministro da Justiça.
  • 21. CLUBE DA MAIORIDADE • Faltava uma figura clara da centralização do poder: O IMPERADOR. – D. Pedro não contava com 18 anos. • Formou-se o Clube com o intuito de reivindicar uma alteração na legislação para antecipar a posse de D. Pedro. – Apoio de proprietários rurais, grandes comerciantes; – Políticos progressistas e regressistas. • Em 1840, a Assembleia aprova a tese da maioridade: – Com o Golpe da Maioridade, D. Pedro II assume com apenas 14 anos de idade.
  • 22. D. Pedro II • Retrato de Dom Pedro II ao assumir o governo, quando este era ainda um adolescente de 15 anos incompletos, sem experiência para definir se deveria cercasse de liberais ou de conservadores. • O quadro de Félix Émile Taunay se encontra hoje no Museu Imperial, em Petrópolis (RJ).
  • 23. 3ão 2012 Prof. Msc. Daniel Alves Bronstrup BLOG: profhistdaniel.blogspot.com @danielbronstrup