SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 6
Descargar para leer sin conexión
VIDEOARTE: DO CONCEITO ÀS EXPERIÊNCIAS

                                                            Delandro e Silva Melo*
                                             Faculdade de Artes Visuais- ICA/UFPA


RESUMO:

A imagem em toda sua transitoriedade pela pelo campo digital na arte é algo
que sempre impressionou e continua intrigando os estudiosos e até mesmos os
que apenas a apreciam como propostas artísticas. O presente artigo tem por
objetivo traçar um panorama das experiências em videoarte nacional fazendo
um paralelo com a produção em Belém que vêm se destacando na cena
contemporânea local e nacional. Tratando desde os conceitos internacionais e
sua contaminação no vídeo brasileiro às experimentações de uma linguagem
relativamente recente como é a arte digital contemporânea em nossa região.

PALAVRAS-CHAVE: Videoarte; Arte Contemporânea; Arte Conceitual.


ABSTRACT:

The picture across the field by its transience in digital art is something that has
always impressed and intrigued scholars and continues until the same as that
just appreciate artistic proposals. This article aims to give an overview of
national experiences on video art by drawing a parallel with the production in
Bethlehem that have gained prominence in the contemporary scene locally and
nationally. Being from international concepts and their contamination in the
Brazilian video trials of a language is relatively recent as contemporary digital
art me our region.

KEYWORDS: Videoart; Contemporary Art; Conceptual Art.




       A inserção e o amplo uso das novas tecnologias na arte, como o vídeo,
por exemplo, parece ser algo recente, porém as primeiras experiências com o
suporte não são tão novas, sendo que as primeiras experiências remontam há
mais de sessenta anos com o surgimento da televisão e os meios de
comunicação de massa.
       O advento da televisão nos lares foi instigador de experiências com o
vídeo no mundo todo, principalmente na cena artística do Brasil. O vídeo
surgira inicialmente como uma tentativa de reagir à massificação da
comunicação, gerada pela televisão, mais do que uma nova linguagem, sendo
amplamente utilizado por artistas em suas poéticas, numa busca reacionária às
políticas sociais impostas pela sociedade da época.
       O vídeo surge em um momento que a arte encontrava-se novamente em
ruptura com o meio. Estamos na metade do século XX, o conceitualismo,
ampliaria os limites da arte, e naquele momento havia uma necessidade de
discutir novas propostas, novos meios de expressão dariam fôlego necessário
as discussões em ascensão que estavam surgindo.
       Em meados dos anos de 1950 começam as primeiras experiências com
o vídeo nas produções artísticas de Nam June Paik, artista coreano
naturalizado nos EUA, que já tinha um histórico de atuação no Grupo Fluxus,
quando o mesmo filma uma visita do Papa à Nova York. Paik já possuía um
trabalho na Arte Conceitual voltado para a instalação e para a performance e
usou o vídeo como extensão de seu trabalho. Daí surgiu experiências que
fizeram com que Paik adota-se o vídeo como linguagem.
       Já em finais da década de 1960 percebemos as primeiras utilizações do
vídeo em proposições artísticas. Essas primeiras empreitadas com o novo meio
surgiram da necessidade de avançar as discussões sobre papel da própria arte
e sua relação com o sujeito. Nota-se que o vídeo surge como extensão do
trabalho artístico dos autores. Por isso, não é raro o surgimento primeiro de
uma vídeo-instalação, de uma videoperformance do que um trabalho em
videoarte propriamente dito. Num certo sentido, é possível compreender a
primeira videoarte fora desse movimento de expansão das artes plásticas ou
de reapropriação dos processos industriais [...]1”(MACHADO, 2007).
       É bem provável que o vídeo tenha surgido no Brasil com uma década de
atraso da cena artística mundial, a situação, porém, não se diferia muito da
brasileira. As primeiras experiências concretas, do vídeo como expressão
artística, remontem há 1974 com o incentivo de Walter Zanini, então curador do
Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, o MAC/SP, aos Artistas, que
disponibilizou um equipamento de gravação de vídeo para experimentações
com vídeo.



1
   MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo:
Iluminuras: Itaú Cultural, 2007, p. 17.
Após o incentivo patrocinado por Walter Zanini2, os primeiros gravadores
de áudio e vídeo são disponibilizados aos artistas. Essa primeira geração de
artistas brasileiros do vídeo ficou conhecida como geração dos pioneiros3.
Sobre as dificuldades de consolidação do vídeo devemos considerar que,

                         “nos anos 1970, os recursos tecnológicos de que dispunham os
                         artistas brasileiros para trabalhar com vídeo eram mínimos. Entre
                         outras coisas, não havia possibilidade de edição: editava-se
                         diretamente na câmera durante a gravação ou com lâmina de barbear
                         e fita adesiva posteriormente, ou ainda concebia-se o trabalho num
                         único plano contínuo, tomado em tempo real, para que não houvesse
                                                     4
                         necessidade de edição. [...] ”

        Mesmo com estas e outras tantas dificuldades, muitas carreiras
artísticas bem sucedidas desse primeiro momento aparecem graças ao
patrocínio de Zanini. As propostas artísticas surgidas nessa época dialogavam
diretamente com poéticas pessoas e políticas. Não podemos dissociar desse
contexto a ditadura militar que vivia o Brasil desde 64, este fato foi sem dúvida
foi “alimento” que fortaleceu idéias e suscitou ações na arte desse período,
além de nortear propostas de caráter genuinamente brasileiras, como é o caso
de Letícia Parente, que borda na própria pele a frase “Made in Brasil”, título da
obra, mais precisamente na borda dos pés, frase esta que já demonstra a
atitude crítica com relação ao próprio corpo, a política e a própria arte.
        Em seguida temos uma dissolução das propostas artísticas com o
surgimento da segunda geração do vídeo a partir da década de 1980.
Conhecidos como geração                dos    independentes,       esses artistas,        então
atravessados pelas questões e avanços conquistados pelos pioneiros, vão
focar suas ações nas extremidades e nos limites de contaminação do vídeo. É
nesse momento, em que a linguagem televisiva ganha destaque, que as
propostas visuais voltadas à técnica do vídeo surgem com grande força.
Veremos aqui uma tentativa de subversão do meio televisivo mais como uma
tentativa de se inserir nele do que modificá-lo. Destaca-se aqui a atuação dos


2
  Walter Zanini (São Paulo, 1925-) historiador, crítico de arte e curador. Foi o diretor do Museu
de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre 1963 e 1978.
3
  Alguns artistas dessa primeira geração: Anna Bella Geiger, Carmela Gross, Donato Ferrari,
Gabriel Borba Filho, Fernando Cocchiarale, Gastão de Magalhães, Ivens Machado, José
Roberto Aguilar, Julio Plaza, Letícia Parente, Marcello Nitsche, Miriam Danowski, Paulo
Herkenhoff, Regina Silveira, Regina Vate, Roberto Sandoval entre outros.
4
   MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo:
Iluminuras: Itaú Cultural, 2007, p. 22.
grupos TVDO (TV TUDO) e Olhar Eletrônico5, que modificaram a experiência
frente a TV. O formalismo e tradicionalismo televisivo fora enfrentado por
produções descontraídas e inteligentes, mas não menos críticas a situação do
Brasil e da própria televisão.
        Segundo Arlindo Machado (2007), entretanto,

                         “[...] foi somente no decorrer da década de 1990 que as proposições
                         estéticas passaram a dialogar com o circuito das artes visuais. A
                         aproximação – tardiamente percebida no Brasil em relação ao
                         contexto internacional – se deve essencialmente a uma miscigenação
                         das práticas criativas, nas quais os artistas passam a transitar por
                         meios e suportes menos ortodoxos, como a computer art, a fotografia
                         digital, as instalações interativas e o próprio vídeo, que se transforma
                         numa ferramenta cada vez mais acessível em função de seu
                                                                            6
                         extraordinário desenvolvimento tecnológico. [...] ”

        É nessa perspectiva que se constrói e se consolida uma videoarte
genuinamente       brasileira,    as   conquistas       das    gerações      passadas       são
aproveitadas e recriadas, apontando em direção de experimentações voltadas
principalmente ao sujeito e do que nele surge de reverberação. O artista, que já
no surgimento das experiências com vídeo, volta-se para questões do eu
enquanto proposição artista, engajamento político foi se “diluindo” durante os
percursos das gerações de vídeo makers, as poéticas visuais a partir da
década de 1990, pouco a pouco, começam a dialogar com o corpo, a memória
afetiva, sujeito-sociedade. Isso não significa que houve um desaparecimento
da interdisciplinaridade arte-política, é quase impossível dissociarmos esses
conhecimentos, já que podemos entender política mais do que crítica social. O
vídeo    consolidava-se       como     proposta      visual    que     representa      a    arte
contemporânea, pela própria característica mutacional do meio e das
propostas, linguísticas e visuais, dele surgido.
        A arte paraense, assim como o a própria história do vídeo, não é uma
arte que se possa considerar nova, entretanto, as experiências com o vídeo
nesta primeira década do séc. XXI na cena belenense ainda eram tímidas, em
relação a cena nacional, as ações regionais parecem tardias, não podemos
esquecer que em finais da década de 1990 havia se avançado muito,

5
   Mais detalhes da produção e dos integrantes destes e demais grupos ver: MACHADO,
Arlindo. Made in Brasil:Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural,
2007; MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
6
   MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo:
Iluminuras: Itaú Cultural, 2007, p. 11.
tecnologicamente, com relação ao vídeo, produção de vídeos se barateou,
possibilitando a realização de vídeos com recursos mínimos.                              Podemos
perceber que há uma linguagem comum as empreitadas das anteriores.
          Sendo assim, chegamos à primeira década dos anos 2000, novas
tecnologias e novas linguagens aparecem. Em momento onde a diluição visual
e linguística da informação é recorrente a videoarte paraense vislumbra com
novos entusiastas, enquanto novas poéticas vão surgindo alguns artistas, já
consagrados do na cena artística regional, voltam-se para realizações com o
vídeo.
         Artistas como Armando Queiroz, Melissa Barbery, Victor De La Rocque,
Dirceu Maués, Maria Christina entre outros trazem discussões distintas sobre o
que que é fazer arte na Amazônia e o que isso implica enquanto proposta e
ação artística. É interessante pensarmos que é uma arte que não se difere dos
questionamentos universais da arte contemporânea como um todo, mas traz
em sua perspectiva regional uma visão universal de questionamentos.
         O panorama regional de Belém vem constantemente modificando e se
expandindo dentro da arte brasileira, e no vídeo, acabam nos revelando novos
caminhos que aos poucos se desbravam na contemporaneidade. Orlando
Maneschy          em    seu     artigo   Amazônia,       arte    e   utopia     define    algumas
características visuais e defende a singularização poética encontrada nas
obras regionais, uma constatação da potência artística amazônica.

                            “Nas obras de vários desses artistas, apresentam-se diversos dramas
                            regionais. Todavia, os discursos contundentes que tomam forma por
                            meio da arte se diferem do lamento da perda. Estes se constroem
                            como tomada de posição, estética e política, e irradiam processos de
                            singularização, apontando para outras estratégias relacionais diante
                            de falidos modelos que não cabem mais ali, nem em um mundo que
                            deseja permanecer. Tampouco estes artistas vivem ensimesmados,
                            já que suas compreensões de territorialidade são atravessadas pela
                            mobilidade do trânsito cultural, do contato com situações que mudam,
                            propiciando ambientes instáveis, e é nesse fluxo caudaloso que
                                                                                   7
                            lançam, por vezes momentaneamente, suas âncoras.”


         A videoarte tomou força nas últimas décadas em Belém. As artes digitais
de modo geral na região tem tomado grande parte do circuito artístico e apesar
e ser uma linguagem relativamente recente vem demonstrando ações


7
    Artigo em premente a publicação: MANESCHY, Orlando. Amazônia, arte e utopia. Belém, 2011, p. 12.
genuinamente novas, ações que imprimem na história da arte contemporânea
e que nos instigam a investigar mais e mais o seu papel nas artes visuais.
     Percebemos que produção de vídeo paraense é atravessada por fatos
diretamente ligados a história e a política local, sem desligar-se da produção
nacional ou internacional. Podemos afirmar que a videoarte paraense, assim
como a brasileira, trata das extremidades, das bordas de situações relacionais
da sociedade e do homem enquanto potência artística.




* Delandro e Silva Melo é graduando do curso de Artes Visuais da
Universidade Federal do Pará.




REFERÊNCIAS


CANTON, Kátia. Do moderno ao contemporâneo. São Paulo: Editora WMF
Martins Fontes, 2009. (Coleção: Temas da arte Contemporânea)
FREIRE, Cristina. Arte Conceitual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
MACHADO, Arlindo. A Arte do Vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988.
MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro.
São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2007.
MANESCHY, Orlando. Amazônia, arte e utopia. Belém, 2011, p. 12.
MELLO, Christine. Extremidades do Vídeo. São Paulo: Editora SENAC são
Paulo, 2008.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Manifesto do verde amarelismo-litertura
Manifesto do verde  amarelismo-literturaManifesto do verde  amarelismo-litertura
Manifesto do verde amarelismo-literturawalissoon
 
I história da fotografia
I   história da fotografiaI   história da fotografia
I história da fotografiaMINAJOCA2010
 
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoHistória da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoAndrea Dressler
 
Espécies invasoras de Pernambuco
Espécies invasoras de PernambucoEspécies invasoras de Pernambuco
Espécies invasoras de Pernambucovfalcao
 
Como interpretar imagens?
Como interpretar imagens?Como interpretar imagens?
Como interpretar imagens?sousamendes
 
O Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom CriouloO Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom CriouloJulimac
 
Arte politica
Arte politicaArte politica
Arte politicaCEF16
 
A arte na Grécia Antiga
A arte na Grécia AntigaA arte na Grécia Antiga
A arte na Grécia AntigaAna Paula Silva
 
Estética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteEstética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteJulia Martins
 
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismoHd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismoTicianne Darin
 
Biografia eça de queiroz
Biografia  eça de queirozBiografia  eça de queiroz
Biografia eça de queirozstcnsaidjv
 
Jorge amado - Capitães da Areia
Jorge amado - Capitães da AreiaJorge amado - Capitães da Areia
Jorge amado - Capitães da AreiaLáyla Vieira
 
ARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.ppt
ARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.pptARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.ppt
ARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.pptVeracidadeProjeto
 

La actualidad más candente (20)

1 fauvismo
1 fauvismo1 fauvismo
1 fauvismo
 
Manifesto do verde amarelismo-litertura
Manifesto do verde  amarelismo-literturaManifesto do verde  amarelismo-litertura
Manifesto do verde amarelismo-litertura
 
arterenascentista1
arterenascentista1arterenascentista1
arterenascentista1
 
I história da fotografia
I   história da fotografiaI   história da fotografia
I história da fotografia
 
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumoHistória da arte - Romantismo e Realismo - resumo
História da arte - Romantismo e Realismo - resumo
 
Espécies invasoras de Pernambuco
Espécies invasoras de PernambucoEspécies invasoras de Pernambuco
Espécies invasoras de Pernambuco
 
Teatro grego
Teatro gregoTeatro grego
Teatro grego
 
Como interpretar imagens?
Como interpretar imagens?Como interpretar imagens?
Como interpretar imagens?
 
Michelangelo
MichelangeloMichelangelo
Michelangelo
 
O Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom CriouloO Ateneu e o Bom Crioulo
O Ateneu e o Bom Crioulo
 
Arte politica
Arte politicaArte politica
Arte politica
 
Cubismo no Brasil
Cubismo no BrasilCubismo no Brasil
Cubismo no Brasil
 
A arte na Grécia Antiga
A arte na Grécia AntigaA arte na Grécia Antiga
A arte na Grécia Antiga
 
Estética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arteEstética conceito de arte e obra de arte
Estética conceito de arte e obra de arte
 
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismoHd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
Hd 2016.1 aula 7_influências das vanguardas europeias - futurismo
 
Biografia eça de queiroz
Biografia  eça de queirozBiografia  eça de queiroz
Biografia eça de queiroz
 
Storyboard
StoryboardStoryboard
Storyboard
 
Body Art
Body ArtBody Art
Body Art
 
Jorge amado - Capitães da Areia
Jorge amado - Capitães da AreiaJorge amado - Capitães da Areia
Jorge amado - Capitães da Areia
 
ARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.ppt
ARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.pptARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.ppt
ARTES VISUAIS – O papel da arte e dos artistas nas culturas.ppt
 

Similar a Videoarte: Do conceito às experiências

Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XXArte tecnologia a partir da segunda metade do XX
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XXCândida Almeida
 
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)Raphael Lanzillotte
 
DO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdf
DO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdfDO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdf
DO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdfssuser084d8e
 
A Experiência do Olhar - artigo para USF
A Experiência do Olhar - artigo para USFA Experiência do Olhar - artigo para USF
A Experiência do Olhar - artigo para USFAlexandre R. Garcia
 
Arte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itauculturalArte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itauculturalVenise Melo
 
Dissertacao andreapossa
Dissertacao andreapossaDissertacao andreapossa
Dissertacao andreapossaAninhabig
 
Proposta de contabilização de público em espaços cineclubistas
Proposta de contabilização de público em espaços cineclubistasProposta de contabilização de público em espaços cineclubistas
Proposta de contabilização de público em espaços cineclubistasMemória FEPEC
 
Documentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e cibercultura
Documentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e ciberculturaDocumentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e cibercultura
Documentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e ciberculturaSebastiao Vieira
 
Artes - vale gfyhg
Artes - vale gfyhgArtes - vale gfyhg
Artes - vale gfyhgperiodig
 
Web Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/Contemporânea
Web Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/ContemporâneaWeb Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/Contemporânea
Web Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/ContemporâneaManuella Nascimento
 
A arte do real e a teoria crítica: algumas considerações
A arte do real e a teoria crítica: algumas consideraçõesA arte do real e a teoria crítica: algumas considerações
A arte do real e a teoria crítica: algumas consideraçõesAndréa Kochhann
 
Narcotráfico e identidade midiática no documentário falcão meninos do tráfico
Narcotráfico e identidade midiática no documentário falcão   meninos do tráficoNarcotráfico e identidade midiática no documentário falcão   meninos do tráfico
Narcotráfico e identidade midiática no documentário falcão meninos do tráficoElizabeth Naspe
 

Similar a Videoarte: Do conceito às experiências (20)

Arte e tecnologia
Arte e tecnologiaArte e tecnologia
Arte e tecnologia
 
arteetecnologia-211024060242.pdf
arteetecnologia-211024060242.pdfarteetecnologia-211024060242.pdf
arteetecnologia-211024060242.pdf
 
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XXArte tecnologia a partir da segunda metade do XX
Arte tecnologia a partir da segunda metade do XX
 
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
Revisão - Arte contemporânea (Novas Linguagens)
 
DO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdf
DO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdfDO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdf
DO DESENHO ANIMADO À COMPUTAÇÃO GRÁFICA a estética da animação.pdf
 
A Experiência do Olhar - artigo para USF
A Experiência do Olhar - artigo para USFA Experiência do Olhar - artigo para USF
A Experiência do Olhar - artigo para USF
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
fluxus
fluxusfluxus
fluxus
 
Arte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itauculturalArte tecnologia brasil_itaucultural
Arte tecnologia brasil_itaucultural
 
Dissertacao andreapossa
Dissertacao andreapossaDissertacao andreapossa
Dissertacao andreapossa
 
Arte contemporanea
Arte contemporaneaArte contemporanea
Arte contemporanea
 
Proposta de contabilização de público em espaços cineclubistas
Proposta de contabilização de público em espaços cineclubistasProposta de contabilização de público em espaços cineclubistas
Proposta de contabilização de público em espaços cineclubistas
 
Dvd arte na escola
Dvd arte na escolaDvd arte na escola
Dvd arte na escola
 
Documentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e cibercultura
Documentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e ciberculturaDocumentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e cibercultura
Documentários de divulgação científica em tempos de redes sociais e cibercultura
 
Artes - vale gfyhg
Artes - vale gfyhgArtes - vale gfyhg
Artes - vale gfyhg
 
Web Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/Contemporânea
Web Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/ContemporâneaWeb Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/Contemporânea
Web Art, Vídeo Arte e Museus de Arte Moderna/Contemporânea
 
TCC Cineclube Bamako - Gabriel Muniz
TCC Cineclube Bamako - Gabriel MunizTCC Cineclube Bamako - Gabriel Muniz
TCC Cineclube Bamako - Gabriel Muniz
 
A arte do real e a teoria crítica: algumas considerações
A arte do real e a teoria crítica: algumas consideraçõesA arte do real e a teoria crítica: algumas considerações
A arte do real e a teoria crítica: algumas considerações
 
Semanário | 29.10 a 04.11
Semanário | 29.10 a 04.11Semanário | 29.10 a 04.11
Semanário | 29.10 a 04.11
 
Narcotráfico e identidade midiática no documentário falcão meninos do tráfico
Narcotráfico e identidade midiática no documentário falcão   meninos do tráficoNarcotráfico e identidade midiática no documentário falcão   meninos do tráfico
Narcotráfico e identidade midiática no documentário falcão meninos do tráfico
 

Último

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfJuliana Barbosa
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...AnaAugustaLagesZuqui
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...marcelafinkler
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...azulassessoria9
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...azulassessoria9
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Centro Jacques Delors
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmicolourivalcaburite
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 

Último (20)

M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdfCaderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
Caderno de exercícios Revisão para o ENEM (1).pdf
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfMESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
MESTRES DA CULTURA DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
 
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 1)
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 

Videoarte: Do conceito às experiências

  • 1. VIDEOARTE: DO CONCEITO ÀS EXPERIÊNCIAS Delandro e Silva Melo* Faculdade de Artes Visuais- ICA/UFPA RESUMO: A imagem em toda sua transitoriedade pela pelo campo digital na arte é algo que sempre impressionou e continua intrigando os estudiosos e até mesmos os que apenas a apreciam como propostas artísticas. O presente artigo tem por objetivo traçar um panorama das experiências em videoarte nacional fazendo um paralelo com a produção em Belém que vêm se destacando na cena contemporânea local e nacional. Tratando desde os conceitos internacionais e sua contaminação no vídeo brasileiro às experimentações de uma linguagem relativamente recente como é a arte digital contemporânea em nossa região. PALAVRAS-CHAVE: Videoarte; Arte Contemporânea; Arte Conceitual. ABSTRACT: The picture across the field by its transience in digital art is something that has always impressed and intrigued scholars and continues until the same as that just appreciate artistic proposals. This article aims to give an overview of national experiences on video art by drawing a parallel with the production in Bethlehem that have gained prominence in the contemporary scene locally and nationally. Being from international concepts and their contamination in the Brazilian video trials of a language is relatively recent as contemporary digital art me our region. KEYWORDS: Videoart; Contemporary Art; Conceptual Art. A inserção e o amplo uso das novas tecnologias na arte, como o vídeo, por exemplo, parece ser algo recente, porém as primeiras experiências com o suporte não são tão novas, sendo que as primeiras experiências remontam há mais de sessenta anos com o surgimento da televisão e os meios de comunicação de massa. O advento da televisão nos lares foi instigador de experiências com o vídeo no mundo todo, principalmente na cena artística do Brasil. O vídeo surgira inicialmente como uma tentativa de reagir à massificação da
  • 2. comunicação, gerada pela televisão, mais do que uma nova linguagem, sendo amplamente utilizado por artistas em suas poéticas, numa busca reacionária às políticas sociais impostas pela sociedade da época. O vídeo surge em um momento que a arte encontrava-se novamente em ruptura com o meio. Estamos na metade do século XX, o conceitualismo, ampliaria os limites da arte, e naquele momento havia uma necessidade de discutir novas propostas, novos meios de expressão dariam fôlego necessário as discussões em ascensão que estavam surgindo. Em meados dos anos de 1950 começam as primeiras experiências com o vídeo nas produções artísticas de Nam June Paik, artista coreano naturalizado nos EUA, que já tinha um histórico de atuação no Grupo Fluxus, quando o mesmo filma uma visita do Papa à Nova York. Paik já possuía um trabalho na Arte Conceitual voltado para a instalação e para a performance e usou o vídeo como extensão de seu trabalho. Daí surgiu experiências que fizeram com que Paik adota-se o vídeo como linguagem. Já em finais da década de 1960 percebemos as primeiras utilizações do vídeo em proposições artísticas. Essas primeiras empreitadas com o novo meio surgiram da necessidade de avançar as discussões sobre papel da própria arte e sua relação com o sujeito. Nota-se que o vídeo surge como extensão do trabalho artístico dos autores. Por isso, não é raro o surgimento primeiro de uma vídeo-instalação, de uma videoperformance do que um trabalho em videoarte propriamente dito. Num certo sentido, é possível compreender a primeira videoarte fora desse movimento de expansão das artes plásticas ou de reapropriação dos processos industriais [...]1”(MACHADO, 2007). É bem provável que o vídeo tenha surgido no Brasil com uma década de atraso da cena artística mundial, a situação, porém, não se diferia muito da brasileira. As primeiras experiências concretas, do vídeo como expressão artística, remontem há 1974 com o incentivo de Walter Zanini, então curador do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, o MAC/SP, aos Artistas, que disponibilizou um equipamento de gravação de vídeo para experimentações com vídeo. 1 MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2007, p. 17.
  • 3. Após o incentivo patrocinado por Walter Zanini2, os primeiros gravadores de áudio e vídeo são disponibilizados aos artistas. Essa primeira geração de artistas brasileiros do vídeo ficou conhecida como geração dos pioneiros3. Sobre as dificuldades de consolidação do vídeo devemos considerar que, “nos anos 1970, os recursos tecnológicos de que dispunham os artistas brasileiros para trabalhar com vídeo eram mínimos. Entre outras coisas, não havia possibilidade de edição: editava-se diretamente na câmera durante a gravação ou com lâmina de barbear e fita adesiva posteriormente, ou ainda concebia-se o trabalho num único plano contínuo, tomado em tempo real, para que não houvesse 4 necessidade de edição. [...] ” Mesmo com estas e outras tantas dificuldades, muitas carreiras artísticas bem sucedidas desse primeiro momento aparecem graças ao patrocínio de Zanini. As propostas artísticas surgidas nessa época dialogavam diretamente com poéticas pessoas e políticas. Não podemos dissociar desse contexto a ditadura militar que vivia o Brasil desde 64, este fato foi sem dúvida foi “alimento” que fortaleceu idéias e suscitou ações na arte desse período, além de nortear propostas de caráter genuinamente brasileiras, como é o caso de Letícia Parente, que borda na própria pele a frase “Made in Brasil”, título da obra, mais precisamente na borda dos pés, frase esta que já demonstra a atitude crítica com relação ao próprio corpo, a política e a própria arte. Em seguida temos uma dissolução das propostas artísticas com o surgimento da segunda geração do vídeo a partir da década de 1980. Conhecidos como geração dos independentes, esses artistas, então atravessados pelas questões e avanços conquistados pelos pioneiros, vão focar suas ações nas extremidades e nos limites de contaminação do vídeo. É nesse momento, em que a linguagem televisiva ganha destaque, que as propostas visuais voltadas à técnica do vídeo surgem com grande força. Veremos aqui uma tentativa de subversão do meio televisivo mais como uma tentativa de se inserir nele do que modificá-lo. Destaca-se aqui a atuação dos 2 Walter Zanini (São Paulo, 1925-) historiador, crítico de arte e curador. Foi o diretor do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre 1963 e 1978. 3 Alguns artistas dessa primeira geração: Anna Bella Geiger, Carmela Gross, Donato Ferrari, Gabriel Borba Filho, Fernando Cocchiarale, Gastão de Magalhães, Ivens Machado, José Roberto Aguilar, Julio Plaza, Letícia Parente, Marcello Nitsche, Miriam Danowski, Paulo Herkenhoff, Regina Silveira, Regina Vate, Roberto Sandoval entre outros. 4 MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2007, p. 22.
  • 4. grupos TVDO (TV TUDO) e Olhar Eletrônico5, que modificaram a experiência frente a TV. O formalismo e tradicionalismo televisivo fora enfrentado por produções descontraídas e inteligentes, mas não menos críticas a situação do Brasil e da própria televisão. Segundo Arlindo Machado (2007), entretanto, “[...] foi somente no decorrer da década de 1990 que as proposições estéticas passaram a dialogar com o circuito das artes visuais. A aproximação – tardiamente percebida no Brasil em relação ao contexto internacional – se deve essencialmente a uma miscigenação das práticas criativas, nas quais os artistas passam a transitar por meios e suportes menos ortodoxos, como a computer art, a fotografia digital, as instalações interativas e o próprio vídeo, que se transforma numa ferramenta cada vez mais acessível em função de seu 6 extraordinário desenvolvimento tecnológico. [...] ” É nessa perspectiva que se constrói e se consolida uma videoarte genuinamente brasileira, as conquistas das gerações passadas são aproveitadas e recriadas, apontando em direção de experimentações voltadas principalmente ao sujeito e do que nele surge de reverberação. O artista, que já no surgimento das experiências com vídeo, volta-se para questões do eu enquanto proposição artista, engajamento político foi se “diluindo” durante os percursos das gerações de vídeo makers, as poéticas visuais a partir da década de 1990, pouco a pouco, começam a dialogar com o corpo, a memória afetiva, sujeito-sociedade. Isso não significa que houve um desaparecimento da interdisciplinaridade arte-política, é quase impossível dissociarmos esses conhecimentos, já que podemos entender política mais do que crítica social. O vídeo consolidava-se como proposta visual que representa a arte contemporânea, pela própria característica mutacional do meio e das propostas, linguísticas e visuais, dele surgido. A arte paraense, assim como o a própria história do vídeo, não é uma arte que se possa considerar nova, entretanto, as experiências com o vídeo nesta primeira década do séc. XXI na cena belenense ainda eram tímidas, em relação a cena nacional, as ações regionais parecem tardias, não podemos esquecer que em finais da década de 1990 havia se avançado muito, 5 Mais detalhes da produção e dos integrantes destes e demais grupos ver: MACHADO, Arlindo. Made in Brasil:Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2007; MACHADO, Arlindo. A arte do vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988. 6 MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2007, p. 11.
  • 5. tecnologicamente, com relação ao vídeo, produção de vídeos se barateou, possibilitando a realização de vídeos com recursos mínimos. Podemos perceber que há uma linguagem comum as empreitadas das anteriores. Sendo assim, chegamos à primeira década dos anos 2000, novas tecnologias e novas linguagens aparecem. Em momento onde a diluição visual e linguística da informação é recorrente a videoarte paraense vislumbra com novos entusiastas, enquanto novas poéticas vão surgindo alguns artistas, já consagrados do na cena artística regional, voltam-se para realizações com o vídeo. Artistas como Armando Queiroz, Melissa Barbery, Victor De La Rocque, Dirceu Maués, Maria Christina entre outros trazem discussões distintas sobre o que que é fazer arte na Amazônia e o que isso implica enquanto proposta e ação artística. É interessante pensarmos que é uma arte que não se difere dos questionamentos universais da arte contemporânea como um todo, mas traz em sua perspectiva regional uma visão universal de questionamentos. O panorama regional de Belém vem constantemente modificando e se expandindo dentro da arte brasileira, e no vídeo, acabam nos revelando novos caminhos que aos poucos se desbravam na contemporaneidade. Orlando Maneschy em seu artigo Amazônia, arte e utopia define algumas características visuais e defende a singularização poética encontrada nas obras regionais, uma constatação da potência artística amazônica. “Nas obras de vários desses artistas, apresentam-se diversos dramas regionais. Todavia, os discursos contundentes que tomam forma por meio da arte se diferem do lamento da perda. Estes se constroem como tomada de posição, estética e política, e irradiam processos de singularização, apontando para outras estratégias relacionais diante de falidos modelos que não cabem mais ali, nem em um mundo que deseja permanecer. Tampouco estes artistas vivem ensimesmados, já que suas compreensões de territorialidade são atravessadas pela mobilidade do trânsito cultural, do contato com situações que mudam, propiciando ambientes instáveis, e é nesse fluxo caudaloso que 7 lançam, por vezes momentaneamente, suas âncoras.” A videoarte tomou força nas últimas décadas em Belém. As artes digitais de modo geral na região tem tomado grande parte do circuito artístico e apesar e ser uma linguagem relativamente recente vem demonstrando ações 7 Artigo em premente a publicação: MANESCHY, Orlando. Amazônia, arte e utopia. Belém, 2011, p. 12.
  • 6. genuinamente novas, ações que imprimem na história da arte contemporânea e que nos instigam a investigar mais e mais o seu papel nas artes visuais. Percebemos que produção de vídeo paraense é atravessada por fatos diretamente ligados a história e a política local, sem desligar-se da produção nacional ou internacional. Podemos afirmar que a videoarte paraense, assim como a brasileira, trata das extremidades, das bordas de situações relacionais da sociedade e do homem enquanto potência artística. * Delandro e Silva Melo é graduando do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará. REFERÊNCIAS CANTON, Kátia. Do moderno ao contemporâneo. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009. (Coleção: Temas da arte Contemporânea) FREIRE, Cristina. Arte Conceitual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006. MACHADO, Arlindo. A Arte do Vídeo. São Paulo: Brasiliense, 1988. MACHADO, Arlindo (org.). Made in Brasil: Três Décadas do Vídeo Brasileiro. São Paulo: Iluminuras: Itaú Cultural, 2007. MANESCHY, Orlando. Amazônia, arte e utopia. Belém, 2011, p. 12. MELLO, Christine. Extremidades do Vídeo. São Paulo: Editora SENAC são Paulo, 2008.