Palestra INTA - Ferramentas WEB em cursos presenciais do Ensino Superior
1. FACULDADES INTA
VII ENCONTRO PEDAGÓGICO
AS FERRAMENTAS DA WEB EM EAD
NOS CURSOS PRESENCIAIS
Prof. Dennys Leite Maia
Sobral - CE
2011
2. O PALESTRANTE
Pedagogo - Universidade Estadual do Ceará (UECE);
Bolsista de iniciação científica do Grupo de Pesquisa
Laboratório de Tecnologias Educacionais e Software
Livre (LATES);
Especialista* em Planejamento, Gestão e Implementação de
Educação a Distância – Universidade Federal Fluminense
(UFF);
Mestrando em Educação – Universidade Estadual do Ceará
(UECE);
Integrante do Grupo de Pesquisa Matemática e Ensino
(MAES);
Professor convidado do curso de especialização em
Docência em EaD - Universidade de Fortaleza (UNIFOR).
4. VÁRIOS SÃOS OS MOTIVOS...
Pedagogia Universitária → Inovar no Ensino Superior (Cunha,
2009);
É necessário adentrar numa “zona de risco” (Borba; Penteado,
2010);
Novos “espaços de aula” nas universidades (Masetto, 2010);
Portaria Ministerial Nº 2.253/01 → 20% da carga horária dos
cursos presenciais das IES na modalidade a distância;
Tecnologias digitais como recurso motivador de aprendizagem
→ Alunos são Nativos Digitais (Prensky, 2001);
Sociedade em Rede, da Informação, do Conhecimento
(Castells, 1994).
5. DESCONSTRUINDO ALGUNS MITOS
“Fazer uso das 'EADs' é ir contra qualidade de ensino”
“IES que ofertam EAD não são confiáveis”
“Estão inserindo a EAD aos poucos”
“Estudar na EAD é mais fácil”
7. FASES DA EAD
A partir das formas de veiculação de conteúdo:
Ensino por correspondência: Materiais didáticos
enviados por correio;
Telensino: Uso dos meios de comunicação de massa
com a postagem de material;
Ensino on-line: Computador conectado à internet e
reúne os “antigos” e “novos”.
8. OBJETIVOS ALCANÇADOS COM AS
DUAS PRIMEIRAS FASES –
TRANSMISSÃO DE CONTEÚDO.
O QUE MUDA COM A TERCEIRA
FASE É A FORMA DE: ACESSO,
ACESSO
INTERAÇÃO E INTERATIVIDADE.
INTERATIVIDADE
9. TECNOLOGIA DIGITAL
Kenski (2007): “as possibilidades de uso de mídias
cada vez mais interativas em educação têm alterado,
e muito, a concepção do que é educação presencial
e a distância”
Informação → Conhecimento
Via de mão dupla → Rede (teia) colaborativa
11. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA
Marinho (2010): A questão das TICs em educação é
muito mais pedagógica do que tecnológica.
Aspectos técnico-operacionais, burocráticos e
pedagógicos.
Definição da concepção de aprendizagem → prevista
nos Referenciais de Qualidade para Educação
Superior a Distância (Brasil, 2007).
12. CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM
Podem ser com base na:
Teoria Comportamental (behaviorista):
Estímulos e resposta → Aprender é memorizar ;
Conhecimento é transmitido, é ensinado (insignare).
Abordagem Pedagógica: Instrucionista (Skinner)
Teoria Cognitiva (construtivista, sócio-interacionista):
O que é transmitido é o conteúdo → Aprendizagem
ocorre através de um processo de construção do
indivíduo com o meio e seus pares.
Abordagem Pedagógica: Construcionista (Papert)
13. ABORDAGENS PEDAGÓGICAS P/ EAD
De acordo com Valente (2005; 2009) podem ser:
Broadcast: Não há interação entre professor e aluno.
Uma relação de para muitos.
Virtualização da Sala de aula: Semelhante a prática
na sala de aula convencional. O professor “confere” se
o aluno cumpriu com as atividades.
Estar junto virtual: Envolve múltiplas interações entre
os sujeitos para assessorar a aprendizagem. O aluno
em EaD embora esteja sozinho, não estará
desacompanhado.
15. WEB CURRÍCULO
40% da população brasileira tem acesso a internet;
86% desses usuários estão nas comunidades
virtuais;
51% do usuários do Orkut são brasileiros;
Alunos são Nativos e professores Imigrantes Digitais
(Prensky, 2001);
Web na educação ou educação na web?
Almeida (2010): É o currículo que se desenvolve por
meio das ferramentas da internet, integrando as
tecnologias com o currículo.
16. FERRAMENTAS DA WEB 2.0
Não é “outra” internet, mas uma forma diferente de
relacionar-se com e através dela;
Web 2.0 → maior interatividade, colaboração e
(co)autoria na rede.
Surge um novo tipo de mídia → Mídias Sociais.
Espaço prolífero para boas práticas educativas em
EaD.
Serviços da Web 2.0: Edição colaborativa de
conteúdo; Ferramentas de comunicação; Redes
sociais; Compartilhamento de arquivos; Vídeos;
Imagens etc.
17. EDIÇÃO COLABORATIVA DE CONTEÚDO
Blogue (blog)
Blogger <blogger.com>
Facilidade de criação e manuseio;
Inserção de comentários;
Wiki:
PbWiki <my.pbworks.com>
Está deixando de ser gratuito
Wikipedia <pt.wikipedia.org>
Produção colaborativa de conteúdo;
Wikimapia <wikimapia.org>
Mapa colaborativo e interativo.
18. COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS
GoogleDocs <docs.google.com>:
Inclusive, criados de forma colaborativa;
Textos; Planilhas Eletrônicas; Formulários.
Scribd <scribd.com>:
Maior parte documentos;
SlideShrare <slideshare.net>:
Apresentação de slides;
Tanto o Scribd quanto o SlideShare permitem
integração com Facebook e Twitter;
Podem ser incorporado à blogues, sites e
baixados (download).
19. FERRAMENTAS COMUNICAÇÃO
Mensageiros Instantâneos
E-buddy <ebuddy.com>
Contato síncrono (chat) através de serviços
como Messenger (MSN), Gtalk etc.
Microblogue:
Twitter <twitter.com>
Divulgação de informações de forma rápida e
interativa;
“Msgs c/ até 140 caracteres”;
Twitpic (imagens) <twitpic.com>
Twitcam (vídeos) <twitcam.com>
20. REDES SOCIAIS
Facebook <facebook.com>:
Integração com uma diversidade de mídias
sociais;
Inclusive com possibilidade compartilhar e
indicar (curtir) links;
Orkut <orkut.com>:
Criação de comunidades para fins específicos;
Live Mocha <livemocha.com>:
“Ambiente Virtual de Aprendizagem” para
aprendizagem de idiomas.
21. VÍDEOS
YouTube <youtube.com>:
Os vídeos podem ser, facilmente, incorporados
(embed/share) em AVAs, blogues, sites etc;
TeacherTube <teachertube.com>:
Vídeos “com foco” na educação.
22. IMAGENS
Picasa <picasa.google.com>:
Basta ter uma conta Google.
Integração com o Orkut, por exemplo.
Flickr <flikr.com>:
Bastante popular, por ser um serviço Yahoo!
23. DIVERSAS MÍDIAS
4Shared <4shared.com>:
Hospeda quase todo tipo de mídia;
No caso de áudio é possível, inclusive, fazer
incorporação a blogues, sites etc;
DropBox <dropbox.com>:
Compartilhamento de arquivos “nas nuvens”;
Maior privacidade.
24. OBJETOS DE APRENDIZAGEM (OAs)
De acordo com David Wiley (2000) são:
[...] geralmente compreendidos como entidades
digitais acessíveis via internet, significando que um
número infinito de pessoas pode acessá-los e usá-los
simultaneamente [...] qualquer recurso digital que
pode ser reusado para apoiar a aprendizagem.
Desencadeadores do processo de ensino-aprendizagem,
mas cuidado para não se vislumbrar por cores e efeitos.
25. TIPOS DE OAs
Animação/Simulação:
Interatividade
Estudo de Casos;
Áudio:
Portabilidade
Alunos na condição de produtores;
Experimento prático;
Hipertexto:
Texto multilinear
Necessidade de manter o foco;
Imagem:
Recursos paralinguísticos;
26. TIPOS DE OAs
Mapa (Cartográfico/Conceitual):
I) Representação de uma paisagem;
II) Organização de ideias;
Software Educativo/Educacional:
I) Desenvolvido com foco na Aprendizagem (Ex.: Moodle);
II) Aplicado em situações de ensino-aprendizagem (Ex.:
Processador de texto);
Jogos (Sloodle = Second Life + Moodle).
Vídeo:
Portabilidade;
Atrativo;
Virtualização da sala de aula;
Demanda boa conexão à internet.
28. TV ESCOLA
TV Escola – Canal Público de TV voltado para a
Educação Brasileira (MEC);
Endereço: <tvescola.mec.gov.br/>;
Vídeos e programas educativos de diversas áreas;
Foco na Educação Básica.
29. PORTAL DO PROFESSOR
Portal do Professor (MEC)
Endereço: <portaldoprofessor.mec.gov.br/>
Repositório de recursos educacionais digitais; planos de
aula, ferramentas para interação com outros
professores etc.
Foco na Educação Básica e Profissional.
30. RIVED
Rede Interativa Virtual de Educação (SEED/MEC)
Endereço: <rived.mec.gov.br/>
Repositório de Oas para o Ensino Fundamental, Médio,
Profissionalizante e Superior.
Os OAs da RIVED acompanham um Guia para o
Professor.
31. BIOE
O Banco Internacional de Objetos Educacionais (MEC e
Ministério da Ciência e Tecnologia)
Endereço: <objetoseducacionais2.mec.gov.br/>
Repositório de OAs da Educação Infantil ao Ensino
Superior e outras modalidades de ensino.
Para o Ensino Superior, de acordo com as áreas, existem:
Agrárias: 890 Sociais Aplicadas: 136
Biológicas: 1132 Engenharias: 118
Saúde: 382 Linguística, Letras e Artes: 706
Exatas e da Terra: 2168 Multidisciplinar: 51
Humanas: 711
32. DOMÍNIO PÚBLICO
Biblioteca digital pública que conta com acervo de
várias categorias em diversas mídias (MEC/SEED);
Endereço: <www.dominiopublico.gov.br/>;
Imagem, Som, Texto e Vídeo;
A pesquisa pode ser feita por conteúdo;
Permite acesso a Teses e Dissertações defendidas por
Área do Conhecimento.
33. PORTAL CAPES (ACESSO LIVRE)
Acesso a textos completos em algumas bases de dados
de periódicos, além de resumos de teses e dissertações
dentre outros (MEC).
Endereço: <acessolivre.capes.gov.br/>;
O acesso à página do Periódicos CAPES é permitida
apenas por professores e estudantes de IES
participantes do projeto.
35. OS AVAs
Ambientes de encontro no ciberespaço;
Determinantes para que boas condições de aprendizagem
a distância se efetivem;
Nos Referenciais de Qualidade para o Ensino Superior a
Distância seu uso é, “tacitamente”, obrigado;
São softwares educativos pois têm uma fundamentação
pedagógica; são concebidos com o propósito educativo
e interação e interatividade são, talvez, as suas funções
principais.
Por serem albergados na web facilita os usuários
pesquisem diversas fontes digitais;
Caracterizados por três elementos: interatividade,
hipertextualidade e conectividade (Kenski, 2007).
Possuem interfaces para aluno e para professor/tutor.
36. CONHECENDO ALGUNS AVAs
No portal da Organização das Nações Unidas para Educação,
Ciência e Cultura (UNESCO) são relacionados 71 projetos de
ferramentas de cursos a distância livres (free courseware).
Dentre eles estão o Moodle <moodle.org>, desenvolvido pelo
australiano Martin Dougiamas e o Dokeos <dokeos.com> sob
a coordenação de Thomas De Praettere, que inclusive fornece
uma versão Demo gratuitamente em seu site.
Produzidos no Brasil:
E-proinfo <eproinfo.mec.br> (MEC/SEED);
Sócrates <virtual.ufc.br/socrates> (UFC);
TelEduc <teleduc.nied.unicamp.br> (UNICAMP);
Rooda <ead.ufrgs.br/rooda> (UFRGS);
Unifor On-line <unifor.br/oul> (UNIFOR).
37. AS FERRAMENTAS DE UM AVA
Ferramentas básicas:
Agenda;
Material de apoio;
Leituras;
Mural;
Fóruns de discussão;
Bate-papo (chat);
Correio (e-mail);
Perfil;
Portfólio;
As de comunicação podem ser Síncronas e Assíncronas.
39. ATIVIDADES E FERRAMENTAS
Bate-papo (chat):
Digitação
Multi-diálogo
Cuidado com a "algazarra digital"
Recomendado para grupos pequenos
Diário de Bordo (Portfólio):
Registros pessoais
Autoavaliação
Pouco explorado
40. ATIVIDADES E FERRAMENTAS
Fórum:
Bastante utilizada;
Estar junto virtual;
Borba, Malheiros e Zulatto (2009): O que faz o aluno
de EAD ser social é sua manifestação através da escrita
Aprendizagem colaborativa;
Netiqueta;
Glossário:
Aprendizagem colaborativa;
Criação de etiquetas ao longo do AVA (hipertexto);
Avaliação: proatividade.
41. ATIVIDADES E FERRAMENTAS
Lição:
Perspectiva instrucionista;
Pode ter questão do tipo:
Aberta → o aluno disserta sobre determinado
assunto;
Fechada → consiste em respostas de múltiplas
escolhas como do tipo: verdadeiro/falso,
assertivas e/ou respostas múltiplas;
Possibilidade de limitar quantidade de vezes e tempo
Muito utilizado com Prova digital;
Tarefas:
Envio de arquivo ou texto on-line.
43. REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. E. B. de (Coord.). Web currículo: web 2.0 e educação. Belo Horizonte: Anais do XV ENDIPE, 2010.
BITTAR, M. A parceria Escola x Universidade na inserção da tecnologia nas aulas de Matemática: um projeto de pesquisa-
ação. In: DALBEN, Â.; DINIZ, J.; LEAL, L.; SANTOS, L. (Orgs.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho
docente: Educação Ambiental, Educação em Ciências, Educação em Espaços não-escolares, Educação Matemática. Belo
Horizonte: Autêntica, 2010, p. 591-609.
BORBA, M. de C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 4a. Ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.
104p. - (Coleção Tendências em Educação Matemática).
______________.; MALHEIROS, A. P. dos S.; ZULATTO, R. B. A. Educação a distância online. 2a. Ed. Belo Horizonte:
Autêntica Editora, 2008. 160p. - (Coleção Tendências em Educação Matemática).
BRASIL. Ministério da Educação – Secretaria de Especial de Educação a Distância. Referenciais de qualidade para o Ensino
Superior a Distância. Brasília: MEC/SEED, 2007.
CARVALHO, A. A. A. (Orgs). Manual de ferramentas da Web 2.0 para professores. Lisboa: DGIDC, Ministério da Educação,
2008.
CUNHA, M. I. da. Inovações pedagógicas: o desafio da reconfiguração de saberes na docência universitária. In: PIMENTA, S.
G.; ALMEIDA, M. I. (Orgs.). Pedagogia universitária. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas, SP: Papirus, 2003. - (Série Prática Pedagógica).
____________. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007 - (Coleção Papirus
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MARINHO, S. P. P. Redes sociais virtuais terão elas espaço na escola? In: DALBEN, Â. I. L. de F.; PEREIRA, J. E. D.; LEAL, L.
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MASETTO, M. T. O professor na hora da verdade: a prática docente no Ensino Superior. São Paulo: Avercamp, 2010.
PRENSKY, M. Digital natives, digital immigrants. MCB University Press, Vol. 9, No. 5, 2001.
VALENTE, J. A. Curso de especialização em desenvolvimento de projetos pedagógicos com uso das novas tecnologias:
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_____________. Educação a distância: ampliando o leque de possibilidades pedagógicas. In: Fonte (Belo Horizonte), v. 5, p.
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WILEY, D. A. Conectando Objetos de Aprendizagem com a teoria de projeto instrucional: uma definição, uma metáfora e
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