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Imprensa
Música
Peças de Teatro
Cinema
Passeatas
 Durante a Ditadura, mesmo com a censura, a
cultura brasileira não deixou de criar e se
espalhar pelo país e a arte se tornou
um instrumento de denúncia da situação do
país.
 Dos festivais de música despontam
compositores e intérpretes das chamadas
canções de protesto, como Geraldo Vandré,
Chico Buarque de Holanda e Elis Regina.
Geraldo Vandré
Chico Buarque de
Holanda
Elis Regina
 No cinema, os trabalhos de Cacá Diegues e
Glauber Rocha levam para as telas a história
de um povo que perde seus direitos mínimos.
 No teatro, grupos como o Oficina e o Arena
procuram dar ênfase aos autores nacionais e
denunciar a situação do país naquele
período.
Cacá Diegues
Glauber Rocha
Teatro Oficina
Teatro Arena
 Durante o regime militar no Brasil,
instaurado a partir do golpe de 64, muitos
jornalistas desenvolviam o seu trabalho no
intuito de resistência ao regime e
rompimento com a ditadura.
 Durante o regime militar surgiram diversos
jornais alternativos de oposição ao governo.
Jornal do Brasil
 Chanchada, em arte, é o espetáculo ou filme
em que predomina
um humor ingênuo, burlesco, de caráter
popular.
 As chanchadas foram comuns no Brasil entre
as décadas de 1930 e 1960.
Cartaz de um Filme
das Produções
Chanchadas
 Pornochanchada é um gênero do cinema
brasileiro, comum na década de 1970.
 Surgiu em São Paulo, e contou com uma
produção bem numerosa e comercial.
 A mais conhecida produção era a da
chamada boca do lixo, região de prostituição
existente na zona central da cidade de São
Paulo.
Cartaz de uma
exposição das
Produções
Pornochanchadas
 Dessa fonte despontaram vários diretores de
talento Cláudio Cunha, Alfredo Sternheim, entre
outros que souberam usar o que dava bilheteria
na época (filmes eróticos softcore) para fazer
filmes de grande valor estético e formal.
 Chamado assim por trazer alguns elementos dos
filmes do gênero conhecido como chanchada e
pela dose alta de erotismo que, em uma época
de censura no Brasil, fazia com que fosse
comparado ao gênero pornô, embora não
houvesse, de fato, cenas de sexo explícito nos
filmes.
Cláudio Cunha
Alfredo
Sternheim
 A censura, era política e de costumes, e
muitas vezes configurando apenas e tão
somente perseguição aberta e deslavada a
classe artística sem nenhuma razão outra
que o preconceito vigente naquela época, e
exigia que os filmes cumprissem diversas
exigências absurdas, sem as quais os mesmos
seriam sumariamente proibidos (muitos
foram liberados totalmente retalhados pelos
cortes, o que os tornava incompreensíveis).
 Dentre essas exigências absurdas de estética
totalmente sem nexo, havia várias cenas
como mostrar um seio de cada vez, etc.
 Com o tempo, essa e outras exigências foram
amenizadas com a liberação dos costumes e
a abertura política iniciada em 1977, até que
com o fim da censura em 1984, o gênero foi
substituído pelos filmes pornográficos
exibidos em salas especiais.
 Dentre os atores que conseguiram mudar de
estilo, destacam-se Sônia Braga, Nuno Leal
Maia, Antonio Fagundes, Reginaldo
Faria, Helena Ramos, Lucélia Santos, e Vera
Fischer, sendo que esta chegou a ter
problemas em sua cidade natal quando
começou a participar de pornochanchadas.
Sônia Braga
Nuno Leal Maia
Reginaldo Faria
Helena Ramos
Antonio Fagundes
Lucélia Santos
Vera Fischer
 Mas focando o contexto político da época
não havia muito filme exibido o que
realmente estava acontecendo no Brasil.
 Contudo, vários momentos da Ditadura
podem ser vistos em filmes, exibido no nosso
contidiano, feitos pelo cinema brasileiro
retratando a época.
Sinopse: São Paulo, fim dos anos
60. O convento dos frades
dominicanos torna-se uma
trincheira de resistência à
ditadura militar que governa o
Brasil. Movidos por ideais
cristãos, os freis Tito (Caio Blat),
Betto (Daniel de Oliveira),
Oswaldo (Ângelo Antônio),
Fernando (Léo Quintão) e Ivo
(Odilon Esteves) passam a apoiar
o grupo guerrilheiro Ação
Libertadora Nacional,
comandado por Carlos
Marighella (Marku Ribas). Eles
logo passam a ser vigiados pela
polícia e posteriormente são
presos, passando por terríveis
torturas.
Sinopse: Brasil, anos 60. A
ditadura militar faz o país
mergulhar em um dos momentos
mais negros de sua história.
Alheia a tudo isto, Zuzu Angel
(Patrícia Pillar), uma estilista de
modas, fica cada vez mais
famosa no Brasil e no exterior.
Paralelamente seu filho, Stuart
(Daniel de Oliveira), ingressa na
luta armada, que combatia as
arbitrariedades dos militares.
Numa noite Zuzu recebe uma
ligação, dizendo que "Paulo
caiu", ou seja, Stuart tinha sido
preso pelos militares. Pouco
tempo depois ela recebe uma
carta dizendo que Stuart foi
torturado até a morte na. Zuzu
vai se tornando uma figura cada
vez mais incômoda para a
ditadura.
 O teatro conheceu um esplendor que não
resistiria à asfixia causada pela censura e
pela repressão.
 Resultava do trabalho realizado, em especial,
por dois grupos, o Oficina, em torno de seu
diretor José Celso Martinez Corrêa (no exílio
de 1974 a 78), e o Arena, em torno de
Augusto Boal (no exílio a partir de 1969), que
se dedicaram a criar uma dramaturgia
brasileira e uma nova formação do ator.
 Extremamente engajados, e invocando
Brecht como nome tutelar, vincariam a
história do teatro no país.
 Ambos os grupos seriam dizimados pelo AI -
5, Ato Institucional.
 O teatro mais artístico refugiou-se em
pequenas companhias.
José Celso
Martinez Corrêa
Augusto Boal
 Grande exemplo dessas manifestações,
podemos citar a criação da tropicália.
 Um movimento cultural brasileiro que teve
influências musicais de artistas de
vanguardas e cultura pop nacional e
internacional.
 As manifestações do movimento não se
restringiram a música, conhecidas pelos
cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal
Costa, Os Mutantes, Tom Zé e Torquato Neto,
mas também influenciaram o cinema, teatro
e nas artes plásticas.
Caetano Veloso
Gilberto Gil
Gal Costa
Os Mutantes
Tom Zé
Torquato Neto
 A grande imprensa sofria censura da
ditadura, ou se afinava com o governo,
enquanto que os pequenos jornais
alternativos denunciavam os abusos
de tortura e violação dos direitos humanos
no Brasil.
 A imprensa alternativa era redigida por
jornalistas de movimento popular ou
de orientação política de esquerda, em boa
parte, despedidos dos grandes veículos.
 Os jornais alternativos foram instrumentos
de resistência e espaço público durante o
período de abertura.
 Porém os grandes veículos impressos tinham
jornalistas combativos, em dezembro de
1969, a revista Veja tinha em sua equipe
Raimundo Pereira, Élio Gaspari, Dirceu
Brizola, Bernardo Kucinski, cuja redação fora
desmontada após a publicação de duas
reportagens referentes a tortura de presos
políticos.
Revista Veja
Bernardo Kucinski
Dirceu Brizola
Élio
Gaspari
Raimundo
Pereira
 Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi
assassinado o jornalista chefe da TV Cultura,
Vladimir Herzog.
 A maioria dos jornais alternativos tiveram
vida curta como Versus, Coojornal, Repórter,
Opinião, Movimento, Em Tempo, entre
outros;
 o Pasquim durou mais, de 1969 a 1988,
sofrendo forte censura militar até meados da
década de 70.
O jornalista Vladimir Herzog.
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Manifestações culturais no brasil durante a ditadura

  • 2.  Durante a Ditadura, mesmo com a censura, a cultura brasileira não deixou de criar e se espalhar pelo país e a arte se tornou um instrumento de denúncia da situação do país.  Dos festivais de música despontam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina.
  • 6.  No cinema, os trabalhos de Cacá Diegues e Glauber Rocha levam para as telas a história de um povo que perde seus direitos mínimos.  No teatro, grupos como o Oficina e o Arena procuram dar ênfase aos autores nacionais e denunciar a situação do país naquele período.
  • 11.  Durante o regime militar no Brasil, instaurado a partir do golpe de 64, muitos jornalistas desenvolviam o seu trabalho no intuito de resistência ao regime e rompimento com a ditadura.  Durante o regime militar surgiram diversos jornais alternativos de oposição ao governo.
  • 13.  Chanchada, em arte, é o espetáculo ou filme em que predomina um humor ingênuo, burlesco, de caráter popular.  As chanchadas foram comuns no Brasil entre as décadas de 1930 e 1960.
  • 14. Cartaz de um Filme das Produções Chanchadas
  • 15.  Pornochanchada é um gênero do cinema brasileiro, comum na década de 1970.  Surgiu em São Paulo, e contou com uma produção bem numerosa e comercial.  A mais conhecida produção era a da chamada boca do lixo, região de prostituição existente na zona central da cidade de São Paulo.
  • 16. Cartaz de uma exposição das Produções Pornochanchadas
  • 17.  Dessa fonte despontaram vários diretores de talento Cláudio Cunha, Alfredo Sternheim, entre outros que souberam usar o que dava bilheteria na época (filmes eróticos softcore) para fazer filmes de grande valor estético e formal.  Chamado assim por trazer alguns elementos dos filmes do gênero conhecido como chanchada e pela dose alta de erotismo que, em uma época de censura no Brasil, fazia com que fosse comparado ao gênero pornô, embora não houvesse, de fato, cenas de sexo explícito nos filmes.
  • 20.  A censura, era política e de costumes, e muitas vezes configurando apenas e tão somente perseguição aberta e deslavada a classe artística sem nenhuma razão outra que o preconceito vigente naquela época, e exigia que os filmes cumprissem diversas exigências absurdas, sem as quais os mesmos seriam sumariamente proibidos (muitos foram liberados totalmente retalhados pelos cortes, o que os tornava incompreensíveis).
  • 21.  Dentre essas exigências absurdas de estética totalmente sem nexo, havia várias cenas como mostrar um seio de cada vez, etc.  Com o tempo, essa e outras exigências foram amenizadas com a liberação dos costumes e a abertura política iniciada em 1977, até que com o fim da censura em 1984, o gênero foi substituído pelos filmes pornográficos exibidos em salas especiais.
  • 22.  Dentre os atores que conseguiram mudar de estilo, destacam-se Sônia Braga, Nuno Leal Maia, Antonio Fagundes, Reginaldo Faria, Helena Ramos, Lucélia Santos, e Vera Fischer, sendo que esta chegou a ter problemas em sua cidade natal quando começou a participar de pornochanchadas.
  • 27.  Mas focando o contexto político da época não havia muito filme exibido o que realmente estava acontecendo no Brasil.  Contudo, vários momentos da Ditadura podem ser vistos em filmes, exibido no nosso contidiano, feitos pelo cinema brasileiro retratando a época.
  • 28. Sinopse: São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto (Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo (Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.
  • 29. Sinopse: Brasil, anos 60. A ditadura militar faz o país mergulhar em um dos momentos mais negros de sua história. Alheia a tudo isto, Zuzu Angel (Patrícia Pillar), uma estilista de modas, fica cada vez mais famosa no Brasil e no exterior. Paralelamente seu filho, Stuart (Daniel de Oliveira), ingressa na luta armada, que combatia as arbitrariedades dos militares. Numa noite Zuzu recebe uma ligação, dizendo que "Paulo caiu", ou seja, Stuart tinha sido preso pelos militares. Pouco tempo depois ela recebe uma carta dizendo que Stuart foi torturado até a morte na. Zuzu vai se tornando uma figura cada vez mais incômoda para a ditadura.
  • 30.  O teatro conheceu um esplendor que não resistiria à asfixia causada pela censura e pela repressão.  Resultava do trabalho realizado, em especial, por dois grupos, o Oficina, em torno de seu diretor José Celso Martinez Corrêa (no exílio de 1974 a 78), e o Arena, em torno de Augusto Boal (no exílio a partir de 1969), que se dedicaram a criar uma dramaturgia brasileira e uma nova formação do ator.
  • 31.  Extremamente engajados, e invocando Brecht como nome tutelar, vincariam a história do teatro no país.  Ambos os grupos seriam dizimados pelo AI - 5, Ato Institucional.  O teatro mais artístico refugiou-se em pequenas companhias.
  • 34.  Grande exemplo dessas manifestações, podemos citar a criação da tropicália.  Um movimento cultural brasileiro que teve influências musicais de artistas de vanguardas e cultura pop nacional e internacional.  As manifestações do movimento não se restringiram a música, conhecidas pelos cantores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé e Torquato Neto, mas também influenciaram o cinema, teatro e nas artes plásticas.
  • 38.  A grande imprensa sofria censura da ditadura, ou se afinava com o governo, enquanto que os pequenos jornais alternativos denunciavam os abusos de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil.  A imprensa alternativa era redigida por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes veículos.
  • 39.  Os jornais alternativos foram instrumentos de resistência e espaço público durante o período de abertura.  Porém os grandes veículos impressos tinham jornalistas combativos, em dezembro de 1969, a revista Veja tinha em sua equipe Raimundo Pereira, Élio Gaspari, Dirceu Brizola, Bernardo Kucinski, cuja redação fora desmontada após a publicação de duas reportagens referentes a tortura de presos políticos.
  • 43.  Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog.  A maioria dos jornais alternativos tiveram vida curta como Versus, Coojornal, Repórter, Opinião, Movimento, Em Tempo, entre outros;  o Pasquim durou mais, de 1969 a 1988, sofrendo forte censura militar até meados da década de 70.