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FEEDBACK
O uso do feedback deve ser incorporado à rotina da
gestão, que deverá prever momentos para realizá-
lo. Não se trata, portanto, de ação pontual com fim
específico, como, por exemplo, nos momentos em
que os professores não apresentam desempenho
satisfatório.
Feedback significa “realimentação” ou
“retroalimentação”, e é um importante momento
para o acompanhamento e a reflexão sobre a
prática, influindo no planejamento ou
replanejamento das ações na escola.
O feedback promove:
- o estreitamento das relações;
- o diálogo embasado na teoria que guia a
prática do professor;
- novos questionamentos, indicações de
bibliografia e sugestões para a prática do
professor.
 Antes da reunião de feedback
 Após a observação e antes da reunião, o
observador deve refletir, junto com a
equipe gestora, sobre algumas
possibilidades de encaminhamentos e
anotá-las no Histórico de Colaboração na
coluna Encaminhamentos Iniciais. Essa
troca de ideias preliminar é importante
para que haja um alinhamento das
possibilidades de encaminhamentos.
 Observador e observado devem estar
confortáveis!
O encontro com o professor observado deve
acontecer em um espaço reservado, de
forma tranquila e em clima de confiança
mútua. O observador deve lembrar ao
professor que essa ação é mais uma
estratégia de formação e sua inclusão na
rotina de formação visa ao aprimoramento
dos processos de ensino e aprendizagem da
escola como um todo, cujo objetivo último é
melhorar o desempenho dos alunos e
superar as deficiências constatadas nas
avaliações (reportar ao Módulo 2).
 Durante a reunião de feedback
O observador não deve apontar de imediato
os pontos de atenção, nem compartilhar os
possíveis encaminhamentos com o
observado.
Antes disso, o observado deve entender
melhor o cenário e refletir ele próprio sobre o
seu processo, reconhecendo os desafios e
possibilidades de encaminhamento. Somente
depois disso, o observador faz seus
comentários, confirmando o entendimento e
colaborando com ideias para promoção de
novas estratégias de ensino.
A reunião de feedback II
Segundo Fela Moscovici (1997), o feedback é útil quando atende as
seguintes características:
 Ser descritivo Sem julgamentos. Relato com exemplos dos
eventos.
 Ser específico Foco em comportamentos e atitudes específicas.
 Ser compatível com as necessidades do observador e do
observado Dar atenção às necessidades do observado. Quando
são feitas somente solicitações, não levando em consideração as
necessidades do observado, o feedback costuma ser destrutivo.
 Ser dirigido a comportamentos que o observado pode
modificar Apontar falhas que não se pode mudar gera situação
frustrante e não construtiva.
 Ser solicitado em vez de imposto A execução da mudança é mais
fácil quando existe acordo prévio entre observador e observado
mais fácil a execução.
 Ser oportuno em relação ao tempo Se passar muito tempo entre
a observação e o feedback perde-se o sentido dos elogios e das
críticas.
 Ser esclarecedor. comunicação precisa Por isso a utilidade de
protocolo de observação combinado previamente com os
observados.
PERGUNTAS ESCLARECEDORAS:
 São perguntas que ajudam a clarear alguma
situação, ação ou ideia vista no trabalho do professor
observado. As perguntas esclarecedoras estimulam o
relato (e não a reflexão) para definição de
encaminhamentos. As perguntas que fazem parte
deste momento de feedback devem sempre começar
com O que, Quanto(s), Quem, Quando, Qual(is)
etc.
Por exemplo: “O que aconteceu na atividade
desenvolvida pela dupla Aline e Gustavo, que você
precisou intervir?”; “Quais eram os objetivos da
atividade avaliativa que você promoveu?”; “Quanto
tempo os alunos levaram para resolver os exercícios
propostos?”
PARÁFRASE
 Consiste no observador repetir com as suas palavras o que o
observado disse para verificar se ficou claro. Algumas construções de
frases que podem ajudar: “Deixa eu ver se ficou claro: pelo que você
relata, o que ocorreu com a dupla Aline e Gustavo foi isso, isso e isso.
Correto?”; “Pelo que você me diz, os objetivos da atividade avaliativa
foram este, este e este. Certo?”; “Pelo que entendi, os alunos levaram X
minutos para resolver os exercícios. É isso?”
Este exercício faz com que o observado reflita sobre o que falou e
confirme o entendimento tanto para ele como para o observador. Este já
é um primeiro momento de avaliação. Muitas vezes, ao repetir, ele
percebe que a explicação não ficou clara e acaba descrevendo o fato
novamente. Caso isso ocorra, faça novo uso de paráfrases para
confirmar os novos entendimentos. Quando isso ocorre, uma frase
clássica, usada pelo observado é: “Não foi bem isto que eu quis dizer.
Na realidade, o que aconteceu foi isso, isso e isso.”
PERGUNTAS DE SONDAGEM
 O objetivo das perguntas de sondagem é fazer com
que o professor pense sobre sua prática e proponha
encaminhamentos. Nessa estratégia, o observador
faz o professor pensar em novas situações para o
desafio criado.
Por exemplo: “Já que avaliamos que o trabalho entre
a dupla Aline e Gustavo não fluiu bem, que
encaminhamentos podemos fazer?”; “Que
estratégias avaliativas podem ser criadas para
verificarmos melhor o desenvolvimento das
competências de leitura e escrita dos alunos?”;
“Como podemos planejar melhor a aula para que os
alunos tenham mais tempo para se dedicar aos
exercícios propostos?”
Depois desse momento, o observador deve fazer
uma síntese da discussão, emitir sua opinião e
contribuir com novas ideias.
Alarcão et al (2009) sugerem tipos de comunicação
para promover o feedback. Indicamos três que
complementam as habilidades descritas
anteriormente:
 APOIO E ENCORAJAMENTO:
Consiste em encorajar o professor, confirmando que
faz um bom trabalho e que a equipe gestora está
à disposição para contribuir para que continue
assim. O professor coordenador deve enfatizar
que o professor pode procurá-lo mesmo fora de
momentos formais de feedback.
 RECOMENDAÇÕES
São sugestões teóricas metodológicas que podem
ser dadas ao professor. Por exemplo, “Revisite o
texto da Lerner para ver projetos para os alunos
melhorarem na leitura”.
ESCLARECIMENTO CONCEITUAL:
 É necessário sempre esclarecer algum conceito
teórico que não ficou entendido ou que se deseja
reafirmar. Por exemplo: “Você está trazendo um
gênero para o trabalho com textos, está se
preocupando com o propósito didático da leitura e
escrita, mas para os alunos se motivarem temos
que buscar um propósito social, no caso um
destinatário bem definido para a escrita. Para que
eles estão escrevendo? Quem irá ler? Segundo
Solé...”.
FEEDBACK NA ESCOLA
 O diretor e o vice-diretor devem realizar o feedback com todos os
funcionários da escola: secretário, funcionários da limpeza, merendeiros
etc. Essa prática não precisa se limitar à observação em sala de aula.
 Realizar feedback coletivo com a equipe do conselho de escola também
é uma ação formativa importante para esse grupo.
 O gestor identificará a melhor forma e momento para realizar esse
feedback, dependendo das necessidades e características do seu
grupo.
 O professor coordenador pode também dar devolutivas a partir de
outras ações, como no planejamento semanal das aulas, no projeto ou
sequência didática realizada pelos professores etc.
 Segundo Carvalho et al (2006), o coordenador pode fazer comentários
elogiando e propondo sugestões de atividades, no caso do
planejamento, ou realizar boas problematizações nas reflexões dos
professores.
 Dicas importantes para o feedback:
Estabeleça uma relação de confiança para
diminuir as barreiras entre você e os
gestores;
 Aprenda a ouvir e a receber, sem reações
emocionais intensas, análises críticas dos
observados. Conduza de maneira que eles
procedam da mesma forma;
 Seja habilidoso(a) ao falar. Não use palavras
de duplo sentido que possam provocar ruído
na comunicação. Uma estratégia
interessante é, após a conversa, retomar os
pontos principais evidenciados e os
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Feedback

  • 1. FEEDBACK O uso do feedback deve ser incorporado à rotina da gestão, que deverá prever momentos para realizá- lo. Não se trata, portanto, de ação pontual com fim específico, como, por exemplo, nos momentos em que os professores não apresentam desempenho satisfatório. Feedback significa “realimentação” ou “retroalimentação”, e é um importante momento para o acompanhamento e a reflexão sobre a prática, influindo no planejamento ou replanejamento das ações na escola.
  • 2. O feedback promove: - o estreitamento das relações; - o diálogo embasado na teoria que guia a prática do professor; - novos questionamentos, indicações de bibliografia e sugestões para a prática do professor.
  • 3.  Antes da reunião de feedback  Após a observação e antes da reunião, o observador deve refletir, junto com a equipe gestora, sobre algumas possibilidades de encaminhamentos e anotá-las no Histórico de Colaboração na coluna Encaminhamentos Iniciais. Essa troca de ideias preliminar é importante para que haja um alinhamento das possibilidades de encaminhamentos.
  • 4.  Observador e observado devem estar confortáveis! O encontro com o professor observado deve acontecer em um espaço reservado, de forma tranquila e em clima de confiança mútua. O observador deve lembrar ao professor que essa ação é mais uma estratégia de formação e sua inclusão na rotina de formação visa ao aprimoramento dos processos de ensino e aprendizagem da escola como um todo, cujo objetivo último é melhorar o desempenho dos alunos e superar as deficiências constatadas nas avaliações (reportar ao Módulo 2).
  • 5.  Durante a reunião de feedback O observador não deve apontar de imediato os pontos de atenção, nem compartilhar os possíveis encaminhamentos com o observado. Antes disso, o observado deve entender melhor o cenário e refletir ele próprio sobre o seu processo, reconhecendo os desafios e possibilidades de encaminhamento. Somente depois disso, o observador faz seus comentários, confirmando o entendimento e colaborando com ideias para promoção de novas estratégias de ensino.
  • 6. A reunião de feedback II Segundo Fela Moscovici (1997), o feedback é útil quando atende as seguintes características:  Ser descritivo Sem julgamentos. Relato com exemplos dos eventos.  Ser específico Foco em comportamentos e atitudes específicas.  Ser compatível com as necessidades do observador e do observado Dar atenção às necessidades do observado. Quando são feitas somente solicitações, não levando em consideração as necessidades do observado, o feedback costuma ser destrutivo.  Ser dirigido a comportamentos que o observado pode modificar Apontar falhas que não se pode mudar gera situação frustrante e não construtiva.  Ser solicitado em vez de imposto A execução da mudança é mais fácil quando existe acordo prévio entre observador e observado mais fácil a execução.  Ser oportuno em relação ao tempo Se passar muito tempo entre a observação e o feedback perde-se o sentido dos elogios e das críticas.  Ser esclarecedor. comunicação precisa Por isso a utilidade de protocolo de observação combinado previamente com os observados.
  • 7. PERGUNTAS ESCLARECEDORAS:  São perguntas que ajudam a clarear alguma situação, ação ou ideia vista no trabalho do professor observado. As perguntas esclarecedoras estimulam o relato (e não a reflexão) para definição de encaminhamentos. As perguntas que fazem parte deste momento de feedback devem sempre começar com O que, Quanto(s), Quem, Quando, Qual(is) etc. Por exemplo: “O que aconteceu na atividade desenvolvida pela dupla Aline e Gustavo, que você precisou intervir?”; “Quais eram os objetivos da atividade avaliativa que você promoveu?”; “Quanto tempo os alunos levaram para resolver os exercícios propostos?”
  • 8. PARÁFRASE  Consiste no observador repetir com as suas palavras o que o observado disse para verificar se ficou claro. Algumas construções de frases que podem ajudar: “Deixa eu ver se ficou claro: pelo que você relata, o que ocorreu com a dupla Aline e Gustavo foi isso, isso e isso. Correto?”; “Pelo que você me diz, os objetivos da atividade avaliativa foram este, este e este. Certo?”; “Pelo que entendi, os alunos levaram X minutos para resolver os exercícios. É isso?” Este exercício faz com que o observado reflita sobre o que falou e confirme o entendimento tanto para ele como para o observador. Este já é um primeiro momento de avaliação. Muitas vezes, ao repetir, ele percebe que a explicação não ficou clara e acaba descrevendo o fato novamente. Caso isso ocorra, faça novo uso de paráfrases para confirmar os novos entendimentos. Quando isso ocorre, uma frase clássica, usada pelo observado é: “Não foi bem isto que eu quis dizer. Na realidade, o que aconteceu foi isso, isso e isso.”
  • 9. PERGUNTAS DE SONDAGEM  O objetivo das perguntas de sondagem é fazer com que o professor pense sobre sua prática e proponha encaminhamentos. Nessa estratégia, o observador faz o professor pensar em novas situações para o desafio criado. Por exemplo: “Já que avaliamos que o trabalho entre a dupla Aline e Gustavo não fluiu bem, que encaminhamentos podemos fazer?”; “Que estratégias avaliativas podem ser criadas para verificarmos melhor o desenvolvimento das competências de leitura e escrita dos alunos?”; “Como podemos planejar melhor a aula para que os alunos tenham mais tempo para se dedicar aos exercícios propostos?”
  • 10. Depois desse momento, o observador deve fazer uma síntese da discussão, emitir sua opinião e contribuir com novas ideias. Alarcão et al (2009) sugerem tipos de comunicação para promover o feedback. Indicamos três que complementam as habilidades descritas anteriormente:  APOIO E ENCORAJAMENTO: Consiste em encorajar o professor, confirmando que faz um bom trabalho e que a equipe gestora está à disposição para contribuir para que continue assim. O professor coordenador deve enfatizar que o professor pode procurá-lo mesmo fora de momentos formais de feedback.
  • 11.  RECOMENDAÇÕES São sugestões teóricas metodológicas que podem ser dadas ao professor. Por exemplo, “Revisite o texto da Lerner para ver projetos para os alunos melhorarem na leitura”. ESCLARECIMENTO CONCEITUAL:  É necessário sempre esclarecer algum conceito teórico que não ficou entendido ou que se deseja reafirmar. Por exemplo: “Você está trazendo um gênero para o trabalho com textos, está se preocupando com o propósito didático da leitura e escrita, mas para os alunos se motivarem temos que buscar um propósito social, no caso um destinatário bem definido para a escrita. Para que eles estão escrevendo? Quem irá ler? Segundo Solé...”.
  • 12. FEEDBACK NA ESCOLA  O diretor e o vice-diretor devem realizar o feedback com todos os funcionários da escola: secretário, funcionários da limpeza, merendeiros etc. Essa prática não precisa se limitar à observação em sala de aula.  Realizar feedback coletivo com a equipe do conselho de escola também é uma ação formativa importante para esse grupo.  O gestor identificará a melhor forma e momento para realizar esse feedback, dependendo das necessidades e características do seu grupo.  O professor coordenador pode também dar devolutivas a partir de outras ações, como no planejamento semanal das aulas, no projeto ou sequência didática realizada pelos professores etc.  Segundo Carvalho et al (2006), o coordenador pode fazer comentários elogiando e propondo sugestões de atividades, no caso do planejamento, ou realizar boas problematizações nas reflexões dos professores.
  • 13.  Dicas importantes para o feedback: Estabeleça uma relação de confiança para diminuir as barreiras entre você e os gestores;  Aprenda a ouvir e a receber, sem reações emocionais intensas, análises críticas dos observados. Conduza de maneira que eles procedam da mesma forma;  Seja habilidoso(a) ao falar. Não use palavras de duplo sentido que possam provocar ruído na comunicação. Uma estratégia interessante é, após a conversa, retomar os pontos principais evidenciados e os combinados.