SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 4
Descargar para leer sin conexión
ENTREVISTA JORNALÍSTICA: VERBOS E LOCUÇÕES VERBAIS
Emprego dos discursos direto e indireto no texto da entrevista
Pesquisa: Professora Drª. JOANITA MOTA DE ATAIDE
Emprego de verbos declarativos ou dicendi em matérias do jornalismo brasileiro contemporâneo,
elaboradas com base em entrevistas. Pesquisamos em jornais e revistas de diferentes naturezas e
periodicidades, durante as décadas de 80 (segunda metade) e de 90. O resultado acha-se no
glossário de mais de 300 verbos, abaixo.
1 Classificação:
Othon M. Garcia (1986, p.129ss) adota uma classificação dupla para os verbos usados nos
diálogos, encontrados na literatura de ficção (romances, contos), dos quais a entrevista jornalística
faz amplo emprego. O narrador pode optar pelo discurso direto – transcrição da fala do interlocutor
– ou pelo discurso indireto – isto é, a transmissão da essência do pensamento do entrevistado.
1.1– Classe: Verbos declarandi ou dicendi (de declaração)
1.1.1– Definição: São os verbos de elocução. A elocução refere-se à maneira pela qual alguém se
expressa, quais palavras usa para fazê-lo.
1.1.2– Áreas semânticas: (GARCIA, 1986, p.131)
DIZER – afirmar, declarar;
PERGUNTAR – indagar, interrogar;
RESPONDER – retrucar, replicar;
CONTESTAR – negar, objetar;
CONCORDAR – assentir, anuir;
EXCLAMAR – gritar, bradar;
PEDIR – solicitar, rogar;
EXORTAR – animar, aconselhar;
ORDENAR – mandar, determinar.
1.2– Classe : Verbos sentiendi ou de sentir (assim chamados, por analogia aos dicendi).
1.2.1– Definição: Esses verbos são vicários ou variações dos verbos de elocução, pois fazem as
vezes destes. Ou seja: do ponto de vista lógico-sintático presumem a existência de um legítimo
dicendi oculto. Mas, como variação dos dicendi, expressam a carga de afetividade presente na
língua falada.
1.2.2– Áreas semânticas: Expressam estado de espírito, reação psicológica, emoções, atitudes,
gestos, etc. Ex. (Othon Garcia, op. cit.): GEMER, SUSPIRAR, LAMENTAR(SE), QUEIXAR-
SE, EXPLODIR, ENCAVACAR, etc.
1.3– Funções:
1.3.1– Indicar o interlocutor que está com a palavra.
1.3.2– Permitir a adjunção de orações adverbiais (quase sempre reduzidas de gerúndio) ou
expressões de valor adverbial, com que o narrador sublinha a fala das personagens, anotando-lhes a
reação física ou psíquica. Em síntese, a função dos verbos dicendi é retratar o comportamento – em
determinada circunstância - ou mesmo o caráter das personagens.
Ex.: “Eu tenho aqui uma lista de nomeações do PL para encaminhar”, disse Costa Neto
entregando... Hargreaves não titubeou. Sem olhar a lista, foi logo prometendo: “Pode deixar
comigo. Vou examinar com todo carinho”. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21)
Segue glossário de verbos dicendi e sentiendi, em ordem alfabética.
Abordar Admirar-se Ajustar Ameaçar
Acentuar Admitir Alardear Amenizar
Aconselhar Admoestar Alegrar-se Anotar
Acreditar Advertir Alertar Analisar
Acrescentar Alegar Alfinetar Animar(se)
Acusar Afirmar Aludir Antever
Adiantar Ajuntar Alinhar Anuir
Anunciar Compreender Denunciar Endossar
Apontar Comprometer-se Deplorar / Depor Enfatizar
Apostar Comprovar Derramar-se Enfocar
Apregoar Comunicar Desabafar Engatilhar
Argüir Conclamar Desafiar Ensinar
Arriscar Concluir Desarmar-se Entender
Argumentar Concordar Descansar Entusiasmar-se
Arrematar Condenar Descartar Enumerar
Arrolar Confessar Descobrir Esbravejar
Assegurar Confiar Desconfiar Escandalizar-se
Asseverar Confidenciar Desculpar-se Escapar
Assinalar Confirmar Desdenhar Ensinar Gritar Ponderar Esclarecer
Assustar-se Confundir-se
Desenvolver Entender Historiar
Precisar
Esconjurar
Atacar Congratular-se Desesperar-se Espantar-se
Atestar Conjecturar Desmentir Esquivar-se
Atribuir Consolar-se Destacar Estabelecer
Avaliar Constatar Determinar Estimar
Avisar Contabilizar Devolver Evidenciar
Balbuciar Contar Diagnosticar Exagerar
Bradar Contemporizar Discordar Exclamar
Bravatear Contestar Discorrer Exemplificar
Brincar Contra-atacar Discursar Exigir / Eximir-se
Calcular Contradizer Disfarçar Exortar / Explanar
Censurar Contrapor-se Disparar Explicar
Chamar a atenção Credenciar-se Distinguir Explicitar
Citar Crer Divertir-se Explodir
Classificar Criticar Dizer Expor
Cobrar Decepcionar-se Elogiar Expressar-se
Comemorar Declarar(se) Elucidar Exprimir-se
Comentar Defender(se) Emendar Extasiar-se
Comparar Definir(se) Emocionar-se Externar
Complementar Deixar escapar Encavacar Exultar
Completar Demonstrar Encerrar Falar
Fazer coro Mentalizar Raciocinar Resumir
Festejar Minimizar Reafirmar Retrucar
Filosofar Mostrar Reagir Revelar
Finalizar Murmurar Rebater Revidar
Frisar Narrar / Negar Receitar Revoltar-se
Fulminar Nomear / Notar Reclamar Rezar
Gabar-se Objetar Recompor-se Rugir
Garantir Observar Reconhecer Sacramentar
Gemer / Gritar Opinar Recordar(se) Salientar
Hiperbolizar Ordenar Redimir-se Segredar
Historiar Ordenar Refazer-se Sentenciar
Identificar Orgulhar-se Refletir Simplificar
Ilustrar Pedir Reforçar Sintetizar
Imaginar Penitenciar-se Regalar-se Solicitar
Incentivar Pensar Registrar Sonhar
Indagar Perguntar(se) Regozijar-se Sublinhar
Indicar Ponderar Rejeitar Sugerir
Indignar-se Precisar Rejubilar-se Supor
Informar Preconizar Relacionar Suspirar
Insistir Predizer Relatar Sussurrar
Interpretar Pregar Relativizar Sustentar
Interrogar Preocupar-se Relembrar(se) Tachar / Temer
Ir (mais) além Prever Rememorar Teorizar
Ironizar / Irritar-se Proclamar Replicar Terminar
Isentar-se Profetizar Resguardar-se Testemunhar
Jurar Prognosticar Resignar-se Titubear
Justificar(se) Propor Resistir Transmitir
Lamentar(se) Propugnar Resmungar Trombetear
Lamuriar-se Prosseguir Responder Vaticinar
Lembrar(se) Protestar Responsabilizar-se Ver / Viajar
Limitar-se a dizer Provocar Ressaltar Vibrar
Manifestar-se Queixar-se Ressalvar Vociferar
Maravilhar-se Questionar Ressentir-se Zombar
2 VERBOS E PRONOMES NOS DISCURSOS DIRETO E INDIRETO
2.1– Salvo em casos excepcionais, há correspondência regular entre os tempos e os modos verbais.
Assim, quando o verbo da fala está no presente do indicativo e o da oração justaposta, no pretérito
perfeito, o primeiro verbo vai para o pretérito imperfeito do indicativo, mas o segundo não sofre
alteração.
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
– Vou realizar muitos projetos neste ano,
disse-lhe.
Disse-lhe que iria realizar muitos projetos naquele
ano.
OBS.: Caso a ação declarada na oração integrante (discurso indireto) perdure no momento em que
se fala, o verbo mantém-se no presente do indicativo: “Disse-lhe que estou com preguiça neste
ano”. O demonstrativo – neste – permanece também inalterado.
2.2– Se ambos os verbos – o da fala e o da oração justaposta – se acham no presente do indicativo,
assim permanecem no discurso indireto; o mesmo ocorre com o pronome (demonstrativo):
DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO
– Estou sem planos neste ano, diz-lhe. Ele diz que está sem planos neste ano.
OBS.: O verbo dicendi vem no presente do indicativo somente quando há um mediador entre o
autor da fala e o destinatário do texto.
3– POSIÇÃO DO VERBO DICENDI /SENTIENDI
3.1– No Discurso Direto de moldes tradicionais (que vigoraram até o início da escola realista), o
verbo dicendi vem no meio ou no fim da fala, e excepcionalmente antes.
3.2– No jornalismo contemporâneo, encontramos mais freqüentemente o verbo dicendi/sentiendi no
fim das frases. Essa localização se deve ao fato de as frases reproduzidas serem de pequena
extensão.
Ex.: “Todo mundo diz que as fofocas saem do Palácio”, disse Corrêa. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235,
p.21)
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever, aprendendo a
pensar. 13.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1986. (Biblioteca de Administração Pública, 14)
SÃO LUÍS (MA), 25 de dezembro de 1998.
9 de abril de 2001
13 de janeiro de .2002.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Exercícios sobre relações de palavras e de sentidos
Exercícios sobre relações de palavras e de sentidosExercícios sobre relações de palavras e de sentidos
Exercícios sobre relações de palavras e de sentidos
ma.no.el.ne.ves
 
Os Gêneros Literários
Os Gêneros LiteráriosOs Gêneros Literários
Os Gêneros Literários
7 de Setembro
 
Estrutura e formação de palavras
Estrutura e formação de palavrasEstrutura e formação de palavras
Estrutura e formação de palavras
ma.no.el.ne.ves
 
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiroPortal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Jonathan Azevedo
 
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
jacsonufcmestrado
 

La actualidad más candente (20)

Esquema interpretativo da poesia triste bahia
Esquema interpretativo da poesia triste bahiaEsquema interpretativo da poesia triste bahia
Esquema interpretativo da poesia triste bahia
 
Exercícios sobre relações de palavras e de sentidos
Exercícios sobre relações de palavras e de sentidosExercícios sobre relações de palavras e de sentidos
Exercícios sobre relações de palavras e de sentidos
 
A prosa contempor_nea
A prosa contempor_neaA prosa contempor_nea
A prosa contempor_nea
 
Estilo de época
Estilo de épocaEstilo de época
Estilo de época
 
ТЕМА 3.2.СПЕЦІАЛЬНА ТЕРМІНОЛОГІЯ І ПРОФЕСІОНАЛІЗМИ (ВІДПОВІДНО ДО НАПРЯМУ ПІ...
ТЕМА 3.2.СПЕЦІАЛЬНА ТЕРМІНОЛОГІЯ І ПРОФЕСІОНАЛІЗМИ  (ВІДПОВІДНО ДО НАПРЯМУ ПІ...ТЕМА 3.2.СПЕЦІАЛЬНА ТЕРМІНОЛОГІЯ І ПРОФЕСІОНАЛІЗМИ  (ВІДПОВІДНО ДО НАПРЯМУ ПІ...
ТЕМА 3.2.СПЕЦІАЛЬНА ТЕРМІНОЛОГІЯ І ПРОФЕСІОНАЛІЗМИ (ВІДПОВІДНО ДО НАПРЯМУ ПІ...
 
Guimarães Rosa, características e obras.
Guimarães Rosa, características e obras.Guimarães Rosa, características e obras.
Guimarães Rosa, características e obras.
 
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco
Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco
 
7.6 advérbios (estudo completo)
7.6   advérbios (estudo completo)7.6   advérbios (estudo completo)
7.6 advérbios (estudo completo)
 
Análise de discurso em tirinhas da Mafalda
Análise de discurso em tirinhas da Mafalda Análise de discurso em tirinhas da Mafalda
Análise de discurso em tirinhas da Mafalda
 
Martins Pena
Martins PenaMartins Pena
Martins Pena
 
Os Gêneros Literários
Os Gêneros LiteráriosOs Gêneros Literários
Os Gêneros Literários
 
A Segunda Geração modernista brasileira: Poesia
A Segunda Geração modernista brasileira: PoesiaA Segunda Geração modernista brasileira: Poesia
A Segunda Geração modernista brasileira: Poesia
 
Estrutura e formação de palavras
Estrutura e formação de palavrasEstrutura e formação de palavras
Estrutura e formação de palavras
 
Noções básicas de literatura e música
Noções básicas de literatura e músicaNoções básicas de literatura e música
Noções básicas de literatura e música
 
Concretismo aula Armenio de Jesus
Concretismo aula Armenio de JesusConcretismo aula Armenio de Jesus
Concretismo aula Armenio de Jesus
 
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiroPortal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
Portal Prof. Jorge - Realismo brasileiro
 
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
 
Cruzadinhas funçoes da linguagem
Cruzadinhas funçoes da linguagemCruzadinhas funçoes da linguagem
Cruzadinhas funçoes da linguagem
 
O realismo e o naturalismo em portugal e no brasil
O realismo e o naturalismo em portugal e no brasilO realismo e o naturalismo em portugal e no brasil
O realismo e o naturalismo em portugal e no brasil
 
PLANO-DE-CURSO-1ª-ANO-MÉDIO..docx
PLANO-DE-CURSO-1ª-ANO-MÉDIO..docxPLANO-DE-CURSO-1ª-ANO-MÉDIO..docx
PLANO-DE-CURSO-1ª-ANO-MÉDIO..docx
 

Similar a Eu disse, tu berraste, ele vociferou!

Figuras de linguagem e efeitos de sentido.
Figuras de linguagem e efeitos de sentido.Figuras de linguagem e efeitos de sentido.
Figuras de linguagem e efeitos de sentido.
Flávio Ferreira
 
Lingua portuguesa
Lingua portuguesaLingua portuguesa
Lingua portuguesa
smssergio
 
Figuras de-linguagem
Figuras de-linguagemFiguras de-linguagem
Figuras de-linguagem
Bovary16
 
Texto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoTexto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentido
Eva Rocha
 
O verbo 2ºciclo natalina
O verbo 2ºciclo  natalinaO verbo 2ºciclo  natalina
O verbo 2ºciclo natalina
NMBQ
 
Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010
LeYa
 
22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem
caio_phb
 
Figuras de-linguagem
Figuras de-linguagemFiguras de-linguagem
Figuras de-linguagem
Pedro Barros
 
regras de pontuação
regras de pontuaçãoregras de pontuação
regras de pontuação
carvalho31
 

Similar a Eu disse, tu berraste, ele vociferou! (20)

Denotação.docx
Denotação.docxDenotação.docx
Denotação.docx
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido.
Figuras de linguagem e efeitos de sentido.Figuras de linguagem e efeitos de sentido.
Figuras de linguagem e efeitos de sentido.
 
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..pptFiguras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
Figuras de linguagem e efeitos de sentido..ppt
 
Discursos direto, indireto e indireto livre.ppt
Discursos direto, indireto e indireto livre.pptDiscursos direto, indireto e indireto livre.ppt
Discursos direto, indireto e indireto livre.ppt
 
Lingua portuguesa
Lingua portuguesaLingua portuguesa
Lingua portuguesa
 
Aulão recuperação murialdo 2012 1° anos a,b,c
Aulão recuperação murialdo 2012  1° anos a,b,cAulão recuperação murialdo 2012  1° anos a,b,c
Aulão recuperação murialdo 2012 1° anos a,b,c
 
Aulão recuperação murialdo 2012 1° a,b,c
Aulão recuperação murialdo 2012  1° a,b,cAulão recuperação murialdo 2012  1° a,b,c
Aulão recuperação murialdo 2012 1° a,b,c
 
Figuras de-linguagem
Figuras de-linguagemFiguras de-linguagem
Figuras de-linguagem
 
Texto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentidoTexto, vozes e sentido
Texto, vozes e sentido
 
O verbo 2ºciclo natalina
O verbo 2ºciclo  natalinaO verbo 2ºciclo  natalina
O verbo 2ºciclo natalina
 
Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010Aula iii.ugs.tce.2010
Aula iii.ugs.tce.2010
 
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.pptTEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
 
22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem
 
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio - Amostra
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio  -   AmostraApostila Português – UFBA 2017 – Nível médio  -   Amostra
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio - Amostra
 
Figuras de-linguagem
Figuras de-linguagemFiguras de-linguagem
Figuras de-linguagem
 
Pontuação
PontuaçãoPontuação
Pontuação
 
regras de pontuação
regras de pontuaçãoregras de pontuação
regras de pontuação
 
www.AulasParticularesApoio.Com - Português - Verbos
www.AulasParticularesApoio.Com - Português -  Verboswww.AulasParticularesApoio.Com - Português -  Verbos
www.AulasParticularesApoio.Com - Português - Verbos
 

Más de dinis manuel alves

Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”
Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”
Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”
dinis manuel alves
 
REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …
REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …
REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …
dinis manuel alves
 
Commercio da Louzã - 500 dias até à República
Commercio da Louzã - 500 dias até à RepúblicaCommercio da Louzã - 500 dias até à República
Commercio da Louzã - 500 dias até à República
dinis manuel alves
 
Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA
Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA
Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA
dinis manuel alves
 

Más de dinis manuel alves (20)

Manual de Redacção da «Folha de S. Paulo» (resumido)
Manual de Redacção da «Folha de S. Paulo» (resumido)Manual de Redacção da «Folha de S. Paulo» (resumido)
Manual de Redacção da «Folha de S. Paulo» (resumido)
 
Guia Ético e Editorial da RTP
Guia Ético e Editorial da RTPGuia Ético e Editorial da RTP
Guia Ético e Editorial da RTP
 
Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”
Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”
Hitler, “essa estranha figura de aventureiro”
 
Projecto WEB 2020
Projecto WEB 2020Projecto WEB 2020
Projecto WEB 2020
 
Pontualidade
PontualidadePontualidade
Pontualidade
 
Jornalista toma partido. E pode?
Jornalista toma partido. E pode?Jornalista toma partido. E pode?
Jornalista toma partido. E pode?
 
Estas manchetes são fogo!
Estas manchetes são fogo!Estas manchetes são fogo!
Estas manchetes são fogo!
 
Coitadinho, és meu pai!
Coitadinho, és meu pai!Coitadinho, és meu pai!
Coitadinho, és meu pai!
 
REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …
REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …
REPERCUSSÃO DE TAKES DA LUSA NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - Análise de …
 
Commercio da Louzã - 500 dias até à República
Commercio da Louzã - 500 dias até à RepúblicaCommercio da Louzã - 500 dias até à República
Commercio da Louzã - 500 dias até à República
 
Porque é que as notícias são como são?
Porque é que as notícias são como são?Porque é que as notícias são como são?
Porque é que as notícias são como são?
 
Também podia ser manchete
Também podia ser mancheteTambém podia ser manchete
Também podia ser manchete
 
Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA
Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA
Commercio da Louzã - 500 DIAS ATÉ À REPÚBLICA
 
230 euro-escudos
230 euro-escudos230 euro-escudos
230 euro-escudos
 
São Paulo - Brasil
São Paulo - BrasilSão Paulo - Brasil
São Paulo - Brasil
 
Mapas e mundos
Mapas e mundosMapas e mundos
Mapas e mundos
 
Fotolegendas
FotolegendasFotolegendas
Fotolegendas
 
Chamuscados
ChamuscadosChamuscados
Chamuscados
 
Títulos sem verbo
Títulos sem verboTítulos sem verbo
Títulos sem verbo
 
Vira a página… E toca o mesmo… título
Vira a página… E toca o mesmo… títuloVira a página… E toca o mesmo… título
Vira a página… E toca o mesmo… título
 

Último

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
lenapinto
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
AntonioVieira539017
 

Último (20)

O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.O que é arte. Definição de arte. História da arte.
O que é arte. Definição de arte. História da arte.
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdfAPRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
APRESENTAÇÃO - BEHAVIORISMO - TEORIA DA APRENDIZAGEM.pdf
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM  POLÍGON...
Polígonos, Diagonais de um Polígono, SOMA DOS ANGULOS INTERNOS DE UM POLÍGON...
 
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretaçãoLENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
LENDA DA MANDIOCA - leitura e interpretação
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
Tema de redação - As dificuldades para barrar o casamento infantil no Brasil ...
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 

Eu disse, tu berraste, ele vociferou!

  • 1. ENTREVISTA JORNALÍSTICA: VERBOS E LOCUÇÕES VERBAIS Emprego dos discursos direto e indireto no texto da entrevista Pesquisa: Professora Drª. JOANITA MOTA DE ATAIDE Emprego de verbos declarativos ou dicendi em matérias do jornalismo brasileiro contemporâneo, elaboradas com base em entrevistas. Pesquisamos em jornais e revistas de diferentes naturezas e periodicidades, durante as décadas de 80 (segunda metade) e de 90. O resultado acha-se no glossário de mais de 300 verbos, abaixo. 1 Classificação: Othon M. Garcia (1986, p.129ss) adota uma classificação dupla para os verbos usados nos diálogos, encontrados na literatura de ficção (romances, contos), dos quais a entrevista jornalística faz amplo emprego. O narrador pode optar pelo discurso direto – transcrição da fala do interlocutor – ou pelo discurso indireto – isto é, a transmissão da essência do pensamento do entrevistado. 1.1– Classe: Verbos declarandi ou dicendi (de declaração) 1.1.1– Definição: São os verbos de elocução. A elocução refere-se à maneira pela qual alguém se expressa, quais palavras usa para fazê-lo. 1.1.2– Áreas semânticas: (GARCIA, 1986, p.131) DIZER – afirmar, declarar; PERGUNTAR – indagar, interrogar; RESPONDER – retrucar, replicar; CONTESTAR – negar, objetar; CONCORDAR – assentir, anuir; EXCLAMAR – gritar, bradar; PEDIR – solicitar, rogar; EXORTAR – animar, aconselhar; ORDENAR – mandar, determinar. 1.2– Classe : Verbos sentiendi ou de sentir (assim chamados, por analogia aos dicendi). 1.2.1– Definição: Esses verbos são vicários ou variações dos verbos de elocução, pois fazem as vezes destes. Ou seja: do ponto de vista lógico-sintático presumem a existência de um legítimo dicendi oculto. Mas, como variação dos dicendi, expressam a carga de afetividade presente na língua falada. 1.2.2– Áreas semânticas: Expressam estado de espírito, reação psicológica, emoções, atitudes, gestos, etc. Ex. (Othon Garcia, op. cit.): GEMER, SUSPIRAR, LAMENTAR(SE), QUEIXAR- SE, EXPLODIR, ENCAVACAR, etc. 1.3– Funções: 1.3.1– Indicar o interlocutor que está com a palavra. 1.3.2– Permitir a adjunção de orações adverbiais (quase sempre reduzidas de gerúndio) ou expressões de valor adverbial, com que o narrador sublinha a fala das personagens, anotando-lhes a reação física ou psíquica. Em síntese, a função dos verbos dicendi é retratar o comportamento – em determinada circunstância - ou mesmo o caráter das personagens. Ex.: “Eu tenho aqui uma lista de nomeações do PL para encaminhar”, disse Costa Neto entregando... Hargreaves não titubeou. Sem olhar a lista, foi logo prometendo: “Pode deixar comigo. Vou examinar com todo carinho”. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21)
  • 2. Segue glossário de verbos dicendi e sentiendi, em ordem alfabética. Abordar Admirar-se Ajustar Ameaçar Acentuar Admitir Alardear Amenizar Aconselhar Admoestar Alegrar-se Anotar Acreditar Advertir Alertar Analisar Acrescentar Alegar Alfinetar Animar(se) Acusar Afirmar Aludir Antever Adiantar Ajuntar Alinhar Anuir Anunciar Compreender Denunciar Endossar Apontar Comprometer-se Deplorar / Depor Enfatizar Apostar Comprovar Derramar-se Enfocar Apregoar Comunicar Desabafar Engatilhar Argüir Conclamar Desafiar Ensinar Arriscar Concluir Desarmar-se Entender Argumentar Concordar Descansar Entusiasmar-se Arrematar Condenar Descartar Enumerar Arrolar Confessar Descobrir Esbravejar Assegurar Confiar Desconfiar Escandalizar-se Asseverar Confidenciar Desculpar-se Escapar Assinalar Confirmar Desdenhar Ensinar Gritar Ponderar Esclarecer Assustar-se Confundir-se Desenvolver Entender Historiar Precisar Esconjurar Atacar Congratular-se Desesperar-se Espantar-se Atestar Conjecturar Desmentir Esquivar-se Atribuir Consolar-se Destacar Estabelecer Avaliar Constatar Determinar Estimar Avisar Contabilizar Devolver Evidenciar Balbuciar Contar Diagnosticar Exagerar Bradar Contemporizar Discordar Exclamar Bravatear Contestar Discorrer Exemplificar Brincar Contra-atacar Discursar Exigir / Eximir-se Calcular Contradizer Disfarçar Exortar / Explanar Censurar Contrapor-se Disparar Explicar Chamar a atenção Credenciar-se Distinguir Explicitar Citar Crer Divertir-se Explodir Classificar Criticar Dizer Expor Cobrar Decepcionar-se Elogiar Expressar-se Comemorar Declarar(se) Elucidar Exprimir-se
  • 3. Comentar Defender(se) Emendar Extasiar-se Comparar Definir(se) Emocionar-se Externar Complementar Deixar escapar Encavacar Exultar Completar Demonstrar Encerrar Falar Fazer coro Mentalizar Raciocinar Resumir Festejar Minimizar Reafirmar Retrucar Filosofar Mostrar Reagir Revelar Finalizar Murmurar Rebater Revidar Frisar Narrar / Negar Receitar Revoltar-se Fulminar Nomear / Notar Reclamar Rezar Gabar-se Objetar Recompor-se Rugir Garantir Observar Reconhecer Sacramentar Gemer / Gritar Opinar Recordar(se) Salientar Hiperbolizar Ordenar Redimir-se Segredar Historiar Ordenar Refazer-se Sentenciar Identificar Orgulhar-se Refletir Simplificar Ilustrar Pedir Reforçar Sintetizar Imaginar Penitenciar-se Regalar-se Solicitar Incentivar Pensar Registrar Sonhar Indagar Perguntar(se) Regozijar-se Sublinhar Indicar Ponderar Rejeitar Sugerir Indignar-se Precisar Rejubilar-se Supor Informar Preconizar Relacionar Suspirar Insistir Predizer Relatar Sussurrar Interpretar Pregar Relativizar Sustentar Interrogar Preocupar-se Relembrar(se) Tachar / Temer Ir (mais) além Prever Rememorar Teorizar Ironizar / Irritar-se Proclamar Replicar Terminar Isentar-se Profetizar Resguardar-se Testemunhar Jurar Prognosticar Resignar-se Titubear Justificar(se) Propor Resistir Transmitir Lamentar(se) Propugnar Resmungar Trombetear Lamuriar-se Prosseguir Responder Vaticinar Lembrar(se) Protestar Responsabilizar-se Ver / Viajar Limitar-se a dizer Provocar Ressaltar Vibrar Manifestar-se Queixar-se Ressalvar Vociferar Maravilhar-se Questionar Ressentir-se Zombar 2 VERBOS E PRONOMES NOS DISCURSOS DIRETO E INDIRETO 2.1– Salvo em casos excepcionais, há correspondência regular entre os tempos e os modos verbais. Assim, quando o verbo da fala está no presente do indicativo e o da oração justaposta, no pretérito
  • 4. perfeito, o primeiro verbo vai para o pretérito imperfeito do indicativo, mas o segundo não sofre alteração. DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO – Vou realizar muitos projetos neste ano, disse-lhe. Disse-lhe que iria realizar muitos projetos naquele ano. OBS.: Caso a ação declarada na oração integrante (discurso indireto) perdure no momento em que se fala, o verbo mantém-se no presente do indicativo: “Disse-lhe que estou com preguiça neste ano”. O demonstrativo – neste – permanece também inalterado. 2.2– Se ambos os verbos – o da fala e o da oração justaposta – se acham no presente do indicativo, assim permanecem no discurso indireto; o mesmo ocorre com o pronome (demonstrativo): DISCURSO DIRETO DISCURSO INDIRETO – Estou sem planos neste ano, diz-lhe. Ele diz que está sem planos neste ano. OBS.: O verbo dicendi vem no presente do indicativo somente quando há um mediador entre o autor da fala e o destinatário do texto. 3– POSIÇÃO DO VERBO DICENDI /SENTIENDI 3.1– No Discurso Direto de moldes tradicionais (que vigoraram até o início da escola realista), o verbo dicendi vem no meio ou no fim da fala, e excepcionalmente antes. 3.2– No jornalismo contemporâneo, encontramos mais freqüentemente o verbo dicendi/sentiendi no fim das frases. Essa localização se deve ao fato de as frases reproduzidas serem de pequena extensão. Ex.: “Todo mundo diz que as fofocas saem do Palácio”, disse Corrêa. (IstoÉ, 2.6.1993, no. 1235, p.21) BIBLIOGRAFIA CONSULTADA GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 13.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1986. (Biblioteca de Administração Pública, 14) SÃO LUÍS (MA), 25 de dezembro de 1998. 9 de abril de 2001 13 de janeiro de .2002.