1) O documento apresenta as cotações de commodities agrícolas nos mercados internacionais e no Brasil entre 17/04 e 23/04/2009;
2) As cotações da soja em Chicago oscilaram levemente, mantendo-se em patamares elevados, enquanto no Brasil os preços se mantiveram firmes;
3) Uma nova doença chamada mofo branco está surgindo nas lavouras de soja de alguns estados brasileiros, causando perdas significativas nas safras.
1. DECon Departamento de Economia e Contabilidade da UNIJUÍ
Comentários referentes ao período entre 17/04 a 23/04/2009
Prof. Dr. Argemiro Luís Brum1
Daniel Claudy da Silveira2
1
Professor do DECon/UNIJUI, doutor em economia internacional pela EHESS de Paris-França,
coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA.
2
Acadêmico de Economia da UNIJUI, técnico administrativo junto ao DECon/UNIJUI.
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
2. Cotações na Bolsa Cereais de Chicago - CBOT
Produto
GRÃO DE SOJA FARELO DE SOJA ÓLEO DE SOJA
TRIGO (US$/bushel) MILHO (US$/bushel)
(US$/bushel) (US$/ton. curta) (cents/libra peso)
Data
17/4/2009 10,51 326,60 36,77 5,23 3,76
20/4/2009 10,18 319,20 35,45 5,04 3,69
21/4/2009 10,38 325,30 36,13 5,09 3,74
22/4/2009 10,46 329,80 36,09 5,16 3,73
23/4/2009 10,37 324,90 36,20 5,29 3,81
Média 10,38 325,16 36,13 5,16 3,75
Bushel de soja e de trigo = 27,21 quilos bushel de milho= 25,40 quilos
Libra peso = 0,45359 quilo tonelada curta = 907,18 quilos
Fonte: CEEMA com base em informações da CBOT.
Médias semanais* (compra e venda)
Média semanal dos preços recebidos
no mercado de lotes brasileiro - em
pelos produtores do Rio Grande do
praças selecionadas (em R$/Saco)
Sul
Var. % relação
SOJA média anterior
milho soja trigo
RS - Passo Fundo 49,88 3,64 Produto
(saco 60 Kg) (saco 60 Kg) (saco 60 Kg)
RS - Santa Rosa 49,38 3,67
RS - Ijuí 49,38 3,54
R$ 16,90 46,62 24,18
PR - Cascavel 48,35 3,42
Fonte: CEEMA, com base em informações da
MT - Rondonópolis 43,86 4,22 EMATER-RS.
MS - Ponta Porã 45,13 3,44
GO - Rio Verde (CIF) 43,50 0,58 Preços de outros produtos no RS
BA - Barreiras (CIF) 41,50 1,84
Var. % relação Média semanal dos preços recebidos
MILHO média anterior
pelos produtores do Rio Grande do Sul
Argentina (FOB)** 165,00 0,00
Paraguai (CIF)** 113,75 3,41
Produto 23/04/2009
Paraguai (FOB)** 146,25 0,86
RS - Erechim 19,35 3,13
SC - Chapecó 21,40 3,38
Arroz em casca
PR - Cascavel 19,13 6,03
(saco 60 Kg) 27,67
PR - Maringá 19,55 5,68
MT - Rondonópolis 14,81 0,42
Feijão (saco 60 Kg) 71,18
MS - Dourados 17,40 0,87
SP - Mogiana 19,33 2,79
Sorgo (saco 60 Kg) 13,63
SP - Campinas (CIF) 21,44 2,08
Suíno tipo carne
GO - Goiânia 18,75 0,00
(Kg vivo) 1,66
MG - Uberlândia 19,75 0,00
Leite (litro) cota-
Var. % relação
TRIGO*** média anterior consumo (valor bruto) 0,55
RS - Carazinho 470,00 0,00
RS – Santa Rosa 470,00 0,00
Boi gordo (Kg vivo)* 2,48
PR - Maringá 550,00 0,00
(*) compreende preços para pagamento em
PR - Cascavel 535,00 0,00 10 e 20 dias
* Período entre 17/04 e 23/04/09 Fonte: CEEMA, com base em informações da
Fonte: CEEMA com base em dados da Safras EMATER-RS.
& Mercado. ** Preço médio em US$ por
tonelada. *** Em Reais por tonelada
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
3. MERCADO DA SOJA:
Nesta terceira semana de abril o mercado internacional da soja, a partir das cotações
em Chicago, assistiu a movimentos de altos e baixos, com o fechamento da quinta-feira
(23) ficando em US$ 10,37/bushel, após US$ 10,58 uma semana antes e US$ 10,18 no
dia 20/04.
Nesse contexto, as cotações internacionais da soja se mantêm excelentes,
considerando que a média histórica é de US$ 6,39/bushel. Todavia, é bom alertar que
são os primeiros meses cotados que sustentam preços em elevação. A partir de julho,
em Chicago, as cotações cedem de forma mais constante, indicando que o mercado
pode não sustentar por muito tempo os atuais níveis. Tanto é verdade que o
fechamento desta quinta-feira (23), para a posição novembro/09, ficou em US$
9,23/bushel.
Isso indica que o mercado continua acreditando que a área a ser plantada nos EUA
seja maior do que o anunciado no relatório de intenção de plantio (acredita-se que a
área possa sofrer um incremento superior a um milhão de hectares em relação ao
anunciado em março). No curto prazo, movimentos técnicos de venda foram realizados
diante de um mercado sobrecomprado e bastante especulativo, apoiado que está
sendo por notícias altistas diante dos baixos estoques nos EUA, forte redução na safra
da Argentina, seca no sul do Brasil, compras importantes da China, e bom
desenvolvimento do plantio do milho nos EUA.
Por sua vez, os registros de exportação nos EUA, para a safra 2008/09, na semana
encerrada em 09/04, indicaram um total de 808.300 toneladas, contra 431.500
toneladas na semana anterior. Para a semana encerrada em 16/04 o volume registrado
ficou em 617.100 toneladas para o grão. Já os embarques de soja, na semana
encerrada em 16/04, atingiram 426.500 toneladas, contra 646.900 toneladas na
semana anterior. No acumulado do ano 2008/09, o volume total chega a 26,8 milhões
de toneladas, contra 24,3 milhões um ano antes.
Outro elemento importante a ser considerado é a possibilidade de uma desvalorização
do dólar nos EUA, em relação às outras moedas, fato que facilitaria novamente a
exportação.
Além disso, começa a pesar sobre o comportamento de Chicago o clima nos EUA. Um
excesso de chuvas agora, atrasar o plantio do milho, indicando a possibilidade de área
maior com soja, cujo plantio se desenvolve preferencialmente em maio, e vice-versa.
Na Argentina, o mercado se manteve estável, com poucos negócios. A informação de
maior impacto continua sendo o anúncio de uma safra de soja reduzida pela seca, com
a mesma devendo ficar entre 36 e 38 milhões de toneladas, contra uma expectativa
inicial que chegou a 50 milhões de toneladas. Até o dia 16/04 a colheita chegava a 55%
da área, contra 42% na mesma época do ano anterior. Quanto ao girassol, a colheita
no vizinho país está encerrada, com 1,8 milhão de hectares cortados. O prêmio para o
grão de soja, em Rosário, oscilou entre 40 e 47 centavos de dólar por bushel.
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
4. Na Europa, os pellets de soja, no CIF Rotterdam, estiveram ao redor de US$
420,00/tonelada para o produto argentino e US$ 414,00/tonelada para o produto
brasileiro, ambos para abril. Nota-se que o produto argentino está, no momento, mais
caro do que o brasileiro, algo não muito comum.
Ainda em termos mundiais, destaca-se que a China aumentou suas importações de
soja em março, alcançando 3,86 milhões de toneladas naquele mês. No total do
período outubro/08 a março/09 os chineses registram um recorde importado de 18,9
milhões de toneladas.
Por outro lado, a analista Oil World, diante das quebras de produção sul-americanas,
reviu para baixo a produção mundial de soja, apontando agora um volume de 217
milhões de toneladas, contra 223 milhões estimados anteriormente e 221 milhões
registrados no ano anterior.
Paralelamente, devido a uma produção insuficiente e uma demanda sustentada, os
estoques de óleo de palma na Malásia e Indonésia, nos últimos quatro meses,
recuaram em até 1,7 milhão de toneladas, fato que tende a fortalecer os preços do óleo
de soja, hoje cotado em Chicago acima de 36 centavos de dólar por libra-peso, contra
33,50 centavos no primeiro dia de abril.
No Brasil, os preços da soja se mantiveram firmes, sustentados pelo comportamento
de Chicago e alguma recuperação cambial, porém, pouco significativa, fato que tira a
possibilidade de melhores ganhos em reais. A quinta-feira (23) fechou com o câmbio
em R$ 2,21.
Assim, o preço médio no balcão gaúcho subiu para R$ 46,62/saco, enquanto os lotes
variaram entre R$ 49,00 e R$ 49,50/saco. Nas demais praças, a semana terminou com
preços entre R$ 41,50/saco em Barreiras (BA) e R$ 48,00/saco em Cascavel (PR).
Na prática, continuamos a alertar que os atuais preços são muito interessantes e
merecem a atenção dos produtores, visando vendas que permitam a realização de uma
média de comercialização muito boa.
Quanto à colheita, o país alcançou 78% da área em 17/04, contra a média histórica de
77%.
Enfim, pelo lado tecnológico, uma nova doença estaria surgindo nas lavouras de soja
de Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul, além de outras regiões do país. Trata-se do
mofo branco, que se forma particularmente em locais onde tem havido excesso de
chuvas. Segundo a Embrapa, o fungo causador da doença infecta qualquer parte da
planta e provoca manchas aquosas e de cor castanho-claro. Segundo o Centro
Tecnológico de Pesquisa Agropecuária (CTPA), na safra passada, o mofo branco
causou até mais prejuízo do que a ferrugem asiática, agora já em processo de controle.
Em algumas áreas de Goiás, por exemplo, lavouras chegaram a registrar perdas de
70% devido ao problema.
Ainda no Centro-Oeste, os produtores locais já preparam a próxima safra e concluem
que, apesar dos custos de produção estarem 31% mais baixos, levando o custo do
hectare plantado a recuar de US$ 950,00 para US$ 650,00, para uma produtividade
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
5. média de 50 sacos/hectare, ainda existem muitos gargalos que encarecem o conjunto
da atividade. Dentre eles está o volume de endividamento acumulado, a logística
precária, e um mercado global mais retraído. Estudos da Aprosoja (MT) apontam que,
para a nova safra, os investimentos seriam da ordem de US$ 15,00/saco, fato que
pode implicar em redução de ganhos já que os preços médios tendem a cair em
relação a safra atual que, na região de Rondonópolis (MT), pratica preços ao redor de
US$ 20,00/saco no momento.
MERCADO DO MILHO:
As cotações do milho em Chicago sofreram uma redução em relação a semana
anterior, com o fechamento da quinta-feira (23) batendo em US$ 3,81/bushel, após
US$ 3,85 na quinta-feira anterior (16) e US$ 3,69 no dia 20/04.
O mercado do cereal esteve pressionado pela forte queda nos preços internacionais do
petróleo, após o anúncio de aumento nos estoques dos EUA. Com isso, a produção do
etanol continua sofrendo restrições econômicas. No final da semana, especulou-se de
que a Califórnia poderá aumentar a mistura de etanol à gasolina, passando-a de 10%
para 15%, fato que aqueceu um pouco as cotações na quinta-feira (23).
Soma-se a isso o fato de que o plantio da nova safra de milho, naquele país, está em
desenvolvimento. Todavia, o mesmo está atrasado, tendo atingido a 5% da área
esperada, contra 14% na média histórica para esta época. Isso reforça a ideia de que
existe sim probabilidade de aumento na área de soja nos EUA. O atraso se deve a
chuvas até acima do normal nas regiões produtoras estadunidenses. Por outro lado, as
exportações semanais alcançaram 1,21 milhão de toneladas, sendo consideradas
significativas.
Na Argentina, a colheita chegou a 70% de uma safra estimada em apenas 13 milhões
de toneladas. O preço local ficou, no FOB, em US$ 165,00/tonelada, enquanto no
Paraguai a tonelada FOB subiu para US$ 115,00, após um longo período em US$
110,00.
No Brasil, os preços subiram um pouco em algumas regiões, porém, na média
continuam muito baixos. No Rio Grande do Sul, a média semanal, ficou em R$
16,90/saco, enquanto o sorgo registrou R$ 13,63/saco. Nos lotes, os preços
permaneceram em R$ 19,25/saco no norte do Estado, enquanto nas demais praças
oscilaram entre R$ 15,00/saco em Rondonópolis (MT) e R$ 21,90/saco em Chapecó
(SC). Na exportação, houve ofertas acima de US$ 172,00/tonelada, porém, os
compradores se posicionaram abaixo de US$ 170,00/tonelada.
Diante desse quadro, o escoamento do produto se dá, em muitas regiões, graças aos
leilões oficiais.
Por outro lado, no Rio Grande do Sul, a pequena safrinha se tornará menor ainda
diante das quebras provocadas pela estiagem. O volume final deverá cair de 400.000
toneladas para apenas 150.000 toneladas. Com isso, a região começa a ficar à mercê
do milho procedente de outras partes do país, com o preço local registrando altas em
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
6. função do custo de frete desse produto. O mesmo ocorre com o oeste catarinense e
parte do Paraná, atingidos igualmente por forte seca em novembro e dezembro, a qual
reduziu em muito a safra do milho de verão. Caso a demanda por parte das indústrias e
integradoras melhorar, nessas regiões o preço do milho poderá se recuperar mais cedo
do que o previsto, embora ainda haja muito estoque disponível no país.
Nesse sentido, vale destacar que o Brasil conseguiu exportar 450.367 toneladas de
milho em março, acumulando no ano comercial, iniciado em fevereiro, um total de 1,2
milhão de toneladas (projeta-se uma exportação de 460.000 toneladas para abril).
Lembramos que, para aliviar o mercado interno e propiciar um melhor preço aos
produtores, o país terá que exportar, nesse ano, algo em torno de 8 milhões de
toneladas. O maior importador individual no período foi a Malásia, com 174.942
toneladas, seguida da Coreia do Sul e de Taiwan.
Enfim, a semana terminou com as importações, no CIF indústrias brasileiras, valendo
R$ 33,76/saco para o produto dos EUA e R$ 30,32/saco para o produto oriundo da
Argentina, ambos para abril. Já o produto argentino, para maio, ficou em R$
30,59/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá, registrou valores de R$
21,31/saco para abril, R$ 21,80 para maio, R$ 21,92 para junho, R$ 22,41 para julho,
R$ 22,72 para agosto e R$ 22,64/saco para setembro (cf. Safras & Mercado).
MERCADO DO TRIGO:
As cotações do trigo em Chicago atingiram a US$ 5,29/bushel no fechamento desta
quinta-feira (23), após terem recuado até US$ 5,04 no dia 20/04. O mercado está cada
vez mais atento ao comportamento do clima nos EUA.
No início da semana, chuvas foram positivas para as lavouras, derrubando as
cotações. A baixa demanda igualmente auxiliou nesse movimento. No final da semana,
houve ajustes técnicos e alguma reversão devido ao clima frio que estaria atrasando
plantio.
As inspeções de exportação dos EUA, na semana encerrada em 16/04, atingiram a
387.722 toneladas, contra 562.764 toneladas na semana anterior. Já as vendas
líquidas, referentes ao ano 2008/09, chegaram a 232.200 toneladas na mesma
semana, contra 121.500 toneladas na semana anterior. Para o ano 2009/10 registrou-
se vendas líquidas de 199.300 toneladas.
Na Argentina, o assunto é a pressão dos produtores para que o governo isente o setor
do imposto de exportação, hoje em 23% sobre o valor do produto. Os negócios na
semana foram poucos e produtores argentinos, que possuem terras no Uruguai,
estariam dando preferência ao plantio da nova safra nesse último país. Por sua vez, os
preços continuaram entre US$ 215,00 e US$ 220,00/tonelada, se assemelhando ao
que se verifica no Uruguai. Enfim, mesmo com uma melhora considerável no clima (até
o momento) a tendência continua sendo uma redução de até 20% na área da futura
safra de trigo no vizinho país. Assim, a produção ficaria muito próxima das 8,3 milhões
de toneladas colhidas em 2008/09. (cf. Safras & Mercado)
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br
7. No Brasil, os preços permaneceram estacionados. A média gaúcha no balcão ficou em
R$ 24,18/saco, enquanto os lotes estiveram em R$ 470,00/tonelada. No Paraná, os
lotes igualmente conservaram os valores entre R$ 535,00 e R$ 550,00/tonelada. Por
enquanto, o mercado local permanece travado.
O mercado continua esperando uma melhoria nos preços em maio/junho, porém, já
não aguarda uma elevação significativa, pois o governo possui 880.000 toneladas em
estoque para conter altas mais importantes.
Paralelamente, o Brasil negocia com a Rússia a importação de 500.000 toneladas de
trigo em troca da recuperação da cota de exportação de 50.000 toneladas em carne
suína, com tarifa mais baixa, além da recuperação da cota de 60.000 toneladas em
carne de frango. Se isso vier a se concretizar, dificilmente os preços do trigo nacional
subirão de forma interessante nos próximos meses.
Por outro lado, está programado para o dia 30/04 um novo leilão de PEP, com 150.000
toneladas de trigo, da safra 2008, produzidos no Rio Grande do Sul.
Assim, de uma quase certeza em relação a um possível aumento de preços aos
produtores de trigo, a partir de março, a realidade do mercado nos coloca hoje uma
série de fatores que tendem a impedir um aumento significativo, mesmo após o mês de
maio. Nessas condições, o plantio da futura safra poderá sofrer uma redução mais
importante, acompanhando o que está sendo cogitado para a Argentina. Em isso
ocorrendo, o Brasil ficará ainda mais à mercê do produto externo, em 2010, com clara
tendência de preços elevados naquele momento.
A semana terminou com a importação, no CIF Sudeste brasileiro, valendo US$
321,85/tonelada para o produto dos EUA; US$ 258,92/tonelada para o produto da
Argentina e US$ 277,43/tonelada para o produto do norte do Paraná.
ENDEREÇO: RUA DO COMÉRCIO, 3000 CAMPUS - PRÉDIO EPSÍLON CX. POSTAL: 560
BAIRRO UNIVERSITÁRIO - CEP: 98700-000 IJUÍ – RS - BRASIL
FONE: (55) 0**55 3332-0487 FAX: (55) 0**55 3332-0481 E-MAIL: ceema@unijui.edu.br