O documento discute uma ilusão de ótica presente em uma fotografia onde a linha do horizonte coincide com a borda superior de uma placa no primeiro plano, fazendo com que o céu pareça estar em dois planos ao mesmo tempo. A sobreposição foi feita propositalmente para criar um efeito semelhante ao trabalho do fotógrafo Pete Turner. A ilusão contradiz a realidade física mas é visualmente possível, demonstrando como a percepção pode ser enganada pela experiência visual.
1. A ilusão dos contornos coincidentes
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O simples conhecimento das técnicas de fotografia não garante fotos que “funcionem”. É, também, importante
entender questões relacionadas com a leitura de imagens. Como exercício, identifique uma ou mais
características interessantes na foto indicativa de correnteza.
a) A simetria; b) O uso das cores primárias, vermelho e azul; c) A simplicidade d) O histórico simbolismo
da terra, água e céu; e) Todas.
Na realidade a imagem em questão tem um detalhe sutil e ao mesmo tempo intrigante. Um truque de ilusão de
ótica do qual o leitor não está ciente no nível de consciência.
É possível notar que uma boa parte da linha do horizonte coincide com a borda superior da placa, situada em
primeiro plano. Isso foi feito propositalmente, para conseguir um efeito semelhante ao de uma foto de Pete Turner,
a qual foi cuidadosamente idealizada, planejada e executada (ver capa da publicação “Pushing the use of
colors”).
O detalhe é que, ao se coincidir a distante linha do horizonte com a aresta da placa, esta “conectou-se” ao céu.
Com esses elementos aparentemente em um mesmo plano visual, a sensação de profundidade fica prejudicada,
pois uma das dicas para simular tridimensionalidade em uma foto é a inclusão de elementos em vários planos
(próximo, meia distância,…, longínquo).
Enquanto isso, a sobreposição da placa sobre a praia e sobre a água é preservada. Assim, pode-se ver o céu
em dois lugares ao mesmo tempo: no mesmo plano da placa e onde o mar acaba. Claro que isso é fisicamente
impossível, mas visualmente factível, conforme demonstrado.
Trata-se, naturalmente, de um dilema momentâneo, que dura apenas até que nosso raciocínio prevalece sobre a
experiência visual e entendemos tratar-se apenas de uma ilusão.
A fotografia acima é exatamente isso: Uma realidade visual que contradiz a realidade material do cenário. Tema
2. para refletirmos, entendermos e, por que não, nos divertirmos também.
Cheque outras dicas de ilusionismo nos artigos “Magia das Sombras” e “No fundo, no
fundo…“.
Forte abraço,