PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
Relato de prática pedagógica
1. Esquema de uma sequência didática
“Gênero: Relato de prática
pedagógica”
adaptado da proposta de Dolz e
Shneuwly (2004)
Professora: Elaine Moreira
2. 1º - Apresentação da situação
• Reconhecimento do gênero em sua circulação social:
relato de prática pedagógica.
• Sensibilização quanto a necessidade e importância do
relato de prática pedagógica para reflexão do fazer
docente e socialização de boas experiências.
• Apresentação da proposta de produção. Seminário
Regional “Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade
Certa”, onde serão expostas as produções dos
professores e alguns serão selecionados para
representar nosso estado no Seminário Nacional em
Brasília.
3. 2º - A primeira Produção
• Como parte de uma das atividades do Pacto,
os educadores elaborarão uma sequência de
atividades a ser desenvolvidas na escola e
posteriormente estarão relatando essa
atividade (Base para realização de diagnostico
referente ao conhecimento dos professores
sobre o gênero em questão).
4. 3ª – As oficinas
• Comparar e analisar alguns relatos de prática
pedagógica – Caderno Pacto. O que tem em comum
nesses relatos? Como iniciam? Qual o contexto de
produção? Qual o conteúdo? Quem são os autores?
• Reconhecimento de características do Gênero:
Esfera de Comunicação, Situação de Produção,
Conteúdo Temático, Construção composicional e
estilo.
• Sintetizar, junto como os docentes e com a ajuda do
trabalho da professora Ely referente ao Gênero em
questão, as principais características do gênero.
5. • Observar alguns trechos da produção inicial dos
docentes, observando a adequação da linguagem do
texto aos interlocutores e à formalidade do contexto
a qual se destina. Adquirir vocabulário próprio do
gênero estudado. Quais os termos próprios dessa
esfera educacional (aluno, processo, aprendizagem,
ensino, avaliação, capacidades ou direitos)? Vamos
ver os verbos? Por que estão no pretérito perfeito
(foi, aconteceu, realizamos, mudei)? Análise dos
aspectos composicionais do Gênero (etapas: início –
contextualização da situação. Apresentação dos
envolvidos, no caso o aluno, a escola, o projeto ou
sequência trabalhada. O desenvolvimento: as etapas
do trabalho relatadas, e o fechamento e apreciação
valorativa do produtor do discurso).
6. 4º - A produção final
• Com base nos planejamentos de projetos e
sequências didáticas elaboradas durante os
encontros do Pacto e desenvolvidas na escola,
os docentes serão novamente desafiados a
elaborar novos relatos de prática pedagógica
com intuito de descrever esse processo.
7. Relato de prática pedagógica
Reflexões pontuadas a partir da tese
de mestrado da professora Ely Alves
Miguel
8. Os relatos existem, enquanto práticas sóciocomunicativas, desde que o homem
estabeleceu vínculos interativos com outros
de sua espécie. Isso significa que, embora
não tematizado amplamente na esfera
educacional, o relato foi um gênero
presente em diferentes momentos da
história da humanidade.
10. O relato pessoal é marcado pelos detalhes das
situações e das experiências vividas em determinado
momento, em local definido e com pessoas
específicas. Nesse gênero, o autor tem liberdade
para tratar de assuntos diversos. O relato de
experiência, por sua vez, está mais relacionado ao
meio acadêmico, com referência a resultados de
experiências realizadas em salas de aulas,
especialmente com a execução de estágios
supervisionados, pesquisas em laboratórios etc.
11. Em tese, podemos dizer que o relato passa,
necessariamente, pela participação do autor nos
fatos, seja na condição de observador, seja na de
criador de situações. O objetivo principal da
prática de relatar é a socialização de
acontecimentos importantes para o autor do
discurso.
12. • objetivo são registros de experiências pessoais
para compartilhamento de situações com
outros, não-participantes imediatos da
experiência vivida pelo autor.
13. Relatar significa “rememorar o vivido (...) contar
uma história na qual podemos representar nós
mesmos, tanto em função de nossas crenças,
desejos e intenções como em função de
expectativas sociais e culturais, em relação às
quais nos posicionamos”, (SIGNORINI apud
PENTEADO e MESKO, 2006, p. 75-76).
14. Embora o ato de relatar incida sobre os registros de
experiências realizadas, no campo educacional há
grandes desdobramentos dessa prática, verificados
em várias publicações: relato de experiência de
atuação profissional (SILVA e LEITÃO, s/d), relato
de experiência vivida e relato histórico (DOLZ,
SCHNEUWLY,
2004
[1996]),
relato
de
experiências científicas (BARBOSA, 2001), relato
reflexivo (SIGNORINI, 2006), relato de prática
(AMARAL, 2007), relato de estágio (FIAD,
SILVA, 2009), relato de prática pedagógica
(ZELMANOVITS, 2010).
15. Barbosa propõe três blocos de
gêneros:
[...] o primeiro – constituído pelos gêneros relatos de
experiência vivida, relatos de viagem, diário íntimo, diário de
viagem, testemunho, autobiografia etc. – pertencem a esferas
mais cotidianas e supõem a vivência empírica dos fatos por
parte do locutor, o que determina, quase sempre, um relato
em primeira pessoa. O segundo bloco é formado por gêneros
da esfera jornalística – notícia, reportagem, crônica mundana,
crônica esportiva etc. Todos eles se referem ao relato ou
comentário de fatos mais ou menos contemporâneos.
Finalmente, o terceiro bloco é formado por gêneros da esfera
científica - histórico, relato histórico, ensaio ou perfil
biográfico, biografia etc. (BARBOSA, 2001, p. 149, grifos da
autora).
16. Diferente de Dolz e Schneuwly , que propõe os
grupos pelas tipologias, Barbosa (2001) propõe
esses agrupamentos segundo as esferas sociais
de circulação.
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
ESCOLA
EXEMPLOS DE GÊNEROS ORAIS E
ESCRITOS
· instrução/consigna
· tomada de notas
· seminário
·diálogo/discussão
argumentativa
· verbete de enciclopédia
· fichamento
· resumos
· resenhas
· relato de experiências
(científicas)
· relatório
· ensaio escolar
· relato histórico
· teorema
...
Quadro 4: Proposta de agrupamento - Esfera e gêneros (BARBOSA, 2001, p. 153-154)
17. [...] esses agrupamentos, a partir do cruzamento
dos critérios esferas versus finalidades, poderão
efetivamente contribuir para a compreensão das
características desses próprios gêneros. Além
disso, a consideração das várias finalidades
ajudaria a entender os diferentes interesses e
posições sociais presentes nas várias esferas, o
que também contribuiria para sua compreensão
(BARBOSA, 2001, p. 157).
18. Descrição do Gênero
Nele, o professor precisa descrever o processo de
desenvolvimento da proposta em sala de aula,
acompanhado de análises e reflexões, levando
em consideração os leitores que não vivenciaram
o percurso e precisam visualizar detalhes do
trabalho pedagógico realizado. Para isso, é
preciso sempre questionar, conforme orienta
Zelmanovits (2010), o que e como explicitar o
trabalho realizado para outro, não participante do
processo.
19. I – ESFERA DE
ATIVIDADE/COMUNICAÇÃO
a) A esfera da formação continuada é composta por
instituições educacionais, principalmente da
educação básica, que incorporam em seus projetos
educativos, práticas contínuas de estudos (semanais,
quinzenais,
mensais
etc),
respeitando
as
especificidades de cada grupo. Esses processos de
formação continuada são vinculados às políticas
educacionais
nacionais,
representadas
pelo
Ministério da Educação – MEC, porém
regulamentadas, normatizadas e executadas pelas
Secretarias Estaduais de Educação.
20. b) O MEC oferece aos estados vários programas
de formação continuada, em formatos
presencial, semipresencial e a distancia,
necessitando apenas de adesão das unidades
federativas para a
implementação dessas
propostas em suas redes. Neste caso, compete
às Secretarias Estaduais de Educação criar
mecanismos para desenvolvimento das
propostas de formação.
21. c) Os centros de Formação e as universidades
atuam como executores dos Programas nos
estados, na maioria das vezes, pelo sistema de
multiplicação: docentes das IES formam
professores formadores e representantes das
secretarias municipais, que desencadearão o
processo formativo em seus polos/municípios
22.
23. Referências Bibliográficas:
• Fonte: Miguel, Ely Alves.
Dizeres de
professoras em relato de prática pedagógica :
o Gestar II em foco. Dissertação de Mestrado.
MeEL/UFMT, 2011, p. 71 – 79.
25. • No mês de março, o CEFAPRO de Juara-Mt.
iniciou um trabalho com as escolas do pólo de
Juara, denominado programa PACTO, sendo
contemplado apenas o 1º ciclo.
26. • Inicialmente foi formado um grupo de estudos
para leitura dos textos fornecidos pelo
programa PACTO, através desses estudos foi
desenvolvidas as atividades de planejamento
de aula, leitura e escrita.
27. No primeiro momento, foi feita a leitura do livro
“Quando eu era pequena” da autora Adélia Prado, feita
pelas professoras com o objetivo de levar a criança a
refletir sua história através do relato do livro.
No segundo momento, após a leitura do livro foi
realizada a interpretação oral da história, explorando a
valorização do conhecimento dos alunos. Em seguida
iniciamos a realização das atividades que consistiu na
identificação de quem sou eu, explorando o nome do
aluno, data de nascimento, cidade onde nasceu nome
do paimãe e finalizando com a foto de quando era
bebê, com o auxilio dos pais.
28. Durante o desenvolvimento das atividades
notamos que alguns alunos apresentaram
desafios para o desenvolvimento das mesmas,
ocorrendo também alguns casos no qual a
criança não retornou com as atividades que
necessitava o auxilio dos paisresponsáveis.
O desenvolvimento deste planejamento de
leitura e escrita oportunizou as professoras
conhecer algumas informações pessoais da
criança, facilitando o convívio e socialização
entre alunoprofessor, professoraluno e
alunoaluno.
29. Registros e relatos das atividades
desenvolvidas
O perfil do ensino-aprendizagem na atualidade
está merecendo maior atenção por parte dos
educadores visto que a gama de informações,
projetos voltados para o setor educacional e o
compromisso com o ato de educar faz com que
se tenha maior atenção e responsabilidade na
escolha: do que ensinar? Para que ensinar? Para
quem ensinar? Qual ideologia está sendo
transmitida? Enfim há muito que pensar no ato
de planejar.
30. • Considerando esse contexto, as atividades
foram selecionadas e desenvolvidas de acordo
com os 10 princípios didáticos, com os eixos
de história bem como contemplando algumas
capacidades de história e linguagem:
31. Quarta-feira
Revisão das atividades e hipóteses anteriores;
confirmação/
argumentação
de
outras
hipóteses.
Preparação para leitura.
Leitura individual e coletiva do texto: Toda
família precisa de uma casa para viver.
Resolver as questões que estão explícitas no
texto. (ensino centrado na problematização;
ensino centrado nos pares; favorecimento da
argumentação; valorização dos conhecimentos
dos alunos; diversidade de estratégias didáticas)
32. O conhecimento da diversidade de tipos de
moradia auxiliou os alunos a desenvolver o
pensamento histórico e a construir sua
identidade como cidadãos que conhecem,
valorizam e examinam sua história pessoal, da
comunidade
e
do
país
ampliando
universalmente de forma crítica e agradecem a
Deus valorizando a moradia que possuem, desta
forma os objetivos dessa proposta permearam
os 10 princípios didáticos e conduziram
conhecimentos necessários para firmar os
direitos do cidadão e a manutenção da
dignidade humana.
33. Esta tarefa foi planejada de forma coletiva, ao
ler o texto da unidade 2, não foi possível
encontrar na escola os materiais indicados para
a realização da tarefa, assim através de pesquisa
e material variado, realizamos o planejamento.
Assim as capacidades indicadas nas disciplinas,
de história e geografia na alfabetização, para os
alunos especiais, com o tema: A LINHA DO
TEMPO.
34. • No primeiro momento foi realizada a conversa
informal, sobre o tempo de vida de cada um, e
as suas fases. Em seguida uma entrevista por
escrita, com sua família. No dia seguinte
debate e informação lida sobre as fases da
vida e seu tempo. Sendo assim foram lidos e
ouvidos as resposta da entrevista feita com
sua família de forma individual, onde todos
poderão ouvir na tentativa de entender a sua
própria historia de vida com seu tempo.
35. Os alunos ao realizar as atividades foram sistematizando o
seu conhecimento justificando suas opiniões sobre o tema, de
diferentes pontos de vista, com explicitação, de pensar sobre os
conhecimentos. Um dos alunos com deficiência visual responde
ao ser indagado que:
_ Eu era pequeno, nenê, e dependente muito da minha
mãe para tudo. Trocar fraldas, colocar e tirar as minhas roupas,
não fazia nada sozinho, colocava tudo na boca que estava ao
meu alcance. Depois, fui crescendo entendendo o que podia e o
que não podia fazer. Com 8 (oito) anos comecei a cantar e
continuei até aos 16 (dezesseis). Aos 20 (vinte) gravei um CD.
Hoje adoro ouvir músicas, mas cantar menos.
Notas del editor
Problema de comunicação: os alunos terão interesse se visualizarem uma função para aquele texto