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FACULDADE DE ENSINO
SUPERIOR KM125
GRAZIELE CRISTINA DA MOTA
KLAUDIA FERNANDA VIDAL ALMEIDA
MARLI APARECIDA SANTOS
SABRINA GOLDINO WOLFF
WENYE FERREIRA HONORATO
FATORES COMPORTAMENTAIS QUE INTERFEREM NO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Cornélio Procópio
2013
GRAZIELE CRISTINA DA MOTA
KLAUDIA FERNANDA VIDAL ALMEIDA
MARLI APARECIDA SANTOS
SABRINA GOLDINO WOLFF
WENYE FERREIRA HONORATO
FATORES COMPORTAMENTAIS QUE INTERFEREM NO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Pesquisa bibliográfica apresentada à
disciplina PSCICOLOGIA DA
EDUCAÇÃO. Curso de Graduação
em Enfermagem da Faculdade de
Ensino Superior Km 125.
Orientador: Prof. Carlos Cezar
Custodio
Cornélio Procópio
2013
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3
2 APRENDIZAGEM ..........................................................................................5
3 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA
APRENDIZAGEM ......................................................................................................7
4 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA ...........9
5 O PROCESSO DE LEITURA .......................................................................11
6 OS DISTÚRBIOS E OUTRAS CAUSAS RESPONSÁVEIS POR
PROBLEMAS DE LEITURA E ESCRITA E DE APRENDIZAGEM GERAL ............13
7 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZADO ........................................................................................................15
8 FATORES DO AMBIENTE FAMILIAR QUE INFLUENCIAM NO
APARECIMENTO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ...............................17
9 NÍVEL CULTURAL, EDUCACIONAL E SÓCIO-ECONÔMICO DA
FAMÍLIA ..................................................................................................................19
10 CONCLUSÃO...............................................................................................21
11 REFERÊNCIA ..............................................................................................22
3
1 INTRODUÇÃO
Como já está estabelecido pela sociedade, o aprendizado escolar é um dos
meios fundamentais de progresso profissional e de ascensão social. Sabemos que
muitas são as pessoas que se encontram comprometidas com o aprendizado, nos
mais diversos graus e pelas mais variadas causas.
Num país aonde os índices de reprovação escolar chegam há limites
considerados injustificados, os distúrbios e dificuldades de aprendizagem constituem
um dos temas mais envolventes e significativos da atualidade, não abordando
apenas a problemática da criança que não aprende, mas todo um sistema que
envolve a família, a escola, profissionais de diversas áreas de atuação, que
procuram buscar respostas à pergunta: por que esta criança não aprende?
É muito importante que os professores conheçam e saibam identificar estes
distúrbios tanto em seus alunos como em si mesmos, em suas aulas, no ambiente
educacional e social escolar, ou ainda no meio social mais amplo em que está
inserida a escola.
Encontraremos nesta pesquisa algumas causas, consequências e alguns
fatores que interferem no desenvolvimento da aprendizagem levando a criança a
apresentar dificuldades.
É fundamental que o professor conheça a realidade de seus alunos para que
possa intervir de maneira consciente e responsável para o desenvolvimento pleno
de seus educandos.
Desde a colonização até os dias atuais nosso país tem passado por várias
transformações. E com a educação não é diferente. Infelizmente sabemos que há
uma grande desigualdade social e as classes menos favorecidas são as mais
sofridas, pois as crianças desde cedo necessitam trabalhar para ajudar os pais com
as despesas, principalmente na zona rural, onde há uma grande carência e um alto
número de analfabetos o que tem prejudicado e interferido no desenvolvimento do
aprendizado dos educandos. Com intuito de compreender melhor os problemas os
quais interferem no aprendizado dessas crianças, temos como objetivo geral através
de pesquisas bibliográficas e diversos autores, identificar as causas e
consequências dos fatores que interferem no desenvolvimento do aprendizado
escolar, principalmente nas crianças das classes menos favorecidas.
4
Há vários fatores que interferem no desenvolvimento do aprendizado das
crianças em nosso país, e um dos mais agravantes é a desigualdade social que
existe, pois a população mais carente busca vários meios para sobreviverem, muitas
famílias da zona rural são imigrantes que trabalham como caseiros, com gados e na
roça e não permanecem muito tempo no mesmo local. Com várias mudanças, as
crianças que chegam a frequentar a escola, muitas vezes só tem acesso a esta com
idades avançadas e antes que se adaptem ao novo meio precisam se mudar.
Outro fator que também está relacionado às dificuldades é a desestruturação
familiar, pois a família é a base, é o primeiro grupo social que a criança tem acesso.
Porém, a realidade nos mostra que a cada dia é maior a distância entre pais e
escola. Os pais estão muito ausentes e uma grande parte são analfabetos pois não
tiveram acesso a uma escola, o que também prejudica muito, pois sentem
dificuldades de acompanhar o trabalho dos filhos e acabam se afastando
Há também a violência, o álcool, a falta de diálogo e a exploração do
trabalho infantil, pois no horário em que não estão na escola, estão trabalhando com
carroça, entregando leite ou em casa cuidando dos irmãos menores, ou na roça
ajudando os pais.
São crianças e adolescentes que tem uma grande experiência de vida, pois
desde cedo adquirem responsabilidades de adultos e não vivem as fases da
infância. O único acesso ao mundo letrado que os alunos têm é a escola, pois em
casa não têm acesso a livros, jornais e revistas.
É uma realidade muito triste principalmente para nós educadores que muitas
vezes nos tornamos impotentes, porém acreditamos que podemos inverter essa
situação nos aperfeiçoando, pesquisando e buscando a cada dia novos
conhecimentos, os quais possam contribuir para o desenvolvimento de nossos
educandos principalmente os das classes menos favorecidas.
5
2 APRENDIZAGEM
[...] as mudanças necessárias para enfrentar sobre bases
novas a alfabetização inicial não se resolvem com um
novo método de ensino, nem com novos testes de
prontidão nem com novos materiais didáticos. É preciso
mudar os pontos por onde nós fazemos passar o eixo
central das nossas discussões. Temos uma imagem
empobrecida da criança que aprende: a reduzimos a um
par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega um
instrumento para marcar e um aparelho fonador que
emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente,
alguém que pensa, que constrói interpretações, que age
sobre o real para fazê-lo seu. Emilia Ferreiro
A aprendizagem é possivelmente um dos processos mais importantes do
comportamento humano. Pode-se afirmar que praticamente tudo que o ser humano
faz, pensa e percebe é aprendido. Aprendemos o que comer e beber, como nos
abrigar e vestir, como falar e agir. Aprendemos nossos papéis sociais, nossos
preconceitos, valores e atitudes. Aprendemos a aprender.
O ato de aprender, ou “aprendizagem” é algo extremamente complexo, que
começa desde o nascimento e, talvez mesmo, na vida intrauterina. Pierre Weil (1988
p.100) diz que: “Aprendizagem é, em geral. Definida como sendo o processo de
integração e de adaptação do ser humano no seu ambiente”.
Uma vez que este meio ambiente não é estático, mas está em constante
mudança, aprendemos a nos modificar constantemente também.
A criança não tem meios de sobreviver sozinha no início da vida, o passar
do tempo e a maturação física somente não são suficientes. É necessário que sua
estrutura cognitiva se desenvolva e se modifique constantemente em resposta às
crescentes complexidades do meio, ajustando sua capacidade de responder a elas.
Este processo é chamado de aprendizado e pode ser definido como
modificações nos estilos de resposta em função dos efeitos da experiência. Alguns
autores definem aprendizagem como sendo a aquisição de novos comportamentos.
Porém para Schmitz (1982 p. 53) “Aprendizagem é um processo de aquisição e
assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de
perceber, ser, pensar e agir”. O termo comportamento geralmente é reduzido a algo
exterior e observável, exclui-se dela o que tem de mais essencial: a consciência, a
formação de novos valores, disposições e formas interiores de pensar, ser e sentir
6
que se exteriorizam apenas em algumas atitudes e ações, mas nem sempre são
imediatamente observáveis.
Segundo Teixeira (1971 p.60); “Só se aprende para a vida quando não
somente se pode fazer a coisa de outro modo, mas também se quer fazer de outro
modo”. Para ele só esta aprendizagem interessa à vida e, portanto a escola, pois é
mais complexa do que a simples aprendizagem informativa.
Aprendizagem de acordo com Topczewski (2000, p.17) “É a capacidade e a
possibilidade que as pessoas têm para perceber, conhecer, compreender e reter na
memória as informações obtidas”. Segundo este autor trata-se de um processo
complexo que possibilita a criação e o desenvolvimento de novos conhecimentos
que leva à ampliação e ao enriquecimento das experiências anteriormente vividas. É
por meio do aprendizado que se modifica o comportamento intelectual e social dos
indivíduos.
É comum as pessoas restringirem o conceito de aprendizagem somente aos
fenômenos que ocorrem na escola, como resultado de ensino. Entretanto, como
podemos observar nas definições dos autores acima citados, o termo tem um
sentido mais amplo: abrange os hábitos que formamos os aspectos de nossa vida
afetiva e a assimilação de valores culturais. Enfim, a aprendizagem se refere a
aspectos funcionais e resulta de toda estimulação ambiental recebida pelo indivíduo
no decorrer da vida. É o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já
maturo, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de uma
mudança de comportamento em função da experiência.
A aprendizagem foi estudada, de modo experimental, tanto em animais
(sobretudo ratos e macacos) como em seres humanos. Destas experiências, foram
tirada uma série de conclusões práticas e de aplicação imediata no campo da
Pedagogia.
Uma das mais importantes, sem dúvida, é a de que a aprendizagem mais
eficiente se faz através da experiência pessoal, isto é, da atividade; aprende-se
melhor fazendo do que ouvindo.
7
3 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA
APRENDIZAGEM
O aprendizado necessita de estruturas cerebrais íntegras, devidamente
maturadas, para que as funções específicas sejam elaboradas de modo adequado e
eficiente. A integridade dos componentes cerebrais é fundamental para que o
aprendizado se desenvolva; no entanto, somente isso não é suficiente, pois a
integração cerebral com várias outras áreas, por meio das redes neurais, tais como
a visual, auditiva e motora, é essencial e necessária para que o aprendizado se
processe com o sucesso esperado.
A aprendizagem é a capacidade e a possibilidade que as pessoas têm para
perceber, conhecer, compreender e reter na memória as informações obtidas. É este
o cortejo que leva à ampliação e ao enriquecimento das experiências anteriormente
vividas; trata-se de um processo complexo que possibilita a criação e o
desenvolvimento de novos conhecimentos. A aprendizagem é gradual, isto é, vamos
aprendendo pouco a pouco, durante toda a nossa vida. Portanto ela é um processo
constante, contínuo. Cada indivíduo tem seu ritmo próprio de aprendizagem (ritmo
biológico) que, aliado ao seu esquema próprio de ação, irá constituir sua
individualidade.
No processo ensino-aprendizagem há quatro elementos fundamentais:
• Comunicador ou emissor - representado pelo professor ou pelas máquinas
de ensinar, como transmissores de informações ou agentes de conhecimentos.
• Mensagem – que é o conteúdo educativo, a mensagem deve ser clara e
precisa para ser bem entendida.
• Receptor da mensagem – que é o aluno, deve ser um recebedor crítico dos
conhecimentos e informações que lhe são transmitidos.
• Meio ambiente – que é o meio escolar, familiar e social, onde se efetiva o
processo de ensino aprendizagem. O meio ambiente deve ser estimulador da
aprendizagem e, portanto, propício ao bom desenvolvimento do processo educativo.
É muito importante o papel desses elementos no processo ensino-
aprendizagem. Se qualquer um deles falhar, haverá um obstáculo à comunicação, o
que poderá causar problemas de aprendizagem.
Segundo Rocha Drouet (2001 p.09), existem sete fatores fundamentais para
que a aprendizagem se efetive, seja qual for à teoria de aprendizagem considerada:
8
saúde física e mental, motivação, prévio domínio, maturação, inteligência,
concentração ou atenção, memória.
Brunner (1969), chamou de prontidão para a aprendizagem ao conjunto de
todos esses elementos.
Segundo Poppovic e Moraes (1996 p.5), “prontidão para alfabetização
significa ter um nível suficiente, sob determinados aspectos, para iniciar o processo
da função simbólica, que é a leitura, e sua transposição gráfica, que é a escrita”.
Rocha Drouet (2001 p.27), define prontidão como “um conjunto de
habilidades que a criança deverá desenvolver de modo a se tornar capaz de
executar determinadas atividades”.
De acordo com a autora a criança está pronta para aprender, quando ela
apresenta um conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões
consideradas como pré-requisitos para o início de qualquer aprendizagem.
A prontidão para aprender já foi definida por vários autores. Todos tentaram
considerá-la como um nível suficiente de preparação para iniciar uma aprendizagem,
ou a capacidade específica para realizar determinada tarefa; as diferenças
individuais seriam, na realidade, diferenças na prontidão para aprender.
Porém, Emilia Ferreiro diz que as capacidades relacionadas à discriminação
visual e auditiva, à lateralidade, ao raciocínio lógico e à coordenação motora são
importantes para o desenvolvimento global das pessoas, mas não estão diretamente
relacionadas à aprendizagem da leitura e da escrita. Não são pré–requisitos para
aprender a ler e a escrever.
Exemplo disso é que há crianças e pessoas adultas com um raciocínio
lógico comprometido e que escrevem bem, deficientes físicos com parcial ou total
comprometimento da coordenação motora que são leitores e escritores
competentes, cegos e surdos que utilizam a língua escrita de forma muito eficaz... E
há também o inverso: adultos com excelente raciocínio lógico, boa coordenação
motora, boa lateralidade e que, a despeito disso, continuam analfabetos. E há ainda
muitos de nós, adultos, que nos atrapalhamos com a lateralidade, sem que isso
interfira absolutamente na nossa capacidade de ler e escrever. O desenvolvimento
é, portanto, um processo contínuo e a educação, o meio pelo qual o ser humano
pode desenvolver integralmente sua capacidade psicomotora, cognitiva, afetiva e
social.
9
4 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA
“Se a criança não pode aprender da maneira que é
ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode
aprender.”
Marion Welchmann.
Os processos de ensino e aprendizagem são processos diferentes e não
necessariamente coincidente: entretanto, ensinar é fazer aprender. Todo ensino que
não tem como resultado a aprendizagem não cumpre seu papel – por essa razão
sempre que não conquistarmos bons resultados em relação à aprendizagem dos
alunos, temos de analisar cuidadosamente a qualidade das nossas propostas de
ensino.
A leitura faz parte de um complexo processo linguística de desenvolvimento
da linguagem. Este processo tem etapas bem definidas, que vão avançando
gradativamente. A leitura e a escrita representam as etapas superiores. Os primeiros
estímulos da linguagem que a criança recebe são auditivos, visuais, táteis, olfativos
e gustativos, portanto, estímulos sensoriais. Estes estímulos se associam e formam
a linguagem interna do indivíduo.
As aprendizagens de leitura e da escrita não são atividades isoladas, fazem
parte de um processo de desenvolvimento da linguagem, e suas dificuldades se
devem a uma deficiência qualquer na estruturação e na organização da linguagem
como um todo.
A alfabetização é um processo de construção de hipóteses sobre o
funcionamento e as regras de geração do sistema alfabético de escrita. Só se pode
compreender adequadamente a natureza e as características de propostas de
ensino alternativas às propostas convencionais, no interior de um processo de
discussão teórica sobre suas razões. E a razão primeira, que justifica uma mudança
radical nas práticas de alfabetização, é o conhecimento sobre os processos de
aprendizagem da leitura e da escrita. É porque hoje sabemos como crianças, jovens
e adultos aprendem, que não temos como fugir da responsabilidade de transformar
nossas formas de ensinar.
É o conhecimento sobre os processos de aprendizagem que renova o nosso
10
olhar e nos faz enxergar novas possibilidades de ensinar – possibilidades que só
podem ser compreendidas se o nosso olhar estiver iluminado por outra forma de
perceber as mesmas coisas.
Como vimos, a alfabetização é um processo de construção; por isso, a
estratégia necessária para o aluno se alfabetizar não é a memorização de sílabas,
pois ela não garante a compreensão das regras de geração e funcionamento do
sistema de escrita alfabético. Mas, a reflexão sobre a escrita. Isto quer dizer que o
sistema alfabético de escrita é um conteúdo complexo, e para compreendê-lo não
basta memorizar infinitas famílias silábicas, é preciso um processo sistemático de
reflexão sobre suas características e sobre seu funcionamento.
As ideias que os alunos constroem sobre a escrita (as hipóteses de escrita)
são erros construtivos ou seja, são erros necessários para que se aproximem cada
vez mais da escrita convencional. Embora sejam erros considerados necessários,
isso não quer dizer, de forma alguma, que o professor deva referendá-los porque
fazem parte do processo de aprendizagem, ou esperar que eles sejam superados
espontaneamente, de acordo com o “ritmo do aluno”. As hipóteses de escrita
superam-se umas às outras, em maior ou menor tempo, dependendo de como o
professor organiza as situações didáticas: o mais importante é planejar
intencionalmente o trabalho pedagógico, de forma a atender às necessidades de
aprendizagem dos alunos.
11
5 O PROCESSO DE LEITURA
“Uma prática de leitura que não desperte nem cultive o
desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente”.
Alberto Manguel
Não existe uma idade ideal para o aprendizado da leitura. Há crianças que
aprendem a ler muito cedo, em geral porque a leitura passa a ter tanta importância
para elas que não conseguem ficar sem saber.
A leitura é um processo de compreensão abrangente que envolve aspectos
sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como culturais e
políticos. É a correspondência entre os sons e os sinais gráficos e a compreensão
do conceito ou ideia. Tanto quanto a fala, a leitura não é um comportamento natural,
mas um processo adquirido a longo prazo e em certas circunstâncias de vida que
determinam o sucesso ou o fracasso da aprendizagem.
No texto “Para ensinar a ler” de Rosaura Soligo, ela diz que:
“Inúmeros especialistas em dificuldades de aprendizagem afirmam que
pouquíssimos adolescentes e crianças possuem comprometimento cognitivo real, ou
seja, não são capazes de aprender os conteúdos escolares como os outros. Então,
se a esmagadora maioria das crianças pode aprender, é preciso considerar que há
um sério comprometimento nas práticas de ensino; ou seja, a escola não está
conseguindo cumprir seu mais antigo papel: ensinar a ler e escrever. É preciso
socializar cada vez mais os conhecimentos disponíveis a respeito dos processos de
aprendizagem: quanto melhor o professor entender o processo de construção do
conhecimento, mais eficiente será seu trabalho. Afinal, ensinar de fato é fazer
aprender”.
(Rosaura soligo, texto extraído do PROFA, 2001 p. 55)
No processo inicial da leitura ocorre o que chamamos de decodificação, ou
seja, o envolvimento da discriminação visual dos símbolos impressos e a associação
entre a palavra impressa e o som.
Dois fatores determinam a leitura: o texto impresso, que é visto pelos olhos,
12
e aquilo que está “por trás” dos olhos: o conhecimento prévio do leitor.
Uma criança não alfabetizada pode ter as melhores informações a respeito
do assunto tratado em um texto, mas, mesmo assim, não será capaz de ler, pois não
dispõem dos recursos de decodificação necessários à leitura. Ela tem conhecimento
prévio, mas não é capaz de desvendar a informação captada pelos olhos. O
contrário também ocorre; às vezes o leitor domina perfeitamente a linguagem
escrita, mas, por falta de familiaridade com o assunto tratado, acaba não
conseguindo compreender o texto que tem diante dos olhos.
O conhecimento prévio necessário à leitura, no entanto, não se resume ao
conhecimento do assunto tratado pelo texto: envolve também o que se sabe acerca
da linguagem e da própria leitura.
A visão, o tato, a audição, o olfato e o gosto são referenciais ele mentais na
aquisição dos símbolos gráficos, pois essa leitura sensorial começa muito cedo em
nossa vida. Inicialmente a leitura do universo adulto que nos cerca quando ainda
somos bebê, e continuamos essa leitura por toda nossa vida.
Os alunos devem ver na leitura algo interessante e desafiador, uma
conquista capaz de dar autonomia e independência. E devem estar confiante,
condição para enfrentar o desafio e “aprender fazendo”.
13
6 OS DISTÚRBIOS E OUTRAS CAUSAS RESPONSÁVEIS POR PROBLEMAS DE
LEITURA E ESCRITA E DE APRENDIZAGEM GERAL
Atualmente, o número de educandos com dificuldades de aprendizagem é
muito alto, principalmente nas redes públicas de ensino, onde existe a aprovação
automática e os ciclos de alfabetização, e que muitos professores ainda não
compreendem como se dá este processo. Os maiores prejudicados são os
educandos, que “passam de série” mesmo sem estarem alfabetizados, e quando
chegam ao 3º ano do ciclo, antiga 2ª série ficam retidos por vários anos e são
rotulados como “alunos problemático”, que não tem mais jeito. Quantas vezes já
ouvimos ou falamos algo desse tipo, e muitas vezes, mesmo sem o conhecimento
necessário, afirmamos que o aluno tem “problema de cabeça”. Não procuramos
entender o motivo pelo qual o educando não consegue desenvolver a
aprendizagem, quais as causas e como podemos intervir para ajudar esses
indivíduos que acabam se tornando excluído dentro da própria sala de aula.
Nessa pesquisa mundial, psicólogos, educadores e médicos de quase todos
os países acabaram por concordar que as principais causas desses distúrbios
podem ser classificadas como neurológicas, algumas vezes genéticas,
possivelmente intensificadas por distúrbios emocionais secundários. Alguns
especialistas referiram-se ainda à privação cultural, devido ao status sócio
econômico inferior, como causas desses problemas de aprendizagem.
A psicóloga clínica escolar Sara Pain, em seu livro Diagnóstico e tratamento
dos problemas de aprendizagem, chama de problemas de aprendizagem a todos os
distúrbios psicopedagógicos que interferem diretamente na aprendizagem. Sara faz
um estudo da patologia da aprendizagem como se apresenta na escola e no
consultório. Para isso leva em conta a análise de vários fatores:
• Fatores orgânicos e constitucionais da criança;
• Fatores específicos, localizados principalmente na área perceptivo-motora
(visão, audição, coordenação motora);
• Fatores psicógenos, que compreendem os fatores emocionais e intelectuais;
• Fatores ambientais, representados pelo lar, pela escola e pela comunidade
como um todo.
Como vimos, é difícil fazer uma classificação dos distúrbios que prejudicam
14
a aprendizagem, uma vez que não existe uma definição precisa do que seja um
distúrbio de comportamento, nem o que seja um comportamento considerado
normal. Qualquer definição de mudança ou variação de um comportamento será
sempre relativa ao ambiente cultural, social e histórico que cerca o indivíduo.
Em geral as dificuldades de leitura e escrita conduzem a outras dificuldades
de aprendizagem. As crianças que não conseguem aprender a ler e a escrever
acabam por fracassar nas outras disciplinas escolares que implicam no
conhecimento da linguagem. Na vida prática não conseguem se orientar sozinhas,
pois não leem sinais, avisos e advertências. Não se mantêm atualizados, pois não
são capazes de ler jornais, revistas, livros. Portanto, não se desenvolvem
intelectualmente, como poderiam, se lessem e escrevesse, além de não terem uma
realização social e emocional plena.
Muitas crianças falham ao tentar atingir um padrão adequado de
alfabetização. Muitas delas permanecem analfabetas, tornando-se não só um
problema escolar, mas, em longo prazo, um problema social. Essas crianças devem
ter um distúrbio de uma determinada origem que as impede de aprender. Esse
distúrbio deverá ser diagnosticado por um especialista. Cabe ao professor observar
as crianças, perceber aquelas que apresentam problemas de aprendizagem e
encaminhá-las ao especialista adequado para diagnóstico e tratamento.
15
7 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZADO
(...) É preciso enxergar na diversidade não apenas os pontos de fragilidade,
mas também a riqueza das respostas possíveis encontradas pelos grupos familiares,
dentro de sua cultura, para as suas necessidades e projetos.
Afonso & Figueiras
Desde Freud, família, e, em especial , a relação mãe-filho, tem aparecido
como referencial explicativo para o desenvolvimento emocional da criança. A
descoberta de que os anos iniciais de vida são cruciais para o desenvolvimento
emocional posterior focalizou a família como locus potencialmente produtor de
pessoas saudáveis, emocionalmente estáveis, felizes e equilibradas, ou como o
núcleo gerador de inseguranças, desequilíbrios e toda sorte de desvios de
comportamento.
Segundo Souza, (1985 p.16) “A família é o microcosmo, tudo que passou no
mundo externo tem sua origem primeira no grupo familiar”.
Entendemos que a família, célula mater da sociedade, pode ser enfocada
sob uma dupla ótica. Se vista pelo seu lado interno, refere-se ao indivíduo, sua
origem, desenvolvimento e crescimento que o tornam capaz de vir a ser participante
em sua sociedade. E este seria o lado externo da família voltado para o mundo à
sua volta
Quando se pretende refletir sobre o lugar da família na política social na
sociedade contemporânea é preciso ressaltar algumas premissas básicas: As
expectativas em relação à família estão, no imaginário coletivo, ainda impregnadas
de idealizações, das quais a chamada família nuclear é um dos símbolos. A maior
expectativa é de que ela produza cuidados, proteção, aprendizado dos afetos,
construção de identidade e vínculos relacionais de pertencimento, capazes de
promover melhor qualidade de vida a seus membros e efetiva inclusão social na
comunidade e sociedade em que vivem. No entanto, estas expectativas são
possibilidades, e não garantias. A família vive num dado contexto que pode ser
fortalecedor ou esfacelador de suas possibilidades e potencialidades
Há de se lembrar, também, que os casos de violência (física, sexual,
psicológica) as doenças graves em membros da família, o alcoolismo, os conflitos
com os pais, o litígio entre estes, as desavenças com outros membros da família ou
16
outros fatores de instabilidade que ameaçam o equilíbrio familiar podem ser fatores
de interferência no desempenho escolar.
Devemos, ainda citar os modelos de família pouco estruturados ou os
modelos que “fogem” aos padrões habituais, como determinantes de instabilidade
emocional e de interferência no rendimento escolar. Outra circunstância que
determina grande ansiedade na criança é a exagerada expectativa, dos pais, em
relação ao seu desempenho no aprendizado. Muitos pais insistem na alfabetização
precoce, ignorando e desrespeitando o processo obrigatório de amadurecimento
neurológico do seu filho. Vale mencionar a desmotivação, por parte da criança para
aprendizado, pelo sentimento de inferioridade gerado pela super. Proteção que os
pais lhe dispensam.
Em situação oposta, encontram-se pais que pouco participam da vida dos
filhos, ou até os rejeitam, pelos motivos mais variados. Portanto, os descompassos
familiares exercem uma forte influência no desempenho escolar da criança, levando-
a ao insucesso.
A existência de dificuldades na adaptação social e ambiental interfere no
estado emocional da criança e a leva à defasagem no aprendizado escolar. Dentro
da família existem problemas que afetam direta ou indiretamente a criança,
refletindo-se no desempenho escolar. Neste caso, um trabalho conjunto entre família
e escola pode sem dúvida ajudar a criança a vencer as dificuldades.
17
8 FATORES DO AMBIENTE FAMILIAR QUE INFLUENCIAM NO APARECIMENTO
DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Uma grande parte dos problemas educacionais infantis continua a se
originar no lar. Os reflexos inerentes às dificuldades escolares interferem em várias
atividades cotidianas e podem comprometer as relações, sejam elas familiares,
sociais, culturais ou emocionais, do indivíduo.
O clima amigável e de respeito mútuo é o ideal para o lar. As brigas e
discussões dão origem a perturbações emocionais, tanto nas crianças como nos
adultos. Do clima emocional que se estabelece em um lar, depende muito o
relacionamento entre pais e filhos. A harmonia do casal e o tratamento igual
dispensado a todos os filhos, sem privilegiar um ou outro, são elementos
fundamentais para a obtenção de um bom clima emocional. Há crianças que se
sentem incompreendidas pelos pais, por estes serem muito severos, impondo-lhes
castigos violentos ou submetendo-as a uma disciplina rígida. Diante disso elas não
se sentem amadas e tornam-se inseguras. Esta insegurança reflete-se na
aprendizagem e no seu rendimento escolar.
Quando, ao contrário, o pai é muito liberal, dando ampla liberdade aos filhos,
eles podem tornar-se voluntariosos, querendo que sempre prevaleça sua vontade.
Na escola, são aqueles alunos que perturbam o professor com suas exigências e
demonstrações de crianças mimadas. Principalmente os filhos únicos costumam
apresentar esses problemas. Tornam-se alunos desagradáveis para os colegas e
antipáticos aos professores. É preciso que professores compreendam essas
situações e evitem os castigos drásticos e as repreensões violentas, pois em casos
extremos essa atitude pode gerar na criança distúrbios psíquicos extremamente
negativos.
Na escola, descarregam todas as suas tensões, apresentando-se como
alunos insubordinados e perturbadores da ordem. São revoltados, tanto na escola
como no trabalho. As crianças passam a sofrer uma série de interferências
negativas, nos diversos ambientes que frequentam; em várias ocasiões são
rejeitadas pelos amigos que as consideram menos capazes e menos inteligentes; o
seu progresso escolar e intelectual processa-se de modo ineficiente ou insuficiente,
colocando-as em uma posição de inferioridade; o somatório desses fatores interfere,
18
de forma acentuada, no seu estado emocional; uma vez comprometido o seu estado
emocional, manifestam-se as alterações comportamentais nas mais variadas formas.
19
9 NÍVEL CULTURAL, EDUCACIONAL E SÓCIO-ECONÔMICO DA FAMÍLIA
O nível cultural e educacional da família influi grandemente nos resultados
acadêmicos das crianças. As diferenças individuais entre alunos, devidas à sua
origem familiar, à sua educação no lar e à sua própria personalidade, irão produzir
resultados diferentes no processo de ensino-aprendizagem. Uns terão total sucesso,
até mesmo além das expectativas dos professores. A maioria se manterá em um
nível razoável de aprendizagem, que lhes permitirá passar de ano e progredir nos
estudos. Outro grupo terá muitas dificuldades e precisará vencer muitos obstáculos
para conseguir aprender.
Se a família for dedicada às artes e às letras, desde cedo as crianças
desenvolveram o gosto pela leitura, pelo teatro, pela pintura e por todas as formas
do belo. Se tiver tendência para Ciências Exatas ou Biológicas, as crianças irão para
a escola com boa base em Matemática e ciências.
Os pais que não tem instrução, ou cursaram apenas as quatro primeiras
séries do primeiro grau, ou são analfabetos, não podem oferecer esse currículo
oculto a seus filhos, mas podem ensinar-lhes conhecimentos práticos muito úteis Os
hábitos de estudo e a valorização da escola são passados pela tradição cultural de
cada família. Essa tradição é muito valiosa. Isso porque, dependendo do grau de
importância que se dá à formação acadêmica, maior será o empenho dos jovens em
estudar, cursar uma universidade, conseguir uma profissão liberal, aperfeiçoando-se
cada vez mais. A educação é considerada por quase todas as sociedades como
elevador social por excelência.
Outro fator importante que exerce uma enorme influência no aparecimento
de problemas de aprendizagem é o nível socioeconômico da família.
Graças às características individuais dos alunos, cada classe reúne um
grupo heterogêneo de pessoas, com peculiaridades próprias, que se diferenciam
umas das outras, apesar de pertencerem ao mesmo nível de adiantamento nos
estudos e à mesma escola.
Assim como os alunos são diferentes entre si, eles também provêm de lares
diferentes. Seus pais têm pensamentos, atitudes, modos de encarar a vida, a escola
e, sobretudo a educação completamente diversas. Seu grau de instrução, seus
20
comportamentos e papéis sociais são diferentes, e eles ocupam diferentes posições
na sociedade.
Também os níveis de aspirações desses pais variam. Alguns colocam
objetivos muito altos para seus filhos: a universidade e as profissões liberais. Outros
são mais modestos, querem apenas que seu filho saia apto para iniciar-se em um
ofício prático ou em um emprego qualquer de escritório ou de fábrica. Todas essas
aspirações familiares se refletem no aluno, portanto indiretamente, os diferentes
objetivos das famílias irão se refletir no processo de ensino-aprendizagem.
21
CONCLUSÃO
Concluímos através desta pesquisa, a importância do conhecimento,
principalmente quando se refere à educação de nossas crianças. Infelizmente
sabemos que atualmente é muito grande o número de educandos que apresentam
dificuldades específicas de aprendizagem, e nós professores e pais por falta de
conhecimentos faltam de habilidades para ajudá-los a diminuir ou até mesmo
superar essas dificuldades, muitas vezes contribuímos para que essas crianças se
tornem mais um excluído, com baixa estima e sem estímulos para desenvolverem a
aprendizagem.
É necessário que todos se conscientizem que muitas são as causas que
contribuem para o aparecimento das dificuldades de aprendizagem, e que elas
podem aparecer em qualquer criança, independente do estrato social a que
pertença, sendo que, o meio ambiente no qual ela está inserida tem uma grande
influência em seu desenvolvimento.
Existem vários fatores que interferem na aprendizagem, porém um dos mais
importantes é a família, que atualmente estão muito desestruturadas, e a maioria da
nossa população é das classes menos favorecidas, por isso os pais não tem tempo
para acompanharem o desenvolvimento escolar dos filhos, pois vivem em busca de
trabalho para sobreviverem e muitas vezes as próprias crianças trabalham para
ajudar os pais.
Em condições habituais, todo o indivíduo tem possibilidades para o
aprendizado escolar, mas a abrangência e a velocidade são variáveis e podem ficar
aquém das expectativas dos pais, professores e da própria criança. Como vimos é
difícil fazer uma classificação dos distúrbios que prejudicam a aprendizagem. Em
geral as dificuldades de leitura e escrita conduzem a outras dificuldades de
aprendizagem
22
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BRUNER, S. Jerome. Uma nova teoria da aprendizagem. 2ª ed. Rio de Janeiro,
Bloch, 1969.
DROUET, Ruth Caribe da Rocha. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo, editora.
Ática, 2001.
PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem, Porto
Alegre, Artes Médicas, 1985.
POPPOVIC, Ana Maria e GOLUBI, Genny de Moraes. Prontidão para alfabetização;
programa para o desenvolvimento de funções específicas. São Paulo, Vetor. 1996.
PROFA, Programa de formação de professores alfabetizadores. Ministério de
Educação, 2001.
SCHMITZ, E. F. Didática Moderna. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos,
1982.

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  • 1. FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR KM125 GRAZIELE CRISTINA DA MOTA KLAUDIA FERNANDA VIDAL ALMEIDA MARLI APARECIDA SANTOS SABRINA GOLDINO WOLFF WENYE FERREIRA HONORATO FATORES COMPORTAMENTAIS QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Cornélio Procópio 2013
  • 2. GRAZIELE CRISTINA DA MOTA KLAUDIA FERNANDA VIDAL ALMEIDA MARLI APARECIDA SANTOS SABRINA GOLDINO WOLFF WENYE FERREIRA HONORATO FATORES COMPORTAMENTAIS QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM Pesquisa bibliográfica apresentada à disciplina PSCICOLOGIA DA EDUCAÇÃO. Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ensino Superior Km 125. Orientador: Prof. Carlos Cezar Custodio Cornélio Procópio 2013
  • 3. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3 2 APRENDIZAGEM ..........................................................................................5 3 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM ......................................................................................................7 4 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA ...........9 5 O PROCESSO DE LEITURA .......................................................................11 6 OS DISTÚRBIOS E OUTRAS CAUSAS RESPONSÁVEIS POR PROBLEMAS DE LEITURA E ESCRITA E DE APRENDIZAGEM GERAL ............13 7 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO- APRENDIZADO ........................................................................................................15 8 FATORES DO AMBIENTE FAMILIAR QUE INFLUENCIAM NO APARECIMENTO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM ...............................17 9 NÍVEL CULTURAL, EDUCACIONAL E SÓCIO-ECONÔMICO DA FAMÍLIA ..................................................................................................................19 10 CONCLUSÃO...............................................................................................21 11 REFERÊNCIA ..............................................................................................22
  • 4. 3 1 INTRODUÇÃO Como já está estabelecido pela sociedade, o aprendizado escolar é um dos meios fundamentais de progresso profissional e de ascensão social. Sabemos que muitas são as pessoas que se encontram comprometidas com o aprendizado, nos mais diversos graus e pelas mais variadas causas. Num país aonde os índices de reprovação escolar chegam há limites considerados injustificados, os distúrbios e dificuldades de aprendizagem constituem um dos temas mais envolventes e significativos da atualidade, não abordando apenas a problemática da criança que não aprende, mas todo um sistema que envolve a família, a escola, profissionais de diversas áreas de atuação, que procuram buscar respostas à pergunta: por que esta criança não aprende? É muito importante que os professores conheçam e saibam identificar estes distúrbios tanto em seus alunos como em si mesmos, em suas aulas, no ambiente educacional e social escolar, ou ainda no meio social mais amplo em que está inserida a escola. Encontraremos nesta pesquisa algumas causas, consequências e alguns fatores que interferem no desenvolvimento da aprendizagem levando a criança a apresentar dificuldades. É fundamental que o professor conheça a realidade de seus alunos para que possa intervir de maneira consciente e responsável para o desenvolvimento pleno de seus educandos. Desde a colonização até os dias atuais nosso país tem passado por várias transformações. E com a educação não é diferente. Infelizmente sabemos que há uma grande desigualdade social e as classes menos favorecidas são as mais sofridas, pois as crianças desde cedo necessitam trabalhar para ajudar os pais com as despesas, principalmente na zona rural, onde há uma grande carência e um alto número de analfabetos o que tem prejudicado e interferido no desenvolvimento do aprendizado dos educandos. Com intuito de compreender melhor os problemas os quais interferem no aprendizado dessas crianças, temos como objetivo geral através de pesquisas bibliográficas e diversos autores, identificar as causas e consequências dos fatores que interferem no desenvolvimento do aprendizado escolar, principalmente nas crianças das classes menos favorecidas.
  • 5. 4 Há vários fatores que interferem no desenvolvimento do aprendizado das crianças em nosso país, e um dos mais agravantes é a desigualdade social que existe, pois a população mais carente busca vários meios para sobreviverem, muitas famílias da zona rural são imigrantes que trabalham como caseiros, com gados e na roça e não permanecem muito tempo no mesmo local. Com várias mudanças, as crianças que chegam a frequentar a escola, muitas vezes só tem acesso a esta com idades avançadas e antes que se adaptem ao novo meio precisam se mudar. Outro fator que também está relacionado às dificuldades é a desestruturação familiar, pois a família é a base, é o primeiro grupo social que a criança tem acesso. Porém, a realidade nos mostra que a cada dia é maior a distância entre pais e escola. Os pais estão muito ausentes e uma grande parte são analfabetos pois não tiveram acesso a uma escola, o que também prejudica muito, pois sentem dificuldades de acompanhar o trabalho dos filhos e acabam se afastando Há também a violência, o álcool, a falta de diálogo e a exploração do trabalho infantil, pois no horário em que não estão na escola, estão trabalhando com carroça, entregando leite ou em casa cuidando dos irmãos menores, ou na roça ajudando os pais. São crianças e adolescentes que tem uma grande experiência de vida, pois desde cedo adquirem responsabilidades de adultos e não vivem as fases da infância. O único acesso ao mundo letrado que os alunos têm é a escola, pois em casa não têm acesso a livros, jornais e revistas. É uma realidade muito triste principalmente para nós educadores que muitas vezes nos tornamos impotentes, porém acreditamos que podemos inverter essa situação nos aperfeiçoando, pesquisando e buscando a cada dia novos conhecimentos, os quais possam contribuir para o desenvolvimento de nossos educandos principalmente os das classes menos favorecidas.
  • 6. 5 2 APRENDIZAGEM [...] as mudanças necessárias para enfrentar sobre bases novas a alfabetização inicial não se resolvem com um novo método de ensino, nem com novos testes de prontidão nem com novos materiais didáticos. É preciso mudar os pontos por onde nós fazemos passar o eixo central das nossas discussões. Temos uma imagem empobrecida da criança que aprende: a reduzimos a um par de olhos, um par de ouvidos, uma mão que pega um instrumento para marcar e um aparelho fonador que emite sons. Atrás disso há um sujeito cognoscente, alguém que pensa, que constrói interpretações, que age sobre o real para fazê-lo seu. Emilia Ferreiro A aprendizagem é possivelmente um dos processos mais importantes do comportamento humano. Pode-se afirmar que praticamente tudo que o ser humano faz, pensa e percebe é aprendido. Aprendemos o que comer e beber, como nos abrigar e vestir, como falar e agir. Aprendemos nossos papéis sociais, nossos preconceitos, valores e atitudes. Aprendemos a aprender. O ato de aprender, ou “aprendizagem” é algo extremamente complexo, que começa desde o nascimento e, talvez mesmo, na vida intrauterina. Pierre Weil (1988 p.100) diz que: “Aprendizagem é, em geral. Definida como sendo o processo de integração e de adaptação do ser humano no seu ambiente”. Uma vez que este meio ambiente não é estático, mas está em constante mudança, aprendemos a nos modificar constantemente também. A criança não tem meios de sobreviver sozinha no início da vida, o passar do tempo e a maturação física somente não são suficientes. É necessário que sua estrutura cognitiva se desenvolva e se modifique constantemente em resposta às crescentes complexidades do meio, ajustando sua capacidade de responder a elas. Este processo é chamado de aprendizado e pode ser definido como modificações nos estilos de resposta em função dos efeitos da experiência. Alguns autores definem aprendizagem como sendo a aquisição de novos comportamentos. Porém para Schmitz (1982 p. 53) “Aprendizagem é um processo de aquisição e assimilação, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir”. O termo comportamento geralmente é reduzido a algo exterior e observável, exclui-se dela o que tem de mais essencial: a consciência, a formação de novos valores, disposições e formas interiores de pensar, ser e sentir
  • 7. 6 que se exteriorizam apenas em algumas atitudes e ações, mas nem sempre são imediatamente observáveis. Segundo Teixeira (1971 p.60); “Só se aprende para a vida quando não somente se pode fazer a coisa de outro modo, mas também se quer fazer de outro modo”. Para ele só esta aprendizagem interessa à vida e, portanto a escola, pois é mais complexa do que a simples aprendizagem informativa. Aprendizagem de acordo com Topczewski (2000, p.17) “É a capacidade e a possibilidade que as pessoas têm para perceber, conhecer, compreender e reter na memória as informações obtidas”. Segundo este autor trata-se de um processo complexo que possibilita a criação e o desenvolvimento de novos conhecimentos que leva à ampliação e ao enriquecimento das experiências anteriormente vividas. É por meio do aprendizado que se modifica o comportamento intelectual e social dos indivíduos. É comum as pessoas restringirem o conceito de aprendizagem somente aos fenômenos que ocorrem na escola, como resultado de ensino. Entretanto, como podemos observar nas definições dos autores acima citados, o termo tem um sentido mais amplo: abrange os hábitos que formamos os aspectos de nossa vida afetiva e a assimilação de valores culturais. Enfim, a aprendizagem se refere a aspectos funcionais e resulta de toda estimulação ambiental recebida pelo indivíduo no decorrer da vida. É o resultado da estimulação do ambiente sobre o indivíduo já maturo, que se expressa, diante de uma situação-problema, sob a forma de uma mudança de comportamento em função da experiência. A aprendizagem foi estudada, de modo experimental, tanto em animais (sobretudo ratos e macacos) como em seres humanos. Destas experiências, foram tirada uma série de conclusões práticas e de aplicação imediata no campo da Pedagogia. Uma das mais importantes, sem dúvida, é a de que a aprendizagem mais eficiente se faz através da experiência pessoal, isto é, da atividade; aprende-se melhor fazendo do que ouvindo.
  • 8. 7 3 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM O aprendizado necessita de estruturas cerebrais íntegras, devidamente maturadas, para que as funções específicas sejam elaboradas de modo adequado e eficiente. A integridade dos componentes cerebrais é fundamental para que o aprendizado se desenvolva; no entanto, somente isso não é suficiente, pois a integração cerebral com várias outras áreas, por meio das redes neurais, tais como a visual, auditiva e motora, é essencial e necessária para que o aprendizado se processe com o sucesso esperado. A aprendizagem é a capacidade e a possibilidade que as pessoas têm para perceber, conhecer, compreender e reter na memória as informações obtidas. É este o cortejo que leva à ampliação e ao enriquecimento das experiências anteriormente vividas; trata-se de um processo complexo que possibilita a criação e o desenvolvimento de novos conhecimentos. A aprendizagem é gradual, isto é, vamos aprendendo pouco a pouco, durante toda a nossa vida. Portanto ela é um processo constante, contínuo. Cada indivíduo tem seu ritmo próprio de aprendizagem (ritmo biológico) que, aliado ao seu esquema próprio de ação, irá constituir sua individualidade. No processo ensino-aprendizagem há quatro elementos fundamentais: • Comunicador ou emissor - representado pelo professor ou pelas máquinas de ensinar, como transmissores de informações ou agentes de conhecimentos. • Mensagem – que é o conteúdo educativo, a mensagem deve ser clara e precisa para ser bem entendida. • Receptor da mensagem – que é o aluno, deve ser um recebedor crítico dos conhecimentos e informações que lhe são transmitidos. • Meio ambiente – que é o meio escolar, familiar e social, onde se efetiva o processo de ensino aprendizagem. O meio ambiente deve ser estimulador da aprendizagem e, portanto, propício ao bom desenvolvimento do processo educativo. É muito importante o papel desses elementos no processo ensino- aprendizagem. Se qualquer um deles falhar, haverá um obstáculo à comunicação, o que poderá causar problemas de aprendizagem. Segundo Rocha Drouet (2001 p.09), existem sete fatores fundamentais para que a aprendizagem se efetive, seja qual for à teoria de aprendizagem considerada:
  • 9. 8 saúde física e mental, motivação, prévio domínio, maturação, inteligência, concentração ou atenção, memória. Brunner (1969), chamou de prontidão para a aprendizagem ao conjunto de todos esses elementos. Segundo Poppovic e Moraes (1996 p.5), “prontidão para alfabetização significa ter um nível suficiente, sob determinados aspectos, para iniciar o processo da função simbólica, que é a leitura, e sua transposição gráfica, que é a escrita”. Rocha Drouet (2001 p.27), define prontidão como “um conjunto de habilidades que a criança deverá desenvolver de modo a se tornar capaz de executar determinadas atividades”. De acordo com a autora a criança está pronta para aprender, quando ela apresenta um conjunto de condições, capacidades, habilidades e aptidões consideradas como pré-requisitos para o início de qualquer aprendizagem. A prontidão para aprender já foi definida por vários autores. Todos tentaram considerá-la como um nível suficiente de preparação para iniciar uma aprendizagem, ou a capacidade específica para realizar determinada tarefa; as diferenças individuais seriam, na realidade, diferenças na prontidão para aprender. Porém, Emilia Ferreiro diz que as capacidades relacionadas à discriminação visual e auditiva, à lateralidade, ao raciocínio lógico e à coordenação motora são importantes para o desenvolvimento global das pessoas, mas não estão diretamente relacionadas à aprendizagem da leitura e da escrita. Não são pré–requisitos para aprender a ler e a escrever. Exemplo disso é que há crianças e pessoas adultas com um raciocínio lógico comprometido e que escrevem bem, deficientes físicos com parcial ou total comprometimento da coordenação motora que são leitores e escritores competentes, cegos e surdos que utilizam a língua escrita de forma muito eficaz... E há também o inverso: adultos com excelente raciocínio lógico, boa coordenação motora, boa lateralidade e que, a despeito disso, continuam analfabetos. E há ainda muitos de nós, adultos, que nos atrapalhamos com a lateralidade, sem que isso interfira absolutamente na nossa capacidade de ler e escrever. O desenvolvimento é, portanto, um processo contínuo e a educação, o meio pelo qual o ser humano pode desenvolver integralmente sua capacidade psicomotora, cognitiva, afetiva e social.
  • 10. 9 4 PROCESSOS DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA “Se a criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender.” Marion Welchmann. Os processos de ensino e aprendizagem são processos diferentes e não necessariamente coincidente: entretanto, ensinar é fazer aprender. Todo ensino que não tem como resultado a aprendizagem não cumpre seu papel – por essa razão sempre que não conquistarmos bons resultados em relação à aprendizagem dos alunos, temos de analisar cuidadosamente a qualidade das nossas propostas de ensino. A leitura faz parte de um complexo processo linguística de desenvolvimento da linguagem. Este processo tem etapas bem definidas, que vão avançando gradativamente. A leitura e a escrita representam as etapas superiores. Os primeiros estímulos da linguagem que a criança recebe são auditivos, visuais, táteis, olfativos e gustativos, portanto, estímulos sensoriais. Estes estímulos se associam e formam a linguagem interna do indivíduo. As aprendizagens de leitura e da escrita não são atividades isoladas, fazem parte de um processo de desenvolvimento da linguagem, e suas dificuldades se devem a uma deficiência qualquer na estruturação e na organização da linguagem como um todo. A alfabetização é um processo de construção de hipóteses sobre o funcionamento e as regras de geração do sistema alfabético de escrita. Só se pode compreender adequadamente a natureza e as características de propostas de ensino alternativas às propostas convencionais, no interior de um processo de discussão teórica sobre suas razões. E a razão primeira, que justifica uma mudança radical nas práticas de alfabetização, é o conhecimento sobre os processos de aprendizagem da leitura e da escrita. É porque hoje sabemos como crianças, jovens e adultos aprendem, que não temos como fugir da responsabilidade de transformar nossas formas de ensinar. É o conhecimento sobre os processos de aprendizagem que renova o nosso
  • 11. 10 olhar e nos faz enxergar novas possibilidades de ensinar – possibilidades que só podem ser compreendidas se o nosso olhar estiver iluminado por outra forma de perceber as mesmas coisas. Como vimos, a alfabetização é um processo de construção; por isso, a estratégia necessária para o aluno se alfabetizar não é a memorização de sílabas, pois ela não garante a compreensão das regras de geração e funcionamento do sistema de escrita alfabético. Mas, a reflexão sobre a escrita. Isto quer dizer que o sistema alfabético de escrita é um conteúdo complexo, e para compreendê-lo não basta memorizar infinitas famílias silábicas, é preciso um processo sistemático de reflexão sobre suas características e sobre seu funcionamento. As ideias que os alunos constroem sobre a escrita (as hipóteses de escrita) são erros construtivos ou seja, são erros necessários para que se aproximem cada vez mais da escrita convencional. Embora sejam erros considerados necessários, isso não quer dizer, de forma alguma, que o professor deva referendá-los porque fazem parte do processo de aprendizagem, ou esperar que eles sejam superados espontaneamente, de acordo com o “ritmo do aluno”. As hipóteses de escrita superam-se umas às outras, em maior ou menor tempo, dependendo de como o professor organiza as situações didáticas: o mais importante é planejar intencionalmente o trabalho pedagógico, de forma a atender às necessidades de aprendizagem dos alunos.
  • 12. 11 5 O PROCESSO DE LEITURA “Uma prática de leitura que não desperte nem cultive o desejo de ler não é uma prática pedagógica eficiente”. Alberto Manguel Não existe uma idade ideal para o aprendizado da leitura. Há crianças que aprendem a ler muito cedo, em geral porque a leitura passa a ter tanta importância para elas que não conseguem ficar sem saber. A leitura é um processo de compreensão abrangente que envolve aspectos sensoriais, emocionais, intelectuais, fisiológicos, neurológicos, bem como culturais e políticos. É a correspondência entre os sons e os sinais gráficos e a compreensão do conceito ou ideia. Tanto quanto a fala, a leitura não é um comportamento natural, mas um processo adquirido a longo prazo e em certas circunstâncias de vida que determinam o sucesso ou o fracasso da aprendizagem. No texto “Para ensinar a ler” de Rosaura Soligo, ela diz que: “Inúmeros especialistas em dificuldades de aprendizagem afirmam que pouquíssimos adolescentes e crianças possuem comprometimento cognitivo real, ou seja, não são capazes de aprender os conteúdos escolares como os outros. Então, se a esmagadora maioria das crianças pode aprender, é preciso considerar que há um sério comprometimento nas práticas de ensino; ou seja, a escola não está conseguindo cumprir seu mais antigo papel: ensinar a ler e escrever. É preciso socializar cada vez mais os conhecimentos disponíveis a respeito dos processos de aprendizagem: quanto melhor o professor entender o processo de construção do conhecimento, mais eficiente será seu trabalho. Afinal, ensinar de fato é fazer aprender”. (Rosaura soligo, texto extraído do PROFA, 2001 p. 55) No processo inicial da leitura ocorre o que chamamos de decodificação, ou seja, o envolvimento da discriminação visual dos símbolos impressos e a associação entre a palavra impressa e o som. Dois fatores determinam a leitura: o texto impresso, que é visto pelos olhos,
  • 13. 12 e aquilo que está “por trás” dos olhos: o conhecimento prévio do leitor. Uma criança não alfabetizada pode ter as melhores informações a respeito do assunto tratado em um texto, mas, mesmo assim, não será capaz de ler, pois não dispõem dos recursos de decodificação necessários à leitura. Ela tem conhecimento prévio, mas não é capaz de desvendar a informação captada pelos olhos. O contrário também ocorre; às vezes o leitor domina perfeitamente a linguagem escrita, mas, por falta de familiaridade com o assunto tratado, acaba não conseguindo compreender o texto que tem diante dos olhos. O conhecimento prévio necessário à leitura, no entanto, não se resume ao conhecimento do assunto tratado pelo texto: envolve também o que se sabe acerca da linguagem e da própria leitura. A visão, o tato, a audição, o olfato e o gosto são referenciais ele mentais na aquisição dos símbolos gráficos, pois essa leitura sensorial começa muito cedo em nossa vida. Inicialmente a leitura do universo adulto que nos cerca quando ainda somos bebê, e continuamos essa leitura por toda nossa vida. Os alunos devem ver na leitura algo interessante e desafiador, uma conquista capaz de dar autonomia e independência. E devem estar confiante, condição para enfrentar o desafio e “aprender fazendo”.
  • 14. 13 6 OS DISTÚRBIOS E OUTRAS CAUSAS RESPONSÁVEIS POR PROBLEMAS DE LEITURA E ESCRITA E DE APRENDIZAGEM GERAL Atualmente, o número de educandos com dificuldades de aprendizagem é muito alto, principalmente nas redes públicas de ensino, onde existe a aprovação automática e os ciclos de alfabetização, e que muitos professores ainda não compreendem como se dá este processo. Os maiores prejudicados são os educandos, que “passam de série” mesmo sem estarem alfabetizados, e quando chegam ao 3º ano do ciclo, antiga 2ª série ficam retidos por vários anos e são rotulados como “alunos problemático”, que não tem mais jeito. Quantas vezes já ouvimos ou falamos algo desse tipo, e muitas vezes, mesmo sem o conhecimento necessário, afirmamos que o aluno tem “problema de cabeça”. Não procuramos entender o motivo pelo qual o educando não consegue desenvolver a aprendizagem, quais as causas e como podemos intervir para ajudar esses indivíduos que acabam se tornando excluído dentro da própria sala de aula. Nessa pesquisa mundial, psicólogos, educadores e médicos de quase todos os países acabaram por concordar que as principais causas desses distúrbios podem ser classificadas como neurológicas, algumas vezes genéticas, possivelmente intensificadas por distúrbios emocionais secundários. Alguns especialistas referiram-se ainda à privação cultural, devido ao status sócio econômico inferior, como causas desses problemas de aprendizagem. A psicóloga clínica escolar Sara Pain, em seu livro Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem, chama de problemas de aprendizagem a todos os distúrbios psicopedagógicos que interferem diretamente na aprendizagem. Sara faz um estudo da patologia da aprendizagem como se apresenta na escola e no consultório. Para isso leva em conta a análise de vários fatores: • Fatores orgânicos e constitucionais da criança; • Fatores específicos, localizados principalmente na área perceptivo-motora (visão, audição, coordenação motora); • Fatores psicógenos, que compreendem os fatores emocionais e intelectuais; • Fatores ambientais, representados pelo lar, pela escola e pela comunidade como um todo. Como vimos, é difícil fazer uma classificação dos distúrbios que prejudicam
  • 15. 14 a aprendizagem, uma vez que não existe uma definição precisa do que seja um distúrbio de comportamento, nem o que seja um comportamento considerado normal. Qualquer definição de mudança ou variação de um comportamento será sempre relativa ao ambiente cultural, social e histórico que cerca o indivíduo. Em geral as dificuldades de leitura e escrita conduzem a outras dificuldades de aprendizagem. As crianças que não conseguem aprender a ler e a escrever acabam por fracassar nas outras disciplinas escolares que implicam no conhecimento da linguagem. Na vida prática não conseguem se orientar sozinhas, pois não leem sinais, avisos e advertências. Não se mantêm atualizados, pois não são capazes de ler jornais, revistas, livros. Portanto, não se desenvolvem intelectualmente, como poderiam, se lessem e escrevesse, além de não terem uma realização social e emocional plena. Muitas crianças falham ao tentar atingir um padrão adequado de alfabetização. Muitas delas permanecem analfabetas, tornando-se não só um problema escolar, mas, em longo prazo, um problema social. Essas crianças devem ter um distúrbio de uma determinada origem que as impede de aprender. Esse distúrbio deverá ser diagnosticado por um especialista. Cabe ao professor observar as crianças, perceber aquelas que apresentam problemas de aprendizagem e encaminhá-las ao especialista adequado para diagnóstico e tratamento.
  • 16. 15 7 A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZADO (...) É preciso enxergar na diversidade não apenas os pontos de fragilidade, mas também a riqueza das respostas possíveis encontradas pelos grupos familiares, dentro de sua cultura, para as suas necessidades e projetos. Afonso & Figueiras Desde Freud, família, e, em especial , a relação mãe-filho, tem aparecido como referencial explicativo para o desenvolvimento emocional da criança. A descoberta de que os anos iniciais de vida são cruciais para o desenvolvimento emocional posterior focalizou a família como locus potencialmente produtor de pessoas saudáveis, emocionalmente estáveis, felizes e equilibradas, ou como o núcleo gerador de inseguranças, desequilíbrios e toda sorte de desvios de comportamento. Segundo Souza, (1985 p.16) “A família é o microcosmo, tudo que passou no mundo externo tem sua origem primeira no grupo familiar”. Entendemos que a família, célula mater da sociedade, pode ser enfocada sob uma dupla ótica. Se vista pelo seu lado interno, refere-se ao indivíduo, sua origem, desenvolvimento e crescimento que o tornam capaz de vir a ser participante em sua sociedade. E este seria o lado externo da família voltado para o mundo à sua volta Quando se pretende refletir sobre o lugar da família na política social na sociedade contemporânea é preciso ressaltar algumas premissas básicas: As expectativas em relação à família estão, no imaginário coletivo, ainda impregnadas de idealizações, das quais a chamada família nuclear é um dos símbolos. A maior expectativa é de que ela produza cuidados, proteção, aprendizado dos afetos, construção de identidade e vínculos relacionais de pertencimento, capazes de promover melhor qualidade de vida a seus membros e efetiva inclusão social na comunidade e sociedade em que vivem. No entanto, estas expectativas são possibilidades, e não garantias. A família vive num dado contexto que pode ser fortalecedor ou esfacelador de suas possibilidades e potencialidades Há de se lembrar, também, que os casos de violência (física, sexual, psicológica) as doenças graves em membros da família, o alcoolismo, os conflitos com os pais, o litígio entre estes, as desavenças com outros membros da família ou
  • 17. 16 outros fatores de instabilidade que ameaçam o equilíbrio familiar podem ser fatores de interferência no desempenho escolar. Devemos, ainda citar os modelos de família pouco estruturados ou os modelos que “fogem” aos padrões habituais, como determinantes de instabilidade emocional e de interferência no rendimento escolar. Outra circunstância que determina grande ansiedade na criança é a exagerada expectativa, dos pais, em relação ao seu desempenho no aprendizado. Muitos pais insistem na alfabetização precoce, ignorando e desrespeitando o processo obrigatório de amadurecimento neurológico do seu filho. Vale mencionar a desmotivação, por parte da criança para aprendizado, pelo sentimento de inferioridade gerado pela super. Proteção que os pais lhe dispensam. Em situação oposta, encontram-se pais que pouco participam da vida dos filhos, ou até os rejeitam, pelos motivos mais variados. Portanto, os descompassos familiares exercem uma forte influência no desempenho escolar da criança, levando- a ao insucesso. A existência de dificuldades na adaptação social e ambiental interfere no estado emocional da criança e a leva à defasagem no aprendizado escolar. Dentro da família existem problemas que afetam direta ou indiretamente a criança, refletindo-se no desempenho escolar. Neste caso, um trabalho conjunto entre família e escola pode sem dúvida ajudar a criança a vencer as dificuldades.
  • 18. 17 8 FATORES DO AMBIENTE FAMILIAR QUE INFLUENCIAM NO APARECIMENTO DE DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM Uma grande parte dos problemas educacionais infantis continua a se originar no lar. Os reflexos inerentes às dificuldades escolares interferem em várias atividades cotidianas e podem comprometer as relações, sejam elas familiares, sociais, culturais ou emocionais, do indivíduo. O clima amigável e de respeito mútuo é o ideal para o lar. As brigas e discussões dão origem a perturbações emocionais, tanto nas crianças como nos adultos. Do clima emocional que se estabelece em um lar, depende muito o relacionamento entre pais e filhos. A harmonia do casal e o tratamento igual dispensado a todos os filhos, sem privilegiar um ou outro, são elementos fundamentais para a obtenção de um bom clima emocional. Há crianças que se sentem incompreendidas pelos pais, por estes serem muito severos, impondo-lhes castigos violentos ou submetendo-as a uma disciplina rígida. Diante disso elas não se sentem amadas e tornam-se inseguras. Esta insegurança reflete-se na aprendizagem e no seu rendimento escolar. Quando, ao contrário, o pai é muito liberal, dando ampla liberdade aos filhos, eles podem tornar-se voluntariosos, querendo que sempre prevaleça sua vontade. Na escola, são aqueles alunos que perturbam o professor com suas exigências e demonstrações de crianças mimadas. Principalmente os filhos únicos costumam apresentar esses problemas. Tornam-se alunos desagradáveis para os colegas e antipáticos aos professores. É preciso que professores compreendam essas situações e evitem os castigos drásticos e as repreensões violentas, pois em casos extremos essa atitude pode gerar na criança distúrbios psíquicos extremamente negativos. Na escola, descarregam todas as suas tensões, apresentando-se como alunos insubordinados e perturbadores da ordem. São revoltados, tanto na escola como no trabalho. As crianças passam a sofrer uma série de interferências negativas, nos diversos ambientes que frequentam; em várias ocasiões são rejeitadas pelos amigos que as consideram menos capazes e menos inteligentes; o seu progresso escolar e intelectual processa-se de modo ineficiente ou insuficiente, colocando-as em uma posição de inferioridade; o somatório desses fatores interfere,
  • 19. 18 de forma acentuada, no seu estado emocional; uma vez comprometido o seu estado emocional, manifestam-se as alterações comportamentais nas mais variadas formas.
  • 20. 19 9 NÍVEL CULTURAL, EDUCACIONAL E SÓCIO-ECONÔMICO DA FAMÍLIA O nível cultural e educacional da família influi grandemente nos resultados acadêmicos das crianças. As diferenças individuais entre alunos, devidas à sua origem familiar, à sua educação no lar e à sua própria personalidade, irão produzir resultados diferentes no processo de ensino-aprendizagem. Uns terão total sucesso, até mesmo além das expectativas dos professores. A maioria se manterá em um nível razoável de aprendizagem, que lhes permitirá passar de ano e progredir nos estudos. Outro grupo terá muitas dificuldades e precisará vencer muitos obstáculos para conseguir aprender. Se a família for dedicada às artes e às letras, desde cedo as crianças desenvolveram o gosto pela leitura, pelo teatro, pela pintura e por todas as formas do belo. Se tiver tendência para Ciências Exatas ou Biológicas, as crianças irão para a escola com boa base em Matemática e ciências. Os pais que não tem instrução, ou cursaram apenas as quatro primeiras séries do primeiro grau, ou são analfabetos, não podem oferecer esse currículo oculto a seus filhos, mas podem ensinar-lhes conhecimentos práticos muito úteis Os hábitos de estudo e a valorização da escola são passados pela tradição cultural de cada família. Essa tradição é muito valiosa. Isso porque, dependendo do grau de importância que se dá à formação acadêmica, maior será o empenho dos jovens em estudar, cursar uma universidade, conseguir uma profissão liberal, aperfeiçoando-se cada vez mais. A educação é considerada por quase todas as sociedades como elevador social por excelência. Outro fator importante que exerce uma enorme influência no aparecimento de problemas de aprendizagem é o nível socioeconômico da família. Graças às características individuais dos alunos, cada classe reúne um grupo heterogêneo de pessoas, com peculiaridades próprias, que se diferenciam umas das outras, apesar de pertencerem ao mesmo nível de adiantamento nos estudos e à mesma escola. Assim como os alunos são diferentes entre si, eles também provêm de lares diferentes. Seus pais têm pensamentos, atitudes, modos de encarar a vida, a escola e, sobretudo a educação completamente diversas. Seu grau de instrução, seus
  • 21. 20 comportamentos e papéis sociais são diferentes, e eles ocupam diferentes posições na sociedade. Também os níveis de aspirações desses pais variam. Alguns colocam objetivos muito altos para seus filhos: a universidade e as profissões liberais. Outros são mais modestos, querem apenas que seu filho saia apto para iniciar-se em um ofício prático ou em um emprego qualquer de escritório ou de fábrica. Todas essas aspirações familiares se refletem no aluno, portanto indiretamente, os diferentes objetivos das famílias irão se refletir no processo de ensino-aprendizagem.
  • 22. 21 CONCLUSÃO Concluímos através desta pesquisa, a importância do conhecimento, principalmente quando se refere à educação de nossas crianças. Infelizmente sabemos que atualmente é muito grande o número de educandos que apresentam dificuldades específicas de aprendizagem, e nós professores e pais por falta de conhecimentos faltam de habilidades para ajudá-los a diminuir ou até mesmo superar essas dificuldades, muitas vezes contribuímos para que essas crianças se tornem mais um excluído, com baixa estima e sem estímulos para desenvolverem a aprendizagem. É necessário que todos se conscientizem que muitas são as causas que contribuem para o aparecimento das dificuldades de aprendizagem, e que elas podem aparecer em qualquer criança, independente do estrato social a que pertença, sendo que, o meio ambiente no qual ela está inserida tem uma grande influência em seu desenvolvimento. Existem vários fatores que interferem na aprendizagem, porém um dos mais importantes é a família, que atualmente estão muito desestruturadas, e a maioria da nossa população é das classes menos favorecidas, por isso os pais não tem tempo para acompanharem o desenvolvimento escolar dos filhos, pois vivem em busca de trabalho para sobreviverem e muitas vezes as próprias crianças trabalham para ajudar os pais. Em condições habituais, todo o indivíduo tem possibilidades para o aprendizado escolar, mas a abrangência e a velocidade são variáveis e podem ficar aquém das expectativas dos pais, professores e da própria criança. Como vimos é difícil fazer uma classificação dos distúrbios que prejudicam a aprendizagem. Em geral as dificuldades de leitura e escrita conduzem a outras dificuldades de aprendizagem
  • 23. 22 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BRUNER, S. Jerome. Uma nova teoria da aprendizagem. 2ª ed. Rio de Janeiro, Bloch, 1969. DROUET, Ruth Caribe da Rocha. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo, editora. Ática, 2001. PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem, Porto Alegre, Artes Médicas, 1985. POPPOVIC, Ana Maria e GOLUBI, Genny de Moraes. Prontidão para alfabetização; programa para o desenvolvimento de funções específicas. São Paulo, Vetor. 1996. PROFA, Programa de formação de professores alfabetizadores. Ministério de Educação, 2001. SCHMITZ, E. F. Didática Moderna. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1982.