3. O que isto tem a ver com
Deficiência Intelectual?
O que primeiro lhe chama a atenção a pessoa ou a sua
deficiência ?
O seu foco é na deficiência ou na eficiência da pessoa?
Pense um pouco sobre estas questões e
veja se precisa mudar o seu olhar
4. Fundamentos Legais da Educação
Inclusiva
A Educação Especial, como
modalidade da educação escolar,
organiza-se a fim de cumprir os
seguintes dispositivos legais, os quais
também devem traduzir-se em
princípios políticos e pedagógicos:
5. A Constituição Federal estabelece que o
acesso ao ensino é um direito e que este
atendimento deve ser realizado
preferencialmente na rede regular de ensino
(art.208).
Constituição Federal de 1988Constituição Federal de 1988
6. Para tanto, é necessário a “criação de programas de
prevenção e atendimento especializado para os
portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem
como de integração social do adolescente portador de
deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a
convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços
coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos
arquitetônicos” (art.227, inciso I).
7. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n°.8.069/90Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n°.8.069/90
O ECA dispõe, entre outros direitos, que:
“nenhuma criança ou adolescente será
objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus
direitos fundamentais” (art.5º); “a criança e
o adolescente portadores de deficiências
receberão atendimento especializado.”
(art. 2º).
8. Lei de Diretrizes e Bases da Educação NacionalLei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
– LDBEN 9394/96– LDBEN 9394/96
A LDB, em seu capítulo V, estabelece: “atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino”
art.4º); “haverá quando necessário, serviços de apoio
especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades
da clientela da educação especial”
(art.58, parágrafo 1º) “O atendimento educacional será feito em
classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função
das condições específicas dos alunos, não for possível a sua
integração nas classes comuns de ensino regular”
9. (art.58, parágrafo 2º); “A oferta de educação especial,
dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de
zero a seis anos, durante a educação infantil” (art.58,
parágrafo 3º).
art.58, parágrafo 3º). “Os sistemas de ensino assegurarão aos
educandos com NEEs: currículos, métodos, técnicas ,
recursos educativos e organização específicos, para atender
às suas necessidades; terminalidade específica para aqueles
que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão
do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa
escolar para os superdotados; educação especial para o
trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em
sociedade, inclusive condições adequadas para os que não
revelarem capacidade de inserção no trabalho
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais
afins, bem como para aqueles que apresentam uma
habilidade superior nas áreas artísticas, intelectual ou
psicomotora”
10. Resolução n.º 004 CNE/CEB de julho de 2010Resolução n.º 004 CNE/CEB de julho de 2010
Seção II Educação EspecialSeção II Educação Especial
Art. 29. A Educação Especial, como modalidade transversal a todos os níveis,
etapas e modalidades de ensino, é parte integrante da educação regular,
devendo ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar.
Alterações do Código Civil pela Lei 13.146/2015Alterações do Código Civil pela Lei 13.146/2015
Foi sancionada, no dia 6 de julho de 2015, a Lei 13.146/2015, que
institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
11. Entre vários comandos que representam
notável avanço para a proteção da dignidade da
pessoa com deficiência, a nova legislação altera
e revoga alguns artigos do Código Civil (arts. 114 a
116), trazendo grandes mudanças estruturais e
funcionais na antiga teoria das incapacidades, o
que repercute diretamente para institutos do
Direito de Família, como o casamento, a
interdição e a curatela.
12. Como educadores .....
qual a nossa
concepção de
desenvolvimento e
aprendizagem ?
Filho de peixe peixinho é
Ou
Diga com quem tu andas
que eu direi quem tu és
Ou não seria nenhuma dessas ?
13. O que é a deficiência Intelectual?O que é a deficiência Intelectual?
Funcionamento intelectual significativamente
abaixo da média, coexistindo com limitações
relativas a duas ou mais das seguintes áreas de
habilidades adaptativas: comunicação e
autocuidado, habilidades sociais, segurança,
funcionalidade acadêmica, lazer e trabalho.
Manifesta-se antes dos 18 Anos de idade.
AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico
e Estatístico de Transtornos Mentais),
14. Enfoques teóricos da deficiênciaEnfoques teóricos da deficiência
intelectual (DI)intelectual (DI)
No Brasil, do ponto de vista legal, o Decreto
nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999,
Capítulo I, Artigo 4º, considera deficiência
intelectual quando (BRASIL, 1999):
15. [...] funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos
dezoito anos e limitações associadas a duas ou
mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
a) comunicação;
b) cuidado pessoal;
c) habilidades sociais;
d) utilização dos recursos da comunidade;
e) saúde e segurança;
f) habilidades acadêmicas;
g) lazer; e
h) trabalho.
16. Para confirmar que uma pessoa tem deficiência intelectual, é
necessário realizar o diagnóstico. O atraso cognitivo é diagnosticado
observando-se a capacidade cerebral da pessoa para aprender,
pensar, resolver problemas, encontrar sentido e compreender o
mundo em que vive, ou seja, analisando-se o seu funcionamento
intelectual.
17. Histórico da DIHistórico da DI
Por um longo período da história da
humanidade, deficiência ou retardo mental
foram os termos utilizados e eram associados,
muitas vezes, erroneamente a outras condições
médicas como doenças psiquiátricas.
18. A aprendizagem do aluno com
deficiência intelectual
“O deficiente intelectual aprende de acordo
com suas características e em ritmo próprio
“(RODRIGUES, 2013, p. 54).
19. a importância da escola na vida desses
sujeitos para não somente propiciar o
desenvolvimento de habilidades como
também desfazer esses equívocos que
impedem a inserção social.
20. a importância da escola na vida desses
sujeitos para não somente propiciar o
desenvolvimento de habilidades como
também desfazer esses equívocos que
impedem a inserção social.
21. Pratica pedagógica na deficiência
intelectual
A condição de deficiência
intelectual não pode nunca
predeterminar qual será o limite de
desenvolvimento do indivíduo.
22. Contextualizando a DIContextualizando a DI
Fase da exclusão e da discriminação
O misticismo e as crenças religiosas
Luto e sentimento de culpa
Jornada em busca da causa e cura
Fase do diagnóstico - constatação da
deficiência
Busca pela apoio da família e da escola
Enfrentar o preconceito e encarar a
deficiência investindo no potencial
Fase da inclusão - Mudança de olhar
24. Toda pessoa DI é doente / demente mental
Morrem cedo
Precisam usar remédios controlados
São agressivas, perigosas ou dóceis
São em geral incompetentes
Existe um “culpado”
O meio ambiente pouco pode fazer por eles
Eles só ficam bem se relacionados com seus
“iguais”
Para o aluno DI, a escola é apenas um lugar
para exercer alguma ocupação fora de casa
25. A quebra destes mitos tornou-se oA quebra destes mitos tornou-se o
ideal de muitos familiares eideal de muitos familiares e
estudiosos no assunto, para queestudiosos no assunto, para que
as habilidades destas pessoasas habilidades destas pessoas
não fossem reduzidas e suas vidasnão fossem reduzidas e suas vidas
limitadas.limitadas.
26. EtiologiasEtiologias
Fatores pré-natais, perinatais e pós-natais
• genéticas ou hereditárias, decorrentes de
herança ou alterações genéticas. Destaca-se
a síndrome de Down e síndrome do X Frágil
• ambientais, decorrentes de fatores externos
como, por exemplo: toxoplasmose, rubéola,
sífilis, dentre outros.
28. BARBEL INHELDERBARBEL INHELDER
Conclui que os deficientes mentais pensam com lógica,
raciocinam , mas só conseguem atuar com lógica
quando os objetos estão apresentados de forma
concreta .
Eles só não tem acesso à lógica formal.
29. PiagetPiaget
A deficiência é uma estrutura cognitiva
inacabada.
Aprendizagem decorre da ação do sujeito
sobre o objeto.
O trabalho com os pares favorece a
construção do conhecimento e o
desenvolvimento das estruturas cognitivas
30. VygotskyVygotsky
Dificuldades pensamentos abstratos
Passam pelos mesmos estágios da criança sem deficiência
Intelectual, apenas com lentidão
Aprendizagem gera o desenvolvimento
A internalização dos conhecimentos concretiza-se na atividade
que a criança realiza com os objetos e os fenômenos do mundo
que acerca.
Para que a atividade se efetive, é necessária a comunicação
prática e verbal com as pessoas que a rodeiam.
31. Leontiev
Considera aspectos importantes concernentes à deficiência
intelectual, tais como as disposições biológicas e as particularidades
intelectuais (principalmente as referentes à atividade nervosa superior),
destacando:
• a importância das particularidades emocionais;
• o campo das motivações da personalidade da criança.
• as condições sociais em que a criança vive e se desenvolve, os
métodos pedagógicos utilizados, a necessidade de ajuda especial são
aspectos fundamentais.
32. PerspectivasPerspectivas
• 87% destas pessoas só serão um pouco mais
lentas do que a maioria na aprendizagem e
aquisição de outras competências.
• 13% terão muito mais dificuldade na
escola, na sua vida familiar e comunitária
33. Não restrinja asNão restrinja as
possibilidades do aluno DIpossibilidades do aluno DI
34. TODAS AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL SÃO CAPAZES DE CRESCER, APRENDER ,
DESENVOLVER-SE E VIVER DE FORMA DIGNA E
SATISFATÓRIA A SUA VIDA ADULTA.
35. Modelo Teórico do Sistema 2002 da AARMModelo Teórico do Sistema 2002 da AARM
Apoios
Funcionamento Individual
V. Contexto
IV. Saúde
III. Participação,
interações, papéis
sociais
II.Comportamento
Adaptativo
I. Habilidades Intelectuais
36. O que deve ser observado noO que deve ser observado no
diagnósticodiagnóstico
Três critérios devem ser observados no
processo de diagnóstico:
o funcionamento intelectual da
pessoa,
o comportamento adaptativo e
a idade do aparecimento ou
manifestação dos sinais indicadores
de deficiência intelectual.
38. Medidas proveitosasMedidas proveitosas
Envolva os colegas com o processo de
aprendizagem do aluno DI
Forme grupos cooperativos
Utilize materiais concretos para ensinar
conceitos abstratos
Prepare versões simplificadas do material
didático
Evite o discurso do “não pode”, “não
sabe”, “não faz”.
39. Aprenda tudo que puder sobre o
assunto
Reconheça que seu empenho faz
diferença
Desenvolva no aluno
competências de vida diária
Trabalhe com os pais
40. A EDUCAÇÃO DO ALUNO
Investimento no Raciocínio Lógico Matemático
Estimular percepção
Discriminação
Generalização
Motricidade
Autonomia
Independência
Comunicação
Habilidades Sociais
42. O aluno com deficiência IntelectualO aluno com deficiência Intelectual
necessita:necessita:
Estar junto dos colegas da
mesma faixa etária
Ter uma vida social e
emocional
E, acima de tudo...
44. Como tratar pessoas com
deficiência intelectual
Aja naturalmente ao dirigir-se a ela
Trate-a de acordo com sua idade
Não a ignore. Cumprimente como
faria com qualquer pessoa
Dê atenção a ela, converse.
Não superproteja. Ajude apenas
quando for realmente necessário.
Não subestime sua capacidade.
45. Uma pessoa pode ser considerada
deficiente em uma determinada cultura
e não deficiente em outra, de acordo
com a capacidade dessa pessoa
satisfazer as necessidades dessa
cultura. Isso torna o diagnóstico
RELATIVO.
ATENÇÃO !
46. Para não concluir.....Para não concluir.....
A pessoa com deficiência intelectual necessita
de estímulos no seu desenvolvimento global,
motor, afetivo, social linguagem e cognitivo. Esses
estímulos serão cruciais para potencializar o seu
desenvolvimento e favorecer suas habilidades
adaptativas, condição básica para sua inclusão
social.