Palestra itajubá inovação aberta eduardo grizendi novembro 2013.
O negócio provedor de infra estrutura utilities v inatel
1. O “Negócio” Provedor de Infra-estrutura
de Telecomunicações para as "Utilities"
Eduardo Grizendi
Professor do Inatel, Consultor da RNP
egrizendi@inatel.br
eduardo.grizendi@ion.rnp.br
Blog: www.eduardogrizendi.blogspot.com
Eduardo Grizendi 1
2. A demanda do Mercado de Infra- A médio prazo (8 a
estrutura 10 anos):
• Ampla disponibilidade de
infra-estrutura nas
principais rotas de longa
A partir de 2001: distância e nas principais
Até 2000:
regiões comerciais das
Empresas vêem infra- • Infra-estrutura começa a perder grandes cidades
estrutura como ativo importância como ativo estratégico
• Consolidação de rotas com
estratégico • Excesso de infra-estrutura disponível melhores relações
• Ênfase na construção de em algumas rotas X carência em outras custo/benefício de direitos
infra-estrutura própria • Foco na valorização do relacionamento de passagem, já existentes
(grandes investimentos, com o consumidor final ou a serem construídas
reserva de infra-estrutura)
• Carência de recursos para investimento • Oferta da infra-estrutura
• Não comercialização da faz empresas considerarem a compra excedente ao mercado
infra-estrutura excedente, de infra-estrutura pronta e sob medida • Demanda por infra-estrutura
senão por swaps (ativo
• Opção pelo OPEX em relação ao em rotas secundárias de
estratégico por ativo
CAPEX longa distância e em
estratégico)
regiões de maior
• Tendência ao compartilhamento de crescimento econômico das
infra-estrutura e swaps médias e grandes cidades
• Comoditização do mercado de ( crescimento vegetativo do
capacidade mercado)
• Comoditização do mercado
de infra-estrutura disponível
Eduardo Grizendi 2009 2
3. Meios atuais utilizados para implantação de
Redes Metropolitanas e de Longa Distância de
Telecomunicações
• Redes Aéreas
– Utilização principalmente da posteação das
distribuidoras de energia elétrica
• Redes Subterrâneas
– Utilização de direitos de passagem em rodovias,
ferrovias, gasodutos/oleodutos e linhas de
transmissão de energia elétrica
Eduardo Grizendi 2009 3
4. Necessidades das empresas de
telecomunicações
• Traçado Atual
– Rotas Metálicas
• Urbanas, em praticamente todas as ruas e avenidas
• De curta distância, em algumas rotas de rodovias, ferrovias,
oleodutos/gasodutos e linhas de transmissão de energia elétrica em
regiões metropolitanas
– Rotas Ópticas
• Urbanas, em locais de alta densidade
– Conceito de FTTC (Fiber To The Curb)
– Parques industriais & Centros Comerciais
• De média e longa distância, entre médias e grandes cidades.
Eduardo Grizendi 2009 4
5. Necessidades das empresas de
telecomunicações
• Traçado Futuro
– Rotas Metálicas
• Urbanas, em praticamente todas as ruas e avenidas
• Metropolitanas, em alguns trechos de rodovias, ferrovias,
oleodutos/gasodutos e linhas de transmissão de energia elétrica
em regiões metropolitanas
– Rotas Ópticas
• Urbanas e metropolitanas, em locais de média e alta densidade
– Conceito de FTTH (Fiber To The Home)
– Residências de Classe A e B, prédios comerciais, condomínios residenciais e
empresariais, parques industriais & centros comerciais
• De curta, média e longa Distância, entre pequenas, médias e
grandes cidades
Eduardo Grizendi 2009 5
6. Construções Subterrâneas
• Abertura de vala
– Vala normal ou Microvala
– Vala técnica (compartilhada com outras infra-estruturas)
– Método Destrutivo e Não Destrutivo
• Colocação de Dutos (2, 3, 4, 7 ...)
• Instalação de caixas de passagem
Eduardo Grizendi 2009 6
7. Cobrança pelo Uso do Solo
• Município tem tentado cobrar por uso de solo
– Cobrança por metro linear de vala
– Cobrança por metro linear X nº de dutos
– Cobrança por metro linear X nº de dutos X nº de fibras
instaladas
• Operadoras de Telecom recorrem em juízo alegando
solo da federação e que outorga do serviço inclui
permissão
O que é justo ???
Eduardo Grizendi 2009 7
8. Compartilhamento
• Operadoras de telecomunicações desejam compartilhar
para:
– Otimizar uso do solo
– Reduzir investimentos
– Diminuir obras
• Regulamentos da ANATEL sugerem o compartilhamento
– Regulamento Conjunto ANATEL, ANEEL e ANP
• "Utilities" podem e deven ser um agente estimulador do
compartilhamento
Que meios a “utility” tem para estimular o
compartilhamento???
Eduardo Grizendi 2009 8
9. Manutenção da Infra-estrutura
• Manutenção intervêm nos logradouros e vias:
– Gera transtornos
– Dificilmente fica como antes
• Diversas empresas de manutenção trazem diferentes
tratamentos de recuperação
• "Utility" pode e deve atuar como agente organizador
– Unificar as atuações sobre o solo e sua recuperação
A "Utility" tem interesse de, direta ou indiretamente,
oferecer o serviço ???
Eduardo Grizendi 2009 9
10. Propriedade da Infra-estrutura
• A infra-estrutura até então é de propriedade das
operadoras de telecomunicações
• Provedores de Infra-estrutura neutros estão surgindo no
mercado:
– Constroem e vendem ou alugam dutos e fibras ópticas não
iluminadas (“dark fiber”) às operadoras de telecomunicações;
• Muitas “Utilities”, rodovias, ferrovias e de gás/petróleo
nos EUA e Europa são proprietários da infra-estrutura
– Atuam como provedores de infra-estrutura
Como a "Utility" pode participar deste “negócio” ???
Eduardo Grizendi 2009 10
11. Formas de Parcerias entre a "Utility" e as
Operadoras de Telecom
• Permissão de uso da vala em troca de infra-estrutura
para a própria "Utility".
• Permissão de uso da vala em troca por serviços de
telecomunicações para a "Utility"
• Cessão de Infra-estrutura em troca por serviços de
telecomunicações para a "Utility"
• Comercialização de Infra-estrutura
Exploração do negócio de infra-estrutura de
telecomunicações !!!
Eduardo Grizendi 2009 11
12. Direcionamento Estratégico
• Tratar rotas de telecomunicações como infra-
estrutura básica
– Novas aberturas de valas nas vias das “utilities” devem
incluir dutos para redes ópticas e metálicas
– Caixa de derivação em pontos estratégicos
Pensar longe. Agir agora !!!
Eduardo Grizendi 2009 12
13. O Modelo de Negócio
Provedor de Infra-estrutura
Óptica de Telecomunicações
Eduardo Grizendi 2009 13
14. Tipos de Provedores de Infra-estrutura
• Torres em operação
– Empresas de “Tower Management”
– Compra/constrói/aluga sites de/para operadoras de celulares e trunking
• Áreas para co-location
– IDCs, Teleportos, NAPs
– Coberturas de Prédios
– Áreas em faixa servidão de “Utilities”
– Constrói e aluga áreas para o mercado de TI & Telecom
– Serviços de Hosting & Co-location
• Dutos e Fibras Apagadas
– Compartilhados pelas operadoras de telecomunicações e governo
Eduardo Grizendi 2009 14
15. Previsão Legal
LGT, Art. 73: “As prestadoras de serviços de telecomunicações
de interesse coletivo terão direito à utilização de postes,
dutos, condutos e servidões pertencentes ou controlados
por prestadora de serviços de telecomunicações ou de
outros serviços de interesse público, de forma não
discriminatória e a preços e condições justos e
razoáveis.
Parágrafo único. Caberá ao órgão regulador do cessionário dos
meios a serem utilizados definir as condições para adequado
atendimento do disposto no caput”
Eduardo Grizendi 2009 15
16. O Modelo de Negócio
• Visão do Mercado de Telecom:
– Provedora de Infra-estrutura Óptica de Telecomunicações
• Visão da “Utility” :
– Agregação de Valor a seu Ativo, através da
Comercialização de Produtos e Serviços de Infra-estrutura
– Disponibilidade de um Portfólio de Produtos e Serviços de
Infra-estrutura Óptica para Telecomunicações
Eduardo Grizendi 2009 16
17. O Modelo de Negócio
• Comercialização de infra-estrutura (dutos e fibras apagadas)
– Rotas Metropolitanas ou
– Rotas de Longa Distância
• Negociação de contratos de longo prazo
• Constituição de uma carteira de recebíveis de longo prazo;
• Receitas protegidas da comoditização dos preços de mercado
mediante contratos de longo prazo
• Baixo nível de despesa operacional, em virtude de não acender
fibra;
Eduardo Grizendi 2009 17
18. Potenciais Clientes
• Operadoras de Serviços de Telecomunicações
• Operadoras de Serviços de TV por Assinatura
• Governo
• Grandes usuários de telecomunicações
Eduardo Grizendi 2009 18
20. IRU (Indefeasible Right of Use)
• Cessão de direito de uso, por contrato de
longo prazo (10 a 25 anos)
• Caracterização de “venda” de ativo
• Preços mais baixos comparativamente à
modalidade de aluguel
• Comprador pode ceder direito a terceiros
• Comprador paga pelos Serviços de O&M
Eduardo Grizendi 2009 20
21. Aluguel
• Aluguel por contrato de longo prazo (5 a 10
anos)
• Caracterização de “aluguel” de ativo
• Preços mais altos comparativamente à
modalidade de IRU (10 a 15 %)
• Locador normalmente é impedido de ceder
direito a terceiros
• Locador paga pelos Serviços de O&M
Eduardo Grizendi 2009 21
22. Portfolio de Produtos & Serviços
• Produtos de Infra-estrutura:
– Direitos de Passagem: cessão de direito em faixa servidão ou uso
do solo para construção
– Dutos: dutos de telecom enterrados
– Fibras Apagadas: fibras ópticas não iluminadas em cabos ópticos
lançados nos dutos enterrados
• Serviços de O&M e Co-location
– Manutenção Básica (Preventiva & Corretiva): serviço de
manutenção de fibras apagadas, preventiva e corretiva
– Manutenção Eventual: serviço de manutenção por solicitação do
cliente das fibras apagadas
– Serviços de Co-location: aluguel de espaço com ou sem
climatização e energização para o cliente instalar equipamentos
Eduardo Grizendi 2009 22
23. O que o mercado quer e precisa?
• Infra-estrutura de varejo: fibras
apagadas
• Infra-estrutura de atacado: dutos &
Direitos de Passagem (RoW-
Rights of Way)
Eduardo Grizendi 2009 23
24. O que o mercado quer? Como quer?
Fibras Apagadas
• Preferência em rotas de longa distância
– fibra apagada ao invés de duto
– 2 a 4 pares por cliente
• Contrato de Aluguel ou IRU, pagamento
anual, de longo prazo
– 5 a 10 anos
• Preferência por rotas longas, trechos
específicos e também pelo conjunto de todas
as rotas
Eduardo Grizendi 2009 24
25. O que o mercado quer? Como quer?
Dutos
• Preferência em rotas metropolitanas
– duto ao invés de fibra apagada
• Contrato de IRU, pagamento anual, de
longo prazo
– 10, 15, 20 & 25 anos
• Preferência por rotas curtas ou trechos
específicos e não pelo conjunto de todas as
rotas
Eduardo Grizendi 2009 25
26. O que o mercado quer? Como quer?
Direitos de Passagem
• Preferência em rotas metropolitanas
• Contrato de IRU, pagamento anual, de longo
prazo
– 10, 15, 20 & 25 anos
• Preferência por parte do pagamento a entrega
de parte da infra-estrutura
• Preferência por rotas curtas ou trechos
específicos e não pelo conjunto de todas as
rotas
Eduardo Grizendi 2009 26