SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 20
Profª Elaine Teixeira
Entende-se por Literatura o conjunto de manifestações
artísticas e humanas tendo a palavra, seja ela falada ou
escrita, como recurso para transmitir a realidade de forma
verossímil e/ou transpor os sentidos de realidade por
meio da imitação, mimese. (Aristóteles,séc.IV a.c.) 
A OBRA LITERÁRIA PODE SER :
1) um instrumento de fuga da realidade;
•Ao lermos, por exemplo, uma história de aventuras, embarcamos em um navio
pirata, lutamos ao lado de um herói, sonhamos...
2) arte pela arte;
Certas épocas literárias são marcadas pela importância que os autores atribuem à
perfeição formal de suas obras. Os temas passam para um segundo plano, só
interessando a beleza estética. Quando isso ocorre, a literatura pode alienar-se da
realidade.
3) uma literatura engajada;
 É a literatura de autores comprometidos com a defesa de ideias políticas e
religiosas. Quando limitam o trabalho criativo à retórica de convencimento, a obra
reduz-se a um panfleto, mero instrumento de propaganda.
“[...] o poeta conta, em sua obra, não o que aconteceu e
sim as coisas quais poderiam vir a acontecer, e que sejam
possíveis tanto da perspectiva da verossimilhança como
da necessidade. O historiador e o poeta não se distinguem
por escrever em verso ou em prosa [...]; a diferença é que
um relata os acontecimentos que de fato sucederam,
enquanto o outro fala das coisas que poderiam suceder. E
é por esse motivo que a poesia contém mais filosofia e
circunspeção do que a história; a primeira trata das coisas
universais, enquanto a segunda cuida do particular”.
Aristóteles
“Todas as ciências da pessoa e da sociedade se mobilizam
diante do poema, da narrativa, de uma peça de teatro. A
ciência da literatura se constitui, assim, em ciência moderna
e cheia de variados saberes.
A literatura faz parte do produto geral do trabalho humano,
da cultura. A cultura de um povo se realiza, em diversos
sentidos nas ciências e nas artes. É um conjunto de fatos e
hábitos socialmente herdados, que determina a vida dos
indivíduos.”
(SAMUEL, 2002, p. 9-10)
1) LÚDICA :
tem por objetivo divertir, proporcionar prazer. Para os gregos a arte tinha uma função
hedonística, ou seja, devia causar prazer, retratando o belo. Para eles, o belo, na arte,
ocorria na medida em que a obra era verossímil, isto é, semelhante à verdade ou à
natureza;
“De repente do riso fez-se pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.”
(Vinícius de Moraes)
2) SINTONIZADORA:
tem por objetivo estabelecer ligação entre os homens de diferentes épocas;
sendo a literatura a arte da palavra e esta, a unidade básica da língua,
podemos dizer que a literatura, assim como a língua que utiliza, é um
instrumento de comunicação e, por isso, cumpre também o papel social de
transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade.
“Quando o português chegou
Debaixo duma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio teria despido
O português.”
(Oswald de Andrade)
3) PARADIGMÁTICA:
tem por objetivo convencer, ensinar, denunciar. Como toda arte, a literatura está
vinculada à sociedade em que se origina;
por vezes, a literatura assume formas de denúncia social, de crítica à realidade, trata-
se de uma literatura engajada, que serve a uma causa político-religiosa ou a uma luta
social;
“Provisoriamente não cantaremos o amor
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso
companheiro...”
(Carlos Drummond de Andrade)
4) COGNITIVA:
como transcrição da realidade, a literatura não precisa,
necessariamente, estar presa a ela; tanto o escritor quanto o leitor fazem
uso de sua imaginação: o artista recria livremente a realidade, assim
como o leitor recria livremente o texto literário que lê;
o leitor em vez de ser considerado um elemento passivo, alguém que
simplesmente recebe o texto, deve ser visto como participante, uma vez
que também usa sua imaginação para ler a obra e recriá-la
5) CATÁRTICA:
tem por objetivo liberar as pressões e as emoções; é uma espécie de
desabafo.
“Quando você me deixou, meu bem me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer...
(Chico Buarque de Holanda)
6) LIBERADORA DO EU:
reflete uma fuga da realidade por desajuste ou discordância.
Confunde-se com a função catártica, sendo que o desabafo aqui ocorre
de forma agressiva, com o objetivo de chocar o leitor;
(Augusto dos Anjos)
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
apedreja essa mão vil que te afaga
e escarra nessa boca que te beija.”
“Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Toma um fósforo, acende teu cigarro,
o beijo, amigo, é a véspera do
escarro;
A mão que afaga é a mesma que
apedreja,
 Prosa: em linhas “corridas”.
 Poesia (verso): a cada linha dá-se o nome de verso e ao conjunto deles, estrofe.
 Estilo individual: é o estilo único de determinado escritor, ou seja, sua visão
única e modo próprio de criação literária.
 Estilo de época: características comuns em obras de autores diferentes, mas
contemporâneos. Ex.: embora Bernardo Guimarães e José de Alencar tenham
estilos diferentes, ambos pertencem ao Romantismo.
 Lírico: o termo lírico vem do latim e significa lira, instrumento musical da ´Grécia
antiga que dava melodia aos poemas da época. Tem a presença do “eu-lírico”, a
voz que fala no poema. Cabe ressaltar que o eu-lírico pode ser masculino ou
feminino independente do autor. O emissor é personagem única desse tipo de
mensagem.
 Dramático: são textos escritos para serem encenados em peças teatrais.
 Épico: Contar em verso o fato histórico e heroico de um povo. As ações são
narradas por versos, temos o poema épico ou Epopeia. Homero escreveu as
epopeias Ilíada e Odisseia (Século IX a. C.).
No Brasil temos 3 epopeias: O Uruguai de Basílio da Gama, Caramuru de Frei de
Santa Rita Durão e A Confederação dos Tamoios de Gonçalves de Magalhães.
 É visto como uma variante do Gênero Épico, enquadrando, neste caso, as
narrativas em prosa.
 É o relato de um enredo, que pode ser baseado em fatos ou ficcional.
 Está dividida em:
 Romance
 Novela
 Conto
 Fábula
 O romance é a mais longa das narrativas. Divide-se em cinco partes: apresentação
na qual são definidas as personagens, complicação quando se encadeiam os fatos,
desenvolvimento, clímax o ápice da ação o encontro da solução e epílogo quando
geralmente é o leitor informado sobre o destino das personagens.
 Elementos estruturadores do romance: enredo é a trama ou intriga, as personagens
são as agentes da narrativa, o tempo da diegese – vida fictícia da narrativa, o espaço
também denominado de cenário ou ambiente, ponto de vista ou foco narrativo é a
relação entre o narrador e o universo diegético e ainda entre o narrador e o
narratário.
(SOARES, 2007)
 Conto: Forma narrativa de menor extensão, se diferencia do romance e da novela
não somente pelo tamanho, mas por conter suas características próprias. É um
episódio singular e representativo. (SOARES, 2007)
Exemplos: Contos, de Machado de Assis; Contos Gauchescos, de Simões Lopes
Neto; Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa.
 Novela: Narrativa intermediária entre o conto e o romance, com todos os
elementos do romance porém em menor número. (SOARES, 2007)
Exemplos: O Alienista, de Machado de Assis; A Hora da Estrela, de Clarice
Lispector.
 O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual
participa também como personagem.
Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa.
Sua maneira de contar é fortemente marcada por características
subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado
revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia
conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a
narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
O narrador-observador conta a história do lado de fora,
na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos
os fatos e, por não participar deles, narra com certa
neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com
imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos
personagens nem das ações vivenciadas.
O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às
vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa.
Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo,
sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas
emoções e pensamentos.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de
consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o
narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o
enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes
das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro
e suas consequências.
A função da literatura. Disponível em:
http://docente.ifrn.edu.br/marcelmatias/Disciplinas/fundamentos-da-literatura-1/fundamentos
Narração: tipos de narrador. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/narracao-tipos-narrador.htm
SAMUEL, Rogel. Novo manual de teoria literária. Petrópolis, RJ. Editora Vozes,2002.
Secretaria de Educação de Pernambuco. A literatura e suas funções. Estilo
individual e estilo de época.
SOARES, Angélica. Gêneros literários. 7 ed. São Paulo. Editora Ática, 2007.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
fabrinnem
 
Ppt texto literário e texto não literário
Ppt texto literário e texto não literárioPpt texto literário e texto não literário
Ppt texto literário e texto não literário
Eugénia Soares
 

La actualidad más candente (20)

INTRODUÇÃO À LITERATURA
INTRODUÇÃO À LITERATURAINTRODUÇÃO À LITERATURA
INTRODUÇÃO À LITERATURA
 
Literatura
LiteraturaLiteratura
Literatura
 
4. generos textuais aula 3
4. generos textuais   aula 34. generos textuais   aula 3
4. generos textuais aula 3
 
Historia da Literatura (orígem)
Historia da Literatura (orígem)Historia da Literatura (orígem)
Historia da Literatura (orígem)
 
Linguagem e comunicação I
Linguagem e comunicação ILinguagem e comunicação I
Linguagem e comunicação I
 
Texto literário e não literário
Texto literário e não literárioTexto literário e não literário
Texto literário e não literário
 
Gênero Textual: Conto
Gênero Textual: ContoGênero Textual: Conto
Gênero Textual: Conto
 
Slide introdução à literatura
Slide introdução à literaturaSlide introdução à literatura
Slide introdução à literatura
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
Introdução a Literatura
Introdução a LiteraturaIntrodução a Literatura
Introdução a Literatura
 
Ppt texto literário e texto não literário
Ppt texto literário e texto não literárioPpt texto literário e texto não literário
Ppt texto literário e texto não literário
 
Funções da Linguagem
Funções da LinguagemFunções da Linguagem
Funções da Linguagem
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
O que é texto
O que é textoO que é texto
O que é texto
 
Linha do tempo - Literatura
Linha do tempo - LiteraturaLinha do tempo - Literatura
Linha do tempo - Literatura
 
Aulas gêneros e tipos textuais
Aulas   gêneros e tipos textuaisAulas   gêneros e tipos textuais
Aulas gêneros e tipos textuais
 
Texto literário e texto não literário
Texto literário e texto não literárioTexto literário e texto não literário
Texto literário e texto não literário
 
Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.Resumo das escola literárias.
Resumo das escola literárias.
 
Teoria da literatura
Teoria da literaturaTeoria da literatura
Teoria da literatura
 
Gêneros textuais
Gêneros textuaisGêneros textuais
Gêneros textuais
 

Destacado

Cuentitos 3° grado
Cuentitos 3° gradoCuentitos 3° grado
Cuentitos 3° grado
patriciarab
 
Introdução ao estudo da literatura - Professora Vivian Trombini
Introdução ao estudo da literatura - Professora Vivian TrombiniIntrodução ao estudo da literatura - Professora Vivian Trombini
Introdução ao estudo da literatura - Professora Vivian Trombini
VIVIAN TROMBINI
 
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do infernoQuestões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
ma.no.el.ne.ves
 

Destacado (16)

Cópia de wie 2016 atual
Cópia de wie 2016 atualCópia de wie 2016 atual
Cópia de wie 2016 atual
 
Poster1
Poster1Poster1
Poster1
 
Tarjetitas 3º
Tarjetitas  3ºTarjetitas  3º
Tarjetitas 3º
 
Actividad de apredizaje 3
Actividad de apredizaje 3Actividad de apredizaje 3
Actividad de apredizaje 3
 
Cuentitos 3° grado
Cuentitos 3° gradoCuentitos 3° grado
Cuentitos 3° grado
 
OPEN THE CLASSROOM DOOR (UPDATED)
OPEN THE CLASSROOM DOOR (UPDATED) OPEN THE CLASSROOM DOOR (UPDATED)
OPEN THE CLASSROOM DOOR (UPDATED)
 
Intepretação textual
Intepretação textualIntepretação textual
Intepretação textual
 
Modelo de Apresentação do Guara.NET
Modelo de Apresentação do Guara.NETModelo de Apresentação do Guara.NET
Modelo de Apresentação do Guara.NET
 
Educação líquida e tecnologias digitais no ensino de língua estrangeira
Educação líquida e tecnologias digitais no ensino de língua estrangeiraEducação líquida e tecnologias digitais no ensino de língua estrangeira
Educação líquida e tecnologias digitais no ensino de língua estrangeira
 
Introdução ao estudo da literatura - Professora Vivian Trombini
Introdução ao estudo da literatura - Professora Vivian TrombiniIntrodução ao estudo da literatura - Professora Vivian Trombini
Introdução ao estudo da literatura - Professora Vivian Trombini
 
“TEMPOS LÍQUIDOS”: NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
“TEMPOS LÍQUIDOS”: NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...“TEMPOS LÍQUIDOS”: NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
“TEMPOS LÍQUIDOS”: NOVAS PERSPECTIVAS ACERCA DO USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS N...
 
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do infernoQuestões fechadas sobre auto da barca do inferno
Questões fechadas sobre auto da barca do inferno
 
Introdução ao estudo da literatura
Introdução ao estudo da literaturaIntrodução ao estudo da literatura
Introdução ao estudo da literatura
 
introdução aos estudos da Literatura
introdução aos estudos da Literaturaintrodução aos estudos da Literatura
introdução aos estudos da Literatura
 
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil VicenteO Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
O Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente
 
Portadas
PortadasPortadas
Portadas
 

Similar a Introdução aos estudos literários

Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
BiiancaAlvees
 
GêNeros LiteráRios
GêNeros LiteráRiosGêNeros LiteráRios
GêNeros LiteráRios
hsjval
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
BiiancaAlvees
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
BiiancaAlvees
 
Os Gêneros Literários
Os Gêneros LiteráriosOs Gêneros Literários
Os Gêneros Literários
7 de Setembro
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas
ProfFernandaBraga
 
Otelo e Dom Casmurro
Otelo e Dom CasmurroOtelo e Dom Casmurro
Otelo e Dom Casmurro
acheiotexto
 

Similar a Introdução aos estudos literários (20)

Gêneros Literários
Gêneros Literários Gêneros Literários
Gêneros Literários
 
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoLiteratura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
 
Crônica e conto eemh
Crônica e conto eemhCrônica e conto eemh
Crônica e conto eemh
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
GêNeros LiteráRios
GêNeros LiteráRiosGêNeros LiteráRios
GêNeros LiteráRios
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
Alguns livros essenciais da literatura brasileira1
 
Apostila literatura brasileira-libre
Apostila literatura brasileira-libreApostila literatura brasileira-libre
Apostila literatura brasileira-libre
 
Literatura Brasileira
Literatura BrasileiraLiteratura Brasileira
Literatura Brasileira
 
A literatura
A literaturaA literatura
A literatura
 
Os Gêneros Literários
Os Gêneros LiteráriosOs Gêneros Literários
Os Gêneros Literários
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas
 
Gêneros literários
Gêneros literáriosGêneros literários
Gêneros literários
 
A cartomante - conto de misterio.pptx
A cartomante - conto de misterio.pptxA cartomante - conto de misterio.pptx
A cartomante - conto de misterio.pptx
 
Resumão gêneros literários.pptx
Resumão gêneros literários.pptxResumão gêneros literários.pptx
Resumão gêneros literários.pptx
 
Às margens do Negro: ruínas da memória e do narrar em Órfãos do Eldorado
Às margens do Negro: ruínas da memória e do narrar em Órfãos do EldoradoÀs margens do Negro: ruínas da memória e do narrar em Órfãos do Eldorado
Às margens do Negro: ruínas da memória e do narrar em Órfãos do Eldorado
 
Cronicas de rubens
Cronicas de rubensCronicas de rubens
Cronicas de rubens
 
Livros essenciais da literatura brasileira
Livros essenciais da literatura brasileiraLivros essenciais da literatura brasileira
Livros essenciais da literatura brasileira
 
Otelo e Dom Casmurro
Otelo e Dom CasmurroOtelo e Dom Casmurro
Otelo e Dom Casmurro
 
Contos
ContosContos
Contos
 

Más de Elaine Teixeira

Más de Elaine Teixeira (20)

Tutorial do Power Point ao vídeo
Tutorial do Power Point ao vídeoTutorial do Power Point ao vídeo
Tutorial do Power Point ao vídeo
 
Actas EL CHAT 2019
Actas EL CHAT 2019Actas EL CHAT 2019
Actas EL CHAT 2019
 
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstormA escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
A escrita colaborativa e o uso da plataforma sandstorm
 
Infográfico produzindo recursos educacionais
Infográfico produzindo recursos educacionaisInfográfico produzindo recursos educacionais
Infográfico produzindo recursos educacionais
 
Produzindo recursos educacionais
Produzindo recursos educacionaisProduzindo recursos educacionais
Produzindo recursos educacionais
 
Multialfabetizaciones en la enseñanza de lengua española en Brasil
Multialfabetizaciones en la enseñanza de lengua española en BrasilMultialfabetizaciones en la enseñanza de lengua española en Brasil
Multialfabetizaciones en la enseñanza de lengua española en Brasil
 
Producción de recursos educativos abiertos como resultado de prácticas educat...
Producción de recursos educativos abiertos como resultado de prácticas educat...Producción de recursos educativos abiertos como resultado de prácticas educat...
Producción de recursos educativos abiertos como resultado de prácticas educat...
 
A MULTIMODALIDADE COMO RECURSO PARA O ENSINO DE LÍNGUAS: O GÊNERO DIGITAL MEM...
A MULTIMODALIDADE COMO RECURSO PARA O ENSINO DE LÍNGUAS: O GÊNERO DIGITAL MEM...A MULTIMODALIDADE COMO RECURSO PARA O ENSINO DE LÍNGUAS: O GÊNERO DIGITAL MEM...
A MULTIMODALIDADE COMO RECURSO PARA O ENSINO DE LÍNGUAS: O GÊNERO DIGITAL MEM...
 
Recursos educacionais abertos no ensino-aprendizagem de línguas: o ambiente R...
Recursos educacionais abertos no ensino-aprendizagem de línguas: o ambiente R...Recursos educacionais abertos no ensino-aprendizagem de línguas: o ambiente R...
Recursos educacionais abertos no ensino-aprendizagem de línguas: o ambiente R...
 
A multimodalidade como recurso para o ensino de línguas
A multimodalidade como recurso para o ensino de línguasA multimodalidade como recurso para o ensino de línguas
A multimodalidade como recurso para o ensino de línguas
 
A VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES
A VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLESA VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES
A VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES
 
Termos relacionados ao verbo
Termos relacionados ao verboTermos relacionados ao verbo
Termos relacionados ao verbo
 
Quiz Heterosemánticos
Quiz HeterosemánticosQuiz Heterosemánticos
Quiz Heterosemánticos
 
Ensino médio no contexto do ensino a distância avaliação online como propost...
Ensino  médio no contexto do ensino a distância avaliação online como propost...Ensino  médio no contexto do ensino a distância avaliação online como propost...
Ensino médio no contexto do ensino a distância avaliação online como propost...
 
Multimodalidade e multiletramento como propostas pedagógicas na formação de l...
Multimodalidade e multiletramento como propostas pedagógicas na formação de l...Multimodalidade e multiletramento como propostas pedagógicas na formação de l...
Multimodalidade e multiletramento como propostas pedagógicas na formação de l...
 
Games educativos e aplicativos de idiomas como ferramenta para aprendizagem d...
Games educativos e aplicativos de idiomas como ferramenta para aprendizagem d...Games educativos e aplicativos de idiomas como ferramenta para aprendizagem d...
Games educativos e aplicativos de idiomas como ferramenta para aprendizagem d...
 
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
PORTUNHOL: LÍNGUA, INTERLÍNGUA OU DIALETO?
 
MULTIMODALIDADE E MULTILETRAMENTO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPANHOL
MULTIMODALIDADE E MULTILETRAMENTO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPANHOLMULTIMODALIDADE E MULTILETRAMENTO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPANHOL
MULTIMODALIDADE E MULTILETRAMENTO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ESPANHOL
 
A multimodalidade como recurso pedagógico para a prática do letramento em lín...
A multimodalidade como recurso pedagógico para a prática do letramento em lín...A multimodalidade como recurso pedagógico para a prática do letramento em lín...
A multimodalidade como recurso pedagógico para a prática do letramento em lín...
 
Complento nominal e adjunto adnominal
Complento nominal e adjunto adnominalComplento nominal e adjunto adnominal
Complento nominal e adjunto adnominal
 

Último

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
TailsonSantos1
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
tatianehilda
 

Último (20)

Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
LISTA DE EXERCICIOS envolveto grandezas e medidas e notação cientifica 1 ANO ...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 

Introdução aos estudos literários

  • 2. Entende-se por Literatura o conjunto de manifestações artísticas e humanas tendo a palavra, seja ela falada ou escrita, como recurso para transmitir a realidade de forma verossímil e/ou transpor os sentidos de realidade por meio da imitação, mimese. (Aristóteles,séc.IV a.c.) 
  • 3. A OBRA LITERÁRIA PODE SER : 1) um instrumento de fuga da realidade; •Ao lermos, por exemplo, uma história de aventuras, embarcamos em um navio pirata, lutamos ao lado de um herói, sonhamos... 2) arte pela arte; Certas épocas literárias são marcadas pela importância que os autores atribuem à perfeição formal de suas obras. Os temas passam para um segundo plano, só interessando a beleza estética. Quando isso ocorre, a literatura pode alienar-se da realidade. 3) uma literatura engajada;  É a literatura de autores comprometidos com a defesa de ideias políticas e religiosas. Quando limitam o trabalho criativo à retórica de convencimento, a obra reduz-se a um panfleto, mero instrumento de propaganda.
  • 4. “[...] o poeta conta, em sua obra, não o que aconteceu e sim as coisas quais poderiam vir a acontecer, e que sejam possíveis tanto da perspectiva da verossimilhança como da necessidade. O historiador e o poeta não se distinguem por escrever em verso ou em prosa [...]; a diferença é que um relata os acontecimentos que de fato sucederam, enquanto o outro fala das coisas que poderiam suceder. E é por esse motivo que a poesia contém mais filosofia e circunspeção do que a história; a primeira trata das coisas universais, enquanto a segunda cuida do particular”. Aristóteles
  • 5. “Todas as ciências da pessoa e da sociedade se mobilizam diante do poema, da narrativa, de uma peça de teatro. A ciência da literatura se constitui, assim, em ciência moderna e cheia de variados saberes. A literatura faz parte do produto geral do trabalho humano, da cultura. A cultura de um povo se realiza, em diversos sentidos nas ciências e nas artes. É um conjunto de fatos e hábitos socialmente herdados, que determina a vida dos indivíduos.” (SAMUEL, 2002, p. 9-10)
  • 6. 1) LÚDICA : tem por objetivo divertir, proporcionar prazer. Para os gregos a arte tinha uma função hedonística, ou seja, devia causar prazer, retratando o belo. Para eles, o belo, na arte, ocorria na medida em que a obra era verossímil, isto é, semelhante à verdade ou à natureza; “De repente do riso fez-se pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto.” (Vinícius de Moraes)
  • 7. 2) SINTONIZADORA: tem por objetivo estabelecer ligação entre os homens de diferentes épocas; sendo a literatura a arte da palavra e esta, a unidade básica da língua, podemos dizer que a literatura, assim como a língua que utiliza, é um instrumento de comunicação e, por isso, cumpre também o papel social de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma comunidade. “Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio teria despido O português.” (Oswald de Andrade)
  • 8. 3) PARADIGMÁTICA: tem por objetivo convencer, ensinar, denunciar. Como toda arte, a literatura está vinculada à sociedade em que se origina; por vezes, a literatura assume formas de denúncia social, de crítica à realidade, trata- se de uma literatura engajada, que serve a uma causa político-religiosa ou a uma luta social; “Provisoriamente não cantaremos o amor que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços, não cantaremos o ódio porque esse não existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro...” (Carlos Drummond de Andrade)
  • 9. 4) COGNITIVA: como transcrição da realidade, a literatura não precisa, necessariamente, estar presa a ela; tanto o escritor quanto o leitor fazem uso de sua imaginação: o artista recria livremente a realidade, assim como o leitor recria livremente o texto literário que lê; o leitor em vez de ser considerado um elemento passivo, alguém que simplesmente recebe o texto, deve ser visto como participante, uma vez que também usa sua imaginação para ler a obra e recriá-la
  • 10. 5) CATÁRTICA: tem por objetivo liberar as pressões e as emoções; é uma espécie de desabafo. “Quando você me deixou, meu bem me disse pra ser feliz e passar bem Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci Mas depois, como era de costume, obedeci Quando você me quiser rever Já vai me encontrar refeita, pode crer... (Chico Buarque de Holanda)
  • 11. 6) LIBERADORA DO EU: reflete uma fuga da realidade por desajuste ou discordância. Confunde-se com a função catártica, sendo que o desabafo aqui ocorre de forma agressiva, com o objetivo de chocar o leitor; (Augusto dos Anjos) Acostuma-te à lama que te espera! O homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Se a alguém causa inda pena a tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga e escarra nessa boca que te beija.” “Vês! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a ingratidão – esta pantera – Foi tua companheira inseparável! Toma um fósforo, acende teu cigarro, o beijo, amigo, é a véspera do escarro; A mão que afaga é a mesma que apedreja,
  • 12.  Prosa: em linhas “corridas”.  Poesia (verso): a cada linha dá-se o nome de verso e ao conjunto deles, estrofe.  Estilo individual: é o estilo único de determinado escritor, ou seja, sua visão única e modo próprio de criação literária.  Estilo de época: características comuns em obras de autores diferentes, mas contemporâneos. Ex.: embora Bernardo Guimarães e José de Alencar tenham estilos diferentes, ambos pertencem ao Romantismo.
  • 13.  Lírico: o termo lírico vem do latim e significa lira, instrumento musical da ´Grécia antiga que dava melodia aos poemas da época. Tem a presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema. Cabe ressaltar que o eu-lírico pode ser masculino ou feminino independente do autor. O emissor é personagem única desse tipo de mensagem.  Dramático: são textos escritos para serem encenados em peças teatrais.  Épico: Contar em verso o fato histórico e heroico de um povo. As ações são narradas por versos, temos o poema épico ou Epopeia. Homero escreveu as epopeias Ilíada e Odisseia (Século IX a. C.). No Brasil temos 3 epopeias: O Uruguai de Basílio da Gama, Caramuru de Frei de Santa Rita Durão e A Confederação dos Tamoios de Gonçalves de Magalhães.
  • 14.  É visto como uma variante do Gênero Épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa.  É o relato de um enredo, que pode ser baseado em fatos ou ficcional.  Está dividida em:  Romance  Novela  Conto  Fábula
  • 15.  O romance é a mais longa das narrativas. Divide-se em cinco partes: apresentação na qual são definidas as personagens, complicação quando se encadeiam os fatos, desenvolvimento, clímax o ápice da ação o encontro da solução e epílogo quando geralmente é o leitor informado sobre o destino das personagens.  Elementos estruturadores do romance: enredo é a trama ou intriga, as personagens são as agentes da narrativa, o tempo da diegese – vida fictícia da narrativa, o espaço também denominado de cenário ou ambiente, ponto de vista ou foco narrativo é a relação entre o narrador e o universo diegético e ainda entre o narrador e o narratário. (SOARES, 2007)
  • 16.  Conto: Forma narrativa de menor extensão, se diferencia do romance e da novela não somente pelo tamanho, mas por conter suas características próprias. É um episódio singular e representativo. (SOARES, 2007) Exemplos: Contos, de Machado de Assis; Contos Gauchescos, de Simões Lopes Neto; Primeiras Estórias, de Guimarães Rosa.  Novela: Narrativa intermediária entre o conto e o romance, com todos os elementos do romance porém em menor número. (SOARES, 2007) Exemplos: O Alienista, de Machado de Assis; A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.
  • 17.  O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer. Ao mesmo tempo, essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
  • 18. O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e, por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
  • 19. O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa e, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos. Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece, o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim, o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas consequências.
  • 20. A função da literatura. Disponível em: http://docente.ifrn.edu.br/marcelmatias/Disciplinas/fundamentos-da-literatura-1/fundamentos Narração: tipos de narrador. Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/redacao/narracao-tipos-narrador.htm SAMUEL, Rogel. Novo manual de teoria literária. Petrópolis, RJ. Editora Vozes,2002. Secretaria de Educação de Pernambuco. A literatura e suas funções. Estilo individual e estilo de época. SOARES, Angélica. Gêneros literários. 7 ed. São Paulo. Editora Ática, 2007.