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Instituto de Ciência da Saúde
Curso de Enfermagem
Autora
Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo – RA: A250DG-1
Relatório de Pesquisa
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Orientadora
Profª Maria Silvia Maschio e Silva
ASSIS
2012
Instituto de Ciência da Saúde
Curso de Enfermagem
Autora
Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo – RA: A250DG-1
Relatório de Pesquisa
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Trabalho de conclusão de Curso para
obtenção do título de Graduação em
Enfermagem apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.
Orientador: Profª Maria Silvia Maschio e
Silva.
ASSIS
2012
Instituto de Ciência da Saúde
Curso de Enfermagem
Autora
Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo – RA: A250DG-1
Relatório de Pesquisa
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Trabalho de conclusão de Curso para
obtenção do título de Graduação em
Enfermagem apresentado à Universidade
Paulista – UNIP.
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
_____________________/___/___
Profª. Maria Silvia Maschio e Silva
Universidade Paulista – UNIP
_____________________/___/___
Profª. Mariana Souza Santos
Universidade Paulista – UNIP
_____________________/___/___
Profª. Viviane Caputo
Universidade Paulista – UNIP
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me possibilitou essa graduação, que
nos momentos difíceis minha fé juntamente com seu agir me deram força e coragem para
vencer todos os obstáculos que surgiram nestes quatro anos.
Dedico a minha mãe Sandra, a qual considero minha heroína, meu exemplo de
coragem, de guerreira e de mulher virtuosa. Te agradeçomãe, pois se hoje estou aqui foi
graças a seus esforços e amor.
Dedico a meu irmão Raphael, pois além de irmãos somos amigos. Agradeço a você
Raphael, pois muitas vezes na minha vida esse amor entre nós me motivou a lutar e prosseguir
em momentos difíceis. Juntos superamos muitas coisas, e chegamos até aqui, creio que
através dessa nossa união, juntamente com a presença de Deus na nossa família, vamos
continuar vencendo todas as batalhas que encontrarmos na vida.
Dedico a minha prima Mariana e seu marido Rogério, por me apoiarem nesse trabalho,
principalmente a minha prima por ter disponibilizado seu tempo em me ajudar.
Dedico a todos meus amigos que estiveram presentes na minha vida, me ajudando e
me incentivando a prosseguir.
Dedico a Igreja Bola de Neve Church Assis-SP, especialmente aos Pastores; Pedro
Elias Rodgher e sua esposa Gabriela Rodgher, pelo apoio espiritual e emocional.
Dedico a todos os professores que estiveram juntamente comigo durante esses quatro
anos. Obrigado por me ensinarem a ser um profissional, com dedicação e seriedade.
"Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e
mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro."
(D. PEDRO II)
Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo
AGRADECIMENTO
A Deus, pois me ajudou até aqui.
A minha família pelo apoio e amor dedicado a mim.
A orientadora Maria Silvia Mashio e Silva, que se disponibilizou para que este
trabalho fosse realizado.
A Instituição sediadora da pesquisa.
E aos participantes da pesquisa que doaram seu tempo e disponibilidade.
Muito Obrigado.
Elisa Buzzo
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos,
mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados;
abatidos, mas não destruídos.” (2 CORÍNTIOS 4:8,9)
RELATÓRIO DE PESQUISA
AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO
ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL
RESUMO
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições
de saúde da criança, que visa a promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que
podem comprometê-la, promovendo a qualidade de vida, ou seja, que a criança cresça e
desenvolva todo seu potencial. Neste cenário, compreende-se que a assistência à saúde da
criança por meio da puericultura é de grande importância, devido à vulnerabilidade nessa fase
da vida. Desta maneira diagnosticando meios de melhorar a saúde infantil. Esta pesquisa teve
como objetivo avaliar o conhecimento e a prática do enfermeiro nesse processo, juntamente
com o conhecimento dos mesmossobre a importância dessa ação. Para tal foi analisado uma
amostra constituída de onze enfermeiros atuantes nas ESF de Assis-SP, selecionados por
adesão, pesquisados através de questionário sobre o assunto. Os resultados demonstraramque
os enfermeiros das Estratégias de Saúde da Família (ESF) de Assis-SP, sabem da importância
do acompanhamento infantil, e realizam esse procedimento. No entanto, na amostra foi
evidenciado uma divergência no conhecimento do desenvolvimento psicomotor da criança em
relação ao crescimento e a falta de capacitação especializada para essa área decrescimento e
desenvolvimento infantil.
Palavras-chaves: Crescimento e Desenvolvimento; Importância do Acompanhamento
Infantil.
RESEARCH REPORTEVALUATION OF KNOWLEDGE OF NURSES IN
MONITORING OF GROWTH AND CHILD DEVELOPMENT
ABSTRACT
The monitoring of child growth and development is an indicator of the health of the child,
which aims to promote and maintain health by intervening factors that can compromise it,
promoting the quality of life in other words the child grow and develop throughout their
potential.In this scenario, it is understood that the health care of children through child care is
of great importance because of the vulnerability that stage of life. Thus diagnosing means of
improving child health. This study aimed to assess the knowledge and practice of nurses in
this process, together with a knowledge of them about the importance of this action. For such
a sample was analyzed eleven nurses working in FHS de Assis-SP, selected for membership,
surveyed through a questionnaire on the subject. The results showed that nurses of the Family
Health Strategy (FHS) of Assis-SP, know the importance of monitoring children, and perform
this procedure. However, the sample was shown a difference in knowledge of psychomotor
development of the child in relation to growth and the lack of specialized training for this area
of child growth and development.
Keywords:Growth and Development; Importance of Monitoring Children.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………...……..10
2. DESENVOLVIMENTO………………………………………………………...………12
2.1 Revisão de literatura……………………………………………………………………12
2.1.1 Desenvolvimento Psicossexual………………………………………………………..22
2.1.2 Desenvolvimento Psicossocial………………………………………………...………23
2.1.3 Desenvolvimento Cognitivo……………………………………………….………….24
2.1.4 Desenvolvimento da Linguagem………………………………………...….………..24
2.1.5 Desenvolvimento Moral………………………………………………………………25
2.1.6 Desenvolvimento Espiritual…………………………………………………………..25
2.1.7 Desenvolvimento do Autoconceito……………………………….…………………..26
3. PESQUISA DE CAMPO………………………………….……………………...……...32
3.1 Universo de pesquisa……………………………………………………………………32
3.1.1 População alvo………………………………………………………………………...32
3.1.2 Amostra e os sujeitos da pesquisa……………………………………………………32
3.2 Coleta de Dados…………………………………………………………………………32
3.2.1 Instrumentos de pesquisa……………………………………………………………..32
3.2.2 Procedimento de coleta de dados…………………………………………………….33
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………42
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………….44
ANEXOS………………………………………………………………………………….….49
Anexo I………………………………………………………………………………….……50
Anexo II…………………………………………………………………………………..…..53
Anexo III………………………………………………………………………………….….55
Anexo IV……………………………………………………………………………….…….56
Anexo V…………………………………………………………………………………..…..57
Anexo VI………………………………………………………………………….….………58
Anexo VII………………………………………………………………………..……….…..59
Anexo VIII…………………………………………………………………….….…….……60
Anexo IX……………………………………………………………………...….……….….61
Anexo X……………………………………………………………………………...…...…..62
Anexo XI……..………………………………………………………………………………67
10
1. INTRODUÇÃO
A pediatria é uma área que há muito tempo vem sendo estudada, discutida e
reavaliada. Passou por vários processos de modificação e aperfeiçoamento, conseguindo
demonstrar sua importância, através do entendimento de que o acompanhamento da saúde da
criança reflete na qualidade de vida da população. Desde o seu reconhecimento e a realização
dessa ação, pode observar a melhoria da qualidade de saúde infantil, possibilitando a
diminuição da taxa de mortalidade, o aumentando das chances de sobrevida das crianças e a
capacidade delas crescerem e desenvolverem todo seu potencial. Desta maneira através do
conhecimento da prática do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil
juntamente com o entendimento da sua importância pode-se melhorar em maior grau as taxas
de mortalidade, a promoção da saúde infantil, a prevenção de doenças e consequentemente a
qualidade de saúde e da assistência infantil.
O papel da enfermagem pediátrica é o cuidado aos lactentes, crianças e adolescentes
em um constante de saúde – doença, sua recuperação, e quando preciso, à reabilitação. Mas, o
cuidado à população pediátrica não é somente ao paciente pediátrico, deve-se incluir os pais e
outros membros da família no cuidado à criança. Levando em consideração suas
necessidades, respeitando, dando suporte, e estimulando no processo de doença e recuperação,
a capacidade da família, no cuidado ao seu filho.
Para um melhor acompanhamento da saúde da criança é necessário a realização de
consultas de enfermagem, a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
que é uma ferramenta de gestão continuada do cuidado do enfermeiro para com o cliente, com
o objetivo de avaliar e propor soluções para resolução dos problemas potenciais. Onde o
enfermeiro obtém o registro do histórico progresso da criança e família, realiza o exame físico
para obter dados do estado de saúde atual, elabora possíveis diagnósticos, para posteriormente
elaborar planos de cuidados para melhorar e ajudar a criança e família. Pode-se observar então
que a SAE é composta de quatro etapas: Anamnese e exame físico, Diagnóstico de
enfermagem, Prescrição de enfermagem e Evolução de enfermagem.
Faz parte do exame físico da criança também a tomada das medidas antropométricas
(medidas do tamanho do corpo). Sendo suas medidas básicas: o peso, a estatura (comprimento
ou altura) e perímetro cefálico. Através dessas medidas, permite saber se o crescimento está
satisfatório.
É de grande importância a assistência à saúde da criança, devido a vulnerabilidade
nessa fase da vida. Através do acompanhamento das crianças, por meio da puericultura,
11
espera-se reduzir as ocorrências de doenças e o aumento das chances de crescerem e
desenvolverem alcançando todo seu potencial.
Cada contato da criança com o serviço de saúde deve ser tratado como uma
oportunidade para promoção de saúde e meio educativo.
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil pelo enfermeiro, além
das consultas de enfermagem, realização do exame físico e mensuração das medidas
antropométricas, o enfermeiro deve preencher os gráficos da caderneta de saúde infantil
distribuídas pelo ministério da saúde e os gráficos dos prontuários das crianças, averiguando
as administrações da vacina e a realização das mesmas conforme calendário de vacinação
infantil, orientando as mães sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e
posteriormente a alimentação complementar, orientando também sobre a prevenção de
acidentes e a avaliação do crescimento e desenvolvimento de acordo com a faixa etária da
criança. O enfermeiro deve criar vínculos com a mãe e familiares, por meio do pré natal,
fazendo busca ativa dos faltosos, indo fazer visita domiciliar na primeira semana após
nascimento, deve promover a realização da semana integral de saúde com mãe e bebê que tem
como ações a recepção humanizada; teste do pezinho (PKU); realização da BCG; reavaliação
do puerpério; vacinação da mãe contra rubéola; avaliação do risco que consiste na consulta
ginecológica/pediatria (contracepção), juntamente com a identificação das dificuldades e
dúvidas da mãe ou familiares procurando esclarecê-las.
12
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Revisão da Literatura
Thompson e Ashwill (1996) definem Pediatria como a área da medicina que trata das
crianças, do desenvolvimento, cuidados, doenças da infância e seu tratamento. Deriva-se do
grego pais, paidos, criança + iatreia, cura. Abraham Jacobi (1830 – 1919) é divulgado como o
pai da pediatria, em virtude de suas contribuições para esta área. Enfermagem pediátrica como
especialidade surgiu paralelamente ao fundamentar o departamento de pediatria em escolas
médicas, ao nascimento dos hospitais infantis e ao desenvolvimento de unidades infantis
separadas, nos hospitais gerais.
Não havia o conceito de infância na idade média. Aproximadamente, durava até sete
anos, quando a criança era incorporada no mundo adulto. Nessa época pinturas em quadros
mostravam crianças vestidas como adultos e utilizando perucas. A maioria não frequentava a
escola. A infância tornou-se um estágio separado no crescimento logo que um grande número
de pessoas passou a integrar a classe média, e o tempo de lazer aumentou. Uma vez que as
crianças estavam sobrevivendo mais, os pais passaram a desejar investir mais nelas.
(THOMPSON E ASHWILL 1996)
Hoje em dia, a criança não é mais considerada um “adulto em miniatura”. A infância
agora é uma fase separada da vida, caracterizada pela escolaridade, na sociedade ocidental. Os
direitos das crianças são protegidos por leis e pelos costumes. Conforme os jovens foram
liberados do trabalho no campo e nas fábricas, surgiu também a adolescência como uma
entidade separada. É de fundamental importância considerar as crianças como um todo,
constituído pelo físico, intelectual, emocional, e espiritual, olhando-as como indivíduos
completos e percebendo-as nos seus aspectos de ordem biológica, social e psicológica.
(THOMPSON E ASHWILL 1996)
Do mesmo modo, Nébia Maria Almeida de figueiredo et al (2008), nos relata, que até
o século XVII, não existia interesse da sociedade pelas crianças, a família ás consideravam
como estorvo, desgraça, um fardo insuportável. No entanto no final do século XVIII, com a
intervenção da igreja e algumas publicações estimularam novos sentimentos dos pais em
relação à criança. O índice de mortalidade infantil era elevado, principalmente entre crianças
que eram afastadas de seus pais e cuidadas por amas-de-leite. Outras causas de mortalidade
eram precariedade das condições de higiene e a ausência de especialidade médica direcionada
à criança, surgida no século XIX.
13
Ainda, segundo Nébia Maria Almeida de figueiredo et al (2008), a mudança de
comportamento em relação à criança vem ocorrendo ao longo dos séculos e sofreram grande
influência dos momentos históricos, sociais, econômicos, políticos. Tais alterações se
expressaram na DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA em 1924, pela
Organização das Nações Unidas (ONU), sendo tal declaração aprovada e reconhecida na
Declaração Universal dos Direitos Humanos ocorrida em 1959 e tinha como princípios:
Assegurar às crianças o direito a um nome à nacionalidade desde o nascimento;
Proteção especial e oportunidade, a fim de facultar o desenvolvimento físico,
mental, moral, espiritual e social de forma sadia e normal e em condição de liberdade e
dignidade;
Assegurar os benefícios da previdência social, direitos de alimentação,
habilitação, recreação e assistência médica adequada.
Proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração;
Direito de receber educação gratuita e obrigatória, pelo menos no ensino
fundamental,
Tratamento, educação e cuidados especiais à criança com incapacidade física
ou mental,
Assegurar que, em qualquer circunstância, estará entre os primeiros a receber
proteção e socorro,
Amor e compreensão […] para o desenvolvimento completo e harmonioso da
sua personalidade.
Ao longo do tempo, nota-se que em cada período histórico houve inúmeras mudanças
nas diretrizes das políticas de saúde voltadas à população infantil. Estas diretrizes focalizam
um importante indicador, a mortalidade infantil, o qual reflete não somente o nível de saúde,
mas a qualidade de vida da população. (NOVACZYK ET AL 2008)
Mais recentemente, um importante indicador da situação da infância - taxa de
mortalidade de menores de cinco anos - vem sendo incorporada como um indicador
fundamental do desenvolvimento humano. (NOVACZYK ET AL 2008)
Apesar dos índices de mortalidade infantil terem reduzido nas últimas décadas no país,
os níveis ainda são altos, principalmente em algumas regiões como o Nordeste. As principais
causas da mortalidade infantil estão relacionadas às condições socioeconômicas e culturais e
14
dificuldades de acesso aos serviços de saúde. É contundente saber que a maioria destas mortes
precoces poderia ser evitada. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004)
“A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento das ações de
prevenção de agravos e assistência são objetivos que, para além da redução da
mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se prover qualidade de vida
para a criança, ou seja, que esta possa crescer e desenvolver todo seu potencial”
(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004, p.8)
Perante esses fatos, muito tem sido realizado nas últimas décadas com o intuito de
modificar e melhorar as condições da saúde infantil.Por meio das Políticas Públicas é
elaborado um conjunto de ações e decisões do governo, direcionadas para a solução/ou não de
problemas da sociedade. Com o objetivo de alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse
público através da sua totalidade de ações, metas e planos que os governos municipais,
estaduais ou nacionais traçam. (LOPES E AMARAL 2008)
Segundo Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), A infância e adolescência é
direcionada a uma política pública que corresponde ao conjunto de normas, de decisões, de
regulamentos, de ações políticas e de estratégias instituídas para promover o progresso do
desenvolvimento de programas, estratégias de ação e interferência na saúde da criança e
adolescente com o olhar na manutenção de condições de vida favorável a um saudável
desenvolvimento, como um direito de cidadania.
O Ministério da Saúde, em 1984, intensificou sua atuação na promoção da saúde de
crianças até cinco anos de idade, por meio da criação do Programa de Assistência Integral à
Saúde da Criança (PAISC). Este programa foi um grande marco assistencial, de uma política
de universalização da assistência à saúde, tendo por objetivo a redução das condições que
determinam a morbimortalidade infantil no país, nos últimos vinte anos. (NOVACZYK ET
AL 2008)
Considerado uma política universal, O PAISC, propõe o benefício e alcance da
população infantil brasileira, centralizada no desenvolvimento de cinco ações básicas de
saúde integrada, aptos de responder aos problemas comuns da infância, são elas: Programa de
Incentivo ao Aleitamento Materno; Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento
Infantil; Programa de Controle das Diarréias e Terapia de Reidratarão Oral; e Programa de
Assistência às Infecções Respiratórias Agudas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 1984)
Segue a baixo mais detalhado, as cinco ações básicas de saúde integrada do Programa
de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC).
15
Sobre a amamentação, Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), nos diz que é uma
prática de saúde que promove o crescimento e desenvolvimento infantil, sendo garantida por
lei e senso comum de profissionais de saúde. Um direito que necessita ser assegurado desde o
nascimento, e deve ser incentivado ainda na sala de parto.
Podemos destacar algumas leis que garantem a amamentação, como a do Estatuto da
Criança e Adolescente Art. 9.º Determina que o poder público, as instituições e os
empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos
de mães submetidas à medida privativa de liberdade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2008)
Outra lei que garante a amamentação está na Constituição Federal, que determina 120
dias de licença maternidade às puérperas, sem prejuízo do emprego e salário, e ao retornar ao
trabalho tem direito a pausa de uma hora por dia, podendo ser dividida em duas pausas de
meia hora, para amamentar seu próprio filho até 6 meses de idade. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE 2004)
A Secretária de Vigilância em Saúde nos descreve a doença diarreica aguda (DDA)
como uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos),
caracterizada pelo aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca
consistência. Sendo que em alguns casos, é possível identificar presença de muco e sangue.
Podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, sua duração é
de 2 a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios
eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição. O tratamento pode ser
domiciliar, utilizando a solução de sais de reidratação oral (SRO); líquidos disponíveis no
domicílio (chás, cozimento de farinha de arroz, água de coco, soro caseiro, etc.). Os líquidos
devem ser usados após cada episódio de evacuação ou vômito, de acordo com as seguintes
indicações: menores de 2 anos: 50ml; maiores de 2 anos: 100 a 200ml; adultos: a quantidade
que aceitarem. A alimentação habitual deve ser mantida e estimulada. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE 2009)
Clóvis E. S. Galvão et al (1994), nos diz que a terapia de Reidratação Oral (TRO) é
um programa da assistência primária de saúde, de baixo custo e prática efetiva, para reduzir a
mortalidade causada pela desidratação por diarréia aguda. Criado em 1978, pela Organização
Mundial da Saúde, o Programa de Combate das Doenças Diarréicas, que utiliza as seguintes
estratégias de controle: uso precoce da TRO; à melhor assistência saúde materna infantil;
manutenção de alimentos e instalações de abastecimento de água e saneamento; detecção das
epidemias de diarréia e seu controle. O Tratamento da TRO é feito com o soro oral que se
constitui de uma mistura com água, glicose e sais, evitando a desidratação de qualquer
16
etiologia e tipo, em qualquer grupo etário, até mesmo em recém-nascidos. Aconselha-se
juntamente com a administração do soro oral a reintrodução precoce da alimentação, ajudando
a sustentar o estado nutricional da criança e a prevenir a desidratação.
Conforme o Ministério da Saúde a primeira versão das normas para o controle das
Infecções Respiratórias Agudas (IRA) foi em 1984, já incorporada às ações da PAISC. Com o
objetivo de reduzir a mortalidade de menores de cinco anos por IRA, principalmente por
pneumonia, diminuir os casos graves e complicações de infecções de vias respiratórias
superiores e inferiores, e reduzir o uso inadequado de antibióticos e outros medicamentos.
Utilizando de estratégias a prevenção, que tem em vista, reduzir os casos e complicações
através dos esquemas de vacinação no 1º ano de vida, já que grande parte de mortes por
pneumonia decorre do sarampo e de outras doenças imunopreviníveis e manejo de casos que
adota conceitos clínicos tradicionais e utiliza sinais que prevê o diagnóstico de pneumonia
grave e não grave, conforme a faixa etária, como a seguir, menores de dois meses com
Frequência Respiratória (FR) superior a 60 respirações por minuto (RPM); de dois a onze
meses superior a 50 RPM e de um a quatro anos acima de 40 RPM, tendo ou não retração
subcostal, apresenta uma maior pré disposição para o diagnóstico de pneumonia.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE 1993)
Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), também nos relata que uma das ações
básica do PAISC é a imunização para controle das doenças preveníveis, que norteia os
profissionais de saúde a cumprir o calendário de vacinação obrigatório, que é definido pelo
Programa Nacional de Imunização (PNI); que surgiu em 1973 cooperando como controle e
erradicação das doenças imunopreveníveis e infecto-contagiosas, como o sarampo, a
poliomielite (paralisia infantil), a difteria, a coqueluche, o tétano, a tuberculose, e outras. Esse
programa é de grande importância, pois há mais de treze anos, não é registrado nenhum novo
caso de paralisia infantil.
Recentemente o Ministério da Saúde promoveu no Brasil o lançamento do novo
Calendário Nacional de Vacinações (ANEXO VI), que constituirá a nova vacina contra pólio
e a Pentavalente. A Vacina Inativada Poliomielite (VIP), será aplicada paralelamente as
campanhas nacionais de imunização, que utilizam duas gotinhas com vírus atenuado. A
injetável será utilizada nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação, introduzida
no calendário básico no segundo semestre desse ano. A vacina pentavalente reúne em uma só
dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza
tipo b e hepatite B), incluída também no segundo semestre de 2012 no calendário de
vacinação. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade, os
17
intervalos entre as doses são de 60 dias, podendo ser de 30 dias, se necessário. A partir do
novo esquema, a criança realizará dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano,
coqueluche), com primeiro a partir dos 12 meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Aliás,
os recém-nascidos receberão nas primeiras 12 horas de vida a primeira dose da vacina
hepatibe B (recombinante). A pentavalente está substituindo vacina tetravalente (difteria,
tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b). A Campanha Nacional de Multivacinação,
programada pro mês de Agosto, tem como objetivo a atualização do cartão de vacinação.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012)
A meta do Ministério da Saúde, quando propõe os programas de intensificação da
promoção da saúde infantil, era transferir o foco de uma assistência médico-curativista,
concentrada na atenção à demanda espontânea às crianças doentes para assegurar a
integralidade na assistência prestada pelos serviços de saúde. Embora as ações assistenciais à
criança tenham uma filosofia de atenção integral, ainda está longe de ser obtido, devido à
fragilidade e fragmentação das ações ofertadas pelos profissionais da rede de serviços.
(NOVACZYK ET AL 2008)
Contudo, compreendendo a carência de atividades mais amplas e integradas, três
ações/estratégias foram inseridas na última década à política de saúde do Brasil pelo
Ministério da Saúde: o Programa Saúde da Família (PSF), a partir de 1994; a estratégia de
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI), em 1996; e a Agenda de
Compromissos com a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil, proposta
em 2004. Estas ações visam um acesso maior aos cuidados básicos de saúde, tornando mais
resolutivo o nível de atenção primária. Em termos de saúde infantil, fica claro a evolução
ocorrida pela implementação de políticas assistenciais no país no decorrer das últimas
décadas. São ações de promoção do crescimento e desenvolvimento infantil saudáveis,
colocando em foco a vigilância da saúde das crianças e o cuidado às doenças prevalentes, de
modo articulado às diretrizes do PSF. (NOVACZYK ET AL 2008)
A seguir entenderemos mais sobre cada uma dessas ações implantadas pelo Ministério
da Saúde.
O Programa Saúde da Família tem como princípio para promover a saúde da família: a
territorialização, a integralidade e a continuidade das ações em saúde. (FIGUEIREDO E
TONINI 2007)
Segundo Porto e Viana (2009), o Programa Saúde da Família tem como meta ajudar a
reorientar o modelo assistencial a partir da atenção básica, de acordo com os princípios do
SUS. Transmitindo um novo modo de atuação nas unidades básicas de saúde, com
18
determinação de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população. Além de prestar
assistência na unidade de saúde, o PSF visa desenvolver ações de saúde nos domicílios, onde
todos os membros da família são acompanhados. Intervindo também nos fatores de riscos o
qual a população está exposta, e estimulando a comunidade a se organizar para um efetivo
controle social.
Atualmente o Programa de Saúde da Família (PSF), tem sido denominado Estratégia
de Saúde da Família (ESF), por possuir características estratégicas de mudança na saúde da
população, e não de caráter programático. A ESF da mesma forma tem como foco o trabalho
à família, ações preventivas, integração com a comunidade, prevê utilização de assistência
domiciliar principalmente a visita domiciliar como forma de instrumentizar o profissional na
inserção e conhecimento da vida da população, atendendo necessidades diferenciadas das
pessoas, preocupando-se com a infra-estrutura das comunidades e atendimento à saúde das
famílias. (GIACOMOZZI E LACERDA 2006)
A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI), desenvolvida pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância e a
Adolescência (UNICEF), tem por objetivo reduzir a mortalidade infantil, considerando de
forma simultânea e integrada as doenças de maior prevalência na infância. Incorporando
normas do Ministério da Saúde como à promoção, prevenção e tratamento dos mais
frequentes problemas infantis, destacando aqueles relacionados ao aleitamento materno,
alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento, imunização, controlando agravos
consequentes a saúde como a desnutrição, infecção respiratórias agudas, diarréia, malária e
outros. A missão do profissional de saúde é de acolher a criança e o acompanhante,
compreender o problema em questão e propor procedimentos facilitados e eficazes. O
responsável pela criança deve aprender os cuidados do tratamento que serão prestados no
domicílio e os sinais de agravo que demanda o retorno imediato ao serviço de saúde. De modo
que todos estejam participando da identificação, condução e resolução dos problemas de
saúde dessa família, em especial os menores de 5 anos. O ponto alto dessa estratégia é um
diagnóstico mais preciso através da utilização de sinais e sintomas específicos. Fazendo uso
do atendimento sistematizado e priorizando gravidades. Essa estratégia tem sido efetivada
principalmente nas Equipes de Saúde da Família. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002)
A agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da
Mortalidade Infantil destaca a importância de um cuidado multiprofissional e integral que
entenda as necessidades e direitos da população infantil. Este cuidado tem como
responsabilidade a disponibilização em todos os níveis da atenção, desde a promoção da
19
saúde até o mais complexo da assistência, e setores que tem ligação com a atenção a saúde,
como: moradia, saneamento básico, educação e lazer. Foi proposta em quatro linhas de
cuidado a organização da assistência, tendo como prioridade o nascimento saudável, o
crescimento e desenvolvimento, os distúrbios nutricionais e doenças prevalentes na infância.
Assim sendo pontuada sua integralidade, pois esse nível do sistema aborda os problemas
gerais das comunidades, proporcionando serviços de prevenção, cura e reabilitação,
melhorando a saúde e o bem-estar, organizando e racionalizando o uso dos recursos, básicos e
também especializados, direcionados para a promoção, manutenção e melhora da saúde.
(SILVA, ACMA ET AL 2009).
Para obtenção de uma alimentação saudável e a não ocorrência de distúrbios
nutricionais, é necessário a orientação e acompanhamento do enfermeiro na amamentação, no
desmame, na introdução de novos alimentos e caso indicação médica suplementação
medicamentosa. A alimentação saudável é muito importante para um bom desenvolvimento e
crescimento infantil, desse modo conversar com a mãe a respeito dos benefícios da
amamentação,os riscos do uso de chupetas, mamadeiras e qualquer tipo de bico artificial, o
correto posicionamento da criança na mamada e pega da aréola, o modo de realizar a ordenha
manual do leite, como guardá-lo ou doá-lo, a importância do aleitamento materno exclusivo
até 6 meses de vida e a complementação com os alimentos da família até os dois anos de
idade ou mais, tendo o cuidado de apoio emocional, dedicando tempo para ouvir suas dúvidas,
preocupações e dificuldades. Em casos de recém-nascidos prematuros e de baixo peso faz uso
do ferro profilático e vitaminas, em áreas endêmicas usa-se suplementação medicamentosa de
vitamina A e suplementação alimentar para gestantes desnutridas, nutrizes e crianças em risco
nutricional. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004)
A partir da apresentação de alguns programas voltados para o melhoramento da saúde
infantil, será descrito consequentemente definições de autores sobre o crescimento e
desenvolvimento infantil, a prática e papel da enfermagem frente a este assunto.
Conforme Sigaud (1996) apud Carabolante e Ferriani (2003), o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições de saúde da criança,
que visa a promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê-
la.
Whaley e Wong (1999) nos descrevem que o crescimento e desenvolvimento
dependem de numerosas alterações que durante a vida ocorrem com o indivíduo, e para obter
uma evolução total é necessário um dinâmico processo que engloba várias dimensões inter-
relacionadas.
20
Para Figueiredo et al (2008), as crianças são semelhantes, e seguem o mesmo padrão
de desenvolvimento e maturação, paralelo a sua constituição hereditária, cultura e
experiências fazendo de cada criança um ser único e distinto.
“Crescimento diz respeito ao aumento quantitativo; é o resultado da divisão celular e
do aumento do tamanho das células; implicando aumento de massa e de estrutura
corporal da criança. O desenvolvimento refere-se à diferenciação qualitativa das
células e da maturação funcional; é o aumento da capacidade de realização de
funções cada vez mais complexas, medido por meio de provas funcionais.”
(FIGUEIREDO ET AL 2008, p.261)
“A Maturação-aumento na competência e na adaptabilidade; envelhecimento;
usualmente empregado para descrever uma alteração qualitativa; uma alteração na
complexidade de uma estrutura que a possibilita começar a funcionar; para atuar em
um nível mais elevado. A diferenciação- processo pelo qual as células e estruturas
iniciais são sistematicamente modificadas e alteradas para alcançar propriedades
físicas e químicas específicas e características; usa-se por vezes para descrever a
tendência da massa a especificação; desenvolvimento de atividades e funções
simples para mais complexas.” (WHALEY E WONG 1991, p.74)
Segundo Williams & Wilkins (2006), existem alguns fatores que influenciam o
crescimento e desenvolvimento infantil, que são:
Família: A família onde a criança é criada influencia muito seu
desenvolvimento, dando, por exemplo; como exemplo: a criança que sofreu abuso ou
negligência pode apresentar retardo de aprendizado da aquisição da confiança, bem como
distúrbios de vínculo afetivo e problemas com a alimentação e sono.
Estado de saúde: Crianças com patologias crônicas podem apresentar
falhas/intervalos de desenvolvimento quando adquirem habilidades relacionadas com
comunicação, cognição, adaptação e funcionamento social e motor. Depende da gravidade da
doença, a extensão em que a condição de saúde afeta o desenvolvimento da criança.
Estado socioeconômico: O crescimento e desenvolvimento têm um impacto
significativo do estado socioeconômico da família. Pois os pais não têm tempo (trabalham
muito pra suprir necessidades básicas) ou dinheiro para ajudar que o filho atinja a
maximização de desempenho através de experiências enriquecedoras. Como: viagens; passeis
culturais e educacionais (biblioteca, museu ou zoológicos). Também pode limitar a
capacidade da criança de manifestar interesses como música, esportes e arte.
Bagagem cultural: As maneiras que as crianças são socializadas aprendem
valores e experimenta o mundo, suas crenças, hábitos, modo de comunicação, vestimenta e
ações, são influências da cultura.
21
Necessidades básicas: Crianças têm algumas necessidades básicas como sono,
repouso e nutrição, para alcançar seu potencial máximo. A privação do sono gera impacto no
desempenho nas avaliações de crescimento e desenvolvimento, e a privação crônica do sono
traz consequências psicológicas negativas. Já a privação nutricional interfere seriamente no
desenvolvimento cerebral.
Outras influências: a genética, a hereditariedade, a personalidade e
temperamento inato da criança.
Do mesmo modo Marcondes (1991) apud Figueiredo et al (2008), nos relata que os
fatores genéticos influenciam no crescimento infantil principalmente a partir dos três anos de
idade. Onde dois hormônios se destacam: Hormônio do crescimento ou somatotrófico (STH)
que tem ação sobre o crescimento do esqueleto, e o Hormônio da tireóide que é o principal
regulador do crescimento e fator indispensável para evolução dos ossos.
Conforme Figueiredo et al (2008), os estágios de crescimento e desenvolvimento são:
Lactência Neonatos
Lactentes
Do nascimento até 28 dias de vida
De 1 mês até 12 meses
Primeira Infância Toddler
Pré-escolar
De 1 ano até 2 anos e 11 meses
De 3 anos até 5 anos e 11 meses
Segunda Infância Escolar De 6 anos até 11 anos e 11 meses
Infância tardia Adolescente A partir dos 12 anos
Segundo Whaley e Wong (1999), existem alguns padrões que são previsíveis e
definidos no crescimento e desenvolvimento infantil, mas cada criança os realiza no seu ritmo
e limitações. Os quais são:
Tendências Direcionais: o crescimento e desenvolvimento seguem uma
direção, sendo seu primeiro padrão de direção cefalocaudal (da cabeça para os pés), onde a
extremidade cefálica é maior e complexa e desenvolve-se em primeiro lugar, do que a
extremidade inferior que é pequena e simples. Desse modo sustentando a cabeça antes do
controle do tronco e após extremidades, ficam com as costas eretas antes de ficar em pé,
utilizam os olhos antes das mãos e adquirem controle das mãos antes do controle dos pés.
Tendência Próximo-distal (de perto para longe): conceito da linha média para a
periferia, obtendo o controle do ombro, depois os das mãos e após os dedos. Cada lado
desenvolve-se igualmente na mesma direção e velocidade.
Tendência Diferenciação: conceito da realização de atividades simples para as
mais complexas.
22
Tendência Sequenciais: são estágios definidos e previsíveis para todas as
crianças, sendo sua sequência de que as crianças rastejam antes de engatinhar, engatinham
antes de ficar em pé e ficam em pé antes de caminhar. Uma outra sequência padrão é que as
crianças balbuciam antes de formar palavras, logo fazem sentenças e após a escrita emerge de
rabiscos.
Tendência Velocidade de Desenvolvimento: Apesar de haver uma ordem fixa e
exata para o desenvolvimento, ele não ocorre na mesma velocidade ou frequência, existem
alguns períodos que o crescimento é mais acelerado e outros desacelerado.
Whaley e Wong (1999), também nos trás que existem vários tipos de teorias do
desenvolvimento, que são classificam em “Desenvolvimento Psicossexual, […],
Desenvolvimento Psicossocial, […], Desenvolvimento Cognitivo, […], Desenvolvimento
Moral, […], Desenvolvimento da Linguagem, […], Desenvolvimento Espiritual, […], e
Desenvolvimento do Autoconceito, […]”
2.1.1 Desenvolvimento Psicossexual
Freud apud Whaley e Wong (1999), considerou os instintos sexuais influentes no
desenvolvimento da personalidade, onde o comportamento humano é energizado por forças
psicodinâmicas. Na infância há significados psicológicos como fonte de prazer em regiões do
corpo, que gradualmente vão se deslocando de uma parte do corpo para outra conforme os
estágios do desenvolvimento. Sendo classificados em:
 Estágio oral
A libido localiza-se na zona oral ocorre no primeiro ano de vida.
 Estágio anal
A libido localiza-se na zona do ânus, paralelo ao treinamento de hábitos higiênicos,
satisfação da criança em expulsar fezes ou retê-las, ocorre no segundo ano de vida.
 Estágio fálico
A libido localiza-se nos órgãos genitais; há curiosidades, manipulação e
exibicionismo, descobrem e reconhecem a diferença entre os sexos, ocorre dos três aos seis
anos.
 Estágio de latência
Período de calmaria do instinto sexual, focalizam energia física e psíquica para
adquirir conhecimento e nas brincadeiras vigorosas, ocorre na fase escolar.
 Estágio genital
23
Ocorre a partir dos doze anos de idade, na fase da puberdade onde há maturação do
sistema reprodutivo e produção de hormônios sexuais. Os órgãos genitais são fontes de tensão
e prazer, mas as energias são investidas na formação de amizades e preparação para o
casamento.
2.1.2 Desenvolvimento Psicossocial
Erikson (1963) apud Whaley e Wong (1999), desenvolveu a teoria de
desenvolvimento psicossocial, que foi fundamentada na teoria freudiana. Sendo sua
característica o esforço do indivíduo para dominar e solucionar, conflitos ou problemas. E
consiste em cinco estágios relacionados a infância:
 Confiança versus Desconfiança (nascimento até 1 ano)
Para desenvolver uma personalidade saudável é necessário a confiança básica, que é as
experiências satisfatórias da criança. Sendo essencial uma pessoa materna que lhe ofereça
cuidado consistente e amoroso. Momento que caracteriza o uso de todos os sentidos para
conseguir e reconhecer. A desconfiança desenvolve-se quando há falhas nas experiências que
promovem a confiança, sendo, quando as necessidades básicas não são supridas.
 Autonomia versus Vergonha e Dúvida (1 a 3 anos)
A autonomia caracteriza-se na contração e relaxamento dos músculos esfinctéricos.
Onde a criança se sente capaz de controlar seu corpo, utilizando suas habilidades motoras
adquiridas para fazer coisas pra si próprias. Imitam atividades e comportamentos dos outros.
A vergonha e a dúvida surgem quando a criança sente-se pequena, outros a humilham, suas
escolham são desastrosas e quando apesar de serem capazes de assumir o controle de alguma
área, são forçadas a manterem dependência.
 Iniciativa versus Culpa (3 a 6 anos)
O período de iniciativa se da quando a criança se dedica intensamente as suas
atividades com todos os sentidos e força. Elas desenvolvem a consciência. Sendo assim,
quando suas atividades se conflitam com os dos pais ou outras pessoas geram um sentimento
de culpa.
 Produtividade versus Inferioridade (6 a 12 anos)
Período em que a criança está pronta para ser trabalhadeira e produtiva. Aprende a ser
competitiva, busca realizações e desenvolve a cooperação. Quando acredita que não pode
realizar determinada tarefa ou quando a cobrança é excessiva surge os sentimentos de
inadequação e inferioridade.
24
 Identidade versus Confusão de papéis (12 a 18 anos)
O desenvolvimento da identidade se da a partir das rápidas alterações físicas. O
adolescente não tem mais confiança no seu corpo, ficando preocupado como é visto por outras
pessoas. Período que se esforçam para adaptar as suas funções atuais e futuras. Encontram sua
ocupação integrando seus conceitos e valores com os da sociedade. A incapacidade de
solucionar esse conflito gera a confusão de papéis.
2.1.3 Desenvolvimento Cognitivo
A teoria do desenvolvimento cognitivo foi elaborada por Piaget (1969), define que o
processo de cognição ocorre através da interação com o ambiente. A criança compreende a
relação entre objetos, elas e o ambiente. Utiliza-se disso para aumentar a sobrevida e manter
equilíbrio com o ambiente. O desenvolvimento intelectual é dividido nos seguintes estágios:
 Sensoriomotor (nascimento até 2 anos)
A criança progride de atividades reflexas (comportamentos repetitivos simples) até o
comportamento imitativo. Desenvolve o sentido de “cause e efeito”. Nesse período as
crianças são curiosas, experimentam e apreciam o novo. Adquirem a consciência que um
objeto existe, ainda que não esteja mais no campo de visão. No término desse período,
começam usar a linguagem.
 Pré – Operacional (2 a 7 anos)
Caracteriza-se pelo egocentrismo, incapacidade de colocar-se no lugar do outro. A
criança só consegue captar seu ponto de vista. Seus pensamentos são elaborados a partir da
sua observação e experimentação, fazendo deduções e generalizações.
 Operações concretas (7 a 11 anos)
Os pensamentos tornam-se mais lógicos e coerentes. As crianças começam a
classificar, escolher, ordenar e organizar os fatos para resoluções de problemas. Tornam-se
mais socializados, considerando outros pontos de vista.
 Operações formais (11 a 15 anos)
Caracterizado pela adaptabilidade e flexibilidade. Os adolescentes podem elaborar
hipóteses e testá-las. Embora possam confundir o ideal com a prática, a maioria das
contradições no mundo pode ser manuseada e resolvida.
2.1.4 Desenvolvimento da linguagem
25
Para o autor, o ambiente deve fornecer um meio para que adquiram tal habilidade.
Para se realizar a fala é necessário que a estrutura e funções fisiológicas (respiratória, auditiva
e cerebral) estejam íntegras, além da inteligência, da necessidade de se comunicar e da
estimulação. Os gestos precedem a fala, em torno do período em que as crianças começam a
andar, são capazes de dar nome aos objetos e pessoas. As primeiras partes da fala são os
substantivos, as vezes os verbos e palavras combinadas. Em seguida começam a usar
adjetivos e advérbios. Posteriormente são acrescentados pronomes e palavras sexuais como
“ele(a)”. No período em que entram na escolar as crianças são capazes de usar sentenças
simples, estruturas completas, com média de cinco a sete palavras.
2.1.5 Desenvolvimento Moral
Kohlberg (1968) apud Whaley e Wong (1999), descreveu o desenvolvimento moral, e
baseia-se na teoria do desenvolvimento cognitivo. Que consiste em três níveis principais:
 Nível pré-convencional
Paralelo com o nível pré-operacional (2 a 7 anos), as crianças integra os termos de
bom/mau e certo/errado, através das consequências dessas ações e não pelo conceito de ordem
moral.
 Nível convencional
Correlacionado com o estágio de operações concretas (7 a 11 anos), as crianças
valorizam a manutenção da família e do grupo. Período que se caracteriza por um
comportamento de obediência, onde a criança busca a aprovação das autoridades e satisfação
dos outros pelas suas boas ações. Constitui o comportamento correto.
 Nível pós-convencional, autônomo ou de princípios
Quando alcança o estágio cognitivo das operações formais (11 a 15 anos). O
comportamento correto para os adolescentes se obtém a partir da visão legal imposta pela
sociedade. Mas tendo a possibilidade de mudar a lei conforme as necessidades sociais e
considerações racionais.
2.1.6 Desenvolvimento Espiritual
Clutter (1991) apud Whaley e Whong (1999), nos trás que a espiritualidade afeta a
pessoa como um todo: mente, corpo e espírito.
26
Segundo Fowler (1974) apud Whaley e Wong (1999), existe quatro estágios de
desenvolvimento da fé associados paralelamente com o desenvolvimento cognitivo e
psicossocial na infância, que são:
 Estágio 0: Indiferente
Os lactentes não possuem o conceito de certo ou errado, e nenhuma crença e
convicção. Seus primórdios de fé estão estabelecidos com o desenvolvimento da confiança
básica através da relação com o primeiro fornecedor de cuidados.
 Estágio 1: Intuitivo-projeto
Na pré-escola as crianças assimilam alguns dos valores e crenças de seus pais.
 Estágio 2: Mítico-literal
No ano escolar o desenvolvimento espiritual está relacionado às experiências e à
interação social das crianças. Nesse período há forte interesse na religião. A existência de uma
divindade é aceita. Realizam pedidos, e crêem que o bom comportamento é compensado e o
mal comportamento é punido.
 Estágio 3: Sintético-convencional
Próximo da adolescência, começam a raciocinar e questionar alguns dos padrões
religiosos paternos. Reconhecendo que as preces nem sempre são respondidas.
 Estágio 4: Individualizante-reflexivo
Os adolescentes começam a comparar os padrões religiosos de seus pais com os dos
outros e com o ponto de vista científico.
2.1.7 Desenvolvimento do Autoconceito
Para o autor, inclui todo o conhecimento, crença e convicções que constitui um
autoconhecimento individual. Sendo componentes importantes do autoconceito a Imagem
corporal (conceitos e atitudes que os indivíduos possuem em relação a seus próprios corpos) e
a Auto-estima (julgamento pessoal, relativo ao próprio mérito, influenciado pelos grupos
sociais e percepções do indivíduo de como são valorizados pelos outros).
O papel da enfermagem pediátrica para Williams & Wilkins (2006), é o cuidado aos
lactentes, crianças e adolescentes em um constante de saúde – doença, sua recuperação, e
quando preciso, à reabilitação. Mas, o cuidado à população pediátrica não é somente ao
paciente pediátrico, deve-se incluir os pais e outros membros da família no cuidado à criança.
Este sistema é conhecido como cuidado centrado na família. Reconhecendo assim os pais
como constantes na vida da criança e experientes no cuidado com seus filhos. A família é o
27
principal estímulo para desenvolver o plano de cuidado à criança. Levando em consideração
suas necessidades, respeitando, dando suporte, e estimulando no processo de doença e
recuperação, a capacidade da família, no cuidado ao seu filho.
Para isso é necessário a consulta de enfermagem, onde o enfermeiro obtém o registro
do histórico progresso da criança e família, realiza o exame físico para obter dados do estado
de saúde atual, elabora possíveis diagnósticos, apartir dai podendo elaborar planos de
cuidados para melhorar e ajudar a criança e família. Conforme os autores a seguir nos
descrevem.
Consulta de enfermagem é uma atividade restrita do Enfermeiro, conforme lei 7.498
aprovada em 1986, que regulamenta o exercício profissional da enfermagem. (BRASIL 1996
apud PINTO, Fatima Arthuzo)
Dessa forma Carmem Elizabeth Kalinowski et al 2006, nos fala que sendo uma
atividade restrita do enfermeiro, faz uso de componentes do método científico para detectar
situações de saúde/doença, para prescrever e para implementar medidas de enfermagem que
contribuam para a promoção, prevenção e proteção da saúde; para a recuperação e
reabilitação do indivíduo, da família e da comunidade. Além disso, tendo como doutrina na
consulta de enfermagem os princípios de equidade, universalidade, resolutividade e de
integralidade. Envolve também a relação interativa entre a criança, mãe ou família e o
enfermeiro.
Juntamente Ana Paula Alves da Silva et al (2006),nos diz que a Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE) é uma ferramenta de gestão continuada do cuidado do
enfermeiro para com o cliente, com o objetivo de avaliar e propor soluções para resolução dos
problemas potenciais.
Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), nos trás que a SAE é composta de quatro
etapas: Anamnese e exame físico, Diagnóstico de enfermagem, Prescrição de enfermagem e
Evolução de enfermagem.
1. Anamnese e exame físico: A anamnese é a coleta de informações sobre o
paciente, é o histórico de enfermagem que obtém dados do pré-natal, parto, primeiros dias de
nascimento, condições socioeconômicas e relações familiares. Sua meta é identificar as
necessidades e reações humanas, sendo fundamental para um diagnóstico preciso, devendo ser
feita de maneira completa, a fim de representar a evolução da criança. O Exame físico
representa um momento específico dela, podendo detectar se a criança está crescendo e
desenvolvendo normalmente. Com a presença dos pais a criança sente-se tranquila nesse
momento, facilitando a tarefa do examinador.
28
2. Diagnóstico de enfermagem: A partir das respostas da entrevista e
interpretação dos dados sobre o paciente elabora-se o diagnóstico, o qual expressa as
necessidades de cuidados, e a aplicação de intervenções de enfermagem. Devendo ser
avaliado e atualizado diariamente.
3. Prescrição de enfermagem: é o conjunto de medidas que o enfermeiro decide
para aplicar na assistência de enfermagem ao paciente. “Consiste no planejamento para a
execução das intervenções ou ações de enfermagem.” Deve ser feito diariamente pelo
enfermeiro, tem validade de 24 horas.
4. Evolução de enfermagem: registro realizado pelo enfermeiro diariamente
depois da avaliação do estado geral do paciente. Consiste em avaliar os diagnósticos de
enfermagem que esta em vigor e novos diagnósticos apartir da identificação de sinais e
sintomas.
Em sequência ao exame físico da criança é necessária a tomada das medidas
antropométricas (medidas do tamanho do corpo). Sendo suas medidas básicas: o peso, a
estatura (comprimento ou altura) e perímetro cefálico. Através dessas medidas, permite saber
se o crescimento está satisfatório. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002)
O pré-natal é uma fase que também necessita de acompanhamento devido sua
influência no desenvolvimento infantil. Nesse período o feto recebe a herança genética dos
pais, definindo suas características físicas como provável altura, cor dos olhos e cabelo, mas
também doenças genéticas, herdado da mãe (ou antepassados), possível desnutrição ou déficit
no desenvolvimento causado pela má alimentação e hábitos da mãe. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE 2002)
Fatima Arthuzo Pinto relata que na primeira semana depois do nascimento é
necessário uma visita domiciliar. Após o atendimento será realizado nas estratégias de saúde,
onde são recomendadas sete consultas individuais no primeiro ano de vida, realizadas por
médicos e enfermeiros. No segundo ano, duas consultas individuais e a partir de dois anos, até
cinco anos, uma consulta individual ano. A seguir divisão de consultas:
Mensal até 6 meses de idade
Trimestral entre 6 meses à 2 anos de idade
Semestral entre 2 à 5 anos de idade
“O Ministério da Saúde, a fim de garantir a qualidadeda assistência prestada à
criança, propõe um calendáriomínimo de consultas de puericultura, assim
distribuídas: uma consulta até 15 dias de vida, consultas com um mês, dois, quatro,
29
seis, doze e dezoito meses, totalizando assim, sete consultas no primeiro ano e meio
de vida” (VIEIRA ET AL2012, p. 120)
Carmem Elizabeth Kalinowski et al(2006), nos diz, que até o 5º dia de vida do Recém-
nascido deve ocorrer a primeira visita à unidade básica de saúde. Com a meta de estabelecer
vínculo da família com a unidade próxima a sua residência e integrar e aperfeiçoar ações
direcionadas à mãe e ao bebê. Contendo na primeira semana integral de saúde com mãe e
bebê ações como recepção humanizada; teste do pezinho (PKU) e da BCG; apoio ao
aleitamento materno; verificação da icterícia; consulta para o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento; reavaliação do puerpério; vacinação da mãe contra rubéola;
avaliação do risco que consiste na consulta ginecológica/pediatria (contracepção), e outras
necessidades, de serviços para bebê, mãe e família.
Segundo Campos et al (2011) É de grande importância a assistência à saúde da
criança, devido a vulnerabilidade nessa fase da vida. Através do acompanhamento das
crianças, por meio da puericultura, espera-se reduzir as ocorrências de doenças e o aumento
das chances de crescerem e desenvolverem alcançando todo seu potencial.
Ainda na maternidade de preferência, a criança deve receber o Cartão da Criança,nele
que se registra o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, avaliando o
peso, altura, desenvolvimento, vacinação, estado nutricional e contem orientações à mãe ou
cuidador sobre cuidados com a criança. A equipe de saúde deve estar preparada e atenta,
conhecer o número de puérperas e recém-nascidos da área de abrangência, realizar visita
domiciliar na primeira semana após o parto, avaliar a saúde da mãe e do recém-nascido (RN),
identificar se é um RN de risco, orientar e incentivar o aleitamento materno, ir atrás de
crianças faltosas, detectar e abordar alterações na curva de peso e desenvolvimento neuro-
psicomotor. A criança e família devem manter um vínculo com a unidade de saúde
proporcionando a promoção da saúde, hábitos saudáveis, prevenção dos agravos de problemas
e promoção do cuidado.(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004)
Em Fevereiro de 2005, foi implantada pelo Ministério da Saúde a Caderneta de Saúde
da Criança, que veio substituir o Cartão da Criança, apresentando-se como um documento
mais completo com o intuito de aperfeiçoar a vigilância à saúde da criança. (FIGUEIREDO,
LMH ET AL 2012)
A Caderneta de Saúde da criança é um instrumento utilizado para o acompanhamento
dos parâmetros normais do crescimento e desenvolvimento infantil. Além de conter
informações na sua primeira parte como orientação sobre o registro de nascimento, direitos
dos pais e das crianças, amamentação, alimentação saudável, como estimular o
30
desenvolvimento da criança, perceber alterações anormais no desenvolvimento e crescimento,
vacinação, sobre a saúde bucal, ocular e auditiva, sinais de perigo de doenças graves,
prevenção de diarréia e desidratação, prevenção de acidentes e violência. Na segunda parte é
um espaço destinado ao profissional de saúde para registro das informações da saúde da
criança, como os gráficos de crescimento, instrumentos de avaliação do desenvolvimento e
tabelas para registrar as vacinas aplicadas. (CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009)
Cada contato da criança com o serviço de saúde deve ser tratado como uma
oportunidade para promoção de saúde e meio educativo. Para um adequado acompanhamento
do crescimento infantil nos serviços básicos de saúde é utilizado um registro periódico nos
gráficos de avaliação do crescimento conforme a idade da criança, presentes na caderneta de
saúde da criança distribuída pelo Ministério da Saúde. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002)
Na caderneta de saúde da criança contém os gráficos de acompanhamento do
crescimento infantil,recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Existe a caderneta do
menino e da menina, pois o crescimento é diferenciado entre os sexos. Os gráficos de
crescimento mensuram: o perímetro cefálico (0-2 anos); o peso (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10
anos); comprimento (0-2 anos); altura (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10 anos) e índice de massa
corporal – IMC (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10anos). Os pontos de corte utilizados nas distintas
curvas estão representados em escores z, que indicam unidades do desvio padrão do valor da
mediana (escore z 0), cujas correspondências em percentis estão demostrada em uma das
imagens da caderneta de saúde da criança (ANEXO VII). (CADERNETA DE SAÚDE DA
CRIANÇA 2009)
Colocado como pontos, nos gráficos de acompanhamento do crescimento infantil
(ANEXO VIII), as várias medidas de crescimento, forma uma linha que significa a curva de
crescimento, a qual, demostra se a criança está crescendo adequadamente ou não. O escore z 0
é correspondido pela linha verde, as demais linhas indicam a distância da mediana. Qualquer
ponto ou desvio, fora da área entre as duas linhas vermelhas, significa algum problema de
crescimento. Uma curva que segue paralela à linha verde, acima ou abaixo dela, demostra um
crescimento adequado. Qualquer desvio da curva fora do traçado normal deve ser investigado
a causa e orientar a conduta. Há uma diferença de 0,7 cm na mensuração da estatura da
criança medida deitada e em pé. Então se uma criança menor que 2 anos for medida de pé,
deve-se acrescentar 0,7 cm antes de registrar no gráfico de 0-2 anos, e se tiver 2 anos ou mais
e for medida deitada deve-se diminuir 0,7 cm antes de registrar no gráfico de 2-5 anos.
(CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009)
31
Existem alguns instrumentos para avaliar altura/comprimento e peso da criança
conforme idade. Em crianças de 0 a 23 meses é realizado a medição do comprimento sobre
uma mesa antropométrica ou com uma régua antropométrica sobre uma plana superfície. Para
averiguar o peso das crianças de 0 a 23 meses, utilizar a balança pediátrica, com divisões em
10g, com capacidade de até 16kg. Em crianças de 24 a 72 meses (maior que 2 anos), a
medição da altura é feita de pé, em balança plataforma com antropômetro ou utiliza-se
antropômetro de parede. E a averiguação do peso da criança maior que 2 anos é em balanças
com divisões de 100g, com capacidade de até 25kg ou em balança plataforma. (MINISTÉRIO
DA SAÚDE 2002)
E necessário também a medição do perímetro cefálico, através da fita métrica,que
avalia o tamanho da cabeça e cérebro. Sua importância na infância está relacionada ao volume
intracraniano, permitindo uma avaliação do crescimento do cérebro e o desenvolvimento
normal da criança. Caso o índice esteja fora da faixa considerada de normalidade, a criança
deve ser encaminhada para um especialista ou equipe multiprofissional, para afastar
diagnóstico de microcefalia ou de macrocefalia.Realizado nas crianças entre 0 a 24 meses, há
uma pequena diferença de 1cm entre os sexos, sendo maior no menino. O perímetro adequado
é expresso na forma de uma faixa de normalidade que situa-se entre os percentis 10 e 90.
Como mostra o quadro do perímetro cefálico de meninos e meninas de 0 a 2 anos em
centímetros (ANEXO IX). (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002)
Também, através da caderneta de saúde da criança a mãe pode acompanhar o
desenvolvimento de seu filho e estimulá-lo conforme as orientações contidas para a idade,
com orientação do enfermeiro, que deve estar sempre atento na relação entre mãe e criança, a
qual tem grande participação na estimulação do desenvolvimento. O acompanhamento do
desenvolvimento tem sua sequência identificada através de marcos tradicional, que demonstra
o progresso ou retardo do desenvolvimento na criança. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002)
Na segunda parte, da caderneta de saúde da criança, é de preenchimento do enfermeiro
e há um instrumento de vigilância do desenvolvimento, conforme imagens (ANEXO X).
(CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009)
Buscamos neste estudo avaliar se os enfermeiros realizam ações práticas e
demonstram conhecimento sobre o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
infantil tendo consciência de sua importância.
32
3. PESQUISA DE CAMPO
3.1 Universo de pesquisa
Esta pesquisa foirealizada em 11 unidades de Estratégias de Saúde da Família (ESF)
da cidade de Assis-SP, município com uma população de 95.156 habitantes, dos quais 91.001
habitantes residem na área urbana. (IBGE, 2010).
3.1.1 População alvo
Enfermeiros de ambos os sexos que atuam nas Estratégias de Saúde da Família (ESF)
da cidade de Assis-SP.
3.1.2 Amostra e os sujeitos de pesquisa
A população investigada constou de amostra de enfermeiros, de ambos os sexos,
financiados da Prefeitura Municipal de Saúde e que atuam nas ESF.
Inicialmente os sujeitos desta pesquisa eram compostos por 11 enfermeiros das ESF de
Assis-SP, devido ao critério de adesão da pesquisa, 3 sujeitos recusaram-se a participar do
estudo, sendo a amostra final total composta por 8 enfermeiros participantes.
3.2 Coleta de Dados
3.2.1 Instrumentos de pesquisa
O projeto teve anuência do pesquisador responsável (ANEXO III) e o consentimento
da Instituição a ser pesquisada (ANEXO IV), foi encaminhado ao Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Paulista- UNIP e tendo parecer favorável em 14/08/2012; nº CAAE
03803012.0.0000.5512. Após aprovação do CEP a pesquisa foi iniciada.
Foidistribuído para a amostra investigada o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido ANEXO II e após autorizaçãoum questionário semiestruturado com respostas
abertas e fechadas foi aplicado aos enfermeiros que atuam nas ESF, ressaltando a importância
de responder com atenção e responsabilidade.
33
3.2.2 Procedimento de coleta de dados
Trata-se de pesquisa de campo de natureza qualitativa, descritiva, explorátoria.
Conforme Bardin (2006), é um conjunto de técnicas sistemáticas que analisa a comunicação
de forma mais ampla e profunda, utilizando da forma descrita para expor os conteúdos das
mensagens, que são os indicadores que permitem conhecimento relativo.Este método permite
a classificação dos elementos em categorias e subcategorias que possibilitam uma
compreensão mais aprofundada dos significados.
Nos resultados e discussões a seguir, foram analisadas as respostas dos 8
enfermeiros entrevistados utilizando como instrumento de coleta de dados, um
questionário, constituído por 14 questões abertas e fechadas.
Questão 1: O que você entende por acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em
comum; 5 acreditam ser o acompanhamento da criança desde o seu nascimento; 4 entendem
ser um indicador de saúde, desta maneira podendo evitar doenças através da detecção e ações
precoces nas intercorrências observadas; 4 concordam ser orientações juntamente com ações
da avaliação nutricional, da imunização, do acompanhamento das medidas antropométricas e
3 acreditam ser uma ação que avalia o desenvolvimento neurológico, psicomotor e social.
Conforme Sigaud (1996) apud Carabolante e Ferriani (2003), o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições de saúde da criança,
que visa à promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê-
la.
Podemos observar através dos autores da fundamentação teórica, que o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é realizado pelo enfermeiro,
desde o nascimento da criança até sua adolescência, com o objetivo de promover a saúde e
prevenir a doença. Para isso os enfermeiros utilizam a ferramenta das orientações e programas
voltado a saúde infantil. Fazendo uso das medidas antropométricas, dos gráficos de registro
do crescimento, dos instrumentos de vigilância e teorias do desenvolvimento para poder
observar se o objetivo está sendo atingido.
34
Questão 2: Em sua opinião o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
infantil é importante?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e
assinalaram sim.
Segundo Campos et al (2011)É de grande importância a assistência à saúde da criança,
devido a vulnerabilidade nessa fase da vida. Através do acompanhamento das crianças, por
meio da puericultura, espera-se reduzir as ocorrências de doenças e o aumento das chances de
crescerem e desenvolverem alcançando todo seu potencial.
Por se tratar de uma fase vulnerável, a criança é totalmente dependente necessitando
assim de cuidados da mãe juntamente com o acompanhamento do enfermeiro da ESF. Deste
modo prevenindo a doença e conquistando maiores chances de sobrevivência e
desenvolvimento de todo potencial da criança.
Questão 3: Você acredita que através do conhecimento da importância do
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, pode-se mudar a qualidade da
assistência e consecutivamente a qualidade da saúde?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e
assinalaram sim.
“A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento das ações de
prevenção de agravos e assistência são objetivos que, para além da redução da
mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se prover qualidade de vida
para a criança, ou seja, que esta possa crescer e desenvolver todo seu
potencial”(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004, p.8)
Então podemos observar a partir dessa citação que muitas mortes são evitadas pelo
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, devido as ações de prevenção e
assistência, promovendo assim não somente a redução de taxas de mortalidade, mas a
qualidade de saúde e de vida das crianças.
Questão 4: Qual é a sua participação no acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil?
35
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em
comum; 5 descrevem que sua participação é através das consultas de enfermagem
mensalmente; 2 que é através da realização da puericultura; 2 acreditam ser através do
acompanhamento do calendário vacinal; 2 que é através das orientações individuais na sala de
consulta e em grupos com os pais. Apenas 1 enfermeiro escreveu de diferente o
acompanhamento do pré-natal, a buscativa de gestantes que não realizam o pré-natal, visitas
ao RN em domicílio e a realização do teste do pezinho.
“As atribuições do enfermeiro neste programa são: realizar o exame físico na
criança, identificando riscos em seu crescimento e desenvolvimento; agendar a
primeira consulta com o pediatra e demais quando forem identificados riscos de
agravos à saúde; fornecer a relação dos nascidos vivos para os Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) e solicitar a busca ativa para identificação dos
faltosos do programa; preencher o gráfico de peso e estatura nos cartões da criança;
verificar e administrar as vacinas conforme o calendário básico de vacinação;
incentivar o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até o seis meses; orientar a
alimentação complementar após os seis meses; orientar sobre prevenção de
acidentes de acordo com a faixa etária; avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor;
identificar dúvidas e dificuldades da mãe e de outros membros da família que
participam das consultas procurando esclarecê-las. Dentro desta perspectiva, o
enfermeiro, por meio de revisões periódicas, desempenha seu trabalho com ações
não apenas clínicas, mas com uma concepção epidemiológica e social, relacionando-
as intimamente com o complexo saúde-indivíduo-família-comunidade.”(VIEIRA ET
ALL, Vol. 17, No 1, 2012, p. 120)
O enfermeiro participa no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
infantil, através das realizações das consultas de enfermagem, onde se realiza o exame físico
juntamente com as medidas antropométricas, preenchendo os gráficos da caderneta, e
averiguando a administração das vacinas e a realização das mesmas, conforme calendário de
vacinação infantil, orientando sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e
posteriormente a alimentação complementar, orientando também sobre a prevenção de
acidentes e a avaliação do crescimento e desenvolvimento de acordo com a faixa etária, o que
se caracteriza por puericultura. Mas para isso é necessário que o enfermeiro crie vínculos com
a mãe e familiares, por meio do pré natal, fazendo buscativa dos faltosos, indo fazer visita
domiciliar na primeira semana após nascimento, promovendo a realização da semana integral
de saúde com mãe e bebê que tem como ações a recepção humanizada; teste do pezinho
(PKU); realização da BCG; reavaliação do puerpério; vacinação da mãe contra rubéola;
avaliação do risco que consiste na consulta ginecológica/pediatria (contracepção), juntamente
com a identificação das dificuldades e dúvidas da mãe ou familiares procurando esclarecê-las.
Questão 5: Como você mensura o crescimento?
36
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em
comum; todos utilizam os dados antropométricos com os seguintes instrumentos de
mensuração: régua antropométrica, fita métrica, balança pediátrica, balança plataforma,
antropômetro.
É necessária a tomada das medidas antropométricas (medidas do tamanho do corpo),
sendo suas medidas básicas: o peso, a estatura (comprimento ou altura) e perímetro cefálico.
Através dessas medidas, permite saber se o crescimento está satisfatório. (MINISTÉRIO DA
SAÚDE 2002)
Existem alguns instrumentos para avaliar altura/comprimento e peso da criança
conforme idade. Em crianças de 0 a 23 meses é realizado a medição do comprimento sobre
uma mesa antropométrica ou com uma régua antropométrica sobre uma plana superfície. Para
averiguar o peso das crianças de 0 a 23 meses, utilizar a balança pediátrica, com divisões em
10g, com capacidade de até 16kg. Em crianças de 24 a 72 meses (maior que 2 anos), a
medição da altura é feita de pé, em balança plataforma com antropômetro ou utiliza-se
antropômetro de parede. E a averiguação do peso da criança maior que 2 anos é em balanças
com divisões de 100g, com capacidade de até 25kg ou em balança plataforma. (MINISTÉRIO
DA SAÚDE 2002)
E necessário também a medição do perímetro cefálico, através da fita métrica,que
avalia o tamanho da cabeça e cérebro. Sua importância na infância está relacionada ao volume
intracraniano, permitindo uma avaliação do crescimento do cérebro e o desenvolvimento
normal da criança. Caso o índice esteja fora da faixa considerada de normalidade, a criança
deve ser encaminhada para um especialista ou equipe multiprofissional, para afastar
diagnóstico de microcefalia ou de macrocefalia.Realizado nas crianças entre 0 a 24 meses, há
uma pequena diferença de 1cm entre os sexos, sendo maior no menino. O perímetro adequado
é expresso na forma de uma faixa de normalidade que se situa entre os percentis 10 e 90.
Como mostra o quadro do perímetro cefálico de meninos e meninas de 0 a 2 anos em
centímetros (ANEXO IX). (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002)
Através dos autores podemos observar que as medidas antropométricas (peso;
estatura/comprimento ou altura; perímetro cefálico) nospermite saber se o crescimento está
ocorrendo normalmente conforme faixa etária e de maneira satisfatória. Os instrumentos de
mensuração utilizados são: crianças (0 a 23 meses) é realizado a medição do comprimento
sobre uma mesa antropométrica ou com uma régua antropométrica, sobre uma plana
superfície. Para averiguar o peso crianças (0 a 23 meses) utiliza a balança pediátrica, com
divisões em 10g, com capacidade de até 16kg. Em crianças (24 a 72 meses - maior que 2
37
anos), a medição da altura é feita de pé, em balança plataforma com antropômetro ou utiliza-
se antropômetro de parede. E a averiguação do peso da criança (maior que 2 anos) é em
balanças com divisões de 100g, com capacidade de até 25kg ou em balança plataforma. E
para mensuração do perímetro cefálico realizado em crianças de 0 a 24 meses, utiliza-se uma
fita métrica, para obter os cm da circunferência craniana.O perímetro adequado é expresso na
forma de uma faixa de normalidade que se situa entre os percentis 10 e 90.
Questão 6: Você realiza o acompanhamento do desenvolvimento infantil?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e
assinalaram sim.
A análise desta questão aborda as mesmas análises da questão 2 e 3.
Questão 7: Você sabe os períodos do desenvolvimento infantil?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão fechada
assinalando sim. Mas apenas 2 enfermeiros responderam a questão aberta a qual justificava
sua resposta.
Enfermeiro 1: Descreve que os períodos do desenvolvimento são divididos pela faixa etária
“Lactente, Infante 1 a 3 anos, Pré-escolar 3 a 6 anos, Escolar 6 a 12 anos e Adolescência
12 a 18 anos”.
Enfermeiro 2: Descreve que os períodos do desenvolvimento se dividem conforme as
teorias de desenvolvimento “Físico, Intelectual e Social”.
Na segunda parte da caderneta de saúde da criança, existe um instrumento de
vigilância para o acompanhamento do desenvolvimento psicomotor, que mostra os períodos
de capacidade da criança em atuar níveis mais avançados de acordo com a faixa etária.
(CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009) (ANEXO X)
Questão 8: Como você mensura o desenvolvimento?
38
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em
comum; 5 mensuram o desenvolvimento apartir da observação da capacidade que a criança
tem de atuar em níveis mais avançados de acordo com a faixa etária; 3 descrevem ser através
dos registros nos gráficos de altura e peso e apenas 1 enfermeiro disse não realizar este
procedimento na unidade.
O desenvolvimento físico ou psicomotor pode ser observado e estimulado a partir das
teorias de desenvolvimento infantil e através do instrumento de vigilância do
desenvolvimento contido na caderneta de saúde da criança (ANEXO X).
Podemos notar através das respostas obtidas nessa questão, uma divergência no
conhecimento do desenvolvimento psicomotor da criança em relação ao crescimento.
“Crescimento diz respeito ao aumento quantitativo; é o resultado da divisão celular e
do aumento do tamanho das células; implicando aumento de massa e de estrutura
corporal da criança. O desenvolvimento refere-se à diferenciação qualitativa das
células e da maturação funcional; é o aumento da capacidade de realização de
funções cada vez mais complexas, medido por meio de provas funcionais.”
(FIGUEIREDO ET AL2008, p.261)
Apesar de que para obter um estado de saúde considerado como bom para criança é
necessário que o crescimento e desenvolvimento estejam desenvolvendo juntamente. Mas é
preciso saber diferenciar como cada qual ocorre e a maneira como cada um deve ser
investigado (acompanhado).
“Embora o crescimento e o desenvolvimento estejam intimamente correlacionados,
correspondem a fenômenos distintos. Uma criança pode crescer e não se
desenvolver ou vice-versa. Por exemplo: uma criança com síndrome de Down pode
ter o crescimento normal, porém um desenvolvimento retardado cujo pensar,
raciocinar e agir é diferente de uma criança da mesma idade” (FIGUEIREDO ET
AL, 2008, p.264)
Questão 9: Qual é a dificuldade de fazer esse acompanhamento?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, apenas 1 enfermeiro não respondeu a questão,
entre os 7 que responderam a questão obtive as seguintes respostas em comum; 5
responderam ser a falta de adesão das mães/familiar em trazer as crianças para unidade.
Obtive duas respostas diferentes sendo que para Enfermeiro 1: a dificuldade é a falta de
tempo; e para Enfermeiro 2: a dificuldade é a busca ativa das mães faltosas. Teve 1
enfermeiro que abordou uma observação significante; que ocorre a facilitação do
39
acompanhamento quando as mães/familiar recebem algum tipo de benefício como a bolsa
família ou viva leite.
Questão 10: Você sabe o calendário básico de vacinação da criança atualmente?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e
assinalaram sim.
Recentemente o Ministério da Saúde promoveu no Brasil o lançamento do novo
Calendário Nacional de Vacinações (ANEXO VI), que constituirá a nova vacina contra pólio
e a Pentavalente.A vacina pentavalente reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças
(difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B). (MINISTÉRIO DA
SAÚDE 2012)
Questão 11: Você orienta os pais ou responsável a respeito do acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento de seu filho?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e
assinalaram sim.
“O enfermeiro, como educador em saúde, compartilha com a criança e a família
informações e conhecimentos quanto à avaliação de enfermagem da situação da
criança; reforça condutas adequadas ao desenvolvimento da criança, dos familiares;
e discute propondo alternativas àquelas que julgar inadequadas. Apresentar
informações sobre o Crescimento e Desenvolvimento e necessidades infantis, bem
como informações que favorecem o crescimento e desenvolvimento da criança. As
orientações abrangem características deste, alimentação (quantidade, qualidade e
hábitos), higiene, sono, brincadeiras e estimulação, imunizações, formas de
comunicação e relacionamento com a criança.” (CARABOLANTE E FERRIANI,
2003, p.1)
O enfermeiro deve orientar a mãe ou familiar sobre o estado de saúde da criança, e dar
informações que contribuam para o crescimento e desenvolvimento infantil como a
necessidade de uma boa alimentação, higiene e estimulação através de brincadeiras.
Reforçando as condutas adequadas e ajustando as inadequadas dando uma direção correta.
Questão 12: Há quanto tempo você trabalha na Estratégia de Saúde da Família?
40
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão, ficando
classificado em: 4 enfermeiros trabalham a menos de 5 anos; 1 enfermeiro trabalha a mais de
15 anos e 3 enfermeiros trabalham entre 10 a 15 anos.
Através dos questionários aplicados aos enfermeiros foi possível observar que o tempo
de trabalho nas Estratégias de Saúde da Família, não interfere no conhecimento e assistência
prestada a criança.
Questão 13: Existe algum tipo de capacitação nessa área?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão, ficando dividido
em: 4 assinalaram que não existe capacitação nesta área e todos esses 4 assinalaram que sim,
gostariam que tivesse capacitação nesta área. Os outros 4 enfermeiros assinalaram que sim,
existe capacitação nesta área.
Questão 14: Existe educação permanente nessa unidade?
Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e
assinalaram sim.
Houve 2 enfermeiros que abordaram uma observação significante; que existe educação
permanente na unidade, mas não voltado para a área dessa pesquisa.
“A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar
se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. A educação permanente
se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas
profissionais. A educação permanente pode ser entendida como aprendizagem-
trabalho, ou seja, ela acontece no cotidiano das pessoas e das organizações. Ela é
feita a partir dos problemas enfrentados na realidade e leva em consideração os
conhecimentos e as experiências que as pessoas já têm. Propõe que os processos de
educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização do
processo de trabalho, e considera que as necessidades de formação e
desenvolvimento dos trabalhadores sejam pautadas pelas necessidades de saúde das
pessoas e populações. Os processos de educação permanente em saúde têm como
objetivos a transformação das práticas profissionais e da própria organização do
trabalho.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2009, p.20)
“Educação continuada é aquela que capacita a pessoa não só para as mudanças
desejadas pela instituição como também para as requeridas pela sociedade,
desenvolvendo a como pessoa e como profissional. Alude à atualização técnico-
científica do profissional, voltada para a prática individual e é da responsabilidade
do profissional, portanto um processo desvinculado da instituição onde atua o
41
profissional, feita de modo esporádico, com apropriação do saber científico.”
(GIRADE ET AL 2006, p 107)
A Educação Permanente é realizada a partir das experiências do cotidiano juntamente
com a problematização do processo de trabalho da equipe, pautando suas necessidades. A
educação permanente não gera apenas diminuição de erros ou melhora na qualidade de
assistência, a educação permanente insere o conhecimento dentro da instituição,
proporcionando assim uma assistência adequada.
Podemos observar a partir da observação dos 2 enfermeiros, que há uma confusão
entre educação permanente e educação continuada.
Sendo que é na educação continuada que os profissionais aprendem novas técnicas nas
diversas áreas da saúde conforme as novidades científicas são lançadas. É uma prática
buscada de forma individual onde fica na responsabilidade do profissional se atualizar no
saber científico.
42
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das
condições de saúde da criança, que deve promover toda atenção visando a promoção e
manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê-la, promovendo a
qualidade de vida, ou seja, que a criança cresça e desenvolva todo seu potencial.
A assistência à saúde da criança por meio da puericultura é de grande importância,
devido à vulnerabilidade nessa fase da vida.
O enfermeiro participa no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento
infantil, desde o nascimentoaté sua adolescência, com o objetivo de promover a saúde e
prevenir a doença, para isso o enfermeiro realiza as consultas de enfermagem, onde efetua o
exame físico juntamente com as medidas antropométricas, preenchendo os gráficos da
caderneta que norteiam o crescimento adequado, fazendo uso dos instrumentos de vigilância e
teorias do desenvolvimento para poder observar se o objetivo desse acompanhamento está
sendo atingido, averiguando a administração das vacinas e a realização das mesmas conforme
calendário de vacinação infantil, orientando sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis
meses e posteriormente a alimentação complementar, orientando também sobre a prevenção
de acidentes e a avaliação do crescimento e desenvolvimento de acordo com a faixa etária. O
enfermeiro deve criar vínculos com a mãe e familiares, por meio do pré natal, fazendo busca
ativa dos faltosos, indo fazer visita domiciliar na primeira semana após nascimento,
promovendo a realização da semana integral de saúde com mãe e bebê, juntamente com a
identificação das dificuldades e dúvidas da mãe ou familiares procurando esclarecê-las.
Quanto ao conhecimento dos enfermeiros participantes dessa pesquisa observa-se que
os mesmos compreendem a importância do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil, e realizam tal procedimento.
Na prática o acompanhamento da criança é realizado através da consulta de
enfermagem desde seu nascimento até a adolescência, prevenindo a doença, promovendo a
saúde e intervindo nos fatores que podem comprometê-la, bem como, realizam registros na
caderneta de saúde da criança, preenchem os gráficos de crescimento para analisarem se as
medidas estão satisfatórias, juntamente mensuram o desenvolvimento a partir da observação
da capacidade que a criança tem de atuar em níveis mais avançados de acordo com a faixa
etária. Fazem as orientações necessárias com os pais na consulta ou em grupos de pais para
manter a saúde da criança.
43
Mas, a amostra evidenciou uma divergência de definições no conceito
desenvolvimento psicomotor da criança em relação ao conceito crescimento infantil, embora
ambos estejam intimamente correlacionados, correspondem a fenômenos distintos. Pois uma
criança pode crescer e não se desenvolver ou vice-versa, podendo assim, de certa forma, ser
interpretado como causa de fragilidade na execução das práticas realizada para mensurar o
desenvolvimento infantil e acompanhamento da mesma.
Podemos verificar que a maior dificuldade de realizar o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento infantil é a falta de adesão das mães/familiar em trazer as
crianças para unidade, subsequente a falta de tempo e dificuldade de fazer busca ativa das
mães faltosas. Obtivemos uma observação significante, que através de benefícios como bolsa
família e viva leite ocorre a facilitação do acompanhamento devido ser um incentivo para
maior adesão.
Através da identificação do tempo de trabalho de cada enfermeiro juntamente com
suas respostas, pude observar que o tempo de serviço nas Estratégias de Saúde da Família,
não interfere no conhecimento e assistência prestado a criança.
Metade dos enfermeiros pesquisados abordou não haver capacitação nesta área, e
gostariam que tivesse.
Todos os enfermeiros pesquisados relatam ter educação permanente na unidade. Mas
alguns enfermeiros abordaram uma observação significante, que apesar de existir educação
permanente na unidade, ela não é voltada para a área do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil.
O resultado desta pesquisa nos permite afirmar que os enfermeiros das Estratégias de
Saúde da Família de Assis-SP, sabem da importância do acompanhamento infantil, e realizam
esse procedimento. No entanto foi diagnosticado em alguns casos a divergência de
conhecimento na realização do acompanhamento desenvolvimento psicomotor, e a falta de
capacitação especializada para essa área de acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil o que possivelmente interfere na execução de suas práticas
assistenciais.
44
REFERÊNCIAS
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CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009. ©2005 Ministério da Saúde. Todos os
direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a
fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos
autorais de textos e imagens dessa obra é da área técnica. A coleção institucional do
Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs . Série F. Comunicação e Educação em
Saúde. Tiragem: 6ª edição – 2009 – 3.300.000 exemplares.
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22:30.
47
MINISTÉRIO DA SAÚDE 1993. Manual de normas para controle e assistência das
infecções respiratórias agudas. Disponével
em:http://www.sbp.com.br/img/manuais/Manual_%20Controle_I.pdf. Data: 11/03/2012.
Hora: 15:46.
MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012. Ministério da Saúde reforça calendário de vacinação da
criança. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_ar
ea=1498&CO_NOTICIA=13678. Data: 20/01/12. Hora: 14:56.
MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004. Secretaria de Atenção à Saúde; Ministério da Saúde.
Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade
Infantil. Brasília (Brasil). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agenda_compro_crianca.pdf. Data: 16/03/12.
Hora: 20:15.
NOVACZYK AB, Dias NS, Gaíva MAM 2008. Atenção à saúde da criança na rede
básica: análise de dissertações e teses de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet].
2008;10(4):1124-37. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a25.htm.
Data: 24/03/2012. Hora: 21:35.
Organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem; coordenadora-geral, KALINOWSKI,
Carmen Elizabeth, diretoras acadêmicas, OLIVEIRA Maria Emilia de; RIBEIRO, Nair
Regina Ritter. Programa de Atualização em Enfermagem: saúde da criança e do
adolescente: PROENF – Ciclo 1, módulo 1 (2006) – Porto Alegre: Artmed/Panamericana
Editora, 2006 – ciclos: il. ; 17,5 x 25 cm. (Sistema de Educação em Saúde Continuada a
Distância – SESCAD).
PINTO, Fatima Arthuzo. Assistência de enfermagem à Criança sadia (puericultura).
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsFgAA/manual-puericultura.
Data: 01/04/2012. Hora: 16:28.
PORTO, Andréa; VIANA, Dirce Laplaca, organizadora.Curso didático de enfermagem,
módulo II – 5.ed.-São Caetano do Sul,SP : Yendis Editora, 2009.
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Trabalho Conclusão de Curso Enfermagem UNIP/Assis 2012

  • 1. Instituto de Ciência da Saúde Curso de Enfermagem Autora Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo – RA: A250DG-1 Relatório de Pesquisa AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL Orientadora Profª Maria Silvia Maschio e Silva ASSIS 2012
  • 2. Instituto de Ciência da Saúde Curso de Enfermagem Autora Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo – RA: A250DG-1 Relatório de Pesquisa AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL Trabalho de conclusão de Curso para obtenção do título de Graduação em Enfermagem apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Profª Maria Silvia Maschio e Silva. ASSIS 2012
  • 3. Instituto de Ciência da Saúde Curso de Enfermagem Autora Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo – RA: A250DG-1 Relatório de Pesquisa AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL Trabalho de conclusão de Curso para obtenção do título de Graduação em Enfermagem apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _____________________/___/___ Profª. Maria Silvia Maschio e Silva Universidade Paulista – UNIP _____________________/___/___ Profª. Mariana Souza Santos Universidade Paulista – UNIP _____________________/___/___ Profª. Viviane Caputo Universidade Paulista – UNIP
  • 4. DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus, que me possibilitou essa graduação, que nos momentos difíceis minha fé juntamente com seu agir me deram força e coragem para vencer todos os obstáculos que surgiram nestes quatro anos. Dedico a minha mãe Sandra, a qual considero minha heroína, meu exemplo de coragem, de guerreira e de mulher virtuosa. Te agradeçomãe, pois se hoje estou aqui foi graças a seus esforços e amor. Dedico a meu irmão Raphael, pois além de irmãos somos amigos. Agradeço a você Raphael, pois muitas vezes na minha vida esse amor entre nós me motivou a lutar e prosseguir em momentos difíceis. Juntos superamos muitas coisas, e chegamos até aqui, creio que através dessa nossa união, juntamente com a presença de Deus na nossa família, vamos continuar vencendo todas as batalhas que encontrarmos na vida. Dedico a minha prima Mariana e seu marido Rogério, por me apoiarem nesse trabalho, principalmente a minha prima por ter disponibilizado seu tempo em me ajudar. Dedico a todos meus amigos que estiveram presentes na minha vida, me ajudando e me incentivando a prosseguir. Dedico a Igreja Bola de Neve Church Assis-SP, especialmente aos Pastores; Pedro Elias Rodgher e sua esposa Gabriela Rodgher, pelo apoio espiritual e emocional. Dedico a todos os professores que estiveram juntamente comigo durante esses quatro anos. Obrigado por me ensinarem a ser um profissional, com dedicação e seriedade. "Se eu não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro." (D. PEDRO II) Elisa Mayara Gonçalves Rodrigues Buzzo
  • 5. AGRADECIMENTO A Deus, pois me ajudou até aqui. A minha família pelo apoio e amor dedicado a mim. A orientadora Maria Silvia Mashio e Silva, que se disponibilizou para que este trabalho fosse realizado. A Instituição sediadora da pesquisa. E aos participantes da pesquisa que doaram seu tempo e disponibilidade. Muito Obrigado. Elisa Buzzo
  • 6. “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.” (2 CORÍNTIOS 4:8,9)
  • 7. RELATÓRIO DE PESQUISA AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO INFANTIL RESUMO O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições de saúde da criança, que visa a promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê-la, promovendo a qualidade de vida, ou seja, que a criança cresça e desenvolva todo seu potencial. Neste cenário, compreende-se que a assistência à saúde da criança por meio da puericultura é de grande importância, devido à vulnerabilidade nessa fase da vida. Desta maneira diagnosticando meios de melhorar a saúde infantil. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar o conhecimento e a prática do enfermeiro nesse processo, juntamente com o conhecimento dos mesmossobre a importância dessa ação. Para tal foi analisado uma amostra constituída de onze enfermeiros atuantes nas ESF de Assis-SP, selecionados por adesão, pesquisados através de questionário sobre o assunto. Os resultados demonstraramque os enfermeiros das Estratégias de Saúde da Família (ESF) de Assis-SP, sabem da importância do acompanhamento infantil, e realizam esse procedimento. No entanto, na amostra foi evidenciado uma divergência no conhecimento do desenvolvimento psicomotor da criança em relação ao crescimento e a falta de capacitação especializada para essa área decrescimento e desenvolvimento infantil. Palavras-chaves: Crescimento e Desenvolvimento; Importância do Acompanhamento Infantil.
  • 8. RESEARCH REPORTEVALUATION OF KNOWLEDGE OF NURSES IN MONITORING OF GROWTH AND CHILD DEVELOPMENT ABSTRACT The monitoring of child growth and development is an indicator of the health of the child, which aims to promote and maintain health by intervening factors that can compromise it, promoting the quality of life in other words the child grow and develop throughout their potential.In this scenario, it is understood that the health care of children through child care is of great importance because of the vulnerability that stage of life. Thus diagnosing means of improving child health. This study aimed to assess the knowledge and practice of nurses in this process, together with a knowledge of them about the importance of this action. For such a sample was analyzed eleven nurses working in FHS de Assis-SP, selected for membership, surveyed through a questionnaire on the subject. The results showed that nurses of the Family Health Strategy (FHS) of Assis-SP, know the importance of monitoring children, and perform this procedure. However, the sample was shown a difference in knowledge of psychomotor development of the child in relation to growth and the lack of specialized training for this area of child growth and development. Keywords:Growth and Development; Importance of Monitoring Children. SUMÁRIO
  • 9. 1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………...……..10 2. DESENVOLVIMENTO………………………………………………………...………12 2.1 Revisão de literatura……………………………………………………………………12 2.1.1 Desenvolvimento Psicossexual………………………………………………………..22 2.1.2 Desenvolvimento Psicossocial………………………………………………...………23 2.1.3 Desenvolvimento Cognitivo……………………………………………….………….24 2.1.4 Desenvolvimento da Linguagem………………………………………...….………..24 2.1.5 Desenvolvimento Moral………………………………………………………………25 2.1.6 Desenvolvimento Espiritual…………………………………………………………..25 2.1.7 Desenvolvimento do Autoconceito……………………………….…………………..26 3. PESQUISA DE CAMPO………………………………….……………………...……...32 3.1 Universo de pesquisa……………………………………………………………………32 3.1.1 População alvo………………………………………………………………………...32 3.1.2 Amostra e os sujeitos da pesquisa……………………………………………………32 3.2 Coleta de Dados…………………………………………………………………………32 3.2.1 Instrumentos de pesquisa……………………………………………………………..32 3.2.2 Procedimento de coleta de dados…………………………………………………….33 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………42 REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………….44 ANEXOS………………………………………………………………………………….….49 Anexo I………………………………………………………………………………….……50 Anexo II…………………………………………………………………………………..…..53 Anexo III………………………………………………………………………………….….55 Anexo IV……………………………………………………………………………….…….56 Anexo V…………………………………………………………………………………..…..57 Anexo VI………………………………………………………………………….….………58 Anexo VII………………………………………………………………………..……….…..59 Anexo VIII…………………………………………………………………….….…….……60 Anexo IX……………………………………………………………………...….……….….61 Anexo X……………………………………………………………………………...…...…..62 Anexo XI……..………………………………………………………………………………67
  • 10. 10 1. INTRODUÇÃO A pediatria é uma área que há muito tempo vem sendo estudada, discutida e reavaliada. Passou por vários processos de modificação e aperfeiçoamento, conseguindo demonstrar sua importância, através do entendimento de que o acompanhamento da saúde da criança reflete na qualidade de vida da população. Desde o seu reconhecimento e a realização dessa ação, pode observar a melhoria da qualidade de saúde infantil, possibilitando a diminuição da taxa de mortalidade, o aumentando das chances de sobrevida das crianças e a capacidade delas crescerem e desenvolverem todo seu potencial. Desta maneira através do conhecimento da prática do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil juntamente com o entendimento da sua importância pode-se melhorar em maior grau as taxas de mortalidade, a promoção da saúde infantil, a prevenção de doenças e consequentemente a qualidade de saúde e da assistência infantil. O papel da enfermagem pediátrica é o cuidado aos lactentes, crianças e adolescentes em um constante de saúde – doença, sua recuperação, e quando preciso, à reabilitação. Mas, o cuidado à população pediátrica não é somente ao paciente pediátrico, deve-se incluir os pais e outros membros da família no cuidado à criança. Levando em consideração suas necessidades, respeitando, dando suporte, e estimulando no processo de doença e recuperação, a capacidade da família, no cuidado ao seu filho. Para um melhor acompanhamento da saúde da criança é necessário a realização de consultas de enfermagem, a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) que é uma ferramenta de gestão continuada do cuidado do enfermeiro para com o cliente, com o objetivo de avaliar e propor soluções para resolução dos problemas potenciais. Onde o enfermeiro obtém o registro do histórico progresso da criança e família, realiza o exame físico para obter dados do estado de saúde atual, elabora possíveis diagnósticos, para posteriormente elaborar planos de cuidados para melhorar e ajudar a criança e família. Pode-se observar então que a SAE é composta de quatro etapas: Anamnese e exame físico, Diagnóstico de enfermagem, Prescrição de enfermagem e Evolução de enfermagem. Faz parte do exame físico da criança também a tomada das medidas antropométricas (medidas do tamanho do corpo). Sendo suas medidas básicas: o peso, a estatura (comprimento ou altura) e perímetro cefálico. Através dessas medidas, permite saber se o crescimento está satisfatório. É de grande importância a assistência à saúde da criança, devido a vulnerabilidade nessa fase da vida. Através do acompanhamento das crianças, por meio da puericultura,
  • 11. 11 espera-se reduzir as ocorrências de doenças e o aumento das chances de crescerem e desenvolverem alcançando todo seu potencial. Cada contato da criança com o serviço de saúde deve ser tratado como uma oportunidade para promoção de saúde e meio educativo. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil pelo enfermeiro, além das consultas de enfermagem, realização do exame físico e mensuração das medidas antropométricas, o enfermeiro deve preencher os gráficos da caderneta de saúde infantil distribuídas pelo ministério da saúde e os gráficos dos prontuários das crianças, averiguando as administrações da vacina e a realização das mesmas conforme calendário de vacinação infantil, orientando as mães sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e posteriormente a alimentação complementar, orientando também sobre a prevenção de acidentes e a avaliação do crescimento e desenvolvimento de acordo com a faixa etária da criança. O enfermeiro deve criar vínculos com a mãe e familiares, por meio do pré natal, fazendo busca ativa dos faltosos, indo fazer visita domiciliar na primeira semana após nascimento, deve promover a realização da semana integral de saúde com mãe e bebê que tem como ações a recepção humanizada; teste do pezinho (PKU); realização da BCG; reavaliação do puerpério; vacinação da mãe contra rubéola; avaliação do risco que consiste na consulta ginecológica/pediatria (contracepção), juntamente com a identificação das dificuldades e dúvidas da mãe ou familiares procurando esclarecê-las.
  • 12. 12 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Revisão da Literatura Thompson e Ashwill (1996) definem Pediatria como a área da medicina que trata das crianças, do desenvolvimento, cuidados, doenças da infância e seu tratamento. Deriva-se do grego pais, paidos, criança + iatreia, cura. Abraham Jacobi (1830 – 1919) é divulgado como o pai da pediatria, em virtude de suas contribuições para esta área. Enfermagem pediátrica como especialidade surgiu paralelamente ao fundamentar o departamento de pediatria em escolas médicas, ao nascimento dos hospitais infantis e ao desenvolvimento de unidades infantis separadas, nos hospitais gerais. Não havia o conceito de infância na idade média. Aproximadamente, durava até sete anos, quando a criança era incorporada no mundo adulto. Nessa época pinturas em quadros mostravam crianças vestidas como adultos e utilizando perucas. A maioria não frequentava a escola. A infância tornou-se um estágio separado no crescimento logo que um grande número de pessoas passou a integrar a classe média, e o tempo de lazer aumentou. Uma vez que as crianças estavam sobrevivendo mais, os pais passaram a desejar investir mais nelas. (THOMPSON E ASHWILL 1996) Hoje em dia, a criança não é mais considerada um “adulto em miniatura”. A infância agora é uma fase separada da vida, caracterizada pela escolaridade, na sociedade ocidental. Os direitos das crianças são protegidos por leis e pelos costumes. Conforme os jovens foram liberados do trabalho no campo e nas fábricas, surgiu também a adolescência como uma entidade separada. É de fundamental importância considerar as crianças como um todo, constituído pelo físico, intelectual, emocional, e espiritual, olhando-as como indivíduos completos e percebendo-as nos seus aspectos de ordem biológica, social e psicológica. (THOMPSON E ASHWILL 1996) Do mesmo modo, Nébia Maria Almeida de figueiredo et al (2008), nos relata, que até o século XVII, não existia interesse da sociedade pelas crianças, a família ás consideravam como estorvo, desgraça, um fardo insuportável. No entanto no final do século XVIII, com a intervenção da igreja e algumas publicações estimularam novos sentimentos dos pais em relação à criança. O índice de mortalidade infantil era elevado, principalmente entre crianças que eram afastadas de seus pais e cuidadas por amas-de-leite. Outras causas de mortalidade eram precariedade das condições de higiene e a ausência de especialidade médica direcionada à criança, surgida no século XIX.
  • 13. 13 Ainda, segundo Nébia Maria Almeida de figueiredo et al (2008), a mudança de comportamento em relação à criança vem ocorrendo ao longo dos séculos e sofreram grande influência dos momentos históricos, sociais, econômicos, políticos. Tais alterações se expressaram na DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA em 1924, pela Organização das Nações Unidas (ONU), sendo tal declaração aprovada e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos ocorrida em 1959 e tinha como princípios: Assegurar às crianças o direito a um nome à nacionalidade desde o nascimento; Proteção especial e oportunidade, a fim de facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social de forma sadia e normal e em condição de liberdade e dignidade; Assegurar os benefícios da previdência social, direitos de alimentação, habilitação, recreação e assistência médica adequada. Proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração; Direito de receber educação gratuita e obrigatória, pelo menos no ensino fundamental, Tratamento, educação e cuidados especiais à criança com incapacidade física ou mental, Assegurar que, em qualquer circunstância, estará entre os primeiros a receber proteção e socorro, Amor e compreensão […] para o desenvolvimento completo e harmonioso da sua personalidade. Ao longo do tempo, nota-se que em cada período histórico houve inúmeras mudanças nas diretrizes das políticas de saúde voltadas à população infantil. Estas diretrizes focalizam um importante indicador, a mortalidade infantil, o qual reflete não somente o nível de saúde, mas a qualidade de vida da população. (NOVACZYK ET AL 2008) Mais recentemente, um importante indicador da situação da infância - taxa de mortalidade de menores de cinco anos - vem sendo incorporada como um indicador fundamental do desenvolvimento humano. (NOVACZYK ET AL 2008) Apesar dos índices de mortalidade infantil terem reduzido nas últimas décadas no país, os níveis ainda são altos, principalmente em algumas regiões como o Nordeste. As principais causas da mortalidade infantil estão relacionadas às condições socioeconômicas e culturais e
  • 14. 14 dificuldades de acesso aos serviços de saúde. É contundente saber que a maioria destas mortes precoces poderia ser evitada. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004) “A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento das ações de prevenção de agravos e assistência são objetivos que, para além da redução da mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se prover qualidade de vida para a criança, ou seja, que esta possa crescer e desenvolver todo seu potencial” (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004, p.8) Perante esses fatos, muito tem sido realizado nas últimas décadas com o intuito de modificar e melhorar as condições da saúde infantil.Por meio das Políticas Públicas é elaborado um conjunto de ações e decisões do governo, direcionadas para a solução/ou não de problemas da sociedade. Com o objetivo de alcançar o bem-estar da sociedade e o interesse público através da sua totalidade de ações, metas e planos que os governos municipais, estaduais ou nacionais traçam. (LOPES E AMARAL 2008) Segundo Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), A infância e adolescência é direcionada a uma política pública que corresponde ao conjunto de normas, de decisões, de regulamentos, de ações políticas e de estratégias instituídas para promover o progresso do desenvolvimento de programas, estratégias de ação e interferência na saúde da criança e adolescente com o olhar na manutenção de condições de vida favorável a um saudável desenvolvimento, como um direito de cidadania. O Ministério da Saúde, em 1984, intensificou sua atuação na promoção da saúde de crianças até cinco anos de idade, por meio da criação do Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC). Este programa foi um grande marco assistencial, de uma política de universalização da assistência à saúde, tendo por objetivo a redução das condições que determinam a morbimortalidade infantil no país, nos últimos vinte anos. (NOVACZYK ET AL 2008) Considerado uma política universal, O PAISC, propõe o benefício e alcance da população infantil brasileira, centralizada no desenvolvimento de cinco ações básicas de saúde integrada, aptos de responder aos problemas comuns da infância, são elas: Programa de Incentivo ao Aleitamento Materno; Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento Infantil; Programa de Controle das Diarréias e Terapia de Reidratarão Oral; e Programa de Assistência às Infecções Respiratórias Agudas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 1984) Segue a baixo mais detalhado, as cinco ações básicas de saúde integrada do Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC).
  • 15. 15 Sobre a amamentação, Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), nos diz que é uma prática de saúde que promove o crescimento e desenvolvimento infantil, sendo garantida por lei e senso comum de profissionais de saúde. Um direito que necessita ser assegurado desde o nascimento, e deve ser incentivado ainda na sala de parto. Podemos destacar algumas leis que garantem a amamentação, como a do Estatuto da Criança e Adolescente Art. 9.º Determina que o poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas à medida privativa de liberdade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2008) Outra lei que garante a amamentação está na Constituição Federal, que determina 120 dias de licença maternidade às puérperas, sem prejuízo do emprego e salário, e ao retornar ao trabalho tem direito a pausa de uma hora por dia, podendo ser dividida em duas pausas de meia hora, para amamentar seu próprio filho até 6 meses de idade. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004) A Secretária de Vigilância em Saúde nos descreve a doença diarreica aguda (DDA) como uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitos), caracterizada pelo aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Sendo que em alguns casos, é possível identificar presença de muco e sangue. Podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, sua duração é de 2 a 14 dias. As formas variam desde leves até graves, com desidratação e distúrbios eletrolíticos, principalmente quando associadas à desnutrição. O tratamento pode ser domiciliar, utilizando a solução de sais de reidratação oral (SRO); líquidos disponíveis no domicílio (chás, cozimento de farinha de arroz, água de coco, soro caseiro, etc.). Os líquidos devem ser usados após cada episódio de evacuação ou vômito, de acordo com as seguintes indicações: menores de 2 anos: 50ml; maiores de 2 anos: 100 a 200ml; adultos: a quantidade que aceitarem. A alimentação habitual deve ser mantida e estimulada. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2009) Clóvis E. S. Galvão et al (1994), nos diz que a terapia de Reidratação Oral (TRO) é um programa da assistência primária de saúde, de baixo custo e prática efetiva, para reduzir a mortalidade causada pela desidratação por diarréia aguda. Criado em 1978, pela Organização Mundial da Saúde, o Programa de Combate das Doenças Diarréicas, que utiliza as seguintes estratégias de controle: uso precoce da TRO; à melhor assistência saúde materna infantil; manutenção de alimentos e instalações de abastecimento de água e saneamento; detecção das epidemias de diarréia e seu controle. O Tratamento da TRO é feito com o soro oral que se constitui de uma mistura com água, glicose e sais, evitando a desidratação de qualquer
  • 16. 16 etiologia e tipo, em qualquer grupo etário, até mesmo em recém-nascidos. Aconselha-se juntamente com a administração do soro oral a reintrodução precoce da alimentação, ajudando a sustentar o estado nutricional da criança e a prevenir a desidratação. Conforme o Ministério da Saúde a primeira versão das normas para o controle das Infecções Respiratórias Agudas (IRA) foi em 1984, já incorporada às ações da PAISC. Com o objetivo de reduzir a mortalidade de menores de cinco anos por IRA, principalmente por pneumonia, diminuir os casos graves e complicações de infecções de vias respiratórias superiores e inferiores, e reduzir o uso inadequado de antibióticos e outros medicamentos. Utilizando de estratégias a prevenção, que tem em vista, reduzir os casos e complicações através dos esquemas de vacinação no 1º ano de vida, já que grande parte de mortes por pneumonia decorre do sarampo e de outras doenças imunopreviníveis e manejo de casos que adota conceitos clínicos tradicionais e utiliza sinais que prevê o diagnóstico de pneumonia grave e não grave, conforme a faixa etária, como a seguir, menores de dois meses com Frequência Respiratória (FR) superior a 60 respirações por minuto (RPM); de dois a onze meses superior a 50 RPM e de um a quatro anos acima de 40 RPM, tendo ou não retração subcostal, apresenta uma maior pré disposição para o diagnóstico de pneumonia. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 1993) Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), também nos relata que uma das ações básica do PAISC é a imunização para controle das doenças preveníveis, que norteia os profissionais de saúde a cumprir o calendário de vacinação obrigatório, que é definido pelo Programa Nacional de Imunização (PNI); que surgiu em 1973 cooperando como controle e erradicação das doenças imunopreveníveis e infecto-contagiosas, como o sarampo, a poliomielite (paralisia infantil), a difteria, a coqueluche, o tétano, a tuberculose, e outras. Esse programa é de grande importância, pois há mais de treze anos, não é registrado nenhum novo caso de paralisia infantil. Recentemente o Ministério da Saúde promoveu no Brasil o lançamento do novo Calendário Nacional de Vacinações (ANEXO VI), que constituirá a nova vacina contra pólio e a Pentavalente. A Vacina Inativada Poliomielite (VIP), será aplicada paralelamente as campanhas nacionais de imunização, que utilizam duas gotinhas com vírus atenuado. A injetável será utilizada nas crianças que estão iniciando o calendário de vacinação, introduzida no calendário básico no segundo semestre desse ano. A vacina pentavalente reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B), incluída também no segundo semestre de 2012 no calendário de vacinação. As crianças serão vacinadas aos dois, aos quatro e aos seis meses de idade, os
  • 17. 17 intervalos entre as doses são de 60 dias, podendo ser de 30 dias, se necessário. A partir do novo esquema, a criança realizará dois reforços com a vacina DTP (difteria, tétano, coqueluche), com primeiro a partir dos 12 meses e, o segundo reforço, entre 4 e 6 anos. Aliás, os recém-nascidos receberão nas primeiras 12 horas de vida a primeira dose da vacina hepatibe B (recombinante). A pentavalente está substituindo vacina tetravalente (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b). A Campanha Nacional de Multivacinação, programada pro mês de Agosto, tem como objetivo a atualização do cartão de vacinação. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012) A meta do Ministério da Saúde, quando propõe os programas de intensificação da promoção da saúde infantil, era transferir o foco de uma assistência médico-curativista, concentrada na atenção à demanda espontânea às crianças doentes para assegurar a integralidade na assistência prestada pelos serviços de saúde. Embora as ações assistenciais à criança tenham uma filosofia de atenção integral, ainda está longe de ser obtido, devido à fragilidade e fragmentação das ações ofertadas pelos profissionais da rede de serviços. (NOVACZYK ET AL 2008) Contudo, compreendendo a carência de atividades mais amplas e integradas, três ações/estratégias foram inseridas na última década à política de saúde do Brasil pelo Ministério da Saúde: o Programa Saúde da Família (PSF), a partir de 1994; a estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI), em 1996; e a Agenda de Compromissos com a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil, proposta em 2004. Estas ações visam um acesso maior aos cuidados básicos de saúde, tornando mais resolutivo o nível de atenção primária. Em termos de saúde infantil, fica claro a evolução ocorrida pela implementação de políticas assistenciais no país no decorrer das últimas décadas. São ações de promoção do crescimento e desenvolvimento infantil saudáveis, colocando em foco a vigilância da saúde das crianças e o cuidado às doenças prevalentes, de modo articulado às diretrizes do PSF. (NOVACZYK ET AL 2008) A seguir entenderemos mais sobre cada uma dessas ações implantadas pelo Ministério da Saúde. O Programa Saúde da Família tem como princípio para promover a saúde da família: a territorialização, a integralidade e a continuidade das ações em saúde. (FIGUEIREDO E TONINI 2007) Segundo Porto e Viana (2009), o Programa Saúde da Família tem como meta ajudar a reorientar o modelo assistencial a partir da atenção básica, de acordo com os princípios do SUS. Transmitindo um novo modo de atuação nas unidades básicas de saúde, com
  • 18. 18 determinação de responsabilidades entre os serviços de saúde e a população. Além de prestar assistência na unidade de saúde, o PSF visa desenvolver ações de saúde nos domicílios, onde todos os membros da família são acompanhados. Intervindo também nos fatores de riscos o qual a população está exposta, e estimulando a comunidade a se organizar para um efetivo controle social. Atualmente o Programa de Saúde da Família (PSF), tem sido denominado Estratégia de Saúde da Família (ESF), por possuir características estratégicas de mudança na saúde da população, e não de caráter programático. A ESF da mesma forma tem como foco o trabalho à família, ações preventivas, integração com a comunidade, prevê utilização de assistência domiciliar principalmente a visita domiciliar como forma de instrumentizar o profissional na inserção e conhecimento da vida da população, atendendo necessidades diferenciadas das pessoas, preocupando-se com a infra-estrutura das comunidades e atendimento à saúde das famílias. (GIACOMOZZI E LACERDA 2006) A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI), desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), tem por objetivo reduzir a mortalidade infantil, considerando de forma simultânea e integrada as doenças de maior prevalência na infância. Incorporando normas do Ministério da Saúde como à promoção, prevenção e tratamento dos mais frequentes problemas infantis, destacando aqueles relacionados ao aleitamento materno, alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento, imunização, controlando agravos consequentes a saúde como a desnutrição, infecção respiratórias agudas, diarréia, malária e outros. A missão do profissional de saúde é de acolher a criança e o acompanhante, compreender o problema em questão e propor procedimentos facilitados e eficazes. O responsável pela criança deve aprender os cuidados do tratamento que serão prestados no domicílio e os sinais de agravo que demanda o retorno imediato ao serviço de saúde. De modo que todos estejam participando da identificação, condução e resolução dos problemas de saúde dessa família, em especial os menores de 5 anos. O ponto alto dessa estratégia é um diagnóstico mais preciso através da utilização de sinais e sintomas específicos. Fazendo uso do atendimento sistematizado e priorizando gravidades. Essa estratégia tem sido efetivada principalmente nas Equipes de Saúde da Família. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) A agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil destaca a importância de um cuidado multiprofissional e integral que entenda as necessidades e direitos da população infantil. Este cuidado tem como responsabilidade a disponibilização em todos os níveis da atenção, desde a promoção da
  • 19. 19 saúde até o mais complexo da assistência, e setores que tem ligação com a atenção a saúde, como: moradia, saneamento básico, educação e lazer. Foi proposta em quatro linhas de cuidado a organização da assistência, tendo como prioridade o nascimento saudável, o crescimento e desenvolvimento, os distúrbios nutricionais e doenças prevalentes na infância. Assim sendo pontuada sua integralidade, pois esse nível do sistema aborda os problemas gerais das comunidades, proporcionando serviços de prevenção, cura e reabilitação, melhorando a saúde e o bem-estar, organizando e racionalizando o uso dos recursos, básicos e também especializados, direcionados para a promoção, manutenção e melhora da saúde. (SILVA, ACMA ET AL 2009). Para obtenção de uma alimentação saudável e a não ocorrência de distúrbios nutricionais, é necessário a orientação e acompanhamento do enfermeiro na amamentação, no desmame, na introdução de novos alimentos e caso indicação médica suplementação medicamentosa. A alimentação saudável é muito importante para um bom desenvolvimento e crescimento infantil, desse modo conversar com a mãe a respeito dos benefícios da amamentação,os riscos do uso de chupetas, mamadeiras e qualquer tipo de bico artificial, o correto posicionamento da criança na mamada e pega da aréola, o modo de realizar a ordenha manual do leite, como guardá-lo ou doá-lo, a importância do aleitamento materno exclusivo até 6 meses de vida e a complementação com os alimentos da família até os dois anos de idade ou mais, tendo o cuidado de apoio emocional, dedicando tempo para ouvir suas dúvidas, preocupações e dificuldades. Em casos de recém-nascidos prematuros e de baixo peso faz uso do ferro profilático e vitaminas, em áreas endêmicas usa-se suplementação medicamentosa de vitamina A e suplementação alimentar para gestantes desnutridas, nutrizes e crianças em risco nutricional. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004) A partir da apresentação de alguns programas voltados para o melhoramento da saúde infantil, será descrito consequentemente definições de autores sobre o crescimento e desenvolvimento infantil, a prática e papel da enfermagem frente a este assunto. Conforme Sigaud (1996) apud Carabolante e Ferriani (2003), o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições de saúde da criança, que visa a promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê- la. Whaley e Wong (1999) nos descrevem que o crescimento e desenvolvimento dependem de numerosas alterações que durante a vida ocorrem com o indivíduo, e para obter uma evolução total é necessário um dinâmico processo que engloba várias dimensões inter- relacionadas.
  • 20. 20 Para Figueiredo et al (2008), as crianças são semelhantes, e seguem o mesmo padrão de desenvolvimento e maturação, paralelo a sua constituição hereditária, cultura e experiências fazendo de cada criança um ser único e distinto. “Crescimento diz respeito ao aumento quantitativo; é o resultado da divisão celular e do aumento do tamanho das células; implicando aumento de massa e de estrutura corporal da criança. O desenvolvimento refere-se à diferenciação qualitativa das células e da maturação funcional; é o aumento da capacidade de realização de funções cada vez mais complexas, medido por meio de provas funcionais.” (FIGUEIREDO ET AL 2008, p.261) “A Maturação-aumento na competência e na adaptabilidade; envelhecimento; usualmente empregado para descrever uma alteração qualitativa; uma alteração na complexidade de uma estrutura que a possibilita começar a funcionar; para atuar em um nível mais elevado. A diferenciação- processo pelo qual as células e estruturas iniciais são sistematicamente modificadas e alteradas para alcançar propriedades físicas e químicas específicas e características; usa-se por vezes para descrever a tendência da massa a especificação; desenvolvimento de atividades e funções simples para mais complexas.” (WHALEY E WONG 1991, p.74) Segundo Williams & Wilkins (2006), existem alguns fatores que influenciam o crescimento e desenvolvimento infantil, que são: Família: A família onde a criança é criada influencia muito seu desenvolvimento, dando, por exemplo; como exemplo: a criança que sofreu abuso ou negligência pode apresentar retardo de aprendizado da aquisição da confiança, bem como distúrbios de vínculo afetivo e problemas com a alimentação e sono. Estado de saúde: Crianças com patologias crônicas podem apresentar falhas/intervalos de desenvolvimento quando adquirem habilidades relacionadas com comunicação, cognição, adaptação e funcionamento social e motor. Depende da gravidade da doença, a extensão em que a condição de saúde afeta o desenvolvimento da criança. Estado socioeconômico: O crescimento e desenvolvimento têm um impacto significativo do estado socioeconômico da família. Pois os pais não têm tempo (trabalham muito pra suprir necessidades básicas) ou dinheiro para ajudar que o filho atinja a maximização de desempenho através de experiências enriquecedoras. Como: viagens; passeis culturais e educacionais (biblioteca, museu ou zoológicos). Também pode limitar a capacidade da criança de manifestar interesses como música, esportes e arte. Bagagem cultural: As maneiras que as crianças são socializadas aprendem valores e experimenta o mundo, suas crenças, hábitos, modo de comunicação, vestimenta e ações, são influências da cultura.
  • 21. 21 Necessidades básicas: Crianças têm algumas necessidades básicas como sono, repouso e nutrição, para alcançar seu potencial máximo. A privação do sono gera impacto no desempenho nas avaliações de crescimento e desenvolvimento, e a privação crônica do sono traz consequências psicológicas negativas. Já a privação nutricional interfere seriamente no desenvolvimento cerebral. Outras influências: a genética, a hereditariedade, a personalidade e temperamento inato da criança. Do mesmo modo Marcondes (1991) apud Figueiredo et al (2008), nos relata que os fatores genéticos influenciam no crescimento infantil principalmente a partir dos três anos de idade. Onde dois hormônios se destacam: Hormônio do crescimento ou somatotrófico (STH) que tem ação sobre o crescimento do esqueleto, e o Hormônio da tireóide que é o principal regulador do crescimento e fator indispensável para evolução dos ossos. Conforme Figueiredo et al (2008), os estágios de crescimento e desenvolvimento são: Lactência Neonatos Lactentes Do nascimento até 28 dias de vida De 1 mês até 12 meses Primeira Infância Toddler Pré-escolar De 1 ano até 2 anos e 11 meses De 3 anos até 5 anos e 11 meses Segunda Infância Escolar De 6 anos até 11 anos e 11 meses Infância tardia Adolescente A partir dos 12 anos Segundo Whaley e Wong (1999), existem alguns padrões que são previsíveis e definidos no crescimento e desenvolvimento infantil, mas cada criança os realiza no seu ritmo e limitações. Os quais são: Tendências Direcionais: o crescimento e desenvolvimento seguem uma direção, sendo seu primeiro padrão de direção cefalocaudal (da cabeça para os pés), onde a extremidade cefálica é maior e complexa e desenvolve-se em primeiro lugar, do que a extremidade inferior que é pequena e simples. Desse modo sustentando a cabeça antes do controle do tronco e após extremidades, ficam com as costas eretas antes de ficar em pé, utilizam os olhos antes das mãos e adquirem controle das mãos antes do controle dos pés. Tendência Próximo-distal (de perto para longe): conceito da linha média para a periferia, obtendo o controle do ombro, depois os das mãos e após os dedos. Cada lado desenvolve-se igualmente na mesma direção e velocidade. Tendência Diferenciação: conceito da realização de atividades simples para as mais complexas.
  • 22. 22 Tendência Sequenciais: são estágios definidos e previsíveis para todas as crianças, sendo sua sequência de que as crianças rastejam antes de engatinhar, engatinham antes de ficar em pé e ficam em pé antes de caminhar. Uma outra sequência padrão é que as crianças balbuciam antes de formar palavras, logo fazem sentenças e após a escrita emerge de rabiscos. Tendência Velocidade de Desenvolvimento: Apesar de haver uma ordem fixa e exata para o desenvolvimento, ele não ocorre na mesma velocidade ou frequência, existem alguns períodos que o crescimento é mais acelerado e outros desacelerado. Whaley e Wong (1999), também nos trás que existem vários tipos de teorias do desenvolvimento, que são classificam em “Desenvolvimento Psicossexual, […], Desenvolvimento Psicossocial, […], Desenvolvimento Cognitivo, […], Desenvolvimento Moral, […], Desenvolvimento da Linguagem, […], Desenvolvimento Espiritual, […], e Desenvolvimento do Autoconceito, […]” 2.1.1 Desenvolvimento Psicossexual Freud apud Whaley e Wong (1999), considerou os instintos sexuais influentes no desenvolvimento da personalidade, onde o comportamento humano é energizado por forças psicodinâmicas. Na infância há significados psicológicos como fonte de prazer em regiões do corpo, que gradualmente vão se deslocando de uma parte do corpo para outra conforme os estágios do desenvolvimento. Sendo classificados em:  Estágio oral A libido localiza-se na zona oral ocorre no primeiro ano de vida.  Estágio anal A libido localiza-se na zona do ânus, paralelo ao treinamento de hábitos higiênicos, satisfação da criança em expulsar fezes ou retê-las, ocorre no segundo ano de vida.  Estágio fálico A libido localiza-se nos órgãos genitais; há curiosidades, manipulação e exibicionismo, descobrem e reconhecem a diferença entre os sexos, ocorre dos três aos seis anos.  Estágio de latência Período de calmaria do instinto sexual, focalizam energia física e psíquica para adquirir conhecimento e nas brincadeiras vigorosas, ocorre na fase escolar.  Estágio genital
  • 23. 23 Ocorre a partir dos doze anos de idade, na fase da puberdade onde há maturação do sistema reprodutivo e produção de hormônios sexuais. Os órgãos genitais são fontes de tensão e prazer, mas as energias são investidas na formação de amizades e preparação para o casamento. 2.1.2 Desenvolvimento Psicossocial Erikson (1963) apud Whaley e Wong (1999), desenvolveu a teoria de desenvolvimento psicossocial, que foi fundamentada na teoria freudiana. Sendo sua característica o esforço do indivíduo para dominar e solucionar, conflitos ou problemas. E consiste em cinco estágios relacionados a infância:  Confiança versus Desconfiança (nascimento até 1 ano) Para desenvolver uma personalidade saudável é necessário a confiança básica, que é as experiências satisfatórias da criança. Sendo essencial uma pessoa materna que lhe ofereça cuidado consistente e amoroso. Momento que caracteriza o uso de todos os sentidos para conseguir e reconhecer. A desconfiança desenvolve-se quando há falhas nas experiências que promovem a confiança, sendo, quando as necessidades básicas não são supridas.  Autonomia versus Vergonha e Dúvida (1 a 3 anos) A autonomia caracteriza-se na contração e relaxamento dos músculos esfinctéricos. Onde a criança se sente capaz de controlar seu corpo, utilizando suas habilidades motoras adquiridas para fazer coisas pra si próprias. Imitam atividades e comportamentos dos outros. A vergonha e a dúvida surgem quando a criança sente-se pequena, outros a humilham, suas escolham são desastrosas e quando apesar de serem capazes de assumir o controle de alguma área, são forçadas a manterem dependência.  Iniciativa versus Culpa (3 a 6 anos) O período de iniciativa se da quando a criança se dedica intensamente as suas atividades com todos os sentidos e força. Elas desenvolvem a consciência. Sendo assim, quando suas atividades se conflitam com os dos pais ou outras pessoas geram um sentimento de culpa.  Produtividade versus Inferioridade (6 a 12 anos) Período em que a criança está pronta para ser trabalhadeira e produtiva. Aprende a ser competitiva, busca realizações e desenvolve a cooperação. Quando acredita que não pode realizar determinada tarefa ou quando a cobrança é excessiva surge os sentimentos de inadequação e inferioridade.
  • 24. 24  Identidade versus Confusão de papéis (12 a 18 anos) O desenvolvimento da identidade se da a partir das rápidas alterações físicas. O adolescente não tem mais confiança no seu corpo, ficando preocupado como é visto por outras pessoas. Período que se esforçam para adaptar as suas funções atuais e futuras. Encontram sua ocupação integrando seus conceitos e valores com os da sociedade. A incapacidade de solucionar esse conflito gera a confusão de papéis. 2.1.3 Desenvolvimento Cognitivo A teoria do desenvolvimento cognitivo foi elaborada por Piaget (1969), define que o processo de cognição ocorre através da interação com o ambiente. A criança compreende a relação entre objetos, elas e o ambiente. Utiliza-se disso para aumentar a sobrevida e manter equilíbrio com o ambiente. O desenvolvimento intelectual é dividido nos seguintes estágios:  Sensoriomotor (nascimento até 2 anos) A criança progride de atividades reflexas (comportamentos repetitivos simples) até o comportamento imitativo. Desenvolve o sentido de “cause e efeito”. Nesse período as crianças são curiosas, experimentam e apreciam o novo. Adquirem a consciência que um objeto existe, ainda que não esteja mais no campo de visão. No término desse período, começam usar a linguagem.  Pré – Operacional (2 a 7 anos) Caracteriza-se pelo egocentrismo, incapacidade de colocar-se no lugar do outro. A criança só consegue captar seu ponto de vista. Seus pensamentos são elaborados a partir da sua observação e experimentação, fazendo deduções e generalizações.  Operações concretas (7 a 11 anos) Os pensamentos tornam-se mais lógicos e coerentes. As crianças começam a classificar, escolher, ordenar e organizar os fatos para resoluções de problemas. Tornam-se mais socializados, considerando outros pontos de vista.  Operações formais (11 a 15 anos) Caracterizado pela adaptabilidade e flexibilidade. Os adolescentes podem elaborar hipóteses e testá-las. Embora possam confundir o ideal com a prática, a maioria das contradições no mundo pode ser manuseada e resolvida. 2.1.4 Desenvolvimento da linguagem
  • 25. 25 Para o autor, o ambiente deve fornecer um meio para que adquiram tal habilidade. Para se realizar a fala é necessário que a estrutura e funções fisiológicas (respiratória, auditiva e cerebral) estejam íntegras, além da inteligência, da necessidade de se comunicar e da estimulação. Os gestos precedem a fala, em torno do período em que as crianças começam a andar, são capazes de dar nome aos objetos e pessoas. As primeiras partes da fala são os substantivos, as vezes os verbos e palavras combinadas. Em seguida começam a usar adjetivos e advérbios. Posteriormente são acrescentados pronomes e palavras sexuais como “ele(a)”. No período em que entram na escolar as crianças são capazes de usar sentenças simples, estruturas completas, com média de cinco a sete palavras. 2.1.5 Desenvolvimento Moral Kohlberg (1968) apud Whaley e Wong (1999), descreveu o desenvolvimento moral, e baseia-se na teoria do desenvolvimento cognitivo. Que consiste em três níveis principais:  Nível pré-convencional Paralelo com o nível pré-operacional (2 a 7 anos), as crianças integra os termos de bom/mau e certo/errado, através das consequências dessas ações e não pelo conceito de ordem moral.  Nível convencional Correlacionado com o estágio de operações concretas (7 a 11 anos), as crianças valorizam a manutenção da família e do grupo. Período que se caracteriza por um comportamento de obediência, onde a criança busca a aprovação das autoridades e satisfação dos outros pelas suas boas ações. Constitui o comportamento correto.  Nível pós-convencional, autônomo ou de princípios Quando alcança o estágio cognitivo das operações formais (11 a 15 anos). O comportamento correto para os adolescentes se obtém a partir da visão legal imposta pela sociedade. Mas tendo a possibilidade de mudar a lei conforme as necessidades sociais e considerações racionais. 2.1.6 Desenvolvimento Espiritual Clutter (1991) apud Whaley e Whong (1999), nos trás que a espiritualidade afeta a pessoa como um todo: mente, corpo e espírito.
  • 26. 26 Segundo Fowler (1974) apud Whaley e Wong (1999), existe quatro estágios de desenvolvimento da fé associados paralelamente com o desenvolvimento cognitivo e psicossocial na infância, que são:  Estágio 0: Indiferente Os lactentes não possuem o conceito de certo ou errado, e nenhuma crença e convicção. Seus primórdios de fé estão estabelecidos com o desenvolvimento da confiança básica através da relação com o primeiro fornecedor de cuidados.  Estágio 1: Intuitivo-projeto Na pré-escola as crianças assimilam alguns dos valores e crenças de seus pais.  Estágio 2: Mítico-literal No ano escolar o desenvolvimento espiritual está relacionado às experiências e à interação social das crianças. Nesse período há forte interesse na religião. A existência de uma divindade é aceita. Realizam pedidos, e crêem que o bom comportamento é compensado e o mal comportamento é punido.  Estágio 3: Sintético-convencional Próximo da adolescência, começam a raciocinar e questionar alguns dos padrões religiosos paternos. Reconhecendo que as preces nem sempre são respondidas.  Estágio 4: Individualizante-reflexivo Os adolescentes começam a comparar os padrões religiosos de seus pais com os dos outros e com o ponto de vista científico. 2.1.7 Desenvolvimento do Autoconceito Para o autor, inclui todo o conhecimento, crença e convicções que constitui um autoconhecimento individual. Sendo componentes importantes do autoconceito a Imagem corporal (conceitos e atitudes que os indivíduos possuem em relação a seus próprios corpos) e a Auto-estima (julgamento pessoal, relativo ao próprio mérito, influenciado pelos grupos sociais e percepções do indivíduo de como são valorizados pelos outros). O papel da enfermagem pediátrica para Williams & Wilkins (2006), é o cuidado aos lactentes, crianças e adolescentes em um constante de saúde – doença, sua recuperação, e quando preciso, à reabilitação. Mas, o cuidado à população pediátrica não é somente ao paciente pediátrico, deve-se incluir os pais e outros membros da família no cuidado à criança. Este sistema é conhecido como cuidado centrado na família. Reconhecendo assim os pais como constantes na vida da criança e experientes no cuidado com seus filhos. A família é o
  • 27. 27 principal estímulo para desenvolver o plano de cuidado à criança. Levando em consideração suas necessidades, respeitando, dando suporte, e estimulando no processo de doença e recuperação, a capacidade da família, no cuidado ao seu filho. Para isso é necessário a consulta de enfermagem, onde o enfermeiro obtém o registro do histórico progresso da criança e família, realiza o exame físico para obter dados do estado de saúde atual, elabora possíveis diagnósticos, apartir dai podendo elaborar planos de cuidados para melhorar e ajudar a criança e família. Conforme os autores a seguir nos descrevem. Consulta de enfermagem é uma atividade restrita do Enfermeiro, conforme lei 7.498 aprovada em 1986, que regulamenta o exercício profissional da enfermagem. (BRASIL 1996 apud PINTO, Fatima Arthuzo) Dessa forma Carmem Elizabeth Kalinowski et al 2006, nos fala que sendo uma atividade restrita do enfermeiro, faz uso de componentes do método científico para detectar situações de saúde/doença, para prescrever e para implementar medidas de enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção e proteção da saúde; para a recuperação e reabilitação do indivíduo, da família e da comunidade. Além disso, tendo como doutrina na consulta de enfermagem os princípios de equidade, universalidade, resolutividade e de integralidade. Envolve também a relação interativa entre a criança, mãe ou família e o enfermeiro. Juntamente Ana Paula Alves da Silva et al (2006),nos diz que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma ferramenta de gestão continuada do cuidado do enfermeiro para com o cliente, com o objetivo de avaliar e propor soluções para resolução dos problemas potenciais. Carmem Elizabeth Kalinowski et al (2006), nos trás que a SAE é composta de quatro etapas: Anamnese e exame físico, Diagnóstico de enfermagem, Prescrição de enfermagem e Evolução de enfermagem. 1. Anamnese e exame físico: A anamnese é a coleta de informações sobre o paciente, é o histórico de enfermagem que obtém dados do pré-natal, parto, primeiros dias de nascimento, condições socioeconômicas e relações familiares. Sua meta é identificar as necessidades e reações humanas, sendo fundamental para um diagnóstico preciso, devendo ser feita de maneira completa, a fim de representar a evolução da criança. O Exame físico representa um momento específico dela, podendo detectar se a criança está crescendo e desenvolvendo normalmente. Com a presença dos pais a criança sente-se tranquila nesse momento, facilitando a tarefa do examinador.
  • 28. 28 2. Diagnóstico de enfermagem: A partir das respostas da entrevista e interpretação dos dados sobre o paciente elabora-se o diagnóstico, o qual expressa as necessidades de cuidados, e a aplicação de intervenções de enfermagem. Devendo ser avaliado e atualizado diariamente. 3. Prescrição de enfermagem: é o conjunto de medidas que o enfermeiro decide para aplicar na assistência de enfermagem ao paciente. “Consiste no planejamento para a execução das intervenções ou ações de enfermagem.” Deve ser feito diariamente pelo enfermeiro, tem validade de 24 horas. 4. Evolução de enfermagem: registro realizado pelo enfermeiro diariamente depois da avaliação do estado geral do paciente. Consiste em avaliar os diagnósticos de enfermagem que esta em vigor e novos diagnósticos apartir da identificação de sinais e sintomas. Em sequência ao exame físico da criança é necessária a tomada das medidas antropométricas (medidas do tamanho do corpo). Sendo suas medidas básicas: o peso, a estatura (comprimento ou altura) e perímetro cefálico. Através dessas medidas, permite saber se o crescimento está satisfatório. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) O pré-natal é uma fase que também necessita de acompanhamento devido sua influência no desenvolvimento infantil. Nesse período o feto recebe a herança genética dos pais, definindo suas características físicas como provável altura, cor dos olhos e cabelo, mas também doenças genéticas, herdado da mãe (ou antepassados), possível desnutrição ou déficit no desenvolvimento causado pela má alimentação e hábitos da mãe. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) Fatima Arthuzo Pinto relata que na primeira semana depois do nascimento é necessário uma visita domiciliar. Após o atendimento será realizado nas estratégias de saúde, onde são recomendadas sete consultas individuais no primeiro ano de vida, realizadas por médicos e enfermeiros. No segundo ano, duas consultas individuais e a partir de dois anos, até cinco anos, uma consulta individual ano. A seguir divisão de consultas: Mensal até 6 meses de idade Trimestral entre 6 meses à 2 anos de idade Semestral entre 2 à 5 anos de idade “O Ministério da Saúde, a fim de garantir a qualidadeda assistência prestada à criança, propõe um calendáriomínimo de consultas de puericultura, assim distribuídas: uma consulta até 15 dias de vida, consultas com um mês, dois, quatro,
  • 29. 29 seis, doze e dezoito meses, totalizando assim, sete consultas no primeiro ano e meio de vida” (VIEIRA ET AL2012, p. 120) Carmem Elizabeth Kalinowski et al(2006), nos diz, que até o 5º dia de vida do Recém- nascido deve ocorrer a primeira visita à unidade básica de saúde. Com a meta de estabelecer vínculo da família com a unidade próxima a sua residência e integrar e aperfeiçoar ações direcionadas à mãe e ao bebê. Contendo na primeira semana integral de saúde com mãe e bebê ações como recepção humanizada; teste do pezinho (PKU) e da BCG; apoio ao aleitamento materno; verificação da icterícia; consulta para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento; reavaliação do puerpério; vacinação da mãe contra rubéola; avaliação do risco que consiste na consulta ginecológica/pediatria (contracepção), e outras necessidades, de serviços para bebê, mãe e família. Segundo Campos et al (2011) É de grande importância a assistência à saúde da criança, devido a vulnerabilidade nessa fase da vida. Através do acompanhamento das crianças, por meio da puericultura, espera-se reduzir as ocorrências de doenças e o aumento das chances de crescerem e desenvolverem alcançando todo seu potencial. Ainda na maternidade de preferência, a criança deve receber o Cartão da Criança,nele que se registra o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, avaliando o peso, altura, desenvolvimento, vacinação, estado nutricional e contem orientações à mãe ou cuidador sobre cuidados com a criança. A equipe de saúde deve estar preparada e atenta, conhecer o número de puérperas e recém-nascidos da área de abrangência, realizar visita domiciliar na primeira semana após o parto, avaliar a saúde da mãe e do recém-nascido (RN), identificar se é um RN de risco, orientar e incentivar o aleitamento materno, ir atrás de crianças faltosas, detectar e abordar alterações na curva de peso e desenvolvimento neuro- psicomotor. A criança e família devem manter um vínculo com a unidade de saúde proporcionando a promoção da saúde, hábitos saudáveis, prevenção dos agravos de problemas e promoção do cuidado.(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004) Em Fevereiro de 2005, foi implantada pelo Ministério da Saúde a Caderneta de Saúde da Criança, que veio substituir o Cartão da Criança, apresentando-se como um documento mais completo com o intuito de aperfeiçoar a vigilância à saúde da criança. (FIGUEIREDO, LMH ET AL 2012) A Caderneta de Saúde da criança é um instrumento utilizado para o acompanhamento dos parâmetros normais do crescimento e desenvolvimento infantil. Além de conter informações na sua primeira parte como orientação sobre o registro de nascimento, direitos dos pais e das crianças, amamentação, alimentação saudável, como estimular o
  • 30. 30 desenvolvimento da criança, perceber alterações anormais no desenvolvimento e crescimento, vacinação, sobre a saúde bucal, ocular e auditiva, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de diarréia e desidratação, prevenção de acidentes e violência. Na segunda parte é um espaço destinado ao profissional de saúde para registro das informações da saúde da criança, como os gráficos de crescimento, instrumentos de avaliação do desenvolvimento e tabelas para registrar as vacinas aplicadas. (CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009) Cada contato da criança com o serviço de saúde deve ser tratado como uma oportunidade para promoção de saúde e meio educativo. Para um adequado acompanhamento do crescimento infantil nos serviços básicos de saúde é utilizado um registro periódico nos gráficos de avaliação do crescimento conforme a idade da criança, presentes na caderneta de saúde da criança distribuída pelo Ministério da Saúde. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) Na caderneta de saúde da criança contém os gráficos de acompanhamento do crescimento infantil,recomendados pela Organização Mundial da Saúde. Existe a caderneta do menino e da menina, pois o crescimento é diferenciado entre os sexos. Os gráficos de crescimento mensuram: o perímetro cefálico (0-2 anos); o peso (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10 anos); comprimento (0-2 anos); altura (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10 anos) e índice de massa corporal – IMC (0-2 anos, 2-5 anos e 5-10anos). Os pontos de corte utilizados nas distintas curvas estão representados em escores z, que indicam unidades do desvio padrão do valor da mediana (escore z 0), cujas correspondências em percentis estão demostrada em uma das imagens da caderneta de saúde da criança (ANEXO VII). (CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009) Colocado como pontos, nos gráficos de acompanhamento do crescimento infantil (ANEXO VIII), as várias medidas de crescimento, forma uma linha que significa a curva de crescimento, a qual, demostra se a criança está crescendo adequadamente ou não. O escore z 0 é correspondido pela linha verde, as demais linhas indicam a distância da mediana. Qualquer ponto ou desvio, fora da área entre as duas linhas vermelhas, significa algum problema de crescimento. Uma curva que segue paralela à linha verde, acima ou abaixo dela, demostra um crescimento adequado. Qualquer desvio da curva fora do traçado normal deve ser investigado a causa e orientar a conduta. Há uma diferença de 0,7 cm na mensuração da estatura da criança medida deitada e em pé. Então se uma criança menor que 2 anos for medida de pé, deve-se acrescentar 0,7 cm antes de registrar no gráfico de 0-2 anos, e se tiver 2 anos ou mais e for medida deitada deve-se diminuir 0,7 cm antes de registrar no gráfico de 2-5 anos. (CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009)
  • 31. 31 Existem alguns instrumentos para avaliar altura/comprimento e peso da criança conforme idade. Em crianças de 0 a 23 meses é realizado a medição do comprimento sobre uma mesa antropométrica ou com uma régua antropométrica sobre uma plana superfície. Para averiguar o peso das crianças de 0 a 23 meses, utilizar a balança pediátrica, com divisões em 10g, com capacidade de até 16kg. Em crianças de 24 a 72 meses (maior que 2 anos), a medição da altura é feita de pé, em balança plataforma com antropômetro ou utiliza-se antropômetro de parede. E a averiguação do peso da criança maior que 2 anos é em balanças com divisões de 100g, com capacidade de até 25kg ou em balança plataforma. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) E necessário também a medição do perímetro cefálico, através da fita métrica,que avalia o tamanho da cabeça e cérebro. Sua importância na infância está relacionada ao volume intracraniano, permitindo uma avaliação do crescimento do cérebro e o desenvolvimento normal da criança. Caso o índice esteja fora da faixa considerada de normalidade, a criança deve ser encaminhada para um especialista ou equipe multiprofissional, para afastar diagnóstico de microcefalia ou de macrocefalia.Realizado nas crianças entre 0 a 24 meses, há uma pequena diferença de 1cm entre os sexos, sendo maior no menino. O perímetro adequado é expresso na forma de uma faixa de normalidade que situa-se entre os percentis 10 e 90. Como mostra o quadro do perímetro cefálico de meninos e meninas de 0 a 2 anos em centímetros (ANEXO IX). (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) Também, através da caderneta de saúde da criança a mãe pode acompanhar o desenvolvimento de seu filho e estimulá-lo conforme as orientações contidas para a idade, com orientação do enfermeiro, que deve estar sempre atento na relação entre mãe e criança, a qual tem grande participação na estimulação do desenvolvimento. O acompanhamento do desenvolvimento tem sua sequência identificada através de marcos tradicional, que demonstra o progresso ou retardo do desenvolvimento na criança. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) Na segunda parte, da caderneta de saúde da criança, é de preenchimento do enfermeiro e há um instrumento de vigilância do desenvolvimento, conforme imagens (ANEXO X). (CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009) Buscamos neste estudo avaliar se os enfermeiros realizam ações práticas e demonstram conhecimento sobre o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil tendo consciência de sua importância.
  • 32. 32 3. PESQUISA DE CAMPO 3.1 Universo de pesquisa Esta pesquisa foirealizada em 11 unidades de Estratégias de Saúde da Família (ESF) da cidade de Assis-SP, município com uma população de 95.156 habitantes, dos quais 91.001 habitantes residem na área urbana. (IBGE, 2010). 3.1.1 População alvo Enfermeiros de ambos os sexos que atuam nas Estratégias de Saúde da Família (ESF) da cidade de Assis-SP. 3.1.2 Amostra e os sujeitos de pesquisa A população investigada constou de amostra de enfermeiros, de ambos os sexos, financiados da Prefeitura Municipal de Saúde e que atuam nas ESF. Inicialmente os sujeitos desta pesquisa eram compostos por 11 enfermeiros das ESF de Assis-SP, devido ao critério de adesão da pesquisa, 3 sujeitos recusaram-se a participar do estudo, sendo a amostra final total composta por 8 enfermeiros participantes. 3.2 Coleta de Dados 3.2.1 Instrumentos de pesquisa O projeto teve anuência do pesquisador responsável (ANEXO III) e o consentimento da Instituição a ser pesquisada (ANEXO IV), foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Paulista- UNIP e tendo parecer favorável em 14/08/2012; nº CAAE 03803012.0.0000.5512. Após aprovação do CEP a pesquisa foi iniciada. Foidistribuído para a amostra investigada o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ANEXO II e após autorizaçãoum questionário semiestruturado com respostas abertas e fechadas foi aplicado aos enfermeiros que atuam nas ESF, ressaltando a importância de responder com atenção e responsabilidade.
  • 33. 33 3.2.2 Procedimento de coleta de dados Trata-se de pesquisa de campo de natureza qualitativa, descritiva, explorátoria. Conforme Bardin (2006), é um conjunto de técnicas sistemáticas que analisa a comunicação de forma mais ampla e profunda, utilizando da forma descrita para expor os conteúdos das mensagens, que são os indicadores que permitem conhecimento relativo.Este método permite a classificação dos elementos em categorias e subcategorias que possibilitam uma compreensão mais aprofundada dos significados. Nos resultados e discussões a seguir, foram analisadas as respostas dos 8 enfermeiros entrevistados utilizando como instrumento de coleta de dados, um questionário, constituído por 14 questões abertas e fechadas. Questão 1: O que você entende por acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em comum; 5 acreditam ser o acompanhamento da criança desde o seu nascimento; 4 entendem ser um indicador de saúde, desta maneira podendo evitar doenças através da detecção e ações precoces nas intercorrências observadas; 4 concordam ser orientações juntamente com ações da avaliação nutricional, da imunização, do acompanhamento das medidas antropométricas e 3 acreditam ser uma ação que avalia o desenvolvimento neurológico, psicomotor e social. Conforme Sigaud (1996) apud Carabolante e Ferriani (2003), o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições de saúde da criança, que visa à promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê- la. Podemos observar através dos autores da fundamentação teórica, que o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é realizado pelo enfermeiro, desde o nascimento da criança até sua adolescência, com o objetivo de promover a saúde e prevenir a doença. Para isso os enfermeiros utilizam a ferramenta das orientações e programas voltado a saúde infantil. Fazendo uso das medidas antropométricas, dos gráficos de registro do crescimento, dos instrumentos de vigilância e teorias do desenvolvimento para poder observar se o objetivo está sendo atingido.
  • 34. 34 Questão 2: Em sua opinião o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é importante? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e assinalaram sim. Segundo Campos et al (2011)É de grande importância a assistência à saúde da criança, devido a vulnerabilidade nessa fase da vida. Através do acompanhamento das crianças, por meio da puericultura, espera-se reduzir as ocorrências de doenças e o aumento das chances de crescerem e desenvolverem alcançando todo seu potencial. Por se tratar de uma fase vulnerável, a criança é totalmente dependente necessitando assim de cuidados da mãe juntamente com o acompanhamento do enfermeiro da ESF. Deste modo prevenindo a doença e conquistando maiores chances de sobrevivência e desenvolvimento de todo potencial da criança. Questão 3: Você acredita que através do conhecimento da importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, pode-se mudar a qualidade da assistência e consecutivamente a qualidade da saúde? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e assinalaram sim. “A promoção da saúde integral da criança e o desenvolvimento das ações de prevenção de agravos e assistência são objetivos que, para além da redução da mortalidade infantil, apontam para o compromisso de se prover qualidade de vida para a criança, ou seja, que esta possa crescer e desenvolver todo seu potencial”(MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004, p.8) Então podemos observar a partir dessa citação que muitas mortes são evitadas pelo acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, devido as ações de prevenção e assistência, promovendo assim não somente a redução de taxas de mortalidade, mas a qualidade de saúde e de vida das crianças. Questão 4: Qual é a sua participação no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil?
  • 35. 35 Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em comum; 5 descrevem que sua participação é através das consultas de enfermagem mensalmente; 2 que é através da realização da puericultura; 2 acreditam ser através do acompanhamento do calendário vacinal; 2 que é através das orientações individuais na sala de consulta e em grupos com os pais. Apenas 1 enfermeiro escreveu de diferente o acompanhamento do pré-natal, a buscativa de gestantes que não realizam o pré-natal, visitas ao RN em domicílio e a realização do teste do pezinho. “As atribuições do enfermeiro neste programa são: realizar o exame físico na criança, identificando riscos em seu crescimento e desenvolvimento; agendar a primeira consulta com o pediatra e demais quando forem identificados riscos de agravos à saúde; fornecer a relação dos nascidos vivos para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e solicitar a busca ativa para identificação dos faltosos do programa; preencher o gráfico de peso e estatura nos cartões da criança; verificar e administrar as vacinas conforme o calendário básico de vacinação; incentivar o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) até o seis meses; orientar a alimentação complementar após os seis meses; orientar sobre prevenção de acidentes de acordo com a faixa etária; avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor; identificar dúvidas e dificuldades da mãe e de outros membros da família que participam das consultas procurando esclarecê-las. Dentro desta perspectiva, o enfermeiro, por meio de revisões periódicas, desempenha seu trabalho com ações não apenas clínicas, mas com uma concepção epidemiológica e social, relacionando- as intimamente com o complexo saúde-indivíduo-família-comunidade.”(VIEIRA ET ALL, Vol. 17, No 1, 2012, p. 120) O enfermeiro participa no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, através das realizações das consultas de enfermagem, onde se realiza o exame físico juntamente com as medidas antropométricas, preenchendo os gráficos da caderneta, e averiguando a administração das vacinas e a realização das mesmas, conforme calendário de vacinação infantil, orientando sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e posteriormente a alimentação complementar, orientando também sobre a prevenção de acidentes e a avaliação do crescimento e desenvolvimento de acordo com a faixa etária, o que se caracteriza por puericultura. Mas para isso é necessário que o enfermeiro crie vínculos com a mãe e familiares, por meio do pré natal, fazendo buscativa dos faltosos, indo fazer visita domiciliar na primeira semana após nascimento, promovendo a realização da semana integral de saúde com mãe e bebê que tem como ações a recepção humanizada; teste do pezinho (PKU); realização da BCG; reavaliação do puerpério; vacinação da mãe contra rubéola; avaliação do risco que consiste na consulta ginecológica/pediatria (contracepção), juntamente com a identificação das dificuldades e dúvidas da mãe ou familiares procurando esclarecê-las. Questão 5: Como você mensura o crescimento?
  • 36. 36 Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em comum; todos utilizam os dados antropométricos com os seguintes instrumentos de mensuração: régua antropométrica, fita métrica, balança pediátrica, balança plataforma, antropômetro. É necessária a tomada das medidas antropométricas (medidas do tamanho do corpo), sendo suas medidas básicas: o peso, a estatura (comprimento ou altura) e perímetro cefálico. Através dessas medidas, permite saber se o crescimento está satisfatório. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) Existem alguns instrumentos para avaliar altura/comprimento e peso da criança conforme idade. Em crianças de 0 a 23 meses é realizado a medição do comprimento sobre uma mesa antropométrica ou com uma régua antropométrica sobre uma plana superfície. Para averiguar o peso das crianças de 0 a 23 meses, utilizar a balança pediátrica, com divisões em 10g, com capacidade de até 16kg. Em crianças de 24 a 72 meses (maior que 2 anos), a medição da altura é feita de pé, em balança plataforma com antropômetro ou utiliza-se antropômetro de parede. E a averiguação do peso da criança maior que 2 anos é em balanças com divisões de 100g, com capacidade de até 25kg ou em balança plataforma. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) E necessário também a medição do perímetro cefálico, através da fita métrica,que avalia o tamanho da cabeça e cérebro. Sua importância na infância está relacionada ao volume intracraniano, permitindo uma avaliação do crescimento do cérebro e o desenvolvimento normal da criança. Caso o índice esteja fora da faixa considerada de normalidade, a criança deve ser encaminhada para um especialista ou equipe multiprofissional, para afastar diagnóstico de microcefalia ou de macrocefalia.Realizado nas crianças entre 0 a 24 meses, há uma pequena diferença de 1cm entre os sexos, sendo maior no menino. O perímetro adequado é expresso na forma de uma faixa de normalidade que se situa entre os percentis 10 e 90. Como mostra o quadro do perímetro cefálico de meninos e meninas de 0 a 2 anos em centímetros (ANEXO IX). (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002) Através dos autores podemos observar que as medidas antropométricas (peso; estatura/comprimento ou altura; perímetro cefálico) nospermite saber se o crescimento está ocorrendo normalmente conforme faixa etária e de maneira satisfatória. Os instrumentos de mensuração utilizados são: crianças (0 a 23 meses) é realizado a medição do comprimento sobre uma mesa antropométrica ou com uma régua antropométrica, sobre uma plana superfície. Para averiguar o peso crianças (0 a 23 meses) utiliza a balança pediátrica, com divisões em 10g, com capacidade de até 16kg. Em crianças (24 a 72 meses - maior que 2
  • 37. 37 anos), a medição da altura é feita de pé, em balança plataforma com antropômetro ou utiliza- se antropômetro de parede. E a averiguação do peso da criança (maior que 2 anos) é em balanças com divisões de 100g, com capacidade de até 25kg ou em balança plataforma. E para mensuração do perímetro cefálico realizado em crianças de 0 a 24 meses, utiliza-se uma fita métrica, para obter os cm da circunferência craniana.O perímetro adequado é expresso na forma de uma faixa de normalidade que se situa entre os percentis 10 e 90. Questão 6: Você realiza o acompanhamento do desenvolvimento infantil? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e assinalaram sim. A análise desta questão aborda as mesmas análises da questão 2 e 3. Questão 7: Você sabe os períodos do desenvolvimento infantil? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão fechada assinalando sim. Mas apenas 2 enfermeiros responderam a questão aberta a qual justificava sua resposta. Enfermeiro 1: Descreve que os períodos do desenvolvimento são divididos pela faixa etária “Lactente, Infante 1 a 3 anos, Pré-escolar 3 a 6 anos, Escolar 6 a 12 anos e Adolescência 12 a 18 anos”. Enfermeiro 2: Descreve que os períodos do desenvolvimento se dividem conforme as teorias de desenvolvimento “Físico, Intelectual e Social”. Na segunda parte da caderneta de saúde da criança, existe um instrumento de vigilância para o acompanhamento do desenvolvimento psicomotor, que mostra os períodos de capacidade da criança em atuar níveis mais avançados de acordo com a faixa etária. (CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009) (ANEXO X) Questão 8: Como você mensura o desenvolvimento?
  • 38. 38 Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão com respostas em comum; 5 mensuram o desenvolvimento apartir da observação da capacidade que a criança tem de atuar em níveis mais avançados de acordo com a faixa etária; 3 descrevem ser através dos registros nos gráficos de altura e peso e apenas 1 enfermeiro disse não realizar este procedimento na unidade. O desenvolvimento físico ou psicomotor pode ser observado e estimulado a partir das teorias de desenvolvimento infantil e através do instrumento de vigilância do desenvolvimento contido na caderneta de saúde da criança (ANEXO X). Podemos notar através das respostas obtidas nessa questão, uma divergência no conhecimento do desenvolvimento psicomotor da criança em relação ao crescimento. “Crescimento diz respeito ao aumento quantitativo; é o resultado da divisão celular e do aumento do tamanho das células; implicando aumento de massa e de estrutura corporal da criança. O desenvolvimento refere-se à diferenciação qualitativa das células e da maturação funcional; é o aumento da capacidade de realização de funções cada vez mais complexas, medido por meio de provas funcionais.” (FIGUEIREDO ET AL2008, p.261) Apesar de que para obter um estado de saúde considerado como bom para criança é necessário que o crescimento e desenvolvimento estejam desenvolvendo juntamente. Mas é preciso saber diferenciar como cada qual ocorre e a maneira como cada um deve ser investigado (acompanhado). “Embora o crescimento e o desenvolvimento estejam intimamente correlacionados, correspondem a fenômenos distintos. Uma criança pode crescer e não se desenvolver ou vice-versa. Por exemplo: uma criança com síndrome de Down pode ter o crescimento normal, porém um desenvolvimento retardado cujo pensar, raciocinar e agir é diferente de uma criança da mesma idade” (FIGUEIREDO ET AL, 2008, p.264) Questão 9: Qual é a dificuldade de fazer esse acompanhamento? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, apenas 1 enfermeiro não respondeu a questão, entre os 7 que responderam a questão obtive as seguintes respostas em comum; 5 responderam ser a falta de adesão das mães/familiar em trazer as crianças para unidade. Obtive duas respostas diferentes sendo que para Enfermeiro 1: a dificuldade é a falta de tempo; e para Enfermeiro 2: a dificuldade é a busca ativa das mães faltosas. Teve 1 enfermeiro que abordou uma observação significante; que ocorre a facilitação do
  • 39. 39 acompanhamento quando as mães/familiar recebem algum tipo de benefício como a bolsa família ou viva leite. Questão 10: Você sabe o calendário básico de vacinação da criança atualmente? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e assinalaram sim. Recentemente o Ministério da Saúde promoveu no Brasil o lançamento do novo Calendário Nacional de Vacinações (ANEXO VI), que constituirá a nova vacina contra pólio e a Pentavalente.A vacina pentavalente reúne em uma só dose a proteção contra cinco doenças (difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenza tipo b e hepatite B). (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012) Questão 11: Você orienta os pais ou responsável a respeito do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de seu filho? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e assinalaram sim. “O enfermeiro, como educador em saúde, compartilha com a criança e a família informações e conhecimentos quanto à avaliação de enfermagem da situação da criança; reforça condutas adequadas ao desenvolvimento da criança, dos familiares; e discute propondo alternativas àquelas que julgar inadequadas. Apresentar informações sobre o Crescimento e Desenvolvimento e necessidades infantis, bem como informações que favorecem o crescimento e desenvolvimento da criança. As orientações abrangem características deste, alimentação (quantidade, qualidade e hábitos), higiene, sono, brincadeiras e estimulação, imunizações, formas de comunicação e relacionamento com a criança.” (CARABOLANTE E FERRIANI, 2003, p.1) O enfermeiro deve orientar a mãe ou familiar sobre o estado de saúde da criança, e dar informações que contribuam para o crescimento e desenvolvimento infantil como a necessidade de uma boa alimentação, higiene e estimulação através de brincadeiras. Reforçando as condutas adequadas e ajustando as inadequadas dando uma direção correta. Questão 12: Há quanto tempo você trabalha na Estratégia de Saúde da Família?
  • 40. 40 Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão, ficando classificado em: 4 enfermeiros trabalham a menos de 5 anos; 1 enfermeiro trabalha a mais de 15 anos e 3 enfermeiros trabalham entre 10 a 15 anos. Através dos questionários aplicados aos enfermeiros foi possível observar que o tempo de trabalho nas Estratégias de Saúde da Família, não interfere no conhecimento e assistência prestada a criança. Questão 13: Existe algum tipo de capacitação nessa área? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados, todos responderam a questão, ficando dividido em: 4 assinalaram que não existe capacitação nesta área e todos esses 4 assinalaram que sim, gostariam que tivesse capacitação nesta área. Os outros 4 enfermeiros assinalaram que sim, existe capacitação nesta área. Questão 14: Existe educação permanente nessa unidade? Dentre os 8 enfermeiros pesquisados todos, ou seja 100% responderam a questão e assinalaram sim. Houve 2 enfermeiros que abordaram uma observação significante; que existe educação permanente na unidade, mas não voltado para a área dessa pesquisa. “A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organizações e ao trabalho. A educação permanente se baseia na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais. A educação permanente pode ser entendida como aprendizagem- trabalho, ou seja, ela acontece no cotidiano das pessoas e das organizações. Ela é feita a partir dos problemas enfrentados na realidade e leva em consideração os conhecimentos e as experiências que as pessoas já têm. Propõe que os processos de educação dos trabalhadores da saúde se façam a partir da problematização do processo de trabalho, e considera que as necessidades de formação e desenvolvimento dos trabalhadores sejam pautadas pelas necessidades de saúde das pessoas e populações. Os processos de educação permanente em saúde têm como objetivos a transformação das práticas profissionais e da própria organização do trabalho.” (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2009, p.20) “Educação continuada é aquela que capacita a pessoa não só para as mudanças desejadas pela instituição como também para as requeridas pela sociedade, desenvolvendo a como pessoa e como profissional. Alude à atualização técnico- científica do profissional, voltada para a prática individual e é da responsabilidade do profissional, portanto um processo desvinculado da instituição onde atua o
  • 41. 41 profissional, feita de modo esporádico, com apropriação do saber científico.” (GIRADE ET AL 2006, p 107) A Educação Permanente é realizada a partir das experiências do cotidiano juntamente com a problematização do processo de trabalho da equipe, pautando suas necessidades. A educação permanente não gera apenas diminuição de erros ou melhora na qualidade de assistência, a educação permanente insere o conhecimento dentro da instituição, proporcionando assim uma assistência adequada. Podemos observar a partir da observação dos 2 enfermeiros, que há uma confusão entre educação permanente e educação continuada. Sendo que é na educação continuada que os profissionais aprendem novas técnicas nas diversas áreas da saúde conforme as novidades científicas são lançadas. É uma prática buscada de forma individual onde fica na responsabilidade do profissional se atualizar no saber científico.
  • 42. 42 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é um indicador das condições de saúde da criança, que deve promover toda atenção visando a promoção e manutenção da saúde, intervindo nos fatores que podem comprometê-la, promovendo a qualidade de vida, ou seja, que a criança cresça e desenvolva todo seu potencial. A assistência à saúde da criança por meio da puericultura é de grande importância, devido à vulnerabilidade nessa fase da vida. O enfermeiro participa no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, desde o nascimentoaté sua adolescência, com o objetivo de promover a saúde e prevenir a doença, para isso o enfermeiro realiza as consultas de enfermagem, onde efetua o exame físico juntamente com as medidas antropométricas, preenchendo os gráficos da caderneta que norteiam o crescimento adequado, fazendo uso dos instrumentos de vigilância e teorias do desenvolvimento para poder observar se o objetivo desse acompanhamento está sendo atingido, averiguando a administração das vacinas e a realização das mesmas conforme calendário de vacinação infantil, orientando sobre o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e posteriormente a alimentação complementar, orientando também sobre a prevenção de acidentes e a avaliação do crescimento e desenvolvimento de acordo com a faixa etária. O enfermeiro deve criar vínculos com a mãe e familiares, por meio do pré natal, fazendo busca ativa dos faltosos, indo fazer visita domiciliar na primeira semana após nascimento, promovendo a realização da semana integral de saúde com mãe e bebê, juntamente com a identificação das dificuldades e dúvidas da mãe ou familiares procurando esclarecê-las. Quanto ao conhecimento dos enfermeiros participantes dessa pesquisa observa-se que os mesmos compreendem a importância do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil, e realizam tal procedimento. Na prática o acompanhamento da criança é realizado através da consulta de enfermagem desde seu nascimento até a adolescência, prevenindo a doença, promovendo a saúde e intervindo nos fatores que podem comprometê-la, bem como, realizam registros na caderneta de saúde da criança, preenchem os gráficos de crescimento para analisarem se as medidas estão satisfatórias, juntamente mensuram o desenvolvimento a partir da observação da capacidade que a criança tem de atuar em níveis mais avançados de acordo com a faixa etária. Fazem as orientações necessárias com os pais na consulta ou em grupos de pais para manter a saúde da criança.
  • 43. 43 Mas, a amostra evidenciou uma divergência de definições no conceito desenvolvimento psicomotor da criança em relação ao conceito crescimento infantil, embora ambos estejam intimamente correlacionados, correspondem a fenômenos distintos. Pois uma criança pode crescer e não se desenvolver ou vice-versa, podendo assim, de certa forma, ser interpretado como causa de fragilidade na execução das práticas realizada para mensurar o desenvolvimento infantil e acompanhamento da mesma. Podemos verificar que a maior dificuldade de realizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil é a falta de adesão das mães/familiar em trazer as crianças para unidade, subsequente a falta de tempo e dificuldade de fazer busca ativa das mães faltosas. Obtivemos uma observação significante, que através de benefícios como bolsa família e viva leite ocorre a facilitação do acompanhamento devido ser um incentivo para maior adesão. Através da identificação do tempo de trabalho de cada enfermeiro juntamente com suas respostas, pude observar que o tempo de serviço nas Estratégias de Saúde da Família, não interfere no conhecimento e assistência prestado a criança. Metade dos enfermeiros pesquisados abordou não haver capacitação nesta área, e gostariam que tivesse. Todos os enfermeiros pesquisados relatam ter educação permanente na unidade. Mas alguns enfermeiros abordaram uma observação significante, que apesar de existir educação permanente na unidade, ela não é voltada para a área do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. O resultado desta pesquisa nos permite afirmar que os enfermeiros das Estratégias de Saúde da Família de Assis-SP, sabem da importância do acompanhamento infantil, e realizam esse procedimento. No entanto foi diagnosticado em alguns casos a divergência de conhecimento na realização do acompanhamento desenvolvimento psicomotor, e a falta de capacitação especializada para essa área de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil o que possivelmente interfere na execução de suas práticas assistenciais.
  • 44. 44 REFERÊNCIAS BARDIN L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2006. BRASIL 1996 apud PINTO, Fatima Arthuzo. Assistência de enfermagem à Criança sadia (puericultura). Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsFgAA/manual- puericultura. Data: 26/02/2012. Hora: 17:25. CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA 2009. ©2005 Ministério da Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens dessa obra é da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs . Série F. Comunicação e Educação em Saúde. Tiragem: 6ª edição – 2009 – 3.300.000 exemplares. CAMPOS, Roseli Márcia Crozariol; RIBEIRO, Circéa Amália; SILVA, Conceição Vieira da e SAPAROLLI, Eliana Campos Leite. Consulta de enfermagem em puericultura: a vivência do enfermeiro na Estratégia de Saúde da Família. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2011, vol.45, n.3, pp. 566-574. ISSN 0080-6234. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342011000300003&script=sci_arttext. Data:05/08/12. Hora: 14:00. CARABOLANTE, A. C.; FERRIANI, M. G. C.; O crescimento e desenvolvimento de crianças na faixa etária de 12 a 48 meses em creche na periferia da cidade de Ribeirão Preto – SP. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 5 n. 1, 2003. Disponível em http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/777/860. Data: 07/08/12. Hora: 23:30. Enfermagem pediátrica / [equipe Lippincott WILLIAMS & WILKINS; revisão técnica Ivone Evangelista Cabral;tradução José Eduardo Ferreira de Figueiredo].-Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2006 il.- (Incrivelmentefácil)
  • 45. 45 Fifth Edition.Título do original eminglês WHALEY & WONG’s Essentials of Pediatric Nursing. Copyright 1997 by Mosby-Year Book, Inc. 11830 Westline Industrial Drive.St. Louis, Missouri 63146. Direitos exclusivos para a língua portuguesa. Copyright 1999 by Editora Guanabara Koogan S.A. Travessa do Ouvidor,11. Rio de Janeiro, RJ. FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; VIANA, Dirce Laplaca; MACHADO, Wiliam César Alves. Tratado prático de enfermagem, volume 2, -3.ed.-São Caetano do Sul, SP : Yendis Editora, 2008. Vários autores. FIGUEIREDO, LMH ET ALL 2012. Observatório da Saúde da Criança e do Adolescente. Disponível em: http://www.medicina.ufmg.br/observaped/index.php/caderneta-da-saude.html. Data: 06/06/2012. Hora: 19:14. GALVÃO, Clóvis E. S.; SILVA, Antônio A. M. da; SILVA, Raimundo A. da; FILHO, Stelito A. dos Reis; NOVOCHADLO, Maria A. da S.; CAMPOS, Gilvana de J. do V. Terapia de reidratação oral para diarréia aguda em região do nordeste do Brasil, 1986-1989. Rev. Saúde Pública, 28: 416-22 , 1994. F. Disponível em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v28n6/05.pdf. Data: 20/03/12. Hora: 22:45. GIACOMOZZI, Clélia Mozara e LACERDA, Maria Ribeiro, 2006. A prática da assistência domiciliar dos profissionais da estratégia de saúde da família. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v15n4/v15n4a13.pdf. Data: 03/03/2012, Hora: 20:10. GIRADE, Maria da Graça; CRUZ, Emirene Maria Navarro Trevizan da; STEFANELLI, Maguida Costa. Educação continuada em emfermagem psiquiátrica: reflexão sobre conceitos. RevEscEnferm USP 2006; 40(1):105-10. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n1/a14v40n1. Data: 10/08/12. Hora: 18:15. MINISTÉRIO DA SAÚDE 1984. Assistência Integral à Saúde da Criança: Ações básicas / Ministério da Saúde. – Brasília, Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1984. Básicos de Saúde, n.7. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_crianca.pdf. Data: 19/03/12. Hora: 23:30.
  • 46. 46 MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009. Brasil. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 64 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006; v. 9) MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002. Brasil. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil/Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de saúde. – Brasília. 100 p.: il. – (Série Cadernos de Atenção Básica; n.11) – (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf. Data: 07/05/2012. Hora: 22:30. MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002. Brasil. AIDPI Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância: curso de capacitação: introdução: módulo 1 Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. – 2. ed. rev. - Brasília: Ministério da Saúde, 2002. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/AIDPI_modulo_1.pdf. Data: 09/04/12. Hora: 20:15. MINISTÉRIO DA SAÚDE 2008. Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente / Ministério da Saúde. – 3.ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estatuto_crianca_adolescente_3ed.pdf. Data: 31/03/12. Hora: 15:20. MINISTÉRIO DA SAÚDE 2009. Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Sáude, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7.ed.- Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/gve_7ed_web_atual.pdf. Data: 13/03/12. Hora: 22:30.
  • 47. 47 MINISTÉRIO DA SAÚDE 1993. Manual de normas para controle e assistência das infecções respiratórias agudas. Disponével em:http://www.sbp.com.br/img/manuais/Manual_%20Controle_I.pdf. Data: 11/03/2012. Hora: 15:46. MINISTÉRIO DA SAÚDE 2012. Ministério da Saúde reforça calendário de vacinação da criança. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_ar ea=1498&CO_NOTICIA=13678. Data: 20/01/12. Hora: 14:56. MINISTÉRIO DA SAÚDE 2004. Secretaria de Atenção à Saúde; Ministério da Saúde. Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil. Brasília (Brasil). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/agenda_compro_crianca.pdf. Data: 16/03/12. Hora: 20:15. NOVACZYK AB, Dias NS, Gaíva MAM 2008. Atenção à saúde da criança na rede básica: análise de dissertações e teses de enfermagem. Rev. Eletr. Enf. [Internet]. 2008;10(4):1124-37. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n4/v10n4a25.htm. Data: 24/03/2012. Hora: 21:35. Organizado pela Associação Brasileira de Enfermagem; coordenadora-geral, KALINOWSKI, Carmen Elizabeth, diretoras acadêmicas, OLIVEIRA Maria Emilia de; RIBEIRO, Nair Regina Ritter. Programa de Atualização em Enfermagem: saúde da criança e do adolescente: PROENF – Ciclo 1, módulo 1 (2006) – Porto Alegre: Artmed/Panamericana Editora, 2006 – ciclos: il. ; 17,5 x 25 cm. (Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância – SESCAD). PINTO, Fatima Arthuzo. Assistência de enfermagem à Criança sadia (puericultura). Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAsFgAA/manual-puericultura. Data: 01/04/2012. Hora: 16:28. PORTO, Andréa; VIANA, Dirce Laplaca, organizadora.Curso didático de enfermagem, módulo II – 5.ed.-São Caetano do Sul,SP : Yendis Editora, 2009.