2. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII era proibida qualquer
atividade impressora no Brasil. Somente no começo do
século XIX, em 1808, com a chegada da família real
portuguesa e transferência da capital do império lusitano
para o Rio de Janeiro, começaram a se instalar tipografias
no Brasil.
As obras escritas por autores nacionais até podiam circular
por aqui, mas tinham que ser confeccionadas no exterior,
mais frequentemente em Portugal. Era uma forma da
Coroa manter controle sobre a circulação de informações,
conhecimentos e ideias na colônia.
3. Relação de entrada... de
1747 é uma das raras
peças gráficas impressas
no Brasil colônia. O
documento de 22 páginas
foi impresso pelo
português Antonio
Isidoro da Fonseca.
Apesar da licença do
“senhor bispo”, Lisboa
ordenou a interrupção da
publicação no mesmo
ano em que começou a
circulou.
4. A Imprensa Régia foi a primeira tipografia a funcionar
legalmente no Brasil.
Equipada com máquinas inglesas trazidas nos navios que
transportaram a corte para o Brasil, iniciou as atividades
tendo das impressões na ex-colônia. Contudo, alguns anos
depois a atividade foi liberada para tipógrafos
independentes. A primeira tipografia particular foi instalada
na Bahia, por Manoel Antonio da Silva Serva.
A Imprensa Régia não produzia somente documentos
oficiais. Demonstrando o interesse dos brasileiros e
portugueses recém-chegados da Europa, a tipografia do
império também imprimia volumes populares.
6. Durante os anos de 1808 a 1821, cerca de mil títulos foram
impressos, sem contar os atos governamentais. A primeira
publicação da Impressão Régia, no dia em que foi criada,
foi a Relação dos despachos...
Além da documentação oficial, a Impressão Régia imprimiu
uma grande variedade de obras sobre diversos assuntos,
como jurisprudência, história, belas-letras (os elogios aos
soberanos e os romances), teologia, ciências e artes, e
periódicos. Houve, inclusive, a impressão de livros
destinados aos cursos de medicina e aos da Academia
Real Militar.
7. Relação de despachos...,
publicada pela Imprensa
Régia em 13 de maio de
1808, no dia em que foi
instituída a tipografia
real.
Trata-se de um
documento
administrativo, com 27
páginas.
8. Obras dedicadas a D. João VI, publicadas pela Imprensa Régia em
1817, 1819 e 1812. Frontispícios
Em todas as peças chama a atenção a simplicidade compositiva.
Observa-se a opção pela composição simétrica e a hierarquização da
informação pela variação no tamanho das letras.
Adota-se desde essas primeiras peças o princípio de proximidade
para organizar as informações.
9. Na esteira dos
documentos oficiais, as
tipografias logo passaram
a produzir jornais – que
foram os primeiros
impressos de grande
circulação no Brasil.
O primeiro jornal impresso
no Brasil foi a Gazeta do
Rio de Janeiro, que
começou a circular em
1808. Tratava-se de
publicação oficial do
governo imperial. Primeira edição da Gazeta do Rio de
Janeiro, que circulou em 10/09/1808
10. A história da imprensa rejeita a Gazeta do Rio de Janeiro como
primeiro jornal brasileiro, porque em junho de 1808 Hipólito José
da Costa passa a publicar desde Londres o Correio Braziliense,
com o qual fazia oposição à Coroa Portuguesa.
Primeira
edição do
Correio
Braziliense,
impresso em
Londres em
junho de 1808
11. Referência bibliográfica
ALVES FILHO, Manuel. 200 anos da história do livro no país.
Jornal da UNICAMP. Campinas, 21 a 27 de novembro de 2011
DELMAS, Ana Carolina. Dedicatórias impressas no Brasil
joanino. Rede Memória. Disponível em
http://redememoria.bn.br/2012/01/dedicatorias-impressas-no-brasil-
joanino/
MELO, Chico Homem de; RAMOS, Elaine. (Orgs.) Linha do
tempo do design gráfico no Brasil. São Paulo, ed. Cosac Naify,
2011