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UERJ
Junho 2011




     Escrita e Metáfora Gramatical

                    Lúcia Pacheco de Oliveira
                                    PUC-Rio
Apresentação: Parte I

• Escrita

• Metáfora gramatical

• Metáfora gramatical na escrita de aprendizes
Apresentação: Parte II
•   Projeto: Escrita no Ensino Médio
•   Contexto de pesquisa
•   Objetivos da pesquisa
•   Análise de dados
•   Outros estudos
•   Implicações pedagógicas
Contextualização
• Na escola os alunos defrontam-se com uma língua que, para eles, não é a
  sua, ou seja, vêm a língua portuguesa, especialmente em sua modalidade
  escrita, como uma outra língua, a qual não dominam.

• Esse confronto pode dificultar o aprendizado da língua materna e de
  outras disciplinas e, conseqüentemente, comprometer o sucesso da
  construção de conhecimento no contexto escolar.

• Fronteira entre o ensino fundamental e o ensino médio caracterizada pelo
  desenvolvimento e domínio da metáfora gramatical: ‘rito de passagem’
  (Christie, 2006).

• Vários gêneros do contexto escolar caracterizam-se por serem textos mais
  metafóricos ( Martin, 1993).
Escrita:

• Um dos problemas para a produção de textos por alunos do
  Ensino Médio pode ser a falta de domínio da metáfora
  gramatical.
                     (Martin, 1993; Christie, 2006; Oliveira, 2006)

• A dificuldade de produzir / entender textos em diferentes
  disciplinas pode estar associada à falta de domínio da metáfora
  gramatical, ou seja, construções que resultem de transformações
  de idéias mais concretas em mais abstratas, i.e, nominalizações
  em lugar de processos verbais.
                                   (Halliday, 1994; Heyvaert, 2003).
Metáfora Gramatical




              (Livro didático de Geografia)
Metáfora Gramatical


“Essa transferência gradativa de renda da maioria
  da população para uma minoria rica deu-se em
  especial com as altas taxas de inflação sempre
  superiores aos aumentos salariais.”

                        (Livro didático de Geografia)
“Desempacotando” a metáfora
gramatical:
“Essa transferência gradativa de renda da maioria da população
   para uma minoria rica deu-se em especial com as altas taxas
   de inflação sempre superiores aos aumentos salariais.”
                                    (Livro didático de Geografia)


• A renda da maioria da população transferiu-se para a minoria
  rica o que aconteceu aos poucos por causa das altas taxas de
  inflação que sempre aumentaram mais do que os salários.
Metáfora Gramatical
“The process of metaphor is one of reconstruing the patterns
  of realization in a language – particularly at the interface
  between the grammar and the semantics. A meaning that
  was originally construed by one kind of wording comes
  instead to be construed by another.”

“O processo da metáfora envolve a reconstrução dos
  padrões de realização na linguagem – especialmente na
  interface entre a gramática e a semântica. Um significado
  que originalmente foi construído por um tipo de fraseado
  passa a ser construído por outro.”

                                         (Halliday, 2009:117)
Transformações metafóricas

                                                                        Semântica do
                                                                          Discurso
                  Qualidade
                                                        Relação
                                   Adjetivo             Lógica
           Participante

                                                                           Léxico-
                              Substantivo                                 Gramática
       Processo


                      Verbo                 Conjunção



                                                                        Fonologia
                                                                        Grafologia




                                                            Adaptado de Martin, 1993
Escrita científica
“ All human adults and all human languages possess this
   ability to shift from the clausal to the nominal construal
   of experience, but this inherent potential in the
   grammar....is most characteristic of scientific discourse
   and the need to construct technical taxonomies and
   sequential argument”

“ Todos os seres humanos adultos e todas as línguas
  possuem esta habilidade de mudar da construção da
  experiência de maneira mais oracional para a nominal,
  mas este potencial inerente à gramática .... é mais
  característico do discurso científico e a necessidade de
  construir taxonomias          técnicas e argumentos
  sequenciais”
                                       (Halliday, 2009: 116)
Formas conguentes e metafóricas

  Construção Oracional:

  A renda da maioria da população transferiu-se para a minoria
  rica o que aconteceu aos poucos por causa das altas taxas de
  inflação que sempre aumentaram mais do que os salários.

  Construção Nominal:

   Essa transferência gradativa de renda da maioria da
  população para uma minoria rica deu-se em especial com as
  altas taxas de inflação sempre superiores aos aumentos
  salariais.”
                                    (Livro didático de Geografia)
Escrita científica
“It is no exaggeration to say that the grammatical
   metaphor is at the foundation of all scientific thought.
   You cannot construct a theory ........without exploiting
   the power of the grammar to create new, ‘virtual’
   phenomena by using metaphoric strategies of this
   kind”

“ Não é exagero dizer que a metáfora gramatical está na
  base de todo pensamento científico. Não podemos
  construir uma teoria.....sem explorar o poder da
  gramática de criar fenômenos novos e ‘virtuais’
  através do uso de estratégias desse tipo.”
                                     (Halliday, 2009: 118)
Escrita científica:
  Transformação metafórica

“.... transferência gradativa de renda da maioria
 da população para uma minoria rica...”

• Teorização
• Novo fenômeno criado



                  Pontifícia Universidade Católica do Rio de
                                   Janeiro
Metáfora Gramatical
•   Realização gramatical de significados:
    –     forma mais congruente (mais esperada)
    –     forma mais metafórica ( menos óbvia);

•   Relacionada à maneira como diferentes significados
    podem ser expressos:
    –   variação na expressão de um determinado significado;

•   Relacionada a transformações tanto lexicais como
    gramaticais;

•   Centrada na transformação de idéias mais concretas
    em mais abstratas.
Metáfora Gramatical e a fase escolar:
“.... Grammatical abstracness is the key for entering into
    literacy, and to primary educational knowledge, so
    grammatical metaphor is the key for entering into the
    next level, that of secondary education, and of knowledge
    that is discipline-based and technical.”

“....A abstração gramatical é a chave para a entrada no
    letramento, e para o conhecimento educacional
    fundamental; assim a metáfora gramatical é a chave
    para a entrada no próximo nível, que é o da educação
    secundária, e do conhecimento que se baseia em
    disciplinas distintas e é técnico”.
                                        • (Halliday, 2009)
Esquema de progressão do
desenvolvimento semiótico


Classificação Específico para o geral   De 1-2 anos
                                        (início da língua
                                        materna)




                                        (Halliday, 2009: 121)
Pontifícia Universidade Católica do Rio de
                 Janeiro
Esquema de progressão do
  desenvolvimento semiótico



Tecnização        Concreto para o abstrato*          De 4-5 anos
                                                     (início da escola
                                                     primária)




                                                   (Halliday, 2009: 121)

      * Significados sem um correlato perceptual
Esquema de progressão do
 desenvolvimento semiótico



Teorização   Congruente para metafórico De 9-13 anos
                                         (início da escola
                                         secundária)




                                  (Halliday, 2009: 121)
Esquema resumido de progressão
 do desenvolvimento semiótico

Classificação   Específico para o geral    De 1-2 anos
                                           (início da língua
                                           materna)

Tecnização      Concreto para o abstrato   De 4-5 anos
                                           (início da escola
                                           primária)

Teorização      Congruente para metafórico De 9-13 anos
                                           (início da escola
                                           secundária)
Metáfora Gramatical Ideaciona e
Nominalizações:


•   Metáfora Gramatical Ideacional é
    caracterizada    pelo  uso    de
    nominalizações     em lugar   de
    processos verbais.
Metáfora Gramatical e
 Nominalizações:
“It would be wrong, however, to equate grammatical
   metaphor with nominalization. Nominalization is
   predominant, in the sense that most metaphoric shift
   is shift into nominal group. But not all of it”.

 “ Seria errado, entretanto, equalizar metáfora
  gramatical e nominalização. A nominalização é
  predominante, na medida em que a maioria das
  mudanças metafóricas são transformações para grupos
  nominais. Mas não todas”.

                                      (Halliday, 2009: 127)
Nominalizações
• Processo expresso como ‘uma coisa’, podendo
  ter um modificador.
   “.... transferência gradativa de renda da maioria da
     população para uma minoria rica...”
• Se o processo é nominalizado, há também um
  efeito em outros elementos da oração.
• A nominalização faz com que o grupo nominal
  passe a ser mais complexo.
Apresentação: Parte II
•   Apresentação do projeto
•   Contexto de pesquisa
•   Objetivos da pesquisa
•   Análise dos dados
•   Implicações pedagógicas
O Projeto
Grupo de Pesquisa CNPq
Linguística sistêmico-funcional, linguística de corpus e
  análise do discurso
 (PUC-Rio, 2006).



 Edital Humanidades :
 Escrita e inclusão social: análise de corpus e a
  metáfora gramatical no ensino médio
(FAPERJ : Processo 112.269/2008)
Motivação

• Relatos de membros do grupo que atuam como
  docentes no Ensino Fundamental e Ensino Médio;

• Estudos sobre escrita, na perspectiva sistêmico-
  funcional, com ênfase na metáfora gramatical.
Objetivos do projeto:
• Analisar traços linguísticos que caracterizam a metáfora gramatical
   ideacional e calcular as frequências de uso de processos verbais e
   nominalizações.
 (Simon-Vandenbergen et al, 2003; Biber, 1988)

• Delinear um panorama do uso da metáfora gramatical por alunos do
  Ensino Médio da rede pública e particular do Rio de Janeiro e
  caracterizar a escrita desses alunos (aprox. 650 redações em seis
  escolas).

• Tornar evidentes e compartilhar as implicações pedagógicas da
  metáfora gramatical na compreensão e produção textual no Ensino
  Médio.
Objetivos do projeto:


• Sugerir metodologias baseadas em corpus que facilitem o ensino-
  aprendizagem da leitura e da produção textual em língua materna.

• Ampliar o corpus de português do Brasil através da compilação
  desses textos : CORPOBRAS PUC-Rio
  (Corpus Representativo do Português do Brasil)

• Analisar um corpus de aprendizes com o auxílio de ferramentas
  computacionais.
Contextos escolares:
Federal, Estadual e Privado
                        Zona Norte: Federal e
                        Estadual




                                                    Zona Sul: Privado



 Zona Oeste: Estadual
                                  Centro: Privado




                             Baixada Fluminense:
                             Privado
Instrumentos
• Instrumentos para coleta de dados em escolas
  públicas e particulares do Rio de Janeiro:

     • Questionário socio-educacional

     • Proposta de Redação
Questionário
 Objetivo:
      Perfil socio-educacional dos alunos
      Informações sobre hábitos de leitura e escrita


 Elaboração:
      Conteúdo
      Instruções
      Tamanho
      Acessibilidade


 Limitações:
      Interpretação
      Credibilidade
Questionário:
Variáveis socio-educacionais


 – Hábitos de leitura dos alunos

 – Hábitos de escrita dos alunos

 – Hábitos de leitura da família
Amostra de Participantes
       (N=119)
                48 Zona Norte
                71 Zona Oeste
Hábitos de leitura (alunos):
Hábitos de leitura (familiares)
Hábitos de escrita (alunos)




                63%: facilidade para escrever.
                37%: dificuldade para escrever.
Proposta da redação
 Objetivo:
 – Produção de texto argumentativo
 – Texto que pudesse ser proposto nas escolas

 Escolha do tema:
 – Adequado a todos os participantes (escola pública e particular)
 – Adequado à idade dos alunos
 – Relacionado à vida dos alunos

 Formatação:
 – Ilustração: gravura
 – Texto : manchetes de jornal
Proposta de Redação
Escreva um texto argumentativo, com cerca de 25 linhas, em que você apresente
o seu ponto de vista sobre a qualidade de vida na cidade do Rio de Janeiro. A
figura e as manchetes abaixo sugerem alguns aspectos que podem ser
abordados.


                                           Rio: a cidade mais feliz do mundo,
                                           segundo pesquisa internacional.

                                           Rio vai enfrentar enorme desafio
                                           para receber olimpíadas 2016.

                                           Vandalismo destrói história do rio e
                                           custa caro aos cofres da cidade.

                                           Operação choque de ordem atua
                                           no centro do Rio.
Interchange. CUP, 2005
Estado do Rio de Janeiro:
   Escolas Públicas e Particulares de Ensino Médio
                      651 textos
              Baixada Fluminense

             79 textos
                                      Zona Norte
                                         108 textos

Zona Sul

173 textos




                         Região metropolitana

                                           Zona Oeste
                  Centro                  202 textos
                  89 textos
Redação de aluno do 3º ano
do E.M. Escola Particular
Redação de aluno do 2º ano do E.M.
Escola Estadual da Rede Pública
Texto : 1º ANO

 “Se todos nós nos concientizarmos podemos fazer um Rio
 melhor por que ninguém gosta de ajudar a contruir mas quer
 ver construido, digo isso por mim que não gostava de ver as
 ruas cheias de lixo mas jogava o lixo no chão, estava errada,
 cada um de nós podemos fazer a diferença, e podemos fazer
 do Rio uma cidade exemplar.”
Procedimentos para
análise das redações:
 – Digitação, mantendo formatação e desvios da norma;

 – Busca por concordâncias:
    • Seleção de sufixos formadores de nominalizações;
    • Identificação e frequência das nominalizações;
    • Cálculo de médias de uso em cada série.
                              MonoConc Pro (Barlow, 1999)

 – Processamento automático pela ferramenta Unitex (Paumier, 2000)
   léxico, frequência e termos desconhecidos (no caso, erros);

 – Processamento automático pelo analisador   sintático PALAVRAS (Bick,
   2000).
Procedimentos para análise das
redações:


• Frequências normatizadas;
• Médias de uso de nominalizações;
• ‘Desempacotamento’        das     metáforas
  gramaticais não foi desenvolvido.
Exemplos de nominalizações:



     Sufixos
     •-cão/ssão Elaboração, transmissão,etc
     (ções/ssões)
     •-mento(s) conhecimento, desenvolvimento, etc.
     •-cia(s)    referência, resistência, etc.
     •-dor(es)   trabalhador, treinador, etc.
Resultados gerais

•   Compreensão inadequada do comando: pouca
    argumentação.

•   Alguns textos no gênero pergunta/resposta,
    dialogando com as manchetes.

•    Pouco aproveitamento da figura, embora os alunos
    tenham feito textos de opinião e tenham se
    posicionado sobre as manchetes.
Resultados gerais

Escrita oralizada:

–   problemas de pontuação
–   ortografia fonética
–   envolvimento (uso de adjetivos avaliativos)
–   períodos longos (justapostos com muita coordenação)
Nominalizações:
Uso nas redações
– Sufixo mais frequente: ção (ções):
    Tendência semelhante em outros gêneros:
      – Ex: artigos acadêmicos, teses, dissertações;
      – (Oliveira, 2010)


– Aumento de frequência do 1º para o 3º ano:
      – Sufixos específicos: ção/ções; mento/mentos
      (Castro, 2009)
Nominalizações: Problemas
 – Identificação: através de formas corretas e
   incorretas?
   Ex: “condissões”; “atiramento”


 – Graus variados de congruência e
   metaforização:
   Ex: “fazer saneamento básico”/ sanear
         “dar instrução”/ instruir
Nominalizações:Problemas
 – Necessidade de investigar os contextos de uso:
    • Ex: “trabalhador”

    •   ... dinheiro suado de um povo humilde e [[trabalhador]].
        fazer e criar coisas boas e no ... .

    • ..... que não são bandidos são pessoas [[trabalhadores]] que
      passam o dia inteiro trabalhando ...

    • ... solto nas ruas martando gente dereita e [[trabalhadores]]
      que lutar para ganha seu ganha pão ...
Discussão

 Necessidade de refletir sobre a relevância do uso da
   metáfora gramatical !!!!

 Deficiências na escrita podem prejudicar os estudos no
   contexto escolar e a integração na corrente social????

 O uso da metáfora gramatical nos textos de alunos de ensino
   médio é limitado????
Comparação com outros gêneros

Textos de alunos do 3º ano do Ensino Médio (N=92)

 Textos de alunos de universidades públicas e particulares (N=75)
(CORPOBRAS PUC-Rio)

Procedimentos de análise semelhantes
Texto de aluno de Ensino Médio


     Como será o Rio nas Olimpíadas 2.016

     Todos nós sabemos que para receber as Olimpíadas 2.016 o Rio de Janeiro vai passar por
     um processo longo e intenso de obras.

     Essas obras tem a finalidade de limpar nossos rios, lagoas e praias para as provas que
     neles serão realizadas; construir hotéis para receber e acomodar os turistas; melhorar o
     transporte para que as pessoas possam chegar nos locais em um tempo adequado;
     reformar estádios para receber os jogos e os torcedores com mais conforto; aumentar a
     segurança em nossa cidade para que todos possam caminhar sem o medo de ser assaltado
     ou de ser surpreendido por uma troca de tiros, e outras reformas mais.

     Porém será que a limpeza dos rios, lagoas e praias, o aumento da segurança e outras coisas
     mais não deveriam ser medidas tomadas a muito tempo, mesmo sem as Olimpíadas.
     Como será que vai ficar o Rio de Janeiro depois que passar as Olimpíadas. As melhorias
     serão conservadas pela população e pelo poder público, ou vai ser abandonada.

     A idéia de trazer as Olimpíadas 2.016 para o Rio de Janeiro é muito animadora. Mas
     temos que pensar nos pontos bons e tambem nos ruins.
                                                                                (191 palavras)
Texto de aluno vestibulando

     AS RELAÇÕES HUMANAS E A GLOBALIZAÇÃO

     A consolidação do sistema capitalista e a adoção da ideologia neoliberal proporcionaram além de profundas
     alterações sob a ótica econômica, modificações nas relações humanas. Diante disso, discute-se, atualmente, o
     desenvolvimento do sentimento de inveja do homem moderno, visto a valorização da competitividade e do
     individualismo.

     É importante salientar que a abertura de mercados num mundo globalizado é determinante para o acirramento do
     mercado de trabalho. Esse fato evidencia tanto a concorrência entre as empresas globais quanto a disputa entre
     indivíduos por emprego e participação no sistema econômico do país.

     Outro fator relevante que incita o surgimento da inveja na sociedade atual consiste na propagação do consumismo
     como base de sustentação da ideologia capitalista. É fundamental e preocupante considerar, ainda, a grave
     desigualdade na distribuição de renda existente no país como entrave às efetivas transformações sociais.

      Nota-se, dessa forma, a necessidade de combater as disparidades sociais e a subordinação do bem coletivo em
     relação aos interesses econômicos, a fim de garantir a inclusão social e o resgate da cidadania. Para tanto, o respeito
     aos valores morais e éticos, bem como o desenvolvimento de programas voluntários de solidariedade se fazem
     essenciais.

     Fica claro, portanto, que a globalização econômica e a padronização de costumes na sociedade atual confundem a
     busca por qualidade devida com o conceito de inveja, o que contribui para formar uma geração alienada politicamente
     e à problemática social brasileira.
                                                                                                             (229 words)
Escolas de Ensino Médio:
   Médias de Nominalizações

                 -cia        -cias      -ção      -ções          -dor   -dores     -ssão      -ssões     -mento -mentos


                 0,12        0,06       1,41       0,29      0,00       0,12       0,06        0,00        0,35        0,18
Escola 1


                 0,71        0,07       1,96       0,50      0,04       0,32       0,07        0,00        0,68        0,18
Escola 2


                 0,23        0,09       1,77       0,34      0,06       0,34       0,04        0,00        0,81        0,09
Escola 3
                                                                           Escola 1 (Estadual) : 17 textos/ 2.776 palavras
           Frequência dos grupos normatizada para 500 palavras
                                                                           Escola 2 (Federal) : 28 textos / 6.045 palavras
                                                                           Escola 3 (Estadual) : 47 textos / 9.716 palavras
Comparação das médias:
          Escolas vs Universidades

                  -cia   -cias     -ção       -ções     -dor     -dores      -ssão    -ssões     -mento         -mentos




Universidades    0,47    0,13      3,55       1,44      0,07       0,13      0,12      0,41
                                                                                                   1,09          0,36



                                                                   0,24
Escolas          0,29    0,06      1,42       0,31      0,04                 0,04      0,00        0,55          0,11



           Frequência dos grupos normatizada para 500 palavras

                                                                 Universidades : 75 textos / 16. 627 palavras
                                                                 Escolas :        92textos / 18.537 palavras
Metáfora gramatical no discurso
acadêmico
Estudos da metáfora gramatical em gêneros do discurso acadêmico em
português, através do uso de nominalizações:

      Artigos acadêmicos de nutrição e linguística
     (Valério, Brito e Oliveira, 2007; Oliveira, 2006);


       Teses e dissertações de literatura e lingüística
     (Oliveira 2010)
Artigos acadêmicos de nutrição e
 linguística

• Textos: 12 amostras (aprox. 1.000 palavras
  cada) , de 4 sessões: introdução, método,
  resultados, discussão (12.000 palavras;
• Frequências normatizadas para 1000 palavras;
• Médias calculadas para cada área;
• Comparação de médias para identificar a
   variação nas áreas.
Comparação de Nominalizações

         70
         65
                                        64,34
         60
         55
Médias




                     54,5
         50
         45
         40
         35
         30
              Nutrition Portuguese   Linguistics
                                     Portuguese
Teses e dissertações de literatura e
lingüística


Sufixo
Área          ção     ções    ssão   ssões   mento   mentos    cia      cias      dor        dores



Linguística   25,19    7,13   1,23   0,20    7,11     2,44    4,13      0,58      1,14       0,69



Literatura    14,51    4,48   1,22   0,08    5,10     1,65    3,82      0,67      1,78       0,75




                                               Frequências normatizadas para 1000 palavras
Tese de lingüística: Introducão
  •   A (in)disciplina na escola tem sido tema de inúmeras discussões entre aqueles
      que atuam na área educacional, e é considerada por muitos educadores como a
      grande praga do final do século XX (Pedro-Silva, 2004). A questão que se
      apresenta para nós, educadores, é que as escolas vivem, em nossos dias,
      impasses, gerados por uma grave crise de paradigmas, nunca antes vividos
      (Arroyo, 2004). Até a década de 70, o professor tinha clareza quanto ao papel que
      ele deveria desempenhar, o de transmitir as informações cujo teor versava sobre
      os conhecimentos produzidos ao longo da história da humanidade (Pedro-Silva,
      2004). Além disso, havia a valorização social da escola como instrumento de
      ascensão social, apoio incondicional da família, e a clientela que a freqüentava
      tinha maior afinidade com o tipo de saber que era ali veiculado (Vasconcellos,
      2003; Donatelli, 2007).

  •   Entretanto, nos dias atuais, passamos de situações em que professores e alunos
      sabiam, de forma bastante firme e contundente, o que deveria ser feito sem que
      isso fosse dito explicitamente, para situações ambíguas, incertas, de
      desconfiança e descontentamento, nas quais o professor e também os alunos
      devem construir novos papéis e novas interações (Vasconcellos, 2003; Blin e
      Deulofen, 2005; Menezes, 2008). Hoje em dia, há uma grande dúvida sobre o que
      enfatizar na escola: razão, cognição, ciência, sentimento, paixão ou prazer?
      Dever, obrigatoriedade, hábito, gosto, escolha ou fruição? O currículo deve
      centrar seu eixo no conteúdo ou na forma? No conteúdo ou no método? No
      produto ou no processo? (Kramer, 2001
Dissertação de Literatura:
Introdução
•   No livro A cultura do plural, publicado em 1993[1], o historiador e antropólogo
    Michel de Certeau inicia a segunda parte da obra, intitulada “Novos
    marginalismos”, com o seguinte depoimento: .......
•   Passados mais de dez anos da publicação do texto de Certeau, creio que os
    embates das duas tendências contrárias referidas pelo autor ainda persistem nas
    instituições acadêmicas espalhadas pelo mundo. Talvez não com a mesma
    intensidade de uma década atrás, mas os ecos deste conflito ainda podem ser
    ouvidos em vários lugares com mais ou menos vigor. Não me deterei aqui neste
    embate em si. Preocupa-me muito mais uma postura ativa (no sentido
    nietzscheano da palavra) diante dele. Para mim, é muito mais interessante
    destacar o motivo pelo qual ele vem sendo amenizado. E a razão do conflito ter se
    tornado mais brando já está explicitado no depoimento acima: a massificação do
    recrutamento de novos acadêmicos. Ou melhor, a crescente massificação deste
    recrutamento. Se no começo dos anos 1990 tal fato já seria suficiente para
    problematizar o modelo do ensino universitário, nos dias que correm ele sacode as
    estruturas do ensino superior com uma força ainda maior. Creio que um bom
    número de universidades vem se esforçando para responder às novas demandas
    de seus novos recrutados. E isso mesmo em países onde o acesso às universidades
    não se dá de forma efetivamente democrática, como no caso do Brasil.
Implicações:
Metáfora Gramatical e Inclusão Social
• Alunos de ensino médio, de algumas escolas, parecem produzir
  textos que estão em desacordo com a progressão semiótica
  esperada para esta fase escolar:
   – Na escola devem compreender e produzir diferentes gêneros
     discursivos em diferentes áreas que requerem o nível de
     teorização (escola secundária), caracterizado pelo uso da
     linguagem mais metafórica.
   – Na escola os alunos produzem textos que apresentam
     características que os colocam no nível de tecnização (escola
     primária).
   – O desencontro entre a compreensão e a produçãotextual na
     escola pode contribuir para a evasão escolar????
Implicações:
Metáfora Gramatical e o ensino
• Necessidade de estimular a reflexão sobre a
  importância da metáfora gramatical:

  – Na escrita escolar e acadêmica;
  – Nos gêneros que compõem a nossa cultura ;
  – Na formação e prática de professores de língua
    portuguesa e de outras disciplinas;

• Incentivar o uso da metáfora gramatical nos textos
  escolares e acadêmicos como contribuição para o
  aprendizado e para o desenvolvimento social dos
  aprendizes.
Trabalhos futuros
• Continuação da análise do corpus de aprendizes;
• Comparação entre grupos de escolas e séries em
  relação ao uso da metáfora gramatical;
• Análise de outras realizações da metáfora gramatical;
• Relatórios a serem distribuidos nas escolas;
• Envento com alunos e professores;
• Lançamento de site (interativo);
• Elaboração de material didático: escrita e metáfora
  gramatical.
Equipe do Projeto
•   Coodenadora:
•   Lúcia Pacheco de Oliveira (PUC-Rio)
•   Pesquisadora Associada e Vice-Coordenadora:
•   Violeta de San Tiago Dantas Quental (PUC-Rio)

•   Pesquisadoras Associadas:
•   Magda Bahia Schlee (UERJ, Colégio São Bento)
•   Maria Cristina Guimarães Góes Monteiro (PUC-Rio; Colégio Cruzeiro)
•   Maria de Fátima Duarte Henrique dos Santos (PUC-Rio; FGV)
•   Adriana Nogueira Nóbrega (PUC-Rio )

•   Colaboradores:
•   Ana Elisa Pione Besserman Vianna (Graduanda PUC-Rio; Bolsista PIBIC/CNPq)
•   Doris de Almeida Soares (Doutoranda: PUC-Rio; Escola Naval; Universidade Castelo Branco)
•   Gabriela de Oliveira Marques (Doutoranda: Justus-Liebig Universität Giessen CAPES & DAAD)
•   Juliana da Fonseca Hermes Velloso (Doutoranda: PUC-Rio, Colégio Pedro II)
•   Lívia Maria Aires de Castro (Doutoranda: PUC-Rio; Colégios Estaduais Paulo de Fontin e Madre Teresa
    de Calcutá)
•   Marcia Assis (Mestranda: PUC-Rio; Colégio Pedro II)
•   Márcia Olivé Novellino (Doutoranda: PUC-Rio)
•   Maria de Oliveira Mendes Ramos (Mestre, PUC-Rio; Centro de Atenção Integral à Criança Euclides da
    Cunha)
•   Rubiane Guilherme Valério (Mestranda : PUC-Rio;)
•   Vander Paula Viana (Doutorando: Queen’s University Belfast)
•   Vera Lúcia Carvalho Grade Selvatici (Doutora PUC-Rio)
Referências

Barlow, M.. MonoConc Pro, Athelstan: Houston,1999.

BIBER, D. Variation Across Speech and Writing. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.

BICK, E. The Parsing System "Palavras": Automatic Grammatical Analysis of Portuguese in a Constraint Grammar Framework. Dr.phil. thesis. Aarhus University Press. 2000.

CASTRO, L. A. (Escrita e letramento no Ensino Médio: Uma abordagem sistêmico-funcional e de Lingüística Aplicada. Dissertação de estrado, Departamento de Letras. Rio de
     Janeiro: PUC-Rio. 2009.

CHRISTIE, F. Developmental progress in learning English in secondary schooling. Trabalho apresentado no 33rd International Systemic Functional Congress: SFL and
      interdisciplinary dialogue: Politics, education and business. PUC/SP: São Paulo, 2006.

HALLIDAY, M.A.K. An Introduction to Functional Grammar. 2nd edn. London. Edward Arnold, 1994.

HEYVAERT, L. Nominalization as Grammatical Metaphor: on the need for a radically systemic and metafunctional approach. In: Simon-Vandenbergen, A-M;Taverniers, M. &
     Ravelli, L. Grammatical Metaphor: views from systemic functional linguistics. Amsterdam: John Benjamins, 2003.

MARTIN, J. R. Genre and Literacy – modeling context in educational linguistics. Annual Review of Applied Linguistics, 13, 141-172. 1993.

MAZIERO, E.G.; Pardo, T.A.S.; Aluísio, S. M. Ferramenta de Análise Automática de Inteligibilidade de Córpus (AIC). Série de Relatórios NILC. NILC-TR-08-08, Julho ,2008.

OLIVEIRA, L. P. Grammatical metaphors in academic texts: Cross-linguistic and cross-disciplinary contrasts. 33rd International Systemic Functional Congress: SFL and
      interdisciplinary dialogue: Politics, education and business. PUC/SP, São Paulo, 2006.

OLIVEIRA, L.P E VALÉRIO, R. A metáfora gramatical na construção discursiva de gêneros do contexto pedagógico. X Forum de Estudos Linguísticos, Rio de janeiro, UERJ.
      Publicação on-line (aceito).


PAUMIER, S. Nouvelles méthodes pour la recherche d'expressions dans de grands corpus. In Revue Informatique et Statistiques dans les sciences humaines 36 n        °   1-4, 2000,
    p. 289-295.

SIMON-VANDENBERGEN, A-M; TAVERNIERS,M. & RAVELLI, L. Grammatical Metaphor: views from systemic functional linguistics. Amsterdam: John Benjamins, 2003.

VALÉRIO, R. G., BRITO, M. G. & OLIVEIRA, L.P CORPOBRAS PUC-Rio: Um corpus do Português do Brasil e análise do discurso acadêmico. Caderno de Resumos do VII Encontro
     da Ciência Empírica de Letras. Rio de Janeiro: UFRJ, p.85. 2007.
Obrigada!

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Metáfora gramatical na escrita de aprendizes

  • 1. I SELP UERJ Junho 2011 Escrita e Metáfora Gramatical Lúcia Pacheco de Oliveira PUC-Rio
  • 2. Apresentação: Parte I • Escrita • Metáfora gramatical • Metáfora gramatical na escrita de aprendizes
  • 3. Apresentação: Parte II • Projeto: Escrita no Ensino Médio • Contexto de pesquisa • Objetivos da pesquisa • Análise de dados • Outros estudos • Implicações pedagógicas
  • 4. Contextualização • Na escola os alunos defrontam-se com uma língua que, para eles, não é a sua, ou seja, vêm a língua portuguesa, especialmente em sua modalidade escrita, como uma outra língua, a qual não dominam. • Esse confronto pode dificultar o aprendizado da língua materna e de outras disciplinas e, conseqüentemente, comprometer o sucesso da construção de conhecimento no contexto escolar. • Fronteira entre o ensino fundamental e o ensino médio caracterizada pelo desenvolvimento e domínio da metáfora gramatical: ‘rito de passagem’ (Christie, 2006). • Vários gêneros do contexto escolar caracterizam-se por serem textos mais metafóricos ( Martin, 1993).
  • 5. Escrita: • Um dos problemas para a produção de textos por alunos do Ensino Médio pode ser a falta de domínio da metáfora gramatical. (Martin, 1993; Christie, 2006; Oliveira, 2006) • A dificuldade de produzir / entender textos em diferentes disciplinas pode estar associada à falta de domínio da metáfora gramatical, ou seja, construções que resultem de transformações de idéias mais concretas em mais abstratas, i.e, nominalizações em lugar de processos verbais. (Halliday, 1994; Heyvaert, 2003).
  • 6. Metáfora Gramatical (Livro didático de Geografia)
  • 7. Metáfora Gramatical “Essa transferência gradativa de renda da maioria da população para uma minoria rica deu-se em especial com as altas taxas de inflação sempre superiores aos aumentos salariais.” (Livro didático de Geografia)
  • 8. “Desempacotando” a metáfora gramatical: “Essa transferência gradativa de renda da maioria da população para uma minoria rica deu-se em especial com as altas taxas de inflação sempre superiores aos aumentos salariais.” (Livro didático de Geografia) • A renda da maioria da população transferiu-se para a minoria rica o que aconteceu aos poucos por causa das altas taxas de inflação que sempre aumentaram mais do que os salários.
  • 9. Metáfora Gramatical “The process of metaphor is one of reconstruing the patterns of realization in a language – particularly at the interface between the grammar and the semantics. A meaning that was originally construed by one kind of wording comes instead to be construed by another.” “O processo da metáfora envolve a reconstrução dos padrões de realização na linguagem – especialmente na interface entre a gramática e a semântica. Um significado que originalmente foi construído por um tipo de fraseado passa a ser construído por outro.” (Halliday, 2009:117)
  • 10. Transformações metafóricas Semântica do Discurso Qualidade Relação Adjetivo Lógica Participante Léxico- Substantivo Gramática Processo Verbo Conjunção Fonologia Grafologia Adaptado de Martin, 1993
  • 11. Escrita científica “ All human adults and all human languages possess this ability to shift from the clausal to the nominal construal of experience, but this inherent potential in the grammar....is most characteristic of scientific discourse and the need to construct technical taxonomies and sequential argument” “ Todos os seres humanos adultos e todas as línguas possuem esta habilidade de mudar da construção da experiência de maneira mais oracional para a nominal, mas este potencial inerente à gramática .... é mais característico do discurso científico e a necessidade de construir taxonomias técnicas e argumentos sequenciais” (Halliday, 2009: 116)
  • 12. Formas conguentes e metafóricas Construção Oracional: A renda da maioria da população transferiu-se para a minoria rica o que aconteceu aos poucos por causa das altas taxas de inflação que sempre aumentaram mais do que os salários. Construção Nominal: Essa transferência gradativa de renda da maioria da população para uma minoria rica deu-se em especial com as altas taxas de inflação sempre superiores aos aumentos salariais.” (Livro didático de Geografia)
  • 13. Escrita científica “It is no exaggeration to say that the grammatical metaphor is at the foundation of all scientific thought. You cannot construct a theory ........without exploiting the power of the grammar to create new, ‘virtual’ phenomena by using metaphoric strategies of this kind” “ Não é exagero dizer que a metáfora gramatical está na base de todo pensamento científico. Não podemos construir uma teoria.....sem explorar o poder da gramática de criar fenômenos novos e ‘virtuais’ através do uso de estratégias desse tipo.” (Halliday, 2009: 118)
  • 14. Escrita científica: Transformação metafórica “.... transferência gradativa de renda da maioria da população para uma minoria rica...” • Teorização • Novo fenômeno criado Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
  • 15. Metáfora Gramatical • Realização gramatical de significados: – forma mais congruente (mais esperada) – forma mais metafórica ( menos óbvia); • Relacionada à maneira como diferentes significados podem ser expressos: – variação na expressão de um determinado significado; • Relacionada a transformações tanto lexicais como gramaticais; • Centrada na transformação de idéias mais concretas em mais abstratas.
  • 16. Metáfora Gramatical e a fase escolar: “.... Grammatical abstracness is the key for entering into literacy, and to primary educational knowledge, so grammatical metaphor is the key for entering into the next level, that of secondary education, and of knowledge that is discipline-based and technical.” “....A abstração gramatical é a chave para a entrada no letramento, e para o conhecimento educacional fundamental; assim a metáfora gramatical é a chave para a entrada no próximo nível, que é o da educação secundária, e do conhecimento que se baseia em disciplinas distintas e é técnico”. • (Halliday, 2009)
  • 17. Esquema de progressão do desenvolvimento semiótico Classificação Específico para o geral De 1-2 anos (início da língua materna) (Halliday, 2009: 121)
  • 19. Esquema de progressão do desenvolvimento semiótico Tecnização Concreto para o abstrato* De 4-5 anos (início da escola primária) (Halliday, 2009: 121) * Significados sem um correlato perceptual
  • 20.
  • 21. Esquema de progressão do desenvolvimento semiótico Teorização Congruente para metafórico De 9-13 anos (início da escola secundária) (Halliday, 2009: 121)
  • 22.
  • 23. Esquema resumido de progressão do desenvolvimento semiótico Classificação Específico para o geral De 1-2 anos (início da língua materna) Tecnização Concreto para o abstrato De 4-5 anos (início da escola primária) Teorização Congruente para metafórico De 9-13 anos (início da escola secundária)
  • 24. Metáfora Gramatical Ideaciona e Nominalizações: • Metáfora Gramatical Ideacional é caracterizada pelo uso de nominalizações em lugar de processos verbais.
  • 25. Metáfora Gramatical e Nominalizações: “It would be wrong, however, to equate grammatical metaphor with nominalization. Nominalization is predominant, in the sense that most metaphoric shift is shift into nominal group. But not all of it”. “ Seria errado, entretanto, equalizar metáfora gramatical e nominalização. A nominalização é predominante, na medida em que a maioria das mudanças metafóricas são transformações para grupos nominais. Mas não todas”. (Halliday, 2009: 127)
  • 26. Nominalizações • Processo expresso como ‘uma coisa’, podendo ter um modificador. “.... transferência gradativa de renda da maioria da população para uma minoria rica...” • Se o processo é nominalizado, há também um efeito em outros elementos da oração. • A nominalização faz com que o grupo nominal passe a ser mais complexo.
  • 27. Apresentação: Parte II • Apresentação do projeto • Contexto de pesquisa • Objetivos da pesquisa • Análise dos dados • Implicações pedagógicas
  • 28. O Projeto Grupo de Pesquisa CNPq Linguística sistêmico-funcional, linguística de corpus e análise do discurso (PUC-Rio, 2006). Edital Humanidades : Escrita e inclusão social: análise de corpus e a metáfora gramatical no ensino médio (FAPERJ : Processo 112.269/2008)
  • 29. Motivação • Relatos de membros do grupo que atuam como docentes no Ensino Fundamental e Ensino Médio; • Estudos sobre escrita, na perspectiva sistêmico- funcional, com ênfase na metáfora gramatical.
  • 30. Objetivos do projeto: • Analisar traços linguísticos que caracterizam a metáfora gramatical ideacional e calcular as frequências de uso de processos verbais e nominalizações. (Simon-Vandenbergen et al, 2003; Biber, 1988) • Delinear um panorama do uso da metáfora gramatical por alunos do Ensino Médio da rede pública e particular do Rio de Janeiro e caracterizar a escrita desses alunos (aprox. 650 redações em seis escolas). • Tornar evidentes e compartilhar as implicações pedagógicas da metáfora gramatical na compreensão e produção textual no Ensino Médio.
  • 31. Objetivos do projeto: • Sugerir metodologias baseadas em corpus que facilitem o ensino- aprendizagem da leitura e da produção textual em língua materna. • Ampliar o corpus de português do Brasil através da compilação desses textos : CORPOBRAS PUC-Rio (Corpus Representativo do Português do Brasil) • Analisar um corpus de aprendizes com o auxílio de ferramentas computacionais.
  • 32. Contextos escolares: Federal, Estadual e Privado Zona Norte: Federal e Estadual Zona Sul: Privado Zona Oeste: Estadual Centro: Privado Baixada Fluminense: Privado
  • 33. Instrumentos • Instrumentos para coleta de dados em escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro: • Questionário socio-educacional • Proposta de Redação
  • 34. Questionário Objetivo: Perfil socio-educacional dos alunos Informações sobre hábitos de leitura e escrita Elaboração: Conteúdo Instruções Tamanho Acessibilidade Limitações: Interpretação Credibilidade
  • 35. Questionário: Variáveis socio-educacionais – Hábitos de leitura dos alunos – Hábitos de escrita dos alunos – Hábitos de leitura da família
  • 36. Amostra de Participantes (N=119) 48 Zona Norte 71 Zona Oeste
  • 37. Hábitos de leitura (alunos):
  • 38. Hábitos de leitura (familiares)
  • 39. Hábitos de escrita (alunos) 63%: facilidade para escrever. 37%: dificuldade para escrever.
  • 40. Proposta da redação Objetivo: – Produção de texto argumentativo – Texto que pudesse ser proposto nas escolas Escolha do tema: – Adequado a todos os participantes (escola pública e particular) – Adequado à idade dos alunos – Relacionado à vida dos alunos Formatação: – Ilustração: gravura – Texto : manchetes de jornal
  • 41. Proposta de Redação Escreva um texto argumentativo, com cerca de 25 linhas, em que você apresente o seu ponto de vista sobre a qualidade de vida na cidade do Rio de Janeiro. A figura e as manchetes abaixo sugerem alguns aspectos que podem ser abordados. Rio: a cidade mais feliz do mundo, segundo pesquisa internacional. Rio vai enfrentar enorme desafio para receber olimpíadas 2016. Vandalismo destrói história do rio e custa caro aos cofres da cidade. Operação choque de ordem atua no centro do Rio. Interchange. CUP, 2005
  • 42. Estado do Rio de Janeiro: Escolas Públicas e Particulares de Ensino Médio 651 textos Baixada Fluminense 79 textos Zona Norte 108 textos Zona Sul 173 textos Região metropolitana Zona Oeste Centro 202 textos 89 textos
  • 43. Redação de aluno do 3º ano do E.M. Escola Particular
  • 44. Redação de aluno do 2º ano do E.M. Escola Estadual da Rede Pública
  • 45. Texto : 1º ANO “Se todos nós nos concientizarmos podemos fazer um Rio melhor por que ninguém gosta de ajudar a contruir mas quer ver construido, digo isso por mim que não gostava de ver as ruas cheias de lixo mas jogava o lixo no chão, estava errada, cada um de nós podemos fazer a diferença, e podemos fazer do Rio uma cidade exemplar.”
  • 46. Procedimentos para análise das redações: – Digitação, mantendo formatação e desvios da norma; – Busca por concordâncias: • Seleção de sufixos formadores de nominalizações; • Identificação e frequência das nominalizações; • Cálculo de médias de uso em cada série. MonoConc Pro (Barlow, 1999) – Processamento automático pela ferramenta Unitex (Paumier, 2000) léxico, frequência e termos desconhecidos (no caso, erros); – Processamento automático pelo analisador sintático PALAVRAS (Bick, 2000).
  • 47. Procedimentos para análise das redações: • Frequências normatizadas; • Médias de uso de nominalizações; • ‘Desempacotamento’ das metáforas gramaticais não foi desenvolvido.
  • 48. Exemplos de nominalizações: Sufixos •-cão/ssão Elaboração, transmissão,etc (ções/ssões) •-mento(s) conhecimento, desenvolvimento, etc. •-cia(s) referência, resistência, etc. •-dor(es) trabalhador, treinador, etc.
  • 49. Resultados gerais • Compreensão inadequada do comando: pouca argumentação. • Alguns textos no gênero pergunta/resposta, dialogando com as manchetes. • Pouco aproveitamento da figura, embora os alunos tenham feito textos de opinião e tenham se posicionado sobre as manchetes.
  • 50. Resultados gerais Escrita oralizada: – problemas de pontuação – ortografia fonética – envolvimento (uso de adjetivos avaliativos) – períodos longos (justapostos com muita coordenação)
  • 51. Nominalizações: Uso nas redações – Sufixo mais frequente: ção (ções): Tendência semelhante em outros gêneros: – Ex: artigos acadêmicos, teses, dissertações; – (Oliveira, 2010) – Aumento de frequência do 1º para o 3º ano: – Sufixos específicos: ção/ções; mento/mentos (Castro, 2009)
  • 52. Nominalizações: Problemas – Identificação: através de formas corretas e incorretas? Ex: “condissões”; “atiramento” – Graus variados de congruência e metaforização: Ex: “fazer saneamento básico”/ sanear “dar instrução”/ instruir
  • 53. Nominalizações:Problemas – Necessidade de investigar os contextos de uso: • Ex: “trabalhador” • ... dinheiro suado de um povo humilde e [[trabalhador]]. fazer e criar coisas boas e no ... . • ..... que não são bandidos são pessoas [[trabalhadores]] que passam o dia inteiro trabalhando ... • ... solto nas ruas martando gente dereita e [[trabalhadores]] que lutar para ganha seu ganha pão ...
  • 54. Discussão Necessidade de refletir sobre a relevância do uso da metáfora gramatical !!!! Deficiências na escrita podem prejudicar os estudos no contexto escolar e a integração na corrente social???? O uso da metáfora gramatical nos textos de alunos de ensino médio é limitado????
  • 55. Comparação com outros gêneros Textos de alunos do 3º ano do Ensino Médio (N=92) Textos de alunos de universidades públicas e particulares (N=75) (CORPOBRAS PUC-Rio) Procedimentos de análise semelhantes
  • 56. Texto de aluno de Ensino Médio Como será o Rio nas Olimpíadas 2.016 Todos nós sabemos que para receber as Olimpíadas 2.016 o Rio de Janeiro vai passar por um processo longo e intenso de obras. Essas obras tem a finalidade de limpar nossos rios, lagoas e praias para as provas que neles serão realizadas; construir hotéis para receber e acomodar os turistas; melhorar o transporte para que as pessoas possam chegar nos locais em um tempo adequado; reformar estádios para receber os jogos e os torcedores com mais conforto; aumentar a segurança em nossa cidade para que todos possam caminhar sem o medo de ser assaltado ou de ser surpreendido por uma troca de tiros, e outras reformas mais. Porém será que a limpeza dos rios, lagoas e praias, o aumento da segurança e outras coisas mais não deveriam ser medidas tomadas a muito tempo, mesmo sem as Olimpíadas. Como será que vai ficar o Rio de Janeiro depois que passar as Olimpíadas. As melhorias serão conservadas pela população e pelo poder público, ou vai ser abandonada. A idéia de trazer as Olimpíadas 2.016 para o Rio de Janeiro é muito animadora. Mas temos que pensar nos pontos bons e tambem nos ruins. (191 palavras)
  • 57. Texto de aluno vestibulando AS RELAÇÕES HUMANAS E A GLOBALIZAÇÃO A consolidação do sistema capitalista e a adoção da ideologia neoliberal proporcionaram além de profundas alterações sob a ótica econômica, modificações nas relações humanas. Diante disso, discute-se, atualmente, o desenvolvimento do sentimento de inveja do homem moderno, visto a valorização da competitividade e do individualismo. É importante salientar que a abertura de mercados num mundo globalizado é determinante para o acirramento do mercado de trabalho. Esse fato evidencia tanto a concorrência entre as empresas globais quanto a disputa entre indivíduos por emprego e participação no sistema econômico do país. Outro fator relevante que incita o surgimento da inveja na sociedade atual consiste na propagação do consumismo como base de sustentação da ideologia capitalista. É fundamental e preocupante considerar, ainda, a grave desigualdade na distribuição de renda existente no país como entrave às efetivas transformações sociais. Nota-se, dessa forma, a necessidade de combater as disparidades sociais e a subordinação do bem coletivo em relação aos interesses econômicos, a fim de garantir a inclusão social e o resgate da cidadania. Para tanto, o respeito aos valores morais e éticos, bem como o desenvolvimento de programas voluntários de solidariedade se fazem essenciais. Fica claro, portanto, que a globalização econômica e a padronização de costumes na sociedade atual confundem a busca por qualidade devida com o conceito de inveja, o que contribui para formar uma geração alienada politicamente e à problemática social brasileira. (229 words)
  • 58. Escolas de Ensino Médio: Médias de Nominalizações -cia -cias -ção -ções -dor -dores -ssão -ssões -mento -mentos 0,12 0,06 1,41 0,29 0,00 0,12 0,06 0,00 0,35 0,18 Escola 1 0,71 0,07 1,96 0,50 0,04 0,32 0,07 0,00 0,68 0,18 Escola 2 0,23 0,09 1,77 0,34 0,06 0,34 0,04 0,00 0,81 0,09 Escola 3 Escola 1 (Estadual) : 17 textos/ 2.776 palavras Frequência dos grupos normatizada para 500 palavras Escola 2 (Federal) : 28 textos / 6.045 palavras Escola 3 (Estadual) : 47 textos / 9.716 palavras
  • 59. Comparação das médias: Escolas vs Universidades -cia -cias -ção -ções -dor -dores -ssão -ssões -mento -mentos Universidades 0,47 0,13 3,55 1,44 0,07 0,13 0,12 0,41 1,09 0,36 0,24 Escolas 0,29 0,06 1,42 0,31 0,04 0,04 0,00 0,55 0,11 Frequência dos grupos normatizada para 500 palavras Universidades : 75 textos / 16. 627 palavras Escolas : 92textos / 18.537 palavras
  • 60. Metáfora gramatical no discurso acadêmico Estudos da metáfora gramatical em gêneros do discurso acadêmico em português, através do uso de nominalizações: Artigos acadêmicos de nutrição e linguística (Valério, Brito e Oliveira, 2007; Oliveira, 2006); Teses e dissertações de literatura e lingüística (Oliveira 2010)
  • 61. Artigos acadêmicos de nutrição e linguística • Textos: 12 amostras (aprox. 1.000 palavras cada) , de 4 sessões: introdução, método, resultados, discussão (12.000 palavras; • Frequências normatizadas para 1000 palavras; • Médias calculadas para cada área; • Comparação de médias para identificar a variação nas áreas.
  • 62. Comparação de Nominalizações 70 65 64,34 60 55 Médias 54,5 50 45 40 35 30 Nutrition Portuguese Linguistics Portuguese
  • 63. Teses e dissertações de literatura e lingüística Sufixo Área ção ções ssão ssões mento mentos cia cias dor dores Linguística 25,19 7,13 1,23 0,20 7,11 2,44 4,13 0,58 1,14 0,69 Literatura 14,51 4,48 1,22 0,08 5,10 1,65 3,82 0,67 1,78 0,75 Frequências normatizadas para 1000 palavras
  • 64. Tese de lingüística: Introducão • A (in)disciplina na escola tem sido tema de inúmeras discussões entre aqueles que atuam na área educacional, e é considerada por muitos educadores como a grande praga do final do século XX (Pedro-Silva, 2004). A questão que se apresenta para nós, educadores, é que as escolas vivem, em nossos dias, impasses, gerados por uma grave crise de paradigmas, nunca antes vividos (Arroyo, 2004). Até a década de 70, o professor tinha clareza quanto ao papel que ele deveria desempenhar, o de transmitir as informações cujo teor versava sobre os conhecimentos produzidos ao longo da história da humanidade (Pedro-Silva, 2004). Além disso, havia a valorização social da escola como instrumento de ascensão social, apoio incondicional da família, e a clientela que a freqüentava tinha maior afinidade com o tipo de saber que era ali veiculado (Vasconcellos, 2003; Donatelli, 2007). • Entretanto, nos dias atuais, passamos de situações em que professores e alunos sabiam, de forma bastante firme e contundente, o que deveria ser feito sem que isso fosse dito explicitamente, para situações ambíguas, incertas, de desconfiança e descontentamento, nas quais o professor e também os alunos devem construir novos papéis e novas interações (Vasconcellos, 2003; Blin e Deulofen, 2005; Menezes, 2008). Hoje em dia, há uma grande dúvida sobre o que enfatizar na escola: razão, cognição, ciência, sentimento, paixão ou prazer? Dever, obrigatoriedade, hábito, gosto, escolha ou fruição? O currículo deve centrar seu eixo no conteúdo ou na forma? No conteúdo ou no método? No produto ou no processo? (Kramer, 2001
  • 65. Dissertação de Literatura: Introdução • No livro A cultura do plural, publicado em 1993[1], o historiador e antropólogo Michel de Certeau inicia a segunda parte da obra, intitulada “Novos marginalismos”, com o seguinte depoimento: ....... • Passados mais de dez anos da publicação do texto de Certeau, creio que os embates das duas tendências contrárias referidas pelo autor ainda persistem nas instituições acadêmicas espalhadas pelo mundo. Talvez não com a mesma intensidade de uma década atrás, mas os ecos deste conflito ainda podem ser ouvidos em vários lugares com mais ou menos vigor. Não me deterei aqui neste embate em si. Preocupa-me muito mais uma postura ativa (no sentido nietzscheano da palavra) diante dele. Para mim, é muito mais interessante destacar o motivo pelo qual ele vem sendo amenizado. E a razão do conflito ter se tornado mais brando já está explicitado no depoimento acima: a massificação do recrutamento de novos acadêmicos. Ou melhor, a crescente massificação deste recrutamento. Se no começo dos anos 1990 tal fato já seria suficiente para problematizar o modelo do ensino universitário, nos dias que correm ele sacode as estruturas do ensino superior com uma força ainda maior. Creio que um bom número de universidades vem se esforçando para responder às novas demandas de seus novos recrutados. E isso mesmo em países onde o acesso às universidades não se dá de forma efetivamente democrática, como no caso do Brasil.
  • 66. Implicações: Metáfora Gramatical e Inclusão Social • Alunos de ensino médio, de algumas escolas, parecem produzir textos que estão em desacordo com a progressão semiótica esperada para esta fase escolar: – Na escola devem compreender e produzir diferentes gêneros discursivos em diferentes áreas que requerem o nível de teorização (escola secundária), caracterizado pelo uso da linguagem mais metafórica. – Na escola os alunos produzem textos que apresentam características que os colocam no nível de tecnização (escola primária). – O desencontro entre a compreensão e a produçãotextual na escola pode contribuir para a evasão escolar????
  • 67. Implicações: Metáfora Gramatical e o ensino • Necessidade de estimular a reflexão sobre a importância da metáfora gramatical: – Na escrita escolar e acadêmica; – Nos gêneros que compõem a nossa cultura ; – Na formação e prática de professores de língua portuguesa e de outras disciplinas; • Incentivar o uso da metáfora gramatical nos textos escolares e acadêmicos como contribuição para o aprendizado e para o desenvolvimento social dos aprendizes.
  • 68. Trabalhos futuros • Continuação da análise do corpus de aprendizes; • Comparação entre grupos de escolas e séries em relação ao uso da metáfora gramatical; • Análise de outras realizações da metáfora gramatical; • Relatórios a serem distribuidos nas escolas; • Envento com alunos e professores; • Lançamento de site (interativo); • Elaboração de material didático: escrita e metáfora gramatical.
  • 69. Equipe do Projeto • Coodenadora: • Lúcia Pacheco de Oliveira (PUC-Rio) • Pesquisadora Associada e Vice-Coordenadora: • Violeta de San Tiago Dantas Quental (PUC-Rio) • Pesquisadoras Associadas: • Magda Bahia Schlee (UERJ, Colégio São Bento) • Maria Cristina Guimarães Góes Monteiro (PUC-Rio; Colégio Cruzeiro) • Maria de Fátima Duarte Henrique dos Santos (PUC-Rio; FGV) • Adriana Nogueira Nóbrega (PUC-Rio ) • Colaboradores: • Ana Elisa Pione Besserman Vianna (Graduanda PUC-Rio; Bolsista PIBIC/CNPq) • Doris de Almeida Soares (Doutoranda: PUC-Rio; Escola Naval; Universidade Castelo Branco) • Gabriela de Oliveira Marques (Doutoranda: Justus-Liebig Universität Giessen CAPES & DAAD) • Juliana da Fonseca Hermes Velloso (Doutoranda: PUC-Rio, Colégio Pedro II) • Lívia Maria Aires de Castro (Doutoranda: PUC-Rio; Colégios Estaduais Paulo de Fontin e Madre Teresa de Calcutá) • Marcia Assis (Mestranda: PUC-Rio; Colégio Pedro II) • Márcia Olivé Novellino (Doutoranda: PUC-Rio) • Maria de Oliveira Mendes Ramos (Mestre, PUC-Rio; Centro de Atenção Integral à Criança Euclides da Cunha) • Rubiane Guilherme Valério (Mestranda : PUC-Rio;) • Vander Paula Viana (Doutorando: Queen’s University Belfast) • Vera Lúcia Carvalho Grade Selvatici (Doutora PUC-Rio)
  • 70. Referências Barlow, M.. MonoConc Pro, Athelstan: Houston,1999. BIBER, D. Variation Across Speech and Writing. Cambridge: Cambridge University Press, 1988. BICK, E. The Parsing System "Palavras": Automatic Grammatical Analysis of Portuguese in a Constraint Grammar Framework. Dr.phil. thesis. Aarhus University Press. 2000. CASTRO, L. A. (Escrita e letramento no Ensino Médio: Uma abordagem sistêmico-funcional e de Lingüística Aplicada. Dissertação de estrado, Departamento de Letras. Rio de Janeiro: PUC-Rio. 2009. CHRISTIE, F. Developmental progress in learning English in secondary schooling. Trabalho apresentado no 33rd International Systemic Functional Congress: SFL and interdisciplinary dialogue: Politics, education and business. PUC/SP: São Paulo, 2006. HALLIDAY, M.A.K. An Introduction to Functional Grammar. 2nd edn. London. Edward Arnold, 1994. HEYVAERT, L. Nominalization as Grammatical Metaphor: on the need for a radically systemic and metafunctional approach. In: Simon-Vandenbergen, A-M;Taverniers, M. & Ravelli, L. Grammatical Metaphor: views from systemic functional linguistics. Amsterdam: John Benjamins, 2003. MARTIN, J. R. Genre and Literacy – modeling context in educational linguistics. Annual Review of Applied Linguistics, 13, 141-172. 1993. MAZIERO, E.G.; Pardo, T.A.S.; Aluísio, S. M. Ferramenta de Análise Automática de Inteligibilidade de Córpus (AIC). Série de Relatórios NILC. NILC-TR-08-08, Julho ,2008. OLIVEIRA, L. P. Grammatical metaphors in academic texts: Cross-linguistic and cross-disciplinary contrasts. 33rd International Systemic Functional Congress: SFL and interdisciplinary dialogue: Politics, education and business. PUC/SP, São Paulo, 2006. OLIVEIRA, L.P E VALÉRIO, R. A metáfora gramatical na construção discursiva de gêneros do contexto pedagógico. X Forum de Estudos Linguísticos, Rio de janeiro, UERJ. Publicação on-line (aceito). PAUMIER, S. Nouvelles méthodes pour la recherche d'expressions dans de grands corpus. In Revue Informatique et Statistiques dans les sciences humaines 36 n ° 1-4, 2000, p. 289-295. SIMON-VANDENBERGEN, A-M; TAVERNIERS,M. & RAVELLI, L. Grammatical Metaphor: views from systemic functional linguistics. Amsterdam: John Benjamins, 2003. VALÉRIO, R. G., BRITO, M. G. & OLIVEIRA, L.P CORPOBRAS PUC-Rio: Um corpus do Português do Brasil e análise do discurso acadêmico. Caderno de Resumos do VII Encontro da Ciência Empírica de Letras. Rio de Janeiro: UFRJ, p.85. 2007.