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Sífilis
Sífilis é uma doença infecciosa causada por uma bactéria-espiroqueta chamada
Treponema pallidum que evolui lentamente em três estágios, caracterizada por lesões da
pele e mucosas. Pode ser transmitida por contato sexual, configurando-se assim como
uma DST, e mais raramente por contaminação feto-placentária. O Treponema pallidum
é uma bactéria com forma de espiral (em média dá 10 a 126 voltas) e tem cerca de 54
micrómetros de comprimento mas apenas 0,2 micrómetros de astro autura. Correndo ao
longo do eixo longotominal, tipo "sacolas". A sífilis também é conhecida como lues
(palavra latina que significa praga), cancro duro, avariose, doença-do-mundo, mal-de-
franga, mal-de-nápoles, mal-de-santa-eufêmia e pudendagra, entre outros.
Transmissão e Epidemiologia
A transmissão quase sempre é através do contato sexual, porém pode ser transmitida
também da mãe para o feto. Neste caso dá-se o nome de sífilis congénita. A bactéria é
móvel e invade a submucosa por micro rupturas invisíveis na mucosa. Afeta unicamente
o ser humano. Há cerca de 30 casos por 100.000 habitantes por ano nos EUA e Europa.
Progressão e sintomas
Os sinais e sintomas de sífilis são vários, dependendo do estágio em que se encontra.
Nos Estados Unidos, são informados aproximadamente 36.000 casos de sífilis por ano,
e o número atual é presumivelmente mais alto. Seis em cada dez casos informados
acontecem em homens.
Se não tratada adequadamente, a sífilis pode causar sérios danos ao sistema nervoso
central (SNC) e ao coração. A sífilis sem tratamento pode ser fatal. Se o paciente
suspeitar de uma infecção pela doença ou descobre que o parceiro sexual teve ou
poderia ter tido sífilis, é muito importante que ele procure um médico o mais cedo
possível.
Sífilis congênita
Sífilis congênita é a sífilis adquirida no útero e presente ao nascimento. Acontece
quando uma criança nasce de uma mãe com sífilis primária ou secundária.
Manifestações de sífilis congênita incluem alterações radiográficas, dentes de
Hutchinson (incisivos centrais superiores espaçados e com um entalhe central);
"molares em amora" (ao sexto ano os molares ainda tem suas raízes mal formadas);
bossa frontal; nariz em sela; maxilares subdesenvolvidos; hepatomegalia (aumento do
fígado); esplenomegalia (aumento do baço); petéquias; outras erupções cutâneas;
anemia; nome dado à rinite que aparece nesta situação. Os "Rhagades" são feridas
lineares nos cantos da boca e nariz que resultam de infecção bacteriana de lesões
cutâneas. A morte por sífilis congênita normalmente é por hemorragia pulmonar.
Sífilis Primária
A sífilis primária (cancro sifilítico) manifesta-se após um período de incubação variável
de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contato. Até este período inicial o
indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado "cancro duro" (apesar
de em Portugal e no Brasil a palavra cancro também significar câncer ou neoplasia,
trata-se aqui de uma doença infecciosa).
O cancro é uma pequena ferida ou ulceração firme e dura que ocorre no ponto exposto
inicialmente ao treponema, geralmente o pênis, a vagina, o reto ou a boca. O
diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pênis chama a atenção,
enquanto que a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através de exame com
um espéculo ginecológico. Pode ocorrer linfonodomegalia satélite não dolorosa. Esta
lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente. Nesta fase a
pessoa infectada pode pensar erroneamente que está curada. Ocorre disseminação
hematogênica.
Sífilis Secundária
A sífilis secundária é a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada
por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8 semanas) após a
lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece
simetricamente no tronco e membros, e, ao contrário de outras doenças que cursam com
erupções, como o sarampo, a rubéola e a catapora, as lesões atingem também as palmas
das mãos e as solas dos pés. Em áreas úmidas do corpo se forma uma erupção cutânea
larga e plana chamada de condiloma lata. Manchas tipo placas também podem aparecer
nas mucosas genitais ou orais. O paciente é muito contagioso nesta fase.
Os sintomas gerais da sífilis secundária mais relatados são mal-estar (23%-46%), febre
(5%-39%),. Outros, menos comuns, são dor nos olhos, dor óssea, artralgia, meningismo,
irite e rouquidão.
Sífilis Terciária
A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial mas pode levar dez anos
para se manifestar, e já foram informados casos onde esta fase aconteceu cinqüenta anos
depois de infecção inicial.
Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas
vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem acontecer em quase qualquer
parte do corpo, inclusive no esqueleto . Outras características da sífilis não tratada
incluem as juntas de Charcot (deformidade articular), e as juntas de Clutton (efusões
bilaterais do joelho). As manifestações mais graves incluem neurossífilis e a sífilis
cardiovascular.
Sífilis decapitada
Chamamos de sífilis decapitada à sífilis adquirida por transfusão sanguínea, já que não
apresenta a primeira fase e começa direto na sífilis secundária. Este tipo de transmissão
atualmente é quase impossível, já que todo sangue é testado antes de ser disponibilizado
aos bancos de sangue. Em termos teóricos é possível admitir que a sífilis decapitada
também possa ser contraída por usuários de drogas injetáveis tal como a AIDS. Alguns
estudos associam o uso de drogas injetáveis a uma maior prevalência da sífilis no
grupo.Esses estudos, apesar de não comprovarem o contágio por seringas contaminadas,
permitem supor que os usuários de drogas injetáves constituem um grupo de risco para
a sífilis.
Tratamento
A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque com
a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversíveis,
nomeadamente no cérebro.
A penicilina G é a primeira escolha de antibiótico. O tratamento consiste tipicamente
em penicilina G benzatina durante vários dias ou semanas. Indivíduos que têm reações
alérgicas à penicilina (i.e., anafilaxia) podem ser tratados efetivamente com tetraciclinas
por via oral.

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Sífilis

  • 1. Sífilis Sífilis é uma doença infecciosa causada por uma bactéria-espiroqueta chamada Treponema pallidum que evolui lentamente em três estágios, caracterizada por lesões da pele e mucosas. Pode ser transmitida por contato sexual, configurando-se assim como uma DST, e mais raramente por contaminação feto-placentária. O Treponema pallidum é uma bactéria com forma de espiral (em média dá 10 a 126 voltas) e tem cerca de 54 micrómetros de comprimento mas apenas 0,2 micrómetros de astro autura. Correndo ao longo do eixo longotominal, tipo "sacolas". A sífilis também é conhecida como lues (palavra latina que significa praga), cancro duro, avariose, doença-do-mundo, mal-de- franga, mal-de-nápoles, mal-de-santa-eufêmia e pudendagra, entre outros. Transmissão e Epidemiologia A transmissão quase sempre é através do contato sexual, porém pode ser transmitida também da mãe para o feto. Neste caso dá-se o nome de sífilis congénita. A bactéria é móvel e invade a submucosa por micro rupturas invisíveis na mucosa. Afeta unicamente o ser humano. Há cerca de 30 casos por 100.000 habitantes por ano nos EUA e Europa. Progressão e sintomas Os sinais e sintomas de sífilis são vários, dependendo do estágio em que se encontra. Nos Estados Unidos, são informados aproximadamente 36.000 casos de sífilis por ano, e o número atual é presumivelmente mais alto. Seis em cada dez casos informados acontecem em homens. Se não tratada adequadamente, a sífilis pode causar sérios danos ao sistema nervoso central (SNC) e ao coração. A sífilis sem tratamento pode ser fatal. Se o paciente suspeitar de uma infecção pela doença ou descobre que o parceiro sexual teve ou poderia ter tido sífilis, é muito importante que ele procure um médico o mais cedo possível. Sífilis congênita Sífilis congênita é a sífilis adquirida no útero e presente ao nascimento. Acontece quando uma criança nasce de uma mãe com sífilis primária ou secundária. Manifestações de sífilis congênita incluem alterações radiográficas, dentes de Hutchinson (incisivos centrais superiores espaçados e com um entalhe central); "molares em amora" (ao sexto ano os molares ainda tem suas raízes mal formadas); bossa frontal; nariz em sela; maxilares subdesenvolvidos; hepatomegalia (aumento do fígado); esplenomegalia (aumento do baço); petéquias; outras erupções cutâneas; anemia; nome dado à rinite que aparece nesta situação. Os "Rhagades" são feridas lineares nos cantos da boca e nariz que resultam de infecção bacteriana de lesões cutâneas. A morte por sífilis congênita normalmente é por hemorragia pulmonar.
  • 2. Sífilis Primária A sífilis primária (cancro sifilítico) manifesta-se após um período de incubação variável de 10 a 90 dias, com uma média de 21 dias após o contato. Até este período inicial o indivíduo permanece assintomático, quando aparece o chamado "cancro duro" (apesar de em Portugal e no Brasil a palavra cancro também significar câncer ou neoplasia, trata-se aqui de uma doença infecciosa). O cancro é uma pequena ferida ou ulceração firme e dura que ocorre no ponto exposto inicialmente ao treponema, geralmente o pênis, a vagina, o reto ou a boca. O diagnóstico no homem é muito mais fácil, pois a lesão no pênis chama a atenção, enquanto que a lesão na vagina pode ser interna e somente vista através de exame com um espéculo ginecológico. Pode ocorrer linfonodomegalia satélite não dolorosa. Esta lesão permanece por 4 a 6 semanas, desaparecendo espontaneamente. Nesta fase a pessoa infectada pode pensar erroneamente que está curada. Ocorre disseminação hematogênica. Sífilis Secundária A sífilis secundária é a seqüência lógica da sífilis primária não tratada e é caracterizada por uma erupção cutânea que aparece de 1 a 6 meses (geralmente 6 a 8 semanas) após a lesão primária ter desaparecido. Esta erupção é vermelha rosácea e aparece simetricamente no tronco e membros, e, ao contrário de outras doenças que cursam com erupções, como o sarampo, a rubéola e a catapora, as lesões atingem também as palmas das mãos e as solas dos pés. Em áreas úmidas do corpo se forma uma erupção cutânea larga e plana chamada de condiloma lata. Manchas tipo placas também podem aparecer nas mucosas genitais ou orais. O paciente é muito contagioso nesta fase. Os sintomas gerais da sífilis secundária mais relatados são mal-estar (23%-46%), febre (5%-39%),. Outros, menos comuns, são dor nos olhos, dor óssea, artralgia, meningismo, irite e rouquidão. Sífilis Terciária A sífilis terciária acontece já um ano depois da infecção inicial mas pode levar dez anos para se manifestar, e já foram informados casos onde esta fase aconteceu cinqüenta anos depois de infecção inicial.
  • 3. Esta fase é caracterizada por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas mucosas, mas que podem acontecer em quase qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto . Outras características da sífilis não tratada incluem as juntas de Charcot (deformidade articular), e as juntas de Clutton (efusões bilaterais do joelho). As manifestações mais graves incluem neurossífilis e a sífilis cardiovascular. Sífilis decapitada Chamamos de sífilis decapitada à sífilis adquirida por transfusão sanguínea, já que não apresenta a primeira fase e começa direto na sífilis secundária. Este tipo de transmissão atualmente é quase impossível, já que todo sangue é testado antes de ser disponibilizado aos bancos de sangue. Em termos teóricos é possível admitir que a sífilis decapitada também possa ser contraída por usuários de drogas injetáveis tal como a AIDS. Alguns estudos associam o uso de drogas injetáveis a uma maior prevalência da sífilis no grupo.Esses estudos, apesar de não comprovarem o contágio por seringas contaminadas, permitem supor que os usuários de drogas injetáves constituem um grupo de risco para a sífilis. Tratamento A sífilis é tratável e é importante iniciar o tratamento o mais cedo possível, porque com a progressão para a sífilis terciária, os danos causados poderão ser irreversíveis, nomeadamente no cérebro. A penicilina G é a primeira escolha de antibiótico. O tratamento consiste tipicamente em penicilina G benzatina durante vários dias ou semanas. Indivíduos que têm reações alérgicas à penicilina (i.e., anafilaxia) podem ser tratados efetivamente com tetraciclinas por via oral.