SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 22
Descargar para leer sin conexión
GraFFItI
EMYM MINI




                                          DO INÍCIO DOS TEMPOS
        nº 1 | setembro 2011 | R$15,00




                                                  AO SÉCULO XI
S U M Á R I O




                     1 4 osgemeos
07 graffiti:         15   tats cru
     a origem        16   banksy
1 1 cultura          17   miss van
1 2 estilo           18   basquiat
1 3 masterpiesces:
     obra-prima
                     1 9 *arte & movimento*         Fashion film

                     20 edição       bibliografia
C O L A B O R A D O R E S

       Daniel Bob                                     Slim Rimografia
       21 > Pelotas/ RS > Fotógrafo desde 2009,       26 > São Paulo/ SP > Começou como b-boy, pas-

       com foco no lifestyle Skate > Trabalha na FS   sou pelo graffiti > Rapper com 3 discos lançados

       Produções.                                     > Participou do festival de Midem em Cannes >
                                                      Faz parte de sets de rappers como KL Jay.



       Pok Sombra                                     Tiago Mingau
       23 > Pelotas/ RS > Rapper e beatmaker >Tra-    24 > Rio de Janeiro/ RJ > Mc, produtor fonográ-

       balha na empresa Santuário Sala Rec’s.         fico e videomaker > Trabalha na Urca Crew/

                                                      Urca Rules.




       Rafinha Barros                                 Zudizilla
       22 > Rio Grande/ RS > Formado em Comu-         24 > Pelotas/ RS > Formado em Programação

       nicação Visual pelo IFSUL Rio Grande >         Visual pelo IFSUL Pelotas e estuda Comuni-

       Fotógrafo desde 2005 > Trabalha com arte       cação Visual na UFPel > Rapper, integrante da

       em seu Ateliê.                                 Banca CNR.
GRAFFITI
                                                                                     	       Os grafiteiros tinham trens como alvo, pelo fato de que, normalmente,
                                                                                     passavam pela cidade inteira, podendo ser visto por milhares de pessoas. No
                                                                                     início grafitavam os próprios nomes com o número da rua em que moravam,
                                                                                     depois os primeiros pseudônimos começaram a surgir. As tags foram ficando
                                                                                     cada vez maiores, tornando-se masterpieces, ou pieces (obra-prima). Não havia
                                                                                     um único trem que não estivesse grafitado em meados de 1980. Essa situação
                                                                                     mudou em 1986, quando autoridades americanas tomaram medidas para prote-
                                                                                     ger suas propriedades do graffiti, levantando grades e limpando os vagões regu-
                                                            por Emilly Marques       larmente.
 ARTE: COMO COMEÇOU
                                                                                     	       Na Europa, o graffiti só decolou com o fenômeno hip-hop, e foi conheci-
                                                                                     do na medida em que os grafiteiros norte-americanos visitavam outros lugares.
 	       O maior vestígio deixado pelo homem foi sem dúvida a produção artís-
                                                                                     Na América do Sul e na Ásia o graffiti chegou só depois, mas cresce em grande
 tica. O desenho e o artesanato nasceram na pré-história, quando o homem usou
                                                                                     velocidade.
 desse artifício para comunicar-se, expressar-se e, consequentemente, sobre-
 viver. Toda a forma de expressão desse período era mítica, política, econômica
                                                                                     CARACTERÍSTICAS
 e estética, representavam animais, caçadores e símbolos. Possuíam uma lin-
 guagem simbólica própria, usavam como material sangue, plantas, terras e os-
                                                                                       	     O modelo Nova-iorquino é o mais usado em todo o mundo em função
 sos misturados com água ou gordura de animais.
                                                                                     da distorção de letras. Esse modelo se desenvolveu e virou tipografia: a “letra
 	       Hoje, existem diversos materias para usar na arte, desde materiais alter-
                                                                                     de forma”(legível), a distorcida e a intrincada wildstyle, bubble style e 3D. As
 nativos e ecologicamente corretos até tintas tecnológicas, tóxicas(nem todas),
                                                                                     imagens variam de personagens cômicos ao perfeito realismo.
 spray entre outros tantos.
                                                                                     	       Além da ferramenta mais utilizada, o spray, outros materiais também
                                                                                     fazem parte dessa ação como tinta a óleo, acrílica, aerógrafo, giz pastel oleoso
 PIXAÇÃO/GRAFFITI
                                                                                     entre outros. As técnicas foram aperfeiçoadas e desenvolvidas como o estêncil,
                                                                                     que se distingue pelo uso de uma superfície vazada para dar forma ao desenho.
 	       Antes do graffiti surgir encontrou-se, em 24 de agosto de 79 d.C., pelas
                                                                                     	O Graffiti Móvel se caracteriza por ser executado em suporte móvel, com
 paredes de Pompéia, cidade vítima de uma erupção vulcânica, xingamentos,
                                                                                     o objetivo de comunicar a arte. Salientam-se, por exemplo, em trens e metrôs. O
 cartazes eleitorais, poesias... Na Idade Média, em tempos em que a Inquisição
                                                                                     Graffiti Misto é executado sobre suportes portáteis, por um período de tempo
 perseguia as bruxas, os padres pichavam nas paredes que não lhes agradavam.
                                                                                     variável. Por exemplo, tapumes (protetor de construções) e painéis removíveis.
 Depois as pichações eram feitas diretamente na casa da pessoa que se queria
                                                                                     O Graffiti Estático se caracteriza por ser executado num suporte imóvel como
 atacar, sendo usadas por revolucionários contra seus governos, para divulgar
                                                                                     muros, pilares, prédios, pontes entre outros.
 ideais e objetivos.
                                                                                     	       O graffiti tem como objetivo a comunicação para marcar território a um
 	       Após a Segunda Guerra Mundial, materiais em aerosol começaram a ser
                                                                                     público específico. A sua qualidade pode fazer com que se denomine de master-
 produzidos. Mas foi só no final da década de 1970 que o graffiti se desenvolveu.
                                                                                     piece. As cores, as formas, os traços, a imagem, o fundo, os efeitos produzidos,
 Em Nova York, artistas como Taki 183, Julio 204, Cat 161 e Cornbread pintavam
                                                                                     a aparência final da obra, entre outras, são características que fazem privilegiar
 seus nomes em muros e estações de trem ao redor de Manhattan. Cornbread
                                                                                     a color piece em detrimento de outros tipos de graffiti. Pode apresentar riqueza
 ficou famoso após grafitar sua tag (assinatura do grafiteiro) em um elefante em
                                                                                     formal distinguindo um conjunto de elementos gráficos.
 pleno zoológico.
07
Pintura Pré-histórica em uma das cavernas de Lascoux na França.   Pintura Pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina.




graffiti | pixo | spray | parede| trem | manifesto08
MOVIMENTO

     	         O graffiti faz parte de um movimento cultural chamado hip-hop, que
     envolve mais três elementos artísticos: rap, dj, break.
     	O Rap: apreviatura de rhyme and poetry (rima e poesia), também
     conhecido como emceeing. É um discurso rítmico que surgiu no final do século
     XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. Pode ser interpretado a
     capella bem como com um som musical de fundo, chamado beatbox. Os can-
     tores de rap são conhecidos como rappers ou MCs, abreviatura para mestre de
     cerimônias.
     	O Dj: disc jockey (disco-jóquei). Faz os efeitos sonoros nas pick-ups ou
     toca discos. É um artista que seleciona e roda as mais diferentes composições,
     previamente gravadas. O Mc (mestre de cerimônias, rapper) canta e anima as
     festas. 	
     	O Break: também conhecido como breaking ou b-boying. É um estilo de
     dança de rua, criada por afro-americanos e latinos na década de 1970 em Nova
     York, Estados Unidos. O breakdancer, breaker, b-boy, ou b-girl é o nome dado a
     pessoa dedicada ao breakdance e que pratica o mesmo ou faz beatbox.
     	         A moda do hip-hop é um estilo de se vestir de origem afro-america-
     na, caribenha e latina, que teve origem no bairro The 5 Boroughs, em Nova
     York, e mais tarde influenciou em cenas do hip-hop em Los Angeles, Galesburg,
     Brooklyn, Chicago, Filadélfia, Detroit, Porto Rico, entre outros. Cada cidade
     contribuiu com vários elementos para o seu estilo geral visto hoje no mundo
     inteiro.
     	         Calças largas e quase sempre acompanhadas por suspensórios, os tênis
     eram de cadarço, porém desamarrados e as camisetas coloridas, tudo pelo con-
     forto e estilo. Com a chegada dos anos 1990, as roupas largas continuaram e
     eram de jeans ou das calças cargo. O estilo gangsta(gangster) de usar as calças
     com a cintura bem baixa de modo que apareça a roupa íntima ainda é muito
     usado, uma evidencia que se intensificou e teve origem nos presídios, pois não
     é permitido usar cintos e as calças vão descendo até trancar. Os bonés de beise-
     bol juntamente com os chapéus Kangol continuam ainda fazendo sucesso em
     cantores como Lil Wayne, Jay Z, Chris Brown, Ne Yo e Kanye West. As bijuterias
     também acompanharam essa evolução e são ditadas por cantoras como Ciara,
     Nicki Minaj, Shanell, Trina e Beyoncé.


09
Os grafiteiros Rizo, Vejam, Driin, TchinTchais e Pifo junto com Paulo e o
    artista plástico Danka transformaram o subsolo do Bar Vecchio Giorgio, em Flori-

                                                 anópolis, em uma estação de Metro.

                                                                                         10
C              U            L       T          U        R           A                    L I V R O S


                                                                                                       O MUNDO DO GRAFITE
                                                                                                       Este livro oferece uma visão
                                                                                                       exclusiva da própria essência
                                                                                                       do grafite e de sua explosão
                                                                                                       criativa.
                                                                                                       Com mais de 2000 imagens de
                                                                                                       obras de mais de 180 artistas
                                                                                                       internacionais, é o livro mais
                                                                                                       abrangente e atualizado sobre
                                                                                                       o assunto.
     C I N E M A
                                                                                                       O QUE É GRAFFITI
           Levantando a discussão                                                                      O graffitar que se difunde de
            polêmica que tenta es-                                                                     forma intensa nos centros ur-
                                       M Ú S I C A                                                     banos é um meio de expressão
        clarecer se pichação é arte
     ou vandalismo, o documen-                                                                         artística e humana. É impos-
                                                Pouco mais de 5 meses após lançar seu
          tário Pixo, realizado por                                                                    sível dissociá-la do princípio
                                                último trabalho de forma virtual e física
        João Wainer, fotógrafo da                                                                      da liberdade de expressão.
                                                “Projeção pra Elas”, o rapper Projota coloca
         Folha de S. Paulo, e Rob-              um novo projeto nas ruas. “Não há Lugar
           erto Oliveira, diretor de            Melhor no Mundo que o Nosso Lugar”
            videoclipes e de DVDs                                                                      O NAVIO NEGREIRO
                                                chega às lojas com 16 faixas sendo 11 delas
            musicais, levanta argu-                                                                    O rapper Slim Rimografia
                                                inéditas.
         mentos para o debate em                                                                       apresenta neste livro sua
     questão, sem, porém, trazer                                                                       versão musicada do poema
                                       MIXTAPE                                                         de Castro Alves. Ilustrado
        respostas ou julgamentos.
       Integrando a programação                                                                        com graffiti do Grupo OPNI
        do projeto Outubro Inde-                                                                       e acompanhado de textos
     pendente, o filme estreia dia                                                                     informativos do Prof. Dr. José
         1º no Cine Olido. Após a                                                                      Luís Solazzi, a obra mostra a
       sessão das 17h do dia 2, os                                                                     luta contra o preconceito.
      cineastas participam de um
                         bate-papo.
11
E   S   T   I   L   O




                        12
“
     MASTERPIECES
     O   B   R   A   -   P   R   I   M       A            ”


                                         por Emilly Marques

13
osgemeos
	       Os Gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo são grafiteiros de São Paulo/SP. Formados

em Desenho de Comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, começaram

a grafitar na metade dos anos 1980 e tornaram-se uma grande influência para a arte urbana

Paulistana e abriram caminho para o estilo no Brasil. A dupla militava o movimento hiphop,

fazendo apresentações de breakdance(dança de rua). Suas obras são improvisadas e refletem

emoções, experiência e personalidade.

	       A visibilidade pelo trabalho em todo o mundo foi tanta que eles foram convidados

pela Nike para fazer a parte gráfica do documentário “Ginga - A alma do futebol brasileiro”
patrocinado e co-patrocinado (juntamente com a O2 Filmes) pela marca esportiva. Calça-

dos foram produzidos em edição limitada e levaram a ilustração dos Gêmeos na traseira,

língua e palmilha dos tênis. “Eles precisavam de artistas que representassem a nossa cultura
através das artes plásticas ou das artes visuais”, explica Gustavo.

                                                                                               14
Tats cru
           É um grupo do Bronx que mudou a visão do graffiti como arte. Em 1986, quatro

           amigos, Bio, Nicer, BG 183 e Brim, começaram a pixar metrôs. O que começou como

           tática de reconhecimento envolveu um estilo poderoso e expressivo, trazendo a street

           art para a arte vanguarda. Além de seu trabalho alcançar novas alturas, TATS CRU
           também lecionou em Hunter College, MIT, Universidade de Massachusetts, Univer-

           sidade de Cortlandt, Escola Brooks e muitas organizações de base comunitária.
BANKSY
Artista britânico, grafiteiro, pintor, ativista político e diretor de cinema.

Combina humor negro com graffiti em um técnica de estêncil. Suas pin-

turas são encontradas no muros de Bristol e Londres assim como na Ga-

leria Tate e no Louvre.

“Passar realmente pelo processo de ter uma pintura selecionada deve ser

muito chato. É muito mais divertido chegar lá e colocá-la você mesmo.”




                                                                                16
Miss Van começou a pintar em Tou-

            louse com 18 anos, no início da déca-

            da de 1990. Ela mescla, em suas bone-

            cas, mulheres e meninas sensuais,

            ambíguas, em uma feminilidade des-

            bordante com um toque de perversão,

            formando sua personalidade artística.

            Na atualidade exibe sua arte em todo

            o mundo e vende seus produtos pela

            internet.

            “Minhas bonecas são a expressão de

            meus sentimentos e fantasias. Sen-

            suais, inconstantes, porém doces e

            sensíveis, as garotas ainda não são

            mulheres; cheias de ambiguidade, são

            desconcertantes... gostam de seduzir e

            perturbar o transeunte! Pergunto-me

            se não sou uma boneca, e se minhas
            bonecas não estão vivas. Tanto eu




 Miss Van
            quanto elas evoluímos num mundo

            imaginário, cheio de cores, erotismo e
            sensualidade.”

17
Basquiat
Com ascencência porto-riquenha por parte e mãe e haitiana por parte de

pai, Basquiat foi um artista americano. Em 1977, com 17 anos, Basquiat

começou a grafitar em prédios abandonas de Manhattan. Sua assinatura,

“SAMO” ou “SAMO shit” (“Same old shit”, traduzindo, “A mesma merda de
sempre”), marcou o período de neo-expressionista.

Em 1978 abandonou a casa e a escola, passando a viver com os amigos, ven-

dendo camisetas e postais nas ruas. Em 1979 ganhou status de celebridade

no East Village em Manhattan por suas aparições em um programa de TV.

Basquiat começou a ser reconhecido em junho de 1980 quando participou

do The Times Square Show. Nos anos seguintes, continuou a exibir suas

obras ao lado de Keith Haring e Barbara Kruger. Realizou exposições inter-

nacionais com ajuda de grandes galeristas.

Já em 1982, começou a namorar a então desconhecida Madonna. Neste

mesmo ano conheceu Andy Warhol, com quem colaborou ostensivamente

e cultivou grande amizade.
No dia 10 de fevereiro de 1985, Basquiat foi capa do The New York Times,

em uma reportagem dedicada inteiramente a ele.

Basquiat morreu de um coquetel de drogas, conhecido como “speedball” em
seu estúdio em 1988.

                                                                             18
19
E D I Ç Ã O                                            PÁGINA 11
                                                       fonte: foto: http://grafix.art.br/site/2011/08/04/o-
                                                       mundo-do-grafite-arte-urbana-dos-cinco-conti-
                                                                                                                      http://www.brooklynstreetart.com/theblog/wp-
                                                                                                                      content/uploads/2010/10/brooklyn-street-art-
                                                                                                                      tats-cru-how-nosm-aryz-jaime-rojo-halloween-
CAPA                                                   nentes/                                                        10-10-web.JPG
foto: DANIEL BOB
edição: ZUDIZILLA                                      http://dooutroladodomuro.blogs.sapo.pt/ar-                     http://galamee.files.wordpress.com/2008/09/
                                                       quivo/2005_09.html                                             banksy_london_maid.jpg
PÁGINA 01 e 02
fonte: http://www.hairtech.com.br                      http://srtb3.blogspot.com/2011/05/lancamento-                  http://unbiasedwriter.com/wp-content/up-
edição: EMILLY MARQUES                                 do-livro-o-navio-negreiro.html                                 loads/2010/05/banksy-in-nyc-1.jpg
PÁGINA 03                                              h t t p : / / w w w. f o t o l o g . c o m . b r / c r i p -   http : / / i k ar i f x . d e v i ant ar t . c om / ar t / M i s s -
fonte: foto: http://allfinearts.com/graffiti-part-2/   ta_1996/76268728                                               Van-24912545
PÁGINA 04                                              http://tamujuntublog.blogspot.com/2011/07/                     http://www.settemuse.it/pittori_scultori_ameri-
fonte: http://vcosta.com/coletivomafia/?p=47           lancamento-mixtape-projota-nao-melhor.html                     cani/jean_michel_basquiat.html
PÁGINA 05                                              http://www.hiphopdiario.com/2011/07/mixtape-                   PÁGINA 19,
fonte: foto: http://allfinearts.com/graffiti-part-2/   rashid-dadiva-divida-2011-rapbr.html                           foto: RAFINHA BARROS
PÁGINA 06                                              http://stralarap.wordpress.com/2009/09/18/emi-                 CONTRACAPA:
propaganda: edição: ASNOUM                             cida-pra-quem-ja-mordeu-um-cachorro-por-                       foto: edição: NATHAN STONE
                                                       comida-ate-que-eu-cheguei-longe/
PÁGINA 07, 08, 09 e 10                                                                                                EDIÇÃO e TEXTO:
fonte:    foto:   http://pt.wikipedia.org/wiki/        http://freakdreamart.blogspot.com/2011/03/ter-                 EMILLY MARQUES
Ficheiro:Lascaux_painting.jpg                          ra-preta-mixtape-milionario-em.html                            REVISÃO:
                                                                                                                      NICOLE MORELLO
http://peregrinacultural.wordpress.                    PÁGINA 12
com/2009/07/05/quadrinha-infantil-sobre-o-             foto: NATHAN STONE                                             BIBLIOGRAFIA:
plural/                                                editorial: MEDLYM MILLIONAIRE
                                                                                                                      GANZ, Nicholas. O mundo do grafite. São Paulo:
http://www.settemuse.it/pittori_scultori_ameri-        PÁGINA 13, 14, 15, 16, 17 e 18                                 Livraria Martins Fontes Editora LTDA, 2008
cani/jean_michel_basquiat.html                         fonte: foto: http://osgemeos.com.br/
                                                                                                                      GITAHY, Celso. O que é graffiti. São Paulo: Edi-
http://corgaleriadearte.blogspot.com/2010/08/                                                                         tora Brasiliense, 1999
metro.html
                                                                                                                                                                                             20
Emy M Mini

Más contenido relacionado

La actualidad más candente (20)

Grafite
GrafiteGrafite
Grafite
 
Graffiti 2C12
Graffiti 2C12Graffiti 2C12
Graffiti 2C12
 
Grafite 2C26
Grafite 2C26Grafite 2C26
Grafite 2C26
 
Graffiti
GraffitiGraffiti
Graffiti
 
Grafite sim! Pichação não!
Grafite sim! Pichação não!Grafite sim! Pichação não!
Grafite sim! Pichação não!
 
Graffiti
GraffitiGraffiti
Graffiti
 
Grafite e a pichação versão final
Grafite e a pichação   versão finalGrafite e a pichação   versão final
Grafite e a pichação versão final
 
Graffite Como Arte De Rua
Graffite Como Arte De RuaGraffite Como Arte De Rua
Graffite Como Arte De Rua
 
Aula de arte urbana
Aula de arte urbanaAula de arte urbana
Aula de arte urbana
 
Cibercultura e arte urbana
Cibercultura e arte urbanaCibercultura e arte urbana
Cibercultura e arte urbana
 
Arte - Grafite
Arte - GrafiteArte - Grafite
Arte - Grafite
 
Graffiti em Portugal
Graffiti em PortugalGraffiti em Portugal
Graffiti em Portugal
 
Grafite slides aula oitavas série
Grafite  slides aula oitavas sérieGrafite  slides aula oitavas série
Grafite slides aula oitavas série
 
Grafite Muralismo PichaçãO
Grafite Muralismo PichaçãOGrafite Muralismo PichaçãO
Grafite Muralismo PichaçãO
 
Graffiti - Ryla 2011
Graffiti  - Ryla 2011Graffiti  - Ryla 2011
Graffiti - Ryla 2011
 
Grafite urbano
Grafite urbanoGrafite urbano
Grafite urbano
 
Intervenções urbanas
Intervenções urbanasIntervenções urbanas
Intervenções urbanas
 
Pintura rupestre x arte mural x grafite x completo
Pintura rupestre x arte mural x grafite x completoPintura rupestre x arte mural x grafite x completo
Pintura rupestre x arte mural x grafite x completo
 
Intervenção Urbana
Intervenção UrbanaIntervenção Urbana
Intervenção Urbana
 
Grafite etnografismo
Grafite etnografismoGrafite etnografismo
Grafite etnografismo
 

Destacado

Destacado (9)

FASL4-1
FASL4-1FASL4-1
FASL4-1
 
Grafit
GrafitGrafit
Grafit
 
Manual de Identidade Visual - "Dia do Graffiti"
Manual de Identidade Visual - "Dia do Graffiti"Manual de Identidade Visual - "Dia do Graffiti"
Manual de Identidade Visual - "Dia do Graffiti"
 
Graffiti e a arte do muro
Graffiti e a arte do muroGraffiti e a arte do muro
Graffiti e a arte do muro
 
Curiosidades sobre graffitis
Curiosidades sobre graffitisCuriosidades sobre graffitis
Curiosidades sobre graffitis
 
Como fazer um graffiti em 9 passos
Como fazer um graffiti em 9 passosComo fazer um graffiti em 9 passos
Como fazer um graffiti em 9 passos
 
Trabalho de EA
Trabalho de EATrabalho de EA
Trabalho de EA
 
Caracteristicas del Graffiti
Caracteristicas del Graffiti Caracteristicas del Graffiti
Caracteristicas del Graffiti
 
Técnicas de graffiti
Técnicas de graffitiTécnicas de graffiti
Técnicas de graffiti
 

Similar a Emy M Mini

Similar a Emy M Mini (20)

Arte urbana do grafite
Arte urbana do grafiteArte urbana do grafite
Arte urbana do grafite
 
Et
EtEt
Et
 
Grafite urbano
Grafite urbanoGrafite urbano
Grafite urbano
 
Projeto grafico iii livro diagramação
Projeto grafico iii   livro diagramaçãoProjeto grafico iii   livro diagramação
Projeto grafico iii livro diagramação
 
Arte Urbana.pptx
Arte Urbana.pptxArte Urbana.pptx
Arte Urbana.pptx
 
Hip Hop
Hip HopHip Hop
Hip Hop
 
GRAFITE uma das expressões da Cultura Jovem .pptx
GRAFITE uma das expressões da Cultura Jovem   .pptxGRAFITE uma das expressões da Cultura Jovem   .pptx
GRAFITE uma das expressões da Cultura Jovem .pptx
 
50 Tons de João Dória
50 Tons de João Dória50 Tons de João Dória
50 Tons de João Dória
 
Banksy
BanksyBanksy
Banksy
 
Graffit: Amor Ou Odio?
Graffit: Amor Ou Odio?Graffit: Amor Ou Odio?
Graffit: Amor Ou Odio?
 
GRAFITE E INSTALAÇÃO
GRAFITE  E INSTALAÇÃOGRAFITE  E INSTALAÇÃO
GRAFITE E INSTALAÇÃO
 
0610408 08 cap_05
0610408 08 cap_050610408 08 cap_05
0610408 08 cap_05
 
Luiza 9C trabalho de ARTES Preto e Branco-1.pdf
Luiza 9C trabalho de ARTES Preto e Branco-1.pdfLuiza 9C trabalho de ARTES Preto e Branco-1.pdf
Luiza 9C trabalho de ARTES Preto e Branco-1.pdf
 
Artes ficções urbanas estratégias para a ocupação das cidades
Artes ficções urbanas estratégias para a ocupação das cidadesArtes ficções urbanas estratégias para a ocupação das cidades
Artes ficções urbanas estratégias para a ocupação das cidades
 
Gerchman, rubens
Gerchman, rubensGerchman, rubens
Gerchman, rubens
 
Trabalho Ecko
Trabalho EckoTrabalho Ecko
Trabalho Ecko
 
Século xx no brasil
Século xx no brasilSéculo xx no brasil
Século xx no brasil
 
Graffiti à Brasileira n° 1, mar 2011
Graffiti à Brasileira n° 1, mar 2011Graffiti à Brasileira n° 1, mar 2011
Graffiti à Brasileira n° 1, mar 2011
 
Artes
ArtesArtes
Artes
 
3o termos at2_grafite
3o termos at2_grafite3o termos at2_grafite
3o termos at2_grafite
 

Emy M Mini

  • 1. GraFFItI EMYM MINI DO INÍCIO DOS TEMPOS nº 1 | setembro 2011 | R$15,00 AO SÉCULO XI
  • 2.
  • 3.
  • 4. S U M Á R I O 1 4 osgemeos 07 graffiti: 15 tats cru a origem 16 banksy 1 1 cultura 17 miss van 1 2 estilo 18 basquiat 1 3 masterpiesces: obra-prima 1 9 *arte & movimento* Fashion film 20 edição bibliografia
  • 5.
  • 6. C O L A B O R A D O R E S Daniel Bob Slim Rimografia 21 > Pelotas/ RS > Fotógrafo desde 2009, 26 > São Paulo/ SP > Começou como b-boy, pas- com foco no lifestyle Skate > Trabalha na FS sou pelo graffiti > Rapper com 3 discos lançados Produções. > Participou do festival de Midem em Cannes > Faz parte de sets de rappers como KL Jay. Pok Sombra Tiago Mingau 23 > Pelotas/ RS > Rapper e beatmaker >Tra- 24 > Rio de Janeiro/ RJ > Mc, produtor fonográ- balha na empresa Santuário Sala Rec’s. fico e videomaker > Trabalha na Urca Crew/ Urca Rules. Rafinha Barros Zudizilla 22 > Rio Grande/ RS > Formado em Comu- 24 > Pelotas/ RS > Formado em Programação nicação Visual pelo IFSUL Rio Grande > Visual pelo IFSUL Pelotas e estuda Comuni- Fotógrafo desde 2005 > Trabalha com arte cação Visual na UFPel > Rapper, integrante da em seu Ateliê. Banca CNR.
  • 7.
  • 8. GRAFFITI Os grafiteiros tinham trens como alvo, pelo fato de que, normalmente, passavam pela cidade inteira, podendo ser visto por milhares de pessoas. No início grafitavam os próprios nomes com o número da rua em que moravam, depois os primeiros pseudônimos começaram a surgir. As tags foram ficando cada vez maiores, tornando-se masterpieces, ou pieces (obra-prima). Não havia um único trem que não estivesse grafitado em meados de 1980. Essa situação mudou em 1986, quando autoridades americanas tomaram medidas para prote- ger suas propriedades do graffiti, levantando grades e limpando os vagões regu- por Emilly Marques larmente. ARTE: COMO COMEÇOU Na Europa, o graffiti só decolou com o fenômeno hip-hop, e foi conheci- do na medida em que os grafiteiros norte-americanos visitavam outros lugares. O maior vestígio deixado pelo homem foi sem dúvida a produção artís- Na América do Sul e na Ásia o graffiti chegou só depois, mas cresce em grande tica. O desenho e o artesanato nasceram na pré-história, quando o homem usou velocidade. desse artifício para comunicar-se, expressar-se e, consequentemente, sobre- viver. Toda a forma de expressão desse período era mítica, política, econômica CARACTERÍSTICAS e estética, representavam animais, caçadores e símbolos. Possuíam uma lin- guagem simbólica própria, usavam como material sangue, plantas, terras e os- O modelo Nova-iorquino é o mais usado em todo o mundo em função sos misturados com água ou gordura de animais. da distorção de letras. Esse modelo se desenvolveu e virou tipografia: a “letra Hoje, existem diversos materias para usar na arte, desde materiais alter- de forma”(legível), a distorcida e a intrincada wildstyle, bubble style e 3D. As nativos e ecologicamente corretos até tintas tecnológicas, tóxicas(nem todas), imagens variam de personagens cômicos ao perfeito realismo. spray entre outros tantos. Além da ferramenta mais utilizada, o spray, outros materiais também fazem parte dessa ação como tinta a óleo, acrílica, aerógrafo, giz pastel oleoso PIXAÇÃO/GRAFFITI entre outros. As técnicas foram aperfeiçoadas e desenvolvidas como o estêncil, que se distingue pelo uso de uma superfície vazada para dar forma ao desenho. Antes do graffiti surgir encontrou-se, em 24 de agosto de 79 d.C., pelas O Graffiti Móvel se caracteriza por ser executado em suporte móvel, com paredes de Pompéia, cidade vítima de uma erupção vulcânica, xingamentos, o objetivo de comunicar a arte. Salientam-se, por exemplo, em trens e metrôs. O cartazes eleitorais, poesias... Na Idade Média, em tempos em que a Inquisição Graffiti Misto é executado sobre suportes portáteis, por um período de tempo perseguia as bruxas, os padres pichavam nas paredes que não lhes agradavam. variável. Por exemplo, tapumes (protetor de construções) e painéis removíveis. Depois as pichações eram feitas diretamente na casa da pessoa que se queria O Graffiti Estático se caracteriza por ser executado num suporte imóvel como atacar, sendo usadas por revolucionários contra seus governos, para divulgar muros, pilares, prédios, pontes entre outros. ideais e objetivos. O graffiti tem como objetivo a comunicação para marcar território a um Após a Segunda Guerra Mundial, materiais em aerosol começaram a ser público específico. A sua qualidade pode fazer com que se denomine de master- produzidos. Mas foi só no final da década de 1970 que o graffiti se desenvolveu. piece. As cores, as formas, os traços, a imagem, o fundo, os efeitos produzidos, Em Nova York, artistas como Taki 183, Julio 204, Cat 161 e Cornbread pintavam a aparência final da obra, entre outras, são características que fazem privilegiar seus nomes em muros e estações de trem ao redor de Manhattan. Cornbread a color piece em detrimento de outros tipos de graffiti. Pode apresentar riqueza ficou famoso após grafitar sua tag (assinatura do grafiteiro) em um elefante em formal distinguindo um conjunto de elementos gráficos. pleno zoológico. 07
  • 9. Pintura Pré-histórica em uma das cavernas de Lascoux na França. Pintura Pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina. graffiti | pixo | spray | parede| trem | manifesto08
  • 10. MOVIMENTO O graffiti faz parte de um movimento cultural chamado hip-hop, que envolve mais três elementos artísticos: rap, dj, break. O Rap: apreviatura de rhyme and poetry (rima e poesia), também conhecido como emceeing. É um discurso rítmico que surgiu no final do século XX entre as comunidades negras dos Estados Unidos. Pode ser interpretado a capella bem como com um som musical de fundo, chamado beatbox. Os can- tores de rap são conhecidos como rappers ou MCs, abreviatura para mestre de cerimônias. O Dj: disc jockey (disco-jóquei). Faz os efeitos sonoros nas pick-ups ou toca discos. É um artista que seleciona e roda as mais diferentes composições, previamente gravadas. O Mc (mestre de cerimônias, rapper) canta e anima as festas. O Break: também conhecido como breaking ou b-boying. É um estilo de dança de rua, criada por afro-americanos e latinos na década de 1970 em Nova York, Estados Unidos. O breakdancer, breaker, b-boy, ou b-girl é o nome dado a pessoa dedicada ao breakdance e que pratica o mesmo ou faz beatbox. A moda do hip-hop é um estilo de se vestir de origem afro-america- na, caribenha e latina, que teve origem no bairro The 5 Boroughs, em Nova York, e mais tarde influenciou em cenas do hip-hop em Los Angeles, Galesburg, Brooklyn, Chicago, Filadélfia, Detroit, Porto Rico, entre outros. Cada cidade contribuiu com vários elementos para o seu estilo geral visto hoje no mundo inteiro. Calças largas e quase sempre acompanhadas por suspensórios, os tênis eram de cadarço, porém desamarrados e as camisetas coloridas, tudo pelo con- forto e estilo. Com a chegada dos anos 1990, as roupas largas continuaram e eram de jeans ou das calças cargo. O estilo gangsta(gangster) de usar as calças com a cintura bem baixa de modo que apareça a roupa íntima ainda é muito usado, uma evidencia que se intensificou e teve origem nos presídios, pois não é permitido usar cintos e as calças vão descendo até trancar. Os bonés de beise- bol juntamente com os chapéus Kangol continuam ainda fazendo sucesso em cantores como Lil Wayne, Jay Z, Chris Brown, Ne Yo e Kanye West. As bijuterias também acompanharam essa evolução e são ditadas por cantoras como Ciara, Nicki Minaj, Shanell, Trina e Beyoncé. 09
  • 11. Os grafiteiros Rizo, Vejam, Driin, TchinTchais e Pifo junto com Paulo e o artista plástico Danka transformaram o subsolo do Bar Vecchio Giorgio, em Flori- anópolis, em uma estação de Metro. 10
  • 12. C U L T U R A L I V R O S O MUNDO DO GRAFITE Este livro oferece uma visão exclusiva da própria essência do grafite e de sua explosão criativa. Com mais de 2000 imagens de obras de mais de 180 artistas internacionais, é o livro mais abrangente e atualizado sobre o assunto. C I N E M A O QUE É GRAFFITI Levantando a discussão O graffitar que se difunde de polêmica que tenta es- forma intensa nos centros ur- M Ú S I C A banos é um meio de expressão clarecer se pichação é arte ou vandalismo, o documen- artística e humana. É impos- Pouco mais de 5 meses após lançar seu tário Pixo, realizado por sível dissociá-la do princípio último trabalho de forma virtual e física João Wainer, fotógrafo da da liberdade de expressão. “Projeção pra Elas”, o rapper Projota coloca Folha de S. Paulo, e Rob- um novo projeto nas ruas. “Não há Lugar erto Oliveira, diretor de Melhor no Mundo que o Nosso Lugar” videoclipes e de DVDs O NAVIO NEGREIRO chega às lojas com 16 faixas sendo 11 delas musicais, levanta argu- O rapper Slim Rimografia inéditas. mentos para o debate em apresenta neste livro sua questão, sem, porém, trazer versão musicada do poema MIXTAPE de Castro Alves. Ilustrado respostas ou julgamentos. Integrando a programação com graffiti do Grupo OPNI do projeto Outubro Inde- e acompanhado de textos pendente, o filme estreia dia informativos do Prof. Dr. José 1º no Cine Olido. Após a Luís Solazzi, a obra mostra a sessão das 17h do dia 2, os luta contra o preconceito. cineastas participam de um bate-papo. 11
  • 13. E S T I L O 12
  • 14. MASTERPIECES O B R A - P R I M A ” por Emilly Marques 13
  • 15. osgemeos Os Gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo são grafiteiros de São Paulo/SP. Formados em Desenho de Comunicação pela Escola Técnica Estadual Carlos de Campos, começaram a grafitar na metade dos anos 1980 e tornaram-se uma grande influência para a arte urbana Paulistana e abriram caminho para o estilo no Brasil. A dupla militava o movimento hiphop, fazendo apresentações de breakdance(dança de rua). Suas obras são improvisadas e refletem emoções, experiência e personalidade. A visibilidade pelo trabalho em todo o mundo foi tanta que eles foram convidados pela Nike para fazer a parte gráfica do documentário “Ginga - A alma do futebol brasileiro” patrocinado e co-patrocinado (juntamente com a O2 Filmes) pela marca esportiva. Calça- dos foram produzidos em edição limitada e levaram a ilustração dos Gêmeos na traseira, língua e palmilha dos tênis. “Eles precisavam de artistas que representassem a nossa cultura através das artes plásticas ou das artes visuais”, explica Gustavo. 14
  • 16. Tats cru É um grupo do Bronx que mudou a visão do graffiti como arte. Em 1986, quatro amigos, Bio, Nicer, BG 183 e Brim, começaram a pixar metrôs. O que começou como tática de reconhecimento envolveu um estilo poderoso e expressivo, trazendo a street art para a arte vanguarda. Além de seu trabalho alcançar novas alturas, TATS CRU também lecionou em Hunter College, MIT, Universidade de Massachusetts, Univer- sidade de Cortlandt, Escola Brooks e muitas organizações de base comunitária.
  • 17. BANKSY Artista britânico, grafiteiro, pintor, ativista político e diretor de cinema. Combina humor negro com graffiti em um técnica de estêncil. Suas pin- turas são encontradas no muros de Bristol e Londres assim como na Ga- leria Tate e no Louvre. “Passar realmente pelo processo de ter uma pintura selecionada deve ser muito chato. É muito mais divertido chegar lá e colocá-la você mesmo.” 16
  • 18. Miss Van começou a pintar em Tou- louse com 18 anos, no início da déca- da de 1990. Ela mescla, em suas bone- cas, mulheres e meninas sensuais, ambíguas, em uma feminilidade des- bordante com um toque de perversão, formando sua personalidade artística. Na atualidade exibe sua arte em todo o mundo e vende seus produtos pela internet. “Minhas bonecas são a expressão de meus sentimentos e fantasias. Sen- suais, inconstantes, porém doces e sensíveis, as garotas ainda não são mulheres; cheias de ambiguidade, são desconcertantes... gostam de seduzir e perturbar o transeunte! Pergunto-me se não sou uma boneca, e se minhas bonecas não estão vivas. Tanto eu Miss Van quanto elas evoluímos num mundo imaginário, cheio de cores, erotismo e sensualidade.” 17
  • 19. Basquiat Com ascencência porto-riquenha por parte e mãe e haitiana por parte de pai, Basquiat foi um artista americano. Em 1977, com 17 anos, Basquiat começou a grafitar em prédios abandonas de Manhattan. Sua assinatura, “SAMO” ou “SAMO shit” (“Same old shit”, traduzindo, “A mesma merda de sempre”), marcou o período de neo-expressionista. Em 1978 abandonou a casa e a escola, passando a viver com os amigos, ven- dendo camisetas e postais nas ruas. Em 1979 ganhou status de celebridade no East Village em Manhattan por suas aparições em um programa de TV. Basquiat começou a ser reconhecido em junho de 1980 quando participou do The Times Square Show. Nos anos seguintes, continuou a exibir suas obras ao lado de Keith Haring e Barbara Kruger. Realizou exposições inter- nacionais com ajuda de grandes galeristas. Já em 1982, começou a namorar a então desconhecida Madonna. Neste mesmo ano conheceu Andy Warhol, com quem colaborou ostensivamente e cultivou grande amizade. No dia 10 de fevereiro de 1985, Basquiat foi capa do The New York Times, em uma reportagem dedicada inteiramente a ele. Basquiat morreu de um coquetel de drogas, conhecido como “speedball” em seu estúdio em 1988. 18
  • 20. 19
  • 21. E D I Ç Ã O PÁGINA 11 fonte: foto: http://grafix.art.br/site/2011/08/04/o- mundo-do-grafite-arte-urbana-dos-cinco-conti- http://www.brooklynstreetart.com/theblog/wp- content/uploads/2010/10/brooklyn-street-art- tats-cru-how-nosm-aryz-jaime-rojo-halloween- CAPA nentes/ 10-10-web.JPG foto: DANIEL BOB edição: ZUDIZILLA http://dooutroladodomuro.blogs.sapo.pt/ar- http://galamee.files.wordpress.com/2008/09/ quivo/2005_09.html banksy_london_maid.jpg PÁGINA 01 e 02 fonte: http://www.hairtech.com.br http://srtb3.blogspot.com/2011/05/lancamento- http://unbiasedwriter.com/wp-content/up- edição: EMILLY MARQUES do-livro-o-navio-negreiro.html loads/2010/05/banksy-in-nyc-1.jpg PÁGINA 03 h t t p : / / w w w. f o t o l o g . c o m . b r / c r i p - http : / / i k ar i f x . d e v i ant ar t . c om / ar t / M i s s - fonte: foto: http://allfinearts.com/graffiti-part-2/ ta_1996/76268728 Van-24912545 PÁGINA 04 http://tamujuntublog.blogspot.com/2011/07/ http://www.settemuse.it/pittori_scultori_ameri- fonte: http://vcosta.com/coletivomafia/?p=47 lancamento-mixtape-projota-nao-melhor.html cani/jean_michel_basquiat.html PÁGINA 05 http://www.hiphopdiario.com/2011/07/mixtape- PÁGINA 19, fonte: foto: http://allfinearts.com/graffiti-part-2/ rashid-dadiva-divida-2011-rapbr.html foto: RAFINHA BARROS PÁGINA 06 http://stralarap.wordpress.com/2009/09/18/emi- CONTRACAPA: propaganda: edição: ASNOUM cida-pra-quem-ja-mordeu-um-cachorro-por- foto: edição: NATHAN STONE comida-ate-que-eu-cheguei-longe/ PÁGINA 07, 08, 09 e 10 EDIÇÃO e TEXTO: fonte: foto: http://pt.wikipedia.org/wiki/ http://freakdreamart.blogspot.com/2011/03/ter- EMILLY MARQUES Ficheiro:Lascaux_painting.jpg ra-preta-mixtape-milionario-em.html REVISÃO: NICOLE MORELLO http://peregrinacultural.wordpress. PÁGINA 12 com/2009/07/05/quadrinha-infantil-sobre-o- foto: NATHAN STONE BIBLIOGRAFIA: plural/ editorial: MEDLYM MILLIONAIRE GANZ, Nicholas. O mundo do grafite. São Paulo: http://www.settemuse.it/pittori_scultori_ameri- PÁGINA 13, 14, 15, 16, 17 e 18 Livraria Martins Fontes Editora LTDA, 2008 cani/jean_michel_basquiat.html fonte: foto: http://osgemeos.com.br/ GITAHY, Celso. O que é graffiti. São Paulo: Edi- http://corgaleriadearte.blogspot.com/2010/08/ tora Brasiliense, 1999 metro.html 20